BOAS PRÁTICAS PARA ATACADISTAS DISTRIBUIDORESNORMAS PARA ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO 1
ÍNDICEIntrodução ................................................................................................................................................................ 3 1. Definições, guias e normas ........................................................................................................................... 4 a. Normas para produtos farmacêuticos e farmoquímicos ....................................................................... 4 b. Boas práticas de armazenagem na indústria de alimentos ................................................................... 7 8 2. Como faço para obter a certificação da Anvisa de Boas Práticas de Armazenamento e Distribuição? 8 9 Medidas para controle, contenção, redução ou eliminação ...................................................................... 10 11 Controle de estoque otimizado .................................................................................................................... 12 Layout do armazém ....................................................................................................................................... Rastreabilidade ..............................................................................................................................................Conclusão ................................................................................................................................................................. 2
Introdução Para garantir o sucesso de um atacadista distribuidor, é importante buscar condições ideais para que produtividade e inovação estejam sempre presentes. Sabendo disso, lançamos um material exclusivo sobre controle de estoque e armazenagem no ano passado e agora damos sequência à série de boas práticas com este e-book sobre normas para armazenagem e distribuiçãoCréditos: Creative Commons/Flickr O material abordará normas, regulamentos e dicaspara que as empresas integrem visão e informação para a gestão integrada e otimizada dearmazenamento, transporte e distribuição. Com o material, esperamos que sua empresacomece a transformar práticas – não por uma espécie de castigo por não cumprir normas,mas por fazer adequadamente seu trabalho – e consiga garantir credibilidade, satisfação econfiança dos clientes e parceiros.O grande desafio ainda é a busca pelo ponto de equilíbrio entre necessidades e recursoslimitados. Para ultrapassar esses obstáculos, é preciso integração entre todos os participantesda cadeia e foco em resultados.Boa leitura! 3
1. Definições, guias e normasOrganizações que operam no território nacional devem estar atualizadas com as normas e guiasnacionais que as oriente e regule. Existem diversos órgãos responsáveis por orientar atacadistasdistribuidores especializados em medicamentos e alimentos perecíveis sobre armazenagem etransporte desses produtos. Neste e-book, iremos apresentar apenas algumas das principaise que consideramos mais relevantes para nossos parceiros. São elas:a. Normas para produtos farmacêuticos e farmoquímicosAntes de chegar às farmácias, os medicamentos Créditos: Google imagenspercorrem um longo caminho e ficam sujeitos acondições que, se não controladas, podem alterarsuas propriedades e comprometer sua qualidade.Para que o transporte de medicamentos seja feitoda maneira adequada, alguns cuidados devem seradotados. A tarefa de atender as características dacarga é das distribuidoras, e deve ser realizada comrigidez para que as propriedades dos medicamentossejam mantidas. O produto deve chegar aoconsumidor final com as mesmas particularidadesque tinha quando saiu da indústria. 4
Por causa disso, atacadistas distribuidores precisam conhecer todas as especificações detransporte e armazenagem de cada insumo ou produto. As condições devem conter informaçãosobre temperatura, umidade, proteção contra congelamento ou calor excessivo e até proteçãoda luz. Para que o transporte de medicamentos seja feito da maneira adequada, cuidados devemser adotados: procedimentos inadequados significamriscos para a saúde dos consumidores.O transporte de medicamentos exige muita atenção:procedimentos inadequados significam riscos para asaúde dos consumidores. Uma das responsáveis pelaregulação da atividade de distribuição e transporte deprodutos farmacêuticos, a Agência Nacional de VigilânciaSanitária (Anvisa), possui um manual de “Boas Práticas Créditos: Creative COmmons/Google imagesde Transporte de Medicamentos” que, se seguido à risca,assegura as condições adequadas de armazenamento, movimentação e transportes de carga.A Anvisa também disponibiliza uma série de requisitos sobre contrato, licença e alinhamentodas condições de transporte, armazenamento e distribuição com as condições estabelecidaspelo fabricante. Algumas das restrições são: • É proibido o transporte de medicamentos, drogas e insumos junto de produtos radioativosou tóxicos (inseticidas, detergentes, lubrificantes e agrotóxicos). • Os veículos devem estar em condições sanitárias e o transportador ter um programa delimpeza. • As janelas e portas devem estar protegidas contra entrada de aves, insetos, roedores eoutros animais. 5
Existem mais cuidados a serem tomados no caminho percorrido entre indústria e varejo. Aembalagem, o modelo de acondicionamento, o meio de transporte, a quantidade, a distânciae até a duração da viagem. Esses cuidados devem respeitar as características físico-químicase microbiológicas dos medicamentos, o que demanda uma logística eficiente e otimizada.Entre todos os fatores, a temperatura de armazenamento é uma das mais importantes - seestiver inadequada, o medicamento pode ter propriedades alteradas, e pôr em risco a saúdedo consumidor.Não existe segredo: deve-se seguir exatamente asrecomendações feitas na embalagem do remédio eassegurar a rastreabilidade dos produtos. A logística dedistribuição e transporte de medicamentos exige cadavez mais dos profissionais e empresas envolvidos nacadeia de suprimentos de fármacos. Se as boas práticasrecomendadas forem seguidas, o distribuidor pode ficartranquilo, pois terá garantida a manutenção da identidade, Créditos: Wikimedia Commonsintegridade e segurança dos produtos.b. Boas práticas de armazenagem na indústria de alimentosO manual de boas práticas de armazenagem na indústria de alimentos da Empresa Brasileirade Pesquisa Agropecuária (Embrapa) reúne alguns requisitos essenciais de higiene earmazenamento de matérias-primas e alimentos industrializados destinados ao consumohumano. A adequação a essas normas exige a adoção de mudanças comportamentais de todos6
os agentes envolvidos, desde a produção até a distribuição dos alimentos. A armazenagemcorreta de produtos e insumos impede a contaminação e proliferação de microorganismos,além de evitar alterações no alimento ou danos ao recipiente ou embalagem.Entre as boas práticas de armazenagem, separamos algumas que devem ser adotadas se suaempresa pretende manter competitividadeno mercado. São elas: • Fazer a inspeção dos alimentosbaseada nas instruções e nos planosestabelecidos, escritos e documentados. • Adotar o sistema o FEFO (PVPS emportuguês: primeiro que vence, primeiroque sai). Ou seja: os produtos com datade expiração mais próxima devem serarmazenados e separados com preferência. • Adotar o sistema PVPS (primeiroque vence, primeiro que sai). Ou seja: os Créditos: Banco de Imagens HBSISprodutos de fabricação mais antiga devemser posicionados para que saiam primeiro do armazém. • Os produtos devem ser protegidos contra contaminação e impregnação de odoresexternos. Não armazene alimentos próximos a produtos químicos, de higiene, de limpeza eperfumaria, por exemplo. 7
• As caixas com os alimentos devem ser manuseadas com cuidado e não podem sersubmetidas a peso excessivo. • As prateleiras devem ser mantidas limpas e secas.2. Como faço para obter a certificação da Anvisa de Boas Práticas de Armazenamentoe Distribuição? A resolução RDC Nº 39 da Anvisa dispõe sobre os procedimentos administrativos para concessão da Certificação de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem e é garantia de bons serviços. Nela, existem procedimentos que devem ser seguidos rigorosamente para que o atacadista distribuidor consiga obter a concessão das certificações de boas práticas de distribuição e/ou armazenagem de medicamentos, produtos para saúde e insumos farmacêuticos. A obtenção ou não da certificação depende do cumprimento dos requisitos exigidos pelas normasCréditos: Google Imagesvigentes. Depois de concedida, a certificação tem validade de dois anos contados a partir dadata de sua publicação no Diário Oficial da União.Medidas para controle, contenção, redução ou eliminaçãoAlguns produtos requerem instruções claras dos fabricantes quanto às condições detemperatura, umidade, luz, oxigênio e condições especiais para a movimentação e transporte.Os riscos durante essas operações englobam danos físicos (furos, quebra, amassados), 8
misturas, contaminação microbiana e contaminação cruzada. Para que nada disso aconteça,é preciso garantir que as operações estejam alinhadas com os requisitos dos fabricantes paraarmazenamento, estocagem, transporte e distribuição. A proteção da mercadoria só é possívelquando a embalagem primária (responsabilidade do fabricante) e as instruções e condiçõespara proteção contra agentes externos ou estranhos é levada em conta por todos os membrosda cadeia de produção.Layout do armazémO layout é peça fundamental para a eficáciade uma instalação, seja no momentoda fabricação ou no armazenamento. Oarmazém precisa ser desenhado em funçãodas características dos produtos (peso,dimensões, valor, fragilidade, etc.) para quea integridade deles seja mantida. Um bomlayout também pode contribuir para reduçãode custos (distância a ser percorrida paraatender um pedido, facilidade de limpeza eremoção de resíduos, de fácil manutenção,prevenção de perdas, etc). É evidente quea limpeza e conservação dos pallets é Créditos: Creative Commons/Flickressencial para qualquer tipo de armazenamento. As regulamentações nacionais e internacionaismostram as áreas que devem ser desenhadas e operadas para que os produtos não fiquem 9
diretamente em contato com o piso ou as paredes. Nessas normas constam também distânciados tetos e de partes da estrutura para proteção contra fogo, a distância do piso e das paredese a necessidade de boa circulação de ar. Uma diretriz da Organização Mundial da Saúde(OMS), por exemplo, indica que temperatura, umidade relativa e ventilação não podem afetaradversamente a qualidade dos produtos durante o armazenamento.Controle de estoque otimizadoO inventário do armazém ideal teria ocupação média de 80% e máxima de 90%, de acordo comespecialistas da área. Essa precisão da informaçãotem relação direta com indivíduos, processose tecnologia. Para otimizar esse processo, osatacadistas distribuidores têm aplicado tecnologias,como código de barras e etiquetas inteligentes,que apesar de facilitarem muito o trabalho dosoperadores não funcionam se a gestão estiverdesintegrada e desalinhada com os objetivos daempresa.Recebimento, amostragem, endereçamento, Créditos: Creative Commons/ Google Imagesestocagem, separação de pedidos e expedição,devoluções, perdas por avaria ou erros de remessa e caducidade devem ser registradosfielmente (e se possível, digitalmente) para que haja um controle efetivo das operações. 100
RastreabilidadeTer rastreabilidade é saber exatamente o local físico em que a mercadoria está, e de onde elaveio, em tempo real. É de extrema importância poder determinar todo o caminho percorridopor este produto, dentro e fora do armazém. Com o uso deste recurso, o distribuidor podeidentificar quantos dias faltam para um lote de produtos vencer, por exemplo. Desse modo, elegarante que somente produtos em condições de consumo sejam transportados e vendidos.Uma vez que os produtos podem ser rastreados, a empresa é capaz de localizar e bloqueara utilização e venda de um lote inadequado ao colocá-lo em quarentena (indisponível). Issose torna uma garantia para a distribuidora, que pode assegurar ao varejista a qualidade doproduto, bem como determinar a procedência dos mesmos, estabelecendo assim uma relaçãode confiança com o distribuidor.Créditos: Google Images 111
ConclusãoAs leis e regulamentos sobre práticas de armazenamento, transporte e distribuição devemfazer parte de uma gestão integrada, já que se um dos agentes da cadeia falhar, a perda é detodos. O ideal é que os parceiros criem um plano comum e atuem juntos visando não somenteotimizar as operações mas a qualidade do produto que chega ao consumidor final.Enquanto a integração ideal não acontece, os consumidores ficam sujeitosa à falta de qualidadee inconsistência dos produtos. Empresas com excelente desempenho durante as inspeçõesrealizadas por agências de vigilância sanitária em países desenvolvidos acreditam que aliderança no quesito qualidade é essencial, e reconhecem a importância dos fornecedores eparceiros na busca por melhorias. Além disso, esses atacadistas distribuidores utilizam a TI deforma estratégica e têm indicadores de desempenho bem definidos e disseminados entre osparticipantes da cadeia de suprimentos. Essas empresas estão em constante evolução porqueusam os resultados das inspeções internas para melhoria de suas operações.Esperamos que este material tenha sido útil a sua empresa e que provoque mudanças positivasdentro do seu centro de distribuição e fora dele.Obrigado pela leitura e até a próxima! 122
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