Com base nessa representação, é incorreto afir- A ordem cronológica mais provável de ocorrênciamar que: desses eventos ao longo da história evolutiva dosa) a enguia, o tritão, o lagarto e a cobra possuem cordados foi: ancestral comum. a) I, II, III e IV. d) II, IV, I e III.b) a especiação dos lagartos foi anterior à do tritão.c) as cobras são mais aparentadas com os lagar- b) I, III, II e IV. e) III, IV, II e I. tos que com as enguias. c) II, III, IV e I.d) parentes distantes, nessa árvore, podem 12 (UFPI) A evolução biológica, amplamente aceita apresentar semelhanças fenotípicas. pelos cientistas, é a melhor explicação para a10 (PUC-RS) Registros, encontrados na África, de enorme variação dos organismos vivos. No en- tanto, muitas pessoas leigas ainda se sentem ossadas fósseis de Australopithecus (do latim confusas em relação à teoria da evolução. Assi- australos = do sul + pithecus = macaco) são evi- nale a alternativa que melhor responderia, com dências de que o homem teve sua origem evolu- base na teoria de Darwin, à seguinte indagação tiva nesse continente. A teoria da origem africana cética: “Se o homem veio do macaco, por que ain- propõe que o ser humano moderno (Homo sa- da existem macacos hoje?” piens) surgiu há cerca de 130 mil anos na África e a) Algumas espécies de macacos sofreram dispersou-se por outros continentes há cerca de 100-60 mil anos. pressões seletivas diferentes, porém certa- mente convergirão também para a espécieÁrvore filogenética da linhagem do homem moderno humana. b) O homem não evoluiu dos macacos moder- 3 nos, mas compartilhou com eles um ancestral comum, uma espécie que não existe mais.12 4 c) Os macacos modernos, apesar de pertence- 5 rem a espécies diferentes da humana, pos- 78 suem carga genética muito semelhante. d) Os macacos modernos são produtos de uma 6 presente evolução inacabada enquanto o homem já atingiu seu ápice.5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 e) Os macacos modernos certamente não che- Tempo (milhões de anos atrás) garam a cruzar com os humanos. 1) Australopithecus anamensis 13 (FGV-SP) É comum que os livros e meios de co- 2) Australopithecus afarensis 3) Australopithecus boisei municação representem a evolução do Homo sa- 4) Australopithecus robustus piens a partir de uma sucessão progressiva de 5) Australopithecus garhi espécies, como na figura. 6) Homo habilis 7) 8) Homo sapiens Evidências científicas indicam atualmente a árvo- Adilson Secco/Arquivo da editora re filogenética da linhagem do homem moderno conforme a representação acima, na qual o nú- Coloca-se na extrema esquerda da figura as es- mero 7 corresponde à espécie: pécies mais antigas, indivíduos curvados, com a) Homo neanderthalensis. braços longos e face simiesca. Completa-se a b) Australopithecus habilis. figura adicionando, sempre à direita, as espécies c) Australopithecus erectus. mais recentes: os australopitecus quase que to- d) Australopithecus sapiens. talmente eretos, os neandertais, e finaliza-se e) Homo erectus. com o homem moderno. Essa representação é: a) adequada. A evolução do homem deu-se ao11 (Ufscar-SP) Considere as seguintes característi- longo de uma linha contínua e progressiva. cas da espécie Homo sapiens: I ausência de cauda Evolu•‹o 99 II presença de vértebras III coração com quatro cavidades IV endotermia (homotermia)
Cada uma das espécies fósseis já encontradas e) Os meios modernos de locomoção e comuni- é o ancestral direto de espécies mais recentes cação têm diminuído ou eliminado os isola- e modernas. mentos geográficos. b) adequada. As espécies representadas na fi- gura demonstram que os homens são des- 16 (Mack-SP) Na figura abaixo, que mostra a filoge- cendentes das espécies mais antigas e me- nos evoluídas da família: gorila e chimpanzé. nia de alguns grupos de primatas, incluindo o ho- c) inadequada. Algumas das espécies represen- mem, é incorreto afirmar que: tadas na figura estão extintas e não deixaram descendentes. A evolução do homem seria homem chimpanzé gorila orangotango melhor representada inserindo-se lacunas entre uma espécie e outra, mantendo-se na a) os quatro grupos tiveram um ancestral co- figura apenas as espécies ainda existentes. mum. d) inadequada. Algumas das espécies represen- tadas na figura podem não ser ancestrais das b) o homem evoluiu a partir do chimpanzé. espécies seguintes. A evolução do homem c) o chimpanzé é mais próximo (evolutivamente) seria melhor representada como galhos de um ramo, com cada uma das espécies ocu- do homem do que o gorila. pando a extremidade de cada um dos galhos. d) o chimpanzé é mais próximo (evolutivamente) e) inadequada. As espécies representadas na figura foram espécies contemporâneas e, do homem do que do orangotango. portanto, não deveriam ser representadas e) o gorila é mais próximo (evolutivamente) do em fila. A evolução do homem seria melhor representada com as espécies colocadas orangotango do que o chimpanzé. lado a lado. Quest›es para an‡lise 14 (UFPE) Em relação à evolução do homem, indique 1 (Unicamp-SP) Em 1953, Miller e Urey realizaram as proposições corretas. a) O gênero Homo tem como ancestrais os aus- experimentos simulando as condições da Terra primitiva: supostamente altas temperaturas e tralopitecos. atmosfera composta pelos gases metano, amô- b) Os primeiros homens anatomicamente idênti- nia, hidrogênio e vapor de água, sujeita a descar- gas elétricas intensas. A figura a seguir repre- cos ao homem atual, provavelmente, surgiram senta o aparato utilizado por Miller e Urey em há mais de 500 000 anos. seus experimentos. c) Todos os fósseis atribuídos a ancestrais do homem são de gêneros diferentes. Adilson Secco/ eletrodos descargas d) O desenvolvimento da capacidade de comu- Arquivo da editora elétricas nicação propiciou a evolução cultural. área de H e) O Homo sapiens se relaciona estreitamente vapor condensação com chimpanzés e gorilas. de água 2 15 (Vunesp-SP) A especiação do Homo sapiens tem água H0 fervente 2 pouca chance de ocorrer, considerando a atual condição da espécie humana. Assinale a afirma- CH4 ção que melhor sustenta essa hipótese. NH a) A ciência moderna tem eliminado as muta- 3 ções humanas. b) Os medicamentos atuais diminuem a incidên- produtos cia de doenças. a) Qual a hipótese testada por Miller e Urey nes- c) Os postulados de Darwin não se aplicam à es- se experimento? pécie humana. b) Cite um produto obtido que confirmou a hipó- d) As alterações ambientais que favorecem a es- tese. peciação são cada vez menores. c) Como se explica que o O tenha surgido pos- 2•100 Capítulo 8 A história dos seres vivos teriormente na atmosfera?
2 (Unicamp-SP) “Ouvintes de rádio em pânico to- mediante a presença de certos tipos de argila. (...) Mas o avanço verdadeiramente criativo – que mam drama de guerra como verdade.” Com essa pode, na realidade, ter ocorrido apenas uma vez manchete, o jornal New York Times de 1o de no- – ocorreu quando uma molécula de ácido nuclei- vembro de 1938 relatou o que aconteceu nos Es- co “aprendeu” a orientar a reunião de uma proteí- tados Unidos na noite anterior, quando foi narrada na, que, por sua vez, ajudou a copiar o próprio áci- pela rádio CBS uma história fictícia sobre invasão do nucleico. Em outros termos, um ácido nucleico por marcianos de uma pequena cidade do estado serviu como modelo para a reunião de uma enzi- de Nova Jersey. Marte sempre fascinou os cientis- ma que poderia então auxiliar na produção de tas porque, mesmo que lá não existam homenzi- mais ácido nucleico. Com esse desenvolvimento nhos verdes, esse planeta parece apresentar, en- apareceu o primeiro mecanismo potente de reali- tre os do sistema solar, as condições mais propí- zação. A vida tinha começado. (Adaptado de: LU- cias à vida. Recentemente foram enviadas sondas RIA, S. E. Vida: experiência inacabada. Belo Hori- espaciais para procurar indícios de vida em Marte. zonte-São Paulo: Itatiaia-Edusp, 1979.) a) Comparando com a origem da vida na Terra, Considere o esquema abaixo: indique que condições seriam fundamentais atual seres humanos para o surgimento de vida em Marte. 0,5 bilhão b) Supondo que uma sonda espacial tenha trazido plantas, répteis, pássaros, peixes de Marte dois organismos, um deles classifica- 1 bilhão do como pertencente ao reino Monera e o outro respiração aeróbia ao reino Protista, explique como os cientistas consumo de oxigênio nas células puderam diferenciar esses dois organismos. 2 bilhõesExame Nacional do Ensino Médio –Enem fotossíntese produção de oxigênio nas células 1 Nas recentes expedições espaciais que chega- Tempo 3 bilhões primeiras células Eventos ram ao solo de Marte, e através dos sinais forne- (anos) 4 bilhões importantes cidos por diferentes sondas e formas de análise, vem sendo investigada a possibilidade da exis- 5 bilhões primeiros ácidos nucleicos tência de água naquele planeta. A motivação formação da Terra principal dessas investigações, que ocupam fre- quentemente o noticiário sobre Marte, deve-se Adaptado de: Gepeq – Grupo de Pesquisa em Educação ao fato de que a presença de água indicaria, na- Química-USP. Interações e transformações III – Atmosfera: fonte quele planeta: a) a existência de um solo rico em nutrientes e de materiais extrativos e sintéticos. São Paulo: Edusp, 1998. com potencial para a agricultura. O “avanço verdadeiramente criativo” citado no b) a existência de ventos, com possibilidade de texto deve ter ocorrido no período (em bilhões de anos) compreendido aproximadamente entre: erosão e formação de canais. a) 5,0 e 4,5. c) a possibilidade de existir ou ter existido algu- b) 4,5 e 3,5. c) 3,5 e 2,0. ma forma de vida semelhante à da Terra. d) 2,0 e 1,5. d) a possibilidade de extração de água visando e) 1,0 e 0,5. ao seu aproveitamento futuro na Terra. 3 Pesquisas recentes estimam o seguinte perfil da e) a viabilidade, em futuro próximo, do estabele- concentração de oxigênio (O2) atmosférico ao cimento de colônias humanas em Marte. longo da história evolutiva da Terra: 2 Na solução aquosa das substâncias orgânicas Concentração de O2 (%) prebióticas (antes da vida), a catálise produziu a -600 -500 -400 -300 -200 -100 0 síntese de moléculas complexas de toda a classe, hoje inclusive proteínas e ácidos nucleicos. A natureza dos catalisadores primitivos que agiam antes não Tempo (milh›es de anos) é conhecida. É quase certo que as argilas desem- penharam papel importante: cadeias de aminoá- Evolução 101 cidos podem ser produzidas no tubo de ensaio
No per’odo Carbon’fero, entre aproximadamente Examinando essa ‡rvore evolutiva podemos di- 350 e 300 milh›es de anos, houve uma ampla zer que a divergência entre os macacos do Velho ocorrência de animais gigantes, como, por Mundo e o grupo dos grandes macacos e de hu- exemplo, insetos voadores de 45 cent’metros e manos ocorreu h‡ aproximadamente: anf’bios de atŽ 2 metros de comprimento. No en- a) 10 milh›es de anos. tanto, grande parte da vida na Terra foi extinta h‡ b) 40 milh›es de anos. cerca de 250 milh›es de anos, durante o per’odo c) 55 milh›es de anos. Permiano. Sabendo que o O2 Ž um g‡s extrema- d) 65 milh›es de anos. mente importante para os processos de obten- e) 85 milh›es de anos. •‹o de energia em sistemas biol—gicos, conclui- -se que: 5 Uma expedi•‹o de paleont—logos descobre em a) a concentra•‹o de nitrogênio atmosfŽrico se um determinado extrato geol—gico marinho uma manteve constante nos œltimos 400 milh›es nova espŽcie de animal fossilizado. No mesmo de anos, possibilitando o surgimento de ani- extrato, foram encontrados artr—podes xifosuras mais gigantes. e trilobitas, braqui—podos e peixes ostracoder- b) a produ•‹o de energia dos organismos fotos- mos e placodermos. O esquema a seguir repre- sintŽticos causou a extin•‹o em massa no pe- senta os per’odos geol—gicos em que esses gru- r’odo Permiano por aumentar a concentra•‹o pos viveram. de oxigênio atmosfŽrico. c) o surgimento de animais gigantes pode ser ex- placodermo plicado pelo aumento da concentra•‹o de oxi- gênio atmosfŽrico, o que possibilitou uma maior ostracodermo absor•‹o de oxigênio por esses animais. d) o aumento da concentra•‹o de g‡s carb™nico braquiópodo (CO ) atmosfŽrico no per’odo Carbon’fero trilobita 2 xifosura causou muta•›es que permitiram o apareci- mento de animais gigantes. Quaternário e) a redu•‹o da concentra•‹o de oxigênio at- Terciário mosfŽrico no per’odo Permiano permitiu um Cretáceo aumento da biodiversidade terrestre por meio Jurássico da indu•‹o de processos de obten•‹o de Triássico energia. Permiano Carbonífero4 Foi proposto um novo modelo de evolu•‹o dos Devoniano Siluriano primatas elaborado por matem‡ticos e bi—logos. Ordoviciano Nesse modelo o grupo de primatas pode ter tido Cambriano origem quando os dinossauros ainda habitavam a Terra, e n‹o h‡ 65 milh›es de anos, como Ž comu- era era era mente aceito. Cenozoica Mesozoica Paleozoica Cret‡ceo superior Paleoceno primatas atuais Observando esse esquema os paleont—logos conclu’ram que o per’odo geol—gico em que ha- 90 80 70 60 l•mures viam encontrado essa nova espŽcie era o Devo-milh›es l—ris niano, tendo ela uma idade estimada entre 405de anos t‡rsios milh›es e 345 milh›es de anos. Destes cinco gru- macacos do pos de animais que estavam associados ˆ nova f—sseis de Novo Mundo espŽcie, aquele que foi determinante para a defi- primatas macacos do ni•‹o do per’odo geol—gico em que ela foi encon- Velho Mundo trada Ž: mais antigos a) xifosura, grupo muito antigo, associado a ou- tros animais.ancestral comum mais antigo b) trilobita, grupo t’pico da era Paleozoica. c) braqui—podo, grupo de maior distribui•‹oextin•‹o dos grandes macacosdinossauros e humanos geol—gica. d) ostracodermo, grupo de peixes que s— apare-Fonte: Raquel Aguiar, Ci•ncia Hoje on-line, 13/5/2002. ce atŽ o Devoniano. e) placodermo, grupo que s— existiu no Devo- niano.•102 Capítulo 8 A hist—ria dos seres vivos
6 As ‡reas numeradas no gr‡fico mostram a com- 7 Ap—s observar o material fornecido pelo profes- posi•‹o em volume, aproximada, dos gases na sor, os alunos emitiram v‡rias opini›es, a saber: atmosfera terrestre, desde a sua forma•‹o atŽ os I Os macacos antropoides (orangotango, gorila, dias atuais. chimpanzŽ e gib‹o) surgiram na Terra mais ouComposição (%) 100 (I) metano e hidrog•nio menos contemporaneamente ao homem. 90 (II) vapor de ‡gua II Alguns homens primitivos, hoje extintos, des- 80 (III) am™nia cendem dos macacos antropoides. 70 I II (IV) nitrog•nio III Na hist—ria evolutiva, os homens e os macacos (V) g‡s carb™nico antropoides tiveram um ancestral comum. 60 IV (VI) oxig•nio IV N‹o existe rela•‹o de parentesco genŽtico 50 entre macacos antropoides e homens. V VI 0 40 Analisando a ‡rvore filogenŽtica, voc• pode con- 30 432 1 data cluir que: 20 Tempo (bilh›es de anos) atual a) todas as afirmativas est‹o corretas. b) apenas as afirmativas I e III est‹o corretas. 10 c) apenas as afirmativas II e IV est‹o corretas. 0 III d) apenas a afirmativa II est‡ correta. e) apenas a afirmativa IV est‡ correta. 5 8 Foram feitas compara•›es entre DNA e prote’nas Adaptado de: The Random House Encyclopedias. 3. ed. 1990. da espŽcie humana com DNA e prote’nas de di- Considerando apenas a composi•‹o atmosfŽrica, versos primatas. Observando a ‡rvore filogenŽti- isolando outros fatores, pode-se afirmar que: ca, voc• espera que os dados bioqu’micos tenham I n‹o podem ser detectados f—sseis de seres apontado, entre os primatas atuais, como nosso parente mais pr—ximo o: aer—bicos anteriores a 2,9 bilh›es de anos. a) Australopithecus. II as grandes florestas poderiam ter existido h‡ b) chimpanzŽ. c) Ramapithecus. aproximadamente 3,5 bilh›es de anos. d) gorila. III o ser humano poderia existir h‡ aproximada- e) orangotango. mente 2,5 bilh›es de anos. 9 Se fosse poss’vel a uma m‡quina do tempo per- ƒ correto o que se afirma em: correr a evolu•‹o dos primatas em sentido con- a) I, apenas. c) I e II, apenas. e) I, II e III. tr‡rio, aproximadamente quantos milh›es de b) II, apenas. d) II e III, apenas. anos precisar’amos retroceder, de acordo com a ‡rvore filogenŽtica apresentada, para encontrar Considere o texto e a ilustra•‹o a seguir para res- o ancestral comum do homem e dos macacos ponder ˆs tr•s quest›es seguintes. antropoides (gib‹o, orangotango, gorila e chim- panzŽ)? O assunto na aula de Biologia era a evolu•‹o do a) 5 homem. Foi apresentada aos alunos uma ‡rvore b) 10 filogenŽtica, igual ˆ mostrada na ilustra•‹o, que re- c) 15 lacionava primatas atuais e seus ancestrais. d) 30 e) 60 hilobatídeos pongídeos hominídeos Evolução 103 Milhões de anos 0 orangotango gorila chimpanzé homem gibão 5 símios do símios do Novo Mundo Velho Mundo 10 Australopithecus 15 Ramapithecus 25 Dryopithecus 35 50 mamíferos insetívoros Árvore filogenética provável dos antropoides
104
EcologiaA ciência que estuda como os seres vivos se relacionamentre si e com o ambiente em que vivem é a Ecologia(oikos = ‘casa’ e, por extensão, ambiente; logos = ‘estudo’).Conhecer conceitos da Ecologia nos ajuda a participar,de forma esclarecida, das decisões que afetam a sociedadee o meio ambiente. Entre os conceitos importantes dessaciência, está o conceito de cadeia alimentar. 105
capítulo 9 Cadeias, teias e pirâmides alimentares Os alimentos fornecem energia para o ser vivo também podem servir de alimento a outros carnívoros,realizar suas atividades e também fornecem a matéria que são os consumidores terciários, e assim por diante,necessária à formação do corpo e ao crescimento, entre formando uma cadeia alimentar (figura 9.1).outras funções. Cada etapa da cadeia alimentar é chamada de ní- Há uma constante passagem de matéria e de ener- vel trófico. Parte da matéria orgânica do corpo dos or-gia pelos seres vivos de uma comunidade; por exemplo, ganismos passa para o nível trófico seguinte. Outra par-o capim é comido pelo boi e este é comido pelo ser hu- te, representada por folhas, galhos, fezes, excretas emano. cadáveres, é devolvida ao ambiente. No solo ou na água essa matéria orgânica morta é transformada em subs- Neste capítulo, vamos ver como a matéria e a tâncias minerais pela atividade dos fungos e das bacté-energia são transferidas de um organismo para o outro. rias, os decompositores (sapróbios, saprófagos ou sa- prófitos). 1 Cadeias alimentares Como essas substâncias minerais são utilizadas Os organismos autotróficos (plantas e alguns se- novamente pelos vegetais na fotossíntese, esses seresres unicelulares) produzem substâncias orgânicas a desempenham um papel fundamental ao promoverempartir de gás carbônico, água e sais minerais. A energia a reciclagem da matéria orgânica.usada no processo pode vir de reações químicas (qui-miossíntese), mas a principal fonte é a luz solar (fotos- 2 Teias alimentaressíntese). Muitos animais têm alimentação variada, e outros Esses organismos são os produtores ou produto-res primários do ecossistema, pois os compostos orgâ- servem de alimento a mais de uma espécie. Há tambémnicos do seu corpo servirão de alimento a todos os ou-tros seres (os heterotróficos). Para se alimentar, os animais que, por se alimentarem de Yellowj/Shutterstock/Glow Imagesanimais herbívoros dependem diretamente dos vege- vegetais e de animais, não setais; por isso são chamados de consumidores primários. prendem a um único nível Esses animais servem de alimento aos carnívoros,que são os consumidores secundários. Esses carnívoros trófico e podem ser consu- midores primários, secun- dários ou terciários. Imageman/Shutterstock/Glow ImaOrda Kruglov/Shutterstock/Glow Images Images ges Aaron Amat/Shutterstock/Glow 9.1 Exemplo de cadeia alimentar. As setas indicam que a transferência do alimento e da energia ocorre do produtor para os consumidores. (Comprimento, em média, dos organismos: capim: 40 cm a 100 cm; gafanhoto: 1 cm a 8 cm; sapo: 14 cm a 18 cm; serpente: 3 m a 5 m.)106
São os animais onívoros (omni = ‘tudo’; vorare = ‘devorar’), como o ser humano. Portanto, em uma comu-nidade há um conjunto de cadeias interligadas, que formam uma teia ou rede alimentar (figura 9.2). preguiça Luiz Iria/Arquivo da editora arara jiboia gavião-real capivara rato váriasespécies de plantas onça fungos bactérias9.2 Esquema de teia alimentar em uma região de floresta. Comprimento aproximado dos animais: preguiça: 45 cm a 86 cm; arara: 80 cm a 90 cm; rato: 7 cm a 16 cm, fora a cauda; capivara: 1 m a 1,30 m; gavião-real: 90 cm a 1 m; jiboia: 3 m a 5 m; onça: 1 m a 2 m, fora a cauda. Fungos e bactérias são decompositores, portanto recebem matéria orgânica de todos os seres vivos da teia. (Os elementos da figura não estão na mesma escala; bactérias e vários fungos são microscópicos; cores fantasia.) Ecologia 107
A energia luminosa do Sol é transformada em ener- que eles. Isso também ocorre com os parasitas ou uma Casa deTipos/Arquivo da editora gia química e armazenada nos compostos orgânicos pro- árvore grande, que sustenta vários herbívoros peque- duzidos pela fotossíntese. Boa parte desses compostos nos. Nesses casos, a pirâmide é invertida: a base é me- é consumida na respiração da planta e eliminada na forma nor que o ápice: de gás carbônico, água e outras substâncias minerais. 50 pássaros Desse modo, a planta consegue a energia para seu metabolismo. Parte dessa energia sai desse ser vivo na 700 gafanhotos forma de calor. O restante da matéria orgânica passa a fazer parte do corpo do organismo (raízes, caules e fo- 5 000 pés de capim lhas, no caso dos vegetais superiores). A parte da ma- téria orgânica e da energia que fica retida nos autotrófi- 10 pássaros cos compõe o alimento disponível para os consumidores. 1 000 insetos Uma parte das substâncias ingeridas por um ani- mal é eliminada nas fezes e na urina. Outra é oxidada na 2 árvores respiração para a produção da energia necessária às atividades do organismo. Esses processos se repetem 30 000 protozoários em todos os níveis da cadeia alimentar. 500 pulgões Como vimos, os resíduos voltam para a cadeia pela ação dos decompositores e da fotossíntese. Assim, a 1 árvore matéria de um ecossistema nunca se esgota. No entan- to, parte da energia é transformada em trabalho celular 9.3 Pirâmide de número. A largura de cada retângulo é ou sai do corpo do organismo na forma de calor – e este proporcional ao número de indivíduos (por metro é uma forma de energia que não pode ser usada na fo- quadrado) em cada nível trófico. (Os organismos ilustrados tossíntese. não estão na mesma escala: protozoários, por exemplo, são microscópicos, pulgões têm cerca de 2 mm de Por isso, o ecossistema precisa, constantemente, comprimento e gafanhotos, de 1 cm a 8 cm. Cores fantasia.) receber energia de fora. Em outras palavras, enquanto a matéria do ecossistema está em permanente recicla- ¥ de biomassa – a quantidade de matéria orgânica pre- gem, parte da energia se perde como calor. Há um fluxo unidirecional de energia, que vai dos produtores para os sente no corpo dos seres vivos de determinado nível consumidores. trófico é chamada de biomassa. Frequentemente, ela é expressa em peso seco (para descontar a água, que 3 Pirâmides ecológicas não é matéria orgânica) por unidade de área (g/m2, por exemplo) ou de volume (g/m3). Por causa da per- É possível representar os níveis tróficos de um ecos- da de matéria de um nível para outro, em geral ela di- sistema por meio de retângulos superpostos, que formam minui ao longo da cadeia. O ecologista Eugene Odum uma pirâmide ecológica (os decompositores não são in- calculou que cerca de 8 t de alfafa sustentam 1 t de cluídos nas pirâmides). Há três tipos de pirâmide: bezerros em um ano, e estes alimentam nesse perío- do um adolescente de 47 kg (figura 9.4). Também ¥ de número (figura 9.3) – na maioria das cadeias ali- pode aparecer uma pirâmide invertida. Por exemplo, em dado momento, a biomassa de algas microscópi- mentares, os predadores de um nível superior costu- cas (fitoplâncton) pode ser menor que a de consumi- mam ser maiores que os do nível inferior. Podemos dores primários (zooplâncton). compreender esse fato se lembrarmos que, em prin- A inversão aparece porque a medição da biomassa é cípio, a captura da presa se torna mais fácil se o pre- relativa apenas àquele momento e não considera a dador for maior. Mas o número de indivíduos por área taxa de renovação da matéria orgânica (a velocidade ou por volume em um ecossistema diminui da base de reprodução do fitoplâncton é maior que a do zoo- para o ápice da pirâmide, pois é necessária uma gran- plâncton, o que permite a sua rápida renovação). Se de quantidade de indivíduos de pequeno porte para considerarmos o ano inteiro e determinarmos a média, sustentar um pequeno número de indivíduos de por- te maior. Algumas vezes essa situação pode se inverter. Por exemplo, certos animais, como os lobos, caçam em bandos e conseguem capturar presas bem maiores¥108 Capítulo 9 Cadeias, teias e pirâmides alimentares
veremos que a quantidade média de fitoplâncton foi 4 Magnificação trófica maior que a de zooplâncton. Um dos problemas atuais mais sérios é o acúmuloIlustrações: Casa deTipos/Arquivo da editora adolescente (47 kg) de substâncias tóxicas no ambiente. Muitos produtos não podem ser decompostos pelas bactérias e pelos fungos: bezerros (1 t) não são biodegradáveis ou então demoram dezenas ou centenas de anos para se decompor, sendo, por isso, alfafa (8 t) chamados poluentes persistentes ou conservativos. 9.4 Pirâmide de biomassa. A largura de cada retângulo indica Muitos desses poluentes, uma vez absorvidos por a quantidade de matéria orgânica, por hectare, em cada um organismo, demoram muito tempo para ser elimina- nível trófico em determinado momento. (Os organismos dos e se acumulam até atingir concentrações nocivas, ilustrados não estão na mesma escala. Cores fantasia.) podendo provocar doenças e até a morte. É o caso de metais, como o mercúrio e o chumbo, e de substâncias • de energia (figura 9.5) – neste caso, representamos orgânicas (em geral sintéticas), como o inseticida DDT (diclorodifeniltricloroetano). em cada nível trófico a quantidade de energia acumu- lada por unidade de área ou de volume e por unidade Por causa da redução da biomassa na passagem de tempo (kcal/m2 × ano). Assim, a pirâmide de ener- de um nível trófico para outro, a concentração do produ- gia indica a produtividade de um ecossistema, pois to tóxico aumenta nos organismos ao longo da cadeia considera o fator tempo; por isso nunca fica invertida. alimentar, e os organismos dos últimos níveis tróficos acabam absorvendo doses altas dessas substâncias consumidores secundários prejudiciais à saúde. Esse fenômeno é conhecido como (40 kcal/m2/ano) magnificação trófica ou bioacumulação. zoopl‰ncton: consumidores Um caso trágico de intoxicação por mercúrio ocorreu prim‡rios (590 kcal/m2/ano) no Japão, em 1932, quando uma indústria começou a des- pejar a substância nas águas da baía de Minamata. O mer- fitoplâncton: produtores (36 380 kcal/m2/ano) cúrio foi transformado por bactérias no composto orgâni- co chamado metilmercúrio. Este foi absorvido pelo plânc- 9.5 Exemplo de pirâmide de energia em um lago. (Os elementos ton e, através da cadeia alimentar, atingiu os peixes e mo- da figura não estão na mesma escala: fitoplâncton e luscos, que serviam de alimento para a população local. zooplâncton são microscópicos. Cores fantasia.) Por volta de 1950, começaram a aparecer os pro- blemas decorrentes do depósito de mercúrio no sistema nervoso, no fígado e nos rins, causando a morte de cer- ca de mil pessoas. Biologia e diversidade As teias alimentares e a extin•‹o das espŽcies Uma das maiores preocupaç›es ecol—gicas de souros e de mais de 100 espŽcies de borboletas. O de- nossa Žpoca Ž a destruição da biodiversidade, isto Ž, saparecimento de cerca de mil espŽcies de pássaros da variedade de seres vivos existentes em determi- ainda provocaria a extinção de mais de 300 espŽcies nado lugar ou no planeta como um todo. Toda a espŽ- de vermes e de cerca de 200 espŽcies de ácaros . cie faz parte de uma teia alimentar, e sua extinção pode provocar desequilíbrios ecol—gicos e atŽ mesmo A extinção de espŽcies não causaria apenas a extinção de outras espŽcies. desequilíbrios ecol—gicos, mas provocaria a perda de muitas subst‰ncias químicas que poderiam ser usa- Por exemplo, o desaparecimento de uma espŽ- das na fabricação de medicamentos e outros produ- cie de borboleta de Cingapura ocorreu depois que as tos. AlŽm disso, impediria o surgimento de espŽcies videiras que serviam de alimento para suas larvas se mais produtivas ou mais resistentes, provenientes de extinguiram. Segundo cálculos de alguns pesquisa- cruzamentos de espŽcies selvagens com espŽcies dores, a extinção de cerca de 6 mil plantas levaria ao domŽsticas ou da transfer•ncia de genes pelas tŽcni- desaparecimento de mais de 4 mil espŽcies de be- cas de engenharia genŽtica. Ecologia 109
Aplique seus conhecimentos Leia o texto abaixo e responda à questão. Garimpo e poluição Em certos estados do Brasil, principalmente equipamentos que evitam que esse metal escapeAmazonas, Pará e Mato Grosso, os garimpeiros usam para a atmosfera.o mercúrio para separar o ouro das impurezas, e issopolui os rios da região. Pela cadeia alimentar, o mer- • Por que nas regiões de garimpo os peixescúrio pode chegar a uma concentração perigosa nocorpo dos peixes, que, se ingeridos pelas pessoas, po- carnívoros, como a piranha, apresentam umadem provocar doenças. concentração de mercúrio maior que os peixes herbívoros? Portanto, é preciso monitorar a concentração demercúrio no ambiente do garimpo e disponibilizar osCompreendendo o texto a) A quantidade de energia será menor no 1 Por que os produtores são indispensáveis à co- predador. munidade? b) A quantidade de energia poderá ser maior no predador, dependendo da quantidade de pre- 2 Qual a importância dos decompositores para o sas disponíveis. ecossistema? c) A quantidade de energia será constante em cada nível trófico, apenas a quantidade de ma- 3 Monte uma cadeia alimentar com os seguintes téria será maior no predador. organismos: tubarão, sardinha, algas, pequenos d) A quantidade de energia e a quantidade de crustáceos. matéria serão maiores no predador. 4 O que acontece, geralmente, com o número de e) A quantidade de matéria será maior no produ- tor e a quantidade de energia será maior no seres em cada nível trófico? E com a biomassa? predador. 5 Como você explica a diminuição de energia ao 3 (Fuvest-SP) O esquema representa o fluxo de longo da cadeia alimentar? energia entre os níveis tróficos (pirâmide de ener- gia) de um ecossistema.Refletindo e concluindo Essa representação indica, necessariamente, que:1 (Udesc) Em relação às pirâmides ecológicas, assi- a) o número de indivíduos produtores é maior do nale a alternativa incorreta. que o de indivíduos herbívoros. b) o número de indivíduos carnívoros é maior doa) Uma pirâmide de números pode apresentar- que o de indivíduos produtores.-se invertida.b) A pirâmide de energia indica a quantidade de energia que passa de um nível trófico a outro.c) A base da pirâmide de massa são os produtores.d) Todas possuem base larga e topo mais estreito.e) Os consumidores ocupam vários níveis tróficos.2 (Unaerp-SP) Considere uma cadeia alimentarsimples, como indicado, e assinale a opção corre-ta com relação ao fluxo de energia e à quantidadede matéria na mesma:planta herbívoro carnívoro(produtor) (presa) (predador)•110 Capítulo 9 Cadeias, teias e pirâmides alimentares
c) a energia armazenada no total das molŽculas a) a pir‰mide I pode representar tanto o nœmero org‰nicas Ž maior no n’vel dos produtores e de indiv’duos como a quantidade de energia menor no n’vel dos carn’voros. dispon’vel em cada n’vel tr—fico da cadeia 2. d) cada indiv’duo carn’voro concentra mais ener- b) a pir‰mide II pode representar tanto o nœmero gia do que cada herb’voro ou cada produtor. de indiv’duos como a quantidade de energia dispon’vel em cada n’vel tr—fico da cadeia 1. e) o conjunto dos carn’voros consome mais energia do que o conjunto de herb’voros e c) a pir‰mide II pode representar a quantidade de produtores. energia dispon’vel em cada n’vel tr—fico da ca- deia 2.4 (Unip-SP) O esquema abaixo representa uma teia d) a pir‰mide I pode representar o nœmero de in- alimentar de uma lagoa, onde foi aplicado DDT. div’duos em cada n’vel tr—fico da cadeia 1. moluscos e) a pir‰mide I pode representar o nœmero de in- div’duos da cadeia 2, e a pir‰mide II, a quanti- copŽpodes dade de energia dispon’vel em cada n’vel tr—fi- co da cadeia 1.fitopl‰ncton insetos bactŽrias peixes Quest›es para an‡lise e 1 (Fuvest-SP) O diagrama abaixo Ž uma pir‰mide fungos de energia: Sabendo que o DDT tem efeito cumulativo, em qual dos elementos da cadeia alimentar haver‡ carn’voro maior concentra•‹o desse inseticida? herb’voro a) moluscos b) insetos planta c) copŽpodes d) peixes a) O que representa a largura de cada n’vel do e) fitopl‰ncton diagrama?5 (Vunesp-SP) Observe, inicialmente, as duas ca- b) Por que a largura de um n’vel n‹o pode ser maior que a do n’vel abaixo dele? deias alimentares: 2 (PUC-SP) Analise a teia alimentar abaixo: 1. ‡rvore → pregui•as → pulgas → protozo‡rios 2. milho → roedores → cobras → gavi›es planta insetos aranhas Observe os modelos de pir‰mides a seguir: p‡ssarospir‰mide I pir‰mide II Suponha nessa comunidade a introdu•‹o de uma espŽcie que se alimente de p‡ssaros.ƒ correto afirmar, com rela•‹o ˆs cadeias 1 e 2 eaos modelos de pir‰mides I e II, que: a) A que n’vel tr—fico pertencer‡ essa nova espŽcie? b) Com a introdu•‹o dessa nova espŽcie na co- munidade, o que poder‡ ocorrer com as popu- la•›es de insetos e aranhas? Ecologia 111
Respostas da seção “Refletindoe concluindo” e do EnemCapítulo 1 5. a 12. e 3. b 6. d 13. a 4. d1. c 7. e 14. c2. b 8. c 15. c Capítulo 83. b 9. e4. e 10. c Capítulo 6 1. e5. b 11. c 2. d6. b 12. a 1. e 3. a7. a 2. d 4. a, b, e, f8. b Capítulo 4 3. a 5. c9. V, V, V, F 4. b 6. d10. d 1. d 5. b 7. e11. c 2. c 6. e 8. c 3. b 7. c 9. bEnem 4. e 8. c 10. e 5. d 9. b 11. cc 6. a 10. e 12. b 7. d 11. c 13. dCapítulo 2 8. d 12. c 14. a, d 9. a 15. e1. c 10. a Capítulo 7 16. b2. b 11. e3. c 12. b 1. d Enem4. c 13. a 2. c5. b 14. b 3. b 1. c6. c 15. e 4. c 2. b7. e 5. a 3. c8. a Capítulo 5 6. b 4. b9. c 7. e 5. e10. c 1. b 8. d 6. a11. d 2. c 9. V, V, V, F, F 7. b12. a 3. c 10. d 8. b13. d 4. c 11. 10 9. c14. c 5. a 12. b15. d 6. a 13. d Capítulo 9 7. c 14. dCapítulo 3 8. d 1. d 9. d Enem 2. a1. b 10. e 3. c2. b 11. b 1. a 4. d3. c 2. d 5. a4. c112 Respostas da seção “Refletindo e concluindo” e do Enem
CadernoComplementarde BiologiaRespostasdas atividades
SumárioCapítulo 1 ..................................................... 3Capítulo 2 .................................................... 5Capítulo 3 .................................................... 6Capítulo 4 .................................................... 7Capítulo 5 .................................................... 9Capítulo 6 ....................................................12Capítulo 7 .....................................................13Capítulo 8 ....................................................14Capítulo 9 ....................................................16
Respostas das atividades defeitos nas tubas ou no útero e problemas hor- monais, que impedem a ovulação, entre outrasCapítulo 1 causas. Tratamentos hormonais estimulam a ovulação e, no caso de um problema na tuba ute-Aplique seus conhecimentos rina, pode ser necessária a fecundação in vitro (os óvulos são extraídos e postos em contato Ela não poderá engravidar de forma natural, pois, com os espermatozoides em laboratório e o em- como não possui ovários, não ovulará. Poderá brião é implantado no útero da própria mulher ou menstruar desde que as pílulas sejam tomadas de outra mulher). de modo semelhante às oscilações dos hormô- nios do ciclo menstrual. b) Em geral, a puberdade no garoto começa entre os 10 e 14 anos, quando hormônios da hipófise esti-Compreendendo o texto mulam os testículos a produzir espermatozoides 1. Espermatogônias (2n), espermatócitos primários e testosterona. Esta faz crescer os órgãos geni- tais, desenvolve a musculatura e engrossa a voz. (2n), espermatócitos secundários (n), espermáti- Aparecem também pelos nas axilas, no peito e no des (n), espermatozoides (n). púbis. Os pelos dos braços e das pernas ficam mais longos e grossos e no rosto nota-se uma 2. Ovogônias (2n), ovócitos primários (2n), ovócitos penugem que vai se transformando em barba. O crescimento se acelera, o peso aumenta e come- secundários (n), primeiro glóbulo polar (n), se- ça a produção de espermatozoides. É importante gundo glóbulo polar (n), óvulo (n). manter uma alimentação equilibrada, praticar ati- vidades físicas e dormir bem. Ao se lavar, o garoto 3. Para impedir a penetração no óvulo de mais de deve puxar para trás a pele que cobre a ponta do pênis (prepúcio) para evitar o acúmulo de secre- um espermatozoide. ções e bactérias, que podem causar inflamação. Se o prepúcio for muito apertado e não for possí- 4. Porque esse tipo de fecundação impede a desi- vel puxá-lo, deve-se conversar com o médico. A maior atividade das glândulas sudoríparas pode dratação dos gametas. provocar o aparecimento de espinhas. Nesse caso, deve-se manter a pele limpa para evitar in- 5. Espermatozoides: X ou Y; determinam o sexo. fecções. Não se deve espremer espinhas nem cravos, para não espalhar a infecção pela pele. Óvulos: sempre X. c) Nas meninas a puberdade começa, em geral, en- 6. Fenômeno que ocorre quando o mesmo indiví- tre 9 e 14 anos. Os hormônios da hipófise estimu- lam o ovário a produzir estrógenos e progestero- duo produz gametas masculinos e femininos. na, fazendo os óvulos amadurecerem nos ovários e preparando o útero para receber um embrião. O 7. Desenvolvimento do óvulo sem ter sido fecundado. estrógeno desenvolve também as características 8. No interior dos ductos seminíferos. sexuais secundárias. Um dos primeiros sinais do 9. Na parte superior da tuba. No endométrio. Nidação. início da puberdade é o aumento dos mamilos e10. Os folículos crescem, produzem estrogênio e, dos seios. Aparecem também pelos nas axilas e no púbis. Os pelos dos braços e das pernas ficam após a ovulação, transformam-se em corpo lú- mais grossos e longos. O ritmo do crescimento teo, que produz, principalmente, progesterona. nas meninas se acelera, há um aumento de peso, as glândulas sebáceas se tornam mais ativas, o 11. O endométrio cresce, torna-se espesso e vascula- que faz com que a pele e o cabelo fiquem mais oleosos e a produção de suor aumente. Os qua- rizado e é parcialmente eliminado (menstruação). dris se alargam e o corpo fica mais cheio de cur- vas por causa dos depósitos de gordura nas ná-Atividade em grupo degas, nas coxas e nos seios. A idade em que a primeira menstruação acontece varia muito, mas, a) Homens com menos de 30 milhões de esperma- se não tiver ocorrido até os 16 anos ou se ocorrer tozoides por ejaculação são considerados infér- teis. Em geral, o problema pode ser resolvido com •Biologia Respostas das atividades 3 técnicas de reprodução assistida, como a insemi- nação artificial, que consiste em isolar esperma- tozoides em laboratório e introduzi-los no colo uterino ou, até mesmo, realizar a fecundação in vitro (fora do organismo). Há ainda a possibilidade de injetar diretamente um único espermatozoide ou até a espermátide no citoplasma do óvulo. A infertilidade feminina pode ser devida a doen- ças sexualmente transmissíveis, que provocam
antes dos 8 ou do desenvolvimento dos seios, é provoca recaídas. Há medicamentos que dimi- bom consultar o médico. A chegada da menstrua- nuem muito os sintomas da doença. ção indica que a garota já produz óvulos e pode O condiloma genital é causado pelo papilomaví- engravidar. É comum haver cólicas durante a rus humano, que forma verrugas nos órgãos ge- menstruação, que podem atenuar-se com a ida- nitais ou no ânus. O tratamento consiste em eli- de. Durante a menstruação, é importante cuidar minar as verrugas com congelamento, bisturi elé- bem da higiene pessoal, usando absorventes hi- trico, laser, cirurgia ou produtos químicos. As mu- giênicos e trocando-os várias vezes ao dia, con- lheres que tiveram ou têm o vírus devem fazer forme a intensidade do fluxo menstrual. Todas as exames periódicos para a prevenção do câncer de atividades habituais podem prosseguir normal- útero, pois algumas variedades do vírus aumen- mente. Uma vez por ano toda mulher e toda garo- tam a chance do aparecimento desse tipo de cân- ta que já tenha menstruado devem ir ao ginecolo- cer. A mulher que teve condiloma e ficou grávida gista para fazer o exame Papanicolau, que serve deve avisar ao médico, pois no momento do parto para verificar a existência de câncer no útero, o vírus pode passar para a criança e provocar acusar infecções e determinar o nível de hormô- problemas respiratórios. nios relacionados ao ciclo menstrual. A hepatite B é causada por um vírus, que pode provocar, em alguns casos, destruição (cirrose) d) A gonorreia ou blenorragia é causada pela bacté- ou câncer do fígado. Como o vírus pode passar da ria Neisseria gonorrhoeae, que pode provocar mãe para o filho no parto, logo ao nascer a criança inflamação da uretra, da próstata e do útero. Pode deve tomar a primeira dose da vacina, que deverá haver dor, ardência e uma secreção branca ou ser repetida um mês depois e, novamente, seis amarelada ao urinar. A secreção vaginal pode fi- meses depois da primeira dose. Adultos também car amarelada. podem tomá-la. (O vírus também pode ser trans- A sífilis é causada pela bactéria Treponema palli- mitido por transfusão de sangue e por contato dum, pode ser fatal se não for tratada correta- dos tecidos que forram a boca e outras cavidades mente e pode passar da mãe para o feto e provo- com secreções, como saliva e lágrimas.) car problemas físicos e mentais na criança. O pri- A tricomoníase é causada pelo protozoário Tri- meiro sinal é uma ferida sem dor, dura, com bor- chomonas vaginalis, que provoca nas mulheres das elevadas e avermelhadas na área genital ou, inflamação na vagina, com secreção branca ou às vezes, no ânus, na boca ou em outras regiões amarelada e com mau cheiro. No homem pode que entraram em contato com a bactéria. A ferida provocar ardência ao urinar. some em 2 a 6 semanas, mesmo sem tratamen- A candidíase ou monilíase é provocada pelo fungo to, mas a bactéria continua presente no organis- Candida albicans (monília), o mesmo que causa o mo. Se a pessoa não se tratar, cerca de 2 a 6 me- “sapinho” na boca. Na mulher aparece uma se- ses depois aparecem feridas na pele, febre baixa, creção esbranquiçada, acompanhada de coceira, dor de garganta e outros sintomas. Esses sinais nos órgãos genitais. No homem pode provocar também desaparecem em 2 a 6 semanas. Se a vermelhidão e coceira na área genital. O trata- pessoa continuar sem receber tratamento, a mento é feito com cremes ou outros medicamen- doença poderá atacar, até anos depois, o coração, tos contra o fungo. as artérias e o sistema nervoso, e pode levar à A pediculose pubiana é causada pelo piolho púbico cegueira, paralisia, loucura e morte. (Phthirus pubis), conhecido popularmente como A infecção por clamídia é provocada pela bactéria “chato”. Em geral, fica aderido aos pelos pubianos. Chlamydia trachomatis e pode causar infecções O tratamento é local e é necessário ferver as rou- na uretra (uretrite), nos olhos (tracoma) e nos nó- pas infestadas (o piolho também pode ser trans- dulos linfáticos da região genital (linfogranuloma mitido pelo contato com roupas, toalhas e lençóis). venéreo). Na mulher pode atingir também o útero A Aids é causada pelo HIV, que ataca o sistema e as tubas uterinas. imunológico e facilita a instalação de infecções O herpes genital é causado por um vírus. O local variadas no corpo. Os tratamentos combatem fica inicialmente vermelho e com coceira, e sur- tanto o vírus como as infecções, mas não conse- gem depois pequenas bolhas, que arrebentam e guem curar a Aids. No entanto, por meio de uma formam feridas. Os sintomas desaparecem, em combinação de medicamentos, é possível prolon- geral, em até 4 semanas, mas o vírus continua gar a vida do doente, retardando o aparecimento presente no organismo e, em algumas pessoas,•4 Biologia Respostas das atividades
dos sintomas e melhorando bastante sua quali- Questões para análisedade de vida. Mesmo pessoas infectadas que não 1. Cruzando o indivíduo com um heterozigoto, aapresentam sintomas podem transmitir o vírus.Elas podem ser identificadas com certos testes chance de aparecer um indivíduo recessivo, quede sangue. (Outras formas de transmissão do HIV mostraria que o indivíduo é heterozigoto, é desão: uso de seringas e agulhas compartilhadas 25%. Cruzando-o com um homozigoto recessivo,com pessoas portadoras do vírus; transfusão de a chance de aparecer um indivíduo com caracte-sangue ou derivado contaminados; da mãe para o rísticas recessivas, mostrando que o indivíduofilho durante a gravidez, parto ou amamentação. desconhecido é heterozigoto, é de 50%. Como aSe uma mulher portadora de HIV ficar grávida, ela probabilidade neste caso é maior, há mais chancedeve ser tratada com medicamentos que comba- de aparecer um indivíduo recessivo com um nú-tem o vírus, pois isso reduz bastante a chance de mero menor de filhos e de cruzamentos.a criança ser contaminada.) 2. a) Não.Refletindo e concluindo b) Sendo homozigota, a mãe poderia ser AA ou1. c 5. b 9. V, V, V, F aa. Se fosse AA, o pai teria de ser aa (não afe- tado) e os filhos seriam todos Aa (afetados), o2. b 6. b 10. d que não é o caso. Portanto, a característica3. b 7. a não pode ser dominante. Se a mãe for aa, o re- sultado é possível, pois o pai pode ser Aa. As-4. e 8. b 11. c sim, se a mãe for homozigota, a característica será recessiva.Questões para análise 1. Na reprodução assexuada, uma vez que, por ser 3. Herança sem dominância. realizada por mitose, não ocorre variabilidade ge- RR: rabanetes redondos; AA: rabanetes alonga- nética entre os descendentes, a não ser pela dos; RA: rabanetes ovais: ocorrência de mutações, que são raras. RR × AA → 100% RA RA × RA → 25% RR, rabanetes redondos; 50% RA, 2. Essa linhagem deverá ser propagada assexuada- rabanetes ovais; 25% AA, rabanetes alongados mente, pois nesse tipo de reprodução os descen- 4. a) Realizar um cruzamento-teste, cruzando a dentes deverão ser geneticamente iguais entre si e à geração parental. lisa com uma rugosa. Se a planta for homozi- gota, o resultado será 100% lisa. Se a planta 3. a) Ovidutos. for heterozigota, o resultado será 50% lisa e 50% rugosa. b) Flagelo. b) A proporção seria 1/4 ou 25%. c) Zona pelúcida. 5. a) Os resultados obtidos indicam que o gene B (fe- 4. a) Não; o nível de progesterona e de estrógenos nótipo Manx) é letal embrionário em dose dupla. cai no fim do ciclo. Se tivesse havido fecunda- b) Alelos: B, Manx (cauda curta); b, cauda normal. ção, a taxa desses hormônios permaneceria alta por causa do corpo lúteo ativo. Pais: macho Bb e fêmea Bb. F1: BB – morte, b) Hormônios gonadotróficos: LH e FSH, produ- 66% Manx, 33% normais. zidos na adenoipófise. Esteroides: estrógenos e progesterona, produzidos pelos ovários. 6. 1 e 2 são normais e tiveram um filho surdo (6). 7 éEnem c normal e teve filhos surdos (12 e 16). 10, 11, 13, 14 e 15 são normais, porém o pai (6) é surdo.Capítulo 2 7. a) e b) O touro do Rogério é heterozigoto (Aa). EleRefletindo e concluindo 13. d 1. c 5. b 9. c 14. c achou que estava comprando um “legítimo touro 2. b 6. c 10. c 15. d mocho”, que seria homozigoto (AA) e só teria 3. c 7. e 11. d descendentes mochos. Apesar de a vaca I só ter 4. c 8. a 12. a gerado descendentes sem chifres, ela pode ser homozigota (AA) ou heterozigota (Aa). A vaca II é homozigota (aa) porque teve descendentes com chifres. E a vaca III é heterozigota (Aa) porque teve descendentes com chifres. •Biologia Respostas das atividades 5
8. I. O heredograma correspondente ao hist—rico Capítulo 3 familiar descrito deve ter o seguinte aspecto: Aplique seus conhecimentos 1. AABBCC × aabbcc. II. 50%. 2. 27 (33) gen—tipos diferentes. Com maior varieda- III. Apenas o pai e as duas irm‹s mais velhas do de h‡ mais chances de se escolherem as melho- rapaz s‹o seguramente heterozigotos para res combina•›es de genes. esse gene. IV. O padr‹o de heran•a monog•nica autoss™mi- 3. 4; essa propor•‹o Ž t’pica da segrega•‹o inde- ca dominante Ž condicionado por um œnico gene, n‹o relacionado ao sexo, que se mani- pendente para dois pares de alelos. festa atŽ mesmo em indiv’duos heterozigotos, por ser dominante. Compreendendo o texto 9. a) No ov‡rio que a f•mea albina (aa) recebeu for- 1. A heran•a da cor da semente Ž independente da maram-se —vulos portadores do gene A. No heran•a da superf’cie da semente. cruzamento ocorreram fecunda•›es de —vu- los A com espermatozoides a, originando fi- 2. Em um cruzamento em que estejam envolvidos lhotes Aa (pretos). b) F•mea preta: AA; prole: Aa. dois ou mais caracteres, os fatores que determi- c) N‹o; o implante dos pelos pretos provocaria nam cada um se separam de forma independente modifica•›es no fen—tipo, n‹o no gen—tipo. durante a forma•‹o dos gametas e se recombi- nam ao acaso, formando todas as combina•›es10. Porque nos gametas n‹o h‡ pares de cromosso- poss’veis. mos hom—logos e, portanto, n‹o h‡ pares de alelos. 3. Fenot’pica: 9 : 3 : 3 : 1; Se o indiv’duo for Aa, seus gametas ser‹o A ou a. genot’pica: 1 : 2 : 1 : 2 : 4 : 2 : 1 : 2 : 1. 11. a) 1/256. b) 1/8. c) 1/4. 12. O indiv’duo 9 Ž heterozigoto. O indiv’duo 7 tem 4. AALL: AL; Aall: Al e al; AaLl: AL, Al, aL e al. probabilidade de 2/3 de ser heterozigoto e o indi- 5. AALL × aall AaLL × AaLL v’duo 10 de 1/2. Logo, a probabilidade de nascer um homozigoto recessivo do cruzamento 910 Ž AL al AL, aL AL, aL igual a: 2/3 ⋅ 1/2 ⋅ 1/4 = 2/24 = 1/12. AaLl AALL AaLL AaLL aaLL13. a) Amarelos: 33 (25%); brancos: 99 (75%). AaLl × aall b) 66 frutos (33 AA (25%), brancos, e 33 aa AL, Al, aL, al al (25%), amarelos). AaLl Aall aaLl aall 14. 2, pois g•meos com o mesmo padr‹o genŽtico 6. preto e crespo branco (univitel’nicos) apresentam grau de concord‰ncia híbrida liso menor em ambientes diferentes. Bb × bb15. a) A distribui•‹o fenot’pica mendeliana cl‡ssica Ll ll seria 25% de indiv’duos com taxa de 100 uni- Bb × bb Ll × ll dades/mL, 50% de indiv’duos com taxa de 50 unidades/mL e 25% de indiv’duos com 0 uni- B, b b L, l l dade/mL, ou seja, a propor•‹o do monoibri- dismo com codomin‰ncia Ž igual a 1 : 2 : 1. Bb bb Ll ll b) O nœmero de indiv’duos observados na prole Ž preto branco crespo liso muito pequeno, o que permite uma grande fai- xa de varia•‹o nos resultados em rela•‹o ao Probabilidade para preto = 1/2; probabilidade pa valor esperado. ra liso = 1/2; probabilidade para preto e liso = = 1/2 ⋅ 1/2 = 1/4.•6 Biologia Respostas das atividades
Search
Read the Text Version
- 1
- 2
- 3
- 4
- 5
- 6
- 7
- 8
- 9
- 10
- 11
- 12
- 13
- 14
- 15
- 16
- 17
- 18
- 19
- 20
- 21
- 22
- 23
- 24
- 25
- 26
- 27
- 28
- 29
- 30
- 31
- 32
- 33
- 34
- 35
- 36
- 37
- 38
- 39
- 40
- 41
- 42
- 43
- 44
- 45
- 46
- 47
- 48
- 49
- 50
- 51
- 52
- 53
- 54
- 55
- 56
- 57
- 58
- 59
- 60
- 61
- 62
- 63
- 64
- 65
- 66
- 67
- 68
- 69
- 70
- 71
- 72
- 73
- 74
- 75
- 76
- 77
- 78
- 79
- 80
- 81
- 82
- 83
- 84
- 85
- 86
- 87
- 88
- 89
- 90
- 91
- 92
- 93
- 94
- 95
- 96
- 97
- 98
- 99
- 100
- 101
- 102
- 103
- 104
- 105
- 106
- 107
- 108
- 109
- 110
- 111
- 112
- 113
- 114
- 115
- 116
- 117
- 118
- 119
- 120
- 121
- 122
- 123
- 124
- 125
- 126
- 127
- 128
- 129
- 130
- 131
- 132