ALGUMA POE S I A
Eduardo Amorim ALGUMA PO E S I A �ª edição São Paulo • 2020
© Eduardo Amorim, 2020 Edição e produção editorial: baleia livros Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Amorim, Eduardo Alguma poesia / Eduardo Amorim. — 1. ed. — São Paulo : baleia livros, 2020. ISBN 978-65-993177-0-5 1. Poesia brasileira I. Título. 20-51294 CDD-B869.1 Índices para catálogo sistemático: 1. Poesia : Literatura brasileira B869.1 Aline Graziele Benitez — Bibliotecária — CRB — 1/3129 A edição deste livro respeitou o Novo Acordo Ortográf ico da Língua Portuguesa. Todos os direitos reservados a Eduardo Amorim.
SUMaRIO Poemas Dúvidas, 35 E não aprendeu, 36 À espera, 11 Ego, 37 A estrada, 12 Encontrando saídas, 38 A eterna procura, 13 Era a vida, 39 A trama, 14 Era o ódio, 40 A viagem, 15 Essa mania, 41 A vida I, 16 Esse canto, 42 A vida II, 17 Esse f ilme chamado vida, 43 Agradecimento, 18 Estranho, 44 Alvorada, 19 Etílico I, 45 Amor platônico, 20 Etílico II (Havia), 46 Ano-novo, 21 Etílico III, 47 Cada momento com você, 22 Eus, 48 Contraste, 23 Falando de si mesmo, 49 Crise, 24 Fatalidade I, 50 De onde vens, 25 Fatalidade II, 51 Descontente, 26 Fatalidade III, 52 Desculpas I, 27 Fim, 53 Desculpas II, 28 Globalização, 54 Desejo, 29 Inf inita, 55 Despertador, 30 Insignif icância, 56 Dia a dia I (M. Morena), 31 Ir e vir, 57 Dia a dia II, 32 Jão João, 58 Dois amores, 33 Juventude cara-pintada, 59 Domínio, 34 Luz, 60
Memórias, 61 Pedindo um tempo, 81 Momentos que vão e vêm, 62 Pendências, 82 Mudanças, 63 Poema à M. Morena, 83 Não saber amar, 64 Prepotência, 84 O coração, 65 Recomeço, 85 O erro, 66 Reflexão I, 86 O f im, 67 Reflexão II, 87 O homem deserto, 68 Reflexão III, 88 O mar, 69 Saber, 89 O olhar, 70 Sem você, 90 O rádio, 71 Sempre o querer mais, 91 O rei, 72 Seria mais fácil, 92 O relógio, 73 Teu choro, 93 O sonho de cada ser humano, 74 TV, 94 Ordinário, marche!, 75 Um semblante, 95 Oriente Médio, 76 Veio, 96 Os três poemas, 77 Vida I, 97 P..., 78 Vida II, 98 Partida I, 79 Você I, 99 Partida II, 80 Você II, 100 Texto-memória Homenagem aos professores do ensino médio. Escola Dib Andi – Turma de 1995, 105
Poemas
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A VIDA I A vida é um jogo: Uns perdem, outros ganham. Nós empatamos! 16
A VIDA II Cada dia que temos É um a mais do que merecemos! 17
ANO-NOVO O começo de tudo que ainda continua Não chegou ao f im, simplesmente mudou de data, Insufla todos de esperança, querendo mudanças... ... nesse novo ano. A lembrança de muitas vitórias, assim como de derrotas, Mas em ambas as situações... ... a fé. 21
O MAR Sentado nesta pedra, vejo o mar, Às vezes calmo, às vezes bravo, Ele me vê amar. Vejo graça em tudo que é tão imperceptível! Vejo vida em tudo o que dizem Ser natureza-morta. O vento que bate à porta, O coração que abre sem razão, Vem onda, vai onda E leva consigo essa dor. 69
Texto-memória
HOMENAGEM AOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO. ESCOLA DIB ANDI — TURMA DE 1995 Bom, acho que vou falar da vida. Para falar a verdade, não acho, vou falar, pois já está na hora de termos convicção do que dizemos. Desde cedo fui à luta e briguei por meus direitos (na verdade, na maioria das vezes, o que eu tinha mesmo era fome). Tentei fugir das grades que me eram impos- tas e descobri a minha primeira equação: A distância entre o berço e o chão, A triste conclusão: Um grande galo, A vida dura e o chão. No começo, meus mais amados professores tinham um grande mal, acho que fugiram da escola, pois insis- tiam em me ensinar um português diferente. Trocaram o tradicional “bê-á-bá” por um tal de “vem-com-a-ma- mã”, “vem-com-o-papá”. Ninguém é perfeito. Aprendi, com uma tia, a resolver dois problemas: a minha bexiga apertada e a chorar para então ganhar, pois essa era mi- nha “real” moeda. Fui fã de ecologia, reguei até as planti- nhas e elas f icaram tão felizes com a minha demonstra- ção de amor e carinho que não aguentaram de emoção e tiveram um enfarte do “cauleação”. 105
Em uma fase mais adulta, cá cheguei eu, nesse dis- tinto recinto chamado escola. Me disseram que agora meus ensinamentos seriam outros e que outras pessoas teriam prazer em me ensinar (só não entendo por que meus pais choraram quando souberam que a escola não abria aos f inais de semana). Realmente, aprendi muita coisa: ler, escrever, res- peitar, ouvir, calar, namorar, beijar, colar... não, melhor parar. Adorei a escola – principalmente as férias. Claro, sem contar as aulas vagas, as festas, as reuniões de pro- fessores, as greves, as guerrinhas de papel, zoar o CDF da minha frente: coisas corriqueiras que fazem com que aprendamos muito. Claro, como tudo na vida, aqui também existe o pesadelo que é conhecido pelo pseudônimo de “prova”, e “prova” me lembra daquele sujeito que insiste em me ensinar – mesmo que eu não preste muita atenção –, que fala, explica, escreve, desenha, rabisca, que pergunta os porquês e eu, sem entender nada, respondo: ahã e ahãs. Esse ser que mostra que a vida tem dois caminhos: a) Aprender e vencer. ou b) Não aprender, vencer para quê? Um décimo lu- gar já está bom. E nos pergunta: qual caminho seguir? E responde- mos: b. É, a inteligência não privilegia muitos, mas fazer o quê, só tem nóis, vai nóis mesmo. 106
Mas falando sério, agora: quem ensina, ensina aqui- lo que aprendeu, através de um caminho que venceu. Venceu para que pudesse tornar a todos nós também vencedores. E a cada prova dada, um novo passo, um degrau alcançado em nossas vidas que, se vem em vermelho, é como um farol que “para” e nos diz que ainda não está bom. Mas, quando o azul pinta no papel, é como um pás- saro voando no azul do céu, que conseguiu sua liberdade, pois aprendeu a voar. O mestre nos ensina a lutar, A vida nos põe em batalha E nossas armas são nossos conhecimentos. Obrigado, professores. 107
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SOBRE O AUTOR Eduardo Correa de Amorim, nascido em 22 de agosto de 1973, no município de Taboão da Serra, esta- do de São Paulo, é um trabalhador com alma de poeta. Desde muito cedo, demonstrou, por meio da escrita, seu talento e sensibilidade ao observar o mundo. Formado em Farmácia e Bioquímica pela Uninove, Eduardo hoje se dedica ao seu trabalho, atuando como agente de segu- rança no Metrô de São Paulo. É f ilho, esposo, pai amoroso, cuidador, gentil, criativo, inteligente, organizado, muito divertido e um amante do mar. Somos casados há 20 anos e nosso amor renasce e floresce a cada dia. Eduardo é meu alicerce, meu porto seguro. Amo-o e o amarei por toda a eternidade. Este livro é uma homenagem minha e de nossos f ilhos, Luiz Gustavo e Luis Felipe, para mostrar o quan- to você é incrível! Escrever é ler o mundo e, quando as observações são feitas por um trabalhador dedicado com alma de poeta, precisam ser compartilhadas para, assim, darem um sabor doce à vida. Mirian Amorim 109
Depoimentos Gostaríamos de falar, em primeiro lugar, o quanto admiramos você e nos espelhamos em você. Seu cará- ter e sua palavra são os maiores valores que aprendemos em nossas vidas e os levaremos para onde formos. Em segundo lugar, seu companheirismo nos mostrou a im- portância da amizade. Em você, descobrimos um grande amigo, além de um herói a ser admirado. Não podemos nos esquecer, também, de outra herança que carregamos: o nosso time, o Flamengo! Amamos você, pai! Luiz Gustavo e Luis Felipe Inteligente, responsável, homem de família, parceiro para as horas boas, ruins e, também, parceiro de viagens, meu irmão é tudo isso e mais um pouco! Tenho orgulho do ser humano que ele é e ainda faz um ótimo café gourmet! Erika Amorim Nutro uma admiração muito grande por meu ir- mão! Admiro sua inteligência e, nesses mais de 48 anos, tenho tido o privilégio de testemunhar em suas atitudes e, muito especialmente, em sua vida, o hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor, não o pior. Amo sua vida, querido irmão! Rosângela Amorim 110
A produção editorial deste livro foi feita pela baleia livros em dezembro de 2020.
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