FICHA ÍNDICE TÉCNICA Vendas fora da Europa crescem 37% 4 Diretor Pedro Silva História da Felmini: As botas que mais vendem em Itália 6-8 Redação Setor aposta na América do Sul 10 Anabela S. Carvalho Exportações para a China cresceram 73% 12 Diana Familiar Fotografia Arquivo laborAPICCAPS/Frederico Martins Rui Guilherme Fernando Aguiar Publicidade Fernando Aguiar Fernando Moreira Maquetagem e Grafismo Ana Paiva Rui Guilherme Execução LABORPRESS - Edições e Comunicação Social, Lda Tel. 256 202 600 Fax: 256 202 609 E-mail: [email protected] www.labor.pt Rua Oliveira Júnior, 93 3700-206 S. João da Madeira Impressão FIG - Coimbra Mais de 120 empresas nas feiras de calçado 18-23 Jovens designers no centro da Europa 26-27 Fábricas querem atrair jovens 28-30 Empresas de calçado têm a melhor reputação 36 Campanha da APICCAPS é finalista em concurso europeu 58-59 Academia em projeto europeu de e-learning 62 3
dcaaElVçuearndodopaaasacforjuersadcaemr As vendas extracomunitárias é ranking dos maiores exportadores, que estão a sustentar a trajetória de lugar que tem mantido estável nos ascensão do calçado português. As últimos anos, mas à custa de uma vendas dos empresários portugueses conquista de mercado aos concorren- em mercados não europeus cresceram tes mais diretos, Espanha e Itália. 37% no primeiro semestre do ano. Segundo destaca a APICCAPS, As exportações globais cresceram “trata-se do terceiro ano consecutivo 4% e a União Europeia ainda é o de crescimento das exportações, não grande mercado de destino, reco- obstante o clima de abrandamento lhendo mais de 90% das vendas para económico à escala internacional”. o exterior. Mas, no total, o calçado “Desde 2010 as vendas para o exte- português está presente em 132 rior já aumentaram mais de 20%”, países distintos espalhados pelos salienta. cinco continentes, com destaque para o desempenho no mercado russo, Já na Europa, o desempenho do chinês e árabe. calçado português foi “modesto”, mas “igualmente positivo”, com as No primeiro semestre, as expor- vendas a progredirem 0,7%, para 698 tações para a Rússia praticamente milhões de euros. duplicaram (16 milhões de euros). A China vale já 1,5 milhões de euros De acordo com a APICCAPS, para (mais 73%) e os Emirados Árabes 2,5 este resultado foi “fundamental” o milhões (um aumento de 280%). comportamento em França (mais 0,7%, para 195 milhões de euros), Também nos Estados Unidos da Alemanha (mais 2,4%, para 153 mi- América a aceitação ao calçado luso lhões de euros), Holanda (mais 13%, tem sido assinalável, com exporta- para 107 milhões de euros) e Reino ções nos 10 milhões de euros no pri- Unido (mais 2,3%, para 54 milhões de meiro semestre do ano, ou seja, mais euros). 24% do que no período homólogo. Pelo contrário, foram “preocu- Não é por isso surpresa que Chi- pantes” os resultados em Espanha e na, Rússia e EUA sejam, juntamente na Dinamarca, para onde as exporta- com o Japão e a América Latina as ções caíram 4 e 26%, respetivamente, grandes prioridades da Associação para 79 e 29 milhões de euros. Portuguesa dos Industriais de Calça- do, Componentes, Artigos de Pele e Globalmente, estes resultados seus Sucedâneos (APICCAPS). permitiram que o calçado voltasse a reforçar o seu contributo para a Portugal ocupa a 11.ª posição no balança comercial portuguesa.4
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José Moreira, Felmini deqOeuFmeebloIégttuláeíedliiirearoras Fábrica comemora 40 anos em 2013. José Moreira, o empresário que não nasceu no calçado tem mais de 2.000 clientes em todo o mundo Para ter uma ideia do que é a Fel- O nome, de sonoridade italiana, foi na comportamento nos negócios o im- mini, há que contar a história da frente verdade gizado por um indivíduo de pressionou quando começou a vender para trás e em números. A maior ex- S. João da Madeira com os dois sócios para Espanha há cerca de 12 anos. “Os portadora portuguesa de calçado para em cima do capô de um Renault R8 portugueses marcavam para as 10 e Itália tem nesse mercado exigente o amarelo. “Nunca mais me esquece”, apareciam às 3 da tarde. Os espanhóis grosso da faturação. 300 clientes e 500 confessa José Moreira. “Gostava que eram cordiais, simpáticos, recebem, pontos de venda traduzem a presença fosse ‘fel’ qualquer coisa”. O “mini” tomam um café”, conta. da fábrica de Felgueiras no mercado surge do facto da fábrica dedicar-se José Moreira, curiosamente, não italiano. Ao nível mundial, a Felmini naquela altura ao calçado de criança. nasceu no calçado, ao contrário da tem mais de 2.000 clientes distribuídos “Então não é italiano?”, perguntámos. maioria dos seus colegas há 40 anos. por 35 países e mais de 20 agentes “Não menina! Há 40 anos a gente lá Desde os 13 anos que acompanhava a comerciais em toda a Europa. Deve pensava em ir para Itália!”, responde mãe viúva no negócio da distribuição fechar 2013 com 297 mil pares produ- José Moreira. de peixe. Dominava o mercado de zidos e 14 milhões de euros faturados. O empresário é daquelas pessoas Guimarães e Fafe a Amarante e Pare- Agora que captamos a sua atenção, com quem a conversa flui sem esforço. des, “na altura em se comia peixe e o esta é a história da Felmini. Tem uma simpatia e hospitalidade peixe era a comida dos pobres”, conta. Fundada em 1973 em Felgueiras, genuínas, mesmo quando o labor, Levantava-se todos os dias às cinco da a Felmini nasceu com José Moreira, perdido nas ruas de Felgueiras, se manhã e à noite perdia sempre mais antigo vendedor de peixe que se man- atrasa para a reunião. Faz lembrar os de duas horas a fazer contas com os6 tém ao leme do gigante, e outro sócio. espanhóis de quem tão bem fala e cujo empregados. O negócio era grande, o
dinheiro era vivo e as contas tinham como todos, para o mercado interno. produzir lá”, conta. Caso das multina- 7de ser bem feitas. Mas não tardou a alargar horizon- cionais que abandonaram países como tes. Passados dois a três anos, pouco Portugal, em busca de mão de obra Entrou nos sapatos a convite do depois do 25 de Abril, começou a ex- ainda mais barata. A Felmini apostoupadrasto, que queria montar uma portar para França. Depois veio o inte- tudo no retalho. Começou a venderfábrica e precisava de “um sócio resse dos escandinavos, que entretanto para Espanha, ainda na época em quecapitalista”, termo que já não se ouve tinham deixado de produzir, e foi a Modacalzado, a feira internacionalhoje em dia. É o mesmo que dizer deixar render. “As notas de encomen- de Madrid, enchia oito pavilhões, e de-que precisava de um investidor. da eram a rodos a entrar pela porta pois para França, onde fez furor comJosé Moreira tinha na altura 22 anos. dentro”, recorda José Moreira. Produ- uma coleção de desportivos coloridos.Acabou por ficar com a fábrica por sua zindo sapatos inspirados em modelos Quando ouviu falar na Italmoda, umaconta e geri-la em simultâneo com a que viam no estrangeiro, os sapateiros feira de agentes em Paris, José Moreiradistribuição de peixe mas um acidente portugueses não tinham mãos a medir arranjou representantes e começou agrave impediu-o de andar durante para as encomendas. “Dormimos trabalhar o mercado italiano. Hoje, osete meses e afastou-o dos negócios. todos à sombra da bananeira”, conclui boteiro, como se assume devido à forteQuando voltou, decidiu abdicar do agora o líder da Felmini. Um sono que produção de botas – sublinhe-se quepeixe e dedicar-se de alma e coração só foi interrompido a partir de 2001, a última coleção de verão não tinhaao calçado. com a entrada da China na Organiza- uma sandália - é o português que mais ção Mundial do Comércio. sapatos vende no país da bota. “Fui a primeira fábrica de Felguei-ras a fazer calçado 100% senhora”, “Os mais espertos começaram a “Vendo em Itália porque o meulembra. Na altura, a Felmini produzia,
artigo é diferente. Tem design, inova- ção, originalidade. Preocupamo-nos muito em ser diferentes, em ser origi- nais e em estar sempre um bocadinho à frente na moda”, justifica. É o preço de trabalhar para o mercado a retalho. Há oito anos que a Felmini perde cin- co meses por ano em cada coleção. As botas modernas, coloridas, pintadas e lavadas à mão, com forro patente- ado, enchem catálogos lindíssimos e fazem sucesso nas montras de todo o mundo. “Gasto muito dinheiro mas o nosso produto felizmente vai para a montra e vende”, afirma. Desenhar a coleção é metade do trabalho. Muito do sucesso da Felmini está na estrutura interna forte, organizada e polivalente que sustenta a laboração. A fábrica repõe as encomendas no espaço de quatro semanas, o que ninguém consegue fa- zer, e garante o envio, no dia certo, de encomendas de seis a 12 pares para 2.000 clientes. “Não é fácil”, reconhe- ce José Moreira A Felmini está no Canadá, Austrá- lia e Nova Zelândia. Tem abordado sem pressa o mercado chinês mas não descura o europeu. Na Alemanha, por exemplo, onde começou a trabalhar há quatro anos, só agora está a ter frutos mas a demora não é coisa que preocupe José Moreira, consciente de que “as coisas bem feitas levam tempo”. d“Oegpaonvhoarpmreaciissa” PFreelmmiiunmi José Moreira fala com carinho dos tra- verno baixasse o IRS. “Sempre que dou Para comemorar os 40 balhadores. 45% do seu pessoal vem de um pequeno aumento aos empregados anos de atividade, a Felmini fora de Felgueiras e a Felmini assegura- ou quando lhes pago horas, eles acabam lançou a coleção Felmini Pre- -lhes o transporte com uma frota de três sempre por levar menos dinheiro para mium, uma linha de calçado carrinhas de nove lugares e um auto- casa. Isso entristece-me muito. O povo “à altura dos melhores da carro de 70. Há dois anos que não sente precisa de viver mais alegre, de ganhar Europa”, afirma José Moreira. dificuldades em contratar mão de obra. É mais. O meu artigo tem muito trabalho A diferença está no criador, sempre mais difícil arranjar pessoal qua- manual e com o pessoal alegre, eu tiro nas formas e na forma de lificado mas o empresário vai apostando partido disso. Agora, se o trabalhador trabalhar as peles. A coleção, na formação interna. andar preocupado, não trabalha com vendida a preços entre os 240 Sobre o estado do país, concorda com alegria e nós precisamos de fazer coisas e os 300 euros, já está a sair e8 a redução do IRC mas preferia que o go- bem feitas”, justifica. regista “muita aceitação”.
CAamlçéarddicaoaCqduooelôrSmcuolbnaiqapuaisrttairr A Associação Portuguesa dos tenhamos pessoas no mercado que Catarina Martins, uma empresa de Industriais de Calçado vai apostar nos ajudem a desbravar terreno”, frisa Felgueiras que tem uma forte presença fortemente no continente americano. Paulo Gonçalves. no mercado italiano e espanhol e que Além de duplicar as vendas nos EUA, já calça várias figuras públicas espa- a associação quer entrar no mercado Para isso, a APICCAPS contratou nholas, muitas delas ligadas ao mundo colombiano e usá-lo como plataforma já uma pessoa especializada na área do futebol. Sara Carbonero, mulher de acesso ao Chile, Peru e Panamá. O de gestão e que é responsável por criar do guarda-redes do Real Madrid, Iker objetivo é chegar ao fim de 2015 com equipas locais que trabalhem ao nível Casillas, é um dos exemplos. vendas de 50 milhões de euros nos EUA da moda, da imagem e comunicação. e de 15 milhões nestes quatro mercados Todos estes planos integram o da América do Sul, assegura o porta- A associação quer pôr em marcha programa submetido ao Programa voz da associação, Paulo Gonçalves, ao um “plano de promoção integrado” Compete para 2014 e 2015, aguardando Dinheiro Vivo. com ações dirigidas a compradores, ainda aprovação. A estratégia é fazer imprensa e grande público. Presenças uma primeira abordagem ao mercado Nos EUA a associação contratou em feiras e desfiles de moda serão com- colombiano ainda em 2013, com ações o especialista Peter Mangione, que plementadas com anúncios em revistas diretas junto de 300 a 400 retalhistas durante trinta anos liderou retalhistas e da especialidade, editoriais de moda e considerados prioritários. distribuidores americanos. O objetivo é associação a figuras públicas. ajudar a “cruzar a oferta e a procura”, Os primeiros anúncios e editoriais identificando “o perfil de empresas e de A APICCAPS entende que esta será de moda devem surgir a partir de mar- produtos para apresentar ao mercado”. uma estratégia acertada na medida em ço e em julho, aproveitando a semana Na Colômbia, a estratégia passa pela que 3,5 a 4 milhões de consumidores da moda colombiana, haverá pelo instalação em Bogotá da primeira dele- sul americanos têm poder de compra e menos 15 empresas presentes na feira gação externa da associação. visitam regularmente Miami em busca de Medelin. de produtos de luxo. “A lógica de intervenção nestes Para o final de 2014 está prevista mercados estará sempre assente na Os nomes ainda não foram esco- uma “grande ação de imagem”, com diplomacia económica. Estamos tão lhidos mas Paulo Gonçalves deixa um grande desfile de moda, e que distantes que pressupõe que qualquer cair o exemplo da cantora colombiana decorrerá ou em novembro, em Bogotá, iniciativa que possamos fazer tenha este Shakira. “A Shakira já usa regularmen- ou em janeiro de 2015 em Cartagena, patrocínio do Ministério dos Negócios te calçado português. Provavelmente o para associar o calçado português Estrangeiro e, ao mesmo tempo, que que não existe é comunicação associa- ao prestigiado Festival de Música de da”, refere. Cartagena. A cantora usará sapatos da marca10
a odpeoCarhmtuinenaaid:çaade No primeiro semestre deste ano, O país tem apenas 1,4% das im- Dinheiro Vivo. as exportações de calçado português portações mundiais, mas esta quota “Com a Itália a reduzir a sua pro- para a China chegaram a 1,5 milhões corresponde às exportações totais, em de euros, mais 73% do que no período volume, da Polónia ou da Roménia, dução, em termos de volume, Portugal homólogo anterior. O gigante asiático assim como a 71% das exportações está claramente na linha da frente para passou de ameaça a oportunidade portuguesas. satisfazer essa procura crescente do para os empresários lusos, que já parti- mercado chinês”, corrobora Luís Sá, cipam em feiras e abrem lojas naquele Empresas como a Fly London e da Jóia Calçado. país. a Jóia Calçado têm vindo a mostrar cada vez mais interesse neste mercado. Para o porta-voz da APICCAPS, Só este ano, as empresas portu- Em declarações ao Dinheiro Vivo, o Paulo Gonçalves, a Ásia nunca foi guesas de calçado participaram em fundador e presidente da Kyaia, grupo uma ameaça para a indústria nacional três feiras em Shangai: duas Micam, que detém a Fly, diz que a Coreia do porque”sempre assumimos que a nos- em abril (11 empresas) e outubro (16 Sul e a China são dois dos três novos sa estratégia não passaria por competir empresas), e uma Novomania em mercados que a marca conseguiu abrir com a China”. “Os empresários cedo julho. As próximas edições de ambas recentemente. perceberam que nunca conseguiriam as feiras realizam-se em março. produzir mais barato do que a China e Fortunato Frederico não se mostra mesmo que, por absurdo, o conseguis- Além da dimensão do mercado, preocupado com o facto da China ter sem, haveria sempre quem acabasse com uma classe média em ascensão, reforçado a sua posição como produto- por fazer mais barato”, afirma ao sabe-se hoje também que os chineses ra mundial de calçado (produz 13.300 Dinheiro Vivo. valorizam o calçado que compram milhões dos 21 milhões de pares fabri- ao exterior. De acordo com o World cados em todo o mundo). “Prefiro que A prova disso, diz, é que a própria Footwear Yearbook, publicação esta- se comprem sapatos baratos à China China “começa já a ter problemas tística anual da responsabilidade da e se vendam caros para lá”, graceja, dentro de portas e procura alternativas APICCAPS, o preço médio do calçado para logo de seguida sublinhar: “o que mais baratas ao nível da mão de obra. importado pela China em 2012 foi é importante é que o mercado funcio- Veja-se o caso dos chineses que estão de 30,24 dólares o par (cerca de 22,90 ne, de forma aberta e em igualdade a montar uma cidade do calçado na euros), o valor mais elevado do top 15 de circunstâncias, porque aí são os Etiópia, o que lhes permitirá baixar o dos importadores. mais aptos que vencerão”, afirma ao custo de produção por minuto de 1,90 euros para 32 cêntimos”.12
eonmoppaerQlxectsoIeá:rdriiooorss Para levar o calçado ao mundo são desde sempre escolhemos este setor precisas muitas mãos de muitos seto- como alvo. A empresa tem sede em res. O sucesso das empresas de calçado Lousada e apoio comercial permanente no exterior contribui para o sucesso em S. João da Madeira. Desta forma de muitas outras que são aliadas das cobrimos os dois grandes centros de primeiras no processo de internaciona- produção de calçado existentes em lização. Portugal”, justifica Luís Figueira de Sousa. Este é o caso da Quality Impact (QI), empresa sedeada em Lousada Para o empresário, a presença com escritórios em S. João da Madeira, do calçado português nos certames que assegura a conceção, construção internacionais “tem evoluído muito”, e montagem dos stands de dezenas devido ao “notável trabalho feito pela de empresas portuguesas em feiras associação do setor desde há 20 anos”, internacionais. que “levou à internacionalização de centenas de empresas portuguesas”. Criada em dezembro de 2009 por Luís Figueira de Sousa e Rui Mar- “O sucesso de que se fala hoje é ques de Oliveira, a QI começou com resultado de muitos anos de trabalho e três funcionários e uma faturação de de muito planeamento. Este é um setor 70.000 euros. Quatro anos depois, a de sucesso porque desde muito cedo se empresa deve fechar 2013 com um traçaram metas e objetivos e, sempre volume de negócios de 3,5 milhões de que necessário, foram feitas as devidas euros, empregando em permanência 18 correções para orientar as empresas no funcionários. Nos períodos de maior caminho do sucesso”, argumenta. atividade, entre janeiro e março e entre julho e setembro, chega a ocupar 50 “Tivessem os empresários portu- colaboradores. gueses feito em mais setores, a aposta que os empresários de calçado fizeram A atividade da QI é transversal a e, provavelmente, muitos dos setores todos os setores mas, dada a experi- de atividade que praticamente desa- ência dos sócios, especializou-se na pareceram do mercado estariam hoje indústria da moda. Caso do calçado, a contribuir para o desenvolvimento e setor onde a empresa de Lousada o crescimento da economia nacional, domina, fornecendo stands a grande como o faz o calçado”, acrescenta Luís parte das empresas portuguesas. Figueira de Sousa. “O setor de calçado sempre foi um O empresário considera mesmo dos mais dinâmicos na participação em que a participação portuguesa é um feiras internacionais. Sendo a QI uma “fator de prestígio para esses certa- empresa vocacionada para prestar mes” e a QI, como tal, “orgulha-se de serviços em qualquer parte do mundo, fazer parte deste sucesso empresarial”.14
Manrocacsodmeécraciloçaedleotriónnviecsotem Cada vez mais a internet é o princi- e Beppi, segundo o jornal da APIC- Existem 5,3 milhões de portugueses pal meio usado para expandir os bens CAPS. ligados à internet que, entre setembro e serviços de uma marca. Por conse- de 2011 e fevereiro de 2012, gastaram quência, os sites/lojas online represen- Dados recentes constatam que as 1,6 milhões de euros em compras on- tam a rampa de lançamento para um compras online atingiram os “970 mil line. Por conseguinte, 35% desse valor crescimento do produto, dos clientes e, milhões de euros e a previsão é de que foi investido em roupa e acessórios de particularmente, do lucro. o valor duplique nos próximos cinco moda. anos”, afirma o jornal. Temos como exemplos lusitanos Esta nova tendência de investi- Luís Onofre, Guava, Eureka, Nobrand, Segundo a Associação do Comér- mento permite uma “aproximação ProfessionBottier, Zilian, FlyLondon, cio Eletrónico e Publicidade Interativa para com os clientes e uma presença Ramalhoni, Only2me, 2work4, Vírus (ACEPI), 78% dos utilizadores da sólida no comércio online”, revela o Moda, Egídio Alves, Wock, Ruquita internet já compraram online, assim jornal da APICCAPS. como mais de 40% dos europeus.16
emnparessfMaeisrapairssoddmeeoc1av2l0eçraadmo-se Setembro é um mês frenético para meiro semestre do ano, com vendas altos na estratégia de internaciona- os industriais de calçado que correm de 789 milhões de euros no estrangei- lização do calçado português. Na a Europa, e não só, para promover o ro, e acumulando já um crescimento primeira, estiveram persentes 72 seu produto. Mais de 120 empresas de 29% nos ultimos três anos. empresas e na segunda 81. portuguesas estiveram envolvidas em sete ações promocionais externas Segundo a APICCAPS, o objetivo Seguiu-se a MIPEL, em Milão, durante o mês de setembro, com destas ações promocionais, organiza- considerado o mais importante certa- partida em Madrid e chegada em das em parceria com a Agência para me mundial destinado aos artigos Moscovo. o Investimento e Comércio Externo em pele e marroquinaria, Le Cuir e de Portugal (AICEP) e com o apoio Italmoda, em Paris, e Moscovo. Segundo a Associação Portuguesa do Programa Compete, é aumentar dos Industriais de Calçado, Compo- as exportações, conquistar novos Anualmente, o setor investe cerca nentes e Artigos de Pele e Seus Suce- mercados e diversificar o destino das de 10 milhões de euros em promo- dâneos (APICCAPS), estas empresas exportações. ção externa, investimento que tem são “responsáveis por mais de 6.000 vindo a refletir-se postivamente nas postos de trabalho e por mais de 500 O roteiro começou em Madrid, exportações. No ano passado, as milhões de euros de exportação”. onde 10 empresas portuguesas se exportações do calçado português já exibiram no renovado MOMAD atingiam os 1.600 milhões de euros Trata-se de uma grande ofensiva Metropolis, antiga Modacalzado. (71 milhões de pares), o que repre- promocional, numa altura em que o Seguiu-se a GDS, na Alemanha, e a senta um aumento de 30% face a calçado português cresceu 4% no pri- MICAM, em Itália, que são os pontos 2008.18
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70 emnpareAsalesmpoarnthuaguesas De 11 a 13 de setembro, 72 empresas GDS, onde, além de empresas já conso- fazer ao evento já a partir de julho de de calçado portuguesas marcaram pre- lidadas, estiveram “13 jovens talentos 2014. sença na GDS, a maior feira de calçado portugueses, 10 dos quais numa estreia alemã e uma das mais relevantes do absoluta”. Werner Matthias Dornscheidt, pre- mundo. sidente e CEO da Messe Düsseldorf, ex- A GDS recebeu um total de 815 plicou que a nova GDS será mais cedo, Realizada na cidade de Düssel- expositores de 63 países e quase 21.000 mais orientada para o mercado, mais dorf, a capital alemã da moda, a feira visitantes. Metade destes visitantes vie- focada na moda e mais internacional. é encarada pela associação portuguesa ram de fora da Alemanha e 80% eram dos industriais de calçado como parte gestores com poder de decisão sobre os A feira realiza-se mais cedo, por- importante de uma estratégia onde o negócios, revela a organização da feira. tanto, não em setembro e março mas mercado alemão é “uma espécie de A próxima edição, dedicado ao outono/ em julho e fevereiro, para se assumir desígnio setorial”. inverno 14/15, realiza-se de 12 a 14 de como a primeira abordagem do setor ao março. mercado. No primeiro semestre deste ano, Portugal exportou para a Alemanha 6,2 Uma nova GDS Focada em três elementos chave (o milhões de pares de sapatos, no valor a partir de julho comércio, a indústria e a imprensa), a de 153 milhões de euros, mais 2,4% do GDS criará ainda três áreas distintas que no mesmo período do ano anterior. A organização da GDS aproveitou para três nichos. A “Highstreet” com a realização da feira para informar a grandes stands opulentos, a “Pop-up” “Razão de sobra”, segundo a as- imprensa das alterações que pretende com áreas criativas e a “Studio” aposta sociação, para “uma grande investida conscientemente num quadro minima- do calçado português” nesta edição da lista de arquitetura branca e nobre.20
Botas leves, sabrinas em bico e mocassin Os compradores quecircularam na GDS foramclaros nas suas preferências.De acordo com a sondagemda organização da feira, aprimavera/verão de 2014 seráprofícua em botas, sabrinas embico, híbridos desportivos emocassins. O beige, o casta-nho e o preto são os clássicosdominantes, juntamente comtons tendência: prateado/dou-rado, neutros, preto/branco,indigo/denim e branco. A seguir à pele, os metáli-cos e efeitos são os materiaismais escolhidos. 21
ThedMasicparmóxiamntaescifpeiaradsata A Feira de Calçado Internacional de Milão planeia expandir-se para a Rússia e para os Estados Unidos da América Numa tentativa de acompanhar a nacionais”, justificou Cleto Sagripanti, mShangai, planeia expandir-se para iniciativa da GDS – Feira de Calçado presidente da TheMicam. a Rússia e para os Estados Unidos da e Acessórios, na Alemanha, a The Mi- América (EUA). cam, Feira de Calçado de Milão, comu- A Feira Internacional de Milão que nicou antecipadamente que decorrerá decorreu de 15 a 18 de setembro deste “Isto é o que TheMicam é hoje, e o de 2 a 5 de março, de 31 de agosto a 3 ano contou com 1.581 stands, 593 que esperamos que seja amanhã: um de setembro em 2014, e de 15 e 18 de deles internacionais, que ofereceram compromisso a não perder, um serviço fevereiro em 2015, em Itália. uma previsão das coleções primave- essencial para as empresas do setor, e ra/verão de 2014 para os “maiores e uma chave de progresso no mercado “Depois de analisar as necessida- seletivos compradores internacionais” global e internacional na indústria da des dos compradores e das empresas, que visitaram a feira durante os quatro moda e do calçado”, afirmou Cleto decidimos antecipar datas da The- dias, num espaço com mais de 68.000 Sagripanti. Micam para responder às demandas metros quadrados, maior do que nos do mercado e às taxas de negócios, a últimos dois anos. Participaram na feira 81 empre- fim de melhorar a nossa colocação no sas de calçado portuguesas, naquela âmbito do calendário de feiras inter- A TheMicam não para de crescer que foi a segunda maior delegação e, após o segundo ano da TheMica- estrangeira.22
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preMmairacdaasspnoartAugleumesaansha Os prémios de Design Inovação Profession Bottier e o prémio jovem presença nos mercados internacionais na Feira de Calçado 2013, promovidos talento entregue a Ana Amorim. da Holanda, Bélgica, Dinamarca, Itália pelo Centro Tecnológico de Calçado e EUA. de Portugal (CTCP) e pelo Instituto A coleção de primavera/verão Nacional da Propriedade Industrial 2014 da Centenário não só reflete A Bo Bell com a coleção “Colour- (INPI), foram atribuídos pelo Gabinete sapatos de homem “clássicos, urbanos ful, no limits” arrecadou a distinção no de Apoio à Promoção da Propriedade e desportivos”, mas também prima segmento criança, devido “ao contras- Industrial (GAPI) durante a feira inter- “pela qualidade dos materiais utiliza- te de cores brilhantes e chamativas nacional, GDS, na Alemanha. dos e pelos excelentes acabamentos, e estampados divertidos, com cores aliados a um design contemporâneo”, pastel e floral”, revelou o CTCP. Para Estes prémios são uma referência declarou o CTCP. E está presente na além disso, aposta “nos bons mate- no setor e visam distinguir e promover Holanda, Bélgica, Alemanha, Suíça, riais, no conforto, na segurança e no o design e a inovação das empresas Áustria, Inglaterra, Finlândia, Ará- estilo” que conduzem a uma marca portuguesas de calçado. bia Saudita, China, Japão, Equador e “original, dinâmica e irreverente”. Em Cazaquistão. duas décadas de existência e experi- Num total de 41 candidaturas e ência, marca presença em mais de 500 em seis categorias a concurso foram Por sua vez, a Guava distingue-se lojas na Europa e nos Emirados Árabes distinguidas sete marcas portuguesas. pelas características exclusivas como Unidos. “os saltos geométricos invulgares, de- O prémio de calçado inovador senhados exclusivamente pela marca”. O prémio revelação coube à Lemon para segmento de homem foi atribu- Assim como pela “impressão de deta- Jelly devido à sua “irreverente e ino- ído à marca Centenário; no segmen- lhes a laser em materiais sustentáveis, vadora marca de calçado de plástico” to mulher à Guava; e no segmento como peles ecológicas e vegetais”, porque “é a única, neste segmento, em criança à Bo Bell. O prémio revelação informou o CTCP. Apesar de recente – Portugal”, revelou o CTCP. A coleção coube à Lemon Jelly e a Hugo Costa. tem cerca de três anos - a Guava marca de outono/inverno, lançada em março A distinção na coleção de prestígio à24
em Itália, foi imediatamente comercia- marca de calçado de luxo para ho- e representação na Micam Shangai.lizada em Portugal, Japão, Hong Kong mens, apostou “em materiais leves e Por último mas não menos impor-e China, Alemanha, França, Reino Uni- mais confortáveis”, declarou o CTCP.do, Espanha, Bélgica, Turquia e Rússia. A marca já calçou figuras públicas tante, Ana Amorim foi a premiada como Michael Bublé, Luís Figo, como Jovem Talento. A designer criou O mesmo prémio foi atribuído a Cristiano Ronaldo e Nicholas Sarko- uma marca e um serviço de desenhoHugo Costa, designer, que este ano zy. Atualmente aposta no mercado e confeção de calçado exclusivo, de-lançou a própria marca e marcou francês e alemão e tenta integrar-se no nominado My Way (minha maneira).presença na feira de Copenhaga, onde Japão e na China. Tem como principal objetivo “transporarrecadou o primeiro cliente sueco. para a realidade aquilo que os clientes Prova disso foi a sua apresentação vivem na esfera da imaginação”. Por seu turno, a Profession Bottier, 25
AdcaesdiegdmnaeiErasulaerovopacaejonvtreons Mais uma vez, a Academia de de Ana Amorim, Carina Demossi, seu curso, irão efectuar uma formação Design e Calçado - antigo Centro de Catarina Ribeiro, Frederic Pereira e complementar no exterior (mais de Formação Profissional da Indústria de Luzia/Margarida/Rosa no espaço De- uma dezena esteve já “este ano a Calçado - esteve presente na GDS de sign Attack, um dos mais “in” da feira, trabalhar em Milão), estagiará em em- Düsseldorf (Alemanha) que se reali- e de Jorge Lobo e Nelson Oliveira no presas portuguesas e os mais habilita- zou entre 11 e 13 de setembro. Upper Style. dos começarão a participar em eventos no exterior”, revelou Eduardo Costa, A presença revestiu-se na forma Os dois últimos venceram um diretor geral da Academia do Design de apoio a jovens talentos saídos dos concurso interno da academia e inte- e Calçado. Cursos de Design da academia, que graram um espaço nobre do evento, ao tentam individualmente lançar-se lado de outras jovens marcas portu- “Com esta nova abordagem, quere- no mundo do calçado com marcas guesas como Guava e Xperimental mos que os novos formandos evoluam próprias. Shoes. profissionalmente, sejam testados até ao limite e possam revelar as suas Além de stand próprio, com traba- “Faz parte do nosso projeto e é capacidades”, continuou. lhos dos atuais formandos, a academia uma aposta de futuro. Os jovens da promoveu a apresentação das coleções academia, depois de terminarem o Pelo curso de design e modelação26
Grupo de formandos em Düsseldorfda Academia de Design e Calçado de novo, o centro do mundo, os 100% 27passaram os principais designers por- que damos em tudo o que fazemos”,tugueses. Agora, é hora de potenciar o destacou o diretor geral da Academiatalento emergente. de Design e Calçado. O Centro Profissional da Indústria As alterações não se esgotam,de Calçado de Portugal (CFPIC) no entanto, ao nível da imagem e daestá a sofrer profundas alterações. comunicação. Numa altura em queO objetivo, na opinião de Eduardo a re-industrialização passa a ser umCosta, diretor do organismo, passa desígnio europeu, os cursos vão serpor “adaptar a uma indústria de restruturados. “A oferta formativacalçado com novas exigências ao nível da Academia de Design e Calçadodo design, da inovação e mesmo cobre todas as áreas da fileira dointernacionalização”. “É chegado calçado e algumas transversais. Prestaagora o momento de darmos um novo formação, nomeadamente, em trêsimpulso, trabalhando num regime de áreas críticas. Para jovens e paraparceria quer com as empresas quer adultos, nas áreas de aprendizagem,com as escolas, de modo a ganhar a formação de jovens, especializaçãobatalha da qualidade e do desenvolvi- tecnológica e formação modelar emento”, sublinhou. formação dedicada às empresas. Diria que é uma oferta formativa abrangen- As alterações em curso são profun- te, que necessitará naturalmente dedas. Desde logo, o CFPIC passa a ter ser aqui e ali retocada”.uma nova imagem e designação: Aca-demia de Design e Calçado. Desenvol- Recorde-se que desde a suavida pelo Gabinete de Comunicação criação, há já 40 anos, a academiada APICCAPS, a nova identidade formou mais de 80.000 colaboradoresprocura assegurar uma estratégia de das empresas. A taxa de empregabi-marca coesa mas flexível, focada no lidade é altíssima e em alguns cursosfuturo. é mesmo de 100%. A grande aposta passa, por um lado, por atrair novos Em curso está a melhoria da jovens para “rejuvenescer o setor”imagem do centro, agora academia, (a campanha terá como slogan “Vemcomo um todo, oferecendo uma boa fazer parte da industria mais sexyrelação custo-eficácia na gestão da da Europa”) e, por outro, priorizar amarca, unificando a oferta de servi- formação destinada às empresas. “Aços debaixo de um “guarda-chuva” escassez de mão de obra especializa-reconhecível e com impacto junto dos da poderá ser ultrapassada, uma vezseus destinatários (jovens e empresas). que as empresas poderão recorrer à academia para formar os quadros de O novo logo inspira-se numa que necessitam”.circunferência, a forma mais perfeitada natureza. “Significa um começar
atrCaairlçaajduovqenuteurde Setor do calçado em crescimento mas com escassez de operários fabris A Associação Portuguesa dos postos de trabalho, nomeadamente no Industriais de Calçado, Componentes interior do país”, complementados por e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos um acréscimo de 200 pela multinacional (APICCAPS) constatou que, entre abril Ecco. e junho, a “larga maioria” das empresas E no próximo ano “o setor vai obtiveram “evoluções positivas, embora necessitar de mais de uma centena de moderadas” nas variáveis de produção, trabalhadores”, acrescentou Gonçalves. encomendas e preços, face ao mesmo período em 2012, segundo o jornal Captar a juventude Público. A análise de conjuntura do 2.º tri- mestre, divulgada no dia 10 de setembro Após a notoriedade, modernidade e qualidade da campanha “A indústria pela associação setorial, revelou uma mais sexy da Europa”, o setor do cal- evolução na área do emprego. Prova disso foi o facto de, pelo 2.º trimestre çado em Portugal vai expandir as suas campanhas de comunicação. consecutivo, “o número de empresas “Queremos agora passar ao mercado que afirmaram ter aumentado o número de pessoas ultrapassarem as que disse- português a imagem de uma indús- tria que é jovem, moderna, sexy, mas ram tê-lo diminuído”, segundo o jornal fundamentalmente de futuro”, afirmou Público. Para além disso, a APICCAPS recor- o porta-voz da APICCAPS ao Jornal de Negócios. dou que neste ano são várias as empre- O principal foco será combater a sas do setor que estão a construir novas unidades produtivas no interior do país, extrema dificuldade em captar a gama da juventude porque “se não fizermos com o intuito de “contornar a escassez nada agora, podemos estar a hipotecar de mão de obra que continua a afetar as zonas de forte concentração da indústria o futuro do setor”, confidenciou Paulo Gonçalves. do calçado, como Felgueiras”, lê-se no A principal arma usada pela Público. Como exemplo existe a Carité, a Jóia, indústria do setor é a ação de atracão de jovens nas escolas secundárias dos ambas em Felgueiras, e a Macosmi, em maiores pólos produtivos de sapatos, Santo Tirso, que se viram obrigadas a abrir fábricas em Cabeceiras de Basto, como Felgueiras, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Celorico de Basto e em Castelo de Paiva, Feira. Mais tardiamente passarão por devido à fraca adesão dos trabalhadores nos seus concelhos de origem, noticiou Guimarães e Alcanena. Assim sendo, “Vem fazer parte da o Jornal de Negócios. indústria mais sexy da Europa” é o No topo do recrutamento estão os montadores de bicos e as gaspeadeiras. lema da campanha, no ano de 2014, que chegará em formato de “outdoor” A indignação dos industriais do setor a cada uma destas cidades. Um plano é patente porque “temos uma taxa de desemprego elevadíssima, sendo que da APICCAPS criado pela Academia do Design do Calçado (ADC) que pretende esta é uma atividade que está a gerar articular “um regime de parceria quer oportunidades de emprego”, revelou Paulo Gonçalves, porta-voz da APIC- com as empresas quer com as escolas, de modo a ganhar a batalha da quali- CAPS, ao Jornal de Negócios. dade e do desenvolvimento”, rematou Garantiu, ainda, que nos últimos28 meses foram gerados “entre 300 e 400 Eduardo Costa, diretor da ADC, ao Jornal de Negócios.
Carité transporta 230 colaboradores Reinaldo Teixeira detémtrês fábricas em Felgueirasmas a escassez de funcio-nários originou uma outra,em Celorico de Basto. Nanova empresa emprega30 costureiras e o intuito échegar ao final do ano como dobro das contratadas.Em Felgueiras o industrialassegura o transporte dos230 trabalhadores. Diariamente produzcerca de 2.500 pares, ho-mem e senhora, e fornecemarcas de luxo interna-cionais. É detentor dasmarcas Stiletto, J. Reinaldoe TenToes. Ainda este mêsapresentará a sua coleçãoda marca TenToes Júnior. 29
Saláriomédionos700euros Os salários baixos são habitualmente apontados como superfície comercial. O que acontece é que quem trabalha a razão para a escassez de mão de obra no setor. Paulo num hipermercado acaba por ter um élan diferente de Gonçalves, da APICCAPS, desmonta o argumento. “Os quem trabalha numa fábrica”, disse ao Jornal de Negócios, trabalhadores da indústria do calçado não ganham, se- assegurando que o salário médio no setor ronda os 700 guramente, menos do que um operador de caixa de uma euros. Jóia:novafábricaemCabeceirasdeBasto A fábrica original está instalada em Felguei- A Jóia tem uma produção diária de 1.800 pares e ras mas a inexistência de mão-de-obra disponível uma faturação de oito milhões de euros. Há menos conduziu a Jóia a Cabeceiras de Basto. Começou por de um ano lançou a Cloud, uma marca de conforto empregar 36 pessoas e atualmente acolhe um total de para atrair novos clientes. 50. Fora os 150 funcionários em Felgueiras. Felmini:frotaparatrabalhadores Há mais de 20 anos que a Felmini, a comemorar este A marca está presente em 35 países e tem uma fatura- ano 40 anos de atividade, assegura o transporte aos funcio- ção anual de 15 milhões de euros. Investimentos não estão nários das zonas de Amarante, Fafe e Lousada. Para isso, previstos mas não poupará na divulgação da marca, para disponibiliza uma frota de três carrinhas de nove lugares, evitar cópias, porque “até o forro, que temos registado no com motoristas, e um autocarro de 70 lugares, fretado a mundo inteiro, é copiado”, afirma Joaquim Moreira, dono uma companhia de transportes. da Felmini.30
sLaebmeoanvJeerlãlyo Depois do su- galhadas, cheiros do e coloridos que cesso das coloridas campo, salpicos do tornam a tua vida botas de plástico, a mar, festas de praia e fresca como limão e Lemon Jelly transfe- noites urbanas. doce como geleia”, riu sem problemas a lê-se nos suportes mesma cor e frescura Dirigidos a um comunicacionais da para a coleção de público jovem, os empresa. verão que tem vindo Lemon Jelly têm pas- a apresentar nas sado pelas melhores A marca foi feiras internacionais feiras do setor, como lançada este ano do setor. a Bread & Butter e pela Procalçado, de a Pure London. São Vila Nova de Gaia, A linha é com- desenhados, desen- como forma de assi- posta por sandálias volvidos e produ- nalar os 40 anos da baixas e de cunha, zidos em Portugal, empresa. Dedicada sabrinas e sapatos como um produto à produção de solas, de vela, em plástico de alta tecnologia, a Procalçado decidiu e com cores vivas. O mas que depende da apostar na primeira objetivo era transpor sensibilidade huma- marca nacional de para a coleção as na para a escolha de calçado de plástico. “melhores sensações materiais e para a da vida”: amizades, atenção aos detalhes. Os modelos de viagens de sonho, “Os Lemon Jelly são verão serão vendi- férias de verão, gar- companheiros fiáveis dos entre os 30 e os 115 euros.32
evaeMmntbooimcdieaodnmaMosdeeartroeocpmaoallçiiasodro Estiveram presentes 25 empresas portuguesas na Momad, sendo que 11 eram do setor do calçado A Momad Metropolis nacionais e internacionais Polónia e México. delli, Guanflex, Mayoral, – Feira de Moda e Calçado de cadeias multi-marca Segundo o ionline, Puntotres, Amarillo Limón, Madrilena decorreu entre de países como Portugal, Cantallops 1897, Cordon, os dias 6 e 8 de setembro França, Líbano, Brasil, Mé- as participações confir- Best Mountain, Charo Ruiz em Madrid, Espanha. xico, Colômbia, República madas, num total de 400, Ibiza, El Armario de Lulu, Checa e Rússia”, declarou o representaram mais de 100 Lauren Vidal, Vilagallo, Este projeto resultou da jornal ionline. marcas desde a Desigual, Stréna, Noa Noa, Laga, fusão entre o Salão Interna- Xti, Mustang, Gioseppo, Pause Café, à Almatrichi o cional de Moda de Madrid No evento também Coolway, Chk10, Victo- Scripta Code. (SIMM) e da Modacalzado. marcou presença a comu- ria, Callaghan, Mephisto, A organização foi distribu- nicação social com jorna- Vidorreta, Gaimo, Pertini, Este certame ambicio- ída em três pavilhões da listas da Itália, Alemanha, Lola Cruz, Cressy, Hispa- na tornar-se “no grande Feira de Madrid, IFEMA, Bélgica, Portugal, França, nitas, Robert Clergerie, Pie- encontro do setor” pro- cada um dedicado a um porcionando a “visita de setor: a METRO, moda ur- “Na sua edição de fevereiro 2013,a SIMM compradores que poderão bana avançada; a COSMO, reuniu cerca de 600 marcas de moda e encontrar toda a oferta de moda contemporânea; e moda, calçado e comple- a READY, pronto moda e confeção e recebeu a visita de mais de 13 mil mentos para as suas lojas”, moda urbana jovem. profissionais, dos quais mil estrangeiros”, revelou a delegação de Madrid da Agência para Por sua vez, o progra- revelou o ionline. o Investimento e Comér- ma de atividades comer- “Já a Modalcalzado, na sua última edição cio Externo de Portugal, ciais contou “com convites AICEP, à Lusa. especiais a compradores celebrada em março 2013, contou com a participação de mais de 400 expositores e atraiu 7.100 compradores, dos quais 15% internacionais”, informou o jornal ionline.34
Cardleçepauedmtoapddraoesmsanisonmamreualhnnodkroing Há quatro marcas de calçado no grupo das 23 empresas portuguesas com a melhor reputação internacional. O estudo do Reputation Institute, divul- gado pelo Diário Económico, inclui a Armando Silva, a Yucca, a Aerosoles e a Pablo Fuster numa lista restrita, ao lado de gigantes como a Portugal Telecom, a EDP e a TAP. As conclusões resultam das respostas a mais de 150 mil inquéritos feitos online durante o primeiro semestre deste ano, sendo que cerca de 3.000 destes inquéri- tos foram feitos em 50 países distintos. A fábrica de calçado Armando Silva, de S. João da Madeira, está duplamente presente neste ranking: como marca ho- mónima e como Yucca, marca de sapatos tipo mocassin que faz parte do universo da empresa sanjoanense. A empresa é ainda conhecida pelas marcas Gino B e DiStilo. A Aerosoles é uma marca norte- americana mas os direitos de produção e comercialização estão entregues à portuguesa Move On (ex-Investvar), localizada em Esmoriz. Já a Pablo Fuster integra o universo Lanidor. De acordo com Pedro Tavares, da OnStrategy, representante em Portugal do Reputation Institute, estes estudos “ajudam muitos embaixadores a definir as suas estratégias nos países onde es- tão”, escreve o Diário Económico. O inquérito integra um outro mais amplo sobre a reputação de Portugal a nível internacional nos ambientes económico, social e político. Uma das conclusões foi que a imagem que os por- tugueses têm deles próprios é habitual- mente muito pior do que a imagem que os outros têm dos portugueses.36
Um diasetroãdoaassassimfábricas É um dos desígnios do setor para o futuro. Até 2020, a Associação Portuguesa dos Industriais do Cal- çado (APICCAPS) quer que todas as fábricas tenham o aspeto da fábrica da Ferrari, em Itália, ou da Luís Onofre, em Oliveira de Azeméis. O Footure 2020, assim se chama o plano estratégico do setor, já está nas mãos do Presidente da República e do Governo, devendo ser apresentado em novembro. Além do reforço da internacionalização para novos merca- dos, como a América do Sul, o plano tem no “upgrade” da imagem das em- presas uma das linhas orientadoras. “Algo que temos de fazer até 2020 é seguramente intervir no interior das fábricas, redifinir lay-outs, todo o am- biente fabril, tornado-o amigável para os trabalhadores”, disse ao Jornal de Negócios Paulo Gonçalves, porta-voz da APICCAPS. “Não queremos mais fábricas de chão negro, sujo, e um barulho ensurdecedor. Pelo contrário, quere- mos espaços fabris que tenham um ambiente que seja interessante, para que os trabalhadores o sintam como um prolongamento natural das suas vidas”, acrescentou. A fábrica da Ferrari, em Itália, e a de Luís Onofre, em Oliveira de Azeméis, são as referências que a associação quer seguir. Localizada em Maranello (norte de Itália) desde os anos 40, a Ferrari estende-se ao longo de um complexo de 551 mil metros quadrados e 45 edifícios. É conhecida pela aposta na qualidade de vida dos mais de 3.000 trabalhadores e no meio ambiente. Jardins, plantas e pequenos arbustos convivem com máquinas. A tempera- tura e a humidade do ar são controla- das. Os espaços são modernos e bem iluminados, com áreas de relaxamento e mais de 100 bicicletas para facilitar o trânsito do pessoal entre os edifícios. O Footure 2020 é o sexto plano estratégico do calçado. O primeiro foi apresentado em 1978 e teve como principal autor Miguel Cadilhe. Car- los Costa, atual governador do Banco de Portugal, desenhou o segundo e os38 três últimos foram coordenados pelo Fábrica da Ferrari em Itália economista Alberto Castro.
naKsyeaxipaocrrteasçcõees O maior grupo de calçado por- tuguês, a Kyaia, avançou com a previsão de que terminaria o ano com “um cresci- mento nas vendas próximo de 5%”, declarou o jornal Económico. A con- firmar-se, “significa um volume de negócios na ordem dos 59 milhões de euros, face aos 56 milhões faturados em 2012”, lê-se no jornal. Porém, este crescimento apenas será possível com as exportações, uma vez que o mercado interno está em retração. Por sua vez, o elevado número de encomendas para a coleção outono/ inverno levou o “grupo a reforçar o número de traba- lhadores e a alargar o horário de pro- dução”, segundo o Económico. As principais marcas da Kyaia são a Fly London, a Sapatália, a Foreva e a Fungi. “Tivemos de ir à procura de novos mercados, só a Fly London – principal marca do gru- po – perdeu dois milhões de euros em vendas em Portugal”, revelou Fortunato Frederi- co, presidente do grupo.40
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emCmaarritcéaaspporóstparias A empresa de calçado portuguesa, Carité, nasceu em 1986, e tem sede em Felgueiras. Desde sempre dedicou-se à arte de construir um sapato e é reconhecida como uma das empresas mais dinâmicas e bem sucedidas nesta indústria. Prova disso é “a vasta experiência em produção de calçado em diversas áreas, com perfeito conhecimento e experiência em requisitos técnicos e de mercado”, afirmou a Carité. Para além disso, “a equipa tem grande domínio em todas as áreas de desenvol- vimento e controlo de produção, em con- formidade com os critérios de qualidade rigorosos”, reforçou. A Carité encontra-se em constante evolução e, recusando o comodismo, criou um projeto para o lançamento das marcas próprias JReinaldo, Lunaplena e Tentoes. Estas marcam presença não só nos mercados europeus da Alemanha, França e Holanda, mas também nas feiras inter- nacionais da Micam, Micam Shanghai e42 da GDS.
WaporerlsdenFtoaodtowneaarAYleemarabnohoak O relatório mais com a GDS e com o apoio estabilizou nos 21 mil mi- ocupados pela China, Ín- completo do mundo do do Programa Compete. lhões de pares em 2012”. dia e pelo Brasil, respetiva- calçado, World Footwear mente. É relevante mencio- Yearbook, foi apresentado O World Footwear Porém a “China re- nar que existe apenas um no dia 12 de setembro, na Yearbook “identifica os forçou o seu estatuto de país europeu nesta lista, a GDS – Feira Internacional grandes movimentos da maior produtor mundial Itália, que ocupa o último de Calçado e Acessórios, na fileira do calçado nos com uma cota de 63% de lugar com uma produção Alemanha. cinco continentes, tanto em produção em 2012” em de 199 milhões de pares de quantidade como em va- relação aos “60,5% em sapatos. Este livro foi editado lor”, revelou a APICCAPS. 2011, num total de 11.300 pela Associação Portuguesa Para além disso, persona- milhões de pares de cal- O livro “começou a ser dos Industriais de Calçado, liza a indústria do calçado çado”. comercializado no final Componentes, Artigos de nos diferentes países. de setembro em mais de Pele e seus Sucedâneos Na lista dos 10 maiores 50 países”, informou a (APICCAPS) em parceria Segundo a APICCAPS, produtores de calçado os APICCAPS. a “produção de calçado primeiros três lugares são44
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JJcHoemmitenoiorovcsoaémcmuelamorcoara A empresa Joaquim José Heitor S.A ce- lebra 50 anos de vida, este ano, e lança uma nova marca, a JJHeitor Shoes, no mercado. Esta empresa é especializada na produ- ção de calçado para senhora do segmento médio/alto e prima pela sofisticação, ele- gância e requinte. A sede da JJHeitor é em Fornos, Santa Maria da Feira, e a gestão pertence à terceira geração da família. No âmbito do serviço “Shoes for International Markets”, a JJHeitor encomendou um estudo profundo ao Centro Tecnológico de Calçado antes de apostar neste novo projeto. A produção fotográfica da marca ficou a cargo de Frederico Martins, prestigiado fo- tógrafo no setor do calçado, e à sua equipa. Para além disso, existe um novo site corporativo, www.jjheitor.pt, que contém aspetos detalhados e importantes do per- curso da empresa ao longo de meio século46 de vida.
www.spedycargo.ptSOLUTIONS THAT WORK. -exigências dos mercados nacional e internacional.A SPEDYCARGO empenha-se em encontrar as soluções mais adequadas e melhor desenhadaspara os desa os da industria no presente e no futuro.A SPEDYCARGO representa em Portugal o HTFN Global Logistics Partner. O HTFN é umaassociação de empresas transitárias privadas com representação mundial que permiteuma cobertura global através de parcerias com empresas congéneres de elevada reputação emcada mercado. Como membro a SPEDYCARGO bene cia de parcerias com mais de 120 agentesem cerca de 200 países servindo mais de 600 portos e aeroportos. Aéreo Marítimo Rodoviário Aduaneiro Transportes EspeciaisA Spedycargo oferece A Spedycargo Em parceria com A Spedycargo dedica assegura coordenação os seus agentes na especial atenção a A Spedycargo temgama de opções no total da operação Europa, a Spedycargo este segmento para uma vasta experiênciatransporte de carga de transporte oferece serviço o qual criou o seu no segmento de:aérea. Garantimos seleccionando a opção regular de transporte próprio departamento · Feiras e Exposiçõesuma operação bem que melhor responda em Camião de e aduaneiro no que · Transportes Especiaisestruturada resultante às exigências de cada para várias origens e conta com pessoal · Armazenagem eda criatividade e embarque ao custo destinos. especializado e Distribuiçãoexperiência da nossa mais competitivo. licenciado.equipa.SPEDYCARGO, TRANSITÁRIOS, S.A. Lisbon Office TRANSITÁRIO Aeroporto da Portela Terminal de Carga · Edi cio nº. 134 sala 2119/2120 · 1750-364 Lisboa · Portugal ESPECIALIZADOHead Office Tel. +351 218 480 369 / +351 218 487 683 ·Fax. +351 218 480 370Via Central de Milheirós nº. 726 · 4475-330 Maia · Portugal EM FEIRASTelf. +351 229 993 650 · Fax. +351 229 964 962 INTERNACIONAIS
Rdeelvaenncdeaesmfracanncêasl A marca de calçado portu- A escolha da Relance partiu guesa, Relance, estabeleceu uma da análise de uma base de dados parceria com o Shop Channel, cedida pela APICCAPS e após canal de vendas francês, cujo meses de negociações chegaram sucesso no Japão alcança os 27 a acordo. milhões de espetadores. “O programa de uma hora “O mercado nipónico é mui- de apresentação da nossa marca to importante para a Relance, no canal foi emitido há poucos pois trata-se de um país com dias. Foram mostrados quatro 127 milhões de habitantes e modelos, tendo cada um direito que representa cerca de 7% das a 15 minutos”, revelou Pedro vendas da nossa marca própria”, Ferreira ao Negócios. declarou Pedro Ferreira, diretor comercial e sócio gerente da De momento ainda não Relance. possui quaisquer dados concre- tos acerca do sucesso comercial Segundo o Jornal de Negó- mas o Shop Channel “comprou cios, a empresa sediada em San- à Relance 300 pares de cada um ta Maria da Feira “conta com 40 dos quatro modelos promovidos trabalhadores e fechou o último no canal de vendas online” e “o exercício com uma faturação de nosso objetivo é duplicar as ven- 3,5 milhões de euros, 85% dos das para o Japão a breve prazo”, quais gerados noutras marcas”. afirmou.48
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estreiDad-oisnceoanlAoçalmvdeoesrcado A apresentação dos mas e depois? Onde é que sapatos nos desfiles, “com com quantidade a definir, sapatos desenhados por se encontram as coisas?”, o evoluir da minha carreira, que crescerá consoante o Dino Alves, estilista por- declarou ao Público. Esta comecei a sentir que era volume de encomendas”, tuguês, decorreu no Hotel iniciativa e parceria foi uma espécie de falha, lacu- divulgou ao jornal. Fontecruz, em Lisboa. “uma tentativa de respon- na”, confidenciou. Um projeto que surgiu da der a esses comentários”, Para além disso, estarão parceria com a empresa revelou o estilista. O principal entrave acessíveis ao público em de calçado Disfunctional para a iniciativa será o lojas que vendam Disfunc- Shoes que é dotada de Na 40.ª edição da Moda facto de “numa fábrica é tional Shoes e no ateliê uma “dose saudável de Lisboa os sapatos foram difícil mexer numa linha Dino Alves, em Lisboa. Os irreverência” e desprovida exibidos pela primeira vez de produção normal para sapatos suportam o custo da “preocupação de lucro na sua coleção de outo- fazer dez pares”, declarou. de 150 euros. imediato”, declarou Dino no/inverno de 2013. Eles Teria de suportar encomen- Alves à secção Life&Style são pretos e contêm uma das entre os 500 e os 2.500 Num futuro próximo do jornal Público. abertura de lado, todavia pares e, de momento, “eu será difícil deixar de de- o segundo par não tem não tenho esse volume”, senhar sapatos para o seu Ao longo da sua carrei- abertura de lado. justificou. desfile porque “damos um ra, Dino Alves ouviu cons- passo em frente e é compli- tantemente “isto é muito Após anos e anos de Ambos os pares de cado voltar atrás”, afirmou giro, o desfile é fantástico, patrocínios e soluções para sapatos serão “produzi- ao Público. combater a questão dos dos em edição limitada,50
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