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revista labor 30 anos

Published by anapaiva, 2018-05-29 12:13:43

Description: Revista dedicada ao 30.º aniversário do jornal labor - maio de 2018

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Era uma vez a Cooperativa de panhado de António Ferreira da fez mais nada, e instalou-o no sótão Uma das entrevistas históri-Radiodifusão Serra Mar que trans- Silva e Marques Pinto, eleitos pelo da câmara onde é hoje os Paços da cas da rádio Serra Mar foi a Máriomitia emissões regulares da Rádio CDS-PP, Fernando Mariano e Pedro Cultura. A malta jovem colaborava Soares, na qualidade de Presidente(pirata) Serra Mar e o jornal Serra Silva pelo PS (este em substituição toda um bocado”, contou Pedro da República, durante uma visita aMar que ao fim de três edições pas- de Eduardo Duarte que renunciou Silva. A seguir criou-se a Coopera- 16 de maio de 1986 a S. João dasou a chamar-se jornal labor. ao mandato), Manuel Pais Vieira, tiva de Radiodifusão Serra Mar que Madeira. “Na altura andava-se a pelo PSD, e Jorge Cortez, pela APU. passou a utilizar aquele emissor discutir a eventual legalização de Tudo começou corria o ano de “Os sete deram-se sempre muito público. Ora, a rádio do sótão dos rádios piratas. Eu, em conversa1985. Manuel Cambra tinha acaba- bem a partir do momento em que Paços da Cultura passou para uma com o Carneiro Jacinto, assessor dodo de ser eleito, pela primeira vez, o Cambra percebeu que não tinha sala na Casa do Rei da Farinha, Mário Soares, quando ele visitou opresidente da Câmara Municipal maioria. Aquilo começou a correr onde também chegou a estar insta- Centro de Arte, disse que havia alide S. João da Madeira através das bem. Conversávamos antes. Aquela lado o Centro de Arte de S. João da uma rádio. O assessor disse logo:primeiras eleições intercalares, na foi a melhor câmara em que tudo Madeira. O nome da rádio – Serra nem penses em levá-lo a uma rádioaltura, provocadas pela “queda” era aprovado por unanimidade”, Mar – também teve algum, se não pirata, é um escândalo nacional. Odo executivo anterior. Um processo contou Pedro Silva, diretor do labor todo, contributo de Manuel Cambra. Mário Soares ouviu e disse: o quê,eleitoral do mesmo género só se re- e vereador pelo PS naquela altura. uma rádio? Vamos lá ver”. E a provapetiu nas eleições intercalares de 24 “Acho que foi o próprio Cambra desse acontecimento histórico estáde janeiro de 2016. Uma das ideias de Manuel que dizia que S. João da Madeira era publicada na edição número zero Cambra foi criar uma rádio em um núcleo muito importante e o de- do Jornal Serra Mar. A entrevista Nessa altura, a câmara era com- S. João da Madeira. “A câmara com- senvolvimento devia-se ao facto de realizada por Pedro Silva e Manuelposta por quatro partidos. O presi- prou de facto um emissor, mas não ficar na confluência de duas grandes Tavares, trabalhador na câmara dadente Manuel Cambra estava acom- vias de circulação que era a Estrada Feira e colaborador num dos jornais Nacional entre Porto e Lisboa e a feirenses e n´O Regional, foi “mui- outra que era o interior ao mar que to engraçada porque o Mário Soa- vinha de Vale de Cambra/Arouca res disse que as rádios locais eram para o mar. Um cruzamento que fez muito importantes e era preciso com S. João da Madeira se desen- legalizá-las”, contou Pedro Silva. volvesse e ficasse entre a serra e o Esta mesma entrevista viria a ser mar”, explicou o diretor do labor. difundida pelos órgãos de comuni- cação nacionais que acompanha- “Portanto, o Cambra teve essa vam o Presidente da República. Por ideia, não sei se alguém a deu an- acaso, ou nem por isso, “nesse dia tes, mas foi ele que a apresentou o Governo, que era do Cavaco Silva, como tal. Ele achou que Serra Mar emitiu um comunicado a dizer que era uma coisa bonita. Então fizemos estava já a preparar uma lei para uma cooperativa chamada Serra legalizar as rádios locais”, contou o Mar e tentámos legalizar a rádio diretor do labor. que era pirata”, completou Pedro Silva. 1988 - 2018 25 de maio 2018 49

A legalização dasrádios locais A certa altura criou-se um pro- onde funcionava em simultâneo de adaptação ao longo de três me- galizar duas emissoras”, recordougrama informativo na rádio Serra com o jornal labor. ses para ter “estúdios, régie, secre- Pedro Silva, sobre este que consi-Mar. O programa era “muito engra- taria e outros espaços fundamentais dera ter sido um processo marcadoçado e tinha muita imaginação. Era “As anteriores instalações, ce- ao funcionamento de uma empresa por contornos pouco claros. “Deveà quinta à noite, o nome era ‘quinta didas pela câmara municipal em de comunicação social, tendo em ter sido assim trafulhices no paísà noite’, uma imaginação tremenda 1985, aquando do início da activi- vista a criação, desde já, das condi- inteiro. Hoje agradeço aos trafulhas.(risos). Era eu e o Manuel Tavares na dade da RSM, e que eram constituí- ções que serão exigidas pela futura Tinha sido uma carga de trabalhosparte da informação e o António Ma- das por uma sala com cerca de 25 legislação sobre o Licenciamento sempre para os mesmos”, reagiunuel Correia na gestão da música”, metros quadrados, de há muito que das Rádios Locais”, citando a mes- quando questionado sobre a possi-recordou Pedro Silva. se vinham revelando insuficientes ma notícia. bilidade de ainda hoje poder existir para albergar a grande equipa que a rádio. O programa informativo tinha a tem vindo a fazer as 24 horas diá- Quando aparentemente todasduração de duas horas e era preen- rias de RSM. Além disso, com o apa- as condições estavam reunidas A Rádio Serra Mar teve a suachido por entrevistas a políticos, recimento do jornal, era imperioso para que a rádio pirata passasse a última emissão a 23 de dezembroassuntos do momento, até chegou criar condições mínimas de trabalho ser uma rádio legal, digamos assim, de 1988 no Auditório Municipal.a realizar um debate entre os candi- para todos”, lê-se no artigo “Os alguém, chamemos-lhe destino, vol- Os fundadores da Cooperativa dedatos à câmara. novos estúdios da Rádio Serra Mar” tou a tro car-lhes as voltas. Radiofusão Serra Mar eram Manuel publicado na edição de 15 de março Correia, Noé Oliveira, Luís Cambra, “Nessa altura, apareciam lá dois de 1988 do jornal labor. “Tínhamos tudo para fazer uma Paulo Araújo, Pedro Silva, Benjamimamigos, o Daniel Neto e o Mário rádio, mas ficámos em último entre Maia e Joaquim Milheiro.José, que iam tomar café à Praça, O novo espaço esteve em obras1988 - 2018 quatro ou cinco candidatos para le-compravam O Regional que saia àquinta-feira e levavam-no debaixo dobraço”, lembrou Pedro Silva. Até que“um dia olhei para aquilo (o jornal)e disse está aqui uma ideia porqueouvíamos os títulos dos jornais quesaíam no dia seguinte nas rádios na-cionais. E fizemos o mesmo. Chegá-mos a levar ao programa o professorManuel Ismaelino que era o chefe deredação d´O Regional”. Pouco tempo depois, uma novaideia. “Estamos aqui a fazer umprograma de rádio que era muitointeressante do nosso ponto de vis-ta, mas ia para o ar e desaparecia.Pensámos que estávamos a fazer coi-sas interessantes para a história deS. João da Madeira e devíamos pas-sar isto para escrito. Vamos fazerum jornal”, disse espontaneamentePedro Silva. E fizeram. A edição zero do jornal SerraMar saiu para as bancas a 6 de fe-vereiro de 1988. A terceira ediçãode 18 de março de 1988 saiu pelaúltima vez com o nome de Serra Mar. Entretanto, a rádio Serra Marmuda de instalações para a Rua daLiberdade, n.º 137, 4.º esquerdo, aolado do Cinema Imperador na altu-ra, atualmente Casa da Criatividade, 25 de maio 2018 50

“Aceitamos bemos dos nossos leitores dão- questões logísticas como criar e “Nós éramos muito corajo-conselhos de -nos garantias de que esta será colar as etiquetas, levar o jornal sos e persistentes e muito luta-quem já fez mais uma aposta para vencer”. aos correios para ser distribuído e dores sempre”, concluiu aquelemelhor e não de impedir que o jornal ficasse qua- que agora é o único proprietárioquem diz saber O jornal continuava a ser se esquecido em determinados do labor. Uma luta de coragem,mais” prematuro, mas conseguiu vin- pontos de venda”, referiu Pedro persistência e resistência com 30 gar, “...apesar das dificuldades Silva. anos. Os primeiros jornais contaram de conquistar público e todas ascom a colaboração de muitos, osseguintes começaram a contar commenos, acabando por ser PedroSilva, diretor, e Daniel Neto, diretor--adjunto, a construir o jornal de fioa pavio. “Começámos a cansar-nos deexcesso de democracia crítica epouca democracia participativa”,afirmou Pedro Silva, chegando aafixar um cartaz com a frase “acei-tamos conselhos de quem já fezmelhor e não de quem diz sabermais” na sede antiga perto do ci-nema. Mais tarde, o jornal laborpassa a ser gerido por uma socie-dade constituída por Pedro Silva,Daniel Neto e Manuel Correia. A periodicidade passa dequinzenal a semanal na edição de1 de abril de 1996. Um destaquedigno de primeira página, ondese lê: “A partir de hoje o laborestá em casa dos leitores todasas semanas. A aquisição de equi-pamento informático adequadoe o reforço de ‘material’ huma-no permitiram que o labor, napassagem do seu 8.º aniversário,pudesse concretizar uma velhaaspiração da direção: tornar-sesemanário. A procura crescen-te do nosso jornal e as palavrasconstantes de estímulo que rece- 1988 - 2018 25 de maio 2018 51

Benjamim Maiafoi quem sugeriuo nome labor A história da mudança de nome lavra labor. Na altura, era um nome da vida de empresários da nossa sempre que recebia coisas novas te-do jornal já foi contada, mas nada mais sonante”, recordou Benjamim cidade, bem como dos ramos que re- lefonava-me. A música sempre foi amelhor do que ouvir os testemunhos Maia, também colaborador na rádio. presentam”, lê-se na notícia “Clube minha desgraça” no bom sentido dade quem esteve presente nessa to- do Empresário – Um novo programa palavra, confessou Benjamim Maia.mada de decisão. O Clube do Empresário, dirigido da RSM” publicado na edição de 15 por Benjamim Maia com a colabora- de março de 1988 do labor. Quando a rádio encerrou, a sua Num encontro entre os cola- ção de Carlos Lopes, passava sem- colaboração continuou através daboradores do jornal para decidir pre às terças-feiras, das 20h00 às O primeiro programa contou escrita de crónicas satíricas no jornalum novo nome, “o Benjamim Maia 22h00, na Rádio Serra Mar. “Levava com a presença de Jorge Martel e labor. Além disso, “nos primeiroslembrou-se de labor por estar no sempre um empresário ao programa. o segundo com Joaquim Tavares números juntávamo-nos à noite comsímbolo da cidade. Não gostei muito Geralmente púnhamos a música que Fernandes. Benjamim Maia tinha as mulheres e tudo para fazer asda ideia, achei piroso, na altura, mas eles pediam”, relembrou Benjamim um outro programa em que passa- moradas para as etiquetas que eramficou”, recordou Pedro Silva. Maia. va música. “Comprava os discos a coladas nos jornais que eram neces- um rapaz que trabalhava na disco- sárias para distribuição”, relembrou Nesse encontro, “eu sugeri “La- O objetivo era “levar ao conhe- teca Grafonola na Vila da Feira. Ele Benjamim Maia.borão” que se aproximava mais do cimento do grande público aspectosnome no brasão, depois o BenjamimMaia sugeriu “Labor”, o que aca-bou por ficar”, corroborou DanielNeto. A seu ver, labor acabou porser “a melhor escolha e a escolhacerta porque tem tudo a ver coma cidade, as gentes de S. João daMadeira e com a condição de to-dos aqueles envolvidos no jornalque era o trabalho que era gratuito,ninguém ganhava dinheiro, éramostodos colaboradores por amor à ca-misola”. Uma vez que Serra Mar nuncafoi propriamente um nome que fosseao encontro do seu gosto, BenjamimMaia aproveitou a oportunidade deterem de mudar de nome para su-gerir labor. “Lembrei-me de laborporque era uma palavra que estavaem todos os artigos antigos de jor-nal e o emblema da cidade tem a pa- 1988 - 2018 25 de maio 2018 52

Aspetos. Positivo:“reconhecimentodo meutrabalho”.Negativo:“conviver com aincompreensãode muitaspessoas, regrageral ligadas àpolítica” A ligação de amizade de Daniel uma senhora que os batia e era fo- geral ligadas à política”, destacou “Um livro feito em tempo recorde,Neto a Pedro Silva levou a que fos- tografado para fazer os fotómetros Daniel Neto. um ano, qualquer coisa que tivessese convidado por ele para colaborar, ou fotolitos. Não havia corretor e corrido menos bem está desde jáprimeiro, no jornal Abril, e, depois, muitas vezes com a pressa a bater A notícia que mais marcou foi desculpada. Uma satisfação muitono jornal labor. saía cheio de gralhas”, recordou o incêndio no Palacete dos Con- grande. Um dos livros mais requi- Daniel Neto. des, tendo sido o único jornalista, sitados na biblioteca escolar onde “Não fazia parte da rádio, mas não profissional, mas com cartão trabalha a minha mulher. Um sinaltinha lá muitos amigos, aparecia “Uma experiência com mais equiparado a jornalista, a estar de que é importante”, salientou olá à noite durante as emissões. Ele aspetos positivos do que negativos nas primeiras horas do incêndio. professor agora aposentado.convidou-me para a direção, dire- pela relação que mantive com as “Fiz a cobertura jornalística toda.tor-adjunto do jornal, tinha acaba- pessoas de S. João da Madeira, pelo Até fizemos uma edição especial “A partir de 2005 passei a nãodo a minha licenciatura há pouco reconhecimento do meu trabalho, porque a periodicidade era quin- ter a mesma disponibilidade e sentitempo e tinha disponibilidade que considero que foi um trabalho zenal”, destacou Daniel Neto. Um que era o momento para sair. Tinhaporque lecionava à noite”, relatou sério, depois como aspetos nega- dos trabalhos que deu mais gosto outros projetos a que me queria en-Daniel Neto ao labor. tivos ter de conviver com a incom- de fazer foi o livro dos 75 anos da tregar a tempo inteiro”, expressou preensão de muitas pessoas, regra ADS em coautoria com Pedro Silva. Daniel Neto. A experiência de jornalista atempo inteiro no jornal labor du-rou 18 anos, continuando a daraulas de Português e Francês à noi-te. Acabou por ser um “faz tudo”desde as notícias, juntamente comPedro Silva, até à paginação, ilus-trações, publicidades, palavras cru-zadas e entrega na gráfica. “Tivede aprender tudo, como funciona-vam as coisas, muitas vezes levavaos textos manuscritos e depois era 1988 - 2018 25 de maio 2018 53

1988 1990 19911988 - 2018 1988 na rua da liberdadeA evolução 1988 - 2018do labor 25 de maio 2018 As primeiras instalações da rádio Serra Mare do jornal labor foram na Rua da Liberdade, 54n.º 137, 4.º esquerdo. A seguir o jornal labor passou para o 3.ºandar do prédio na Rua 5 de Outubro, por cimado supermercado “Novo Horizonte” (hoje umaloja de móveis usados), com entrada do lado doMercado. As instalações eram “espetaculares”,mas “não tinham elevador”, recordou Pedro Sil-va, “o que dificultava o acesso principalmente àspessoas menos jovens que gostam de passar pelojornal”. As terceiras instalações foram na Rua CamiloCastelo Branco em frente ao infantário IOS . O jornal mudou-se depois para o n.º 19 daRua Dr. Maciel junto à estação do comboio. Nestaaltura também mudou de cabeçalho. A última transferência de instalações foi parao n.º 93 da Rua Oliveira Júnior. O primeiro cabeçalho do labor foi aqueleque apareceu desde a edição de 1 de abril de1988, sendo substituído por um novo a partirda edição de 1 de abril de 1990. Já o terceirocabeçalho deste jornal aparece um ano depoisna edição de 1 de abril de 1991. Tendo sido esteúltimo, o cabeçalho que perdurou mais tempo nacapa do labor. Mais precisamente, 12 anos. Umquarto cabeçalho foi adotado a partir da ediçãode 1 de janeiro de 2004. O último cabeçalhofoi escolhido através do concurso, lançado pelopróprio jornal, “Um cabeçalho para o labor”. Ovencedor foi o jovem Hugo Costa. O cabeçalhoeleito é usado desde a edição de 4 de setembrode 2008 até então pelo labor.

2004 20081997 na rua 5 de outubro 2003 na rua camilo castelo branco 1988 - 2018 25 de maio 2018 55

2008 na rua dr. maciel 2013 na rua oliveira júniorHUGO COSTA, AUTOR DO ATUAL LOGÓTIPOSabia que... “Fomos os primeiros a ter “A primeira impres- uma máquina digital, com o sora que comprámos era símbolo da maçã da Macin- a laser que custou dois tosh e um mega e qualquer mil contos, mas era topo, coisa, mesmo a nível nacio- topo”, contou Daniel nal”, recordou Daniel Neto Neto. que começou por trabalhar com uma máquina fotográfica “Nós comprámos três de marca Zenit de origem rus- tipos de letras e pagámos sa, passando a uma Pentax e 14 mil escudos”, relem- a uma Nikon, tendo com esta brou Daniel Neto. trabalhado na maior parte das vezes ao longo dos 18 anos. PRIMEIRO MAC 1988 - 2018 25 de maio 2018 56

“A primeira pen “Quando jornal era feitoque tivemos mandei (composição/maquetagem)vir dos Estados Uni- n’Voz de Azeméis, o senhordos da América com que fazia a entrega dos jor-64 megas. O pacote nais aos correios, pegou nosfoi aberto na alfân- jornais, deixou a mala abertadega e só cá chegou e perdeu metade dos jornaisuma”, contou Daniel pelo caminho. Há um jornalNeto. que aparece como fotocó- pia nos arquivos porque não tínhamos um original. Uma situação caricata”, revelou Daniel Neto. 1988 - 2018 25 de maio 2018 57

“Hoje em dia Longe vão os tempos em que como o responsável da gráfica tinhaé só carregar Pedro Silva e Daniel Neto faziam o sido pressionado para recusar a im-numa tecla”, labor, numa sala perto do antigo pressão deste jornal. Esse episódiomas nem Cinema Imperador, onde chegou a tinha-o marcado e o destino levou-sempre foi funcionar a rádio Serra Mar, da forma -o, mais tarde, a ser o responsávelassim como sabiam e podiam. Limitados pela impressão do labor, o que lhe pela inexistência de recursos huma- agradava imenso. Uma história que nos e técnicos. ficará para ser contada em próximo aniversário. Pedro Silva recorda-se de com- prarem papel de cenário, cortarem Os primeiros números acabaram as folhas do tamanho do jornal e de, por ser feitos na Grafestal, Gráfica “virados de ‘rabo’ para o ar, numa de Estarreja. Mais tarde, o labor foi sala que lá tínhamos, pegarmos nos também impresso n’ A Voz de Aze- textos batidos à máquina e dizermos méis, Beirastexto, FIG, estando neste ‘aqui vai ficar o texto, ali uma foto- momento a trabalhar com o Diário grafia e/ou um anúncio’”. “E quando do Minho. tivéssemos um pacote para fazer um jornal, fechávamos as páginas, me- Primeiro tíamos lá as coisas dentro e íamos computador a uma gráfica para fazer o jornal”, custou “dois mil contou ao labor. contos” Naquela altura, “havia pouca Pedro Silva lembra-se do primei- gente a colaborar e muita a criticar”. ro computador do labor, adquirido Aos poucos os que colaboravam com apoio do Estado: “Comprámos eram cada vez menos e acabaram um MAC. Esse computador, com uma por ficar só os dois, “com o meni- impressora, custou dois mil contos no nos braços”. Depois “juntou-se [10 mil euros], valor com que hoje a nós o Manuel Correia”. Foram compraríamos para aí uns oito com- os três que, aliás, num certo dia se putadores, não sei”. deslocaram a uma gráfica de Oliveira de Azeméis, “de um senhor que se “A partir daí as coisas melho- chamava Eduardo qualquer coisa”, raram. O jornal passou a ser sema- para imprimir o primeiro labor, na nário. Foi uma iniciativa arriscada, gráfica do “Correio de Azeméis” o mas lá passou. Depois, e em boa que, “por influência de terceiros”, hora, tivémos o privilégio de poder não aconteceu. contratar jornalistas com carteira profissional, sendo esta uma con- Aquando do 4.º aniversário, no dição para ter direito aos incentivos jantar comemorativo em que esteve estatais”, relatou, dando nota ainda presente o tipógrafo de “A Voz de do quão era difícil a distribuição do Azeméis” onde o jornal já era im- periódico. presso, o senhor em causa contou por que gostava muito do labor. Porque tinha assistido, enquanto trabalhador do “Correio”, à forma 1988 - 2018 25 de maio 2018 58

“Parecia quase o assinantes. Atualmente “é uma má-Avante” quina que faz isso. Mas naquela altu- ra tínhamos de passar as etiquetas à “Como não tínhamos merca- máquina em folhas. Depois tínhamosdo, [a distribuição] foi das maiores que as colar nos jornais depois de osdificuldades que tivemos”, referiu, dobrar. Numa primeira fase éramosacrescentando: “Tínhamos de arranjar nós a fazê-lo”.assinantes e sítios onde o vendes-sem. Alguns destes (tabacarias) não Pedro Silva adiantou ainda queo queriam vender, porque recebiam se revezavam “para levar o jornal aospressões para não vender uma coisa correios às seis da manhã”. Sim, por-que ia desestabilizar o ‘status quo’ vi- que “a gráfica deixava-nos o jornalgente. No início até havia tabacarias e éramos nós que o levávamos aosque colocavam os jornais debaixo do correios”.balcão para ninguém ver”. Entretanto, “comprámos outro De acordo com Pedro Silva, na- computador e outra impressora,quela época, o labor “parecia quase também com o apoio do Estado” eo Avante, o chamado Avante depois uma máquina de fotolitos. “Nessado 25 de Abril”, porque “as pes- altura tínhamos de levar as pági-soas tinham de perguntar se tinha o nas a Coimbra, de carro”, afirmou,labor”. “Foi uma luta contínua, prosseguindo: “Até chegar ao mo-como ainda é hoje”, sublinhou. mento em que conseguimos criar alguma solidez e criámos condições Ainda a propósito de “dificulda- técnicas e tecnológicas. A própriades”, o diretor mencionou “questões tecnologia acabou por simplificar astécnicas e tecnológicas” como colar coisas”. “Hoje em dia é só carregaras etiquetas com os endereços dos numa tecla e o jornal está na gráfi- ca”, reforçou a ideia. 1988 - 201825 de maio 2018 59

impressão do jornal na atualidadeMÁQUINA DE REVELAÇÃO DOS FOTOLITOSlabor deixou de xar de ser necessário imprimir fotoli-usar fotolitos tos”. “Agora através de um ficheiroem 2008 PDF que enviamos para a gráfica eles imprimem diretamente em chapa”, A nossa reportagem falou, igual- explicou Ana Paiva.mente, com Ana Paiva, colaboradorado labor há já 20 anos. É ela que, O fim da “era fotolitos” no la-com Rui Pedro Guilherme, pagina o bor remonta a 2008, ano em que,jornal nos dias de hoje. concretamente no mês de setembro, o semanário também mudou tam- “Desde os tempos em que iam bém de instalações (da rua Camilolevar os fotolitos (páginas do tama- Castelo Branco para a rua Dr. Maciel)nho A3) de carro a Coimbra até ago- e de cabeçalho.ra, em termos de paginação mudou osoftware e a capacidade tecnológica O facto de ter deixado de usarmas o que mudou muito foi a rapidez fotolitos trouxe ganhos ao jornal.com que, diretamente da redação, se “Houve nitidamente uma poupan-passa o jornal à gráfica”, disse, avan- ça de recursos, porque deixámos deçando, de seguida, que “a diferença comprar filme, líquidos, de pagar tan-mais significativa que houve foi dei- ta eletricidade e poupámos em por- tagens, gasóleo e tempo”, garantiu a responsável pela maquetagem e pelo grafismo do labor. 1988 - 2018 25 de maio 2018 60

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“Temos O primeiro aniversário do labor Altura, pois, para lhes cantar ma da Comunicação Social da nossapena de não foi assinalado de forma antecipada e os “Parabéns a Vocês” que, como cidade”, mas “não tem sido uma ta-poder fazer modesta com um texto na primeira leitores assíduos que são, nos vão refa fácil”, indicam Pedro Silva e Da-uma edição página da edição de 24 de março de continuar a exigir (esperamos nós) niel Neto, diretor e diretor-adjunto,especial de 1989 que na altura ainda era quin- cada vez maior qualidade no jornal respetivamente.aniversário” zenal. que fazemos quinzenalmente (para já). Contamos convosco. E que o 1º “Quem estiver, de algum modo, “Temos pena de não poder fazer de Abril (Dia dos Enganos) nunca ligado a iniciativas do género – boas uma edição especial de Aniversário. seja o dia do nosso engano. Até ao ou más - entende perfeitamente a di- Lá isso temos. Mas o tempo é de aus- ano!!!...”, lê-se nessa edição. ficuldade com que a Imprensa Regio- teridade e nós desejamos ajudar o nal se debate semana após semana, Sr. Ministro Cadilhe a salvar a situa- O segundo aniversário foi as- edição após edição, para conseguir ção. Daí que não queiramos con- sinalado com um texto na primeira apresentar aos seus leitores um pro- tribuir para o aumento da inflacção página, mas com o anúncio de que duto final que não envergonhe quem através da Rúbrica de Serviços.... terá um novo cabeçalho. o faz e não desiluda quem o lê.Temos Por isso nos ficamos por aqui. Temos tentado – se bem que nem sempre mesmo 1 ano e pronto. O labor foi criado com o intuito tenhamos conseguido – apresentar- de “enriquecer e dinamizar o panora- 1988 - 2018 25 de maio 2018 62

PEDRO SILVA E DANIEL NETO COM MANUEL CAMBRA E O COMANDANTE JUNQUEIRA (PSP) E UMA VISÃO GERAL DA SALAÀ ESQUERDA CARLOS LOPES, LUÍS CAMBRA E DR. RENATO FIGUEIREDO COM O JOVEM JORGE SEQUEIRA (ACTUAL PRESIDENTE DACÂMARA) EM 2.º PLANO. À DIREITA MANUEL CAMBRA-vos periodicamente um jornal com de si próprios e aceitamos mesmo restaurante Mutamba. comandante Junqueira, Carlos Lo-interesse, vivo, com diversidade de que façam desta teoria astrológica “Tratou-se de uma oportunida- pes, em nome da rádio Informédia,opinião, insubmisso a qualquer tipo a sua pública divulgação. Mas não e Ângela Amorim pela “A Voz dede poder e a qualquer tipo de ideo- aceitaremos – como não aceitamos de para juntar aqueles que, com a Azeméis”. Tomaram da palavra ologia e/ou interesse partidário, por nestes dois anos já vividos – ser cul- sua colaboração isolada, permitem comandante Junqueira, Fernandovezes irreverente, mas apologista do pabilizados pelo facto de se vir a des- que o labor se transforme quinze- Mariano, José Manuel Moita, o ti-bom senso e da pacificação. Alguns cobrir, mais cedo ou mais tarde, que nalmente num trabalho conjunto pógrafo Sr. Coelho, os representan-destes princípios têm-nos provocado, o Mundo, afinal, não gira DE FACTO dos que defendem uma informação tes da Informédia e d´A Voz de Aze-por vezes, débitos de incompreensão em torno de determinadas ´perso- diversificada em temas e opiniões”, méis, Manuel Correia e Pedro Silva.que, em certas ocasiões, assumem nalidades´, mas sim em volta do informou na altura o labor. O colaborador Magalhães dos San-dimensão e comportamentos menos Sol!!!...”, deu a conhecer o texto tos aproveitou o momento pararecomendáveis. Cumpre-nos apesar assinado pelos responsáveis deste De entre os presentes, a des- contar anedotas, António Martinsde tudo, ser compreensíveis para jornal sanjoanense. tacar Pedro Silva, diretor, Daniel declamou poesia e Manuel Almei-com determinados exageros egocen- Neto, diretor-adjunto, Manuel Cam- da cantou o fado, acompanhado detristas. Compreendemos que alguns O 3.º aniversário do labor foi bra, presidente da câmara, Nuno Benjamim Maia à viola e Joaquimpensem que o mundo gira em redor assinalado com um jantar comemo- Vieira, vereador, Fernando Mariano, Godinho à guitarra. rativo a 28 de março de 1991 no vereador, Manuel Correia, adminis- trador do labor, a PSP através do 1988 - 2018 25 de maio 2018 63

FAUSTO CORREIA E ARONS DE CARVALHO NA SESSÃO COMEMORATIVA DO 4.º ANIVERSÁRIONO JANTAR DO 4.º ANIVERSÁRIO, COM A PRESENÇA, ENTRE OUTROS, DE CARLOS COSTA E AURELIANO MAGALHÃES“A maior e mais A iniciativa subordinada ao tema da Faculdade de Ciências Sociais e por se ter ‘atirado’ do comboio”. Jáinteressante “Comunicação Social/Imprensa Re- Humanas da Universidade Nova de as fotografias de arquivo do laboriniciativa gional” contou com a participação Lisboa, tiveram a oportunidade de “permitiram ´conhecer´ o quotidianorealizada até de Arons de Carvalho e Fausto Cor- abordar a temática da imprensa re- da cidade através do registo de diver-hoje em S. João reia. Sendo mais tarde descrita como gional inserindo-a na temática mais sos acontecimentos mais ou menosda Madeira “a maior e mais interessante iniciati- vasta da comunicação social em ge- importantes, desde as visitas eleito-no âmbito da va realizada até hoje em S. João da ral”, continuou a mesma fonte. rais de Mário Soares e Cavaco Silvacomunicação Madeira no âmbito da comunicação até às fotografias inéditas e únicassocial” social”, lê-se na edição de 17 de abril A segunda iniciativa associada do incêndio no Tribunal passando de 1991 do labor. ao aniversário do jornal sanjoanense por diversos acontecimentos de or- O 4.º aniversário foi assinalado foi uma exposição de fotografia no dem desportiva e social”.com um encontro/debate, no dia 3 de “Perante um público que ex- edifício a sul da Praça Luís Ribeiro.abril, no Clube “Labor Sanjoanense”. cedeu em número a capacidade de A exposição de fotografia dava a lugares sentados proporcionada As fotografias de Carlos Costa conhecer ainda fotografias aéreas de pela excelente sala do clube “Labor “proporcionaram a agradável sen- S. João da Madeira da autoria de Gui- Sanjoanense” e que demonstrou um sação que é sempre a de revisitar lherme Vieira, dos alunos do Centro de efectivo interesse pelos temas em S. João da Madeira dezenas de anos Arte, do “Estúdio Almeida” e da “Foto debate, o Dr. Fausto Correia (ex-ad- atrás e rever figuras como Durbalino Mimi”. As comemorações do quarto ministrador da RDP e recentemente Laranjeira a jogar damas com o Ti aniversário terminaram com jantar no nomeado administrado da Lusa, e Chico Folheteiro sob os olhares aten- restaurante “O Executivo” com diver- o Dr. Arons de Carvalho, assistente tos do Dr. Milheiro e do Inocêncio sos colaboradores e amigos do labor. Leal – ainda com o pé ‘engessado’ 1988 - 2018 25 de maio 2018 64

“labor revista” A “Lanterna” Os 25... do labor O 10.º aniversário do labor foi A edição e aniversário do 25.º ani-promovido com uma série de acon- O Dia das Mentiras, 1 de abril de 2008, e o versário contou com o testemunho dotecimentos, dos quais destacamos a 20.º aniversário do labor, celebrado no mesmo diretor Pedro Silva e dos colaborado-edição “labor revista”. dia, não deixou ninguém indiferente. “Um jor- res de então Anabela Carvalho e Nuno nal que pretende banir todos os indigentes de Ferreira e dos de outros tempos Liliana Um suplemento com a história ideias: “Faltam-lhe ideias, leve com a LANTER- Guimarães e Paulo Bragança. Bem comode S. João da Madeira e da Associa- NA!”, anunciavam os ardinas com os jornais com a escolha de uma capa por cadação Desportiva Sanjoanense. Bem enfiados debaixo do braço. ano de aniversário.como com outras informações rele-vantes para os leitores. “Tendo como director Belmiro Azedo, seria verdade ou mentira? A verdade estava logo ao dobrar da página cinco: o labor fazia 20 anos e para assinalar a data, a equipa redactorial resolveu pregar uma partida ao leitor, com no- tícias fictícias.Mas no dia 1 de Abril de 1988, não era mentira: nascia a voz alternativa da informação impressa do concelho. Das ondas hertzianas para as rotativas, a rádio Serra Mar surgia como jornal labor”, lê-se na edição do Lanterna cuja distribuição foi feita por atores do grupo de teatro TEPAS vestidos de ardinas e percorrerem vários pontos da cidade, distribuin- do a Lanterna do labor. 1988 - 2018 25 de maio 2018 65

Diretores S. João da Madeirapor um dia em 2041 O diretor Pedro Silva teve a ideia O empresário Pedro Ventura foi ode escolher e convidar alguém a ser segundo “diretor por um dia” do labor.“diretor por um dia” aquando do A ideia que tinha para a edição come-27.º aniversário do labor. O cola- morativa do 28.º aniversário tinha tudoborador Nuno Ferreira sugeriu que para ser um “Regresso ao Futuro”. Ofosse um dos nossos leitores. Acabou empresário sanjoanense quis convidarpor ser escolhido um dos assinantes personalidades ligadas às mais variadasmais antigos do labor. O advoga- áreas a darem a sua visão de como seriado Luís Cardeiro é assinante deste S. João da Madeira em 2041, ou seja, 25jornal há mais de 20 anos. Naquele anos depois. Os convidados foram Joãomomento, os quatro temas de maior Brandão ligado à indústria, Mário Pesse-preocupação para si eram os idosos gueiro à arquitetura, Manuel Carlos Silvaisolados, as crianças, os desempre- ao calçado, António Válega ao comérciogados e os jovens qualificados que tradicional, Fernanda Fidalgo à educa-emigram. Dos quatro temas, apenas ção, Alexandre Rios às industrias criativastiveram tempo para tratar um que e tecnológicas, Tiago Valente dos Santosacabou por ser os idosos. Além dis- à juventude e à cultura, Vítor Gonçalves àso, Pedro Silva, diretor do labor, deu ação social, Augusto Araújo ao desportouma entrevista ao seu, mas também e Fausto Sá à saúde.nosso e vosso, jornal. Este jornal, todo ele diferente do que A ideia de eleger um “diretor por é habitual, desde o conteúdo à pagina-um dia” correu tão bem que “este é ção, contou também com testemunhoum desafio que iremos manter no fu- de figuras políticas como Manuel Castroturo”, disse Pedro Silva, no editorial Almeida, Ricardo Figueiredo, Pedro Nunodo 27.º aniversário do labor. Santos, João Almeida, Moisés Ferreira e Jorge Cortez. A celebração deste jornal A comemoração deste aniver- futurista terminou com um jantar nasário terminou com um jantar com Quinta dos Teixeiras.Pedro Silva, Luís Cardeiro e colabo-radores. 1988 - 2018 25 de maio 2018 66

“Como vive aterceira idadeem S. João daMadeira?” O 29.º aniversário do labor tevecomo “diretora por um dia” SusanaSilva, diretora da Universidade Sénior. A questão “Como vive a terceiraidade em S. João da Madeira?” foifeita a diferentes pessoas e entida-des. As respostas foram encontradasna Universidade Sénior, AssociaçãoÉ Bom Viver, CERCI, ACAIS e SantaCasa da Misericórdia. Um aniversá-rio que à semelhança dos anterioresterminou com um jantar com todosos “diretores por um dia” e a equipado jornal. 1988 - 2018 25 de maio 2018 67

JOÃO CARLOS SILVA, SUSANA LAMAS, PEDRO SILVA, RITA MENDES E JOÃO PINHO DE ALMEIDA“Diretores O 30.º aniversário do labor o ar”. A capa ilustrada pelo jovem nal sobre o 25 de Abril, na primeirade abril” contou com quatro “diretores por artista Diego Manjate era a primei- grande entrevista do presidente da um dia”, Rita Mendes (CDU), João ra pista dos textos que encontrariam câmara Jorge Sequeira seis meses Almeida (CDS), Susana Lamas (PSD) no interior. As histórias contadas são depois de tomar posse, e na resposta e João Carlos Silva (PS) divididos ao histórias de jovens artistas e de pes- à questão “Que liberdade é que um longo de quatro edições do mês de soas que dedicam grande parte do jovem tem com 650 euros?”. abril. seu tempo ao voluntariado. A comemoração do 30.º aniver- A primeira edição dirigida por A edição de Susana Lamas deu sário continua com a publicação des- Rita Mendes apostou em abordar a a conhecer testemunhos de mulheres ta revista com peças sobre a história importância da literatura infantojuve- que vingaram com sucesso no mer- do labor, a evolução da construção nil e em investigar o que sabem sobre cado laboral e o retrato sociológico dos jornais, os jornais sanjoanenses os jornais (locais, regionais e nacio- do emprego em pelo menos três em- que apareceram ao longo dos tem- nais) impressos os alunos do 1.º ciclo. presas ligadas ao setor textil, calçado pos, os aniversários do jornal, os e feltro. A última edição, dirigida por testemunhos de antigos e atuais co- O “diretor por um dia” João o João Carlos Silva, apostou numa laboradores e de muitas personalida- Almeida decidiu virar literalmente coberta nunca antes feita pelo jor- des ligadas à cidade do labor. metade do jornal de “pernas para 1988 - 2018 25 de maio 2018 68

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A SERIGAITA Durante anos o labor contou va-se na incapacidade de escrever políticos para serem apresentadose os seus com a preciosa colaboração da uma frase direitinha muito embora à Serigaita, não para lhe dizeremAMORES Serigaita. Mulher de dotes físicos a ideia sempre lá estivesse e mui- o que sabiam, mas para tentaremKÁDUVURGO consistentes, de reconhecida pri- to bem expressa. Os segredos e aparecer no jornal ainda que em vacidade com os principais atores as confidências que momentos de caricatura. políticos e sociais da época tinha, puro prazer elevado à 5.ª dimen- porém uma enorme debilidade a são que permitiam sacar dos seus Nas páginas seguintes ficam nível da formação literária por- amigos permitiam-lhe dar-se ao alguns dos seus trabalhos estando quanto apenas tinha frequentado luxo de poder alimentar uma colu- previsto que, se a deixarem sair do a escola do então ensino primário na neste jornal que constituía uma lar onde se encontra, ainda possa- até ao terceiro mês do segundo das principais atrações de quem o mos ter o privilégio de a ver apre- ano. E essa dificuldade evidencia- lia. Tivémos até pedidos de alguns sentar os seus textos em livro num futuro próximo. A ver vamos.1988 JULHO 1988 - 2018 25 de maio 2018 71

SeAgbuteanmrdbtéamosáfeira Qualidade JANTARES ESPECIAIS que se tornou ANIVERSÁRIOS | BATIZADOS | COMUNHÕES referência VENHA CONHECER AS NOSSAS “PRECIOSAS” EMENTAS Avenida da Misericórdia, 278 ELABORADAS A PENSAR EM SI. São João da Madeira RUBY, SAFIRA OU ESMERALDA A ESCOLHA É SUA. 256 042 945 | 912 878 890 [email protected] IMPOSSÍVEL RESISTIR (Parque privativo junto às instalações) Cozinha tradicional Portuguesa contemporânea14 € Marisco vivo e peixe fresco todos os diasMENU EXECUTIVO 1988 - 2018 Excelente garrafeiraCouvert | Sopa | Prato | Sobremesa | 1 Bebida | Café 25 de maio 2018 segunda a sexta-feira ao almoço 72

1989 JUNHO 1988 - 2018 25 de maio 2018 73

1989 NOVEMBRO 1988 - 2018 25 de maio 2018 74

1989 FEVEREIRO1990 ABRIL - 2.º ANIVERSÁRIO LABOR 1988 - 2018 25 de maio 2018 75

Memóriasda históriado laborO PRIMEIRO JORNAL AINDA SERRA MAR O PRIMEIRO JORNAL JÁ LABOR1991 JANEIRO PRESIDENCIAIS - VISITA DE MÁRIO SOARES 1991 JANEIRO PRESIDENCIAIS - VISITA DE BASÍLIO HORTA 1988 - 2018 25 de maio 2018 76

Memórias da Rádio Serra MarPAINEL DE COMANDO DA EMISSÃO PAULO GUIMARAES NO ESTÚDIO 1JACQUES RESENDE EM SERVIÇO NO COMANDO TÉCNICO 1988 ESTÚDIO 2 DA SERRA MAR NA RUA DA LIBERDADE 1988 - 2018 25 de maio 2018 77

Memórias1991/03 HOMENAGEM FERNANDO VASCONCELOS (CTT) 1992/05 DEBATE BOLETIM MUNICIPAL COM PEDRO SILVA, ORLANDO MACEDO (GAB. IMPRENSA CM) E JOSÉ PINHO1995/05 ENCONTRO-DEBATE COM DANIEL BESSA 1995/05 ENCONTRO-DEBATE COM DANIEL BESSA1996 EQUIPA DO LABOR NO RALLY PAPER DOS LIONS 1997/04 PROTOCOLO ESCOLAS (OFERTA DE 100 JORNAIS) MARGA- RIDA VIOLANTE, MARIA ASSUNÇÃO, PEDRO SILVA E DANIEL NETO 1988 - 2018 25 de maio 2018 78

PATROCÍNIO AO BASQUETEBOL ÉPOCA 1994-1995 PATROCÍNIO AO BASQUETEBOL ÉPOCA 1995-1996PATROCÍNIO NO ESTÁDIO DE FUTEBOL DA ADS PATROCÍNIO À EQUIPA DE BASQUETEBOL DE SUB-18 ÉPOCA 2008-2009 1988 - 2018 25 de maio 2018 79

Memórias MOCAP 22 EM JANEIRO DE 1989 MOCAP 39 EM JUNHO DE 1997 MOCAP 40 EM JANEIRO DE 1998 1988 - 201825 de maio 2018 80

1991/11 VISITA DE ESTUDO DO ATL GENTE MIÚDA 1991 VISITA DE ESTUDO NA RUA DA LIBERDADE1997 VISITA DE ESTUDO DO INFANTÁRIO VISITA DE ESTUDO NA RUA 5 OUTUBROVISITA DE ESTUDO NA RUA 5 OUTUBRO 2000 VISITA DE ESTUDO NA RUA 5 DE OUTUBRO 1988 - 2018 25 de maio 2018 81

Memórias1991 - JANTAR DO 3.º ANIVERSÁRIOMOMENTO DE FADO COM MANUEL ALMEIDA, JOAQUIM GODINHO E PEDRO SILVA E DANEL NETOBENJAMIM MAIA MANUEL CAMBRA, PRESPEDRO SILVA, DANEL NETO E COMANDANTE JUNQUEIRA AURELIANO MAGALHÃESNUNO VIERA, JOSE DIAS OLIVEIRA E EURICO ALVES JOSÉ MANUEL MOITA COMANDANTE JUNQUEIR 1988 - 2018 25 de maio 2018 82

BOLO DE ANIVERSÁRIO ANTÓNIO MARTINSSIDENTE DA CÂMARA CARLOS ALBERTO, PEDRO PARDAL E LUÍS CAMBRA RENATO FIGUEIREDO E MAGALHÃES DOS SANTOSRA (PSP) MANUEL CORREIA, PEDRO SILVA E DANIEL NETO FERNANDO MARIANO 1988 - 2018 25 de maio 2018 83

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Memórias1992 - JANTAR DO 4.º ANIVERSÁRIO 2015 - JANTAR DO 27.º ANIVERSÁRIO EQUIPA DO JORNALMANUEL TAVARES, BENJAMIM MAIA, MANUEL CORREIA E ANTÓNIOMANUEL CORREIA PEDRO SILVA E LUÍS CARDEIROJOAQUIM MILHEIRO, GABRIEL PINHEIRO E PEDRO SILVA 1988 - 2018 25 de maio 2018 85

Memórias2016 - JANTAR DO 28.º ANIVERSÁRIO 1988 - 2018 25 de maio 2018 86

APRESENTAÇÃO LIVRO IDEIA DO URBANO EM RAUL LINO 1988 - 2018 25 de maio 2018 87

Memórias 2018 - JANTAR DO 30º ANIVERSÁRIO2017 - JANTAR DO 29º ANIVERSÁRIOSUSANA SILVA, PEDRO VENTURA E LUÍS CARDEIRO ILDA PEREIRA DA COSTA, PEREIRA DA COSTA, PEDRO SILVA E GRAÇA JOÃO CARLOS SILVA, SU OLIVEIRA PINHO DE ALMEIDAEQUIPA DO LABOR E DIRETORES CONVIDADOS INTERVENÇÃO DE MANUEL PEREIRA DA COSTA CLARA REIS, HELENA CENTREGA DE RAMO DE ROSAS AOS DIRETORES INTERVENÇÃO DE JORGE SEQUEIRA JORGE SEQUEIRA, PERE 1988 - 2018 25 de maio 2018 88

USANA LAMAS, PEDRO SILVA, GRAÇA OLIVEIRA, RITA MENDES E JOÃO CARLOS COELHO, RITA MENDES, JOÃO CARLOS SILVA, GINA RODRIGUES, JOÃO DE PINHO ALMEIDA, CATARINA ALVES, SUSANA LAMAS E JOSÉ ROCHACOUTO, JORGE SEQUEIRA E PEDRO SILVA SUSANA SILVA, MÁRIO PESSEGUEIRO, PEDRO SILVA, JORGE RIBEIRO E REGINA RIBEIROEIRA DA COSTA E PEDRO SILVA EQUIPA DO LABOR COM MILENE MARQUES E LILIANA GUIMARÃES 1988 - 2018 25 de maio 2018 89

Publicaçõescom a marcalaborAssociaçãoDesportivaSanjoanense75 anos de história(1924-1999) O livro “Associação DesportivaSanjoanense – 75 anos de história(1924-1999)” foi lançado por PedroSilva e Daniel Neto, diretor e diretor--adjunto, na altura, do labor. A cerimónia oficial decorreuno dia 14 de maio de 1999 no sa-lão nobre do Fórum Municipal deS. João da Madeira diante da presen-ça de “amantes do futebol”, sóciose muitas individualidades sanjoanen-ses, da região e do país. O momentocontou com uma passagem de mo-delos com os equipamentos da ADS,com uma sessão de autógrafos e umporto de honra. 1988 - 2018 25 de maio 2018 90

Renato Figueiredo“Caleidoscópio” O jornal labor lançou, no dia 11de novembro de 2009, um livro quereúne as 97 crónicas escritas por Re-nato Figueiredo neste semanário noauditório do Sindicato do Calçado. O lançamento de “Caleidoscó-pio” decorreu no dia em que Rena-to Figueiredo completaria 89 anos.A apresentação esteve a cargo deMagalhães dos Santos e do GrupoCultura Viva. Renato Figueiredo, natural deS. João da Pesqueira, chegou aS. João da Madeira em 1951 paraassumir a pasta das Relações Públi-cas na Oliva. Também foi diretor daBiblioteca Municipal e da Academiade Música durante mais de 20 anos.Dedicou à obra de João da SilvaCorreia anos de estudo, traduzidosem diversas publicações. Entre janeiro de 2006 e feverei-ro de 2008, publicou semanalmentecrónicas neste jornal numa rubricadesignada “Caleidoscópio”, colabo-ração que interrompeu por agrava-mento do seu estado de saúde. 1988 - 2018 25 de maio 2018 91

História do Calçado 1988 - 2018Da antiguidadecaminhando 25 de maio 2018até ao presente 92 O livro “História do Calçado”de Jorge da Silva Ribeiro foi lançadono dia 18 de novembro de 2010 naBiblioteca Municipal de S. João daMadeira. A apresentação ficou a cargo deManuel Ferreira Rodrigues, professorda Universidade de Aveiro, contandocom a presença de vários empresá-rios ligados ao setor de S. João daMadeira, arredores e de Felgueiras,autoridades políticas locais e dirigen-tes da associação dos industriais docalçado, entre outras individualida-des. O livro “História do Calçado” éum lançamento do jornal labor como apoio financeiro da CartonagemTrindade que elaborou uma emba-lagem personalizada para o mesmo. O sanjoanense Jorge da Silva Ri-beiro depois de ser professor, tornou--se aprendiz e, mais tarde, industrialde uma fábrica de calçado. A apresentação do livro foi an-tecedida por um momento de humorprotagonizado por Pedro Vieira e AnaAlexandra Costa. Ele como designerde calçado e ela como manequimexecutaram um sketch que colheualgumas gargalhadas do público ealiviou a formalidade do evento.

Ideia de Urbanoem Raul LinoO projeto da Praçade S. João da Madeira O lançamento do livro “Ideia deUrbano em Raul Lino” de Ivo Macha-do aconteceu no dia 31 de marçode 2016 na Biblioteca Municipal deS. João da Madeira. O 28.º aniversário do labor ficoumarcado pela publicação deste livrosobre a visão que Raul Lino tinhapara a Praça Luís Ribeiro e de umaedição especial, dirigida pelo empre-sário Pedro Ventura, sobre como seráS. João da Madeira em 2041. O autor da publicação Ivo Ma-chado é natural de Pinheiro da Bem-posta e recebeu 19 valores pela tesede mestrado “Ideia de Urbano emRaul Lino” na Faculdade de Arquite-tura da Universidade do Porto. 1988 - 2018 25 de maio 2018 93

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DE PÉ: NUNO FERREIRA, PEDRO SILVA, RUI GUILHERME SENTADAS: DIANA FAMILIAR, LUCINDA SILVA,E FERNANDO AGUIAR GISÉLIA NUNES, ANA PAIVA E SARA COSTA 1988 - 2018 25 de maio 2018 95

Diretor Pedro Silva Redação Diana Familiar | Gisélia Nunes Fotografia Arquivo labor | Rui Guilherme Nuno Santos Ferreira | Carlos Santos Fotografia Publicidade Lucinda Silva | Fernando Aguiar Maquetagem/Grafismo Ana Paiva | Rui Guilherme Execução LABORPRESS - Edições e Comunicação Social, Lda Tel. 256 202 600 | Fax: 256 202 609 [email protected] | www.labor.ptRua Oliveira Júnior, 93 | 3700-206 S. João da Madeira Impressão Diário do Minho - Braga 1988 - 2018 25 de maio 2018 96




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