a informação essencial
índice Salários PAGs. 4-5 sobem 3,5% PAGs. 6 Mais de 900 pedidos de PÁGs. 8-9 patente em 2014 Diretor PÁGs. 12-13 Pedro Silva Novo recorde de exportações PÁGs. 20-22 Redação Anabela S. Carvalho EUA na mira PÁGs. 24-26 dos empresários Diana Familiar PÁGs. 32-34 Fotografia Investimentos em novas PÁGs. 44-45 Arquivo labor fábricas Rui Guilherme Álvaro Gouveia, Publicidade o homem Fernando Aguiar Fernando Moreira das máquinas Maquetagem/Grafismo Presidente Ana Paiva da República Rui Guilherme condecora Execução empresários LABORPRESS - Ediçõese Comunicação Social, Lda Turismo industrial Tel. 256 202 600 dá cartas em Fax: 256 202 609 S. João da Madeira [email protected] www.labor.pt Rua Oliveira Júnior, 933700-206 S. João da Madeira Impressão FIG - Coimbra
Indústria aumentousalários 3,5% Desde outubro de 2014 que a indústria de balho com a laboração de quatro turnos diárioscalçado está a pagar melhor. A APICCAPS e o de seis horas e de 36 horas por semana, indi-sindicato do calçado chegaram a acordo para a ca um comunicado da Federação dos Sindicatosrevisão do contrato coletivo de trabalho para o se- dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário,tor, aumentando a massa salarial em 3,5% face à Calçado e Peles de Portugal (FESETE).tabela negociada em 2011. No que respeita à massa salarial, o subsí- O novo contrato coletivo de trabalho, que dio de refeição diário mantém-se nos 2,20 eurosabrange cerca de 40 mil trabalhadores de duas e os salários mensais de cerca de 57% trabalha-mil empresas, introduz algumas alterações, no- dores foram atualizados em 20 euros. Os res-meadamente, nos regimes de aprendizagem e tantes trabalhadores, entre os quais se incluemda adaptabilidade dos horários de trabalho. Cria trabalhadores da produção, quadros intermédiostambém um novo regime da organização do tra- e superiores, trabalhadores administrativos e tra-4
balhadores das áreas de apoio, tiveram uma atu- fonte da APICCAPS revelou à Lusa que já tinhaalização salarial que varia entre os 14 euros e os sido alcançado um acordo para a revisão do con-16,50 euros mensais. trato coletivo de trabalho para o setor. A 14 de novembro, por ocasião de uma Segundo a APICCAPS, as exportações au-deslocação do Presidente da República, Aníbal mentaram mais de 50% nos últimos cinco anos,Cavaco Silva, ao Norte do país, num roteiro dedi- vendendo para 160 mercados dos cinco continen-cado à economia dinâmica à indústria do calçado, tes 95% da produção. 5
Máximo históricode pedidos nacionais de invenções e de marcas O ano de 2014 afigura-se como o melhor Em relação às vias Internacionais de pro-de sempre para a via Nacional de pedidos de teção de invenções, a Organização Mundial daproteção de direitos de propriedade industrial em Propriedade Intelectual (OMPI) disponibilizou noPortugal. seu site, a título provisório, o número de pedidos da via PCT de origem portuguesa (134) apurados O volume de invenções ultrapassou, pela até outubro de 2014, assim confirmando a estabi-primeira vez, a fasquia dos 900 pedidos, apresen- lidade da procura desta via por requerentes resi-tando um acréscimo de 7% relativamente ao an- dentes em Portugal, considerando os 131 pedidosterior máximo histórico registado em 2013, assim verificados no período homólogo referente a 2013.passando de 867 para 929 pedidos. A Organização Europeia de Patentes só deverá disponibilizar os seus dados no próximo mês de Para este crescimento muito contribuiu a março.evolução positiva na procura dos pedidos provi-sórios de patente, sendo estes representativos de A tendência positiva na procura de prote-63% do volume total observado. ção de marcas e design de origem portuguesa estende-se igualmente à via Comunitária, onde os As marcas, os logótipos e os outros sinais níveis verificados em 2013 foram largamente su-distintivos do comércio quebraram igualmen- perados, com um aumento de 17% no volume dete o anterior record estabelecido em 2010, com novos pedidos de marca comunitária (1.294) e de20.842 pedidos, representando um aumento de 11% no número de objetos de desenhos ou mode-17% comparativamente com o volume de pedidos los (1.019) englobados em pedidos de registo derecebidos pelo INPI em 2013. design comunitário. O design nacional também cresceu de for- Em relação à via Internacional de proteçãoma significativa, destacando-se um incremento de de marcas (Sistema de Madrid), a OMPI assinala30% nos objetos solicitados (2.528) em relação ao um ligeiro decréscimo nos pedidos desta via sub-ano anterior. metidos por requerentes residentes em Portugal, passando de 226 em 2013 para 208 no ano pas- O único decréscimo verificado na via Na- sado.cional diz respeito às validações de patente euro-peia em Portugal (3.492), que sofreram uma que-bra de 7% face ao volume assinalado em 2013.6
W W W.GD S O N LI N E .C O M 7
Calçado exporta 1.850milhões de euros A indústria do calçado alcançou em 2014 do chegam a 150 países dos cinco continentes euma nova conquista histórica com a exportação estão a crescer praticamente em todos os mer-de mais de 1.850 milhões de euros. cados. O setor do calçado exportou, entre janeiro O calçado tem consolidado a sua posiçãoe outubro, mais de 70 milhões de pares de calça- com um crescimento de 8% na União Europeiado no valor de 1.655 milhões de euros. De 2010 mas tem-se destacado ainda mais noutros países.a 2014 as exportações de calçado aumentaram Regista-se crescimento de vendas nos Estadosmais de 45%. Em comparação com 2013 a indús- Unidos da América (mais 65% para 33 milhõestria regista em 2014 um crescimento de 8,8%. de euros), Canadá (mais 24,9% para 22 milhões de euros), Angola (mais 2,5% para 19 milhões de De acordo com a APICCAPS, este é “o euros), Austrália (mais 26,8% para 7 milhões dequinto ano consecutivo de crescimento do setor euros) e China (mais 46,6% para 5 milhões dede calçado nos mercados externos, para onde se euros).dirige 95% da sua produção”. Um aspeto muito importante neste cresci- Neste momento as exportações de calça-8
mento da indústria do calçado é “o aumento de mentaram 46,4% para a Áustria no primeiro se-postos de trabalho, fruto do investimento que está mestre de 2014. Em comparação com o mesmoa ser feito no interior do país com a criação de período do ano anterior, há um aumento “em ter-novas unidades fabris em Cabeceiras de Basto, mos absolutos de 8,9 milhões para mais de 13 mi-Celorico de Basto, Paredes de Coura ou Pinhel”, lhões de euros”, segundo a AICEP.destacou a APICCAPS. O setor terminou o anocom “mais de 35.000 colaboradores nas suas A indústria do calçado “ocupou no primeiro1.350 empresas de cariz industrial”. semestre de 2014 a quarta posição entre os 10 grupos de produtos portugueses mais exportados O calçado é assim o produto que mais con- para a Áustria”. Além disso, “no nicho da alta qua-tribuiu de forma positiva para a balança comercial lidade há cada vez mais designers que deslocamportuguesa em 2014. De acordo com a APICCAPS, a produção das suas coleções para o nosso país”,“até outubro o contributo líquido para a mesma ba- segundo a AICEP.lança supera os 120 milhões de euros”. Uma ideia do escritório da AICEP na Áus- Exportações crescem tria em cooperação com a ANJE/Portugal Fashion 46,4% na Áustria levou a que alguns estilistas portugueses tenham marcado presença na Vienna Fashion Week em As exportações de calçado português au- 2013 e 2014. 9
GDS: a feirada informação As coleções para o outono-inverno em BMX, um concurso de hip hop e o Vintage Ma-2015/2016 foram exibidas em primeira mão na rket, com ténis, vestuário e acessórios dos anosfeira de calçado de Düsseldorf, Alemanha, que 40 aos anos 90.decorreu entre 4 e 6 de fevereiro. Uma ediçãorecheada de novidades, incluindo novas áreas, Também em estreia esteve o projeto De-onde não faltou a Torre Eiffel. sign Trendsetters, incluído na área Studio. Este espaço integrou 20 designers internacionais, se- Cerca de 900 marcas e 160 expositores lecionados por um júri de personalidades do mun-participaram na GDS e na tag it! (dedicada ao do da moda, incluindo Ernesto Esposito (que jáprivate label), entre as quais 63 portuguesas. As trabalhou para Sergio Rossi, Chloé, Louis Vuittondatas da feira foram antecipadas, tal como já ti- e Marc Jacobs), a designer belga Veronique Bran-nha acontecido na edição de verão, em julho de quinho e Simon Collins, diretor de moda na co-2014, o que foi bem acolhido por expositores e nhecida escola de moda Parsons de Nova Iorque.visitantes. A abertura do certame foi feita pela cantora A organização faz um balanço positivo do e compositora canadiana Kiesza, que já compôsevento. Bom ambiente e uma boa receção por para Rihanna e Kylie Minogue, para além de serparte da indústria como um evento de arranque vista como um ícone de estilo.de temporada. “A nova GDS reúne indústria e re-talho no momento em que a informação é mais Uma sondagem indica que 92,3% dos vi-preciosa. Recebemos muito feedback positivo e sitantes estavam “muito satisfeitos” com a GDS,registámos mais visitantes do que no verão”, afir- que também recebeu mais retalhistas do que noma Werner Matthias Dornscheidt, presidente e verão. 60% dos visitantes já tinham feito enco-CEO da Messe Düsseldorf. mendas na tarde do segundo dia ou planeavam fazê-lo. Algumas novidades foram introduzidas naestrutura da feira. A organização estreou o espaço “Depois da segunda edição o feedback“Richtig Wichtig” (literalmente “muito importante”), não é ambíguo: o nosso timing está correto –que dá continuidade aos 10 anos bem sucedidos mesmo no arranque da estação os clientes estãodo Design Attack. Eddi Mackowiak desenvolveu abertos a coisas novas e os fabricantes podemeste conceito e, pela primeira vez, abriu a iniciati- apresentar-se a um nível internacional. É isto queva aos consumidores no segundo dia da GDS. O faz a GDS tão valiosa como uma plataforma demote foi “Vida em Paris” e incluiu uma cópia da informação”, atesta Kirstin Deutelmoser, diretoraTorre Eiffel, à volta da qual decorreram diversas da GDS e tag it!.atividades, incluindo um espetáculo de acrobacias A próxima edição da GDS realiza-se entre 29 e 31 de julho de 2015.10
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Empresários portuguesesde olhos postos nos EUA Uma das novas metas da indústria portu- Logo a seguir ao americano, a prioridadeguesa de calçado passa pela venda além da Eu- de investimento está focada nos mercados chinêsropa. e colombiano. O mercado dos Estados Unidos da Améri- Na Micam, a maior feira de calçado doca é o mais ambicionado devido à negociação do mundo, em fevereiro deste ano, os empresáriosAcordo de Comércio e Investimento (TTIP) entre portugueses Luís Onofre, Miguel Vieira, Carlosa União Europeia e os americanos. Caso o acordo Santos e Profession Bottier mostraram que estãoseja concretizado, está prevista a eliminação de de olhos postos no mercado americano porque éproblemas no processo de compra e venda entre “o maior comprador de calçado do mundo”. Alémos mercados. disso, necessitam “conquistar novos destinos de12
exportação para fugir a uma Europa deprimida”, este mercado”. Já a recém-nascida mas inconfun-justificaram ao Económico. dível Lemon Jelly está a “começar a vender para os EUA”, revelou o administrador José Pintor ao O primeiro passo de Miguel Vieira foi dado Económico.com a abertura de “um showroom para a sua co-leção de vestuário de criança em Los Angeles que China e Colômbia alvoestá a ser um sucesso e a ideia é agora levar as de investimentooutras coleções da marca própria”. “É uma grandeaposta e só é feita agora porque queríamos atingir A aposta da Tatuaggi está “mais centradaum patamar elevado”, explicou o estilista sanjoa- na China, onde já tem cinco lojas entre Xangai e anense ao Económico. região sul e está prestes a fechar um acordo para abrir em Pequim e zona norte”, afirmou José Al- No caso de Carlos Santos, a Carlos Santos berto Silva ao Económico.Shoes (Zarco) “está há três anos a fazer quatrofeiras anuais nos EUA e já exporta 15% dos 9,6 A Tatuaggi exporta “sete milhões de fatura-milhões de vendas feitas em 2014”. O empresário ção” e “há mais de 15 anos que fazemos o merca-sanjoanense mostrou ao Económico que este “é do dos EUA”, recordou o diretor da empresa.um trabalho que se faz passo a passo, ninguémtenha pretensões de chegar e realizar vendas fan- A Profession Bottier tem a intenção detásticas”. deixar a sua marca “na China e no Japão” com “objetivo de garantir 15 a 20% das vendas nestes O caminho da Profession Bottier está a ser mercados até 2020”, avançou Rúben Avelar aoconstruído com a venda de “100 pares de sapatos Económico.para os EUA no ano passado” que constitui “umvolume residual num total de vendas de 6,5 mi- No panorama internacional, a Nobrandlhões”. O presidente da empresa, Rúben Avelar, está “a finalizar um showroom em Xangai parareconheceu que “não é de um dia para o outro que reforçar as exportações” e “apostar forte na Co-se ganha o mercado, é preciso ser persistente”. lômbia, onde vai abrir a sua primeira loja de marca com um parceiro local”, anunciou Sérgio Cunha, Luís Onofre tem “sete clientes na América presidente executivo do grupo Pedreira, ao Eco-e quatro com vontade de ver a coleção”, avançou nómico. A Nobrand “fatura 55 milhões e abrirá aao Económico. Na ótica do estilista de Oliveira de loja em Bogotá próximo do verão”, disse SérgioAzeméis, o TTIP permitirá “dar um empurrão nas Cunha.vendas que em 2014 ficaram nos 11 milhões para 13
acordo com eua talvez em 2017o acordo deve ter um impacto de 1,1 mil milhões de euros no PIB português. as exportações nacionais crescem na ordem dos 650 milhões de euros O impacto do Acordo de Comércio de In- çado, Componentes, Artigos de Pele e seus Su-vestimento (TTIP) entre a União Europeia e os cedâneos (APICCAPS); Vital Moreira, professorEstados Unidos da América nos setores têxtil, catedrático da Universidade de Coimbra, antigovestuário e calçado foi analisado a 30 de janeiro Eurodeputado e antigo relator do Parlamento Eu-no AvePark – Parque de Ciência e Tecnologia em ropeu para o TTIP; e João Costa, Presidente daGuimarães. Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). O painel de oradores contou com a pre- O acordo tem como intuito acabar com assença de Robert Sherman, Embaixador dos EUA dificuldades comerciais, aduaneiras e não adua-em Portugal; Fortunato Frederico, Presidente da neiras encontradas em vários setores da econo-Associação Portuguesa dos Industriais de Cal- mia. Desta forma, o processo de compra e venda14
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de produtos e serviços entre os mercados será este acordo não foi feito para os gigantes domais simples bem como o usufruto das vantagens mercado porque “já estão confortáveis”. Um dosdo mercado global. benefícios desta negociação para os EUA é “a dimensão da União Europeia com 500 milhões Na opinião de Vital Moreira, “os benefícios de habitantes”, destacou Robert Sherman aosão evidentes mas não me parece viável que haja Económico.acordo no próximo ano. Eventualmente em 2017ainda que de forma provisória”. Neste sentido, o antigo eurodeputado so- cialista lembrou que “o mercado americano está Entretanto, no processo de negociação po- a crescer cerca de 3% ao ano e para beneficiardem aparecer “divergências de interesse de um desse potencial de crescimento temos que abrirlado e do outro e as objeções políticas de anti co- ainda mais ao exterior e não podemos esquecermércio, com destaque para o crescente radicalis- que somos o maior mercado do mundo, o quemo quer na Grécia, quer em França com a Frente é importante mesmo para potências económicasNacional”, lembrou o antigo relator do acordo ao como os EUA e o Japão”.Económico. Caso o acordo venha a ser assinado pe- No meio destas “coutadas protecionistas”, las partes, “duplicaremos as exportações de têx-Vital Moreira destacou ainda “a questão da agri- til, vestuário e calçado para os EUA”, declaroucultura e pecuária na Europa e dos transportes João Costa.nos EUA, uma vez que os norte-americanos sãomuito fortes nesse domínio”. No caso de Portugal, Neste cenário, “o papel dos têxteis lar po-“um dos setores que pode ser mais afetado é o derá até quintuplicar uma vez que são do melhordo tomate, enquanto entre os mais beneficiados que se faz no mundo”, destacou o presidente daaparecem o têxtil, o vestuário e o calçado”, disse ATP ao Económico. Informou ainda que no anoo professor catedrático ao Económico. passado o setor têxtil “deverá ter atingido os 4,6 mil milhões de euros de exportações. Se os EUA De acordo com um relatório encomendado tiverem uma nova relação comercial com a Eu-pelo Governo, “o acordo terá um impacto de 1,1 ropa podemos facilmente ultrapassar os 5 milmil milhões de euros no PIB português devendo milhões”.as exportações nacionais crescerem na ordemdos 650 milhões de euros”. No entender de Fortunato Frederico, o TTIP “seria a cereja no topo do bolo para o Vital Moreira assumiu ao Económico que o nosso grupo”. A Kyaia “começou a olhar para osacordo é “ambicioso uma vez que tende a reduzir EUA e para o Canadá em 2010 e hoje já vende-a zero todas as tarifas entre os EUA e a Europa”. mos para o mercado americano 350 mil paresAlém disso, “a questão das regulações técnicas de sapatos”, revelou o Presidente da APICCAPSfaz toda a diferença para as PME portuguesas”. ao Económico. O embaixador dos EUA concorda que16
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Micam recebeu 84 empresas portuguesas A Micam reuniu novamente, entre 15 e 18 De acordo com a AICEP, a presença dede fevereiro, industriais do calçado de todos os empresas portuguesas na Micam “insere-se nacantos do mundo em Milão. estratégia promocional definida pela APICCAPS e AICEP, com o apoio do Programa Compete, e A maior feira de calçado do mundo rece- que visa consolidar a posição relativa do calçadobeu a visita do vice-primeiro-ministro Paulo Por- português nos mercados externos, diversificar otas, acompanhado de Miguel Frasquilho, presi- destino das exportações, abordar novos merca-dente da AICEP e Rui Vinhas da Silva, presidente dos e possibilitar que novas empresas iniciem odo Programa Compete 2020. processo de internacionalização”. A Micam deste ano contou com a presença Outras ofensivas estratégicas começaramde 84 empresas portuguesas, criadoras de 8.000 “desde o início do ano” através de “um megapro-empregos e geradoras de meio milhão de euros grama de promoção à escala internacional que seem exportações. traduzirá na presença em sensivelmente 70 dos mais prestigiados fóruns internacionais da espe- A Micam recebeu mais de 1.600 exposito- cialidade”, informou a AICEP.res de aproximadamente 50 países espalhadospor dez pavilhões que receberam mais de 40 milvisitantes profissionais.18
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quatro empresas investem 4,5 milhões A indústria portuguesa de calçado tem As empresas Centenário, Ferreira & Ave-conquistado o seu lugar ao sol com resultados im- lar, Macosmi e Carité são a prova disso com “in-batíveis ano após ano. A mais recente conquista vestimentos de mais de 4,5 milhões em novas fá-ocorreu nas exportações que atingiram os 1.850 bricas ou no aumento de capacidade de produçãomilhões de euros em 2014, superando em 7,7% das já existentes”, fundamentou o Dinheiro Vivo.o ano transato. O maior investimento será feito pela Um pequeno entrave apareceu quando “a Macosmi na ordem dos “2,5 milhões em São Mar-estagnação dos mercados europeus” traduziu- tinho do Campo e em Castelo de Paiva” porque-se “na queda do preço médio de 23,45 para 21 “queremos ser autossuficientes ao nível do corteeuros”. Contudo, os portugueses “estão a investir e da costura e aumentar a capacidade produtivaforte na expansão”, segundo o Dinheiro Vivo. para atingir os 1.500 pares de sapatos por dia”,20
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disse José Machado, sócio-gerente da empresa, com o lançamento “há uns anos” de “uma linhaao Dinheiro Vivo. Segundo a mesma fonte, a em- de sapatos de golfe” e com as recentes “negocia-presa pretende construir “dois novos edifícios de ções com um distribuidor de renome mundial noraiz, em São Martinho do Campo,” e “instalar um segmento do golfe”, confessou Domingos José aonovo layout e um novo modelo de gestão”. Além Dinheiro Vivo.disso, “adquirimos um novo transportador de cos-tura, que já chegou, que contempla 82 postos de Carité empregará “mais 20produção, o que nos permite admitir mais 30 a 40 pessoas até ao final do ano”pessoas e ficarmos independentes no segmentode corte e costura”, informou José Machado. Neste leque de investimentos cabe “meio milhão de euros em equipamentos e 20 novos A unidade da Macosmi em Castelo de Pai- postos de trabalho” como “mais recente aposta dova tem “39 trabalhadores” e o investimento será a grupo Carité, de Felgueiras, que abriu, em S. João“construção de um novo pavilhão adjacente que da Madeira, uma pequena unidade de calçado dearrancará em abril e vai permitir produzir mais 500 gama sofisticada”. “A fábrica está agora a arran-pares/dia”. Admitirá ainda “mais 30 pessoas até car e, se tudo correr bem,” empregará “mais 20ao final do ano”, avançou o sócio gerente da em- pessoas até ao final do ano”, assumiu Reinaldopresa ao Dinheiro Vivo. Teixeira ao Dinheiro Vivo. Segundo a mesma fonte, o grupo Carité tem uma fábrica em Fel- A Macosmi emprega “200 trabalhadores” e gueiras, duas em Celorico de Basto e faturouterminou com “uma faturação de 12 milhões de 22 milhões de euros em 2014.euros o ano de 2014”. José Machado reconheceque “a conjuntura não é a melhor para investir, Atualmente, a empresa Ferreira & Avelarmas sem risco não há sucesso e nós temos de ter está “a terminar uma nova fábrica adjacente àsarmazéns, capacidade produtiva e de desenvol- duas que já tem e que permitirá expandir a em-vimento para dar resposta às necessidades dos presa”. Se tudo correr como planeado, a novaclientes”. empresa estará “concluída em abril”, depois de um investimento de “400 mil euros”, e terá A Centenário tem como intenção “ampliar “secções de montagem, acabamentos e expe-as instalações em Oliveira de Azeméis” com a dição”. “O corte e a costura ficarão numa outraaplicação de “1.250 milhões” mas “aguarda ainda unidade e a terceira ficará destinada a arma-pela aprovação do projeto para avançar”, declarou zém de matérias-primas”, disse Rúben Avelar.Domingos José ao Dinheiro Vivo. A expansão pretende “melhorar a qualidade do produto final e dar melhores condições aos fun- Como “estamos bastante apertados”, a cionários”, assumiu ao Dinheiro Vivo.expansão da empresa é premente uma vez que“necessitamos de reestruturar a linha de monta- As novidades da empresa que detém asgem para termos melhores condições de trabalho marcas Ferreira & Avelar e a Profession Bottiere para rentabilizarmos a capacidade produtiva”, não ficam por aqui. A começar com a inaugu-revelou o gerente da empresa. Domingos José ração de um showroom no mês de junho emacredita que “só esta expansão permitirá à Cen- Paris e a presença na primeira feira no Japãotenário, com uma faturação de 8,2 milhões de eu- em abril.ros, aumentar a capacidade produtiva em 15%”.Um dos motivos da expansão está relacionado22
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Álvaro Gouveia, administrador da CEI“Fazer máquinas é como fazer filhos” Álvaro Gouveia veio de Lisboa para importante de qualquer negócio.S. João da Madeira há 15 anos. Diz que veio Inicialmente dedicada ao fabrico de má-atrás dos clientes. Hoje, não se imagina nou-tro lugar. Atraído pela densidade industrial da quinas de corte para o setor do calçado, a CEIcidade, o engenheiro eletrotécnico de 53 anos – Companhia de Equipamentos Industriais tinhasonhou pôr os empresários a falar uns com os de estar próxima das empresas que fornecia paraoutros e com a comunidade. Criou o Clube dos evoluir. Escolheu S. João da Madeira devido à his-Empresários e, através da sua empresa, ajuda tória industrial da cidade e à dinâmica empresarialinstituições ao mesmo tempo que estimula os que se sentia na comunidade. Álvaro Gouveia ale-colaboradores, para ele, a matéria-prima mais ga que há uma “mentalidade industrial” facilmente identificada por quem chega de fora. “Muita gente24
trabalha em fábricas e em casa fala-se da fábri- Se “fazer máquinas é como fazer filhos”,ca. Em Lisboa isso não existe”, afirma. Isso e uma como diz Álvaro Gouveia, 2.000 máquinas depois,aposta no corte de rochas ornamentais que alte- o engenheiro tem 2.000 filhos. “Ainda ouvimos falarrou completamente o paradigma do setor de 2000 das máquinas que fizemos há 20 anos atrás. Acom-em diante fez a diferença. A CEI exporta 70% da panhamos-lhes, como a um filho, o percurso, as di-sua produção e registou no ano passado um vo- ficuldades, as melhorias, até o equipamento morrer.lume de negócios próximo dos sete milhões de E pode durar muito. Temos máquinas com 20 anoseuros, o melhor de sempre. Números que devem no calçado ainda a funcionar”, afirma. A CEI temser superados em 2015, ano em que a empresa máquinas espalhadas por mais de 50 países. Oscompleta 20 anos. mercados mais longínquos são Canadá e Austrália. 25
Harleys, caiaques mesmo problema da pele: defeitos. Trouxemos a e Fly London tecnologia do calçado para a pedra e com isto al- terámos completamente a forma de trabalhar no A empresa produz máquinas de corte por setor. Começou uma nova etapa”, recorda Álvarojato de água para os setores do calçado, rochas Gouveia. O setor das rochas ornamentais é hojeornamentais, componentes para automóveis e 80% do negócio da empresa. Algo que a CEI tam-metalomecânica. As motas americanas Harley bém deve ao facto de grande parte da indústriaDavidson e os capacetes da Nexx, marca de ser dominada por portugueses, nomeadamenteÁgueda, são alguns exemplos. A CEI movimenta- no Canadá, Inglaterra e França.se também na área dos centros de maquinaçãoCNC usados não só no calçado e no setor das Envolver é a melhorrochas, mas também na indústria naval. Os caia- motivaçãoques Nelo, o maior construtor mundial desta em-barcação, são clientes da empresa sanjoanense. A aposta nos recursos humanos é umaTal como a Fly London, a mais global marca de prioridade na CEI. A empresa olha a todos oscalçado portuguesa, que vai buscar à CEI as má- pormenores para manter a força de trabalho mo-quinas de corte e gravação por laser. tivada. Dá-lhe espaços limpos para trabalhar e incentiva-a nos seus projetos. O objetivo é que o A partir da CEI, da Zipor SA e da Inocam, trabalhador se sinta em casa e em família. A casaempresas-filhas criadas em 1997 e 2001, todo de banho tem de estar limpa, a temperatura temo software e hardware de controlo dos equipa- de estar confortável. “As pessoas têm de se sentirmentos são desenvolvidos em Portugal. Só em como em casa, senão nunca se criam condiçõesS. João da Madeira, onde está a sede social do para darem o seu melhor”, afirma Álvaro Gouveia.grupo, a CEI tem duas unidades fabris (Travessase Devesa Velha). Tem ainda delegações em Lis- Mas a motivação dos colaboradores pas-boa, Arábia Saudita, Holanda, Brasil, Inglaterra e sa também por outro aspeto que o administradorEstados Unidos. tem vindo a explorar: a ligação à comunidade. A CEI tem desde 2010 um projeto de solidariedade 4% de doutorados chamado “Envolver”, que resolve um problema ao mesmo tempo que gera mais-valias sociais. “To- Com mais de 100 colaboradores, a CEI das as ofertas de fornecedores são rifadas a umorgulha-se ainda de dar trabalho a mais 30 ou 40 euro e a receita reverte a favor de uma instituiçãopequenas e médias empresas que complemen- local”, explica ao labor a responsável pelo projetotam a sua atividade. Metade da força de trabalho e pela investigação, desenvolvimento e qualidadetem estudos superiores e 4% é doutorada. Uma da CEI. No ano passado, a empresa conseguiupercentagem que faz toda diferença no conceito juntar mais de 500 euros em alimentos e artigoscontemporâneo de fábrica. Para Álvaro Gouveia, de higiene para as famílias acompanhadas pelao tempo da indústria suja e mal cheirosa acabou. Associação Ecos Urbanos. Mas não se fica por aí.Já não há “unhas negras” (alcunha dada aos cha- Os colaboradores doam frequentemente artigospeleiros). O ambiente fabril é hoje dominado pela que já não usam e recolhem tampinhas. Só emmassa cinzenta e é por aí o caminho do futuro. equipamentos elétricos e eletrónicos para doar à Escola Secundária Serafim Leite a empresa reu- A CEI investe em média cerca de 10% do niu quase uma tonelada. “Só trabalhamos com as-seu volume de vendas em investigação, desenvol- sociações locais que a comunidade interna valide.vimento e tecnologia, privilegiando processos de Doar localmente é muito mais exigente”, afirmafertilização cruzada e de partilha ativa de know- Álvaro Gouveia. Alguns colaboradores participa-how entre setores e em parceria com mais de ram num passeio de BTT e a empresa pagou-lhesuma dezena de entidades do Sistema Científico a inscrição e as camisolas. Uma vez por sema-Nacional. Foi esta partilha entre setores que levou na há um grupo de funcionários que joga futebol.a empresa a fazer máquinas de corte de rochas “O desporto é um bom agregador de vontades. Eornamentais, no ano 2000. “Ao fim de cinco anos, tudo isto é muito melhor do que qualquer forma-detetámos uma oportunidade na pedra porque a ção motivacional”, comenta o administrador.pedra, sendo também um produto natural, tem o26
ECCO celebra 30 anos emPortugal A ECCO está em fabricar 12.000 pares/diaPortugal desde 1984. Os e um Centro de Excelên-30 anos da história da cia no desenvolvimento doempresa no nosso país produto e tecnologia. A em-foram celebrados a 6 de presa passou de 120 cola-dezembro, no Europarque, boradores, em 2009, paraem Santa Maria da Feira, quase 1.200, atualmente.numa cerimónia onde esti- Segundo Gustavoveram os responsáveis da Frederico Kremer, diretorempresa, os colaboradores Geral da ECCO Portugal, e restantes parceiros. “a ECCO está mais perto do mercado, mais perto dos No evento, o presi- consumidores e em merca-dente do grupo, Dieter Kas- dos europeus decisivos.przak, deixou uma mensa- Para além disso, Portugalgem de reconhecimento e tem uma longa tradição deesperança no futuro a to- produção de calçado arte-dos os presentes . “ A cha- sanal, o que quer dizer queve para este crescimento temos acesso a trabalha-tem sido o apoio e a dedi- dores muito qualificados”. cação, tanto dos nossos A ECCO´let é o se-colaboradores como dos gundo maior líder mundialnossos parceiros. Juntos na produção e comercia-criamos uma base sólida lização de calçado casu-para o futuro” afirmou. al, tendo construído o seu sucesso baseada na quali- A multinacional di- dade e na inovação tecno-namarquesa, após vários lógica. Fundada em 1963,processos de reestrutura- é uma empresa familiar eção em Portugal, decidiu uma das poucas produto-apostar na capacidade ras de calçado que detémprodutiva do nosso país. toda a cadeia do processoRecentemente fez um in- produtivo.vestimento de 15 milhões Atualmente, ade euros no reforço da pro- ECCO vende os seus pro-dução e modernização das dutos em 90 mercados einstalações. emprega cerca de 20.000 pessoas. Portugal conta ago-ra com uma fábrica renova-da, com capacidade para 27
Calçado em destaque nos principaiscertames de moda Na 44.ª edição da ModaLisboa “Curiouser”, res, sedimentando uma identidade nacionalo calçado nacional voltou a estar em plano de cada vez mais forte: Alexandra Moura – Gol-destaque através de várias parcerias com os dmud, BANDA – Nelson Oliveira, Dino Alvescriadores portugueses presentes no certame. – Nobrand, Duarte – Tem Toes, Kolovrat – No Studio, Luís Carvalho – Eureka, Miguel Viei- No evento que decorreu entre os dias ra – Evereste, Nuno Gama – Eureka, Patrícia13 a 15 de março, em Lisboa, descobrimos da Costa – Felmini, Pedro Pedro – Basilius,16 parcerias criativas que uniram o design do Ricardo Andrez – Senhor Prudêncio (homem)calçado às propostas de vestuário dos criado-28
e Eureka (mulher), Ricardo Preto – Clay´s, Nobrand e Sílvia Rebatto. O designer Luís Ono-Saymyname – X Perimental Shoes e Valentim fre voltou a apresentar a sua coleção num des-Quaresma – Fly London. Ainda, toda a equipa file individual com honras de destaque no cer-da ModaLisboa foi calçada pela marca Eureka. tame. O calçado nacional voltou a revelar-se A par do desfile coletivo, muitas outrasna última edição do Portugal Fashion. No cer- marcas mostraram-se em parceria com algunstame que decorreu entre as cidades de Lisboa dos melhores criadores nacionais: Miguele Porto, estiveram presentes inúmeras marcas Vieira /Everestre, Susana Bettencourt/ Joanade calçado, tendo inclusive e como já é hábito, D´Graça, Pedro Pedro / Basílius, Goldmud /um desfile coletivo com propostas de seis mar- Alexandra Moura e Estelita Mendonça/ Nelsoncas: Dkode, Fly London, Goldmud, J. Reinaldo, Vieira for Manuel Dupont. 29
Fly London chegaa Angola, Emirados Árabes e Tailândia Angola, Tailândia e Emirados Árabes Uni- Na Tailândia, a Kyaia fez uma parceria comdos são as apostas da Fly London para 2015. As um cliente local, que ocupa uma série de espaçosprimeiras encomendas para os dois primeiros paí- em department stores. A empresa está a estudar ases seguiram no final de 2014 como forma de tes- possibilidade de instalar corners exclusivos da Flytar o mercado. Nos Emirados a empresa optou por nestes espaços comerciais.assinar um contrato com um parceiro local que iráajudá-la a encontrar melhor forma de entrar nes- A Kyaia produz 4.500 pares de sapatos portes países. dia e dá emprego a 360 pessoas. Exporta para cerca de 60 países e tem lojas em algumas das Em declarações ao Dinheiro Vivo, Amílcar cidades mais importantes. No final de 2014 inau-Monteiro, um dos sócios da Kyaia, explica que “a gurou um espaço em Nova Iorque, no centro doabordagem aos Emirados teve de ser diferente SoHo, que se junta às lojas de Londres, Dublin,porque são mercados que têm uma lógica de ne- Copenhaga, Lisboa e Porto. A empresa mantémgociar diferente do resto do mundo. Mais parecida planos de abrir espaços próprios em Los Angelescom os países asiáticos. Há muito poucas lojas e Miami mas sem pressas. “Não há mais nenhu-multimarca nos Emirados Árabes Unidos e, por ma abertura calendarizada. É algo que queremosisso, estabelecemos um acordo com uma empre- ir fazendo, sem pressa nenhuma. Até porque, asa local que vai ser o nosso representante e nos pressa não é amiga destas coisas”, diz Amílcarvai ajudar a identificar parceiros de negócio, ou Monteiro ao Dinheiro Vivo.pela via da distribuição ou pela abertura de lojaspróprias”. 2014 correu bem à Fly London, que regis- tou um aumento de 18% nas exportações para Em Angola, a Fly London conta um distri- 32.230 milhões de euros.buidor. Amílcar Monteiro reconhece as dificulda-des do mercado para uma marca como a Fly mas Recorde-se que, em 2013, o grupo Kyaiaestá otimista. “Haverá com certeza um nicho de faturou 56 milhões de euros. O objetivo anunciadomercado e queremos ocupá-lo”, diz ao Dinheiro por Fortunato Frederico aquando das comemora-Vivo. ções do aniversário, em maio, é chegar a 2024 com um volume de negócios de 100 milhões.30
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Cavaco Silva condecorou homens do calçadoPara o Presidente da República, “o sucesso da indústria do calçado é um fator de confiança no futuro do país” No âmbito da 3.ª jornada dos Roteiros para O Presidente da República condecorouuma Economia Dinâmica, Aníbal Cavaco Silva de- Manuel Carlos Silva, diretor geral da Associaçãodicou o dia 14 de novembro passado à indústria Portuguesa dos Industriais do Calçado, Com-do calçado. O roteiro começou com visitas, du- ponentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneosrante a manhã, às empresas Procalçado, em Vila (APICCAPS), com o grau de Grande-Oficial daNova de Gaia, e Kyaia, em Guimarães. Ordem do Infante D. Henrique; e os empresários32
Armando Silva, Carlos Castro, Carlos Santos, Do- construção e afirmação de um espaço próprio nomingos Neto, Fernando Lima e Luís Onofre com mercado global”.o grau de Comendador da Ordem do Mérito Em-presarial. Cavaco Silva destacou que a indústria do calçado “em tempos difíceis soube substituir as “Em nome de Portugal, presto hoje home- lamentações por iniciativas proativas e estraté-nagem aos empresários da indústria do calçado gias adequadas de crescimento, apostando napelo seu contributo para a economia portuguesa investigação e na inovação”. Desta forma, “o in-e para a projeção internacional do país”, disse o dividualismo deu lugar à partilha e à cooperaçãoPresidente da República. Sendo “um setor que competitiva, em lugar da rotina comercial passiva,se destaca no nosso panorama industrial pela vi- e enveredou por uma presença concertada e afir-são dos seus empresários e pela capacidade de mativa nos mercados internacionais”. 33
A indústria do calçado sofreu “uma pro- Calçado terá aumentofunda mudança” nos últimos 30 anos, passando salarial de 3,5%do “setor tradicional de mão-de-obra intensiva ebaixo valor acrescentado” para “uma das indús- Na ocasião, o Presidente da Repúblicatrias mais dinâmicas, modernas e expansivas da anunciou que teve conhecimento, momentos antes,economia portuguesa”, disse o Presidente da Re- que a APICCAPS e a Federação dos Sindicatospública. dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal (FESETE) “chegaram Atualmente, o setor é composto por 1.700 a um acordo para a revisão do respetivo contratoempresas, geradoras de mais de 41.000 postos de trabalho”. A assinatura do acordo ocorreu nes-de trabalho e exporta 95% daquilo que produz sa semana com a previsão de “uma atualizaçãopara 150 países. Uma das vitórias desta indústria da massa salarial na ordem dos 3,5%”, informouaconteceu no ano passado com as exportações a Cavaco Silva. Para a APICCAPS, “este é o mo-ultrapassarem, pela primeira vez, “a barreira dos mento da indústria partilhar os bons resultados1.700 milhões de euros, tendo crescido 8% e dan- que tem atingido com os trabalhadores”. “Numado um contributo de 1.300 milhões para o saldo da área da economia que tanto tem contribuído parabalança comercial”. a redução do desemprego, só posso felicitar em- presários e trabalhadores por esta iniciativa”, re- Além disso, o calçado português conquis- matou o Presidente da República.tou “o segundo maior preço médio” devido à “re-putação de qualidade, sofisticação e criatividade Após o almoço, Cavaco Silva visitou a em-conquistada à escala internacional”, enalteceu presa Máximo Internacional (Nobrand) em Fel-Cavaco Silva. Para o Presidente da República, gueiras. O roteiro terminou com visitas à empresa“o sucesso da indústria do calçado é um fator de Zarco (Carlos Santos) e ao Centro Tecnológico doconfiança no futuro do país”. Calçado de Portugal em S. João da Madeira.34
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Sócios da Helsar homenageadospelo Rotary Club Mário Correia e José Augusto Correia, ir- família real britânica.mãos e sócios-gerentes da Helsar, em S. João “É uma escolha da mais elementar justiçada Madeira, foram os profissionais homenagea-dos pelo Rotary Club local em 2014. A cerimónia que peca por tardia”, afirmou Andrew Gay, presi-decorreu em novembro, na Torre da Oliva, em dente do clube sanjoanense. O inglês, que vive háS. João da Madeira, onde foi exibido parte do es- 30 anos em Portugal, elogiou a “frontalidade, ho-pólio da empresa. nestidade e lealdade” dos empresários, “grandes homens, verdadeiros sanjoanenses e verdadeiros Os dois empresários fundaram a Helsar self-made men”. Para Andrew Gay, homenagearem 1979 com o objetivo de produzir sapatos de empresários é “também reconhecer o labor da ci-criança inspirados nas filhas ainda pequenas. As dade”.meninas cresceram e a Helsar evoluiu para linhasde senhora, onde se tem afirmado internacional- O governador do distrito rotário, Fernandomente, calçando inclusive elementos próximos da Laranjeira, referiu-se aos irmãos Correia como “amigos, gente boa, gente que gosta de toda a36
gente”. Enalteceu o sentido familiar dos empre- um marido fantástico que ia comigo a todo o lado.sários, que mantiveram sempre “as esposas ao Depois passou a ir para a Helsar e eu tive que tirarlado e não atrás” na construção de “uma das mais a carta de condução”, partilhou.reputadas empresas nacionais na fileira do calça-do”. Intervenções sentidas que se refletiram nas respostas dos homenageados. “Quero que Alguns familiares dos homenageados tam- esta homenagem seja estendida a toda a famíliabém tomaram a palavra. A filha de Mário Correia Helsar, até aos netos. Todos colaboraram paraassumiu-se orgulhosa de um pai que, aos 76 chegarmos onde chegámos”, reagiu, emocionado,anos, “trabalha com a mesma força de vontade”. Mário Correia. Para José Augusto Correia, o gestoE a esposa de José Augusto Correia agradeceu- “traz muitas responsabilidades e muita força”. Olhe os “sapatos lindíssimos” que trazia calçados, empresário agradeceu aos clientes, fornecedores,ao mesmo tempo que lembrou os sacrifícios fa- amigos, funcionários e à esposa, “que criou asmiliares de uma vida dedicada à empresa. “Tinha nossas filhas praticamente sozinha”. 37
O vice-presidente da câmara referiu-se aos “cores diferentes” e as vendas distinguiram-no.irmãos como “um exemplo de trabalho” e concluiu Transferiu esse olho inovador para um pro-que “a família é a base de tudo”. “É um projetofamiliar com bases muito fortes e talvez por isso jeto próprio com o irmão, Mário Correia, em 1979,tenha tanto sucesso”, disse Miguel Oliveira. ano em que fundaram a Helsar. Os dois empresários receberam várias Mais velho que o irmão, Mário Correia temlembranças do Rotary Club e retratos pintados 76 anos e foi empreendedor mais cedo. Fundou apelo membro rotário, Jorge Miguel. sua primeira empresa de calçado em 1968, depois de uma carreira em armazéns de solas e cabe- Biografias dais. Contudo, não foi no calçado que iniciou o ser percurso profissional. O primeiro emprego de Má- José Augusto Correia tem 65 anos e é na- rio Correia foi na Farmácia Lamar, no atendimentotural de S. João da Madeira. Começou a trabalhar ao público ou fazendo recados, tendo mesmo che-na Sidus, uma das melhores fábricas de sapatos gado a dar injeções.nos anos 60/70, onde diz ter tirado o seu “cursosuperior”. Numa era monocromática, foi ele que Mário Correia foi ainda diretor desportivodesafiou os seus patrões a lançar sapatos com na Associação Desportiva Sanjoanense na sec- ção de Futebol, de 1988 até 1990. Voltou ao cargo em 1999 que deteve até 2000.38
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Portuguese Shoes 2015 chega a mais de 150 paísesCampanha promove calçado e design de moda nacional A “Indústria Mais Sexy da Europa” lançou tou com a colaboração de designers portuguesesuma campanha e um calendário em grande for- como Alves/Gonçalves, Diogo Miranda, Hugomato cujos protagonistas são os modelos Sharam Costa, Nuno Baltazar, Nuno Gama e ValentimDiniz e Tiago Lobo. Quaresma. As 12 fotografias a preto e branco de Sharam Diniz e Tiago Lobo primam pelo de- A campanha Portuguese Shoes 2015 leva- sign e pela qualidade do produto português.rá de uma forma ainda mais sedutora os sapatosportugueses a mais de 150 países. A indústria do calçado tem uma presen- ça sólida em 70 certames internacionais e con- Esta ação promocional não só pretende tinua a apostar nas exportações que atingirampromover o calçado, como também o design de um novo máximo histórico.moda nacional. A indumentária dos modelos con-40
Embora o setor tenha consolidado a sua sua afirmação noutros mercados como a Chi-posição na União Europeia com um crescimen- na, Colômbia, Estados Unidos da América eto superior a 8%, este ano ficará marcado pela Turquia. 41
“What´s Up – Olhar a Moda”continua na RTP O “What´s Up – Olhar a Moda” chegou pela sempre, Sara Sampaio em Nova Iorque. Neste es-primeira vez, em abril passado, ao grande ecrã da paço televisivo com um olhar atento sobre a modatelevisão através da RTP2, RTP Internacional, houve ainda espaço para entrevistar os artistasRTP Informação, RTP Açores e RTP Madeira. musicais portugueses Camané e David Fonseca. O programa com formato mensal dá a co- A segunda temporada do “What´s Up –nhecer, durante 25 minutos, projetos nacionais Olhar a Moda” começou em fevereiro com inci-que estão na vanguarda de áreas como o calçado, dência sobre os blogues de moda portugueses,a moda e acessórios. a história do sapateado, as novas tendências da Cavalinho e a campanha “Portuguese Shoes As emissões do ano passado ficaram 2015”. O programa apresentado por Ana Viriatomarcadas em diferentes vertentes com diferen- marcou ainda presença na produção Vogue Itáliates personalidades. Um dos programas mostrou em Portugal, conversou com a fadista Cuca Ro-a entrevista a Ruben Alves, realizador da “Gaiola seta e com o apresentador Pedro Fernandes queDourada”, em Paris; um outro a entrevista a uma volta ao “5 para a Meia Noite”.das modelos portuguesas mais internacionais de42
Luís Onofre querloja nos Aliados O estilista e empresário de Oliveira deAzeméis pretende levar a sua marca mais alémno mercado nacional e internacional. Em Portugal as intenções são “replicar noPorto a experiência da sua loja na Avenida da Li-berdade, em Lisboa” com a abertura de “um espaçoidêntico na Avenida dos Aliados”, revelou ao Dinhei-ro Vivo. No entender do estilista, a Avenida dos Alia-dos “é o sítio ideal para criar um polo de luxo”. Além disso, o empresário está em modode “avançar com a abertura de lojas, em regimede parceria, em mercados africanos como Angola,Gana e Congo”. Contudo, só quando “a situaçãona Europa” ficar “mais definida” vai “franchisar amarca em alguns mercados africanos”. Entretanto, Luís Onofre não desiste domercado americano porque “foi um mercado paraa marca desde o seu arranque mas que perdeupeso com a valorização do euro relativamente aodólar”. “É um mercado difícil, mas que nos inte-ressa muito”, frisou o estilista ao Dinheiro Vivo. Aassinatura do Acordo de Comércio e Investimento(TTIP) entre a União Europeia e os Estados Unidosda América prevista em 2017 pode beneficiar emmuito as exportações das empresas portuguesas. A empresa de Oliveira de Azeméis que“exporta 93 a 95% do que produz viu as suasvendas afetadas pela instabilidade na Ucrânia ena Rússia, mercado que valia cerca de 30% dasvendas”, segundo o Dinheiro Vivo. Luís Onofre admitiu à mesma fonte que “dos130 a 140 clientes que tinha, resta uma vintena. Seique quando tudo isto terminar vão voltar”. Entre-tanto, “colmatámos a quebra na Rússia com outrosmercados. O norte da Europa está a funcionar bem,tal como a Bielorrússia, a Mongólia, o Cazaquistão,a própria China, apesar de ser um mercado com-plexo, a Austrália, a Coreia”, disse o empresário aoDinheiro Vivo. Confessou ainda que “podíamos es-tar no Brasil, só não estamos por causa do protecio-nismo absurdo. E estamos a apostar na América doSul, designadamente no Chile”. 43
60.211 pessoas visitaram a indústriasanjoanense O Turismo Industrial de SJM celebrou o 3.º pequena diferença de 288 visitantes entre 2013aniversário no dia 23 de janeiro com a apresenta- e 2014.ção dos seus resultados na Torre da Oliva. A Viarco é a entidade parceira mais visitada A ausência dos mais variados tipos de tu- com 24.498 visitas em três anos, que corresponderismo na cidade levou à criação do Turismo Indus- a 41 por cento do volume de visitas. Logo a seguirtrial. Um projeto que concretizou a pretensão de está o Museu da Chapelaria com 14.176, a Helsar“transformar” a indústria num “produto turístico”, com 5.774, a Evereste com 5.483, a Fepsa comdisse o presidente da câmara. 5.055 e a Heliotextil com 3.034 visitantes. A Corta- doria Nacional de Pêlo recebeu 841, a Academia A sua missão passa pela “promoção e con- de Design e Calçado 639 e o Centro Tecnológicosolidação da dimensão turística ligada à indústria, de Calçado de Portugal 594 pessoas através dopotenciando o desenvolvimento económico e so- Turismo Industrial.cial da cidade, e projetando-a nacional e interna-cionalmente”. A cidade sanjoanense recebeu durante três anos 24.389 pessoas de Aveiro, 17.090 do Porto, No âmbito do Turismo Industrial, o Circui- 4.354 de Coimbra, 4.094 de Braga e 2.771 de Vi-to pelo Património Industrial recebeu 60.211 pes- seu. Os dados apresentados indicam que Lisboa,soas durante os três anos. O número de visitas Viana do Castelo, Vila Real e países estrangeirostem aumentado com 12.740 visitantes em 2012, estão acima dos 1.000 visitantes. Já Bragança,23.591 em 2013 e 23.879 em 2014. Para Alexan- Castelo Branco, Guarda, Leiria, Santarém, Setú-dra Alves, técnica da câmara municipal responsá- bal e Ilhas estão abaixo dos 1.000 visitantes.vel pelo projeto, “os cortes nas escolas e as co-locações tardias dos professores” influenciaram a O presidente da câmara destacou que “é44
sempre importante constatarmos que as nossas maiselevadas expectativas elevaram-se”. Para este ano “pre-tendemos incluir mais empresas como parceiras” no se-tor das etiquetas e colchoarias e “aumentar o poder deatração das empresas”. Além de “conseguir mais empre-sas”, Ricardo Figueiredo quer “mais comunicação, que éessencial,” através do novo QREN. O município esperaainda aumentar o número de visitas, principalmente devisitantes de outros países. O presidente anunciou que “se compararmos oacréscimo de custo com o proveito, chegamos à conclu-são que o Turismo Industrial ao longo de 2014 pagou-se a ele mesmo”. Logo, o Turismo Industrial “não é umpeso para a câmara, para o erário municipal e não custadinheiro aos contribuintes porque é autossustentável”,afiançou Ricardo Figueiredo.A cidade é “um ícone europeu” no Turismo Industrial O Turismo Industrial “vive das visitas, das empre-sas mas principalmente através dos trabalhadores” por-que são “essenciais para esta oferta turística”. Por suavez, os visitantes são “a nossa essência e fazem estatorre vibrar todos os dias”, destacou Alexandra Alves. Para o futuro está delineada a entrada de novasempresas e ser membros fundadores da Associação Eu-ropeia de Turismo Industrial. Uma prova de que “S. Joãoda Madeira é um ícone europeu quando se fala em Tu-rismo Industrial”, frisou Alexandra Alves. A câmara sanjoanense tem também como metas“colocar um software para gerir as marcações” das visi-tas e criar “a Rede Portuguesa de Turismo Industrial quepermite conversar e partilhar informações e experiênciascom outras entidades”, avançou o presidente. A ideia éque nesta plataforma esteja concentrada toda a oferta deTurismo Industrial a nível nacional. 193 visitas em dois dias O Circuito Pelo Património Industrial recebeu du-rante os dias 22 e 23 de janeiro 193 visitantes. As visitaseram gratuitas no âmbito do 3.º aniversário do projeto. 45
Livro mostra a“Alma Portuguesa” O lançamento do livro “Portuguese Soul” a exportar 1,7 mil milhões de euros”, segundo oreuniu em novembro passado entidades ligadas iOnline. De acordo com a mesma fonte, a indústriaaos setores do calçado, moda, entre outros na de calçado portuguesa é sinónimo de “qualidadeCasa de Serralves no Porto. reconhecida e confirmada com níveis de exporta- ção que rondam os 95% para 150 países do globo O livro editado pela Associação Portugue- que posiciona Portugal enquanto referência nosa dos Industriais de Calçado, Componentes, Ar- design e uma mostra do que melhor se produz emtigos de Pele e seus Sucedâneos (APICAPPS) solo lusitano”.tem como intuito mostrar a “alma portuguesa” naprodução dos melhores sapatos do mundo, na “Qualidade ao invéscriação de moda e de design sempre aliados à da quantidade”qualidade. Um dos casos de sucesso é a marca Luís O “Portuguese Soul” é um livro em “for- Onofre cujas “exportações valem cerca de 97%”.mato de álbum fotográfico” cujo interior contém A produção dos sapatos do estilista é “totalmen-“editoriais de moda publicados nos últimos seisanos e ajuda a explicar como o setor fechou 201346
te assegurada em Portugal” devido ao facto de do pela APICCAPS junto das empresas e dos“a marca ter nascido no seio da Conceição Rosa empresários. Afiançou ainda que “todos reco-Pereira – uma fábrica de calçado que pertence à nhecem que este reposicionamento do calçadominha família há três gerações”. Por esta razão, nacional está ligado a inúmeras ações desen-“não faria sentido distanciar a produção para o ex- volvidas” pela APICCAPS.terior”, disse Luís Onofre ao iOnline. De “imagem medíocre” A conquista portuguesa de segundo pre- a “altamente positiva”ço mais caro de calçado do mundo, o primeiropertence a Itália, só foi possível porque “temos Um dos nomes sonantes na indústria doum mercado que apostou na qualidade ao in- calçado português é o Grupo Kyaia que detémvés da quantidade”, constatou Luís Onofre. O as marcas “Fly London” e a “Softinos” com “umempresário reconheceu o papel desempenha-
volume de negócios de 55 milhões de euros, em- disse a mesma fonte.prega 600 trabalhadores e tem uma percentagem Fortunato Frederico assumiu que “as ven-de 90% de exportação”. O grupo empresarial estápresente noutras áreas como “distribuição, retalho das são muito boas em ambos os mercados –in-e também tecnologias da informação”, segundo o terno e externo. A marca vendia cerca de três miliOnline. pares em 1984 e, em 2014, vende um milhão de pares”. “Em 1984 estava em apenas um e, atual- Frederico Fortunato, presidente do grupo mente está representada em 60 mercados”, recor-Kyaia, confessou que “a Fly London surgiu por um dou o empresário ao iOnline.golpe de sorte por estar no lugar certo na horacerta e tomar a decisão no segundo seguinte A loja aberta em Nova Iorque “está em tes-constituindo os ingredientes que asseguraram o te há cerca de dois meses e está a exceder assucesso”. expectativas”. As próximas intenções de investi- mento estão centradas no “Dubai, Angola, Coreia De acordo com o iOnline, Fortunato Frede- do Sul e Tailândia”, avançou Frederico Fortunatorico “hoje é dono de um império mas começou a ao iOnline.trabalhar aos 14 anos como operário, numa fábri-ca onde varria o chão”. Na opinião do empresário, a indústria de calçado portuguesa começou por ser encarada Atualmente, o empresário é “dono de cinco como “um setor com uma imagem medíocre” evo-fábricas, a rede multimarca Foreva e Fly London luindo para “um setor com uma imagem altamentee de mais de 80 lojas espalhadas pelo mundo”, positiva capaz de atrair vários olhares globais”. Luís Onofresob um céu azul48
A coleção de calçado e marroquinaria que chos, atacadores ou os habituais cristais da Swa-o estilista oliveirense Luís Onofre idealizou para a rovsky.primavera/verão 2015 leva-nos numa viagem “Un-der The Bluest Sky On a Silky Road”. Ilustrando a influência de uma viagem para horizontes longínquos, a campanha foi fo- O azul destaca-se, acompanhado pelos tografada por Frederico Martins e protagonizadatons nude e pêssego, antecipando a força de um pela modelo Joana Ogura (We are Models) , comverão que se quer sensorial e tentador. styling de Fernando Bastos Pereira, maquilhagem de Patrícia Lima e hairstyling de Rui Rocha. A pro- Saltos rasos assumem a tendência falso dução foi realizada no espaço Memmo Alfama dochinelo e os saltos altos enaltecem os tornozelos Design Hotel, em Lisboa.pelos pormenores em metal, pele recortada, fe- 49
Aerosoles abre lojas em Barcelona e ParisA empresa quer “começar a expansão da rede de lojas em 2016”, disse o presidente Fernando Brogueira ao Dinheiro Vivo A Move On é detida em 51% pela empre- “uma faturação de 17 milhões no segmento in-sa indiana Tata que frui de licença de produção e dustrial, mais 55%, e, no retalho as vendas ultra-comercialização da marca Aerosoles na Europa e passaram cinco milhões, um aumento de 30%”,na Índia. informou o Dinheiro Vivo. A empresa pretende “apostar na expansão Na visão de Fernando Brogueira, presiden-da rede de lojas depois de concluído o processo te da empresa, “com menos seis lojas num grupode consolidação”, segundo o Dinheiro Vivo. de 26 é um crescimento significativo” que permitirá “começar a expansão da rede de lojas em 2016”. A Move On terminou o ano de 2014 com50
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