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2017_04_best of

Published by anapaiva, 2017-10-26 06:34:12

Description: Best of Portugal, revista dedicada ao cluster do calçado de abril de 2017

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ESTA REVISTA É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL LABOR N.º 1216 DE 04 DE MAIO DE 2017, NÃO PODENDO SER VENDIDA SEPARADAMENTE BestofPortugal maio_171



Diretor Campanha Portuguese Shoes ÍndicePedro Silva 4-6 Luís Onofre é o novo presidente da APICCAPS 34-35Redação Exportações continuam a atingir máximos históricos 8 Novas linhas de crédito para PME 36-37Diana FamiliarGisélia Nunes Evereste comemorou 75 ano 10-11 Criatividade e design nacionais em destaque 38-39Fotografia Calçado assinou contrato coletivo históricoArquivo labor Entrevista a Fortunato Frederico 12-13 Mais de 8.600 visitas ao Museu do Calçado 40-43Rui Guilherme Ano novo, “nova GDS”Nuno Santos Ferreira 97 empresas portuguesas na theMICAM 14-17 O Museu do Calçado é uma “jóia” 44-45 Calçado nacional está a conquistar o mundoPublicidade A estreia da EUREKA na ModaLisboa 18-19 A procura crescente de sapatos únicos 46Fernando Aguiar Cluster do calçado já vale 2.500 milhõesFernando Moreira Grandes tendências de consumo para 2017 20-22 Lemon Jelly fortalece aposta no calçado de criança 48 Guava muda-se para o Porto Futuro passa pelas vendas online 50-51Maquetagem/Grafismo 24-25 Calçado criou 10.000 postos de trabalho 52-53Ana PaivaRui Guilherme 26-27 “Perks”, a nova marca de calçado da Evereste 54 28-29 Artigos de pele promovidos em campanha inédita 56ExecuçãoLABORPRESS - Edições 30 Soares & Ferreira lançou ferradura de luxo 58e Comunicação Social, LdaTel. 256 202 600 31 What´sUp–OlharaModavistopormaisde4milhões 60Fax: 256 202 [email protected] Fly London apresenta “Interstellar” 32 CTCP cria a ProShoe 62www.labor.ptRua Oliveira Júnior, 933700-206 S. João da MadeiraImpressãoFIG - Coimbra 3

PorCtuagmuepsaenShahoes Iocsoentiocrhdoomceanlçaagdeoia APICCAPS (Associação Portuguesa dos é tal e qual a indústria do calçado: está a evolução de um setor que soube aproxi- Industriais de Calçado, Componentes, Ar- crescer ano após ano e temos de ser mais mar-se tanto das tendências de cada nova A atriz Victoria Guerra volta a ser a tigos de Pele e Seus Sucedâneos). rigorosos e trabalhar cada vez mais”. estação como dos desejos particulares dosmusa da campanha mais internacional de que calçam os sapatos nacionais”, citandosempre da indústria do calçado. Para Victoria Guerra, “é muito bom O feedback ao seu trabalho “do úl- o jornal da APICCAPS, esclarecendo que poder representar uma das maiores indús- timo ano foi muito bom. O trabalho foi “comunicar uma indústria que quer ser A campanha Iconic Portuguese Shoes trias que existem em Portugal. Portanto, muito bem conseguido e a verdade é que a mais sexy do Mundo, significa reforçar2017 recorre a seis ícones para contar a para mim é um grande privilégio e uma foi dos trabalhos que maior feedback tive. continuamente impacto e notoriedade”.história do setor do calçado. responsabilidade acrescida”. Todo o tipo de pessoas, de todas as áreas, veio falar comigo sobre a campanha e so- A campanha, “símbolo máximo da “De Betty Page a Rihanna, a cam- A atriz assumiu, em declarações ao bre o vídeo”, revelou a atriz. estratégia de posicionamento global dopanha percorre o universo de seis perso- jornal da associação, “não vou dizer que setor, sintetiza as conquistas e os objetivosnagens icónicas que cruzam referências esta campanha é mais fácil; porque não é! A musa Victoria Guerra foi fotografa- que sempre orientaram as marcas e profis-estéticas, culturais e históricas do cinema, Mas talvez por estar mais ligada à repre- da por Frederico Martins, com direção cria- sionais que integram a APICCAPS aos lon-música e espetáculo”, lê-se no jornal da sentação e à encarnação de personagens tiva de Fernando Bastos Pereira, e através go dos últimos sete anos de crescimento estou, de certa forma, mais à vontade. desta campanha “dá vida a personagens ininterrupto”. Este ano o desafio é mais trabalhoso, mas globais enquanto reconhece a história da4

The best components you will never see. ®www.lusocal.com 8 ANOS DE EXCELÊNCIA 2009 - 2016 5

A partir do lançamento da Campanha Portuguese Shoes Exportações portuguesas de calçado aumentaram mais de 55%, subindo aos 1.900 milhões de euros Portugal exporta 98% da sua produção por ano, igual a 70 milhões de pares de calçado Exportações para 152 países, nos 5 continentes6

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a aEtixnpgoirrtamçáõxeismcoosnthinisutóarmicos As exportações de calçado português mercados externos”, estando as exporta- Entretanto, “no mesmo período, o atingiram novamente um máximo históri- ções “a aumentar, desde 2010, para to- preço médio de exportação aumentou co em 2016. dos os 20 principais mercados do calcado 24%, em consonância com o objetivo O nosso país, “no último ano, expor- português, com exceção do Reino Unido”, de afirmar a sofisticação e qualidade da tou mais de 81 milhões de pares de cal- constatou a mesma fonte. Continuan- oferta nacional”, informou o Jornal da cado, num valor superior a 1.923 milhões do, “embora as exportações continuem associação. de euros, um crescimento de 3,2% face a a apresentar alguma concentração nos O nosso país tem o segundo maior 2015”, informou o Jornal da APICCAPS. grandes mercados europeus, as taxas de preço médio de exportação de calçado, As exportações de calçado português crescimento mais elevadas foram obtidas sendo apenas destronado pela Itália. crescem pelo sétimo ano consecutivo nos em mercados não tradicionais do setor Uma conquista resultante de “uma mercados externos, tendo aumentado que configuram oportunidades de diversi- aposta sem precedentes nos mercados mais de 55% desde 2009. ficação: China (3108%), Emirados Árabes internacionais, Portugal exporta hoje mais “O calcado português cresceu em Unidos (608%), Estados Unidos (461%), de 95% da sua produção, para 152 países, praticamente todos os mais relevantes Austrália (363%) e Polónia (295%)”. nos cinco continentes”, concluiu.8



Evereste comemorou 75 anos e diAarisgsseinnbatoeldsaaddsaadseecmodmpiarmefsuaanncstiaoennfjoáorraaionmsense A empresa sanjoanense está agora a ser dirigida vos lembrar cada vez mais o amor que temos de ter pela terceira geração da família Fernandes. A gestão na arte de fazer sapatos. Temos de ter orgulho nisso”, O 75.º aniversário da Evereste foi comemorado no dia está nas “mãos” de António Carlos Fernandes, filho de frisou Manuel Fernandes, para quem “a sorte e o des-18 de fevereiro pelos funcionários e pelos dirigentes da em- Manuel Fernandes, André e Catarina Fernandes, filhos tino não existem. Cada um e com todos há que lutar epresa sanjoanense. de Joaquim Fernandes e Diogo Alçada, neto de Manuel trabalhar para assim termos direito a esses privilégios. Fernandes. Tanto Manuel Fernandes como Joaquim Fer- Não tenham medo. Abram as portas aos vossos cora- O primeiro momento foi uma missa pela alma dos anti- nandes continuam a acompanhar a atividade da empresa ções. Vamos lutar em conjunto pela Evereste. O sonhogos funcionários e sócios da Evereste, durante a manhã, na sanjoanense. comanda a vida”.Capela de Santo António. As primeiras instalações da Evereste foram nas Fon- Para o sócio da empresa sanjoanense, “querer é po- A comemoração das bodas de diamante continuou com taínhas, depois na Quintã e agora na Rua Afonso Albu- der. A vida é digna de ser vivida. É bonito aproveitá-lauma visita ao Museu do Calçado, seguida de um almoço na querque, em S. João da Madeira. ao máximo para bem de todos”. “As gerações da Eve-Torre da Oliva. reste têm sabido criar sucessores capazes de enfrentar a de“saeAnbfnisrdoeognmetcrarauirançaõrdeosrsuaddcpoeaissdsEeoszarvepdesaraectsoaetsvpe”oatlêzumeçsão rapidez da evolução no mundo dos sapatos. Continuem. A Evereste nasceu a 18 de fevereiro de 1942 com João Parar é morrer”, apelou.Fernandes e mais três sócios. Mais tarde, a empresa san- A intervenção de Manuel Fernandes começou porjoanense viria a ser dirigida apenas por João Fernandes deixar bem claro que “a Evereste merece tudo”. Os funcionários homenagearam todas as geraçõesque passou a gestão do legado ao filho mais velho, Ma- da família Evereste através de um gesto simples, a en-nuel Fernandes, que contou depois com o apoio do irmão “A minha mensagem de hoje e de sempre é para trega de um quadro com os nomes de todos os colabora-Joaquim Fernandes. Os irmãos Isabel Casal e Carlos Tava- dores que contribuíram para o crescimento da empresa.res Fernandes não estão ligados diretamente à Evereste. O 75.º aniversário da Evereste terminou com a en- trega de um pin com o logotipo da empresa a cada um dos 60 funcionários.10

Fábrica de Calçado Evereste, Ld.ªFundada a 18 de fevereiro de 1942Situada na Rua Afonso de Albuquerque60 trabalhadores300 pares de sapatos produzidos por diaMarcas produzidas: Evereste, Cohibas, Miguel Vieira e mais recentemente Perks2 milhões em volume de exportaçõesExportam para França; Alemanha; Holanda; Bélgica; Luxemburgo; República Checa;Croácia; Holanda; Angola; Moçambique; Rússia; Emirados Unidos da Arábia; Canadá3 milhões de volume total de negócios anual 11

Calçado assinou cont A APICCAPS (Associação Portuguesa Este acordo também prevê “um au- das empresas, a Federação dos Sindicatosdos Industriais de Calçado, Componen- mento médio das remunerações de 3,45%, dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Ves-tes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos) e sendo que os salários no setor do calçado tuário, Calçado e Peles de Portugal reconhe-a FESETE (Federação dos Sindicatos dos passam a ser atribuídos em função apenas ceu a importância da igualdade de géneroTrabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, do grau profissional do trabalhador”, acres- como elemento-chave desta negociaçãoCalçado e Peles de Portugal) acabaram de centou a mesma fonte. que poderá ser agora vir a ser implementa-assinar um contrato coletivo histórico para a da noutros setores de atividade”, sublinhouindústria do calçado em Portugal. A APICCAPS elogiou “o papel da a APICCAPS. FESETE que, ao longo de décadas, sempre A assinatura pública realizou-se no conseguiu estar à altura dos diferentes A assinatura deste contrato coletivodia 18 de abril, pelas 15h00, na sede da desafios colocados a um setor fortemente histórico foi um momento de “grandeAPICCAPS, no Porto, e contou com a presen- exportador, contribuindo com a sua posição significado” para Vieira da Silva, Ministro doça de Vieira da Silva, Ministro do Trabalho, exigente, mas responsável, para o seu equi- Trabalho, Solidariedade e Segurança Social,Solidariedade e Segurança Social. líbrio sustentável”, em comunicado, lem- considerando que “normalmente ouvimos brando que “em resultado, desde 2009, as falar do setor do calçado apenas por boas O acordo histórico “prevê, pela primeira exportações cresceram mais de 55% (para razões: pois é uma indústria que há algumasvez, uma igualdade remuneratória para os um recorde histórico de 1.923 milhões de décadas estava em vias de extinção. Mas es-trabalhadores que desempenham funções euros no final de 2016), colocando a indús- tas empresas aqui presentes, o esforço dosdo mesmo nível de classificação profissio- tria de calçado numa posição de grande re- empresários e dos trabalhadores mudounal, independentemente do género. Com levância no contexto internacional”. esse paradigma e transformou o setor numefeito, por força desta negociação atingiu- dos mais competitivos do mundo. Um farol-se a igualdade total de género, processo Depois do aumento do Salário Mínimo de inovação e de mudança”.iniciado já em 2016”, informou a APICCAPS Nacional este ano ter levado “a um esforçoatravés de comunicado. financeiro significativo na competitividade Este é um acordo que “estabelece nor-12

trato coletivo histórico mas. É importante frisar que o Governo não interveio, em nada, neste processo. Foram as partes a regulamentar as nor- mas. O trabalho é única e exclusivamente da APICCAPS e do sindicato. Devo dizer que é um trabalho notável porque hoje infelizmente há uma raridade excessiva nos acordos laborais”, destacou Vieira da Silva. “Quando a APICCAPS e a FESETE, por exemplo, acabam com a discrimina- ção laboral estão a dar um grande sinal. Isto vai ficar na história como o grande passo para o fim das diferenças entre homens e mulher. Estamos perante uma etapa muito desafiadora e este acordo é a prova de uma convergência muito importante entre parceiros. É preciso es- timular o fim da discriminação porque empobrece, de facto, o país”, salientou o ministro, esperando que “outros seto- res se possam rever neste contrato. Este dia merece primeiras páginas!”. 13

Entrevista a Fortunato Frederico, os ms“uaQcieosurseeosrostuemcneehsuasos”presidentedoGrupoKyaiaeex-presidentedaAPICCAPSQuem é o Fortunato Frederico? só, de carro, numa carrinha 4L. Foi uma Ribeiro foi uma experiência fantástica. vista. Já passaram mais de 20 anos. Foi aHumano. Sexo Masculino. Natural de Gui- experiência que ainda hoje recordo. Aprendi muito até decidir investir na mi- aposta correta.marães. Nos setenta. Empresário. Marido. nha primeira empresa (na altura com doisPai. Sportinguista. Já perdeu conta às feiras sócios). Tem sido uma grande aventura. O lema é “Dont Walk, Fly”. Até que visitou? onde têm “voado” os sapatos destaComo é o seu dia a dia? Sim, há pouco. Hoje viajo menos, mas isso “oKndyeaciuamefmopirAioonnsogemorvleaiç”doamaillditeaira marca?É um dia preenchido. Começa cedo. não impede que esteja sempre atento ao Não vemos limites. Somos ambiciosos por que acontece no universo das minhas em- Qual o significado do nome Kyaia? natureza. Mal de nós, enquanto empre-b“aAlhaodrson1s4aetagonrraodsnodcoecamulnçeacivedeioras”idtraad-e presas. Kyaia foi o nome da aldeia onde cumpri sários, se tivéssemos um entendimento o serviço militar em Angola. Ainda hoje diferente. Hoje, a Fly é comercializada emQual foi o seu primeiro emprego? “rfVeipz-aamrrreeiiaetqméoucáincpqihacuãominodeadnesetceoaf”áblçbeanridscoad,se, sinto saudades daquele tempo, principal- todo o mundo. E a Softinos vai pelo mes-Estive ligado ao setor de calçado desde mente da camaradagem. Tenho saudades mo caminho.tenra idade. Aos 14 anos comecei a tra- Quando é que criou a sua própria de África.balhar na grande universidade do setor do marca e empresa? Como descreveria os sapatos da Flycalçado, a fábrica Campeão Português, do A primeira foi a Kyaia. Foi o meu primeiro Quantas empresas tem hoje? London?saudoso Comendador Domingos Torcato grande projeto. E aquele que desde sem- O Grupo Kyaia é constituído por mais de São jovens, modernos, confortáveis e bas-Ribeiro. pre mais me encantou. Até pela ligação 10 empresas, algumas delas no exterior. tante irreverentes. afetiva a África e ao serviço militar. A FlyQuando abriu a primeira empresa? London veio mais tarde. Desde a sua gé- Quantas marcas? As pessoas encaram com naturalida-Ainda com 20 anos. Tem sido uma grande nese, foi um projeto verdadeiramente de A Kyaia, a Fly London, a Foreva e a Sof- de o facto da marca ser portuguesa?experiência. cariz internacional. tinos. Todas elas com o seu percurso sin- É uma marca de calçado internacional. gular. Ponto.Quanto investiu na primeira Como cresceu até criarempresa? o grupo Kyaia? “toAvdaoiFopelmylouémncdoeosmm.eoErcciaaalmiSzainodfhtaion”eoms Qual a história da APICCAPS?Na altura, todas as minhas poupanças. Fui seminarista. Entedia que seria a minha A APICCAPS é uma grande associação. Re- vocação. Mais tarde, optei por seguir outro Qual a história da Fly London? presenta toda a fileira do calçado, desdeQuantas pessoas faziam parte caminho. Trabalhei em várias empresas. Desde o nome à imagem (mosca)... o setor de calçado, ao de componentes,desta primeira empresa? Varria o chão de fábricas, fiz-me técnico de Na visita a uma feira internacional, eu e o artigos de pele e mesmo bens de equi-Era pouco mais de uma dezena de pes- calçado, reparei máquinas e bens de equi- meu sócio e amigo de uma vida, o Amílcar pamento. É também uma grande família.soas. Fomos crescendo entretanto. pamento. A minha escola foi francamente Monteiro, descobrimos uma marca com Essa coesão distingue-nos claramente. Faz boa. Trabalhar na Campeão Português e grande potencial. Foi um amor à primeira parte do nosso ADN.Quando visitou pela primeira com o Comendador Domingos Torcatovez uma Feira de Calçado? Foi Presidente da APICCAPS duranteNos anos 70. Fui à Le Cuir, a Paris. Viajei 18 anos, certo? Que diferenças en- contra entre a indústria há 18 anos14 e a de hoje? A indústria de calçado em Portugal mudou muito nestes últimos vinte anos. Evoluiu, do ponto de vista técnico e tecnológico.

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Somos capazes de responder melhor e to que hoje somos uns dos bons embaixa- da nossa própria realidade. Esse é um Tem sido um privilégio representar gentemais rápido às solicitações do mercado. dores de Portugal no mundo. projeto permanentemente inacabado. com tanta capacidade.Temos feito o trabalho de casa. Arrisca- Temos de conseguir fazer ainda mais e Agora, era tempo de mudar. Passar a «pas-mos muito e andamos por todo o mundo P“Aortuúingltdaimúl smotrsuiadvionduteemcaaunliçotaosd”noesetmes melhor. ta» a uma geração mais nova. Que o meua vender o nosso calçado. Também a ima- sucessor tenha os maiores sucessos. Podegem desta indústria mudou. Temos muito De que forma a campanha “A dae umm“uAadaggreo.rraPaç,aãesosraamrtaeaims«nppooavsata”» estar tranquilo que terá sempre um bata-orgulho do nosso passado recente, mas Indústria Mais Sexy da Europa” lhão de empresários, de gente boa, pron-igual convicção de que os sucessos do pas- influenciou a evolução da indústria Qual o balanço de tantos anos à tos para ajudar no que necessitar. Comosado não nos garantem novas conquistas do calçado? frente da APICCAPS e que votos me ajudaram a mim ao longo de todo esteno futuro. Foi um momento importante. De afir- formula ao seu sucessor? tempo. mação coletiva. As capacidades da in- Tem sido uma experiência incrível. AQuais as maiores conquistas conse- dústria, o saber-fazer, sempre estiveram APICCAPS tem quadros de inigualável ca- O Fortunato Frederico continuará aguidas e quais os maiores desafios enraizadas nas nossas empresas. Era pacidade e tive o prazer de conviver com acompanhar a APICCAPS e as suaspara a indústria, hoje? importante sermos ousados e mudar- empresários nos órgãos sociais e no con- iniciativas?A conquista dos mercados internacionais, mos a perceção que os outros tinham selho consultivo com quem muito aprendi. Claro que sim. Ainda que mais distante, se-desde logo. Hoje, o calçado português rei sempre um observador atento e dispo-chega a 152 países, nos cinco continentes. nível para que o que venham a necessitarDepois, o reconhecimento público. Acredi- de mim.16

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Ano novo, “nova GDS”respGonDsáSuvmeitse,nmonvaoovgoolosrcacaolnnocveoitsos e mo universo), a organizadora oficial do A equipa liderada por Kirstin Deutelmoser certame. tem trabalhado afincadamente para tor- Resultado das movimentações do se- nar a feira mais inovadora”.tor do calçado a nível internacional, a di- Ao longo dos últimos anos, a GDSnâmica das feiras internacionais, inclusive e a tagit! têm vindo a redesenhar a sua Por falar em Kirstin Deutelmoser, estaa da GDS, tem vindo a ser drasticamente estratégia promocional. Embora existisse disse acreditar que a troca para a Igedoalterada nos últimos três anos. um grande apoio para o novo conceito, Company será uma oportunidade para o as expetativas para a “nova GDS” não fo- setor: “o mercado está cada vez mais di- Em fevereiro último, segundo o jor- ram integralmente cumpridas nas edições nâmico e requer uma solução completa-nal da APICCAPS a Messe de Düsseldorf anteriores. mente nova. Isto só pode ser bem-sucedi-recebeu, pela última vez, a GDS nos mol- do se puder ser repensado sem existiremdes tradicionais, sendo que já a partir do De acordo com a publicação da as- preocupações com as estruturas e tradi-próximo mês de agosto o novo conceito sociação, Werner Matthias Dornscheidt, ções existentes. Por isso mesmo, acreditode feira vai continuar a ser apresentado presidente e CEO da Messe Düsseldorf, que a Igedo Company é o parceiro ideal.em Düsseldorf mas num recinto diferente, sublinhou, a propósito, que “o setor mu- Os meus agradecimentos vão para todosnomeadamente em Areal Böhler, um anti- dou radicalmente nos últimos anos e o os nossos clientes, muitos dos quais de hágo complexo industrial junto ao Rio Reno. ritmo voltou a crescer. O grande evento décadas. Espero que esta seja uma novaTambém depois desta edição de fevereiro que a GDS tem sido ao longo das últi- oportunidade para todos.”passou a ser a Igedo Company, em nome mas seis décadas já não é o formatoda Messe Düsseldorf (pertencem ao mes- certo para os desafios atuais no setor de Por sua vez, o sócio-gerente da Ige- calçado. Por esta razão, estamos agora a do, Philipp Kronen, mostrou-se confiante tomar medidas coerentes: novos respon- quanto ao Areal Böhler ser uma boa casa sáveis, novos conceitos e um novo local. para o evento. Não podia estar mais agradecido à GDS!18

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pr9e7seenmtepsrnesaasthpeoMrtuIgCueAsaMs A theMICAM, a maior feira de calçado, e à captação de novos pontos de vendarecebeu 97 empresas portuguesas de 12 a especializados”, explicou a empresa ao15 de fevereiro em Milão. jornal da APICCAPS. As empresas de calçado nacionais são A Fly London apresentou cerca de 20“responsáveis por mais de 8.000 postos novos modelos entre mochilas e carteirasde trabalho e mais de 500 milhões de eu- e, pela primeira vez, lançou uma linharos de exportações”, afirmou a APICCAPS, de porta-moedas. Além disso, a empre-considerando que as empresas portugue- sa lançou três novas linhas de calçadosas têm na theMicam e na MIPEL “uma em parceria com a Goretex. O objetivooportunidade privilegiada de contacto com desta nova parceria é “dar mais garantiaos clientes internacionais”. de performance e bem-estar, mesmo em circunstâncias climáticas mais extremas, Os corredores da maior feira de cal- aliando o seu design único e característi-çado do mundo “escondem histórias ins- co a uma tecnologia inovadora e de valorpiradoras de quem, dia após dia, eleva o acrescentado”, citando a mesma fonte.nome de Portugal além-fronteiras”, deu aconhecer o Jornal da APICCAPS. Já a Friendly Fire tem apenas dois anos de atividade, mas tem deixado a sua marca A começar pela história de Tony no mercado.Miranda que é “reconhecido nacio-nalmente pelas criações luxuosas de E como? As suas coleções têmfatos masculinos. Há dois anos lançou-se “pompons, brilhos e chamam a atençãono mundo do calçado com os icónicos sa- dos clientes mas, nesta edição da maiorpatos de pele de raia. Mas, a criatividade e feira de calçado do mundo, a marcaa mudança constante fazem parte do ADN de Guimarães apresentou-se num es-de Tony Miranda e, por isso, na edição da paço individual e num novo pavilhão”,theMicam apresentou uma coleção de sa- contou a jornal da APICCAPS. “Acha-patos femininos”, segundo a mesma fonte. mos que era altura de tentarmos ter um espaço próprio para continuar “A par da coleção masculina, inspi- a crescer. Mudamos de pavilhão e estamosrada na temática do dualismo, o espelho muito satisfeitas com os contactos”, reve-reflete a luminosidade feminina, dando lou a empresa.origem a uma nova coleção “To Mirror”,onde a mulher exuberante e elástica, que A Eureka tem 30 lojas em Portugal,se desdobra numa pluralidade de fun- três na Europa e continua a estar presenteções ao longo do seu dia, descobre nos na theMICAM que é uma plataforma de di-sapatos Tony Miranda o casual Chic onde vulgação privilegiada para clientes de todoa noite e o dia se fundem. A escolha crite- o mundo.riosa dos materiais, a diversidade do de-sign e a multiplicidade de opções, fazem A empresa tem “aplicados 1,2 milhõesdesta coleção o espelho do seu criador”, de euros em investimentos no universo on-descreveu o jornal da associação. line, bem como na expansão para novos mercados. Colômbia, Chile e Panamá estão A marca de calçado Fly London “dis- na linha da frente da ofensiva promocionalpensa apresentações, mas na maior feira da empresa que pretende abrir, por ano,de calçado do mundo voltou a surpreen- dois espaços em 18 mercados distintos”,der”, estreando na Mipel a nova linha de segundo o jornal da APICCAPS.acessórios. A marca de Alberto Sousa desfilou “Esta presença insere-se numa es- pela primeira vez em março na passerelletratégia de investimento da área de ne- da ModaLisboa. “Seguindo uma perspetivagócios dos acessórios e pretende reforçar urbana, a coleção a apresentar representaa notoriedade da marca nesse setor, abrin- um espírito robusto, sob diferentes perspe-do portas a novos canais de distribuição tivas, pelas proporções dos acessórios ou20

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até mesmo pelo próprio mood”, desta-cou ao Jornal da APICCAPS. A maior feira de calçado do mundoencerrou com um valor recorde de 45mil visitantes, um aumento de 5% faceà edição de fevereiro do ano anterior.MpoinuipstaroeldoagiEoscaoonocmaliçaadnoão “O setor do calçado é um bomexemplo de uma indústria que no iní-cio deste novo século estava em crise,mas existiu uma associação e um cen-tro tecnológico que lutaram muito pelaindústria. Com a determinação dos em-presários (e vimos muitos nesta feira),o setor conseguiu fazer um aumentomuito grande de qualidade, de incorpo-ração de tecnologia e de design. Hojetemos uma indústria com o segundomaior preço médio (de exportação) domundo. Penso que muitos setores vãoseguir o exemplo do calçado.”, disseManuel Caldeira Cabral , Ministro daEconomia, durante a vista à theMicam.22

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Caacloçnaqduoisntaarcioonmaul nesdtoáAtndimnoecpouseocebarrúnsctrtealiacrestdaerimcdmanidodmstiosaerceesaieamnoaçucsntpãironamoreocexipmseosnpereaodoucanirsoasnstt,adgaoseraoreçslaetõ,ssaovnenlftarsgoadãdurecxoaamsoamsnsa,- janeiro último. Falamos da China (3108%), Emirados serviço, bons períodos de entrega e uma Concretamente em relação ao ano Árabes Unidos (608%), Estados Unidos capacidade de reposição invulgar”. Desde 2009, as vendas de calça- (461%), Austrália (363%) e Polóniado português já aumentaram mais de passado, nos primeiros 11 meses, as ven- (295%). Já Avelino Pimenta, da Rolando da55% e ascendem, agora, a praticamente das nos mercados externos aumentaram Cunha e Melo, é da opinião - e parti-2.000 milhões de euros, conforme faz mais de 3%, sendo de salientar o facto No mesmo período, o preço mé- lhou-a com a APICCAPS - que “estamos areferência a APICCAPS no seu jornal de de o calçado português estar a conquistar dio de exportação aumentou 24%, em atravessar um período económico contur- cada vez mais novas geografias e a crescer consonância com o objetivo de afirmar bado a nível europeu e mundial, o que tem para todos os 20 principais mercados, com a sofisticação e qualidade da oferta na- afetado o setor”. No entanto, em seu en- exceção do Reino Unido. cional. tender, “a indústria portuguesa continua a ter a seu favor a localização geográfica, a Segundo a publicação da associa- Para Joaquim Moreira, responsável qualidade e o cumprimento dos prazos de ção, embora as exportações continuem da Felmini, “a grande versatilidade das entrega. Também o design e os designers a apresentar alguma concentração nos empresas portuguesas é o mais forte se têm destacado imenso e com sucesso”. grandes mercados europeus, as taxas de atributo para conquistar os clientes ex- crescimento mais elevadas, nos últimos ternos”. Na ótica do empresário, “Portu- “O esforço que a associação tem de- cinco anos, foram obtidas em mercados gal apresenta um bom produto, a preços senvolvido a nível de marketing é evidente não tradicionais do setor, mas que con- competitivos, que associa a uma boa e tem conseguido grande prestígio para a figuram oportunidades de diversificação. capacidade de resposta. Temos um bom nossa indústria”, acrescentou.24

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A esntraeiMa doadaELUisRbEoaKA A marca de calçado EUREKA desfilou pela primeira vez lhes e caracterizações”, descreveu Filipe Sousa. Plus One; Ricardo Preto; Valentim Quaresma x Fly Londonem março na passarela da ModaLisboa. A marca EUREKA apostou novamente nas COxLABS na passarela da ModaLisboa. E também foi pela primeira vez que uma marca de cal- com os designers nacionais Nuno Gama e Luís Carvalho e A exposição Portuguese Shoes apresentou algumasçado desfilou a título individual neste que é um dos even- tal como em edições anteriores a marca de Vizela calçou das marcas mais promissoras da indústria do calçado. Des-tos mais badalados de moda em Portugal. todo o staff da ModaLisboa. de Biblical Lust, Freakloset, Friendly Fire, Guava, Lemoke, Maria Maleta, Nelson Oliveira, Senhor Prudêncio, The Ba- “Segundo uma perspetiva urbana, a coleção repre- ePo acarclçearidaos ccraidaativvaeszemntaries aprmesoednates rons Cage e Undandy.senta um espírito robusto, sob diferentes perspetivas,pelas proporções dos acessórios ou até mesmo pelo pró- As parcerias criativas entre a moda e o calçado estão As imagens da nova campanha Portuguese Shoes cujaprio mood”, deu a conhecer Filipe Sousa, destacando os cada vez mais presentes e quase iminentes. musa continua a ser Victoria Guerra estiveram expostas no“materiais com detalhes românticos e bucólicos e borda- espaço exterior do CCB durante o ModaLisboa. Uma formados apresentados lado a lado com acessórios militares”. A prova disso está na continuação de parcerias entre de reafirmar ainda mais a indústria do calçado portuguesaA irreverência continua com “as notas geométricas e mi- Awaytomars x Duarte; Luís Carvalho x Eureka; Nuno Gama em 2017.nimalistas combinadas com solas ousadas e robustas” e x Eureka; Patrick de Pádua x Dkode; Ricardo Andrez x Fiveo “espírito sporty está também presente, assumindo um A atriz Victoria Guerra deu vida a seis personagensperfil menos atlético e uma maior diferenciação de deta- icónicas que representam diferentes referências estéticas, culturais e históricas.26

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Cluster do calçado já vale 2.500 milhõesaudmmoDcemarecnleíçanstadodiodseososs2tie0cgaxrn1met0eisfb,rcicnéeoamuotsci4.vlru9oeMsl%setevnarnaosondushotterásos tem revelado. Desde 2010, as exportações ritariamente por dois polos centrados nos que mais prevalecem as unidades de me- quase triplicaram e, no ano passado, as- concelhos de Felgueiras e Guimarães, por nor dimensão. De acordo com o jornal da APICCAPS, cenderam a valores superiores a 150 mi- um lado, e Santa Maria da Feira, Olivei-é o setor de calçado que mais tem con- lhões de euros. ra de Azeméis e S. João da Madeira, por Aposta nas qualificaçõestribuído para a dimensão internacional do outro. Em conjunto, estes cinco concelhoscluster. Já o setor de componentes, prova- representam mais de três quartos do em- Ao longo dos últimos 20 anos, o clus- velmente absorvido com o acréscimo de prego setorial. Mais a sul, na zona da Be- ter operou uma profunda alteração no per- Em cinco anos, as vendas passaram encomendas das empresas portuguesas nedita, encontra-se outro polo, de menor fil de qualificações dos seus recursos hu-de pouco mais de 1.200 milhões de euros de calçado, continua na “bitola” dos 40 expressão quantitativa. manos: os trabalhadores qualificados maispara perto de 1.923. Acresce que mais de milhões de euros, registando mesmo um do que duplicaram o seu peso, e os qua-30 novos mercados foram adicionados a pequeno recuo nas vendas ao exterior na Ddimasenemsãporemsaéds ia dros médios e superiores subiram de 3%uma geografia das exportações já particu- ordem dos 0,9% nos últimos anos. para 9%. Sem esta alteração dificilmentelarmente complexa. A dimensão média das empresas teria sido coroada de sucesso a estraté- A nível do emprego, bons sinais têm, portuguesas de calçado é de 26 traba- gia de valorização da produção nacional Presentemente, o setor exporta para igualmente, sido registados. Desde 2010, lhadores, acima da média da indústria de que foi implementada. Neste contexto, acerca de 152 países, em todos os continen- foram criados 9.238 postos de trabalho. calçado na União Europeia e da média da indústria recorreu também mais expressi-tes. No entanto, é o setor dos artigos de Na fileira, o número de postos de traba- indústria transformadora nacional. vamente a instrumentos de proteção dapele e marroquinaria que mais dinâmica lho aumentou de 34.602 para 42.249 no propriedade industrial. fim de 2014. Número que terá aumentado Sendo uma indústria em que predo- para os 43.840 já em 2015, segundo esti- minam pequenas e médias empresas, o A indústria de componentes tem uma mativas da APICCAPS, feitas com base em calçado não é, portanto, das indústrias em distribuição geográfica semelhante à do dados do Ministério do Trabalho. calçado, embora estendendo-se a outros concelhos. Já a indústria dos artigos de Com forte aglomeração geográfica, a produção de calçado distribui-se maio-www.aplical.comUm salto sempre à frente! Siga-nos: facebook.com/aplical.pt instagram.com/aplical.pt Telef: +351 256 202 210 Fax: +351 256 202 211 E-mail: [email protected] Localização: Rua Manuel Pais Vieira Júnior Nº 109, 3700-309, São João da Madeira28

pele está mais dispersa, tendo núcleos im-portantes em Ponte de Lima, Santa Mariada Feira, Braga e Castelo de Paiva. A di-mensão média das empresas destas indús-trias é claramente inferior à da indústriade calçado. Criaçãoemdeprmesaaiss de 200 A outro nível, mais de 200 novas em-presas foram criadas na última metadede década, em especial na indústria decalçado, onde nasceram 185 novos proje-tos. Umas das particularidades está dire-tamente associada a uma nova dinâmicaregional. Com efeito, o cluster de calçadotem contribuído para um melhor equilíbrioregional, através da criação de dezenas deunidades industriais no interior do país, emregiões como Castelo de Paiva, Celorico deBastos, Paredes de Coura, Pinhel ou Seia. 29

Grandes tendências de consumo para 2017 Personalização, identidade, cultu- com discussões focadas num mundo pós- totalidade ou, nesta fase, em parte. dam em todo o mundo, desde viagens ara e origem são - segundo o estudo do género. Embora haja muito mais roupas e brinquedos”.Euromonitor “Top 10 global consumertrends for 2017” - palavras de ordem no No final de 2016, por exemplo, a Air- personalização de itens que são, à partida, Serviço pós-vendavocabulário do consumo para 2017. Mas bnb enviou um email aos seus membros “produzidos em massa”, a personalizaçãohá mais tendências. E a essas o jornal da informando-os da obrigatoriedade de se de alta qualidade está em forte prospeção Um suporte técnico de pós-venda ri-APICCAPS também fez menção na sua declararem livres de preconceitos para po- devido ao crescimento do “luxo experien- goroso é algo que os clientes esperam queedição de janeiro passado. derem continuar a hospedar ou a alugar cial”. Essa tendência está a alterar as ex- seja cada vez mais uma realidade constan- casas. petativas dos consumidores, uma vez que te. Com a proliferação dos dispositivos in- Fluxo da identidade os clientes exigem cada vez mais que as teligentes (produtos para casas inteligen- “Qual é o compromisso da comunida- marcas atendam ou mesmo consigam tes que se espera que tenham um “perfil “A natureza da própria identidade de?”, pergunta a marca. “Compromete- prever as suas necessidades. Acresce que digital” próprio) será cada vez mais fácil aestá em fluxo”. É assim que o Euromonitor -se a tratar todos, independentemente as marcas também estão a procurar forta- conexão entre consumidor e marca.analisa as questões culturais e identitárias de raça, religião, nacionalidade, etnia, lecer a relação marca/cliente através dasque têm afetado o mundo tal como o co- deficiência, sexo, identidade de género, emoções que podem despertar, tornando Em 2017 os compradores estarãonhecemos. orientação sexual ou idade com respeito e os produtos cada vez mais “pessoais”. mais vocacionados para a experiência pós- sem julgamento ou parcialidade?”. compra, sendo, cada vez mais, uma parte A tensão entre global e local tem Uma recente curta-metragem satírica importante na oferta de valor de um pro-sido influenciada pela crise dos migran- Para a Airbnb, a confiança e um sobre o lançamento de água personaliza- duto ou serviço. O contacto pós-comprates, que questiona a identidade nacional pensamento livre de preconceitos são da, prometendo o fim da água corporativa com os representantes da empresa, o meiode cada indivíduo. “Para 2017 espera-se valores-chave na empresa, que se intitula “sem alma”, gerou inquéritos aos consu- e o tom da resposta são também partesque os clientes comecem a demonstrar como uma “comunidade” ao invés de um midores. Segundo o New York Times no ar- críticas da jornada do cliente, moldando auma compreensão mais elástica da etnia negócio. tigo ‘Bespoke This, Bespoke That. Enough visão sobre a marca.deixando de lado apropriações culturais”. Already’: “a ideia de que um produto apre- Personalização senta um aspeto personalizado tornou-se Com as expetativas de atendimen- Mas, mesmo quando a fluidez da cada vez mais comum e é usado como to ao consumidor elevadas, a vontadeidentidade é reconhecida e debatida, as Este ano - como refere a publicação uma forma de chamar a atenção de clien- da marca de lidar reclamações pós-desigualdades sistemáticas e o precon- da APICCAPS com base no estudo do Eu- tes por diferentes segmentos de mercado: compra influenciará se um consumidorceito persistem. A identidade de género romonitor - será mais do que obrigatório sejam cirurgiões, companhias de seguros, recomendará a marca no futuro ou se acontinua a ser objeto de debate público, que um produto, mesmo que produzido in- bloggers, bares e tatuadores. Exemplos de critica a outros consumidores. dustrialmente, possa ser personalizado na30 democratização da personalização abun-

GpuaarvaaomPudorat-oseCptMVaeorsavsaielonrltencettaeautrarlpni,.doaaLErcdetiuo’efEOgnisgualculfeioefrssimacacieooejlámm,AcoVrameTolvçgbiohsueu-ere mudança de instalações. A marca feminina às 19h00, os clientes podem comprar e ex- Valletta, e figura em revistas internacionais de calçado português de Inês Caleiro, co- perimentar toda a coleção da marca e ficar como The Coveteur, L’Officiel, Vogue e Elle. A celebrar seis anos de existência, a nhecida pelos saltos geométricos e arquite- a conhecer a equipa por detrás da Guava.Guava começou 2017 em grande com uma tónicos, mudou-se para o Porto, para a zona “Ver a reação das pessoas aos sapatos da Batalha. A Guava nasceu em 2011, fruto da da Guava continua a ser a melhor coisa. paixão de Inês Caleiro por design e sapa- Adoram e expressam-no efusivamente!”. Inaugurado no passado dia 1 de feve- tos. Depois de um ano a trabalhar na Jimmy A designer e diretora criativa Inês Caleiro reiro, o novo showroom da Guava situa-se Choo e dois a colaborar com a empresa na- deseja que isso nunca mude e disse-o, não concretamente no n.º 39 da Rua Augusto cional Boca do Lobo, a criadora decidiu lan- há muito tempo, ao jornal da APICCAPS, Rosa. O edifício imponente que se avista ao çar-se em nome próprio no mundo da moda. fazendo questão de sublinhar ainda o bom virar da esquina do Teatro S. João é o Dis- A marca, inspirada pelas formas geométri- momento da Guava marcado pelo aumento trict. Aqui, de segunda a sábado das 9h00 cas, já calçou personalidades como Amber da equipa. 31

Fly London apresenta “Interstellar”pAadreasanerhantahies,otmauspimCarseprsiplasertsiiqmnmuaeeeniRrntaeãosdovborcioagatuamesis- em azul, camel, castanho e preto. meio de transporte” em comunicado en- mo tempo que a inclusão de elementos Um dos destaques está nas “fitas de viado à APICCAPS. inesperados como as fitas de cetim em As botas “Interstellar” foram dese- substituição dos atacadores, assim comonhadas por Cristina Rodrigues, artista cetim no lugar de tradicionais cordões, um A artista Cristina Rodrigues, inspirada os grandes ilhós dourados, fez com que oplástica, para a Fly London. elemento de referência em obras de Cris- “na importância dos sapatos para as gera- resultado final fosse uma bota que osten- tina Rodrigues e um detalhe diferenciador ções urbanas, concebeu ´Urban Dwellers´, ta orgulhosamente o código genético Fly As primeiras botas da artista, em par- que prossegue o audacioso legado estéti- uma instalação de arte contemporânea London”.ceria com a empresa cujo lema é “Don´t co daquele que é o maior exportador de de larga escala apresentada pela artistaWalk, Fly (Não caminhes, voa)”, existem calçado em Portugal”. no outono do ano passado em Sevilha”, A criação de um par de sapatos pela segundo o Jornal da associação. primeira vez foi “um desafio e uma honra32 A marca do grupo Kyaia lembrou que poder assinar o design de um produto da “diariamente, centenas de milhares de cami- Para Amílcar Monteiro, sócio fundador mais relevante marca portuguesa de calça- nhantes urbanos - urban dwellers - elegem o da Fly London, a artista “introduziu um do”, assumiu Cristina Rodrigues. calçado Fly London como o seu principal certo tradicionalismo no design, ao mes-

MILÃO3 VOOS DIÁRIOSPara mais informações contacte o seu Agente de Viagens. 33

déaoALnouPvísoIOpCrCnesoAifdreePntSe O empresário Luís Onofre é o novo Ministério do Trabalho alusivos a 2015), presidente da APICCAPS. a fileira do calçado exporta mais de 90% A eleição da presidência da APICCAPS da sua produção, o equivalente 2.250 mi- foi disputada pela primeira vez na sua his- lhões de euros no final de 2016”. tória por dois candidatos. Os associados As exportações da indústria do cal- escolheram no dia 21 de abril entre a lista çado “desde 2010 aumentaram mais de A encabeçada pelo empresário Luís Ono- 55%. Ao nível do emprego, são igualmen- fre e a lista B encabeçada pelo também te muito positivos os sinais com a criação empresário Sérgio Cunha, presidente do de 9.238 postos de trabalho nesse perío- grupo Pedreira. do”, lê-se em comunicado. Por um lado, Luís Onofre era consi- A produção de calçado, “com for- derado o candidato de continuidade do te aglomeração geográfica, distribui-se trabalho levado a cabo por Fortunado maioritariamente por dois polos centrados Frederico nos últimos 18 anos à frente da nos concelhos de Felgueiras e Guimarães, APICCAPS. Por outro, Sérgio Cunha era o por um lado, e Santa Maria da Feira, Oli- sinónimo de renovação da associação dos veira de Azeméis e São João da Madeira, industriais de calçado. por outro. Em conjunto, estes cinco conce- Estas que foram “as eleições mais lhos representam mais de três quartos do concorridas de sempre” com “uma taxa de emprego setorial. Mais a sul, na zona da participação superior a 80%”, informou a Benedita, encontra-se outro polo, de me- associação através de comunicado. nor expressão quantitativa”, acrescentou O presidente eleito, Luís Onofre, tem a APICCAPS. 45 anos, é natural de Oliveira de Azeméis e A associação destaca ainda a criação é a terceira geração de empresários na sua de “mais de 200 novas empresas na última família. Agora, o empresário acrescenta às metade de década, em especial na indús- suas funções a liderança da APICCAPS. tria de calçado, onde nascerem 185 novos “Uma associação empresarial de âm- projetos”. “Uma das particularidades está bito nacional com sede no Porto, fundada diretamente associada a uma nova dinâ- em 1975 e que representa toda a fileira do mica regional. Com efeito, o cluster de calçado em Portugal (Indústria de calçado, calçado tem contribuído para um melhor Indústria de componentes para calçado, equilíbrio regional, através da criação de Indústria de artigos de pele e Indústria e dezenas de unidades industriais no interior comércio de bens de equipamento)”, deu do país, em regiões como Castelo de Pai- a conhecer a APICCAPS que é “consti- va, Celorico de Bastos, Paredes de Coura, tuída por 1.834 empresas, responsáveis Pinhel ou Seia”, concluiu a APICCAPS em por 45.164 postos de trabalho (dados do comunicado.34

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Ndoev1a.s6l0in0hmasilhdõeecsrépdairtoa nPoMvaElor As cinco linhas de Crédito Ca- e precisam destas linhas, que podem ser com como objetivo potenciar o acesso a financia- pitalizar lançadas pelo Governo prazos de três a 10 anos, prazos relativamente mento para investimentos em ativos e refor- em janeiro último destinam-se a amplos para poderem investir com confiança. ço de capitais para aquelas empresas. Já a Pequenas e Médias Empresas Mas precisam também de financiar a sua ativi- linha Fundo de Maneio tem uma dotação de (PME) com montantes de dade, em particular as empresas exportadoras 700 milhões de euros e visa complementar a financiamento por empresa entre que, neste momento, estão a ter um aumento linha IFD, alargando as restrições do uso de 25 mil e dois milhões de euros da atividade e, por isso, precisam também de operações para reforçar o Fundo de Maneio linhas de financiamento e de fundo de maneio ou Capital. Com “o lançamento destas novas linhas para poderem financiar não só os investimen- de crédito no montante de 1.600 milhões de tos, mas também financiar a atividade corren- Por seu turno, a linha de Plafond de Te- euros [no âmbito do programa Capitalizar te, podendo comprar matérias-primas, pagar souraria conta com 100 milhões de euros e 2017], vamos ter um conjunto completo de salários, para depois, quando exportam, terem visa apoiar a introdução de plafonds de cré- instrumentos de financiamento às empre- o retorno e receberem os seus rendimentos”. dito em condições acessíveis para todas as sas”, que inclui instrumentos de investimen- empresas, enquanto o instrumento Investi- to de projetos 2020, de plafond de tesouraria “Complementares aos instrumentos” mento Geral (também com 100 milhões de ou maneio. que já tinham sido lançados, estas linhas euros) tem em vista financiar investimentos de Crédito Capitalizar incluem instrumentos em ativos com elevado prazo de recuperação. Com isto o Governo pretende dar respos- de apoio “às pequenas empresas para in- ta “de forma ampla e abrangente às neces- vestimento, mas abarcam também linhas de A linha Investimento Projetos 2020 tem sidades de todas as empresas portuguesas”, apoio ao fundo de maneio para as empresas uma dotação de 300 milhões de euros. conforme refere o ministro da Economia em gerirem melhor a sua tesouraria”, afirmou o notícia do jornal da APICCAPS. governante, acrescentando que também in- “São linhas que pretendem dar dinhei- cluem apoios para as empresas ‘mid-caps’, ro às empresas com prazos mais favoráveis Aliás, segundo Manuel Caldeira Cabral,“as ou seja, “para empresas que têm maior di- do que a banca consegue conceder, assim empresas precisam claramente de investimento mensão”. como também spreads mais baixos, per- mitindo-lhes, em particular às pequenas e De acordo com a publicação da associa- médias empresas, financiarem-se num con- ção, a linha Micro e Pequenas Empresas, com texto mais amplo do que as linhas que já uma dotação de 400 milhões de euros, tem tínhamos lançado anteriormente”, esclare- ceu o ministro.36

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Cermiatdiveisdtaadqeuee adleésmig-nfronnatceiiornaas is 500 Anos após os Descobrimentos, os Na ocasião, conforme refere a publica- para calçar todos os modelos femininos e riais.portugueses continuam a explorar o terri- ção da associação, o calçado nacional este- masculinos no seu desfile outono/invernotório além-fronteiras como se do seu país ve representado pelas já repetentes no cer- 2017. “RemeflMexoilsã”odee NMoivgaueIl oVrqieuierase tratasse. Basta prestar atenção ao design tame Last Conspiracy e Eat My Dust, numae à criatividade nacionais que já “viajam”, organização da APICCAPS, que contou com “Estamos muito orgulhosos por uma Afinal, “as roupas que usamos são ohá algum tempo, pela Europa à procura das o apoio do programa Compete 2020. marca como a Sibling, que é irreverente e reflexo de nós mesmos ou o reflexo de comoluzes das semanas de moda internacionais ousada como a Freakloset, ter escolhido os os outros nos veem nelas?”. Passados 15 Mas a criatividade e o design nacionais nossos sapatos. É um passo muito impor- anos, Miguel Vieira cumpre um sonho an- Em Florença, a Pitti Uomo marca o estiveram em destaque igualmente com a tante na nossa estratégia de internaciona- tigo apresentando a sua coleção masculinapasso para o início de cada temporada. Nos presença de Estelita Mendonça e David Ca- lização e um reconhecimento da qualida- para o inverno de 2017/18 na Milano Modaprimeiros dias de janeiro, de acordo com o talán. Os dois jovens criadores foram con- de e design dos produtos Freakloset e do Uomo. O desfile do designer de moda de S.jornal da APICCAPS, as portas da Fortale- vidados para integrar o espaço “The latest calçado português”, refere Joana Lemos, João da Madeira, no hub criativo Base Mi-zza de Basso abrem para um dos principais fashion buzz”. designer da Freakloset, ao jornal APICCAPS. lano, marcou a estreia de uma marca portu-palcos da moda masculina internacional, guesa na semana de moda italiana, comotendo a Pitti Uomo recebido, só nesta últi- Já em Londres, a London Fashion Week Registe-se que a Freakloset é uma mar- refere o jornal da associação na sua ediçãoma edição, 4.300 compradores de mais de também arrancou em grande para a jovem ca de calçado 100% portuguesa criada em100 países distintos, num total de 36.000 empresa Freakloset. A londrina Sibling, que 2016. O objetivo é reinventar os modeloscompradores. esteve em foco na passerella principal da mais clássicos e intemporais, personalizan- semana de moda, escolheu a Freakloset do-os com cores vibrantes e novos mate-38

de janeiro passado. joanense Hugo Costa que, no final de moveon componentes e calçado S.A. Rua do Alto da Torre, 100 | 3885-436 Esmoriz - Portugal | tel: +351 256 785 250 | www.aerosoles.eu Também de acordo com esta pu- janeiro, voltou à “cidade luz” para a Semana de Moda Masculina de Parisblicação, a coleção “Reflexos”, que o e de Luís Buchinho que, no mês se-criador sanjoanense também apre- guinte, regressou à capital francesasentou em fevereiro último na New para apresentar a coleção outono/in-York Fashion Week, parte da ideia de verno. Isto, no âmbito de desfiles comjogo de espelhos e da nossa perceção a assinatura Portugal Fashion.de imagem face aos outros. De volta a Itália, foi a vez de De notar que estes desfiles de Pé-de-Chumbo, Susana BettencourtMiguel Vieira se inserem no processo (distinguida pela Vogue como umade internacionalização estratégico da das 10 mais promissoras criadoras)moda nacional, da responsabilidade e Estelita Mendonça representarem ado Portugal Fashion. moda nacional na “Alta Roma”. Cmriaosdtorarems -psoerltáugfoureases Já a Semana de Londres recebeu Alexandra Moura e, a fechar o péri- Os criadores nacionais têm dado plo internacional, Carlos Gil e Pedronas vistas além-fronteiras, não só na Pedro subiram ao palco da MilanoEuropa, mas também do outro lado Moda Donna, em Itália, no final dedo Atlântico, conforme menciona o fevereiro.jornal da APICCAPS. Casos do san- Entretanto, para lá do oceano, Nova Iorque recebeu Katty Xiomara e Miguel Vieira. 39

Mais de 8.6d0e0MviusisteausdeomCmaalçisaddeo ctnarBEeopmgorpsIibaõrpaéttesauáímissçlgl,ioNtuaeeEesmmoetssrreupGatsres,eanercenogsãeolehC-bóbiBairgdero,ienrocsteFtoutvrvadoiiirnsnn.oaidéthnMaddoaçnaisatatsod,esso Norte e Centro do país até além-fronteiras, nomeadamente do Brasil, Espanha, França, Desde que abriu as portas ao mundo, Itália e Grã-Bretanha.em novembro de 2016, o primeiro museudo calçado em Portugal, situado em S. João Em declarações ao labor, a diretorada Madeira, já contabilizou mais de 8.600 do Museu do Calçado (MC) adiantou quevisitas. As idades dos visitantes variam en- “cerca de 60% do público insere-se na ca-tre os 12 e os 64 anos e as suas proveniên- tegoria de ‘público ocasional’. Ou seja, sãocias são também várias, desde as regiões grupos que visitam o museu sem marcação prévia de visita ou sem estarem incluídos em visitas organizadas, sendo que, destas pessoas, um número assinalável está de alguma forma ligado ao setor calçado, seja profissionalmente, seja em termos familia- res”. Dados (facultados ao nosso semanário em março último) que, para Suzana Mene- zes, não deixam dúvidas quanto ao facto de este espaço museológico de S. João da Madeira, instalado no edifício da antiga 1940/50 de que S. João da Madeira fábrica Oliva, agora requalificado, estar ‘vestia Portugal da cabeça aos pés’, “a afirmar-se, no panorama regional e com a abertura do MC também os mu- nacional, como uma instituição cultural seus sanjoanenses passaram a ‘musea- e museológica de referência”. lizar’ a história industrial da cidade da cabeça aos pés. dsMaeaculiiszdeaaumdse’sadhnaisjtocóaarnbiaeençiansedsauo‘smstrpiuaé-ls No entanto, conforme chamou a Parte do caráter inovador e criati- atenção a responsável diretiva, “isto vo deste projeto reside no facto de o não quer dizer que cristalizem essa mesmo se encontrar associado a outras mesma história num passado mais dinâmicas de salvaguarda patrimonial, ou menos longínquo, porque parte da nomeadamente o Museu da Chapela- missão de qualquer uma destas duas ria, situado a escassos metros do Mu- instituições é olhar objetivamente para seu do Calçado. o presente das comunidades que re- presentam, sendo por isso espaços Recuperando-se a velha máxima em permanente evolução, dinâmicos e eternizada em publicidades dos anos criativos, quer em termos de programa- ção cultural e pedagógica quer ao ní- vel da concretização das suas funções científicas”.40

cinco meses De acordo com Suzana Me- nhecimento público e de acessonezes, a história deste museu regular”.inédito no país começou nomomento em que foi produzida “apMostCa gjáanéha”investigação para a criação doMuseu da Chapelaria. “No âmbi- Tendo como propósito o in-to deste processo tornou-se claro cremento da vida cultural e socialque a história da chapelaria cami- da região, através da recuperaçãonhou a par e passo com a história e preservação da história do cal-do calçado. De facto, não se pode çado e do design da valorizaçãoentender a história de S. João da e disponibilização do patrimónioMadeira sem se compreender que da região, o Município pretendeesta cidade ‘vestiu’ o país e parte que o Museu do Calçado venhado mundo, da cabeça aos pés”, aumentar os níveis de complexi-afirmou, acrescentando: “Re- dade, densidade, notoriedade eside aqui a sua mais profunda atratividade dos produtos cultu-caraterística identitária”, sendo rais e turísticos da região, nomea-esta uma das razões porque o damente do “turismo cultural”.Município pretendeu tornar todoeste acervo num espaço de co- 41

Aliás, para Suzana Menezes, “come- pretação dos bens culturais que já possui ça hoje a ser claro que o MC tem vindo a mas também de outros que virá a incor- estimular o incremento de fluxos turísticos porar, com objetivos científicos, culturais, para a Região, aumentando e diversifi- educativos e lúdicos, de democratização cando a frequência e a participação dos da cultura, de promoção da cidadania e públicos”. Além disso também contribuído de desenvolvimento da sociedade”. Mas para reforçar a notoriedade dos produtos também pretende-se que seja um museu turísticos e dos espaços com potencial tu- vivo, em contacto com a população local e rístico, quer no mercado nacional, quer no os seus públicos e, sobretudo, um espaço internacional. Por isso, “pensamos que, até ao mo- de aprendizagem, experimentação e ino- vação. mento, o investimento realizado na criação deste museu é claramente uma aposta ga- Deste modo, o Museu do Calçado ali- nha pela nossa cidade”, sublinhou. menta-se de colaborações que envolvem o universo humano do calçado, desde o Planoqpuaartarooasnporsóximos operário ao patrão, passando pelos comer- ciais, lojistas e designers, recuperando im- portantes memórias que estruturam o ser das comunidades. Daí “uma das nossas Quanto ao futuro, Suzana Menezes principais preocupações é dar seguimento disse que o Museu do Calçado tem um e consistência a um conjunto de investiga- plano de desenvolvimento estratégico ções de natureza histórica e antropológica pensado para os próximos quatro anos, que permitem aprofundar cada vez mais o que se encontra profundamente alicerça- conhecimento sobre todas estas realida- do naquela que é a sua missão e vocação des”. primordial. Aliás, é por isso que “o Serviço Educa- “Sendo uma instituição de natureza tivo tem um papel tão central na atividade permanente, sem fins lucrativos, criada do MC. É através da atuação deste serviço para o interesse coletivo, com acesso regu- que toda esta investigação e todo o tra- lar ao público”, caberá a este equipamen- balho científico que realizamos ganham to municipal, conforme explicou a diretora, corpo e se tornam inteligíveis aos olhos “dar continuidade ao intenso trabalho de dos nossos públicos”, chamou a atenção. coleta, conservação, investigação e inter- É por esta razão que também “elaboramos42

um plano educativo e pedagógico, direcio- tário “God Save MyShoes”, ThierryDaher, aldoshoes.com.ptnado a diferentes públicos (faixas etárias, que visa explorar a relação íntima das mu-necessidades especiais e específicas), que, lheres com os seus sapatos, de um pontopartindo das coleções, materiais e ima- de vista psicológico, sociocultural e eróti-teriais do museu, vai colocar o visitante co; da realização de oficinas e workshopsperante novos desafios inteletuais e cultu- pedagógicos que envolvem mais do querais”, completou. uma expressão artística, como é o caso da oficina “Dá-me a honra desta dança?” Referindo-se ao ano de 2017, Suzana que fará a ligação entre a história da evo-Menezes deu como exemplo o desenvol- lução do calçado e a história da dança evimento de parcerias estratégicas, no- no âmbito da qual os participantes serãomeadamente com a Agência Curtas e os estimulados a aprenderem diversos passosrealizadores David Doutel e Vasco Sá para de danças icónicas; ou, ainda, as colabora-apresentação e exploração de conteúdos ções com jovens e consagrados designers,do filme de animação “O Sapateiro” no que permitirão apresentar seminários eâmbito da visita temática “O ofício do sa- conferências dedicados a diversas temáti-pateiro”. cas relacionadas com o mundo do design, da moda e do calçado. Referiu ainda de uma parceria (emnegociação) com o produtor do documen- 43

O Méu“sueumdaojóCiaa”lçadoecsatAálçaemhdiosStAó.rinaJaodsãtaaocddieaasiRgMnaedareddveieicrha O seminário foi uma discussão entre e cada um deles tem “significado por trás nhou Anastacia Radevich. Anastacia Radevich, designer de calçado, dele”, revelou. A artista bielorussa conhece Nikolai O ciclo de exposições “Num Con- Nikolai Yur, designer industrial, e o público.to de Fadas. Da Cabeça aos Pés” trouxe “Há um monte de história lá”, con- Yur há muito tempo e ele foi a razão pela“Anastacia Radevich” e as suas “Formas O momento foi “uma introdução pes- tinuou a artista. Por isso, “vai ser inte- qual mudou-se para o Canadá. A parceriade Arte” ao Museu do Calçado. soal” sobre “de onde venho, para onde ressante para todos”, afiançou Anastacia entre ambos viria a surgir depois. Sempre vou como artista e como designer de cal- Radevich. que Anastacia está a “voar” digamos que O seminário “Anastacia Radevich. For- çado” e acima de tudo um momento de Nikolai é que quem a leva a assentar osmas de Arte” e a exposição com o mesmo discussão e reflexão sobre “coisas que são Os seis capítulos - Biofuture, Kinetik, pés na terra. “Uma coisa é ter uma ideia,nome realizaram-se nos dias 21 e 22 de importantes”, disse a artista. Dreamfall, Lost Civilizations, Alchemy e outra coisa é fazê-la funcionar”, explicou oabril, no Museu do Calçado. Terra Incógnita - representam seis anos de designer industrial, que através de conse- A exposição “Anastacia Radevich” é história e de vida de Anastacia Radevich. lhos técnicos dá a perceber a importância44 uma exposição de corpo e alma sobre tudo da “usabilidade, funcionalidade e estrutu- que tem sido feito pela artista bielorussa e “Uma sensação de liberdade e ins- ra dos seus produtos”. está dividida em capítulos, não coleções, piração é parte essencial do processo. A criatividade é habitualmente colhida da Por isso, a dupla criativa Anastacia Ra- natureza, do mundo que nos rodeia e das devich e Nikolai Yur prima pela criação de profundezas da imaginação. Alguns temas ideias e de produtos responsáveis. atraíram a minha atenção pela aura de mistério (Alchemy), outros foram induzi- A exposição “Anastacia Radevich. For- dos pela experiência direta (Kinetik). Abrir mas de Arte” pode ser visitada até ao dia portas ao desconhecido através da criação 30 de setembro no Museu do Calçado. de sapatos é apenas uma das formas de compreender o universo”, diz Anastasia “DNuamcacboençtao daeosfapdéas”s. Radevich sobre o seu trabalho criativo ao Museu do Calçado. O ciclo de exposições “Num conto de fadas. Da cabeça aos pés” contará quatro A artista bielorussa apresenta assim histórias “reais de jovens designers  in- pela primeira vez o seu trabalho no Mu- ternacionais, cujo talento e capacidade seu do Calçado que é “uma jóia” muito empreendedora levaram as suas criações “interessante para descobrir” em S. João pelo mundo fora, seja na cabeça e pés de da Madeira. celebridades, seja nas salas de exposições de vários museus”, adiantou o Museu do A cidade sanjoanense é “muito acon- Calçado. chegante” e com “muita história”, descre- veu Anastacia Radevich que assumiu estar Por enquanto, é possível conhecer rendida ao charme de como as gerações Anastasia Radevich. Uma designer de mais novas e mais velhas interagem. “É calçado bielorrussa, atualmente a viver uma atmosfera muito saudável”, assumiu no Canadá, e conhecida pela sua larga a artista bielorussa. experiência na área do design de calçado e acessórios, de onde se destaca o seu tra- A indústria do calçado portuguesa é balho no Grupo Aldo, em Montreal, para “muito rica tecnicamente e também em a Bolongaro Trevor (os fundadores de All termos de design”, mas, “surpreenden- Saints), Alexander McQueen e Nicholas Ki- temente, não é uma grande indústria em rkwood. Apoiada pela Fundação de Moda comparação com a Itália e com a China”, de Montreal, concluiu com distinção a sua constatou Anastacia Radevich. formação em Design de Calçado no Lon- don College of Fashion, uma das principais Contudo, a indústria de calçado por- faculdades de design do mundo. Anastacia tuguesa é “muito influente” porque é si- Radevich foi selecionada pelo art-s-talker nónimo de “bom produto, boa qualidade para ser destaque no e-Creative: London e bom material”, salientou a artista, não 2009. deixando de enaltecer a ética dos traba- lhadores e dos produtores de calçado. Por isso, a indústria de calçado portuguesa é “uma indústria muito respeitada”, subli-

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A procura crescente de sapatos únicos As marcas Undandy e Freakloset têm O investimento inicial da Undandy criou a Freakloset em que “os modelos lher as cores dos produtos que me agra-em comum o facto de serem jovens, portu- rondou os 700 mil euros, concluindo o clássicos, unissexo, prometem agitar o davam. Mas os sites de personalizaçãoguesas e de personalizarem sapatos. ano com a venda de 250 pares de sapa- mercado”, permitindo ao cliente escolher tinham processos cansativos e demasia- tos únicos por mês, segundo informação “desde o modelo, às cores da pele, às so- dos pormenores em aberto”, explicou A Undandy é “uma plataforma de avançada pelo jornal da APICCAPS. las e aos atacadores”. ao P3, citando o jornal da associaçãovenda de sapatos masculinos pensada dos industriais. A pós-graduação empara quem quer peças únicas e perso- “A tendência é para crescer. Os clien- A jovem licenciada em gestão, mes- design de calçado e design gráfico emnalizadas, fabricadas artesanalmente tes querem cada vez mais produtos fei- tre em marketing e pós-graduada em de- Nova Iorque levou Joana Lemos a pas-em Portugal”, segundo a descrição do tos para si próprios, que contem as suas sign, rapidamente percebeu o potencial sar “largas horas em visitas a fábricasjornal da APICCAPS. Dando a conhecer histórias”, assumiu Rafic Daud à mesma escondido atrás deste negócio. para aprender, perceber o processo eque “os modelos podem ser integral- fonte. estudar protótipos”.mente personalizados até com o próprio “Sempre adorei sapatos clássicos enome”. “Para isso, o consumidor só tem A jovem Joana Lemos, de 25 anos, sempre quis ter a possibilidade de esco-que aceder à loja online, que oferece 156mil milhões de combinações possíveis”.Continuando, “com apenas cinco passos,cada par de sapatos pode ser persona-lizado até ao mais ínfimo pormenor nowebsite da marca (a biqueira, modelo,cor, material, atacadores, costuras) e emduas semanas tem um par de sapatosúnico em casa”. A primeira empresa, criada por Ra-fic Daud e Gonçalo Henriques, foi criadacom o intuito de “colmatar uma falha nocalçado para homem”. Como “não tínha-mos onde comprar os sapatos que dese-jávamos”, “lançámos a plataforma emsetembro de 2015, depois de vários estu-dos e de encontrar o parceiro certo, umafábrica em São João da Madeira”, contouRafic Daud ao jornal da associação, asse-gurando que a produção de cada par desapatos é de fio a pavio artesanal. “Daí a importância da parceria, te-ria de ser alguém com capacidade deresposta, produzindo um par de sapatoscom determinadas características e nãoumas centenas de um modelo”, esclare-ceu o empresário.46

Garagem de Arrifana 47Rua Terras de Santa Maria3700-564 Arrifana VFRTel.: 256 000 070 Fax: 256 831 [email protected]/garagemdearrifana

LemnooncaJlçeallydofodretaclreicaenaçpaosta C M Y CM MY CY CMY K A marca de calçado Lemon Jelly do apostaram em conquistar este cliente José Pinto, CEO do grupo Procalçado. ças “tem tudo em comum com o restogrupo Procalçado vai reforçar a aposta irrequieto, mas particularmente exi- Se “idolatrar a mãe é a coisa mais das gamas da marca. Os materiais, asno calçado para crianças. gente. É o caso da Lemon Jelly”. formas, o aroma, os pormenores de natural para uma miúda e se a mãe design e a funcionalidade”, conside- “As exportações portuguesas de A ideia é criar coleções com “o anda sempre na moda, como qualquer rou o Ceo do grupo Procalçado, con-calcado de criança têm vindo a au- estilo, a diversão e a versatilidade do fã Lemon Jelly, é mais do que provável siderando que “todos foram passadosmentar de forma sustentada nos últi- calçado Lemon Jelly em ponto peque- que o bom gosto seja herdado”, real- à mais nova geração de seguidoras damos anos e ascendem já a 150 milhões no e sem perder a essência que já” çou José Pinto ao Jornal da APICCAPS. Lemon Jelly”.de euros” e “várias são as marcas que conquistou junto das mães”, adiantou A coleção Lemon Jelly para crian-48

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Futuro passa pelas vendas online “A digitalização das PME [Pequenas e Médias Empre- de alto valor acrescentado que respeita elevados padrões gundo o jornal da associação.sas] para que elas possam mais rapidamente aceder aos de segurança, ambientais e sociais” – “é um bom exemplo A propósito, conforme refere a publicação daconsumidores através das vendas online é um grande de- de criatividade e design, fabricado com as mais recentessafio que as empresas europeias terão de vencer no futuro tecnologias e materiais”. APICCAPS de janeiro passado, o presidente da Confede-próximo”. Quem o diz é Cleto Sagripanti, conforme refere ração Europeia da Indústria do Calçado defendeu que aso jornal da APICCAPS. “A criatividade faz mesmo parte do ADN europeu e é empresas, em particular as de pequena e média dimensão, uma das razões para que o nosso calçado seja bem suce- tudo têm para beneficiar com este acordo. Em declarações ao World Footwear, o presidente da dido em todo o mundo”, reforçou a ideia.Confederação Europeia da Indústria do Calçado (CEC) de- No entender de Cleto Sagripanti, “para a indústriafendeu que “as vendas online tornar-se-ão, no futuro, mais do coAmsér(ciion)inceterrtenzaacsional europeia do calçado, o TTIP é de grande relevância, poisimportantes do que as lojas tradicionais”, sendo que, no facilitará o acesso a um mercado de 322 milhões de con-entender do responsável, “as empresas precisarão [pois] Têm sido muitas as discussões a favor e contra a assi- sumidores. Nos últimos dois anos, apesar das elevadasde assegurar o financiamento e a mão-de-obra qualificada natura do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio tarifas de importação e de procedimentos administrativosnecessária para maximizar essa oportunidade”. e Investimento, mais conhecido como TTIP. Nos últimos e aduaneiros complicados, registou-se um aumento signi- tempos, esta é uma matéria frequentemente presente em ficativo no comércio de calçado entre a União Europeia e Ainda a propósito, o também empresário e homem de qualquer conversa envolvendo empresas dos dois lados os Estados Unidos”, demonstrando “a crescente procuranegócios com vasta experiência na indústria de calçado do Atlântico, embora as eleições nos EUA, em novembro dos consumidores pelos produtos europeus”.recordou que “o aumento das exportações para países ex- do ano transato, tenham criado alguma incerteza e atétracomunitários desde 2009 (mais de 39% em quantidade mesmo uma desaceleração das negociações em curso, se- “Confiamos que o novo governo americano continua-e 83% em valor) é o melhor argumento de que o calçado rá, em breve, as negociações com a UE para chegar rapi-europeu está bem posicionado na arena internacional”. damente a um acordo satisfatório que impulsione o co-Na sua ótica, o calçado europeu – “produto de consumo mércio bilateral entre as duas principais áreas económicas do mundo”, disse ainda o responsável sobre este assunto.50


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