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semana das humanidades - 2018

Published by bibliotecaaurelia, 2020-11-11 23:43:52

Description: semana das humanidades - 2018

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A obra Balaustrada da Quinta da China foi Balaustrada pintada por Aurélia de Sousa. Aurélia de Sousa veio pa- ra Portugal quando tinha três anos. Instalaram-se no Porto e compraram a Quin- ta da China, situada na margem norte do Rio Dou- ro. Foi no Porto que cresceu e teve a sua formação artística, desenvolvendo a sua car- reira como pintora. A sua obra abrange vários temas, sendo um deles a Paisagem, a partir da Quinta da China, o seu olhar espalhava-se pelo Rio Douro e pelo lugar do Areinho, que pintou com frequência. Na sua pintura, Balaustrada da Quinta da China, óleo sobre cartão, os seus olhos estavam pousados nas rosas. O quadro está na

diagonal, é mais alegre e primaveril, es- tão pousados vasos de rosas, consegue-se ver o Areinho, ao fundo à esquerda, o lu- gar do Freixo, onde se vê o Palácio e as fábricas e atrás de tudo o Monte Castro. Aurélia de Sousa gostava muito de pintar na sua rasgada janela sobre o Douro, pin- tou muitas vezes a curva do Rio em lonju- ras de água, areal, linha azulada de coli- nas, sob os céus cinzentos. Muitos retrataram o sítio, Aurélia de Sou- sa da sua varanda da Quinta da China, aberta ao Areinho, pintou-o intensamente e fez dele o lugar habitado do seu dia-a- dia. Pelos seus quadros, Aurélia de Sousa con- seguiu mostrar o seu Amor pelo lugar onde vivia.



Vecnadsetdaonrhaasde 1910 — óleo sobre tela — coleção particular

Gonçalo Saraband ES Aurélia de Sousa 3º ciclo—Poesia—1º prémio



Vendedoras Castanhas elas vendem de Essa é a sua profissã Castanhas quentinhas castanhas Que queimam a mão Quando as crianças As veem a assar, As suas castanhas Vão logo pedinchar Mães e pais Não conseguem negar Este peditório Que nunca vai acabar Mas a verdade É que não é obrigação Os pais também gostam De sentir o aroma do carvão Vendedoras de castanhas No outono as põem a assar E a cada dia que passa Mais famílias podem alegrar.





O dia da costura 1910 — óleo sobre tela — coleção particular

Inês Leitão EB Florinhas 1º ciclo—Poesia—Menção Honrosa



O Dia da Naquele grande dia, Uma linda paisagem pela ja- nela se via. Costura A costureira Ana cá a casa viria, Como um anjo humilde, para ajudar a mana Matilde. Enquanto a Costureira a es- tava a ajudar, Eu ocupava-me também a costurar. O ar fresco do vento entrava e saía E eu lá fora os passarinhos ouvia.

Com a costureira estava a aprender. O que a mana Matilde estava a coser, Um lenço branco às riscas castanhas, Quentinho, que aconchega até às ore- lhas. E umas rendinhas eu vou preparar, Para toda a gente do lenço gostar.



(sem título) - — óleo sobre tela — -

Carolina Santos EB Florinhas 1º ciclo—Poesia —1º Prémio



A casa dos meus Este quadro avós, na minha al- deia, uma casa grande e com mui- tos anexos. Chamo- faz-me lembrar -lhes “cobertos”. Imagino que aco- bertam vários ani- mais: coelhos, ga- linhas, patos, pe- tanta coisa… rus, pombos, ove- lhas, vacas, por- cos… cães e gatos e tantos outros. As medas de palha, que mais parecem grandes tendas... Que trabalheira que dão aos jornaleiros, que devem estar a descansar…

O caminho ligeiro para passagem dos tratores. As andorinhas a sobrevoar nestes céus, preparam-se para nova viagem. Que quadro tão colorido, cheio de cores bonitas e vivas…e ao mesmo tem- po retratam o fim do Verão. Tudo cheira a campo, ar puro, nature- za, paz, tranquilidade… Longe da azá- fama da cidade. Ao olhar para este quadro vejo… saudade!



À sombra 1910 — óleo sobre tela — museu do Abade de Baçal - Bragança

Morgana Soares EB Florinhas 1º ciclo—prosa —1º Prémio



de finais de pri- Numa linda mavera, as três meninas juntaram- se a fim de passa- rem uma tarde so- larenga e agradá- e agradável vel, de baixo dos castanheiros. As três amigas gostavam imenso tarde daqueles dias quentes, mas com brisas frescas, em que os seus pezi- nhos pequenos e delicados tocavam na relva fresca e simples. Os seus cabelos movimenta-

vam-se numa jovial dança ao sabor do vento. Era uma alegria, jogavam imensos jogos que agora já quase não existem porque foram substituídos pela tecnologia. Naquele tempo era muito comum as me- ninas juntarem-se para brincarem livremente na rua, enquanto as suas mães ficavam em casa a coserem roupas simples, mas bonitas porque eram únicas. Às vezes as três amigas tinham dificuldades em escolher uma brincadeira que todas gos- tassem, mas chegavam sempre a um acordo. Nesses tempos as crianças não tinham a quantidade de brinquedos que as pessoas ho- je em dia têm. Por isso elas faziam uma

coisa muito mais criativa que era inventar os seus próprios brinquedos e assim não existia nenhum igual, todos eram úni- cos. O local onde elas se reuniam para brincarem era insubstituível, tinha uma paisagem incrível. Via-se o rio, vales, campos, pomares e pastores com os seus re- banhos. Via-se o infinito céu azul marinho que naqueles dias formavam desenhos fantás- ticos. Muitas vezes as meninas deitavam-se na relva verde e fresca a verem os desenhos que as nuvens formavam. Era com este cenário idílico que as meninas ao final da tarde adormeciam com o

belo canto das aves como banda sonora. Esta era a recordação de uma das três meninas, que ao sentir sauda- des destes dias resolveu pintar um quadro para nunca se esquecer dos bons momentos da sua infância.



Maria Adormecida - — óleo sobre tela — - —

Lídia Portela EB Florinhas 1º ciclo—prosa —1º Prémio-ex-aequo



A Maria ficava O sono da cansada com faci- lidade. A mãe pedia -lhe sem- Maria Adormecida pre que ajudasse as irmãs a tratar dos afazeres da Quinta da China. Só que a Maria ficava cansada com faci- lidade. As irmãs aproveitavam a luz do sol para limpar as pratas e o fresco da manhã para tratar do jar- dim. Só que a Maria ficava mesmo can- sada com facilidade.

Havia dias que a mãe e a irmã mais velha tratavam das roupas da família e pediam às mais novas para ir à horta colher os legu- mes. Fazer uma sopa dava muito trabalho e se as meninas já tivessem os ingredientes na cozinha e levadinhos, a mãe podia come- çar a sopa quando estivesse livre dos afa- zeres com as roupas. Só que a Maria conti- nuava a ficar cansada mesmo com muita faci- lidade. O senhor Álvares era quem cavava na horta e fazia os trabalhos mais pesados. Depois as meninas traziam as sementes e as plantas pequenas para colocar na terra. Até quando estavam pelo jardim, pediam ao senhor Álva- res para ajudar a tratar das árvores de

fruto. Entretanto, a Maria continuava facil- mente cansada. A Quinta da China tinha muitos animais. Eram galinhas, eram algumas ovelhas e tinha até a vaca Otília. Tratar de animais dava mesmo muito trabalho, porque têm de estar sempre alimentados e limpinhos. Quando era altura de tratar deles, as mulheres da quinta juntavam- se em grupo e até se divertiam com isso. Me- nos a Maria, que ficava cansada com muita fa- cilidade. Um dia, a Carolina, irmã mais nova das cinco irmãs, ficou adoentada. Lá se teve de ir cha- mar o doutor Pacheco à cidade e ainda era uma grande caminhada. A mãe disse a todas para se juntarem e irem ao Porto. E lá foram elas.

Menos a pobre da Carolina e, claro, a Maria que nessa altura já estava muito cansada. Umas vezes a roupa é que era pesada. Nou- tros dias, a culpa era do calor. Tinha dias em que estava mesmo com sono. E lá ficava a Maria, no cadeirão vermelho escuro da sala de estar, a descansar mais um bocadinho. Era só mesmo mais um bocadinho porque a Ma- ria cansava-se mesmo com muita, muita faci- lidade. E por tudo isto lhe chamavam a Maria Ador- mecida!

Sofia Correia EB Florinhas 1º ciclo—prosa —2º Prémio-Ex-aequo



começam com “Era Quase todas uma vez…” E esta não é exceção: Era uma vez um se- nhor chamado Sér- gio. Este tinha as histórias uma filha chamada Juliana. O pintor Sérgio preocupava- se muito com a cultura da filha. Por isso, este estava sempre a in- sistir com ela para ir ver inúmeras galerias com os seus quadros expos- tos. Mas Juliana nunca queria ir,. Achava tudo incrivelmente secante desde os guias sisudos até aos visi-

tantes, que costumavam estar sempre com ca- ra de quem está a pensar: -Bah! Quando é que isto acaba! Geralmente os apreciadores de quadros (os visitantes) entravam na galeria com boa disposição, e saíam de lá com uma expressão de tédio. O mesmo acontecia nas poucas ve- zes em que Juliana ia. Mas a única diferen- ça era que Juliana entrava na galeria com a mesma expressão com que costumava sair. De aborrecimento. Um certo dia, o pintor Sérgio conse- guiu convencer Juliana a ir ver uma exposi- ção! Quando ela entrou lá, já sabia o que ia acontecer: primeiro, o guia ia fazer uma introdução aborrecida e bastante filosófi-

ca; depois iam percorrer a galeria uma vez. Como o edifício tinha um formato estranho e labiríntico (era uma espécie de círculo), bastava dar uma volta. Se as pessoas assim o fizessem, chegavam a um corredor. Ao fundo havia duas bifurcações: uma para a esquerda e outra para a direita. Aí, virava-se à esquer- da e voltávamos ao ponto do início. E foi is- so que os visitantes fizeram. Sempre guiados pelo seu guia. E sabem quem era o guia? Era o pintor Sérgio. O que era horrível para Julia- na porque se assim fosse ela era a voluntá- ria! Como eu estava a dizer, o público deu uma volta à galeria, para “observar com os seus próprios olhos”, como dizia o pintor

Sérgio e companhia. De seguida iriam voltar a contornar o edifício, desta vez com o guia a explicar tudo. Enquanto o pintor Sérgio estava a elo- giar os seus quadros, Juliana escapuliu-se para um pouco mais adiante. Havia um quadro que lhe despertava a atenção: não era um quadro maçador como os do pai. Era um qua- dro diferente, lindo. Juliana ficou tanto tempo a olhar que começou a ficar cheia de tonturas. Depois, desmaiou. Quando acordou, estava num sítio estranho. Não era um teto que estava por cima dela. Pelo menos não era um teto feito de cimento. Era um teto feito de folhagem. Folhagem bela e delica- da. Juliana apercebeu-se que estava deita-

da. Levantou-se e olhou à sua volta. Havia algo que lhe chamava a atenção, tal como o quadro que havia visto na galeria. Foi aí que Juliana percebeu: estava dentro de um quadro!!! O quadro que lhe havia chamado a atenção. Mas como é que ela tinha entrado lá?!? E como é que ia sair dali?!? Era tudo tão estranho!!! Juliana sentou-se e tentou canalizar as ideias. Respirou fundo e tentou arranjar uma solução. Como não surgia nenhuma ideia, Juli- ana resolveu ir explorar o espaço. Saiu da cama de rede em que estava e ca- minhou até ao fundo da “divisão” em que esta- va. Parecia realmente uma divisão: era uma sala grande e espaçosa com uma atmosfera

simpática e agradável. O “teto” e as “paredes” pareciam forrados com plantas ar- tificiais (que neste caso eram verdadei- ras), e o chão era de relva bonita, viva, fresca e cheirosa. Era mesmo bonito. As personagens pintadas no quadro estavam qua- se a desaparecer, com as cores muito páli- das. Subitamente, Juliana sentiu um arrepio a vir-lhe pela espinha acima. Era tudo tão estranho… Juliana olhou para fora e apercebeu-se que a tela do quadro funcionava como uma janela. Quando o público parou para obser- var a pintura, a menina pôs-se a acenar e a esbracejar, na esperança de que a vissem. Mas, pelos vistos, ela estava invisível

para quem passava do lado de fora. Mas que pena!!! Como é que Juliana sairia dqiela alhada? Foi aí que Juliana se lembrou que ti- nha andado no karaté. Chegou-se para trás para dar balanço, correu e… golpe de kara- té!!! Mas Juliana não sentiu a sensação que eperava. Abriu os olhos repentinamente, sor- riu e apercebeu-se que tinha sido tudo um so- nho. O melhor sonho da sua vida!!!





Hicsotóerlhiaosde 1909 — óleo sobre tela — Casa Museu Marta Ortigão Sampaio

Ana Rodrigues EB Florinhas 1º ciclo—poesia—Menção honrosa


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