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HEB Noticias solanea

Published by thayscassia1999, 2022-04-01 14:37:20

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["As possibilidades econ\u00f4micas do importante distrito que se vai desmembrar de Bananeiras- Interessante entrevista com o nosso confrade Tancredo de Carvalho- Solanea realizar\u00e1, assim, um dos \u2013 mais gratos sonhos do seu povo- \u2022 Em face da apresenta\u00e7\u00e3o, na Assembl\u00e9ia Legislativa, do projeto criando o munic\u00edpio de Sol\u00e2nea, procuramos ouvir a respeito o nosso confrade Tancredo de Carvalho, natural daquele distrito e elemento integrado nas suas aspira\u00e7\u00f5es, o qual come\u00e7ou dizendo o nosso entrevistado que Sol\u00e2nea antigo povoado de Moreno, sempre gozou de uma situa\u00e7\u00e3o privilegiada, tanto do ponto de vista hist\u00f3rico, como geogr\u00e1fico, e tamb\u00e9m econ\u00f4mico. Encravado numa das mais pitorescas e salutares regi\u00f5es dos contrafortes da Borborema, estende-se numa plan\u00edcie de muitos quil\u00f4metros e sua altitude acima do Nivel do mar atinge 575 metros. Assim t\u00e3o privilegiadamente colocada, Sol\u00e2nea \u00e9 intensamente visitada e mant\u00e9m com\u00e9rcio ativo com numerosas localidades dessa zona e de outras circunvizinhas, n\u00e3o sendo menor o seu gosto pelas cousas sociais. A\u00ed, pelos fins do s\u00e9culo passado, esteve residindo temporariamente, em Sol\u00e2nea, o renomado cientista e m\u00e9dico Dr. Louren\u00e7o da Fonseca, membro da Academia Real das Ci\u00eancias dos Institutos de Coimbra e Arqueol\u00f3gico e Geogr\u00e1fico de Pernambuco que, em seu destacado livro \u201cATRAVES DO DESERTO\u201d, editado em Portugal, em 1900, classificou o clima da antiga Moreno como de um verdadeiro sanat\u00f3rio, equiparando, d\u00easse modo, os melhores da Europa. Essa perman\u00eancia, do acata do clinico, foi motivada por necessidade de tratamento de sa\u00fade de sua esposa. E, percorridos v\u00e1rios Estados do Brasil, achou o que almejava, em mat\u00e9ria de clima, na zona de Sol\u00e2nea. COMO FATOR ECONOMICO Desfruta uma situa\u00e7\u00e3o das melhores, tanto no terreno da agricultura, quanto no da ind\u00fastria e com\u00e9rcio ativo. O seu principal produto era o fumo, depois ampliou-se para outros setores como os do algod\u00e3o e agave, possuindo diversas usinas de beneficiamento d\u00easses produtos, assunto j\u00e1 debatido em trabalhos divulgados na impresa. Convem repetir, a esta folha, que o vulto econ\u00f4mico nas arrecada\u00e7\u00f5es do Estado, justificam sua transforma\u00e7\u00e3o em Cidade e Mun\u00edcipio. Assim \u00e9 que rendeu, s\u00f3 em Vendas e Consigna\u00e7\u00f5es, a soma de Cr$ 702.024,50. O Imposto Territorial, Cr$ 33.695,00, para os cofres do Estado. Para a Fazenda Federal, rendeu Cr$ 98.173,00. Isso, no exerc\u00edcio de 1952. - Tem possibilidades, Sol\u00e2nea, para o funcionamento de uma Cooperativa de Cr\u00e9dito, afim de auxiliar aos pequenos lavradores, id\u00e9ia que deve, de logo, ser objetivada, para impulsionamento do seu progressista lado econ\u00f4mico. -Conta, mais, com um moderno mercado p\u00fablico, edif\u00edcio dos Cor reios e Tel\u00e9grafos, Gremio Morenense, com a biblioteca \\\"Alvaro de Carvalho\\\", amplo edif\u00edcio, com quase trinta anos de atividades sociais, Igreja e Casa Paroquial, em estilos modernos, j\u00e1 tendo meios de se tornar em Par\u00f3quia, como bem j\u00e1 acentuou, um de seus dignos filhos, o padre Moreira, em artigo publicado na \\\"A Imprensa\\\", um Campo Santo todo murado e muito bem zelado, cinema moderno, com capacidade para cerca de trezentas pessoas, equipado de m\u00e1quina Sonora e excelente mobili\u00e1rio e muitas residencias particulares modernas, uma grande Usina de Beneficiamento de fibras, a qual, nos exerc\u00edcios de 1950 e 1952, efetuou compras no total de Cr$ 43.263,506. Ainda conta cinco Prensas de beneficiamento de fumo, uma fabrica de d\u00f4ces, tr\u00eas drogarias, dois bares, duas ag\u00eancias de pe\u00e7as de auto m\u00f3veis, nove casas de tecidos, um armazem de estivas","em grosso, quatro engenhos de fabricar rapaduras e aguardente, tendo ultimamente se inaugurado, na vila, um modernissimo POSTO \u201cESSO\u201d, aparelhado de completo servi\u00e7o de lavagem e lubrifica\u00e7\u00e3o, em cuja constru\u00e7\u00e3o foram invertidos alguns milhares de cruzeiros. -Conta, atualmente, com mais de 25.000 habitantes, possuindo a s\u00e9de do Distrito mais de 400 casas de alvenaria, sendo a sua renda tribut\u00e1ria pr\u00f3pria superior a Cr$ 250.000.00. -As vias de comunica\u00e7\u00f5es com a Capital do Estado e munic\u00edpios vizinhos, s\u00e3o transitadas por mais de 20 ve\u00edculos pr\u00f3prios, do Distrito, que fazem o intercambio de mercadorias, n\u00e3o contando com o sem n\u00famero de outros, de todas as proced\u00eancias, que por ali transitam. Elevada a Distrito, no ano de 1926, pela Lei n. 637, Sol\u00e2nea vem desfrutando, ano a ano, um progresso cada vez mais acentuado. No passado, foi propugnador do seu progresso a figura \u00edmpar de Celso Cirne, \u00easse inegualavel lutador, esse bandeirante ilustre, que se bateu com denodo pelo bem e pela paz de sua e nossa terra, sendo seu fundador um descendente de Soares Moreno, \\\"hist\u00f3rico heroi do po\u00eama em prosa \\\"IRACEMA\\\". de Jos\u00e9 de Alencar\\\", conforme afirmativa do Dr. Louren\u00e7o da Fonseca, j\u00e1 citado. Nos tempos modernos, destaca-se a figura veneranda de Leoncio Costa, o maior pioneiro de seu engrandecimento, que contou com a firme e decidida colabora\u00e7\u00e3o de outro homem de valor, que foi Jos\u00e9 Pessoa da Costa, j\u00e1 desaparecido. Outros nomes se destacam, na hist\u00f3ria do progresso de Moreno, hoje Sol\u00e2nea. E s\u00e3o eles, Alfredo Bandeira da Costa, Julio Juvino de Souza e Dona Rita Gracindo Marques, sogra do saudoso.\u201d \u201cCOMO FATOR POLITICO - Tem, Sol\u00e2nea, atualmente, um Col\u00e9gio Eleitoral, que ascende mais de tr\u00eas mil eleitores e do lado pol\u00edtico em que sempre se h\u00e1 colocado, pela sua unidade de pensamento e a\u00e7\u00e3o, nunca foi derrotado, nas urnas, constituindo, d\u00easse modo, uma for\u00e7a eleitoral de vontade firme e muito apreci\u00e1vel. Que digam os nossos lealdosos amigos e tradicionais pol\u00edticos, daquela zona, o Capit\u00e3o Irineu Caldas Barros, dois elementos sempre dispostos a formar nas boas e justas causas. DESMEMBRAMENTO DE DISTRITOS Felizmente, no caso da emancipa\u00e7\u00e3o de Sol\u00e2nea, n\u00e3o tivemos de *ileg\u00edvel* o s\u00e9rio problema de desmembramento de distrito, fato que vem sendo o *ileg\u00edvel* de disc\u00f3rdia em assunto dessa natureza. De acordo com o mapa recentemente levantado, conta o Distrito com um territ\u00f3rio de mais de trezentos quil\u00f4metros quadrados, n\u00e3o precisando, portanto, desmembramento de distritos do munic\u00edpio de Bananeiras para formar o futuro munic\u00edpio de Sol\u00e2nea. Dessa forma, conclue o nosso entrevistado, em todos os setores, de atividade, Sol\u00e2nea pode ser leg\u00edtima candidata \u00e1 cidade e munic\u00edpio e, na realidade, tem contado o desejo de sua din\u00e2mica popula\u00e7\u00e3o com todo o apoio dos respons\u00e1veis pelos seus pol\u00edticos e vontade inabal\u00e1vel de construir-se em mais uma comuna progressista social e econ\u00f4mica do Estado.\u201d (14\/06\/1953. Ano XLII. N 1088. p. 1,5) Acesso: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=15761 http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=15738 O projeto de autonomia Municipal para Sol\u00e2nea","\u2022 \u201cO movimento realizado visando a cria\u00e7\u00e3o do munic\u00edpio de Sol\u00e2nea, pela eleva\u00e7\u00e3o do atual distrito d\u00easse nome, no munic\u00edpio de Bananeiras, foi, desde o seu in\u00edcio, nitidamente popular e mobilizador das simpatias gerais. Essas simpatias n\u00e3o foram apenas as dos habitantes do pr\u00f3spero distrito. Com efeito as primeiras listas colhendo assinaturas para o memorial - representa\u00e7\u00e3o \u00e0 Assembl\u00e9ia Legislativa, ficaram prejudicadas, tantas eram as assinaturas de habitantes do distrito s\u00e9de (cidade de Bananeiras) que em ditas listas se contavam. Em face dessa geral aceita\u00e7\u00e3o da id\u00e9ia \u00e9 que o jornalista Tancredo de Carvalho e outros que se t\u00eam ocupado do assunto, prodigamente, dispensaram aos homens p\u00fablicos, \u00e0s autoridades e cidad\u00e3os representativos da s\u00e9de do munic\u00edpio desmembrando, louvores e aplausos pela atitude conhecida de respeito \u00e0 vontade do povo, exercendo-se e manifestando-se pelos caminhos legais. Todavia, agora, ainda que n\u00e3o de frente e de viseira erguida, aparecem inimigos da autonomia pleiteada. Constit\u00faem um pequeno grupo de interesses pessoais. cavilosamente se ocultando em simuladas profecias derrotistas, em agouros adredemente compostos de que o munic\u00edpio de Bananeiras, sem distrito de Sol\u00e2nea. perecer\u00e1. Poder\u00edamos come\u00e7ar citando nomes o faremos, se necess\u00e1rio. Queremos todavia permanecer no campo ameno dos argumentos. E foi por querermos o trato do assunto em plano elevado, que, mesmo sem \\\"pedigree\u201d t\u00e9cnico no assunto, escrevemos uma palestra s\u00f4bre autonomia municipal e convid\u00e1mos a ouvi-la a C\u00e2mara de Vereadores e o povo em geral. da cidade de Bananeiras. O reverendo Padre Jos\u00e9 Diniz, cedeu-nos o \\\"Cinema Excelsior\u201d e o vereador Antonio Vaz, um dos corifeus do movimento anti-autonomista emprestou-nos a sua R\u00e1dio Muricituba. Os principais da cidade, por\u00e9m, com raras exce\u00e7\u00f5es fizeram \\\"forfait\u201d inclusive os vereadores que cansados das tarefas cotidianas da venda de tecidos, do desfibramento de agave, da fermenta\u00e7\u00e3o da farinha de trigo na panifica\u00e7\u00e3o mais rendosa, n\u00e3o quiseram ouvir o pensamento de Pedro Calmon, de Pontes de Miranda e de outros mestres a que nos arrim\u00e1mos no trato do tema municipalista. N\u00e3o quiseram ouvir mas prosseguiram no seu combate surdo. E j\u00e1 agora temos conhecimento de que, em comiss\u00f5es, em grupos, usando expedientes n\u00e3o claros nem vis\u00edveis, dirigem-se aos poderes do Estado e em particular nos deputados que assinaram o projeto autonomista - a quem chamam \u00e0 Socapa de \\\"coveiros\\\" do munic\u00edpio de Bananeiras - para entravar a cria\u00e7\u00e3o da municipio de Sol\u00e2nea. O povo desse distrito tem um penhor: a palavra do Governador licenciado da Paraiba, o Ministro Jos\u00e9 Am\u00e9rico de Almeida, penhor que mereceu a ratifica\u00e7\u00e3o do atual governador Jo\u00e3o Fernandes de Lima. Sol\u00e2nea - disse o Ministro Jos\u00e9 Americo, em discurso proferido recentemente naquela vila, \u00e9 um distrito que n\u00e3o sabe pedir, que pede com acanhamento, quando TEM DIREITO DE PEDIR MUITO E EXIGIR ATE PORQUE TEM VINDO A QUI SOZINHO e fez o que fez, sem ajuda. O deputado Humberto Lucena que apresentou o projeto coadjuvado pelos deputados Clovis Bezerra e Pedro Gondim, acompanhava o Governador naquela ocasi\u00e3o e conhece as raz\u00f5es do povo, porque muitas vezes, atrav\u00e9s muito franca do vereador Jo\u00e3o El\u00edsio da Rocha, as descura das necessidades do distrito t\u00eam sido lembradas a S. Excia. Sol\u00e2nea quer ser munic\u00edpio porque. de outro modo, ser\u00e1 eternamente caudat\u00e1ria de um centro arrecadador que assoalha n\u00e3o ter para onde desenvolver-se quando deveria proclamar a falta de dirigentes que o queriam desenvolvido. Mas guardemos estas verdades mais \u00e1speras para o prosseguimento desta s\u00e9rie de notas escritas a prol da autonomia de Sol\u00e2nea... Examinemos, hoje, a grosso modo a incoerencia d\u00easses oponentes a come\u00e7ar pelo seu refr\u00e3o insulso: BANANEIRAS N\u00c3O PODERA' SUBSISTIR SEM O DISTRITO DE SOLANEA. Esse argumento \u00e9 filho do despistamento e da m\u00e1 f\u00e9, porque, quando quisemos instruir o memorial encaminhado ao deputado Humberto Lucena, Prefeitura Municipal de Bananeiras, a quem pedimos por certid\u00e3o o montante da arrecada\u00e7\u00e3o no distrito, usando de processo pouco recomendavel, escreveu que tal arrecada\u00e7\u00e3o n\u00e3o atingia duzentos e cinquenta mil cruzeiros, consignando algarismos que sobrepassavam muito pouco a casa dos duzentos mil. Ora, sabido que o or\u00e7amento de Bananeiras \u00e9 de um milh\u00e3o de cruzeiros, como pensar que o afastamento de um quinto da renda prevista possa gerar colapso na vida municipal? Salvo se os arguentes sabem que a informa\u00e7\u00e3o \u00e9 cavilosa, infundada, fornecida apenas para gerar infer\u00eancias de que","Sol\u00e2nea, n\u00e3o satisfaz o que exige a Lei de Organiza\u00e7\u00e3o Municipal \\\"sol-disant\\\" em vigor. Como, por\u00e9m, o argumento n\u00e3o pode ser e deixar de ser na mesma unidade de tempo, \u00e9 aceitar a declara\u00e7\u00e3o da Municipalidade e concluir pela dispensabilidade da presen\u00e7a de Sol\u00e2nea no concerto de distritos do municipio. Melhor seria n\u00e3o ter usado a Prefeitura Municipal do expediente empregado. dizer que as rendas de Sol\u00e2nea, incluiam por anarquia no servi\u00e7o, rendas de Borborema do distrito s\u00e9de. Vale assinalar que a diminuida arrecada\u00e7\u00e3o no \u00faltimo exerc\u00edcio se deveu em Sol\u00e2nea, \u00e0 guerra dos agentes arrecadadores e \u00e0 estranha decis\u00e3o do Edil, convidando os contribuintes em d\u00favida a fazerem o pagamento diretamente \u00e0 Edilidade, o que determinou uma evas\u00e3o de tributos do distrito de Sol\u00e2nea, para o distrito s\u00e9de. Todavia, atraz do argumento de BANANEIRAS A MEACADA DE MORTE\u201d est\u00e1 uma confiss\u00e3o de incapacidade pol\u00edtica Sol\u00e2nea tem sido o fiel da balan\u00e7a e o seu col\u00e9gio eleitoral ensejou ao P. S. D. dom\u00ednio da situa\u00e7\u00e3o. Alguns parelheiros da corrida pol\u00edtica entendem que recebendo o distrito servi\u00e7os de outras fac\u00e7\u00f5es pol\u00edticas deixar\u00e1 de dar \u00e1quele partido o contingente de esfor\u00e7o eleitoral at\u00e9 aqui da do e, talvez sintam que, afastado o distrito de Sol\u00e2nea, a on\u00e7a udenista dominar\u00e1 a furna bananeirense e eles estar\u00e3o frente \u00e0 alta dire\u00e7\u00e3o do Partido com um atestado de incapacidade. Este \u00e9 o temor e \u00easte \u00e9 o verdadeiro argumento. Mas Sol\u00e2nea n\u00e3o pode ser eternamente a muleta que ajuda e nada recebe. Sem o cal\u00e7amento, sem a pra\u00e7a prometida nas plataformas eleitorais, sem posto m\u00e9dico, sem nada... Um dos mais loquazes campe\u00f5es do n\u00e3o-autonomismo declara enfaticamente, propondo apostas de vinte mil cruzeiros, a morte do Munic\u00edpio de Bananeiras, num quinqu\u00eanio ap\u00f3s a independ\u00eancia de Sol\u00e2nea. e diz ser Bananeiras, uma cidade que vive de inje\u00e7\u00f5es de \u00f3leo alcanforado, artificialmente alimentada com os est\u00edmulos do Colegio das Irm\u00e3s Dorot\u00e9ias e na Escola Agrot\u00e9cnica \u201cVidal Negreiros\\\"... N\u00e3o des\u00e7amos ao exame do derrotismo \\\"ad-hoc\\\", argumentos de Escriv\u00e3o que quer escapar ao provimento do juiz... Aceitemo-los AD ARGUMENTANDUM. Em face disso e sabido ou admitido que Bananeiras chegou ao \\\"que tinha de dar\u201d, pode o bem p\u00fablico, podem as necessidades do povo, pode o inter\u00easse da Para\u00edba - o desenvolvimento das suas comunas - ficar presa da cidade morta ou daria como tal? Onde h\u00e1 mais l\u00f3gica? Na cria\u00e7\u00e3o do munic\u00edpio de Sol\u00e2nea - mesmo que Bananeiras regrida- compensada a Para\u00edba no desenvolvimento do distrito, ou a perman\u00eancia da situa\u00e7\u00e3o atual, onde o Munic\u00edpio n\u00e3o cresce por que \\\"n\u00e3o tem para onde\u201d e n\u00e3o deixa os distritos crescer? Querer\u00e3o por acaso que Sol\u00e2nea se fa\u00e7a outra Borborema, onde n\u00e3o se pode viver porque n\u00e3o h\u00e1 recursos vitais e onde n\u00e3o se pode morrer porque n\u00e3o h\u00e1 sequer...um caminho para o cemit\u00e9rio\\\". Por hoje basta. Amanh\u00e3 voltaremos ao assunto e examinaremos outros pontos, reproduzindo se poss\u00edvel o que compll\u00e1mos na palestra que Bananeiras n\u00e3o quis ouvir muito... porque os oponentes \u00e0 liberdade de Sol\u00e2nea com medo do munic\u00edpio crian\u00e7a se confessam condutores de um munic\u00edpio caduco. E os caducos n\u00e3o ganham j\u00f4go algum... Sabe-se isto at\u00e9 em futebol. Sol\u00e2nea, 12-8-53.\u201d (15-07-1953. Ano XLII. N 1111. p. 4,5) Acessos: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=15854 http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=15855 A cria\u00e7\u00e3o do Munic\u00edpio de Sol\u00e2nea Discurso pronunciado pelo deputado Humberto Lucena, na sess\u00e3o de junho - (Em explica\u00e7\u00e3o pessoal)","\u2022 \u201cSr. Presidente: Srs. deputados: H\u00e1 alguns dias, ocupei a aten\u00e7\u00e3o desta Casa, ao proferir o discurso de apresenta\u00e7\u00e3o do projeto que cria o munic\u00edpio e a comarca de Sol\u00e2nea, subscrito, pelos deputados Cl\u00f3vis Bezerra e Pedro Gondim. N\u00e3o fossem certos coment\u00e1rios em t\u00f4rno do fato, surgidos em Bananeiras e na s\u00e9de do atual distrito de Sol\u00e2nea, em que o meu nome aparece envolvido numa campanha de explora\u00e7\u00e3o pol\u00edtica e, Sr. Presidente, n\u00e3o voltaria agora, ao assunto que, longe de ser apreciado por esse \u00e2ngulo estreito que s\u00f3 nos planos pr\u00e9- eleitorais merece o estudo mais s\u00e9rio , por isso mesmo, de sentido mais patri\u00f3tico, da parte de todos os que t\u00eam assento nesta Assembl\u00e9ia. Proposi\u00e7\u00f5es dessa natureza devem ser dicutidas e votadas, num clima de confian\u00e7a parlamentar, em que prevale\u00e7a o inter\u00easse p\u00fablico. E foi animado desse prop\u00f3sito que acima de tudo, sempre tem sido o estimulo de minhas atitudes neste plen\u00e1rio, somente modificadas, quando em respostas prontas, a emo\u00e7\u00e3o prejudica a l\u00f3gica fria do racioc\u00ednio, que, n\u00e3o s\u00f3 participei da elabora\u00e7\u00e3o do projeto de Sol\u00e2nea inclusive, na fase dos seus trabalhos preparat\u00f3rios, no seio da popula\u00e7\u00e3o local, em uma esp\u00e9cie de audi\u00eancia de carater plebiscit\u00e1rio, como, ainda mais, cheguei traz\u00ea-lo \u00e1 Assembl\u00e9ia valendo-me do apoio prestigioso que lhe deram os parlamentares j\u00e1 referidos, deputados por excel\u00eancia da regi\u00e3o do brejo paraibano. Sr. Presidente. Srs. deputados: Faz algum tempo fui procurado, nesta cidade, por uma comiss\u00e3o de Sol\u00e2nea, que me pedia o necess\u00e1rio apoio \u00e1 causa da emancipa\u00e7\u00e3o daquele distrito, do mais progressistas da nosso Estado. Era o renascimento de velhos ideais. Ponderei aos amigos a posi\u00e7\u00e3o discreta que teria de assumir, de inicio, pois, deputado apoiado por todo o atual municipio de Bananeiras tratando-se de sua divis\u00e3o territorial, embora inspirada em causa muito nobre, teria de ouvir opini\u00f5es v\u00e1rias, de todas as classes representativas da sociedade local e, ademais de procurar, junto a Borborema que, por f\u00f4r\u00e7a das reivindica\u00e7\u00f5es que me chegavam iria perder uma faixa a compreens\u00e3o necess\u00e1ria \u00e1 vit\u00f3ria completa de todas as suas aspira\u00e7\u00f5es. E foi o que fiz. A rivalidade reinante entre Sol\u00e2nea e Bananeiras, fruto natural das condi\u00e7\u00f5es de progresso de uma e outra que sempre disputaram, atrav\u00e9s da hist\u00f3ria do munic\u00edpio, a dianteira de todos os movimentos, do ponto de vista de ordem sociol\u00f3gico-pol\u00edtico sempre foi uma separa\u00e7\u00e3o de fato inevit\u00e1vel e sem possibilidade, por isso mesmo, de ser contornada pelo mais h\u00e1bil dos pol\u00edticos, chegando ao extremo de suas festas c\u00edvicas ou religiosas, serem realizadas na vila ou na cidade, sem mistura dos elementos das duas sociedades vizinhas. Sol\u00e2nea, numa esp\u00e9cie de resist\u00eancia passiva, de quem pretenda conquistar o reconhecimento de sua maioridade pol\u00edtica j\u00e1 n\u00e3o mais visitava \u00e1 terra-mater! De come\u00e7o na cidade, muitas vozes se ergueram contra o movimento, de cunho n\u00edtidamente popular. Calaram-se, por\u00e9m ouvidos os argumentos. Por outro lado a quest\u00e3o dos limites inter-distritais, entre Sol\u00e2nea e Borborema surgia, ent\u00e3o como um dos \u00faltimos obst\u00e1culos. A lei, sancionoda pelo ent\u00e3o Presidente Jo\u00e3o Suassuna criara o distrito de Paz de Moreno, com limites bem mais amplos que atuais.. As novas leis de divis\u00e3o territorial do Estado, ao tempo da Ditadura, restringiram o territ\u00f3rio de Sol\u00e2nea retiraram-lhe uma parte, sem que por isso, diga-se de passagem, d\u00e9ssem os pr\u00f3prios habitantes la regi\u00e3o. Por fatores os mais diversos, por\u00e9m como as rela\u00e7\u00f5es sociais contraidas e o mais f\u00e1cil acesso \u00e1 vila, os moradores tando dos seus neg\u00f3cios em Sol\u00e2nea e, mais ainda passaram com redemocratiza\u00e7\u00e3o, a exercer","ali o seu direito de voto fato que os sagrou definitivamente cidad\u00e3os morenenses. Dai, nenhuma vantagem trouxe \u00e0 Borborema a altera\u00e7\u00e3o dos limites. E os homens de responsabilidade deste \u00faltimo distrito, reunidos, anuiram no acr\u00e9scimo pleiteado pelo povo de Sol\u00e2nea, em sua Representa\u00e7\u00e3o. E nem por isso, deixei de aplaudir outra id\u00e9ia que surgia e foi, afinal, concretizada: um abaixo- assinado de todos os habitantes da faixa discutida, seria ajuntado como documento de alta express\u00e3o pol\u00edtica e jur\u00eddica ao processo de instru\u00e7\u00e3o do projeto de lei, rec\u00e9m apresentado. (Contin\u00faa)\u201d \u2022 \u201cPercorridos esses caminhos, por vezes, bem dif\u00edceis, cheguei, enfim, \u00e0 uma encruzilhada. De um lado, o compromisso de honra que firmara, de levar at\u00e9 o fim a causa da promo\u00e7\u00e3o pol\u00edtica do distrito de Sol\u00e2nea, \u00e0s v\u00e9speras de sua vit\u00f3ria e, de outro, embora simp\u00e1tico ao movimento, por conhecer a pureza dos sentimentos que o inspiravam, o Governador do Estado que prometera a sua san\u00e7\u00e3o, desde que a Assembl\u00e9ia aprovasse o projeto, via-se, por\u00e9m, a bra\u00e7os com a crise de ordem financeira que atravessa o Estado, oriunda da queda de pr\u00ea\u00e7os dos produtos b\u00e1sicos de nossa economia e da reincid\u00eancia do flagelo das secas, com a redu\u00e7\u00e3o de nossas safras e, portanto, em dificuldade para aceitar a cria\u00e7\u00e3o de novas comunas, tantas as proposi\u00e7\u00f5es em f\u00e1se de elabora\u00e7\u00e3o, o que traria nessa hora de sacrif\u00edcio, maiores despesas ao er\u00e1rio. Foi, ent\u00e3o, que, em conversa com o Sr. Governador Jos\u00e9 Am\u00e9 rico, Sua Excel\u00eancia fazendo-me sentir o seu estado de esp\u00edrito, sem esconder o seu desejo de n\u00e3o sufocar esses pronunciamentos de ordemcoletiva que ensejavam a cria\u00e7\u00e3o de novos munic\u00edpios, dentro das exig\u00eancias da Lei, sugeriu-me que sondasse os l\u00edderes da oposi\u00e7\u00e3o, a ver se consentiam na ado\u00e7\u00e3o de uma tese que, aplicada em outros Estados, deu resultados satisfat\u00f3rios e poderia consiliar, pelo menos, provisoriamente, os inter\u00easses d\u00easses v\u00e1rios distritos e os altos inter\u00easses do Estado. Seria, ent\u00e3o, a cria\u00e7\u00e3o de munic\u00edpios, sem novas comarcas. Permaneceria a atual divis\u00e3o judici\u00e1ria, combinada a modifica\u00e7\u00e3o do sistema adotado pela Lei que rege a mat\u00e9ria. A administra\u00e7\u00e3o da Justi\u00e7a n\u00e3o se ressenteria, pois as comarcas existentes satisfazem e, por sua vez, pol\u00edtico, me trazia preju\u00edzo, porquanto, da situa\u00e7\u00e3o dominante, as nomea\u00e7\u00f5es para Setventu\u00e1rios seriam feitas sob minha indica\u00e7\u00e3o, no desempenho, repito, dessa delega\u00e7\u00e3o n\u00e3o a aparecia sen\u00e3o na qualidade de membro da lideran\u00e7a do governo, nesta Casa. Ser\u00e1phico N\u00f3brega adiantava-me que essa tese tinha sido sugerida, ao seu tempo, pelo Governador Oswaldo Trigueiro. Ascendino Moura e Luiz Bronzeado, l\u00edder e sub-l\u00edder da U.D. N., abordados, emitiram opini\u00e3o aceitando o ponto de vista que, a essa altura, ganhava terreno, parecia vitorioso e, por isso mesmo, quasi transformado em opini\u00e3o da pr\u00f3pria maioria parlamentar. Voltei ao Sr. Governador e fiz-lhe ciente da ocorr\u00eancia. Entretanto, relutei em apresentar o Projeto, sem a comarca, antes de ouvir de perto o povo de Sol\u00e2nea. Fui at\u00e9 l\u00e1. Reuniram-se em p\u00fablico, homens de todos os partidos e, ajudado pela palavra e o testemunho moral de Pedro Gondim, discut\u00ed a quest\u00e3o, que, inicialmente mal compreendida, foi afinal resolvida, quando a unanimidade dos presentes aceitou a tese governamental, numa demonstra\u00e7\u00e3o evidente do esp\u00edrito de ren\u00fancia daquele povo. Regressei e, com surpresa, encontrei tudo mudado, Parece-me o germen da pol\u00edtica penetrara o ambiente. O fato \u00e9 que in\u00fameros deputados da U.DN., voltavam-se contra o sistema que se pretendia adotar. Diante disso, resolv\u00ed apresentar a proposi\u00e7\u00e3o em apre\u00e7o, incluindo a comarca: Sol\u00e2nea, apesar da","compreens\u00e3o do seu povo, n\u00e3o poderia ter um projeto diferente dos demais. Chamei os deputados Cl\u00f3vis Bezerra e Pedro Gondim e, juntos, assinamos o documento completo. Foi, em resumo, a hist\u00f3ria d\u00easse projeto. Entretanto, por mais que lhe retirasse o cunho pol\u00edtico-partid\u00e1rio, houve quem, no sil\u00eancio, preferisse a arma da intriga. Tantos passos dados em procura do munic\u00edpio e algu\u00e9m atribu\u00eda-me um comportamento diferente. A t\u00e9se da exclus\u00e3o de comarca teria sido somente minha, no inter\u00easse de embara\u00e7ar a cria\u00e7\u00e3o da comuna de Sol\u00e2nea. Repilo, desta tribuna, essas insinua\u00e7\u00f5es. O jogo duplo t\u00e3o a gosto dos pol\u00edticos, nunca entrou no meu programa. Por isto, \u00easte depoimento. Falar alto \u00e9 sempre mais pr\u00f3prio e decente, como expediente de vida p\u00fablica, sobretudo em mat\u00e9ria de t\u00e3o suma relev\u00e2ncia!\u201d (21\/07\/1953. Ano XLII. N 1116. p. 1,3) Acesso: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=15893 A independecia de Sol\u00e2nea II \u2022 \u201cA causa quando produz efeito as ocorrencias testimunham evidentemente a realidade do acontecido, assim vejamos a que acontece no tra\u00e7ar das coisas e no ajustamento dos fatos Aproveitando mais uma vez o ensejo que me \u00e9 permitido pela natureza, valho-me da oportunidade para fazer outra reportagem sobre os acontecimentos em face da independencia de So anea. O Jornalista Tancredo de Carvalho continua escrevendo, tecendo coment\u00e1rios a respeito da luta intensificada nesta Vila em prol de nossa liberdade, citando varias teses que judicialmente comprovam a originalidade de seu patriotismo. e bem assim o Padre Manoel Batista de Medeiros em seu artigo <<O Municipio de Sol\u00e2nea> publicado na \u00abA Imprensa\u00bb de 5 de marco deste ano frizou claramente o seu grande amor pela terra a viu nascer, chamando meus conterraneos e Sol\u00e2nea minha terra, assim identificou seguramente sua naturalidade, e com efeito aquele Revdo, n\u00e3o poderia falar com mais positividade, primando pelos interesses de nossa terra natal, principalmente no momento em que se ver abrir \u00e1s portas para novo horizonte e que parece concretizar-se as nossas justas aspira\u00e7\u00f5es, o reflexo de nossa independencia. Solenea, \u00e9 uma Vila que sempre chama aten\u00e7\u00e3o dos transeuntes ou dos visitantts, por ser localisada num planalto, cuja topografia reune a mais bela impress\u00e3o de uma grande Cidade e futuramente sendo contribuir\u00e1 sem d\u00favida para o desenvolvimento de seu povo e este povo para o seu engrandecimento, materiais que constituir\u00e3o uma parcela evolucionista \u00e0 representa\u00e7\u00e3o paraibana Sol\u00e2nea \u00e9 uma das Vilas mais importantes do Estado, tanto pela sua area topografica como pelos valores avultados dos rendimentos p\u00fablicos e sobretudo pelo n\u00famero dos habitantes que aumentam dia a dia, constru\u00e7\u00f5es e mais constru\u00e7\u00f5es, de maneira que a marcha de sua evolu\u00e7\u00e3o \u00e9 cont\u00ednua porque tem sido sempre a merc\u00ea de auxilios naturais e pelo esfor\u00e7o pr\u00f3prio de seu povo. Portanto, caros leitores Solanea n\u00e3o pode perder esta oportunidade, os seus filhos lutar\u00e3o intransigentemente pela sua independencia, n\u00e3o se conformar\u00e3o com coment\u00e1rios levianos e nem com id\u00e9ias combativas \u00e1 nossa atitude de tornarmos independentes, e t\u00e3o somente apelamos tranquilos para a","sensibilidade dos militantes nos poderes administrativos, principalmente do nosso Grande Governador, Dr. Jo\u00e3o Fernandes de Lima, substituto legal do grande Ministro e legitimo continua dor de sua alta vis\u00e3o administrativa, pois, o ent\u00e3o Governador da Paraiba, Dr. Jos\u00e9 Am\u00e9rico de Almeida, afirmou com sua palavra de honra que sancionaria o nosso Projeto, t\u00e3o logo fosse deliberado pelo Legislativo, e como o referido Projeto j\u00e1 est\u00e1 se movimentando pela Assembl\u00e9ia Legislativa e que muito breve verificaremos a delibera\u00e7\u00e3o satisfat\u00f3ria pelos ilustres Deputados ficamos certos de que o atual Governador, credenciado interprete sincero dos paraibanos corresponder\u00e1 a nossas espectativa, cumprindo assim a palavra de seu antecessor; o grande Ministro, sagrado pelo povo erudito coordenador dos problemas nordestinos. Com a cria\u00e7\u00e3o de novos Municipios paraibanos n\u00e3o ocasionar\u00e1 dificuldades \u00e1 marcha administrativa, ao contr\u00e1rio poder\u00e1 se desenvolver com mais amplitude e mais facilidade, pois, de vemos estar lembrado da parabola evangelica dita pelo pr\u00f3prio Deus, conforme nos afirma a escritura, <<CRESCEI E MUTIPLICAl>>, ora uma vez que o supremo conhecedor criador de todas as cousas assim se expressa \u00e9 porque \u00e9 natural a evolu\u00e7\u00e3o em todas as morat\u00f3rias, assim vem a interferencia do poder infinito e propociona a cada um o meio suficiente de adquirir sua manuten\u00e7\u00e3o de acordo com os m\u00e9ritos de seus dirigentes. Mediante estas considera\u00e7\u00f5es os leitores verificar\u00e3o o nosso ponto de vista impulsionado pelo animo coletivo desta Vila, observar\u00e3o nosso modo de agir dentro dos pontos b\u00e1sicos da lei imut\u00e1vel da natureza assim esperamos muito breve o triunfo deste grande empreendimento, a causa de nossa independencia politica e veremos refletir luz de nossa liberdade. Solanea, 19 de Julho de 1953.\u201d (24\/07\/1953. Ano XLII. N 1119. p.3) Acesso: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 15917 Pr\u00f3 autonomia de Sol\u00e2nea -MEMORIAL- \u2022 \u201cExmo. Sr. Deputado Humberto Coutinho Lucena \u2013 Assembl\u00e9ia Legislativa da Para\u00edba- Jo\u00e3o Pessoa, Pb. Com vistas ao Exmo. Sr. Deputado Clovis Bezerra Cavalcanti, ibidem. O povo de Sol\u00e2nea, por todas as suas classes e agrupamentos faz de Vossa Excel\u00eancia \u2013 seu digno e ilustre representante nesse Parlamento \u2013 o patronato de um amigo ideal da pr\u00f3spera comunidade, que, no seio da terra generosa de Bananeiras, desenvolveu-se material e moralmente, a ponto de ambicionar a autonomia municipal que este documento vindica. V. Exercia. cuja personalidade de idealista t\u00e3o bem se ajustou aos sentimentos dos seus concidad\u00e3os de Sol\u00e2nea, nos de lutas c\u00edvicas que o sagraram tribuno e legislador, foi escolido para este ato de apresenta\u00e7\u00e3o da vontade do povo do distrito, sem que a escolha excl\u00faa ou sequer obscure\u00e7a a confian\u00e7a e a estima c\u00edvica de que \u00e9 credor em nossa terra, o ilustre homem p\u00fablico e companheiro de V. Excla, o ilustre e dingo Dr. Clovis Bezerra Cavalcanti, de quem a gente de VILA BRANCA espera secunde e ratifique os esfor\u00e7os de V. Excia, nessa Assembl\u00e9ia Legislativa, pela cre\u00e7\u00e3o da vila de um quarto de s\u00e9culo em Munic\u00edpio aut\u00f4nomo. Manifestada assim a justa confian\u00e7a popular aos dois representantes que honram Bananeiras no Parlamento estadual, permitimo-nos justificar, e por direito a pleiteada cria\u00e7\u00e3o do MUNICIPIO DE SOL\u00c2NEA. II- HISTORIA POLITICA E ECONOMICA DO DISTRITO","Criado pela Lei n. 637 (art. 2.), de 4 de dezembro de 1926, o <<distrito de paz de Moreno, do Munic\u00edpio de Bananeiras>> estendia-se, do per\u00edmetro da povia\u00e7\u00e3o at\u00e9 as terras do <<patronato VIDAL DE NEGREIROS>>, prologando-se atrav\u00e9s dos lugares A\u00c7UDINHO, FIGUEIRA VELHA, PODEROSA at\u00e9 os limites do Travess\u00e3o, e, seguindo por teste at\u00e9 o munic\u00edpio de Serreira, abrangia os lugares JACARE\u2019, GROSSO, OLHO D\u2019AGUA SECO LAGES e COV\u00c3O, subindo a encosta de CAMARA\u2019 e acompanhado as aguas pendentes do DAMI\u00c3O at\u00e9 tocar de novo a linha perimetral do povoado elevado a distrito. Em territ\u00f3rio assim vasto, f\u00e9rtil e rico, um povo ativo, empreendedor e superiormente inclinado, desenvolveu uma sociedade de modelar. A partir de 1927, o <<distrito de paz de Moreno>> viveu dias de vida social e cultural intensa. Teve um hebdomad\u00e1rio \u2013 O <<CORREIO DE MORENO>>- que sob a dire\u00e7\u00e3o de Tancredo de Carvalho era um porta-voz regional; teve um Banco que movimentou capitais vultosos; organizou o <<GREMIO MORENENSE>>, ainda hoje existente, sociedade brilhante que \u00e0quela \u00e9poca levou o teatro aos munic\u00edpios vizinhos com real brilhantismo. Se na funda\u00e7\u00e3o f\u00f4ra obra de pioneiro Celso Cirne, na sua estrutura\u00e7\u00e3o, o distrito se informou do dinamismo e energia de Le\u00f4ncio Costa, batalhador da luta pela constitui\u00e7\u00e3o em distrito. Nos lustros subsequentes, houve decl\u00ednio. A administra\u00e7\u00e3o Comunal, parece, que, ciosa da sub- unidade que lhe levava vigor, abandonou-a \u00e0 sua sorte e com a emigra\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios de seus filhos mais ilustres, houve per\u00edodos de estagna\u00e7\u00e3o at\u00e9 que, no \u00faltimo lustro ressuscitou a antiga energia vital que fez do atual distrito de Sol\u00e2nea, uma c\u00e9lula aut\u00f4noma na economia paraibana. Os n\u00fameros podem faltar mais expressivamente. Sol\u00e2nea, disp\u00f5e de mais 1.200 casas de alvenaria, n\u00famero superior ao da sede do Munic\u00edpio, notando-se movimento de constru\u00e7\u00f5es incessante. Cresce a vila em todas as dire\u00e7\u00f5es e se as promessas municipais e pr\u00e9-eleitorais que asseguravam cal\u00e7amento, jardinagem e pra\u00e7as, tivessem sido cumpridas, este progresso seria mais n\u00edtido ainda. Possui o distrito um MERCADO PUBLICO, com excelente p\u00e1tio onde se realiza uma das maiores FEIRA-LIVRES das redondezas, s\u00f3 superada pela Guarabira; um elegante EDIFICIO DOS CORREIOS E TEL\u00c9GRAFOS; um GRUPO ESCOLAR de propor\u00e7\u00f5es vultosas, al\u00e9m de in\u00fameras escolas municipais e rurais, servida a instru\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria por numeroso magist\u00e9rio; um modern\u00edssimo POSTO ESSO com servi\u00e7os de lava\u00e7\u00e3o e lubrifica\u00e7\u00e3o dos mais modernos e em cuja constru\u00e7\u00e3o se investiram muitas centenas de milhares de cruzeiros; um CINEMA MODERNO com capacidade para 250 pessoas, equipado de mobili\u00e1rio elegante; uma USINA DE BENEFICIAMENTO DE FIBRAS que nos exerc\u00edcios de 1950\/1952 efetuou compras num total de Cr$ 43.263.506,00 com uma m\u00e9dia anual de quatorze milh\u00f5es cruzeiros. O tempo cat\u00f3lico \u2013 Igreja de Santo Antonio- \u00e9 de propor\u00e7\u00f5es magestosas e constru\u00edda pela vontade do seu povo que o idealizou desde os dias aposto\u2019ares do revendo Padre Jos\u00e9 Borges. Cinco s\u00e3o as PADARIAS em funcionamento entre as a PANIFICADORAS SANTO ANTONIO, com equipamento el\u00e9trico e com instala\u00e7\u00f5es modernas e higi\u00eanicas. Nada menos de 20 RESIDENCIAS MODERNAS adornam a paisagem do centro da Vila. Al\u00e9m desses algarismos economicamente significativos, as estat\u00edsticas distritais t\u00eam a registrar ainda as seguintes unidades: UMA PRENSA DE BENEFICIAR AGAVE (na USINA h\u00e1 uma para agave e outra para algod\u00e3o); CINCO (5) PRENSAS BENEFIADORAS DE FUMO;UMA FABRICA DE DOCES. TRES DROGARIAS; DOIS BARES; DUAS AGENCIAS DE PE\u00c7AS DE AUTOM\u00d3VEIS; NOVE CASAS DE TECIDOS; UM ARMAZEM DE ESTIVAS EM GROSSO; QUATRO ENGENHOS DE FABRICAR RAPADURA E AGUARDENTE. Esse vulto econ\u00f4mico se traduz para o \u00f3rg\u00e3o arrecadados estadual, nas seguintes cifras: (EXERCICIO DE 1952) - VENDAS E CONSIGNA\u00c7\u00d5ES-ESTAMPILHAS- Cr$ 50. 686,00. - VENDAS E CONSIGNA\u00c7\u00d5ES-<<VERBA>>- Cr$ 651.338,50. - IMPOSTO TERRITORIAL (*) Cr$ 33.695,00 O \u00f3rg\u00e3o arrecadador federal (**) registra uma arrecada\u00e7\u00e3o de Cr$ 98.173,00 no mesmo exerc\u00edcio.","O COL\u00c9GIO ELEITORAL (***) \u00e0 luz das folhas de vovota\u00e7\u00e3o da \u00faltima elei\u00e7\u00e3o (a certid\u00e3o anexa, defeituosa e omissiva porque decalcada das dita folhas que n\u00e3o e arquivo organizado) \u00e9 de 2.748 eleitores, hoje mais de 3.000; III- HIST\u00d3RIA DA INHUSTI\u00c7A DO LEGISLADOR DE EXCE\u00c7\u00c3O Al\u00e9m dos limites que lhe foram atribu\u00eddos na cria\u00e7\u00e3o, o distrito de Sol\u00e2nea conheceu apenas os que aparecem alterados a partir da vig\u00eancia do Decreto-Lei n. 1.164, de 15- X1938. Com efeito, o distrito de Moreno, figurando na divis\u00e3o territorial datada de 31- XII 1936 (certid\u00e3o anexa - DOC. N .....), teve seus limites publicados naquele decreto-lei e no que lhe foi subsequente \u2013 o Decreto-Lei n. 520, de 31-XII 1943. Se entre o primeiro daqueles diplomas de exce\u00e7\u00e3o e a Lei criadora do distrito modelou alguma outra lei, n\u00e3o se tem conhecimento, ignorando-o tamb\u00e9m o \u00f3rg\u00e3o competente (DEPARTAMENTO ESTADUAL DE ESTATISTICA) que atrav\u00e9s do of\u00edcio anexo (DOC. N .....), se confessa privado de b\u00f4a parte do seu arquivo e sem elementos para esclarecer a consulta que lhe foi feita (em pedido de certid\u00e3o parcialmente atendido). E\u2019 para lamentar que um \u00f3rg\u00e3o da Administra\u00e7\u00e3o daquele porte esteja t\u00e3o mal informado, o que revela n\u00e3o apenas nessa lacuna, mas ao fizer na reposta ao item 2\u00ba da certid\u00e3o de fis......., que a diminui\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o de Sol\u00e2nea, no Censo de 1950, resultou da cria\u00e7\u00e3o do distrito de DONA INEZ desmembrado de Sol\u00e2nea, o que n\u00e3o tem qualquer fundamento, pois entre Sol\u00e2nea e Dona Inez, est\u00e1 e sempre esteve o distrito s\u00e9de do Munic\u00edpio de que se desmembrou o de Dona Inez. Ainda que n\u00e3o ratifiquemos a diatribe de Disrall, para quem a Estatistica era <<a arte da mentir por meio de algarismos>>, convimos em que os dados estat\u00edsticos devem ser olhados com reserva, *ileg\u00edvel* menos enquanto sejam assim convencidos de deslises ou de m\u00e1 vontade como a que prejudica a certid\u00e3o fornecida pela Prefeitura Municipal de Bananeiras, em anexo (DOC. N .....) (Continua)\u201d (28\/07\/1953. Ano XLII. N 1122. p. 3) Acesso: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=15941 Pr\u00f3 autonomia de Sol\u00e2nea -MEMORIAL- \u2022 \u201c(Continua\u00e7\u00e3o) De qualquer modo foi num regime de interventoria Federal e atrav\u00e9s de uma legisla\u00e7\u00e3o de exce\u00e7\u00e3o, esp\u00faria porque gerada f\u00f3ra das justas n\u00fapcias da Na\u00e7\u00e3o com o Direito, resultante do unimentalismo do ditador que surgiu a criminosa altera\u00e7\u00e3o dos limites distritais de Sal\u00e2nea. Vale notar que a propria Carta \u00absoi-distante\u00bb> Constitucional de Novembro de 1937, consagrava a AUTONOMIA MUNICIPAL Inscrita na Constitui\u00e7\u00e3o de .. 1891-art. 681, na Constitui\u00e7\u00e3o de 1934 (art. 13) e na Carta Magna de 1946 (art. 28). N\u00e3o \u00e9 \u00easte documento, instante ou lugar adequado a discuss\u00f5es de tema complexo e impreciso geral pode ser dito que se ao Estado compete prover \u00e1 organiza\u00e7\u00e3o dos seus municipios, \u00e1 divis\u00e3o do seu territ\u00f3rio, essa competencia tem um PROCESSUS que, via de regra, vem prefixada nas Constitui\u00e7\u00f5es estaduais e, por exce\u00e7\u00e3o em leis adminiculares. Em qualquer dos casos, por\u00e9m, a vontade do POVO \u00e9 ouvida, seja atrav\u00e9s da discuss\u00e3o dos seus representantes mais pr\u00f3ximos - nas C\u00e2maras de Vereadores - seja pela declara\u00e7\u00e3o de vontade direta e popular, atrav\u00e9s de representa\u00e7\u00f5es, plebiscitos, etc. Todavia, a Ditadura que a si pr\u00f3pria irrogou. a tarefa ou outorga suprema de pensar pelo POVO, de sentir substitutivamente pela NA\u00c7\u00c3O, enquanto engabelava a Opini\u00e3o P\u00fablica em recesso como o seu parlamento sil\u00e9ptico \u2013 retalhou","o territ\u00f3rio nacional e deu nos Municipios, divis\u00f5es terat\u00f3logicas, caprichosa, incongruentes. A que tocou a Sol\u00e2nea, por exemplo, \u00e9 das mais extravagantes. Glebas sempre tidas como integrantes do territ\u00f3rio do nosso distrito foram consignadas ao distrito de Borborema e aconteceu que \u00easte avan\u00e7a em linguas de terra exquisitas e il\u00f3gicas at\u00e9 as proximidades imediatas do centro urbano de Solanea. Atr\u00e1z de << Ch\u00e3 do Golti>> passa o pseudo territorio de Borborema. E uma divis\u00e3o abusiva que n\u00e3o encontra explica\u00e7\u00e3o nem na geometria. nem na geografia, nem na economia. O POVO jamais tomou conhecimento dessa altera\u00e7\u00e3o: continuou pagando impostos em Solanea, votando em Sol\u00e2nea, praticando seu com\u00e9rcio, suas trocas, sua religi\u00e3o e seu civismo em Solenea, centro natural de suas atividade, e, somente agora, no interesse de obstar o movimento autonomista \u00e9 que a pr\u00f3pria ADMINISTRA\u00c7\u00c3O MUNICIPAL se aparecebeu dos novos limites para separar as rendas coletadas e dizer que n\u00e3o eram do distrito de Sol\u00e2nea. as que foram pagas em Sol\u00e2nea, I fiscais distritais de Sol\u00e2nea. Se na ditadura por\u00e9m, predominava a vontade iluminista do UNICO contra TOTALIDADE em <<capitis deminutio maxima>>, restabelecido o clima democr\u00e1tico \u00e9 justo e at\u00e9 imperativo que a COMUNIDADE volte a exprimir-se em termos de vontade soberena. O <<manifesto>> anexo D\u1eccC, n\u00ba.- ----), tem a for\u00e7a de um plebiscito regional. S\u00e3o os gleb\u00e1rios de toda uma zona destacada arbitrariamente do territ\u00f3rio de Solanea que se crismam solaneses, como batizados foram pela lei n\u00ba. 637, de 4.XII.1936, reclamando o direito de integrar outra vez de direito, como fato ininterruptamente tem integrado, a comunidade. Disp\u00f4r em contr\u00e1rio, legislar repudiando essa vontade, \u00e9 submeter a vontade do povo a diques de papel\u00e3o e a postula\u00e7\u00f5es artificiais emanados do asfalto e do gabinete contra a realidade org\u00e2nica e celular dessas <<familias ampliadas>> que s\u00e3o os munic\u00edpios. O problema de Sol\u00e2nea, portarto, est\u00e1 em dar-se-lhe oportunidade politico-administrativa de <<self-control\u00bb ensejando-lhe o progresso, ao mesmo tempo que restaurando-lhe o lastro territorial com que foi criado e de que s\u00f3 se privou por abuso ditatorial. Mais dificil, seria sem d\u00favida, alterar-se o sistema constitucional do Estado para cria\u00e7\u00e3o de sub-prefeituras e fixa\u00e7\u00e3o de rendas nos pr\u00f3prios centros de capta\u00e7\u00e3o. Tal sistema conv\u00e9m melhormente a territ\u00f3rios vastos de popula\u00e7\u00e3o pouco densa. Nem nos serviria o paliativo politico meramente decorativo de sub-prefeituras do tipo constitucional pernambucano, sem quaisquer possibilidades de melhoria das condi\u00e7\u00f5es locais. Nosso problema, sem d\u00favida, \u00e9 classifica\u00e7\u00e3o municipal, maxim\u00e9 sob o regime vigente, dentro do qual a Uni\u00e3o traz \u00e1s Comunas o que da\u00ed levou. Aumentar o n\u00famero de Municipios \u00e9 engrandecer o Estado: a) pela maior participa\u00e7\u00e3o da Uni\u00e3o atrav\u00e9s das suas cotas de auxilio; b) pela divis\u00e3o do trabalho, permitindo a cada comuna ter junto aos pontos criticos os recursos e rem\u00e9dios imediatos; c) pelo aproveitamento de for\u00e7as e energias locais. permitindo que os Governos municipais sejam suscita\u00e7\u00f5es t\u00e3o regionais ou t\u00e3o locais quanto possiveis. A terra por si mesma, a administra\u00e7\u00e3o local, o povo sentindo que est\u00e1 nas suas m\u00e3os, o controle do seu destino ou por bem dizer a <<confec\u00e7\u00e3o do seu pr\u00f3prio destino>>, j\u00e1 que no regime atual, os com patriotas habitantes das bordas dos grandes municipios, esperam que os CENTROS construam o seu destino, vegetando sem estrados, sem hospitais sem ambulancias e sem sequer um posto m\u00e9dico - o \u00fanico meio de prender um m\u00e9dico ao interior. Um Municipio significa isto: um centro onde se agrupam m\u00e9dicos, dentistas etc. e onde, remunerado pelo Estado eucul\u00e1pio pode prestar gratuitamente ou menos probitiva, assistencia m\u00e9dica e dent\u00e1ria a um povo que morre pela boca, como diria o eminente governador Jos\u00e9 Am\u00e9rico. xxx III. SATISFA\u00c7\u00c3O DOS REQUISITOS LEGAIS DA AUTONOMIA Sol\u00e2nea, na pleiteada eleva\u00e7\u00e3o a municipio aut\u00f4nomo, satisfaz todas as exig\u00eancias legais (arts. 4 \u00ba. e 12. da Lei n\u00ba. 321, de Janeiro de 1949). Vejamos essas exig\u00eancias. 1\u00ba. POPULA\u00c7\u00c3O DE .... 20.000 habitantes. Em 1940, tinha o distrito 17.301 habitantes (v. certid\u00e3o anexa - DOC. No.----). Ap\u00f3s este recenseamento cresceu a popula\u00e7\u00e3o, cresceu a Vila e tudo","progrediu. N\u00e3o h\u00e1 noticias de <<peste negra>>, de epidlemias, de qualquer causa de violenta diminui\u00e7\u00e3o de massa de habitantes. A causa apontada na certid\u00e3o supra mencionada \u00e9 inexistente, porque distrito ca\u00e7ula de Dona Inez saiu dos flancos de <<mater>> Bananeiras que n\u00e3o do distrito de Solanea. Em face disso, o computo de 11.435 habitantes do Recenseamento de 1950 \u00e9 fruto daquela <<arte de mentir por meio de algarismos e com certeza do trabalho de ouriversaria politica dos estat\u00edsticos locais, afastando para outros distritos os n\u00fameros realmente consigna dos a Sol\u00e2nea. E\u2019 todavia prescedente gozando e fei\u00e7\u00e3o de regra legislativa e cria\u00e7\u00e3o de Municipio com popula\u00e7\u00e3o inferior a 10.000 habitantes, em face do que, n\u00e3o negaria por isso, com justi\u00e7a, a Sol\u00e2nea, o pedido autonomia , quando \u00e9 certo que, restaurados os seus leg\u00edtimos limites, o distrito tem para mais de 25.000 habitantes. 2\u00ba) NUMERO N\u00c3O INFERIOR A 400 CASAS DE ALVENARIA NA SEDE DISTRITAL. Como j\u00e1 vimos antestemos tr\u00eas vezes o limite exigido, (Continua) (Conclus\u00e3o) 3\u00ba.). RENDA TRIBUTARIA PROPRIA SUPERIOR A CR$ 250,00, (duzentos e cinquenta mil cruzeiros). O distrito de Sol\u00e2nea, tem, realmente essa renda. A certid\u00e3o anexa (DOC. No. ------), reduz por artif\u00edcios e insinua\u00e7\u00f5es impr\u00f3prias de um documento oficial, em 1951 e 1953 respectivamente a renda tributaria do distrito a Cr$ 115.519,30 -1- 110.370,20 e Cr$ 90.906,00 -1- Cr$ .. .. 128.708,30, ou seja Cr$ .. .. 225.889,50 em 1915 e Cr$ ..... 219.614,30, em 1952. Mas esse, documento \u00e9 inaptamente restritivo. A prefeitura quis fazer com o seu c\u00f4mputo o que legalmente n\u00e3o tem meios de fazer: obstar o movimento autonomista. O desvio do crit\u00e9rio de veracidade que deve marca as documentos p\u00fablicos, chegou ao extremo de se declarar que nos impostos arrecadados em Sol\u00e2nea <<est\u00e3o inclu\u00eddos parte do distrito de Borborema e outra da cidade, em face do Agente-Fiscal do Estado na referida vila de Sol\u00e2nea, como dos outros distritos da rede terem maior interesse pelo acr\u00e9scimo da arrecada\u00e7\u00e3o afim de que sua percentagem, seja mais elevadas. Semelhante declara\u00e7\u00e3o \u00e9 pura e simplesmente a confiss\u00e3o de anarquia e confus\u00e3o nos servi\u00e7os de arrecada\u00e7\u00e3o e de inautencidade das certid\u00f5es de prefeitura que n\u00e3o sabe ao certo de onde recebe os tributos. O que n\u00e3o ficou dito na certid\u00e3o \u00e9 que n\u00e3o ficou dito na certid\u00e3o \u00e9 que a arrecada\u00e7\u00e3o se prejudicou muito no atual exerc\u00edcio com a guerra entre os Agentes do Fisco, lutando com taxas divrsas, impostos empiricamente pelo Exator municipal e aplicada ao talente dos arrecadadores, o que obrigava in\u00fameros contribuintes a procurar diretamente a Prefeitura, a isto convidados por aviso da pr\u00f3pria Municipalidade. Sol\u00e2nea tem a renda tributaria exigida na lei e, ainda uma vez, podemos dizer: se n\u00e3o a tivesse, a deficiencia foi desprezada como obst\u00e1culos \u00e1 autonomia em casos antecedentes. 4\u00ba.). ESTRADAS DE COMUNICA\u00c7\u00c3O COM OS MUNICIPIOS LIMITROFES E COM A CAPITAL DO ESTADO. Solanea disp\u00f5e dessas estradas, e \u00e9 atrav\u00e9s delas que, os seus vinte (20) ve\u00edculos motorizados (al\u00e9m dos que tratriculados fora aqui pousam) realizam trocas comerciais continuos. Se n\u00e3o s\u00e3o melhores as estradas, deve-se a defici\u00eancia ao criminoso abandono do D. E. R de quem V. Excia. mesmo tendo conseguido por vezes m\u00e1quinas de reparo, as tem visto passar para outros Municipios, abandonando-nos \u00e1 nossa pr\u00f3pria e \u00e1 esburacada sorte. O Municipio por sua vez, n\u00e3o tem tido para Sol\u00e2nea, tocante e estradas, a miseric\u00f3rdia do pissarro, cautela da conserva\u00e7\u00e3o. Mas as estradas existem em condi\u00e7\u00f5es de satisfazerem a exig\u00eancia no IV, do art 4\u00ba. da Lei no. 321. 5\u00aa)---- EXISTENCIA DE PREDIOS DESTINADOR AO PA\u00c7O MUNICIPAL, A\u2019 CADEIA PUBLICA MUNICIPAL E AOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES. Estes \u00faltimos existem. Quanto aos demais, a Administra\u00e7\u00e3o facilmente obter\u00e1 de particulares Imoveis que ligeiramente adaptados servir\u00e3o, at\u00e9 a constru\u00e7\u00e3o de pr\u00e9dios pr\u00f3prios, no que, segundo a t\u00e9cnica ou processo usual, o novo Municipio tem direito \u00e1 colabora\u00e7\u00e3o do Estado, facilitando-lhe a instala\u00e7\u00e3o dos servi\u00e7os p\u00fablicos. 6o REPRESENTA\u00c7\u00c3O DE 2.000 HABITANTES MAIO RES DE 18 ANOS. Em anexo,","devidamente atestado pela autoridade policial e reconhecida legalmente a assinatura de cada representante, encontra V. Excia. a materializa\u00e7\u00e3o da vontade do povo do distrito, mobilizada entre os que tem mais capacidade de express\u00e3o e que mais pesam na balan\u00e7a econ\u00f4mica e intelectual da popula\u00e7\u00e3o. xxx IV, A TRADU\u00c7\u00c3O DO DISTRITO E SEU DESTINO COMUNAL Sol\u00e2nea, n\u00e3o \u00e9 nem jamais agrupamento humano modorrento e por isso indicado ao papel permanentemente secund\u00e1rio de distrito. No passado, al\u00e9m do pioneiro Celso Cirne e do continuador Leoncio Costa, a vila distrital se encheu da energia construtora de Jos\u00e9 Pessoa da Costa cedo roubado \u00e1 nossa colabora\u00e7\u00e3o; de Alfredo Bandeira e de J\u00falio Jovino de Souza; de Dona Rita Gracindo Marques e de tantas outras figuras de comerciantes, de informais mas eficientes <<agentes sociais>>, de educadores entre os quais as gera\u00e7\u00f5es mais velhas rendem culto ao eminente mestre Francisco Pinto que andou por mais de meio s\u00e9culo, presa de uma cadeira de, rodas a libertar da imobilidade da Ignorancia os meninos desta terra. No presente Sol\u00e2nea n\u00e3o desmerece o seu passado. Aqui vivem e mourejam comercialmente, Industriais, professores e artistas. Filhos ilustres do Municipio tiveram sempre as suas vistas voltadas para esta comuna progressista, entre eles o inolvid\u00e1vel PEDRO ALMEIDA que, dotou vila de um cemit\u00e9rio amplo, murado e que, merc\u00ea de Deus, n\u00e3o se fez pequeno ainda e em cuja administra\u00e7\u00e3o se ergueu o GRUPO ESCOLAR modelar que possuimos. Em administra\u00e7\u00e3o recentemente finda o major AUGUSTO BEZERTA CAVALCANTI, Inscreveu-se na gratid\u00e3o dos solanenses pela constru\u00e7\u00e3o do amplo e belo MERCADO PUBLICO de que gozamos com vantagens sobre a pr\u00f3pria s\u00e9de do Municipio al\u00e9m do endireitamento das principais ruas do distrito, cujo aspecto lamacento corrigiu. Ensaia a atual Administra\u00e7\u00e3o construir a <<Pra\u00e7a Pedro Almeida>> fronteiria \u00e1 Matriz Eaaioeba>> musu Santo Antonio. A ferrovia Bananeiras-Picu\u00ed tem nesta vila a sede dos servi\u00e7os mais importantes e, com escrit\u00f3rios em Bananeiras, aqui mant\u00e9m um ALMOXARIFADO, movimentando a f\u00f4lha de pagamentos dos seus oper\u00e1rios a balan\u00e7a comercial da vila que teve indiscutivel aumento de popula\u00e7\u00e3o com vinda de bra\u00e7os de f\u00f3ra: traba lhadores e seus dependentes. Vida ativa e cheia de significa\u00e7\u00e3o, o distrito tem de honrar os seus fundadores elevando-se, \u00e1 condi\u00e7\u00e3o de Municipio, pois assim sonharam os seus maiores que n\u00e3o o quizeram, eternamente, tribut\u00e1rio vilarejo sem hist\u00f3ria. Disp\u00f5e o distrito de dois escrit\u00f3rios, um de Contabilidade e escritura\u00e7\u00e3o mercantil e outro de advogacia que dizem das suas condi\u00e7\u00f5es de assistencia intelectual. A geografia do distrito favorece-lhe o progresso. Chamado outrora PLANEZA pela situa\u00e7\u00e3o do seu terreno, a VILA BRANCA de S\u00f3lon de Lucena tem as mais promissoras indica\u00e7\u00f5es para ser acreditada o lastro de uma grande cidade em futuro pr\u00f3ximo. As suas festas religiosas e prota nas reunem multid\u00f5es. Produzindo enorme variedade de cereais, \u00e9 ainda de sua produ\u00e7\u00e3o de frutas que se abastecem os mercados vizinhos e at\u00e9 mais distante como Campina Grande e Natal para onde seguem semanalmente grandes carrega mentos de bananas, mangas, laranjas, etc. Um distrito em tais condi\u00e7\u00f5es n\u00e3o deve estar sujeito ao err\u00f4neo conservantismo dos velhos <<raizes municipais>> que entende amea\u00e7ar a estabilidade politico-econ\u00f4mica de Bananeiras, a emancipa\u00e7\u00e3o de um filho que ser\u00e1 vizinho e colaborador, numa tarefa que nem regionalismo \u00e9, porque de t\u00e3o gritante brasilidade que filhos de outros munic\u00edpios e de outros Estados, aqui assimilados e assimilando, trabalham pela vit\u00f3ria deste ideal. A indep\u00eandencia de Sol\u00e2nea n\u00e3o \u00e9 morte nem enfraquecimento para Bananeiras. O or\u00e7amento municipal deixa evidente que a priva\u00e7\u00e3o de um quinto de suas rendas (as cifras s\u00e3o da Prefeitura Municipal), n\u00e3o ocasionar\u00e3o abalo que assuste ante a compensa\u00e7\u00e3o oferecida ao Estado, na cria\u00e7\u00e3o do novo municipio. Por outro lado, a restaura\u00e7\u00e3o dos limites com que foi criado o distrito \u00e9 um ato de justi\u00e7a e de l\u00f3gica. Um mapa do Municipio com a atual divis\u00e3o distrital e com a divis\u00e3o resultante da restaura\u00e7\u00e3o, demonstra cabalmente que Sol\u00e2nea f\u00f4ra injustamente retalhada para murchar, para fenecer talvez, para eternizar-se como caudat\u00e1ria. Mas antes dos caprichos politicos valem as destina\u00e7\u00f5es da pr\u00f3pria terra. O solo, os","acidentes o povo radicado ao centro vital do distrito fez prova, ou corrigindo, fizeram prova de que essa miniatura da p\u00e1tria, o torr\u00e3o municipal \u00e9 alguma coisa que foi feita para o homem. Se o inverso fosse verdadeiro \u2013 o homem para o torr\u00e3o- venceria a tese conservantista e impediente do progresso. Pelo exp\u00f4sto, V. Excia. \u2013 e ao seu ap\u00ealo os seus nobres Pares nessa Augusta Assembl\u00e9ia Legislativa- far\u00e3o justi\u00e7a ao nosso Povo, aos signat\u00e1rios deste MEMORIAL DA CONFIAN\u00c7A, formulando, apresentando e aprovando um projeto de lei, em cujo artigo primeiro se constitue municipio independente de Solanea com os limites constantes do ato que o criou - art. 20. da Lei no. 637, de .. 4.XII. 1926. A terra tem vozes Quando os pro-homens a as matronas de cujos flancos sairam os troncos humanos de uma cidade, voltam \u00e1 terra, parece que as suas vozes silenciadas, imantam a terra e irisam o solo. E esses santeimos ficam bradando em luz os sonhos da sua gente, ajudando em luz no c\u00f4ro de vozes dos vivos. Celso Cirne pede. Rita Gracindo Marques pede. Jos\u00e9 Pessoa de Costa, J\u00falio Jovino de Souza... os primeiros desta terra, os que se foram pedem. Francisco pinto est\u00e1 ainda na sua cadeira de rodas ensinando e pedindo o progresso de gleba a que deixou no sangue colateral duas gera\u00e7\u00f5es de educadoras. E' a voz da terra, o brado das gentes, o desejo dos mortos e a vontade dos vivos: a autonomia municipal de Sol\u00e2nea. Pela grandeza co-irm\u00e3 de Bananeiras! Pela maior grandeza da Paraiba. Pelo progresso do Brasil. Sol\u00e2nea quer ser municipio para honrar Bananeiras, engrandecer a Paraiba e amar o Brasil em termos pr\u00e1ticos de trabalhos construtor! E' o pedido do POVO que aguarda deferimento dos representantes que em seu nome t\u00eam assento nessa Augusta Casa Parlamentar. Sol\u00e2nea, 31 de Maio de 1953. a.) Luiz Ferreira de Melo, Presid. da Camara de Vereado res, Jo\u00e3o Elisio da Rocha - Vereador, Antonio Alencar de Oliveira - Vereador, Adauto Silva, Jos\u00e9 Venancio de Ara\u00fajo, Alfredo Pessoa de Lima, Aurelio Alves de Ara\u00fajo, Jo\u00e3o Cal\u00fa da Silva Pinto e Belisio Valeriano Pessoa.\u201d (29\/07\/1953. Ano XLII. N 1123. p. 3\/ 30\/07\/1953. Ano XLII. N 1124. P 3) Acesso: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=15949 http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=15957 http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=14835 Par\u00f3quia de Sol\u00e2nea: empolgante luta pela sua cria\u00e7\u00e3o e instala\u00e7\u00e3o no novo munic\u00edpio \u2022 \u201cFoi em meio \u00e0 luta pela liberta\u00e7\u00e3o politica de Solanea, que uma voz se levantou alertando os filhos da Cidade Branca no sentido da liberta\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m religiosa daquele peda\u00e7o verde do espinha\u00e7o da Borborema E os anseios incoerciveis de liberdade, que moravam na alma generosa do povo serrano eclodiram numa arrancada empolgante E os primeiros passos foram dados em pr\u00f3l da crea\u00e7\u00e3o da Par\u00f3quia de Solanea O pessimismo de alguns foi quebrado pela generosidade de quase todos. AS COMISS\u00d5ES E AS PRE TENCOES SUPERADAS Foi tomando corpo a campanha em favor da crea\u00e7\u00e3o da nova ce ia eclesiastica Duas Comiss\u00f5es foram enviadas \u00e0 Cura Metropo Stana Iranspostos o umbras do Palacio do Carmo a pren miss\u00e3o conseguia do venerando Ar cebispo da Paraiba a promessa de. Futuro e quando oportuno.","Foi tomado corpo a campanha em favor da crea\u00e7\u00e3o da nova c\u00e9luia eclesi\u00e1stica Duas Comiss\u00f5es foram enviadas \u00e0 Curia Metropolitana Transpostos os umbrais do Palacio do Carmo a primeira comiss\u00e3o conseguia do venerando Arcebispo da Para\u00edba a promessa de no futuro e quando oportuno crear na ent\u00e3o Vila de Solanea a nova circunscri\u00e7\u00e3o eclesi\u00e1stica a ser desmembrada da Par\u00f3quia de Bananeiras. A segunda Comiss\u00e3o obtinha uma segunda e mais significativa promessa com o compromisso do Exmo. Sr Dom Mois\u00e9s Coelho de n\u00e3o s\u00f3 n\u00e3o crear ent\u00e3o \u00e0 Par\u00f3quia de Santa Inez - Santa Inez pretendia isto, em prejuizo da terra solaneana mas de sobretudo, crear a Par\u00f3quia de Santo Antonio de Solanea de prefer\u00eancia \u00e0 de Santa Inez Ora isso era tudo, se se considera a tendencia inicial dos padres de Bananeiras de levarem o Paroquiato a ser creado para Santa Inez de prefer\u00eancia a Solanea ARQUIVA-SE UM MEMORANDUM Quando da visita pastoral ano passado em Bananeiras S Excia o Sr Arcebispo deu mais uma prova de prefer\u00eancia por Solanea recebendo das m\u00e3os de cidad\u00e3os de Santa Inez um memorial em que se pedia \u00e0 autoridade metropolitana \u00e0 crea\u00e7\u00e3o da Par\u00f3quia de Santa Inez. com vis\u00edvel preju\u00edzo das preten\u00e7\u00f5es da Cidade Branca O Exmo Sr Dom Mois\u00e9s em vista do compromisso feito com minha terra arquivou aquela peti\u00e7\u00e3o. PLANEZA HOTEL Dando por\u00e9m, satisfa\u00e7\u00e3o a imperativos de ordem jur\u00eddica ordenou S Excia que o povo de Solanea levantasse um patrim\u00f4nio de, pelo menos, Cem Mil Cruzeiros. que assegurasse uma sobreviv\u00eancia condigna aos futuros pastores da Par\u00f3quia de Santo Antonio Imediato, recomendou tamb\u00e9m ao vig\u00e1rio de Bananeiras um plano de mapa da futura Paroquia o que plenamente ignoro j\u00e1 foi feito O povo de Solanea tendo \u00e0 frente seu Prefeito, de pronto se deu \u00e0 causa do patrim\u00f4 nio. tendo arrecadado na primeira campanha. n\u00e3o obstante as despesas das festas comemorativas da libertar\u00e3o politica a de Cincoenta Mil Cruzeiros \u041e Prefeito Tancredo de Carvalho esteve comigo em Pal\u00e1cio ponde o Exmo Sr Arcebispo par do plano de constru\u00e7\u00e3o dum Hotel que seria construido, como patrim\u00f4nio da Par\u00f3quia O venerando antistate anuiu de b\u00f4a mente ao plano Eu mesmo forneci a planta do futuro Planeza-Hotel. A Prefeitura se comprometeu a doar o terreno do edificio e o Prefeito prometeu de se empenhar na busca do restante capital necess\u00e1rio \u00e0 constru\u00e7\u00e3o E neste p\u00e9 ficou a rosa: O Arcebispo crearia a Par\u00f3quia t\u00e3o logo tivesse em m\u00e3os a chave do Hotel doado \u00e0 Par\u00f3quia. Este o resumo do empenho que *ileg\u00edvel* fazendo pela crea\u00e7\u00e3o da Par\u00f3quia de Santo Antonio de Solanea Fui levado a escrever estas linhas pelo fato de ultimamente me ter encontrado com diversos conterraneos que sempre me est\u00e3o a perguntar se morreu a campanha pr\u00f3 liberta\u00e7\u00e3o eclesi\u00e1stica de minha terra ou se eu ando por isto desinteressado Minha resposta e sempre breve e simples: O que devia fazer-se aqui junto \u00e0 Curia j\u00e1 foi feito e est\u00e1 plenamente vitorioso O DEVER DO POVO O que resta \u00e9 o empenho do povo de Solanea na concretizac\u00e3o que tracou em busca de mais esta preciosa e inadi\u00e1vel vit\u00f3ria Releva entretanto notar que quanto mais tempo se perde neste terreno mais perigo se corre de que outras Par\u00f3quias se v\u00e3o creando na dianteira de Solanea E preciso que o povo compreenda a b\u00f4a vontade da autoridade arquidiocesana que contin\u00faa esperando pelo povo de Solanea Esta b\u00f4a vontade \u00e9 t\u00e3o patente, que h\u00e1 pouco tempo fui informado de que S Excia oferecia n\u00e3o faz muito a futura Par\u00f3quia de Solanea a um dos mais prestigiosos atuais vig\u00e1rios. O povo compreenda isto e veja se deve perder tempo.\u201d (16\/06\/1954. Ano XLIII. N 1370. p. 3) Acesso: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 16705","Melhoramentos no pr\u00e9dio do Mercado P\u00fablico por determina\u00e7\u00e3o do Prefeito Relat\u00f3rio do Prefeito Tancredo de Carvalho sobre a situa\u00e7\u00e3o do munic\u00edpio \u2022 \u201cSOLANEA, 16 \u2013 Com os pr\u00f3prios recursos da Prefeitura, nao tem sido poss\u00edvel realizar obras de vulto limitando-se apenas a executar pequenos servi\u00e7os, como sejam: conserva\u00e7\u00e3o e asseio da cidade; alguns melhoramentos no pr\u00e9dio do Mercado P\u00fablico; aquisi\u00e7\u00e3o de balan\u00e7as, pesos e medidas e novas tarimbas para c\u00f3rte de carne verde, compra de madeiras para constru\u00e7\u00e3o do curral do municipio; mudan\u00e7a e altera\u00e7\u00e3o da ilumina\u00e7\u00e3o publica, inclusive os postes de alta-tens\u00e3o, para uma melhor distribui\u00e7\u00e3o de ilumina\u00e7\u00e3o do trecho compreendido no referido Mercado, que estava em completa escurid\u00e3o, e onde praticavam toda sorte de libertinagem; coloca\u00e7\u00e3o de varias grades de ferro nas b\u00f4ca-de-lobo das calerias pluviais das ruas, que ameavam perigo contra os transeuntes; coloca\u00e7\u00e3o de placas, com os respectivos nomes dos homenageados, em varias ruas e avenidas da cidade; bem como placas de numera\u00e7\u00e3o das casas, segundo o sistema adotado pelo I. B. G. E.; readapta\u00e7\u00e3o do pr\u00e9dio destinado ao Comissaria do de Policia, para melhor funcionamento dessa reparti\u00e7\u00e3o, coopera\u00e7\u00e3o dada na instala\u00e7\u00e3o do Posto Agro-Pecu\u00e1rio do Fomento Federal, do Minist\u00e9rio da Agricultura, conseguindo localisa-lo num pr\u00e9dio condigno e numa das principais ruas das cidade, cujo aluguel de trezento cruzeiro \u00e9 de responsabilidade da Prefeitura. Iniciei de acordo com a coopera\u00e7\u00e3o dada aos munic\u00edpios atrav\u00e9s das quotas do Fundo Rodovi\u00e1rio Nacional, os servi\u00e7os de constru\u00e7\u00e3o e conserva\u00e7\u00e3o das nossas estradas de rodagem. No terreno de aparo aos agricultores, fundei a Cooperativa Mista Agricola de Sol\u00e2nea, cujo registro foi recentemente concedido pelo Servi\u00e7o do Fomento Federal do Minist\u00e9rio da Agricultura, mas que, infelizmente, n\u00e3o pude operar no presente exerc\u00edcio porque n\u00e3o cumpriu todas as exig\u00eancias para ser favorecida pelo sistema de financiamento adotado pela Caixa Imobili\u00e1ria da Para\u00edba, \u00e0s cooperativas desse genero. Fundei recentemente a Associa\u00e7\u00e3o Rural de Sol\u00e2nea, \u00f3rg\u00e3o de grande alcance e interesse para os meios rurais, como legitimo elemento de defesa de seus direitos. Atendendo a uma velha e justa aspira\u00e7\u00e3o dos habitantes desta cidade, criei uma Feira-Livre no quarto dia da semana, que em alcan\u00e7ando bom resultado, estando a popula\u00e7\u00e3o plenamente satisfeita com essa medida. J\u00e1 est\u00e3o bem adiantados os estudos topogr\u00e1ficos dos limites intermunicipais, bem como os referentes ao levantamento planim\u00e9trico e altim\u00e9trico destinados \u00e1 expans\u00e3o urbanista da cidade, trabalhados esses que julguei de grande resultado e proveito \u00e1 administra\u00e7\u00e3o municipal achando-se os mesmos a cargo do agrimessor Pedro Nobre Sobrinho. Preocupado ainda com o problema de abastecimento dagua da cidade, j\u00e1 autorizei ao Instituto Brasileiro de Administra\u00e7\u00e3o Municipal (Sec\u00e7\u00e3o da Para\u00edba), por interm\u00e9dio do seu atual diretor. Dr. Claudio de Paiva Leite, a proceder os estudos necess\u00e1rios a execu\u00e7\u00e3o daquele servi\u00e7o de magna import\u00e2ncia para a vida do Municipio. AJUDA DO GOVERNO DO ESTADO \u2013 Se o Governo do Estado tivesse concedido outros aux\u00edlios \u00e1 Prefeitura, al\u00e9m da importancia de vinte e cinco mil cruzeiros que deu inicio para instala\u00e7\u00e3o do munic\u00edpio, conforme a verba de cento e cincoenta mil cruzeiros, prevista no Decreto-lei numero 967, de 26 de Novembro de 1953, melhor seria a situa\u00e7\u00e3o financeira da editididade, pois n\u00e3o teria sido obrigada a saldar compromissos decorrentes de aquisi\u00e7\u00e3o de mobidi\u00e1rio, cofre, m\u00e1quina de escrever, material de expediente, etc. com as minguadas rendas municipais, o que de um certo modo vem concorrendo para criar dificuldades \u00e0 sua vida financeira e restringir um plano mais \u00fatil e proveitoso aos intereses coletivos. Assim, despendeu com essas despesas a import\u00e2ncia de trinta e oito mil cento e setenta e quatro cruzeiros e cincoenta centavos, estando devendo quarenta e oito mil seiscentos e vinte e tres cruzeiros e oitenta centavos, referente \u00e0 readapta\u00e7\u00e3o do edif\u00edcio onde se acha instalada, e mais tr\u00eas mil e vinte cruzeiros restante da compra de m\u00f3veis e quatro mil e seiscentos cruzeiros de material de expediente. Durante os meses de mar\u00e7o e abril, teve de enfrentar, com a valiosa ajuda de Vossa Excelencia, o s\u00e9rio problema de fornecimento dagua, no per\u00edodo da s\u00eaca, a popula\u00e7\u00e3o do Curimata\u00fa, com dois caminh\u00f5es tanques enviados pelo Gov\u00earno do Estado, cujas despesas montaram a nove mil novecentos e sessenta e um cruzeiros e cincoenta centavos, restando","pagar a import\u00e2ncia de cinco mil quinhentos e sessenta centavos de fornecimento de gasolina e pe\u00e7as para os citados ve\u00edculos. FINAN\u00c7AS \u2013 Conforme o quadro anexo, a Prefeitura arrecadou no primeiro semestre do decorrente ano, a importancia de cento e quarenta e seis mil oitocentos e oitenta e nove cruzeiros como receita tributaria, uma vez que tem no cr\u00e9dito especial do Gov\u00earno do Estado (Decreto Lei n\u00famero 967) e mais treze mil trezentos e setenta e sete cruzeiros e oitenta centavos, da quota do Fundo Rodovi\u00e1rio Nacional, tudo num total de cento e oitenta e cinco mil duzentos e setenta e sete cruzeiros e vinte centavos. A despesa atingiu a mil novecentos e noventa e cinco cruzeiros e dez centavos, apresentando um saudo para o segundo semestre na importancia de nove mil duzentos e setenta e dois cruzeiros e dez centavos. A f\u00f4ra esses d\u00e9bitos, encontra-se a Prefeitura rigorosamente em dia com o pagamento de funcionalismo municipal e a ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica, FINALIZANDO- Antes de terminar, quero ressaltar a coopera\u00e7\u00e3o leal, eficiente e sincera do ilustre deputado Humberto Lucena devotado amigo e benfeitor de Sol\u00e2nea, a todas as realiza\u00e7\u00f5es do meu governo, destacando-se a sua pr\u00f3pria iniciativa, como seja a da constru\u00e7\u00e3o de casas nesta cidade, pela Caixa Economica Federal da Para\u00edba, e outras tantas \u00fateis \u00e0 nossa coletividade e do nosso conhecimento. Encerrando este despretensioso relato, desejo agradecer, penhorado, a Vossa Excelencia, as provas de considera\u00e7\u00f5es que tem dispensado \u00e0 minha modesta gest\u00e3o \u00e1 frente dos destinos administrativos de minha terra. Antonio Tancredo de Carvalho \u2013 Prefeito.\u201d (17\/08\/1954. Ano XLIII. N 1418. p. 3, 4) Acesso: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 16978 http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 16979 Ainda a Par\u00f3quia de Solanea Pe. M. Batista de MEDEIROS \u2022 \u201cPelo pr\u00f3ximo dia 26 de novembro, estara fazendo precisamente um ano, a crea\u00e7\u00e3o jur\u00eddica do Munic\u00edpio de Sol\u00e2nea e sua consequente eleva\u00e7\u00e3o \u00e0 categoria de Comarca e Cidade. Nenhum fato mais significativo para assinalar as comemora\u00e7\u00f5es de t\u00e3o grato evento, do que a instala\u00e7\u00e3o naquela data da futura Paroquia da t\u00e3o querida Cidade Branca. E\u2019 pois uma certeza tranquila e liquida a instala\u00e7\u00e3o a 26 do m\u00eas vindouro, da nova circunscri\u00e7\u00e3o eclesi\u00e1stica. E\u2019 francamente dispens\u00e1vel aqui, o hist\u00f3rico da batalha pela crea\u00e7\u00e3o da Par\u00f3quia de Santo Antonio de Sol\u00e2nea, tamb\u00e9m porque do alto destas colunas j\u00e1 o fizemos noutra oportunidade. Basta dizer-se que, depois da liberta\u00e7\u00e3o pol\u00edtica, esta foi a suprema aspira\u00e7\u00e3o de todos os filhos do pr\u00f3spero munic\u00edpio brejeiro. Ningu\u00e9m se Sol\u00e2nea mediu esf\u00f4r\u00e7o em prol desta que, agora, \u00e9 j\u00e1, uma doce realidade e uma empolgante vit\u00f3ria. Ao passo que se iam impondo as condi\u00e7\u00f5es can\u00f4nicas de crea\u00e7\u00e3o da Par\u00f3quia, o povo solaneano ia remoendo um a um, todos os empecilhos que se lhe antolhava na arrancada magnifica at\u00e9 chegar a esta meta final que a certeza de, ainda dentro deste m\u00eas de outubro, ser elevada a Capela de Santo Antonio \u00e0 categoria de Matriz e Par\u00f3quia. Nenhum presente poderia o Exmo. Sr. Dom Mois\u00e9s Co\u00ealho, o grande amigo do povo de Sol\u00e2nea dar neste Ano Santo Mariano \u00e0 <<Vila Branca>>, do que exarar o Decreto can\u00f4nico de ere\u00e7\u00e3o da nova unidade eclesi\u00e1stica. Um povo assim, que n\u00e3o mede sacr\u00edficos pelas grandes causas \u00e9 sem d\u00favida um povo que soube compreender o profundo sentido social e religiosos da crea\u00e7\u00e3o duma Par\u00f3quia. E\u2019 sobretudo um gente que ama at\u00e9 suas \u00faltimas consequentcias, a causa de sus liberta\u00e7\u00e3o total. Agora, como na campanha da liberta\u00e7\u00e3o do Munic\u00edpio em","Sol\u00e2nea n\u00e3o houve indiferentes pela grande causa do povo. Todos se uniram a todos, num esf\u00f4r\u00e7o bonito pelo bem comum. Basta que algu\u00e9m tenha nascido nas fraldas daquelas serras, para ter dado tudo que podia, para causa da liberta\u00e7\u00e3o religiosa. N\u00e3o houve express\u00e3o. Se o Prefeito Tancredo de Carvalho deu toda sua capacidade de trabalho e sua boa vontade \u00e0 nobre causa. nem *ineleg\u00edvel* o pastor Pessoa de Lima p\u00f4de ficar desisteressado daquilo que empolgava a todos. Parece mesmo que o povo de Sol\u00e2nea apostou consigo mesmo no triunfo r\u00e1pido e absoluto deste empenho. E o resultado, eis: O Sr. Arcebispo pediu a Sol\u00e2nea um Patrim\u00f4nio Paroquial de pelo menos tr\u00eas casas de aluguel e Sol\u00e2nea apresentou \u00e0 autoridade arquidiocese na um Patrim\u00f4mio de quatro casas que rendem no presente a import\u00e2ncia pelo menos um mil e duzentos cruzeiros mensais, sem contar com mais a Casa Paroquial, confort\u00e1vel resid\u00eancia aos futuros pastores da grei do Senhor nas terras de Sol\u00e2nea. Ningu\u00e9m, absolutamente ningu\u00e9m, ousou fugir \u00e0 campanha de crea\u00e7\u00e3o da Paroquia. Agora todos andam satisfeitos por verem coroados de \u00eaxito, seus esfor\u00e7os que t\u00e3o generosamente deram pela terra comum. Ainda este m\u00eas, em data a ser concertada com a autoridade metropolitana e divulgada ao povo de Sol\u00e2nea ser\u00e1 assinado solenemente no Pa\u00e7o do Carmo, o p\u00fablico can\u00f4nico de crea\u00e7\u00e3o a Par\u00f3quia de Santo Antonio de Sol\u00e2nea, a desmembrar-se das Par\u00f3quias de Bananeiras e Serraria. A 26 de novembro, daquela que assinala o primeiro anivers\u00e1rio da crea\u00e7\u00e3o do Municipio, ser\u00e1 efetuada a solene instala\u00e7\u00e3o da Paroquia de Sol\u00e2nea. Grandes solenidades de cunho religiosos e c\u00edvico h\u00e3o de marcar o feliz efem\u00e9ride. Para presidir \u00e0s solenidades de septido religioso, j\u00e1 foi convidado o Exmo Dom Manuel Pereira da Costa, Bispo Titular de Rio Tinto e Auxiliar do Exmo. Sr. Arcebispo Dom Mois\u00e9s Co\u00ealho. O Exmo *ileg\u00edvel* Bispo estar\u00e1 presente as solenidades, por si e pelo venerando Metropolita, a quem representar\u00e1. A cerim\u00f4nia de instala\u00e7\u00e3o de uma Paroquia ainda n\u00e3o foi presidida pelo *ileg\u00edvel* Bispo, cabendo, inclusive, a Sol\u00e2nea, a honra de ser a primeira Paroquia a ser instalada *ileg\u00edvel* S. Excia que na ocasi\u00e3o far\u00e1 sua primeira visita oficial *ileg\u00edvel* por\u00e7\u00e3o do seu *ileg\u00edvel*que habita as *ileg\u00edvel* da Borborema. A Comiss\u00e3o Prol- Par\u00f3quia organizar\u00e1 de comum acordo com o Vig\u00e1rio Mons. Diniz outras solenidades a serem realizadas naquele dia. O povo de Sol\u00e2nea n\u00e3o ir\u00e1 mostrar ent\u00e3o menos regosijo e entusiasmo pela instala\u00e7\u00e3o de sua Par\u00f3quia do que a instala\u00e7\u00e3o do Munic\u00edpio. NOTA: - O Mapa que cont\u00e9m os limites da Par\u00f3quia de Sol\u00e2nea foi levantado por ordem do Exmo. Sr. Arcebispo e apresentado \u00e0 C\u00e1ria Metropolitana pelo *ileg\u00edvel*. Mons, Diniz.\u201d (12\/10\/1954. Ano XLIII. N 1465. p. 2,7) Acessos: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=17322 http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=17327 Exonerado o Prefeito de Sol\u00e2nea \u2022 \u201cO Governador do Estado assinou ontem, um ato exonerando a pedido, das fun\u00e7\u00f5es de prefeito de Sol\u00e2nea o sr. Tancredo de Carvalho, que desde a instala\u00e7\u00e3o daquele munic\u00edpio vinha dirigindo os seus neg\u00f3cios administrativos.\u201d (12\/11\/1954. Ano XLIII. N 1454. p. 4) Acesso: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 17609 Discurso de Humberto","\u2022 \u201cNa sess\u00e3o de ontem, da Assembl\u00e9ia Legislativa, o sr. Humberto Lucena pronunciou um longo discurso narrando os acontecimentos relacionados com a crise pol\u00edtico-administrativa surgida no munic\u00edpio de Sol\u00e2nea, da qual resultou o pedido de comiss\u00e3o do sr. Antonio Tancr\u00eado de Carvalho que vinha exercendo, desde a crea\u00e7\u00e3o da nova comuna paraibana, o cargo de prefeito municipal. A partir de amanh\u00e3, provavelmente, daremos divulga\u00e7\u00e3o do discurso do representante pessedista no Parlamento Estadual. Ao mesmo tempo que histor\u00eda fatos relacionados com o caso de Sol\u00e2nea o deputado Humberto Lucena defende-se das acusa\u00e7\u00f5es que lhe fez, como a outros membros de sua fam\u00edlia, o dr. Alfredo Pessoa de Lima, atrav\u00e9s de publica\u00e7\u00f5es na imprensa desta Capital.\u201d (01\/12\/1954. Ano XLIII. N 1455. p. 2) Acesso: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 17618 Tancr\u00eado de Carvalho deixou a Prefeitura Integra da carta dirigida ao chefe do Poder Executivo do Estado \u2022 \u201cO Governador do Estado aceitou o pedido de demiss\u00e3o que lhe fez o sr. Tancredo de Carvalho, que exercia o cargo de prefeito do munic\u00edpio de Solanea desde a sua instala\u00e7\u00e3o, tenso se conservado a frente da administra\u00e7\u00e3o durante dez meses e realizado uma gest\u00e3o prof\u00edcua ais interesses da comuna Premido por motivos de ordem particular e n\u00e3o desejando contribuir para o agravamento de desentendimento surgidos naquele munic\u00edpio, o sr, Tancredo de Carvalho decidiu afastrase do cargo afim de facilitar uma a\u00e7\u00e3o harmonizadora do Governo em colabora\u00e7\u00e3o com o Partido Social Democr\u00e1tico ao qual pertence o prefeito demission\u00e1rio. Positivando o desejo de deixar aquelas fun\u00e7\u00f5es, o sr. Tancredo de Carvalho entregou ao chefe do executivo o seu pedido de demiss\u00e3o, consubstanciado na carta que transcrevemos a seguir: Sol\u00e2nea, 16 de Novembro de 1954. Eminente amigo Governador Jos\u00e9 Am\u00e9rico de Almeida: Por quest\u00e3o de ordem particular e afim de que o Partido Social Democr\u00e1tico, no Municipio de Sol\u00e2nea, n\u00e3o venha ser prejudicado em sua economia politica, em virtude da crise recentemente originada pelo sr. Jo\u00e3o Elisio da Rocha, vice-presidente em exerc\u00edcio do Diret\u00f3rio Municipal deste Municipio, e a minha pessoa, venho solicitar de Vossa Excelencia a demiss\u00e3o do cargo de Prefeito de Sol\u00e2nea que vinha exercendo desde o dia 30 de dezembro de 1953. No desenrolar dos acontecimentos que geraram a crise a que me refiro, quero destacar a atua\u00e7\u00e3o elevada e imparcial de um verdadeiro juiz, que Vossa Excelencia adotou no caso deixando o meu livre arb\u00edtrio e do Presidente da Comiss\u00e3o Executiva do Partido Social Democr\u00e1tico, sr. Severino Albuquerque de Lucena a solu\u00e7\u00e3o do impasse ora criado. Deixo a Prefeitura da minha terra em condi\u00e7\u00f5es de ser assumida pelo meu mais ferrenho inimigo ou advers\u00e1rio. Durante esse curto per\u00edodo de dez meses e quinze dias de minha administra\u00e7\u00e3o dei a Sol\u00e2nea o que me foi poss\u00edvel. Foi para mim uma grande honra e satisfa\u00e7\u00e3o de ter tido a oportunidade de realizar um pouco em beneficio do torr\u00e3o natal, porque, s\u00f3 porisso, aceitei aquele cargo. N\u00e3o o aceitaria aquele cargo. N\u00e3o o aceitaria para exerc\u00ea-lo noutra parte. U\u2019a cousa tamb\u00e9m me conforta e me tranquiliza: n\u00e3o concorri para a desarmonia da fam\u00edlia solenense. Congreguei-a, indistintamente, e contei sempre com o apoio moral e material para todos os meus empreendimentos, porque adotei por norma consultar e ouvir gregos e troianos para a execu\u00e7\u00e3o dos mesmos. Primei, desde os primeiros dias da minha administra\u00e7\u00e3o, dar contas ao publico, de todos os meus atos, fazendo, mensalmente a divulga\u00e7\u00e3o dos balanc\u00eates do movimento financeiro da Prefeitura, isto simplesmente porque s\u00f3 compreendo o homem p\u00fablico, dando contas ao povo, de seus atos. \u201d (03\/12\/1954. Ano XLIII. N 1457. p. 3,6) Acesso: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis=","Assim, tenho a oportunidade com a presente carta passar \u00e1s m\u00e3os de Vossa Excelencia, o relat\u00f3rio anexo, acompanhado de uma presta\u00e7\u00e3o de contas dos dez meses em que estive \u00e1 frente da Prefeitura de Sol\u00e2nea. Neste ensejo, quero agradecer as reiteiradas provas de considera\u00e7\u00e3o e confian\u00e7a despensados por Vossa Excelencia \u00e0 minha pessoa no referido cargo. Antonio Tancredo de Carvalho\u201d (03\/12\/1954. Ano XLIII. N 1457. p. 3,6) Acessos: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 17635 http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 17638 O caso politico de Sol\u00e2nea Discurso pronunciado pelo deputado Humberto Coutinho Lucena, na sess\u00e3o de 30 de novembro de 1954 \u2022 \u201cSr. Presidente Srs Deputados E\u2019 nosso dever agitar aqui, sobretudo, os problemas estaduais, afim de que este ambiente se torne mais prop\u00edcio \u00e1s solu\u00e7\u00f5es de inter\u00easse coletivo. Do contr\u00e1rio, as paix\u00f5es amesquinham os esp\u00edritos e o resultado \u00e9 aquele panorama desolador a que, uma vez por outra, se reduz este plen\u00e1rio, nas discuss\u00f5es que est\u00e9ries de casos provincianos que n\u00e3o se coadumam com a alta investidura que o povo nos confiou. Em todo a nossa vida parlamentar, poucas vezes trouxemos ao conhecimento desta Casa assuntos ligados \u00e0 politica dos municpais em que temos alguma influencia eleitoral. Entretanto, grande que seja o nosso esfor\u00e7o, no sentido de manter essa linha de conduta. \u00e1s vezes, somos obrigados a contrari\u00e1-la, no afan de prestar esclarecimentos ao povo, quando se procura por em duvida a pr\u00f3pria inteireza moral de nossa vida de homens p\u00fablicos. E \u00e9, justamente, o que se d\u00e1 conosco, neste dia. Logo ap\u00f3s \u00e1s ultimas elei\u00e7\u00f5es, ainda em meio do processo de apura\u00e7\u00e3o, viajamos \u00e0 Capital da Rep\u00fablica, a pretexto de um repouso e tamb\u00e9m de apressar o encaminhamento de alguns problemas que interessam \u00e1s popula\u00e7\u00f5es de Bananeiras e Sol\u00e2nea. Embora ausentes do Estado, acompanhamos vivamente interessados, como era natural, o desenrolar dos acontecimentos que, h\u00e1 alguns dias, v\u00eam tumultuando a vida d\u00easse \u00faltimo munic\u00edpio, um dos mais novos e pr\u00f3speros do Estado. E, creiam-nos VV. Excias., a n\u00e3o ser as grosserias acusa\u00e7\u00f5es que nos lan\u00e7aram sem ao menos desta vez, termos orientado os entendimentos pol\u00edticos locais, nada nos surpreendeu. Tudo estava previsto, dentro das possiblidades dos nossos c\u00e1lculos, conforme j\u00e1 explicaremos. N\u00e3o desejamos, por\u00e9m, neste passo, mais do que nos defender. N\u00e3o desceremos \u00e1s restri\u00e7\u00f5es de car\u00e1ter pessoal, mesmo porque n\u00e3o iriamos nos nivelar com o nosso detrator, homem cujo tratamento, como \u00e9 sabido, n\u00e3o tem respeitado siquer o pr\u00f3prio sil\u00eancio dos t\u00famulos. A catilin\u00e1ria de quem preferimos n\u00e3o pronunciar o nome, em sinal de respeito \u00e0 inimizade gratuita que, h\u00e1 algum tempo, procurava criar entre n\u00f3s, n\u00e3o nos atingiu isoladamente. Foi al\u00e9m, buscou a rebuscou o passado para, afinal, lan\u00e7ar contra o nosso genitor imputa\u00e7\u00f5es injuriosas a que deixamos de fazer refer\u00eancia porque a Para\u00edba inteira conhece a Severino Lucena. Envolveu irm\u00e3os nossos que, em politica, t\u00eam tido apenas, atuado marginal.","E, quanto a n\u00f3s, veiu de longe. Procurou deslustrar o nosso curso de Direito, concluido na Faculdade do Recife, onde inclusive teriamos fraudado o Livro de Frequ\u00eancia e, ainda mais, gritou, a t\u00edtulo de novidade, que n\u00e3o fomos eleitos em 1950. Se chegamos \u00e0 Assembleia, f\u00f4ra em consequ\u00eancia do falecimento do saudoso companheiro que foi Pedro Augusto de Almeida! Compreendemos os seus incultos. Diante da posi\u00e7\u00e3o ingrata que assumiu. precisava, antes de tudo, deminuir-nos, moral, intelectual e politicamente, perante o povo e, mais ainda. pois a\u00ed est\u00e1 o segredo de suas publica\u00e7\u00f5es sensacionalistas, perante o Governador do Estado, sr. Jos\u00e9 Americo de Almeida. Mas, como lhe ser\u00e1 dificil destruir uma reputa\u00e7\u00e3o cuja base moral foi adquirida, sobretudo, no recesso do lar, no convivio de uma fam\u00edlia que pode ser pobre as que tem os melhores exemplos e tradi\u00e7\u00f5es de honestidade e servi\u00e7os prestados \u00e0 Para\u00edba. Os paraibanos nos conhecem e, entre outras honras que nos conferiram e \u00e1 nossa fam\u00edlia, por ser mais perto no tempo, indicamos a nossa reelei\u00e7\u00e3o a esta Assembl\u00e9ia, com larga margem de votos recebidos em todos os recantos do Estado. E' a maior prova de que n\u00e3o rastejamos nessa politicagem de aldeia que rouba, em geral, dos politicos o espirito p\u00fablico capaz de discenir, numa ordena\u00e7\u00e3o de valores, os interesses coletivos, dos interesses pessoais. E, em particular. o Governador Jos\u00e9 Americo, desde os remotos tempos de Solon de Lucena, sabe bem o que somos. E, agora, no Governo do Estado, testemunha S. Excia., com quem sempre mantivemos estreita aproxima\u00e7\u00e3o pol\u00edtico-administrativa, que jamais lhe criamos um caso, em que pudessemos deixar transparecer essa estreit\u00easa de esp\u00edrito que, hoje, nos \u00e9 atribuida. Jovem ainda, povoava-nos a cabe\u00e7a de acad\u00eamicos de Direito, sonhos bem diferentes do de ingressar imediatamente, na politica partid\u00e1ria. Circunst\u00e2ncias imperiosas, por\u00e9m, levaram-nos a conduzir desde 1950, a orienta\u00e7\u00e3o politica do PSD em Bananeiras, munic\u00edpio a que ent\u00e3o pertencia o distrito de Solonea deslocandondo-nos, para isso, do Recife para esta Capital. E foi sem que as velhas intrigas locais influ\u00edssem no nosso \u00e2nimo, que aceitamos essa dificil delega\u00e7\u00e3o partid\u00e1ria. Mas, a consci\u00eancia n\u00e3o nos acusa de haver perseguido, de haver participado, afinal, de qualquer acontecimento menos digno! Sempre mantivemos com os nossos advers\u00e1rios a maior cordialidade, desde o deputado Clovis Bezerra at\u00e9 o mais humilde dos seus correligion\u00e1rios. Ele aqui est\u00e1 para nos confirmar este pronunciamento! E, em nossa politica, acima da tudo, costumamos auscultar, em nossas delibera\u00e7\u00f5es o pensamento de todos os correligion\u00e1rios. Do menor ao mais graduado, afim de que ela v\u00e1 se livrando aos poucos desse car\u00e1ter nitidamente personalista que domina o interior desde a Velha Rep\u00fablica. Est\u00e1 a\u00ed o exemplo da escolha de nossos candidatos a Prefeito e Vice-Prefeito de Bananeiras, em 1950. Foi realizada, democraticamente, num pleito em que a diferen\u00e7a foi de apenas quatro votos favor\u00e1veis ao atual edil bananeirense. J\u00e1 se v\u00ea por tanto que n\u00e3o partilhamos da chamada pol\u00edtica de imposi\u00e7\u00e3o. E, fomos assim tamb\u00e9m em Sol\u00e2nea. Durante o processo de cria\u00e7\u00e3o do munic\u00edpio, procuramos ouvir os anseios gerais de sua popula\u00e7\u00e3o, ao mesmo tempo que prescrutavamos os melindres de Bananeiras, afim de tornar possivel a vit\u00f3ria do movimento emancipador. E dizer-se ainda, depois de sermos t\u00e3o festejados em banquetes e discursos, que procuramos torpedear, em parte, a causa de sua liberta\u00e7\u00e3o! A Assembl\u00e9ia \u00e9 testemunha de nossa luta sem tr\u00e9guas, a ponto de nos indispormos com o Presidente Tertuliano Brito, muito r\u00edgido na interpretac\u00e3o que pretendia dar ao texto da Lei de Organiza\u00e7\u00e3o Municipal. J\u00e1 dissemos e repetimos, a tese de cria\u00e7\u00e3o dos municipios, sem as respectivas comarcas, ensaiada em outras unidades da Federa\u00e7\u00e3o, foi o resultado de uma troca de id\u00e9ias com o Governador Jos\u00e9 Americo, que se preocupava com o aumento das despesas p\u00fablicas. Mas, logo combatida, de uma maneira geral fomos os primeiros a redigir o projeto de Sol\u00e2nea, com a inclus\u00e3o da comarca E, enquanto isso, ouviamos seu povo, no \u00abGr\u00e9mio Morenenses. E. agora, j\u00e1 que nos atiram essa pecha, vamos publicar fatos que desafiam contesta\u00e7\u00f5es, A\u2019 \u00faltima hora, no dia em que a Comiss\u00e3o solanense j\u00e1 se achava nesta Capital, para assistir \u00e0 san\u00e7\u00e3o do projeto, est\u00e1vamos em palestra com Leoncio Costa Jo\u00e3o Elisio da Rocha, quando fomos cientificados de que o","Governador Jo\u00e3o Fernandes de Lima nos chamava, com urg\u00eancia. ao Pal\u00e1cio da Reden\u00e7\u00e3o. E, ali, S. Excia, fez nos sentir que ia vetar parcial mente a proposi\u00e7\u00e3o, como me dida de economin. A comares seria sacrifienda. E, ent\u00e3o, a legamos a S. Excia os compro missos p\u00fablicos assumidos e. sobretudo, o precedente de Pil\u00f5es que fora sancionado integralmente. Afinal, os nossos argumentos venceram a resis t\u00eancia governamental. (CONTINUA) (Conclus\u00e3o O SR. FERNANDO MILANES: Desejo a esta altura do brilhante discurso de V. Exeia.. dar o meu depoimento a respeito da cria\u00e7\u00e3o da comarca de Sol\u00e2nea. Fui presente ao entendimento que o nobre orador manteve com o Governador Jo\u00e3o Fernandes a respeito de assunto mantendo-se intransigente em t\u00f4rno da San\u00e7\u00e3o de Decreto Legislativo da maneira pela qual teria sido aprovado pela Assembl\u00e9ia. Gra\u00e7as \u00e0 a\u00e7\u00e3o eficiente de V. Excia, pode se criado o municipio de Sol\u00e2nea com a sua respectiva comarca O SR. HUMBERTO LUCENA: Agradecemos a V. Excia, que \u00e9 um dos deputados mais esclarecidos desta Casa e. sobretudo, porque acompanhou vivamente interessardo a marcha da cria\u00e7\u00e3o do munic\u00edpio de Sol\u00e2nea, nesta Assembl\u00e9ia e no Pal\u00e1cio do Governo. Pois bem, sr. Presidente, vesperas da instala\u00e7\u00e3o do nove municipio, come\u00e7aram, num clima de elevada compreens\u00e3o politica, as demarches para a escolha do Prefeito a ser nomeado. N\u00e3o chegamos a indicar um s\u00f3 nome ao diret\u00f3rio que estava em forma\u00e7\u00e3o. Todos est\u00e3o a\u00ed para n\u00e3o nos deixar mentir. J\u00e1 percebiamos as inten\u00e7\u00f5es de Tancredo de Carvalho. Desejava governar a sua terra natal e foi, por isso, indicado numa reuni\u00e3o, a que \u00eale pr\u00f3prio se achava presente, pelo nosso amigo coronel Le\u00f4ncio Costa. Fizemos sentir, em particular. 10 futuro Presidente do Diret\u00f3rio que o seu candidato tinha prop\u00f3sitos politicos ocultos. Como se poderia manter na linha do Diret\u00f3rio que nos apoiava, se tamb\u00e9m \u00eale pretendia candidatar-se \u00e0 Assembl\u00e9ia Legislativa de Estado? N\u00e3o lhe temiamos a competi\u00e7\u00e3o, mas nos assaltava. a id\u00e9ia de uma desarticula\u00e7\u00e3o politico-partid\u00e1ria em Sol\u00e2nea, municipio que sempre nos deu vitorias eleitorais. Afinal, sem outras discuss\u00f5es, todos combinamos, embora a *ileg\u00edvel* a Le\u00f4ncio Costa, que, pela sua tradi\u00e7\u00e3o de lealdade partid\u00e1ria representava os melhores anseios de progressos do novo munic\u00edpio paraibano. Todos, por\u00e9m, inclusive advers\u00e1rios nossos, que lhe tinham atacado a propria dignidade, n\u00e3o se conformavam com nossa aquiescencia aquela indica\u00e7\u00e3o. Advertiam-nos cordialmente: cuidado com esse homem! Mas, n\u00f3s que t\u00ednhamos uma no\u00e7\u00e3o exa ta da situa\u00e7\u00e3o politica local, n\u00f3s que conhec\u00edamos o povo solanense n\u00e3o nos perturbamos. Prestigiamos, junto ao Governador Jo\u00e3o Fernandes de Lima, a sua nomea\u00e7\u00e3o. O SR. PEDRO GONDIM:- Ninguem deve mais a V. Excia. do que o Prefeito Tancredo de Carvalho. Disso todos n\u00f3s damos testemunho, inclusive aqueles que assumiram e exerceram a acusa\u00e7\u00e3o. O SR. HUMBERTO LUCENA:- Aceitamos aparte de V. Excia. que ser\u00e1 naturalmente registrado e continuamos a insistir em que n\u00e3o descobrimos at\u00e9 hoje, qualquer deshonestidade vamos dizer assim.. << de gaveta>>, no sr. Tancredo de Carvalho. Mas, na realidade, S. Sa- como bem adverte V. Excia- foi desleal para conosco at\u00e9 o extremo, porque sempre soubemos ser seus amigos em todas as horas. O SR. OCTACILIO DE QUEIROZ: - Sem querer tecer nenhuma intriga s\u00f4bre o assunto, creio que \u00e9 profunda a divergencia do deputado Clovis Bezerra com o sr. Tancredo de Carvalho, sobretudo em face daquela rumurosa den\u00fancia. O SR. HUMBERTO DE LUCENA: - Damos gra\u00e7as a Deus por haver transferido \u00easse <<problema>> ao deputado Clovis Bezerra... O SR.CLOVIS BEZERRA: - Desejava apenas fazer um pedido a VV. Excias.: nesse caso rumuroso, nessa quest\u00e3o dentro do pr\u00f3prio partido, VV, Excias. N\u00e3o me envolvam.","O SR. HUMBERTO LUCENA: V. Excia, h\u00e1 de convir que n\u00e3o estamos lhe envolvendo. Apenas, aqui e al\u00ed, por sabermos que V. Excia. \u00e9 um homem de bem, pedimos o seu testemunho porque nos acostumamos - apesar de ser V. Excia. nosso advers\u00e1rio a reconhecer o destemor de suas atitudes. E quando se conta uma hist\u00f3ria, com detalhes t\u00e3o pitorescos, e esse fala em homens como Tancredo de Carvalho, \u00e9 natural que se chame a aten\u00e7\u00e3o de V. Excia tanto para o passado como para o presente... O SR. PRESIDENTE: - Informo a V Excia que est\u00e1 esgotado o tempo de que V. Excia dispunha O SR. IVAN BICHARA SOBREIRA: - S. Presidente: pe\u00e7o permiss\u00e3o a V. Excia, para ceder o meu tempo em favor deputado Humberto Lucena. O SR. HUMBERTO LUCENA: - Agradecemos a distin\u00e7\u00e3o do deputado Ivan Bichara. O SR. FERNANDO MILANES: - Considero a interven\u00e7\u00e3o do deputado Clovis Bezerra, nos debates, como necess\u00e1ria, era que pese o seu interesse em manter-se ausente, porquanto sendo S. Excia., um homem de atitudes definidas e que esta bem informado a respeito da politica do municipio de Sol\u00e2nea, poder\u00e1 contribuir, decisivamente, para um fiel julgamento da conduta dos respons\u00e1veis por \u00easse desagrad\u00e1vel epis\u00f3dio politico que agitou a vida daquele municipio paraibano. OS OCTACILIO DE QUEIROZ: - Queria dizer a V. Excia em face do aparte do deputado Clovis Bezerra, que para homens largamente experimentados em politica como os deputados Clovis Bezerra e Fl\u00e1vio Ribeiro, figuras de not\u00e1vel proje\u00e7\u00e3o nos quadros da UDN, e aqui presentes, n\u00e3o s\u00e3o aos mesmos entranh\u00e1veis essas atitudes, essas diverg\u00eancias partid\u00e1rias. Basta ver o que acontece com a rela\u00e7\u00e3o \u00e1 sucess\u00e3o municipal nesta Capital, onde h\u00e1 uma luta tremenda, segundo o notici\u00e1rio dos jornais. H\u00e1 uma luta interna dentro da UDN, no plano municipal, cousa ali\u00e1s compreens\u00edvel na vida dos partidos. O SR. FLAVIO RIBEIRO: - Mas, na realidade, essas diverg\u00eancias n\u00e3o existem... O SR. HUMBERTO LUCENA \u2013 Agradecemos a V. Excia. a interven\u00e7\u00e3o.. O SR. CLOVIS BEZERRA: - V. Excia. n\u00e3o tenha d\u00favidas de que se eu fosse chamado a prestar depoimento em rela\u00e7\u00e3o a qualquer fato de ordem administrativa ou de ordem politica, referente aos munic\u00edpios de Bananeiras ou Sol\u00e2nea, daria de p\u00fablico e de acordo com as minhas convic\u00e7\u00f5es, as informa\u00e7\u00f5es a respeito do assunto, atingissem essas informa\u00e7\u00f5es a quem quer que f\u00f4sse. Mas, neste particular. V. Excia, me permita, h\u00e1 uma luta partid\u00e1ria, uma luta intima, uma diverg\u00eancia em- (Conclue na 5 a pag. ) tre companheiros de um mesmo partido, da qual desejo me conservar afastado por n\u00e3o me julgar credenciado a intervir. O SR. HUMBERTO LUCENA - Entretanto, n\u00e3o nos enganamos. Se n\u00e3o falhou na administra\u00e7\u00e3o, politicamente, come\u00e7ou por baixo do pano, a chamar a si aqueles que se solidarizaram conosco desde as primeiras horas de nossa atua\u00e7\u00e3o partid\u00e1ria naquele municipio. O Diretorio do PSD, que tinha \u00e0 sua frente. na ausencia de Leoncio Costa, o sr. Jo\u00e3o Elisio da Rocha, seu Vice-Presidente, poucas vezes foi ouvido, apesar de compromissos do rec\u00e9m-nomeado de consult\u00e1-lo regularmente. E n\u00e3o se diga que \u00easse sistema de fazer politica \u00e9 conden\u00e1vel. Como, ent\u00e3o, poderia o PSD, partido que ali vem predominando eleitoralmente, responsabilizar-se pelos destinos politicos e administrativos de Sol\u00e2nea, sem ser ouvido pelo Prefeito que \u00eale pr\u00f3prio escolhera e indicara? Esse, srs. Deputados, \u00e9 que seria o contracenso! E foi, justamente, d\u00easse conflito desagrad\u00e1vel que surgiu a incompatibilidade do sr. Tancredo de Carvalho, com o Diretorio local do Partido Social Democr\u00e1tico.","E, o titular demissionario, da Prefeitura de Sol\u00e2nea, embora esteja numa posi\u00e7\u00e3o politica muito comprometedora, ainda se d\u00e1 ao prazer de criar um caso de maiores propor\u00e7\u00f5es. O sil\u00eancio deliberado de quem, inclusive, procura reconcilia\u00e7\u00f5es a esta altura, \u00e9 mais conden\u00e1vel do que o barulho do seu mais graduado correligion\u00e1rio e admirador! Calado, louco para ficar na Prefeitura, aplaude o que diz o outro, n\u00e3o obstante nos conhecer e a todos os nossos, esquecido at\u00e9 dos juramentos de fidelidade politica que tantas vezes repitiu, em presen\u00e7a do pr\u00f3prio Vice-Governador Jo\u00e3o Fernandes de Lima! Ainda se diz que, de h\u00e1 muito, procuravamos demiti-lo, temerosos de sua presen\u00e7a na politica solanense. Mas, as urnas j\u00e1 deram a sua resposta a essa insinua\u00e7\u00e3o maliciosa... Se, realmente, insistissemos neste proposito, t\u00ea-lo-iamos demitido antes do pleito, contando como sempre contamos com o prestigio absoluto de Jo\u00e3o Fernandes de Lima e com a quase unanimidade do Diret\u00f3rio do PSD. de Solanea. Mas, entregamos a solu\u00e7\u00e3o do assunto a \u00easse diret\u00f3rio, que haveria de ter. nos seus dominios, uma responsabilidade muito mais direta. Mas, como estamos fazendo hist\u00f3ria, vamos narrar, com a permiss\u00e3o do ent\u00e3o Governador Jo\u00e3o Fernandes, uma passagem pitoresca que pouca gente conhece na Para\u00edba. Nas vesperas das elei\u00e7\u00f5es, depois inclusive de *ileg\u00edvel* haver conseguido um lugar na chapa de deputados estaduais do PSD, chegamos, certo dia, ao Pal\u00e1cio e, al\u00ed, fomos surpreendidos pelo ar de indisfar\u00e7\u00e1vel indigna\u00e7\u00e3o que se estampava na fisionomia do Prefeito Tancredo de Carvalho. Acontecera algum imprevisto, pensamos. Chamou-nos em conversa reservada e nos adiantou que iria solicitar a sua exonera\u00e7\u00e3o, pois f\u00f4ra tratado desatenciosamente pelo Governador Jo\u00e3o Fernandes de Lima, que se sentira mal diante da insist\u00eancia de seus pedidos em rela\u00e7\u00e3o a assuntos de al\u00e7ada administrativa estadual. N\u00e3o f\u00f4ra a nossa interven\u00e7\u00e3o, de que muitos homens p\u00fablicos na Para\u00edba s\u00e3o testemunhas e n\u00e3o teria ficado na Prefeitura. Pediu-nos segredo em torno desses fatos. E, fiel ao compromisso, guardamo-lo at\u00e9 hoje, quando se insinua que a nossa luta pela sua demiss\u00e3o vinha de longe. N\u00e3o era possivel nos contermos, nas circunst\u00e2ncias atuais!.. Com a nossa indiscutivel responsabilidade, na politica daquele municipio, apenas advertiamos sempre aos membros do Diretorio, do que seria capaz o sr. Tancredo de Carvalho, na \u00e2nsia de galgar as posi\u00e7\u00f5es mais elevadas, amparado pela base politica que procurava consolidar em Sol\u00e2nea, de cuja emancipa\u00e7\u00e3o foi o \u00fanico que fez propaganda nos seus cartazes eleitorais. E a\u00ed est\u00e1 a prova. Tenta, inutilmente, com ajuda intelectual do nosso acusador, cindir o P. S. D. naquele municipio, inclusive atrav\u00e9s da id\u00e9ia lan\u00e7ada aos quatro cantos da possivel cria\u00e7\u00e3o de um diretorio local do P.L.. pensando assim agradar ao sr. Jos\u00e9 Am\u00e9rico de Almeida. Mas, n\u00e3o se enganem, pois o Governador do Estado tem bastante discernimento politico para n\u00e3o se deixar perturbar por essa cortina de fuma\u00e7a que pretenderam lan\u00e7ar sobre os acontecimentos. E ademais S. Excia, n\u00e3o faz distin\u00e7\u00e3o, entre os partidos dentro da Coliga\u00e7\u00e3o que preside e que lhe elegeu! E, h\u00e1 causa muito mais degradante, nisso tudo. J\u00e1 se fala num plano de candidatar Tancredo de Carvalho \u00e0 Prefeitura de Sol\u00e2nea, com o possivel ap\u00f4io da Uni\u00e3o Democr\u00e1tica Nacional. E. ali\u00e1s, n\u00e3o acreditamos que a id\u00e9ia v\u00e1 adiante pois o deputado Clovis Bezerra foi um dos que nos alertaram contra a sua nomea\u00e7\u00e3o... Da\u00ed, essa confus\u00e3o t\u00f4da, criada no intuito preconcebido de dividir para vencer. Da\u00ed, o veto ao nome de Luiz Ferreira de Melo. Homem de bem \u00e0 toda prova, nunca se aproveitou do prestigio desfrutado no PSD, desde os tempos da interventoria Ruy Carneiro, para fazer o mal a quem quer que f\u00f4sse. Sei quanto lhe tem afligido decaidas de alguns de seus filhos. Mas, do ponto de vista moral, jamais seria capaz de proceder como lhe acusam. E. quantos aqui, que lhe conhecem de perto poder\u00e3o atestar a sua honorabilidade pessoal?","Nesse ponto, embora o deputado Clovis Bezerra esteja fugindo ao debate, solicitariamos de S. Excia, em defesa nao do aspecto politico, mas, moral da personalidade de dois homens que \u00eale conhece de perto que desse o seu testemunho a Assembl\u00e9ia de que os srs. Luiz Ferreira de Melo e Jo\u00e3o Elisio s\u00e3o homens de bem a toda prova e que, por conseguinte, n\u00e3o podem receber perante a Para\u00edba, essas injurias que lhes assaca o seu acusador gratuito... O SR. CLOVIS BEZERRA - V. Excia vai me permiti que responda: quanto ao sr. Jo\u00e3o Elisio, n\u00e3o tenho d\u00favidas, considero-o um homem de bem toda prova. Quanto no sr. Luiz Ferreira de Melo, pouco conhe\u00e7o a sua vida particular. Tenho por\u00e9m, a impress\u00e3o de que se trata de um bom homem. O SR. HUMBERTO LUCENA- A resposta de V. Excia nos agrada profundamente, embora que nos contasse ser V. Excia. at\u00e9 padrinho de um dos filhos do sr. Luiz Ferreira de Melo. Mas V. Excia, d\u00e1 um depoimento sincero, pois, afinal de contas, sr. Presidente, \u00e9 pela palavra de um homem como o deputado Clovis Bezerra que, caem. por terra, aquelas acusa\u00e7\u00f5es levianas atiradas \u00e0 pessoa do sr. Luiz Ferreira de Melo, Se, na realidade, esse cidad\u00e3o f\u00f4sse o que se pretendeu dizer pela emprensa, naturalmente, S. Excia. o deputado Clovis Bezerra, n\u00e3o nos daria esse pronunciamento... O SR. PEDRO GONDIM: - Conhe\u00e7o os srs Jo\u00e3o Elisio Rocha e Luiz Ferreira de Melo e deles recolho o mais abonador conceito, cr\u00e9dito igualmente lhe defere o povo de Serraria, visinho de Sol\u00e2nea. O SR IVAN BICHARA SOBREIRA Queria declarar a V. Excia que quanto ao nome do sr. Jo\u00e3o Elisio, sei tratar-se de pessoa particularmente conhecida na zona do brejo, um homem de bem, um homem reconhecidamente correto. E dou tamb\u00e9m, por interm\u00e9dio do depoimento do saudoso deputado Pedro de Almeida, um testemunho sobre o sr. Luiz Ferreira de Melo que apesar de ser um homem de poucas letras era um homem elogiado, apontado pelo deputado Pedro de Almeida como um homem s\u00e9rio, honesto. O SR. HUMBERTO LUCENA -Vamos restaurar o seu conceito, perante a sociedade. Temos aqui, sr. Presidente alguns documentos comprobatorios da honorabilidade do se Luiz Ferreira, os quais n\u00e3o vamos nos dar ao trabalho de ler para n\u00e3o tomar muito tempo dos srs. deputados. Um deles \u00e9 a c\u00f3pia do processo-crime que, no Juizo da Comarca de Sol\u00e2nea respondeu o r\u00e9u Luiz Ferreira de Melo Filho, pois acusam o pai de proteger o filho que acha processado. S. Presidente, o processo \u00e9 dos mais fr\u00e1geis e se baseia em fatos dos mais rotineiros da vida do interior. N\u00e3o seria, cremos, necess\u00e1rio. que o lessemos perante a Assembl\u00e9ia, porque, sobretudo, seria enfadonho. Prende-se o caso a uma desaven\u00e7a entre dois desafetos que se encontraram \u00e0 beira de uma estrada, onde houve uma luta \u00e0 m\u00e3o armada, do que resultaram apenas algumas les\u00f5es corporais. N\u00e3o se trara nem de um crime de homic\u00eddio. Tamb\u00e9m, duas peti\u00e7\u00f5es despachadas, uma pelo adjunto de promotor da comarca de Sol\u00e2nea e outra pelo escriv\u00e3o- substtuto da Crime, como prova de que o sr. Luiz Ferreira de Melo n\u00e3o retirou ao processo de seu filho, nenhuma folha como se afirmou. E, depois, uma declara\u00e7\u00e3o de Geraldo Martins, desmentindo que tivesse sido despresado pelo seu patr\u00e3o Luiz Ferreira de Melo, depois de haver sido acidentado quando trabalhava no seu maquinismo de agave... E mais, sr. Presidente um abaixo assinado da opini\u00e3o p\u00fablica de Sol\u00e2nea, contando-se figuras representativas de diversas classes sociais e partidos pol\u00edticas. Seguem-se quase duzentas assinaturas, entre as quais queremos assinalar as dos srs. Luiz de Castro Filho, Cirilo da Costa Maranh\u00e3o, Cicero Pereira de Oliveira, Manoel Ven\u00e2ncio de Ara\u00fajo, Jos\u00e9 de Castro, Massilon Ponto, Celso Coutinho, Severino Camelo de Morais, Luiz Crispim de Almeida e Antino Melo Azev\u00eado. Todos, sr. Presidente, elementos de escol do partido udenista em Sol\u00e2nea, que fazem, inclusive, parte do diret\u00f3rio daquele munic\u00edpio. Por conseguinte, as palavras do deputado Clovis Bezerra, embora discretas, ajustando-se a este testemunho p\u00fablico de um partido advers\u00e1rio sobre a honorabilidade do sr. Luiz Ferreira de Melo, levantam o seu conceito na Para\u00edba, que, de hoje em diante, voltar\u00e1 a t\u00ea-lo como um homem, embora modesto, mas de reputa\u00e7\u00e3o ilibada, tanto na sua vida p\u00fablica como privada.","Se tem poucas letras, isso n\u00e3o \u00e9 pretexto, porque n\u00e3o \u00e9 \u00easse o valor com que se medem os administradores. A\u00ed est\u00e1 o Prefeito de Serraria, t\u00e3o citado como operoso, mas que, no entanto, n\u00e3o tem preparo intelectual! Na crise moral em que estamos, \u00e9 preferivel a honestidade, \u00e0 cultura, para os cargos de governo! Da\u00ed, a sofreguid\u00e3o com que apontam o nome de Jo\u00e3o Elisio da Rocha, para Prefeitura de Sol\u00e2nea! Lan\u00e7aram-lhe, sobre a face limpa a inj\u00faria de haver tido pretens\u00f5es pouco l\u00edticas junto \u00e0 Prefeitura. Pleiteara a quisi\u00e7\u00e3o de um tanque, em terras particulares, na zona do Curimata\u00fa. Mas, lhe aceitam para gerir os destinos da municipalidade. E quanta insist\u00eancia nesse ponto! Porque? Faz parte do plano Candidato natural do povo, pelas suas indiscut\u00edveis qualidades pessoais, \u00e0 disputa eleitoral de 3 de outubro, do cargo de Prefeito Municipal, \u00easses m\u00eases anteriores ao pleito lhe arruinariam o cartaz de pol\u00edtico e administrador, pois o ambiente preparado. Os cofres Prefeitura, nesses \u00faltimos poucos dias, ao que nos informam ficaram vasios de dinheiro, de sorte que pouca possibilidade teria \u00eale de realizar. Da\u00ed, a campanha contra Antonio Lucena. Mas, saibam todos, o nosso detrator e o povo de Sol\u00e2nea. N\u00e3o foi indica\u00e7\u00e3o nossa, mas uma honrosa atribui\u00e7\u00e3o que lhe queria dar, enquanto serenassem os \u00e2nimos, o Exmo. Sr. Governador Jos\u00e9 Americo de Almeida. Tudo est\u00e1 descoberto. Eis, afinal de contas, o coment\u00e1rio Sincero e franco, em torno d\u00easse caso que ocupou o espa\u00e7o de um dos nossos melhores \u00f3rg\u00e3os de imprensa. (CONTINUA) N\u00e3o iremos adiante. S\u00f3 t\u00ednhamos um inter\u00easse. Revelar a opini\u00e3o p\u00fablica ocultos *ileg\u00edvel* menos compet\u00eancia pol\u00edtica tem no caso, pois se trata de um homem que n\u00e3o pertence a partido algum, com \u00eale proprio proclama, e que no entanto, procura se insinuar na economia interna do Partido Social Democratico! N\u00e3o precisamos de censores. O povo que nos julgue, em todos os passos e caminhos de nossa vida p\u00fablica! COPIA AUTENTICA Ilmo. Sr. Escriv\u00e3o Substituto do Crime da Comarca de Sol\u00e2nea. Luiz Ferreira de Melo, brasileiro, casado, agricultor, residente na Fazenda <<RAMADA>> deste Munic\u00edpio e Lo Suplente de Juiz em exerc\u00edcio desta comarca, precisa e requer V.S que si digne atestar no p\u00e9 desta si o processo crime movido pela Justi\u00e7a P\u00fablica desta no marca, contra o meu Filho, Luiz Ferreira de Melo Filho, residente na Fazenda <<RAMADA>> deste Municipio, contem alguma fraude, irregularidade, estraviamento de folhas ou substiui *ilegivl*. N. Termos P. Deferimento Sol\u00e2nea, 25 de Novembro de 1954. Ass) Luiz Ferreira de Melo. do Sur de Juiz em Exerc, Atesto afirmativamente, que neste cart\u00f3rio n\u00e3o existe nenhuma irregularidade no processo referido na peti\u00e7\u00e3o supra. Dou f\u00e9:","Sol\u00e2nea, 25 de novembro de 1954. Ass. O Escriv\u00e3o substituto Antonio Fereira de S\u00e1 Serr\u00e3o Filho Est\u00e1 conforme o original:- Maria de Lourdes Feitosa- Datilogr\u00e1fo el.<<I>> Confere:- Zilda Mira de Vasconcelos \u2013 Chefe de Sec\u00e7\u00e3o VISTO: - Orestes Lisb\u00f4a- Diretor Geral. COPIA AUTENTICA N\u00f3s abaixo assinados, Jo\u00e3o Moreira Pereira e Pedro Moreira de Lima, brasileiros, de maior, domiciliados e residentes nesta cidade Sol\u00e2nea, no uso de nossas faculdades mentais, declaramos que somos testemunhas das declara\u00e7\u00f5es feitas pelo sr. Geraldo Aniceto Martins de Oliveira, residente no lugar <<Ramada>>, deste Municipio, o qual disse que em dias do m\u00eas de Maio de mil novecentos e, cincoenta e tr\u00eas (1953) for acidentado em um motor ale beneficiar agave de propriedade do sr. Luiz Ferreira de Melo, no dito lugar <<Ramada>> e que lhe for prestado pelo mesmo sr. Luiz Ferreira de Melo, todo o socorro m\u00e9dico, tendo recebido os primeiros curativos na cidade de Bananeiras pelo m\u00e9dico dr Orlando Cavalcanti e dal\u00ed seguiu para a capital deste Estado \u2013 Jo\u00e3o Pessoa, onde foi internado no Hospital de Pronto Socorro, passando ali em tratamento tr\u00eas (3) m\u00eases, cujas desp\u00easas foram pagas pelo sr. Luiz Ferreira de Melo, voltando para sua resid\u00eancia completamente restabelecido; que n\u00e3o quiz receber nenhuma indeniza\u00e7\u00e3o, pois estava satisfeito com as desp\u00easas pagas pelo sr. Luiz Ferreira de Melo e que presentemente se acha trabalhando em beneficiamento de agave do sr, Jos\u00e9 Marques no mesmo lugar <<Ramada>>. Sol\u00e2nea, 26 de novembro de 1954. A r\u00f4go de Geraldo Aniceto Martins de Oliveira que, n\u00e3o sabe l\u00ear nem escrever,. Ass) Benedito Ribeiro da Costa Segundo. TESTEMUNHAS *ileg\u00edvel* Reconhe\u00e7o a firma e letra de Benedito Ribeirdo da Costa Segundo, Jo\u00e3o Marcelino Pereira e Pedro Moreira de Lima. Sol\u00e2nea, 26 de novembro de 1954. Em test. APSSF, da verdade. O Tabeli\u00e3o P\u00fablico. A) Antonio Pereira de S\u00e1 Serr\u00e3o Filho. Est\u00e1 conforme o original: -Maria de Lourdes Feitosa- Datilografia el. <<I>> Confere: - Zilda Meira de Vasconcelos \u2013 Chefe de Sec\u00e7\u00e3o VISTO:- Orestes Lisboa \u2013 Diretor Geral. COPIA AUTENTICA Exmo. Sr. Adjunto de Pro motor P\u00fablico da Comarca de N\u00e3o me conta contenham Irregularidades, conforme o requerimento que abaixo se consta: Sol\u00e2nea, 25 de novembro de 1954. Acessos: http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 17691","http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 17699 http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 17701 http:\/\/memoria.bn.br\/DocReader\/DocReader.aspx?bib=120774&Pesq=%22Solanea%22&pagfis= 17707","Livros de Mem\u00f3ria Sol\u00e2nea LIVRO DE MEM\u00d3RIA AUTOR ANO 1975 Mem\u00f3rias de um Brejeiro Tancredo de Carvalho 1987 1996 Sol\u00e2nea. Idade da Raz\u00e3o Lailton de Oliveira Bastos 2003 2003 Programa de emprego e renda: SOL\u00c2NEA PRODER 2003 2013 Vila Branca Geraldo Nogueira de Amorim 2013 Um menino - uma vida Ed\u00e9sii de Oliveira Maia 2017 2020 Um olhar sobre Tancredo de Carvalho Wolhfagon Costa de Ara\u00fajo Cr\u00f4nicas e Causas: aos 58 de minha cidade e 60 de Wolhfagon Costa de Ara\u00fajo Sol\u00e2nea Conhecendo minha hist\u00f3ria Jos\u00e9 Maria Augusto Felicidade menina Lindalva de Oliveira Contos coletivos: prosas solid\u00e1rias Wolhfagon Costa de Ara\u00fajo . Fonte: Elaborado pelas autoras, 2020"]


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