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"O Pequeno Príncipe em Recontos"

Published by vanessamacedo714, 2020-12-16 01:56:21

Description: Neste livro, excepcionalmente digital, um grupo de estudantes do curso de licenciatura em Pedagogia do Centro de Ciências Humanas,
Sociais e Agrárias, inspirados pela história de Exupéry, através do componente curricular "Leitura e Produção de Texto,” recontam as aventuras e as lições de vida de um Pequeno Príncipe, cujos ensinamentos, não importa em que linguagem utilizada, versos ou prosa, anunciam tempos, cada vez mais necessários, por cativar!

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Universidade Federal da Paraíba \"O Pequeno Príncipe\" em Recontos Silvânia Lúcia Janete Mendes Vanessa Macêdo

Apresentação A linguagem faz parte de nossas vidas. Seja para informar, comunicar, divertir, passar o tempo, conhecer, ensinar ou aprender, ela é usada por e para pessoas. A linguagem utilizada pelo francês Antoine de Saint-Exupéry, em seu livro “O Pequeno Príncipe”, escrito em 1943, ao longo de seus escritos, muito tem a nos falar. De fato, numa linguagem para além da literatura infanto-juvenil mundial, fala de vida, fala de amizade, fala de emoção, mas também de razão, fala dos sentimentos da alma humana. Enfim, fala de pessoas, fala para pessoas.

Neste livro, excepcionalmente digital, um grupo de estudantes do curso de licenciatura em Pedagogia do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias, inspirados pela história de Exupéry, através do componente curricular \"Leitura e Produção de Texto,” recontam as aventuras e as lições de vida de um Pequeno Príncipe, cujos ensinamentos, não importa em que linguagem utilizada, versos ou prosa, anunciam tempos, cada vez mais necessários, por cativar! Nas próximas páginas, com o coração, deleite-se com as produções de quem já entendeu que, como destaca Exupéry, \"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas\". As organizadoras. Dezembro de 2020.

Súmario 1.Cartas para e sobre um Principezinho .............................................05 2. Um livro que inspira poesias e versos .................................................15 3. O cordel de uma viagem.....................................................................22 4. Recontando a história de um pequeno principe..............................27 5.Crédito especial: Paródia....................................................................33 6.Uma mensagem final......................................................................36

Cartas para e sobre um Principezinho

Dona Inês, outubro de 2020. Pequeno príncipe, Saudação para você, meu pequeno menino de pele branca com um olhar azul profundo e cabelos dourados. Por meio dessa carta, venho ressaltar a falta que estou sentindo de você, e lhe convidar para retornar à minha casa. Sei, contudo, que podes estar um pouco ocupado com a sua rosa, que é muito especial e única no seu pequeno planeta. A sua passagem pela minha casa acabou transformando algumas ideias que eu tinha. Li com atenção toda sua história, cada palavra escrita tocava profundamente o meu coração e meus sentimentos, a força e o amor que transmitia era algo muito fervoroso. Ah, lembrei também que a raposa sempre pergunta sobre você, quando será o seu retorno? Fico muito triste em falar que não tive mais notícias suas. Meu amado e pequeno príncipe, peço a Deus que essa carta ao chegar em suas mãos, encontre-o com saúde e feliz, e que um dia por esse mundo tão imenso, a gente se encontre ou até mesmo que eu receba notícias suas para que possa viver tranquila, sempre te tenho comigo por onde passo e valorizo todas as coisas ao meu redor, pois sei que o essencial é invisível aos olhos. Com todo meu amor e respeito, Wégila Eugênia. 5

De um cantinho da Paraíba, novembro de 2020. Amigo/a, Olá! Eu sou o Pequeno Príncipe. E como meu nome já diz, sou pequeno de tamanho, pois, sou criança ainda, mas o que tenho de pequeno tenho de bondade e gentileza. Além disso, reconheço o significado das pequenas coisas, até porque são as pequenas coisas que nos trazem o verdadeiro sentido da vida, já que ela tem que ser vivida intensamente e, dessa forma, conseguiremos ser bem mais felizes. Entretanto, eu te digo dê valor a tudo, porque tudo tem valor, se você refletir e observar ao seu redor vai notar que muitas pessoas conseguem dar valor e, com isso, agradecer por tudo o que têm. Quando somos gratos, o universo conspira a nosso favor, ser grato nos faz grandes como pessoas, porque em tudo saberemos dar graças e, assim, a vida se tornará bem leve, pois, sempre iremos encontrar os pontos positivos para se viver melhor. Querer pode não representar poder, só que faz uma diferença enorme quando queremos. Por isso, quando queremos acabamos correndo em busca de objetivos, metas e sonhos, então, deixo aqui meu recado: sonhe muito, porque é ele que faz você se sentir vivo e empenhado a ser um ser grandioso e realizado na vida, mas, lembre-se nunca perca sua essência e com ela lembre o ser inocente que tem dentro de você, aquele também que fantasia inúmeras coisas, as quais com o decorrer do tempo se torna uma realidade vivenciada. Tenho outro detalhe para te falar por meios destas palavras escritas, quero que saibas que a riqueza maior que você pode adquirir é quando se doa tempo a quem é importante para sua pessoa. Os melhores sentimentos são aqueles compartilhados com pessoas especiais, e o que você doa recebe de volta, então, pense bem quando for agir, porque tudo que você dá, você receberá. Imagine agora o crescimento da rosa, ela só nasce e cresce se você cuidar, amar e o principal dedicar todos os seus dias a ela. Assim também são as pessoas, portanto, cuide, ame e esteja ao lado delas todos os instantes. E, para finalizar este lembrete, preciso te alertar nem todas as pessoas são iguais, e você não deve ser amargo porque um dia foste ferido e nem muito menos se feche para as pessoas, não guarde sentimentos ruins dentro de ti, ponha em prática o fazer o bem sem olhar a quem, e trate aqueles como gostaria de ser tratado e nunca pague o mal com o mal. Pequeno Príncipe. 6

De outro lugar da Paraíba, novembro de 2020. Caro senhor Piloto, Escrevo-lhe esta carta com boas intenções. Enquanto passava pela África através do deserto, segui suas instruções e não tive pressa. Esperei um pouco embaixo das estrelas, mas as pessoas grandes não têm tanta paciência. Então, imaginei as estrelas rindo pra mim também, mas não o vi, nem de longe, minha esperança era encontra-lo para ti, e lhe escrever essa carta com boas notícias, sinto em dizer que não o vi. Mas não te entristeças, caro piloto. Ele voltou pra sua flor, que tanto amou e cativou. A amizade com a raposa o fez repensar sobre o que significa criar laços, e o fez enxergar as coisas com o coração, pois, o essencial é invisível aos olhos. Embora o principezinho não tenha voltado, ele continua rindo através das estrelas só para você. Com carinho, Joyce Hellen 7

São José da Lagoa Tapada/PB, novembro de 2020. Amigo, Bom dia! Envio esta carta para falar um pouco sobre a história de um menino sonhador, que é pequeno no tamanho, mas grande de coração, apaixonado por uma rosa, que é dona de sua admiração. Ele é príncipe de um asteroide, que cuida com amor, dedicado a proteger com muita bravura e vigor, até surgir algumas árvores que lhe tirou o sossego, dominando o solo que o pequeno cuidou. E, então, o pequeno príncipe saiu em uma viagem pelo espaço em busca de um carneiro que pudesse solucionar os problemas com as árvores indesejadas. Na sua longa jornada, conseguiu conhecer um geógrafo que lhe indica fazer uma expedição à Terra. Chegando na Terra, o jovem garoto pousa no grande deserto do Saara, no qual encontra um piloto dormindo, o mesmo havia acabado de sofrer um acidente aéreo. O garotinho carismático se aproximou até o piloto e pediu para que ele desenhasse um caneiro, pois, o menino não conhecia e precisava de um. O piloto não gostava de desenhar, já que quando criança os adultos não valorizavam as suas pinturas, com isso, o menino e o piloto conversaram sobre a infância, construindo um vínculo de amizade. Os dois caminham juntos até que encontram uma raposa, que os acompanha e, juntos, conversam sobre os sentimentos. Os três viajantes caminham até um bosque de rosas, e o menino fica triste, ele pensava que a sua rosa era a única que existia, uma espécie rara, existente apenas em seu asteroide, e a raposa o conforta falando sobre o amor do príncipe com a sua rosa em especial. Com o caminhar da história, o menino encontra uma serpente que afirma dizer que sua picada seria a passagem de volta do príncipe para seu asteroide, e o menino aceita. Voltando, assim, em uma longa jornada para seu lugar de origem. É, meu amigo, esse menino era realmente incrível, inocente, alegre e amigável. Devo lhe dizer, meu caro, que essa criança me fez refletir sobre coisas, sentimentos, amizades, que estavam embotados em meu coração. Por isso que lhe envio esta carta, para que você também possa refletir e conhecer, nem que seja minimamente, a história desse pequeno grande príncipe, para que você também possa sonhar e viver intensamente. Muita luz!!!! De seu amigo, Pedro Bismarck de Sá Sousa. 8

Alan Sérgio Santana Rosalva Lúcia Silva Fernandes Rosineide de Lima Santos Asteroide B 612, novembro de 2020. Queridas crianças, Saudações às crianças que sabem cativar e aos queridos amigos que fiz em minha mocidade durante a viagem aos diversos planetas. Primeiro, quero saudar ao Piloto que me fez companhia durante algum tempo e que viu meu desenho, porém ,não compreendeu que uma jiboia não é capaz de engolir um elefante e com tão pouca criatividade compará-lo a um chapéu. Não sabendo, por exemplo, diferenciar através de uma digestão que é lenta e que leva seis meses depois de ser engolida sem ser mastigada para ser realizada. As pessoas grandes aconselham o estudo de várias ciências como Gramática, Matemática, História, Geografia, e não entendem o quanto é útil ser piloto de avião quando se está perdido na cheia do Arizona perdido na noite. A imagem da Floresta Virgem que, por muito tempo, fez-me pensar sobre as pessoas grandes que não falavam de florestas virgens, nem de jiboias, apenas de coisas frias que encantavam o ego deles como esporte, política, riqueza.... Espero que, agora, vocês estejam mais quentes em relação às pequenas coisas da vida, principalmente, em tempos de pandemia que nos desperta para ver as coisas pequenas e que é o que aquece os corações verdadeiramente. Que vocês não sejam baobás, e sim uma roseira como a minha. Não deixe que as plantas ruins cresçam em seu planeta. Que um carneiro possa ter importância para ti como tem para mim e que ele seja perfeito e de acordo com teus desejos, mesmo que teus olhos não o vejam através da caixa. As pessoas grandes têm dificuldade de enxergar o valor real das pequenas coisas e é por isso que as crianças devem ser tolerantes com elas. Aconselho a ser tolerante feito as crianças. As pessoas grandes gostam de números, e não se fartam de perguntar: qual a sua idade, quantos irmãos você tem, quanto você ganha, e nunca perguntam sobre como realmente são: qual o som da sua voz, quais os brinquedos que preferem, se colecionam borboletas. Essas últimas coisas dizem mais a nosso respeito. Talvez seja por isso que elas não têm amigos! Só têm números! Essas informações foram obtidas durante a viagem, porém não houve mudança. Isso é confirmado através das redes sociais, pois só se preocupam em números: quantos seguidores, quantas visualizações, quantas curtidas... O meu amigo piloto quando revelou para os grandes que já havia seis anos que eu tinha partido e que eu morava em um planeta que cabia pouco mais que eu, entendeu que eu tinha a necessidade de ter um amigo. Você foi esse amigo. Escrevo-te, pois, como um dia escrevestes para mim para que eu não te esquecesse, escrevo-te para você não me esquecer, pois, é triste perder um amigo, e não quero só me interessar por números. Que em teus dias de tristeza, você sinta ou veja aquele pôr do sol e com tanta beleza tu possas acalmar teu coração, e que fique a certeza que dias tristes acabam com um lindo pôr do sol. Amigos, que a roseira, apesar de ter espinhos seja importante para você devido a sua delicadeza, fragilidade, seu toque, seu cheiro, beleza, que todos os sentidos se deixem cativar pelas roseiras. Ignore os espinhos! Quando estivermos no país das lágrimas, não 9

entenderemos a tal dor que tanto comprime o peito. Amar, nem que seja uma flor, é o suficiente para sermos felizes. Basear esse amor em atos e não nas conversas vãs é uma sabedoria. O choro da partida quando se ama faz cair por terra o orgulho. Assim, como a roseira suporta as larvas de borboletas, vocês devem suportar dores durante a vida para que conheçamos as maravilhas que elas irão nos proporcionar. Deixar o outro partir é um ato de amor. Amigo, que o rei que quer nos dominar para dominar o outro com a soberba da autoridade seja extinto de nossas vidas. Que a alegria da liberdade seja verdadeira em nossos dias. A autoridade se baseia na razão, porém, basta sabermos de quem é a razão. Que um pôr do sol nos permita diferenciar as várias razões, começando pelo julgamento de você mesmo. Que a vaidade não seja sua base de vida e o meio por qual alguém te admira. Que a embriaguez não seja tua vergonha, que estejas sóbrio quando encontrares os verdadeiros amigos para que ele não vá sem a consolidação da amizade. Que a seriedade da vida não te retire os amigos. Os risos são essenciais para a saúde. Que a riqueza não te deixe em um ciclo vicioso que não dará em nada, apenas voltarás ao início...e se der, desejo-te que a sua vida tenha utilidade para o outro. Que você acenda a beleza interior de seus amigos e apague as dores! Que o vazio da ciência e da teoria não te retire as experiências para falar com propriedade das aventuras e do conhecimento do cotidiano. Sejam exploradores de sua vida! Lembre-se que o medo da enfermidade não nos permite viver momentos maravilhosos, pois se é breve vamos sentir cada momento, mesmo que depois provoque dor. Mesmo que as serpentes terrestres queiram lançar ao teu coração dúvidas e desejos que não te farão bem, foge! E, assim, não sejas como os outros homens que andam segundo o eco de outros e vivem repetindo o que os outros fazem. Que a alegria de encontrar outros homens não te permita esquecer o quanto uma espécime te fez feliz outrora. Que aquele que te cativou seja lembrado nos atos ou na semelhança do outro, e assim seja lembrado com doçura. Cative os que encontrar em seus caminhos. Que os passos dos seus te permita sair da toca, que você ouse sair quando ouvir trais passos, abrindo-se para viver experiências incríveis. Só conhecemos bem o que cativamos! Não tenhamos medo de chorar por falta daquele nos cativou. Sejam cheios de beleza inteiro também, essa beleza será descoberta e aperfeiçoada através da convivência. Vejam com os olhos do coração, pois ,o essencial é invisível aos olhos. Você é responsável por aquilo que cativa. Quem cativastes? Quem é tua responsabilidade? Que você sabiamente use seus 53 minutos para cativar alguém, ou apreciar um belo pôr do sol no deserto ou ouvir o riso das estrelas. Que os ventos não possam levar suas raízes. Na vida, é necessário ser criativo para não ficar só ouvindo o eco dos outros homens e, dessa forma,,transformar-se em uma imitação que repele os amigos da verdadeira originalidade, abrindo assim as estradas para que seus pés trilhem em direção aos homens de coração puro e você quando o encontrar não o perceba como um jardim cheio de flores iguais, mas permita-se e o permita sentir o amor nascido também das imperfeições. Que vivas e chores, apesar dos medos! Que haja raposas embaixo das macieiras para brincar contigo e ser tua amiga, pois, tu a cativarás e a vida de vocês será cheia de Sol. Que o ritual da espera comece logo na vida de vocês! Desejo que vejas o essencial e o invisível, exercitando assim o teu coração. Não perca tempo! Você é eternamente responsável por aqueles que cativas. E que quando voltares para 10

casa, esteja lá no fundo do teu coração como esteve no meu um tesouro e um poço que tenha muita água doce para saciar tua sede. Quando chegar à noite o sentimento do irremediável não seja real, nem te faça gelar com o medo de nunca mais ouvi o riso daquele que te cativou. E se assim, acontecer que esse riso seja encontrado em bilhões de estrelas e o consolo te abrace e a distração te baste. Eu e minha roseira, aquela que me cativou e o carneiro em sua caixa, pois, ainda não a abri... vi que falta a mordaça e estou com receio que ele chegue perto de minha rosa... acho que vou colocá-lo perto dos baobás, estamos te enviando essa carta pra falar pra vocês que vivam e livrem-se do que atrapalha. Estamos bem. Que a sabedoria de ver o invisível e o essencial te alcance. Abraços calorosos! Do seu amigo, O Pequeno Príncipe. 11

De algum lugar da Paraíba, novembro de 2020. Querido amigo Ricardo, Estou enviando essa carta para lhe contar um pouco sobre minha última viagem, motivo pelo qual estava sumido, mas, espero que você se deleite e possa sentir o que eu senti nessa viagem que me proporcionou muitas aventuras e grandes aprendizados. Certo dia, conheci um homem dormindo no meio do deserto do Saara. Ele era um piloto de avião de mão cheia, mas, nesse dia, ele estava perdido, pois, seu avião tinha dado pane enquanto estava dando uma volta pelo mundo. Em meio a um sono profundo, deitado na imensidão de areia, acordei-o pedindo que desenhasse um carneiro. Ele ficou um pouco assustado com o pedido, já que não esperava ver uma pessoa tão minúscula como eu aparecer do nada no deserto pedindo para desenhar um carneiro. O homem não parava de me olhar, sem reação, por ter visto uma criança no meio do nada, sem ao menos parecer que estava perdido, então, mais uma vez, ao me questionar o que eu estava fazendo naquele lugar, pedi, sem lhe responder, que desenhasse um carneiro. Na mesma hora, ele tirou um caderno e um lápis do bolso e começou a desenhar. Envergonhado, ele me falou que quando era criança, havia sido desencorajado pelos adultos a não seguir a carreira de pintor, pois, falavam que não sabia desenhar, porém, não me importei, o que eu queria mesmo era o carneiro. O primeiro desenho que ele fez, parecia que o carneiro estava com febre aftosa, então pedi para desenhar outro. O segundo carneiro, parecia um bode, não gostei, pedi mais uma vez que desenhasse outro, porém, o terceiro carneiro parecia que ele estava quase na beira da morte de tão velho. Então, o homem perdeu a paciência e desenhou uma caixa minúscula com o quarto carneiro, enfim, esse era o que eu esperava, poiso meu planeta é muito pequeno e não posso levar um que ocupe muito espaço e que coma muito capim. Continuamos a conversar, como você sabe, gosto muito de falar e de perguntar, comecei a questionar aquele homem sobre os espinhos das flores, mas, ele parecia não me ouvir. Contudo, insisti até que ele me respondesse, até que ele me respondeu com um pouco de rancor em sua fala, que os espinhos era pura maldade das flores, e me surpreendi com aquela resposta, uma vez que considero as flores tão ingênuas e sensíveis. Mas, ele continuou afirmando que era um homem sério, que não tinha tempo para pensar nas flores, tampouco nos espinhos e, assim, aquele homem me fez lembrar de tantos outros, que passam a vida só somando e nãovivem como deveriam. Mas quero te falar em especial em uma flor que conheci, ela era tão bela. Apaixonei-me assim que a vi, ela tinha algo que despertou nos meus olhos sentimentos de alegria, que acelerou o meu coração e que me fez amá-la como nunca amei alguém, mas, acho que esses sentimentos não foram despertados nela. Ela sabia que era bela e que eu a amava, mas seu coração era muito vaidoso, orgulhoso e egoísta, com isso foi necessário a minha partida, mas nunca a esqueci, ela estará em meu coração, a levarei comigo em meus pensamentos, embora não saiba se essa foi a atitude correta, pois, devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, iluminava-me ... Não devia jamais ter fugido. Deveria ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era 12

jovem demais para saber amar. Também conheci outras pessoas, vou falar de cada um aqui... Conheci um reiextremamente autoritário que adorava dar ordens, se achava muito sábio em julgar o outro, mas não tinha sabedoria para julgar a si mesmo. Conheci um bêbado que vivia em um planeta sozinho, numa profunda melancolia, a tristeza habitava no bêbado. Conheci um homem de negócios; era um homem sério que só se preocupava em fazer negócios, não tinha tempo para mais nada além de contar as estrelas. Também era um homem movido pela ganância de possuir mais e mais para ser rico. Conheci o acendedor de lampiões, era um homem que vivia em seu planeta pequeno, era um homem fiel ao seu trabalho e estava ali há anos. Conheci o geógrafo, era um velho que escrevia livros enormes. Conheci um astrônomo turco, ele fizera na época uma grande demonstração da sua descoberta num Congresso Internacional de Astronomia, mas ninguém lhe dera crédito, por causa das roupas que usava, as pessoas grandes são assim, olham a aparência. Conheci o vaidoso, era um homem vaidoso, que possuía um chapéu, belas roupas, porém se achava digno de toda admiração. Então, meu amigo, esses são meus relatos dessa viagem incrível, ainda tenho muito para conversarmos, mas, no nosso próximo encontro, teremos tempo suficiente para te falar mais detalhes dessa história. Abraço, querido amigo! Vejo-te em breve! Solânea, 03 de novembro de 2020. 13

De um lugarzinho da Terra, novembro de 2020. Querido amigo, Oi! Como você vai? Esperamos que estejas bem. Hoje, viemos por meio desta carta partilhar um pouquinho com você sobre a história do Pequeno Príncipe. Bom, ela é uma linda obra com uma história profunda, capaz de levar cada leitor a viajar durante cada momento, como também fazer com que cada um leve para a vida as diversas lições trazidas pela história. No decorrer das aventuras do Pequeno Príncipe, é possível percebermos o quanto deixamos muitas vezes de dar valor às pequenas coisas, às coisas mais simples da vida, iremos refletir com você especificamente sobre uma das aventuras do principezinho, para assim não darmos muito spoiler da história. E, ai, vais embarcar junto com a gente nessa aventura? O trecho que iremos focar é o encontro do Pequeno Príncipe com a raposa, encontro este que podemos tirar diversas lições para a nossa vida. Neste momento da história, o Principezinho acaba se frustrando antecipadamente por conta de um certo fato, e ao encontrar a raposa, ela acaba lhe dando vários conselhos, e entre estes conselhos a raposa acaba citando a seguinte frase: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo quecativas”. E esta frase é capaz de nos levar a refletir bastante sobre diversas áreas de nossa vida, mas focando na amizade, ela nos faz refletir que para termos uma amizade verdadeira, fiel, precisamos antes de tudo cativá-la. Oferecer ao outro o nosso melhor, o nosso cuidado, mas lembrando que para isso é preciso haver reciprocidade. Infelizmente, as pessoas não tem mais tempo para conhecerem umas as outras, querem tudo pronto e acabado. Talvez seja isso em que muitos acabam sozinhos e na amargura. Não existe tempo, ou não querem cativar algo, preferem o fácil, o agora e não o contínuo que permite a cada dia que passa, usufruir mais e mais da felicidade que é ter alguém para poder contar. Assim são nossos amigos, para tê-los em nossa vida foi preciso cativá-los a cada dia, vivendo vários e vários momentos juntos, não foi da noite para o dia, pois tudo o que vem fácil vai fácil, já dizia o velho ditado. E temos a certeza que cada um é único e tem sua essência inconfundível que dá aquela pitada especial em nossa vida. E é com esta reflexão que finalizamos por aqui, foi muito bom realizarmos esta reflexão juntamente com você, esperamos ter deixado aí contigo o desejo de ler este belo livro, e lhe fazemos um último pedido: entre no mundo desse pequeno menino de cabelos dourados e deixe ele te conquistar. Viva cada emoção, cada momento da história. Ah! E ficaremos imensamente felizes em saber o que você achou da obra, aguardamos ansiosamente o seu feedback viu? Abraços, Denise D’arc JoselmaCândido Maria Beatriz 14

Um livro que inspira poesias e versos

(EM)QUANTO TEMPO? Perdido no deserto, Um príncipe o piloto encontrou Que lhe pediu para desenhar um carneiro E depois de várias tentativas O carneiro ideal desenhou. Ao longo de sua jornada, Muitas pessoas o príncipe encontrou Em cada planeta visitado, Um aprendizado ele tirou, Sem entender o pensamento dos adultos, O príncipe continuou nos fazendo refletir Que o importante está nos pequenos detalhes Em outras palavras, no que nos faz sorrir! Em conversa com a raposa, Surgiu uma grande questão O tempo para ansiosos, Não será um grande vilão? Para esperar a chegada, é preciso ritos. Mas, como acalmar o coração Em meio seus tantos gritos? Entender a hora da chegada, ou da partida A inquietude e agitação, O preparar do coração Seria uma angústia contida, Sofreríamos por antecipação. Após um pouco pensar, i Indagou-a ao contrariar Se não souberes de nada, Ainda assim, vais te angustiar Pois, não se trata da chegada, Mas como e se vais chegar! Se não souber que horas chegas, Tampouco saberei se vens 16

A dúvida será tão forte que dela serei refém Mas, se disseres que vens tal hora E se por ventura tu não chegares Não mais te esperarei, Pois, sei que estarás em outros lugares. Sentiu-se encurralado, Pobre enino, espantado! Eis que surge outra questão, Que está em sua mão. As cheganças de surpresa Não trazem felicidade, então? Se não quiseres responder, Podes ficar calado Não queremos que você Sinta-se pressionado. E o que faz a vida bela? A raposa que não tem nada de fera, Respondeu essa questão O essencial é invisível para os olhos, Só se vê bem com o coração Que bela reflexão! E o que nós praticamos? Enxergamos com o coração? Pelo visto, viciamo-nos no que olhamos Há um grande amor pelo objeto E com nossos próximos, Acabamos por negligenciar o afeto. O príncipe encontrou o piloto nessa incrível trajetória Que parece mostrar a vida do outro Mas, diz muito sobre nossa história Na minha vida pessoal, Quero o supérfluo ou a glória? Eline Santos Araújo Evellin Jerônimo de Araújo Millena Suênia Silva de Macêdo 17

O Menino Príncipe Um menino sonhador Com uma alma inocente Protagonista de uma história Que ensina muito a gente. Na viagem, amou uma rosa, Não gostava de blablabá Então, pediu ao piloto Para uma ovelha desenhar. Mas não podia ser uma ovelha grande, Pois, seu planeta era pequeno Grande era o coração Daquele menino ingênuo de olhar sereno! Confuso com decisões dos adultos O Pequeno Príncipe nos faz refletir Nunca se esqueça de sonhar, Muito menos de sorrir. Se você já é adulto Uma coisa deve fazer: Mesmo com os desafios da vida Não deixe seu lado criança morrer! Em seu encontro com a raposa Levou-nos muito a pensar Contudo, o mais importante foi Entender o que é cativar. Cativar é criar laços, É amar e ser amado! O homem em seu dia a dia Não tem tempo guardado Mas se tu não cativas, Nunca serás cativado! Fabiana da Silva 18

O Pequeno Príncipe em versos Vou aqui lhes apresentar A história de um principezinho Que buscava um amigo, Pois se sentia sozinho No seu pequeno planeta Que também era pequenino. Na Terra ele chegou, Depois de muito viajar. Um aviador encontrou E para ele pediu para desenhar Um carneiro numa caixa Para seu planeta levar. Para o aviador falou de sua viagem, De todos que conheceu E que por sua passagem, Ele muito aprendeu Mas, até chegar na Terra, Um amigo não conheceu. De seu planeta também falou Era um lugar muito pequeno, Tinha um vulcão, um baóba e uma flor Que ele cuidava de todos Com todo carinho e muito amor. Em sua viagem, Os homens que conheceu Ensinaram-lhe que aquele que cresceu Não sabe o que é amizade E isso o entristeceu. A Terra, grande e redonda, Foi o último planeta que ele visitou Nele, conheceu a cobra, a raposa e uma flor E eles o ensinaram como é o amor. 19

Para se ter um amigo, Você deve o cativar E, assim, esse ser, Único se tornará Por esse laço, Responsável você ficará. Só se ver bem com o coração, E isso é relevante Na amizade, O sentimento se torna gigante O essencial se torna invisível, E isso é muito importante. Aqui eu aprendi, Que ser criança é complicado Pois, os adultos que ali vivem Sempre estão muito ocupados Em um mundo cujo lugar, O que importa não é o cuidado. Esquecendo que, na vida, O sentimento é importante Em que se ter um amigo, Torna o caminho brilhante. Aqui, deixo meus versinhos Nesse mesmo instante. Isabella Batista de Medeiros Leila Santos de Melo Tatiane da Conceição Felix 20

O ESSENCIAL PARECE NÃO SER REAL Pequeno Príncipe, a vida está do avesso e ninguém reparou. O essencial, que é invisível aos olhos, Tornou-se um padrão, Seja de vida ou de beleza, Que não existe, Mas que está diante dos nossos olhos. Parece-nos, contudo, Que todos olhos se voltaram Apenas para os espinhos, Isso me lembra a Raposa, Correndo risco de chorar Ao deixar de cativar, Esquecendo que o importante mesmo É a rosa cultivar. Ângela Beatriz Venâncio da Silva Josefa Micássia da Costa Lima 21

O cordel de uma viagem.

A viajem do principezinho Um Certo dia, no deserto, Umprincipezinho encontrei Eassim que ele me viu Umapergunta me fez: -Desenha-me um carneiro? E,então, respondi: -Desenho, só dessa vez! -Ora, um principezinho no deserto?! Logofiquei esperto! Começamos a conversar Depois de alguns dedos de prosa, Falou-me que tinha uma rosa, Muito linda e orgulhosa. Não foi necessário muito tempo... Conversa vai, conversa vem, Senti vontade de perguntar: - Principezinho? De onde tu vens? Logo, ele respondeu: - De onde venho, o lugar é bem pequeno, Mas, é muito bom de morar! O que tenho lá são coisas simples, Apenas três vulcões e uma rosa, A qual conseguiu me machucar. Desde então, comecei a viajar De planeta em planeta andava Na espera de um amigo encontrar! Em cada planeta que ia Um habitante encontrava Tinha rei, tinha bêbado E até um que só contava E, para completar na Terra, Tinhauma cobra que falava! 23

Durante toda viagem, Começava a refletir: Por que as pessoas são tão esquisitas A ponto de não parar para ouvir? Talvez não saibam o segredo Que, um dia, a raposa me falou aqui! Segredos são segredos Sei que não posso contar. Mas, como todos leram o livro Vou aqui ressaltar: Trata-se de uma lição de vida Que vou aqui pontuar! A raposa me ensinou que é preciso cativar Cativar quem está do lado Para, então, laços criar. Significa ter amigos Para com eles brincar. Amigos de verdade dinheiro nenhum não pode comprar. Outra coisa me falou E isto de fato me marcou. Querido principezinho, Preste muita atenção, O essencial é invisível aos olhos Por isso, veja com o coração. Com os conselhos da raposa Fiquei cheio de alegria Queria voltar pra minha rosa Nem que fosse no outro dia Porque ela me cativou E, assim como raposa, entendi o que é o amor. Alexander da Silva Menezes Luana Soares de Medeiro 24

Amar também é partir: história em versos de um Príncipe Começo meus versos Singelos e afáveis Para falar de um livro De frases memoráveis. De um Pequeno Principe Que amava a sua rosa, Então, partiu do seu planeta Sem nenhuma prosa. Passou por sete planetas De todos, o príncipe levou Um vasto conhecimento Quea todos encantou. As particularidades De todos conheceu E construiu amizades Do rei até o plebeu. Foi o planeta Terra A sua última parada Na qual encontrou Uma raposa prendada. O príncipe não sabia cativar, Mas, a raposa disse: -É preciso criar laços. E foi necessário despedir-se. Procurava por amigos Encontrou bons e ruins, No entanto, poderia Ter levado outros fins. A todo instante pensava Do que havia deixado, 25

Mas seguiu em frente, Um pouco mais relaxado. Encontrou um amigo Num pequeno avião, Ensinando-o que só Vê bem com o coração. Pois, o essencial é Invisível para os olhos, Partindo mais uma vez em direção aos orvalhos. O encontro do amigo Cativado é nas estrelas, Aquela que brilha forte Está entre as mais belas. Contudo, ainda lembras Da sua amada flor Que era responsável Dando, enfim, seu amor. O Pequeno Príncipe De cabelos cor de ouro, Viveu lindamente e Ensinou que nada é duradouro. Sabendo que nada é eterno Esses versos não iam ser diferente Mesmo sabendo disso Seguimos em frente. E já me despedindo É com muito pesar Sem chorar nem gemer Que os versos vou acabar. Emanuela Rocha da Silva Arcanjo Rannsmilly Kelson de Souza Nascimento Sabrina Castro de Almeida 26

Recontando a história de um pequeno principe.

Conto: O Pequeno Príncipe Viajante Era uma vez um Principezinho, que habitava em um planeta bem pequeno. Nesse planeta existia apenas três vulcões, um encontrava-se adormecido e uma rosa; ele gostava muito dela, sempre estava tentando lhe proteger, mas, o principezinho sentia necessidade de um amigo, ele queria muito uma amizade e, então, resolveu sair a procura de uma. Foi visitar vários planetas, no primeiro, ele encontrou um rei, ele vivia sozinho e gostava de ordenar, até pensou que o pequeno príncipe era um súdito seu, sem entender a necessidade de tanta ordem o principezinho não quis ficar no planeta, achou o rei muito esquisito e resolveu seguir viagem. Sua próxima parada foi no planeta do vaidoso, ele achava que o principezinho tinha ido lhe admirar, o pequeno sem entender nada admirou-se, mas não sabia o porquê disso, o vaidoso vivia para que os outros lhe admirasse e não fazia mais nada. Foi assim que o príncipe confirmou que as pessoas eram estranhas, ele não quis ficar ali e partiu para outro planeta. No planeta seguinte, morava um bêbado, logo o principezinho perguntou o motivo que ele bebia e ele respondeu: “- eu bebo por vergonha”, e o príncipe curioso perguntou: “- Vergonha de que?”, “- Vergonha de beber”, respondeu o bêbado. O pequeno sem entender nada, só confirmava o que achava: “As pessoas são estranhas”. Ao chegar no outro planeta que era habitado por um empresário, ele só sabia trabalhar, fazer contas e nem levantou a cabeça para o principezinho, que perguntava o motivo de ele fazer tantas contas, e o empresário afirmou que era pelo fato de ele ser um “homem sério”, o príncipe não entendeu o motivo de tanta ocupação e pensou, “realmente as pessoas grande são mesmo extraordinárias” 28

Sua próxima parada foi em um planeta muito pequeno, era menor de todos que ele já tinha ido e nele morava um acendedor de lampiões com seu lampião. Ele vivia fazendo acendendo e apagando lampiões, nem dormia, não fazia nada, apenas isso, pois seguia um regulamento. Ele gostou desse planeta, mas não quis ficar ali, o acendedor não tinha muito tempo para ele. Chegou no sexto planeta a ser visitado, ele era bem grande, dez vezes maior e habitado por um geografo, que conversou com o pequeno príncipe, e ele teve interesse em conhecer o planeta, mas o geografo não sabia lhe explicar nada sobre ele, porém indicou que ele visitasse o planeta terra. Foi então que ele chegou ao planeta Terra, não era um planeta qualquer, era um planeta muito grande. Ele chegou no meio deserto, e estava procurando os homens, pois ele procurava uma amizade. Mas, ele encontrou uma serpente, eles conversaram muito, porém, ela não sabia onde encontrar os homens e assim o principezinho seguiu a procurar. O pequeno príncipe saiu do deserto e encontrou uma flor, uma flor que tinha apenas 3 pétalas. Ele logo perguntou se ela tinha visto os homens, mas, ela disse que nunca sabe onde eles se encontram, que eles não têm raízes assim como ela e o vento os leva. Assim, o príncipe seguiu o seu caminho, subiu por montanhas, andou pelas rochas, pela neve. E enfim... Ele encontrou uma estrada, com um jardim cheio de rosas, iguais a que tinha no seu planeta, ao olhar essas rosas ele sentiu tanta falta da sua. Quando de repente apareceu uma raposa, e o principezinho perguntou se ela queria ser a sua amiga, mas ela falou que para eles serem amigos, ele tinha que cativar ela, e ele curioso perguntou: - O que é cativar? A raposa respondeu: - É criar laços, é ter necessidade um do outro, sentir falta e ficar feliz com sua presença. 29

E, ao longo dos dias, o principezinho foi cativando a raposa, criando laços e eles foram virando amigos. Ela tinha tempo para brincar com ele, enquanto as pessoas grandes não tinham, só queriam saber de trabalho, estudo, dinheiro, beber, e não dava valor as amizades e as brincadeiras, nem muito menos em cativar as pessoas. O pequeno príncipe estava muito feliz, mas também sentia muitas saudades de sua rosa, foi quando ele decidiu voltar para casa, pois tinha tantas rosas no planeta terra, mas nenhuma tinha lhe cativado como a do seu planeta. O principezinho seguiu viagem para seu planeta muito feliz por ter conseguido uma amizade, e sabia que sempre que quisesse ela estaria ali, e para a raposa não ficar triste ele falou que quando ela tivesse com saudades olhasse para o céu estrelado que ele estaria lá. E, assim, a raposa faz todas as noites. Amanda Tavares da Silva Thais de Cássia Cavalcanti Ramos 30

Não podemos viver sós Era uma vez um pequeno jovem, que vivia em um planeta. Sua vida era repleta de aventuras, ele dava valores às pequenas coisas que tinha na vida. Um dia, esse pequeno jovem foi nomeado príncipe, pois, o rei do seu planeta lhe queria muito bem, então o chamou pequeno príncipe. Um belo dia, o pequeno príncipe estava a passear no seu planeta, com seu amigo o carneiro que com ele vivia diversas aventuras e imaginações. Em meio a suas aventuras, acabou esbarrando com uma linda raposa, porém, apesar de muito linda e cativante, a raposa não tinha amigos. Então, o pequeno príncipe se aproximou, mas a raposa logo sua amizade recusou, dando as costas para o príncipe, e voltou para sua floresta. Mas, o pequeno príncipe falou: - Um dia, ainda vamos nos encontrar novamente raposa, mas, ela nem deu bola. Então, dias se passaram e o pequeno príncipe resolveu ir nadar em um rio perto de uma floresta. Era um dia lindo e tranqüilo, e quando estava à beira do rio a descansar e deslumbrar a maravilhosa natureza, escutou gritos vindos de dentro da floresta; o pequeno príncipe, meio assustado, corre para ver o que é, e então vê a raposa presa em uma armadilha de caçador. O pequeno príncipe corre pra ajudá-la, mas a raposa com todo seu orgulho diz: - Não preciso de sua ajuda! O pequeno príncipe diz: - Você esta muito machucada, precisa de ajuda, não vou lhe machucar, só quero lhe ajudar, o orgulho só afasta e quebra laços que podem ser pra vida toda. Até que a raposa não suportando mais a dor, pois, estava muito machucada, deixou o pequeno príncipe lhe ajudar, e a raposa muito ingrata disse: - Já que me soltou agora não preciso mais de sua ajuda e foi embora. E o pequeno príncipe preocupado com a raposa, todos os dias ia à floresta, levava comida e sempre um bilhete deixava: “Raposa, espero que estejas bem, não tenhas medo de mim, quero ser apenas seu amigo’’. 31

A raposa, ainda muito desconfiada, muito fria com o pequeno príncipe, mas aos poucos foi deixando ser cativada pelo príncipe, e eles foram construindo um nível de segurança um com o outro e a raposa foi criando grande afeição pelo príncipe. Então, pensou em retribuir a generosidade, o carinho e o cuidado que o príncipe teve com ela, pensou em plantar uma linda rosa para presentear o príncipe, plantando em seu jardim uma rosa e, como assim o príncipe cuidou da raposa, a raposa cuidou da rosa dando carinho e aprendendo a sentir sentimentos de amor. Cuidava da rosa em dias chuvosos, até que a rosa cresceu radiante e estava pronta para presentear o príncipe. A raposa já não via a hora de presenteá-lo e agradecer por tudo que ele fez por ela, que foi correndo entregar ao príncipe que ficou muito feliz em ver essa atitude. Logo após entregar a rosa disse: - Essa rosa é símbolo da nossa amizade, e sou feliz por ter você como meu amigo, mesmo que eu tenha sido tão grossa com você, foi você quem me ensinou que não podemos viver só. Camila Duarte de Oliveira Suellen Luciano Morais de Lucena 32

Crédito especial :Paródia

PARÓDIA ELABORADA COM BASE NO BEET DA MÚSICA “HISTÓRIA DE AMOR” DE SLIM RIMOGRAFIA: O príncipe do rap Algo aconteceu naquele dia Nas suas histórias Sempre cheias de magia Sempre andando no espaço sideral Buscando novas histórias Semum fim proposital Nesse ritmo de rap, Rimando numa mesma levada O príncipe que era pequeno Mas com um grande conhecimento Que conseguiu na sua caminhada Jáviu muitos planetas Conheceu muitas pessoas Levando sua alegria Para todos os lugares Em busca de amigos Para acompanha-lo na sua jornada Foi seguindo sua vida Andando por aí Conheceu um amigo Em um avião Que enxergou em seu coração Uma amizade verdadeira E, em sua jornada bela e faceira, Seuamigo lhe acompanhou 34

Vou finalizando essa rima Mostrando pra vocês Que nessa vida Tudo tem o tempo certo de acontecer Não tenha pressa Nem com amor nem com amizade Se for da vontade de Deus Você encontrará alguém na sua jornada. Emanuela Rocha da Silva Arcanjo Rannsmilly Kelson de Souza Nascimento Sabrina Castro de Almeida 35

Uma mensagem final

Se você tem amigos sugiro preservá-los Oi, venho aqui te dizer e fazer compreender o valor da verdadeira amizade. Os nossos amigos nos proporcionam momentos divertidos, nos fazem companhia nas horas boas e ruins, e acabam deixando o que há de melhor deles em nós, nos tornando pessoas melhores. Você já ouviu falar que nós somos a média das cinco pessoas que mais passamos o tempo? Como nos faz compreender o pequeno príncipe , conhecemos cada amigo de modo único, “Fiz dele meu amigo e agora é único no mundo” . Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações. Pois boas lembranças, são marcantes, e o que é marcante nunca se esquece! Uma grande amizade mesmo com o passar do tempo é cultivada assim! Há amizades que muitas vezes são incompreensíveis: pessoas que para alguns parecem insuportáveis, mas que para um amigo são aquelas em quem ele confia plenamente. Nossos amigos são únicos para nós. Quando existe uma amizade verdadeira, podemos ser livres diante dela e diante de todos. Um verdadeiro amigo te conhece de um jeito único, como também conhece seus segredos, diz verdades sobre você , que até você tinha esquecido e te leva a ser melhor sempre. Ana Clara Fontes da Silva Brena Silva de Lima 37

Não podemos esquecer... Caros amigos, escrevo-lhes essa mensagem com as melhores intenções. Para te falar que devemos seguir o exemplo do pequeno Príncipe, seguindo as instruções e não tendo pressa. Esperar, ter paciência e admirar as estrelas. Sem perder a esperança de dias melhores! Cativando no outro o que temos de melhor. Assim como a amizade sincera do príncipe com a raposa, que o fez repensar sobre o que significa criar laços, e o fez olhar as coisas com o coração, até por que o essencial é invisível aos olhos. E, portanto, devemos oferecerer cativar o temos de mais bonito e autêntico. Abraços! Leandro Barros da Silva Lira 38

Sobre os autores Os autores são graduandos do curso de Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba - Campus III - Bananeiras-Pb (CCHSA). Demonstraram habilidades e grande senso criativo nas retextualizações desenvolvidas para a disciplina \"Leitura e Produção de Textos\" ,o que nos levou a pensar que tamanha criatividade e reflexões desses trabalhos, não poderiam ser guardada só para nós. Então, decidimos compartilhar essas emoções em forma de textos com vocês .


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