XII SEMANA ACADÊMICA DO ICB/UFAM XI SAICB HUMANIDADE E AMBIENTE: impactos, desafios e perspectivas 16 a 19 de novembro de 2021 Manaus/AM - Brasil PORTARIA n° 40 ICB UFAM de 15 de Outubro de 2021 Universidade Federal do Amazonas (UFAM) www.ufam.edu.br Instituto de Ciências Biológicas (ICB) icb.ufam.edu.br Realização
CORPO ORGANIZADOR DA XII SEMANA ACADÊMICA DO ICB - UFAM (2021) DIRETORA Profa. Rozana de Medeiros Sousa Galvão VICE DIRETOR Prof. José Fernando Marques Barcellos COORDENADORA GERAL Bióloga Deisy Pereira Saraiva - SIAPE: 2382587- DB VICE COORDENADORA Profa. Priscila Eduarda Dessimoni Morhy - SIAPE: 3241858 - DB COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INSCRIÇÃO Profa. Kirley Michelly Marques da Silva - SIAPE: 2145547 - DP Prof. Rafael de Oliveira Alvin - SIAPE: 1048776 - DCF Maxwell Ribeiro de Souza - Matrícula: 21753690 - CCN Letícia Gabriella Dutra Perfeto - Matrícula: 21951201 - CCN COMISSÃO DE MESAS REDONDAS, PALESTRAS E MINICURSOS Profa. Doriane Picanço Rodrigues - SIAPE: 2321588 - DGEN Michelly Siqueira de Souza - Matrícula: 22050487 - CBIO Aline Rodrigues Gomes - Matrícula: 22052808 - CBIO Profa. Daiane Martins Ramos - SIAPE: 1212799 - DCF Evellin Janine Barbosa da Silva - Matrícula: 21552332 - CBIO Frank Martins da Silva - Matrícula: 21754986 - CCN COMISSÃO GERAL Alessandro Gonçalves Martins - Matrícula: 21853910 - CCN Beatriz Araújo De Souza - Matrícula: 21751955 - CCN Évila Silva Mortagua Azevedo - Matrícula: 21601023 - CBIO Ignácio Davi Navegante Benites - Matrícula: 21853990 - CBIOTEC Ígor Rodrigues Picanço - Matrícula: 21950383 - CBIOTEC Samir Aniel Oliveira Souto - Matrícula: 21853850 - CBIOTEC Thayssa de Souza Remedios - Matrícula: 21852436 - CBIOTEC William Bernardino da Costa - Matrícula: 21851394 - CBIO Gabrielle Hadassa de Lima e Silva - Matrícula: 22053594 - CBIO Camila Menezes da Silva - Matrícula: 21753344 - CBIO Nicholas Bryan do Nascimento Ribeiro - Matrícula: 22054254 - CBIO Gabriel Coutinho Borges Camargo - Matrícula: 21851438 - CBIOTEC Paula Brasil Correa Puga Barbosa - Matrícula: 2205281 - CBIO Louise Silva de Freitas -Matrícula: 21952225 - CBIO Tais Cardoso Oliveira dos Santos - Matrícula: 21953831 - CBIO Ítala Freire de Araújo - Matrícula: 21755071 - CBIO
Programação do Evento www.even3.com.br/semanaicb21 Premiação dos Resumos científicos [SAICB21] https://youtu.be/iHRlvx2__xI [email protected] @icbufam /icbufam
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Influência da luz na germinação de sementes de erva-cidreira-verdadeira (Melissa officinalis L). Ladislau Freitas Varão1; Iane Paulo Rego Cunha Dias2; [email protected] 1 UNISULMA - Unidade de ensino superior do Sul do Maranhão 2 UEMA - Universidade Estadual do Maranhão A erva-cidreira-verdadeira (Melissa officinalis L.) pertencente à família Lamiaceae possui diversos empregos na indústria farmacêutica e cosmética, sendo seus principais componentes o óleo essencial e taninos, além de ácidos triperpenóides e flavonóides. A luz é um dos mais importantes fatores ambientais responsáveis pela superação da dormência de sementes de muitas plantas. Assim, este trabalho teve como objetivo analisar a influência da luz na germinação de erva-cidreira-verdadeira, verificando os índices de porcentagem e velocidade de germinação das sementes, a fim de encontrar as qualidades de luz mais propicia, possibilitando novas técnicas para a germinação de sementes. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, sendo cada tratamento representado por placas de Petri com 20 sementes cobertas por papel celofane nas cores incolor, verde, amarelo, azul e vermelho, buscando obter os melhores percentuais de germinação. Os resultados demonstraram que as maiores taxas de germinação foram encontradas nas ondas de infravermelho nas cores incolor, vermelho e amarelo cujos comprimentos se encontram entre 600 a 650 nm. As sementes de erva-cidreira começaram a germinar a partir do terceiro dia, obtendo diferentes porcentagens de germinação nas diferentes qualidades de luz analisadas. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%, realizadas pelo software ASSISTAT (7.5). Nos tratamento com luz incolor obteve-se a média 77,0% de germinação, luz vermelha 76,3%, luz amarela 75%, luz verde 73,1% e luz azul 45%. Portanto, o tratamento com luz incolor apresentou, significativamente, uma maior porcentagem de germinação quando comparado com as demais cores. Os valores de porcentagem foram transformados em arco seno (√%). Segundo Raven et al. (2001), em respostas sobre os tratamentos utilizando os papéis celofane nas cores: incolor, vermelho, amarelo, verde e azul, obtive-se os maiores índices de germinação nas cores, incolor, vermelho e amarelo, sendo que estas são de ondas infravermelho, portanto classificadas em fotoblásticas positivas, ou seja, aquelas que necessitam de luz para germinar. Os melhores resultados de germinação de sementes de Melissa officinalis foram obtidos com os tratamentos de luz incolor, amarelo e vermelho, mostrando que estes métodos proporcionam uma maior porcentagem de germinação, sendo uma possível ferramenta para a maior produção de mudas desta espécie. Palavras-chave: Melissa officinalis L.; luz; germinação; sementes. Agradecimentos: UNISULMA, e UEMA.
Fecundidade de Duas Espécies de Camarões Dulcícolas Capturados em Igarapés de Área de Manejo Florestal na Região do Médio Amazonas, Próximo a Itacoatiara (AM) Lucas de Oliveira Simão¹; Gustavo Yomar Hattori¹; Leandro Siqueira Fernandes¹ [email protected] ¹ ICET – UFAM – Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal do Amazonas A fecundidade é descrita como o número de ovos presos a câmara abdominal, que é influenciada por características específicas de diferentes ambientes. A ocorrência de variações nos padrões reprodutivos pode ser um fator que permita a coexistência de espécies no mesmo ambiente. A fecundidade e a frequência de reprodução são características relacionadas a sobrevivência de uma espécie. O objetivo do presente estudo foi avaliar a fecundidade de duas espécies de camarões dulcícolas capturados em igarapés de terra-firme. Os camarões foram capturados com auxílio de puçá em dois pontos de coleta. Os animais foram fixados em álcool 70% e transportadas até ao Laboratório de Zoologia (ICET/UFAM) onde foram identificados. As fêmeas ovígeras foram medidas com um paquímetro com precisão de 0,02 mm. Posteriormente foram pesadas para obter o peso em balança digital (0,001g). As fêmeas foram separadas por espécie e seus ovos retirados e contados. As médias do comprimento total (CT), peso (PE) e número de ovos (NO) foram comparadas pelo test-t. O NO e as demais variáveis foram submetidos a uma análise de regressão linear. Durante o período de estudo foram capturas 7 fêmeas de Pseudopalaemon amazonensis e 15 fêmeas de Macrobrachium inpa. Em relação as médias das variáveis biométricas houve diferenças significativas entre CT (p < 0,0005), PE (p < 0,0001) e NO (p < 0,0011). As fêmeas de M. inpa foram mais pesadas (0,4921±0,1672) e teve maior número de ovos (17±10). Dentre os fatores abióticos, houve correlação positiva entre temperatura x NO (r = 0,55) e pH x NO (r = 0,51) para M. inpa e mesmo padrão para P. amazonensis (r = 0,36; r = 0,53). As informações sobre os estágios embrionários apontam que os ovos estavam nos estágios iniciais e intermediários de maturação. O teste de regressão linear entre as variáveis biométricas e NO indicou baixo coeficiente de determinação (R2). Houve uma grande variação de tamanho e peso entre as fêmeas, provavelmente associado ao desenvolvimento gonadal. Fêmeas maiores nem sempre eram as mais pesadas e vice-versa. Informações biológicas sobre a reprodução de camarões palaemonídeos amazônicos são importantes para elaborar planos de manejo e conservação dessas espécies. Palavras-chaves: Crustacea, Palaemonidae, Reprodução, Potencial Reprodutivo. Agradecimentos: À Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM) pela concessão da bolsa de iniciação científica (PIB-B/0036/2020). A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo recurso PROAP-CAPES. A empresa Mil Madeiras Preciosas pela autorização de acesso para os locais de coleta e suporte logístico.
Preferência alimentícia de duas espécies de Podocnemididae em cativeiro Jeberson da Silva Ferreira¹; Lucas Maia Garcês¹; Sabrina Menezes¹ [email protected] ¹ INPA/CEQUA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia / Centro de Estudos dos Quelônios da Amazônia Os quelônios pertencentes a família Podocnemididae possuem hábito alimentar diversificado, utilizando como fonte de alimento animais e vegetais para sua nutrição. Na literatura a ingestão de plantas tem sido reportado como preferencial, e na região amazônica os representantes mais comuns desta família são a Podocnemis expansa (Schweigger 1812) e Podocnemis unifilis (Troschel 1848), popularmente nomeadas de Tartaruga-da-Amazônia e Tracajá, respectivamente. Afim de se constatar o comportamento alimentar de tais indivíduos em cativeiro, foram efetuados experimentos no período de 19/07/2021 a 12/08/2021 com quatro tratamentos, no tanque salmão do Centro de Estudos de Quelônios da Amazônia, o qual possui as medidas de 1,60m de altura, 4,40m de largura e 5,80m de comprimento, definindo-se quatro tratamentos no preparo da comida, nos quais foram ofertados um total de 4,300 kg a cada dia. Os mesmos foram distribuídos da seguinte forma: Frutas= 2,580 kg (60%), Couve= 1,290 kg (30%) e Peixe = 0,430 kg (10%). A alimentação teve frequência de duas vezes na semana, distribuída nas 4 extremidades do tanque, no horário de 09:00 da manhã, efetuando-se a visualização do consumo durante 20 minutos. A tarde no mesmo dia no horário de 16:00 horas efetuou-se a aferição da quantidade de sobras no tanque, e no dia seguinte, durante limpeza a pesagem e identificação destes. Nos dias 19/07 e 22/07 foram ofertados alimentos sem incisões, seguido dos dias 26/07 e 29/07, nos quais preparou-se em rodelas, aos dias 02/08 e 05/08 efetuou-se cortes transversais estilo batton, e o último tratamento decorreu nos dias 09/08 e 12/08, com todos preparos anteriores (inteiros, em rodelas e cortes transversais). Através destes verificou-se o maior consumo dos cortes batton e rodelas, apresentando também menor disputa interespecífica. Em relação a dominância, foi conferida disputa constante, com as P. expansa dominantes em quase todos os tratamentos, enquanto as P. unifilis buscavam pelas sobras deixadas, deslocando-se com alimento na boca, buscando refúgio, observando-se presença de comportamento agonístico. Para melhor entendimento das preferências e comportamento alimentício destas espécies necessita-se de estudos mais prolongados, com diferentes grupos e tratamentos, diferenciando-se o ambiente natural, cativeiro, interferências antrópicas e demais fatores. Palavras-chave: Quelônios, Podocnemididae, Alimentação, Preferência, Cativeiro Agradecimentos: CEQUA e INPA.
Biometria de neonatos de Kinosternon scorpioides (Linnaeus, 1766) no Centro de Estudos dos Quelônios da Amazônia - CEQUA (Manaus, AM) Nicole Matzenbacher Rodrigues¹; Sabrina Menezes² [email protected] ¹IFAM/CMZL - Instituto Federal do Amazonas/ Campus Manaus Zona Leste ²INPA/CEQUA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia / Centro de Estudos dos Quelônios da Amazônia Kinosternon scorpioides, conhecido popularmente como muçuã ou jurará, é um quelônio de água doce, com a carapaça oval de coloração variando de marrom-claro a preta, plastrão variando de amarelo a marrom e cabeça marrom, cinza ou preta, com manchas. O muçuã ocorre do México à América do Sul, com ocorrência no norte da Argentina, Paraguai, Bolívia, Equador, Peru, na área do escudo das Guianas e norte do Brasil. É uma espécie semiaquática, onívora, principalmente noturna, e que ocorre em uma grande variedade de ambientes aquáticos permanentes e temporários, lóticos ou lênticos. K. scorpioides é um dos menores quelônios amazônicos, com os machos atingindo, em média, 200 mm, e as fêmeas, 180 mm. Elas constroem ninhos rasos cobertos por folhas, depositando, em média, de dois a três ovos por postura. Os ovos da espécie medem, em média, 34 mm de comprimento, 18 mm de largura e 6g de peso. O tamanho corporal e o peso em quelônios representam parâmetros importantes, podendo gerar consequências na sua ecologia, atividades reprodutivas, evolução e desenvolvimento. Desta forma, esse trabalho teve por objetivo obter dados biométricos dos neonatos de K. scorpioides recém eclodidos, em cativeiro, no Centro de Estudos dos Quelônios da Amazônia, CEQUA (Manaus, AM). Foram medidos e pesados 9 indivíduos, nascidos entre abril de 2019 a novembro de 2021, com até 3 dias de nascimento. Com o auxílio de paquímetro de precisão (0,05mm), foi mensurado: comprimento retilíneo máximo da carapaça (CRMC), largura retilínea máxima da carapaça (LRMC), comprimento retilíneo máximo do plastrão (CRMP), largura retilínea máxima do plastrão (LRMP) e altura máxima da carapaça (AMC), enquanto a massa foi aferida com balança digital (precisão de 1 g). A partir dos dados obtidos determinou-se a média e desvio padrão de cada medida. O CRMC médio dos indivíduos foi 30,556 mm ± 2,789; a LRMC média foi 22,778 mm ± 2,587; o CRMP médio foi 26,111 mm ± 2,977; a LRMP média foi 12,667 mm ± 3,5; a AMC média foi 13,556 mm ± 3,539; a média da massa corpórea foi 5,667 g ± 1,414. A mediana do CRMC foi 31 mm; a da LRMC foi 23 mm; a do CRMP foi 26 mm; a da LRMP foi 14 mm; a da AMC foi 14 mm; e a da massa foi 5 g. É importante estabelecer padrões biométricos para filhotes, pois podem auxiliar a identificar possíveis patologias e erros de manejo, assim como definir taxa de sobrevivência e risco de predação dos indivíduos. Desta forma, estudos relacionados à biometria podem ajudar na conservação da espécie. Palavras-chave: Medidas Morfométricas, Jurará, Muçuã, Quelônios Amazônicos Agradecimentos: INPA e CEQUA. Apresentação oral: https://youtu.be/islXfxseQkw
Expressão em Escherichia coli e purificação da proteína N do SARS-CoV-2 Ingrid Silva Correia¹*; Kerollen Runa Pinto¹; Bárbara Batista Salgado4; Júlio Nino de Souza Neto1; Isabelle Bezerra Cordeiro2; Enedina Nogueira de Assunção1; Genilton de Oliveira Cardenes2; Jaila Dias Borges Lalwani3; Pritesh Jaychand Lalwani4; Spartaco Astolfi-Filho1 [email protected] 1 UFAM - CAM - Centro de Apoio Multidisciplinar, Universidade Federal do Amazonas 2 UFAM - ICB - Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas 3 UFAM - FCF - Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Amazonas 4 FIOCRUZ - Instituto Leônidas & Maria Deane, Fiocruz Amazônia A proteína N do nucleocapsídeo, uma das proteínas mais abundantes dos coronavírus, por ser muito imunogênica foi utilizada em testes de diagnóstico das doenças causadas por SARS-CoV-1 e MERS-CoV. Neste trabalho, no início da pandemia de SARS-CoV-2, visando o desenvolvimento de testes de imunodiagnóstico para esse novo coronavírus, foi feita a expressão da proteína N do SARS-CoV-2 em Escherichia coli e sua purificação. A sequência completa da proteína N do SARS-CoV-2, acrescida de 6 resíduos de histidina (HIS-6) na região carboxi-terminal, foi utilizada para inferir a sequência de DNA com os códons preferenciais para E. coli, que foi produzida por síntese química e clonada no vetor de expressão pGS21a sob o controle do promotor do fago T7. Após a inserção do plasmídeo recombinante em células de E. coli BL21 (DE3) por eletroporação, culturas bacterianas recombinantes em meio LB com ampicilina 100 μg/ml, a 25°C, com agitação de 150 rpm, foram induzidas com IPTG 1 mM na fase exponencial tardia e mantidas sob indução por 5 horas. As bactérias foram coletadas por centrifugação a baixa velocidade por 20 min, a 4°C. Em seguida, ressuspendidas em tampão, e lisadas por ultrasonicação. Após centrifugar a 12000 g por 20 min a 4°C, o sobrenadante foi utilizado para purificação da proteína N recombinante, por cromatografia de afinidade em coluna de Ni-NTA (His Trap HP 5 ml, GE Healthcare Life Sciences) seguida de cromatografia por exclusão molecular em coluna Hiload 26/600 Superdex 75 pg (GE Healthcare). O procedimento de purificação foi analisado por eletroforese em gel de poliacrilamida 12% (SDS-PAGE) e Western Blotting. Foi verificado que a expressão de proteína recombinante ocorre em altos níveis em E. coli e que o procedimento de purificação resultou na proteína recombinante com o tamanho esperado e elevado grau de pureza. A análise por Western Blotting mostrou que a proteína foi reconhecida por anticorpos, provenientes de soros de pacientes positivos por RT-qPCR para o SARS-CoV-2. A proteína N recombinante obtida demonstrou ser muito antigênica e, foi utilizada com sucesso para desenvolvimento de um teste de ELISA para detecção de anticorpos contra o referido vírus, que tem sido utilizado tanto para imunodiagnóstico como para pesquisa no âmbito de diferentes projetos no Estado do Amazonas. Palavras-chave: Proteína N, SARS-CoV-2, E. coli. Agradecimentos/Apoio: FAPEAM, CNPq, FIOCRUZ, UFAM.
Avaliação da produção de biosurfactantes produzidos por um gênero de bactéria isolada do Rio Negro João Victor de Lira Ribeiro1; Isabelle Bezerra Cordeiro1; Edmar Vaz de Andrade1 [email protected] 1 ICB – UFAM – Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas Os biosurfactantes (BS) são compostos produzidos pelo metabolismo secundário de alguns gêneros de microrganismos e são importantes para o processo de biorremediação, uma vez que apresentam êxito na otimização e aumento da degradação de hidrocarbonetos do petróleo e seus derivados. Esse processo destaca-se por ser uma técnica exequível e promissora no que tange à remediação de ambientes contaminados por esses poluentes, principalmente na região amazônica, cujo fluxo de transporte comercial é essencialmente fluvial. Nesse contexto, estudos prévios do grupo pesquisa em Proteoma e Bioprospecção no Amazonas, isolaram um consórcio bacteriano capaz de crescer em meio mínimo tendo como única fonte de carbono, o óleo diesel. Por meio de análises da região 16S do RNA ribossomal, um dos gêneros identificados foi Moraxella sp. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar o potencial biodegradador do gênero bacteriano isolado do Rio Negro. Para isso, 100μL da cultura bacteriana foi crescida em 100 mL de meio BH líquido acrescido com 1% de óleo diesel, sob temperatura de 30o C e 125 rpm. Após 20 dias monitorando a curva de crescimento bacteriano, determinou-se o 5o e 14o dia de crescimento como o inicial e final da sua fase logarítmica, respectivamente. Os inóculos correspondentes a esses dias foram submetidos à extração e purificação parcial dos BS. As culturas foram coletadas, centrifugadas e filtradas. Em seguida, os sobrenadantes foram acidificados com solução de ácido clorídrico (HCl) 6N, até pH 2. Posteriormente, foi adicionado ao sobrenadante 1V solução de clorofórmio-metanol (2:1) e coletou-se a fase orgânica contendo os BS. As fases orgânicas obtidas, respectivas a cada dia e contendo os BS, foram submetidas à análise por gravimetria. Obteve-se a variação de 2 mg para o frasco correspondente aos BS coletados no 14o dia. Com essa análise preliminar, os resultados sugerem que a amostra proveniente do 14o dia de crescimento bacteriano apresenta indícios de produção de BS, tendo manifestado mudança em sua massa. Ademais, dados obtidos a partir de ensaio preliminar do colapso de gota, utilizando como controle positivo (SDS 0,1% e 1%) e negativo (água destilada) demonstraram resultado favorável à produção de BS tendo o sobrenadante correspondente ao 5o e 14o dia evidenciado espalhamento de gota similar ao SDS 1%. Embora o resultado seja qualitativo, demais ensaios serão realizados com o intuito de avaliar parâmetros que indiquem a produção de BS por Moraxella sp. Palavras-chave: biorremediação, extração, purificação, diesel. Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Estudo do Potencial Antibacteriano de Venenos Individuais de Serpentes Botrops atrox Leticia Victória Silva Akel de Melo1; Ilia Gilmara Carvalho dos Santos1; Maria Cristina Dos Santos1; Jean Charles da Cunha Peixoto1; Maria Teresa Fachin-Espinar2 [email protected] 1 UFAM - Universidade Federal do Amazonas 2 INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Os venenos animais constituem uma das mais ricas fontes de substâncias biologicamente ativas encontradas na natureza. Estudos farmacológicos e bioquímicos, realizados nas últimas décadas, têm mostrado a riqueza de proteínas com atividade enzimática, toxinas, peptídeos, aminas bioativas, dentre outros compostos, encontrados nos venenos das serpentes, bem como a grande diversidade de suas ações. A composição química quantitativa e qualitativa dos venenos pode apresentar variações interfamílias, intergêneros, interespécies e intraespécies. As variações intraespécies podem ocorrer devido à localização geográfica, sazonalidade, dieta, idade e sexo, além de outras. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a atividade antibacteriana de venenos individuais de Bothrops atrox, coletados das glândulas produtoras de veneno esquerda e direita separadamente, sobre bactérias gram-negativas e gram-positivas, bem como as implicações da variabilidade individual nesta atividade. O ensaio de atividade antimicrobiana foi realizado pela técnica de microdiluição utilizando o veneno bruto, contra as bactérias Morganella morganii e Staphylococcus aureus sendo que o percentual de inibição de crescimento bacteriano variou de 72,32 a 73,99% para Staphylococcus aureus e 74,79 a 80,92% para Morganella morgani. Foi verificado também que a atividade antimicrobiana não sofreu influência da variabilidade individual, uma vez que não foi observada diferença estatística entre os resultados apresentados pela glândula esquerda e direita. A bactéria Morganella morgani é uma das principais responsáveis pelos abscessos e infecções secundárias em casos de acidentes ofídicos. Diante do exposto os resultados apresentados são muito relevantes, uma vez que os venenos demonstraram atividade antimicrobiana frente a estas bactérias. Entretanto, são necessários mais estudos para avaliação dessa atividade, principalmente com frações isoladas a partir dos venenos, uma vez que, os componentes presentes nos venenos de Bothrops atrox podem constituir importantes opções para o desenho de protótipos e consequente desenvolvimento de novos agentes terapêuticos contra bactérias, que frequentemente estão associadas com infecções hospitalares e com infecções comunitárias. Além de que são raros os trabalhos que avaliam a variabilidade dos venenos entre as glândulas de um mesmo indivíduo. Palavras-chave: Bothrops atrox, Bactérias, Variabilidade individual. Agradecimentos: FAPEAM, UFAM
Avaliação da produção de biossurfactantes em um consórcio bacteriano crescido em diesel Ananda Magalhães de Aguiar1 ; Jefferson Ferreira dos Santos1; Edmar Vaz de Andrade1; Isabelle Bezerra Cordeiro1 [email protected] 1 UFAM- Universidade Federal do Amazonas Um dos principais problemas de poluição ambiental é a contaminação de ambientes por petróleo, composto por uma mistura complexa de hidrocarbonetos capazes de contaminar o solo e os lençóis freáticos. Entretanto, determinados microorganismos surgem como potenciais elementos na biorremediação. A utilização de diferentes culturas permite que a população microbiana envolva o poluente, proporcionando a sua degradação por meio dos biossurfactantes (BS), que são subprodutos derivados do metabolismo bacteriano. O objetivo do presente estudo é avaliar a capacidade de produção de biossurfactantes por um consórcio microbiano e sua utilização no processo de biorremediação. Por meio de trabalhos prévios desenvolvidos no Laboratório de Proteômica, isolou-se um consórcio bacteriano denominado A3 em águas coletadas nas proximidades do Porto do Ceasa (Manaus, AM). Culturas do consórcio foram incubadas à 37°C, 180 rpm por um período de 16 horas. Com a definição do início e fim da fase de crescimento exponencial, foram preparados inóculos em tubos de ensaio contendo 5mL de meio BH em 1% de óleo diesel. Esses foram inoculados em oito frascos de Erlenmeyer com 100mL de meio BH e 1% de óleo diesel cada, e realocados em incubadoras com agitação de 150 rpm overnight à 37° C. As culturas foram coletadas para extração e purificação dos BS a 4000 rpm por um período de 1 hora em temperatura de 4° C. Em seguida, realizaram-se etapas de extração e purificação parcial dos BS. Os sobrenadantes foram filtrados por politetrafluoretileno 0,22μm. Em seguida, os sobrenadantes foram acidificados em solução de ácido clorídrico (HCl) 6N. Adicionou-se em seguida um volume igual de solução de clorofórmio-metanol (2:1) ao sobrenadante para a visualização da formação da fase aquosa e orgânica. As fases orgânicas foram secas utilizando um rotaevaporador a 40° C. Com a análise da curva de crescimento, é possível observar que o consórcio A3 apresenta um crescimento ótimo tendo diesel como única fonte de carbono. Observou-se que o fim da fase exponencial tenha sido atingido doze dias depois da inoculação. A extração dos biossurfactantes realizada resultou em um acréscimo de 0,063g nos extratos provenientes do quinto dia, enquanto nos extratos provenientes do décimo segundo dia houve um acréscimo de 0,077g, sugerindo um aumento na produção de biossurfactantes principalmente no 12° dia. No entanto, mais ensaios serão realizados para validar a produção de biossurfactante em suas triplicatas experimentais. Palavras-chave: Biorremediação, Purificação, Consórcio bacteriano. Agradecimentos: UFAM.
Uso de Dioscorea trifida L. como Adjunto Cervejeiro na Produção de Cerveja Artesanal Maria Luisa Forasteiro Mota1; Larissa Emily Santos da Silva2; Ítalo Thiago Silveira Rocha Matos2 [email protected] 1 ICE – UFAM – Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas 2 ICB – UFAM – Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas O Brasil ocupa, atualmente, o 3° lugar em volume de produção mundial de cerveja, com 12,6 bilhões de litros. Dentro do mercado de cervejas artesanais, o Amazonas registrou, entre 2020 e 2021, um total de 8 novos produtos, o que é muito inferior aos mais de 2300 novos produtos registrados no estado de São Paulo. Estes números indicam que há muito potencial de crescimento e inovação, especialmente no emprego da biodiversidade amazônica para o desenvolvimento de novos produtos. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade do uso de Dioscoria trifida L. (cará-roxo - CR) como adjunto cervejeiro, em substituição ao malte de cevada (MC). Foram produzidas cervejas usando quatro protocolos distintos: C15 (MC 221 g/L + CR 39 g/L), C30 (MC 182 g/L + CR 78 g/L), C45 (MC 143 g/L + CR 117 g/L) e Controle (MC 260 g/L). Em todos os ensaios foram usados 1,5 g/L de lúpulo tipo Northern Brew (Eureka®, USA) e 0,100 g/L de fermento US 05 (Fermentis®, França). Foram avaliadas, no mosto cervejeiro e no fermentado, as concentrações de proteínas solúveis totais usando o método Biureto e açúcar redutor total usando o método DNS. Foram ainda avaliados, nas cervejas obtidas, as densidades iniciais e finais usando um densímetro, a cor na escala EBC (European Brewing Convention) usando a absorbância a 430 nm multiplicado por 25. O percentual de álcool por volume (%ABV) foi calculado usando a fórmula “%ABV= (di -df)*131,25”, sendo di e df as densidades inicial do mosto e a final da cerveja, respectivamente. As etapas de fermentação primária (23 oC), maturação (4 oC) e carbonatação (23 oC) duraram 7 dias cada, totalizando 21 dias. Os valores médios foram avaliados usando teste de Mann-Whitney (α= 0,05). As concentrações de proteínas no mosto foram significativamente maiores (p= 0,034) em todas as receitas que usaram cará-roxo, sendo em média de 8,86 g/L no controle e até 11,63 em C15. A concentração de açúcares foi significativamente menor (p= 0,049) somente no mosto da receita C45, sendo em média 23,88 g/L contra 43,41 g/L no ensaio controle. Não houve diferenças significativas das concentrações de proteínas e açúcares nos produtos finais. Os valores de %ABV foram 4,24, 3,99, 3,74 e 2,83 nos ensaios controle, C15, C30 e C45, respectivamente, havendo diferença significativa somente para C45 (p= 0,049). Os valores na escala EBC variaram de 9 (amarelo) nos protocolos controle e C15, alcançando até 23 (cobre claro) no protocolo C30 e 33 (cobre profundo) no protocolo C45, sendo este último com diferença significativa (p= 0,016). Os resultados indicam que é viável o uso de cará roxo como adjunto cervejeiro, substituindo até 30% do malte de cevada sem que haja alteração significativa na concentração de álcool do produto final. Além disso, o uso de cará roxo resulta em cervejas com cor mais escura, em tons que remetem ao “avermelhado”. O uso de 45% de cará roxo resulta em cervejas menos alcoólicas, podendo demandar outros insumos ao longo da produção. Palavras-chave: Cerveja artesanal, Adjunto cervejeiro, Dioscoria trifida L. Agradecimentos: FAPEAM e UFAM.
Correlação entre capacidade de degradação de substâncias tóxicas e degradação de caroços de Tucumã (Astrocarium aculeatum) por fungos de podridão branca Caroline Bogo Rota1; José Renato Pereira Cavalazzi1 [email protected] 1UFAM – Universidade Federal do Amazonas Os atuais processos para a obtenção de pasta celulósica, mecânico e químico, possuem desvantagens para o meio ambiente, pois gastam grande quantidade de energia e poluem. Entretanto, na região amazônica há uma grande variedade de fungos basidiomicetos de podridão branca, degradadores de madeira que se alimentam da lignina, celulose e hemicelulose da madeira e que possuem grande potencial para obter a pasta celulósica sem prejudicar o meio ambiente. O caroço do tucumã (Astrocaryum aculeatum) é um subproduto abundante na região amazônica e é rico em fibras, possuindo potencial para obtenção de celulose. Portanto, neste trabalho foi testada a capacidade de 7 fungos de degradar o caroço de tucumã. Para isso, 7 fungos foram coletados e isolados para serem testados em meio batata dextrose ágar (BDA) acrescido de ácido tânico e paralelamente BDA com guaiacol, então foram observados por uma semana. Depois, os isolados foram repicados e colocados em meio BDA acrescido de cinco corantes industriais, sendo eles Acid Red 1 (AR1), Reactive Black 5 (RB5), Remazol Brilliant Blue R (RBBR), Reactive Blue 4 (RB4) e Acid Blue 129 (AB129) e observado o grau de descoloração dos corantes por duas semanas. Por fim, os isolados foram repicados novamente e postos em Erlen Meyers juntamente com caroços de tucumã secos em estufa a 75°C por três dias. Foi feito pesagem da massa antes e após 3 meses. Os isolados 1, 3 e 6 degradaram quatro corantes AR1, RBBR, RB4 e AB129. Enquanto o isolado 5 degradou todos os corantes industriais testados. Por sua vez, o isolado 2 degradou quatro corantes (AR1, RBBR, AB4 e AB129) e o meio contendo ácido tânico. Por último, o isolado 7 degradou três corantes (AR1, RB4 e AB129) e o ácido tânico. Foi possível observar que a maior redução de massa seca foi a do caroço com o isolado 2, com 12,87%. Sendo assim, o isolado 2 foi um bom degradador de corantes e um bom degradador de caroço de tucumã. Outros isolados tiveram uma boa resposta no último experimento com os caroços e na descoloração dos corantes, apesar de não terem apresentado mudança de coloração em meios de cultura com ácido tânico e guaiacol. Sendo assim, não é possível determinar uma ligação direta entre a degradação de corantes industriais e a perda de massa seca do caroço sem testes a mais. Palavras-chave: casca de tucumã, fungos de podridão branca, lignina
Ácido caféico e seus derivados como alternativa contra o escurecimento enzimático: uma revisão da literatura Yasmin Silva de Oliveira1, Profa Dra. Jerusa Araújo Quintão Arantes Faria1 [email protected] 1 ICB – UFAM – Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas O escurecimento indesejável em frutas e vegetais está relacionado à diminuição das características organolépticas como textura, aroma e sabor, à baixa qualidade nutricional, assim como apresentam baixa aceitabilidade pelos consumidores. Este processo está associado a vários fatores, sendo uma delas oriunda da reação catalisada pelas enzimas polifenoloxidase (PPO). Assim, diversas abordagens vêm sendo empregadas para inibir tais enzimas ou seus efeitos, como é o caso dos antioxidantes naturais. Neste grupo de moléculas, temos o ácido caféico e seus derivados, ácidos fenólicos amplamente encontrados nos vegetais. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura para avaliar a eficácia de inibição de PPO por tais metabólitos. Para tal foi feita uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed e ScienceDirect, sem restrição de data. As palavras-chaves aplicadas à busca foram: {(“Caffeic acid” [Ácido Caféico] OR “Hydroxycinnamics” [Hidroxicinâmicos] OR “chlorogenic acid” [Ácido Clorogênico] )) AND (“antioxidant” [antioxidante] OR browning [escurecimento] )}. Os critérios de inclusão compreenderam: resumos e artigos completos em inglês, ensaios in vitro e in silico que testaram a eficácia ou efetividade dos extratos. Os critérios de exclusão consistiram em editoriais, artigos repetidos entre as bases de dados, capítulos de livro, e artigos nos quais não foram apresentados a caracterização dos metabolitos e da PPO. Obteve-se 10 artigos no total para análise qualitativa. A partir da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 5 artigos para a confecção desta revisão, sendo elencados as ações dos ácidos fenólicos e o mecanismo de inativação da PPO, in vitro, e as ligações estabelecidas in silico, bem como a caracterização enzimática da PPO. Os resultados mostraram que o ácido caféico e o ácido clorogênico obtiveram Ki de 7×10−4 M e 3.577×10−4 M, respectivamente. Contudo, estes metabólitos podem se associar aos outros antioxidantes como o ácido ascórbico para potencializar a inibição do processo oxidativo. O éster derivado do ácido caféico, o n-nonil cafeato, apresentou efeitos inibitórios superiores aos demais (32.0 ± 4.0×103 mM−1s −1 ). Com base nas literaturas levantadas, verificou-se que a aplicação do ácido caféico e seus derivados são alternativas eficientes e seguras como potentes inibidores da enzima, evitando o escurecimento do alimento. Ademais, estes metabólitos apresentam ação adicional antimicrobiana. Coletivamente, observa-se a necessidade de investigações e aplicações futuras do uso de inibidores antioxidantes visando a área de alimentos. Palavras-chaves: Polifenoloxidase, Ácidos fenólicos, Escurecimento alimentar, Ácido caféico, Inibição Enzimática, revisão de literatura
Influência da umidade na atividade da Na+/K+ATPase no intestino de Melipona interrupta Davi Castelo Branco do Nascimento1; Douglas Campos2; Wallice Paxiúba Duncan1; Gislene Almeida Carvalho-Zilze2; Maria do Carmo Queiroz Fialho 1 [email protected] 1 UFAM - Universidade Federal do Amazonas 2 INPA - Instituto Nacional de Pesquisas do Amazonas O relatório do IPCC deste ano afirma que a Amazônia pode sofrer uma diminuição de chuvas, aumento de secas extremas e de onda de calor. Isso pode levar à perda de insetos, uma vez que essas mudanças alteram a disponibilidade de água, temperatura e umidade, influenciando na distribuição e abundância de insetos no ambiente. Melipona interrupta é uma espécie de abelha responsável pela polinização de árvores nativas da Amazônia e ainda geram renda aos apicultores ribeirinhos que comercializam seus produtos. Uma das formas dos insetos regularem o estresse hídrico é controlando a concentração de íons na hemolinfa que leva a produção de urina hiperosmótica. Desta forma, a atividade da Na+/K+ATPase (NKA) encontrada no intestino e túbulos de Malpighi dos insetos, pode ser usada para compreender os efeitos desse estresse sobre os mecanismos de interação organismo-ambiente em meliponíneos. O trabalho teve como objetivo avaliar a atividade da NKA no intestino de Melipona interrupta nos períodos de seca e chuva. Abelhas forrageiras foram coletadas em meliponários da região de Manaus no período chuvoso (março) e seco (agosto) de 2019. Os intestinos foram separados em regiões (anterior, médio, Malpighi, íleo e reto) e realizados os ensaios de atividade total e da NKA. No período chuvoso a média mensal de umidade foi de 74% e a pluviosidade de 14,7 mm, enquanto no período seco a média da umidade foi de 53% e pluviosidade 0,6 mm. Variações significativas das atividades da NKA ocorreram entre as estações seca e chuvosa bem como entre as regiões do intestino. A atividade da NKA foi significativa no intestino médio (p = 0,036), região especializada em absorção, a NKA pode estar envolvida no aumento da absorção de nutrientes através de cotransportadores pelas células absortivas. Nos túbulos de Malpighi a atividade dessas bombas (p = 0,009) influência no aumento de potássio no lúmen do órgão, o que resulta na saída de cloro e água da célula e no aumento da produção de urina primária e no íleo (p = 0,031), cuja função é a de fazer a reabsorção de íons e água para a produção da urina hiperosmótica. Sua ausência no íleo instiga novas investigações, uma vez que a região é fundamental na produção de urina secundária, como observado em outros insetos. A diferença da atividade da NKA pode ser uma boa métrica do monitoramento do estresse ambiental a longo prazo em M. interrupta, a fim de se avaliar os possíveis efeitos das mudanças climáticas sobre as populações dessas abelhas na Amazônia. Palavras chave: abelhas sem ferrão, meliponíneos, aparelho digestório, bombas iônicas. Agradecimentos: CAPES, USP e UTFPR.
Arte e o Ensino: desenho no ensino de Ciências em uma escola pública no município de Tefé, Amazonas Fernanda Mylena da Silva França1; Eline de Oliveira Moraes1; Gerlisbele Pinho1; Ana Caroline Gomes de Lima2; Eloá Arévalo Gomes Fraga1 [email protected] 1 Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas - UEA – Universidade do Estado do Amazonas 2 UFAM – Universidade Federal do Amazonas O desenho no ensino de ciências é essencialmente importante para aguçar ainda mais a curiosidade de alunos, principalmente de anos iniciais da educação. Sabendo que a prática facilita a aquisição de novos conhecimentos é importante sair da rotina de leitura de textos e proporcionar aos alunos uma interação entre o lúdico e o conhecimento. O desenho é um estágio preliminar do desenvolvimento da escrita, tendo na linguagem falada sua origem de construção. Por isso é notória a necessidade de se trabalhar o lúdico, o imaginário, e principalmente estimular nos estudantes a capacidade de observar o que está ao redor. Para isso, é cada vez mais importante desenvolver estratégias metodológicas que visem explorar o lúdico. A partir disso, teve-se como objetivo abordar o sistema digestório de forma diferenciada, agregando a arte ao ensino de Ciências por meio do desenho. Esse trabalho foi realizado em duas aulas de 48 minutos para uma turma do 6° ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Getúlio Vargas, situada no bairro do Abial, município de Tefé, Amazonas. A aula consistiu em duas etapas: i) diagnóstico do conhecimento prévio, com aplicação do conteúdo através de debate e através da apresentação de uma apostila com imagens; ii) dinâmica interativa, por meio da construção de desenhos em que para cada dupla de alunos foi sorteado um órgão do sistema digestório para que fizessem o desenho. Após o término, os desenhos foram sorteados novamente para que as duplas adicionassem a função do órgão desenhado por outra dupla. Com essa interação os alunos fixaram melhor o conteúdo do sistema digestório, pois relacionaram os órgãos com sua função. Participaram das atividades 22 alunos divididos em 11 duplas. Desse total, 8 duplas fizeram o desenho do órgão sorteado bem parecido com o da apostila, entretanto usaram a criatividade para ilustrá-lo. Sobre as funções dos órgãos, 5 duplas escreveram de forma detalhada e 6 pouco detalhada. A partir dos resultados, observou-se que trabalhar o lúdico e a representatividade esquemática por meio de desenhos pode ser importante no ensino de ciências, principalmente nos anos iniciais, uma vez que ajuda a desenvolver habilidades e talentos, além de contribuir com o processo de aprendizagem. Sugere-se que mais estudos que apliquem metodologias inovadoras no ensino de ciências para entender suas contribuições para o processo de ensino-aprendizagem. Palavras-chave: Sistema digestório, anos iniciais, ensino de ciências, arte. Agradecimentos: UEA, CAPES e SEDUC.
Análise do filme de anime “Princesa Mononoke” como recurso pedagógico na área de ensino de Ciências Greicy Lucy Morais Rabelo1 [email protected] 1 ICB - UFAM - Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas Mesmoantesd eD ragonB allZ (1990)osanimesjáerambempopularesnoBrasil. Atualmente, c om a uxílio da difusão d as m ídias, os desenhos a nimados nipônicos vêm ganhando ainda mais popularidade n o Brasil, tornando-se um a ssunto frequente e m rodas d e c rianças, adolescentese até adultos. D evidoa suapopularidadee ntreo smaisjovens, osanimese stãodespertandonosprofessores umolharpedagógicosobreessasa nimações. Isso fica evidenciado quando alguns trabalhos afirmam que “ os animes e m angás podem s er e xcelentes ferramentas p ara professores de ciências, com a finalidadededesenvolverhabilidadesdecrítica,leituraeinterpretaçãodosa lunos”.A ssim,op resente trabalho o bjetivou analisar o potencial do anime \"Princesa Mononoke\" como ferramenta pedagógica na área de ensino de c iências da natureza. A s metodologias utilizadas para a nalisar a narrativa e a linguagem daobra“PrincesaMononoke”foramaabordagemdaSociologiadaImagemeaLeiturada Imagem Crítica, onde foram observadas a d escrição, o entendimento p or a nalogia, a dinâmica, a revelação,a relação,e a reflexãoe ntrea críticaea realidade(LeituradaImagemCrítica)levandoem consideração as menções da realidade remediada pelosolharesdasdimensõesHistóricas,Culturais, Sociológicas, e A mbientais (Sociologia da Imagem). A o bra desenvolvida peloMiyazakiapresenta inúmeras q uestões, n ão só a a mbiental, a o fabular um d eus p rotetor da natureza que, quando corrompido ou contaminado por uma mineradora, se revolta e ataca a própria natureza que antes defendia,como tambémtratadequestõesenvolvendoastradiçõesculturais,o avançodatecnologia,a exploração e o papel da mulher na sociedade e até mesmo a relação e ntre os colonizadores e o s nativos. O bservamos q ue a a nimação “Princesa Mononoke” assume o papel de recurso multidisciplinare pode ser usada como recurso didático n ão só na á rea dasciênciasnaturais, c omo também no campo filosófico, h istórico, a rtístico-cultural, tecnológico e em outras á reas do c onhecimento. Palavras-chave: Anime, Ensino de Ciências, Recurso Didático Agradecimentos: CAPES e UFAM.
“Descarte Comciência”: sensibilização do descarte correto de pilhas e baterias Fernando Anderson Morais Pessoa 1; Matheus da Luz Sobreira 1; Maxwell Ribeiro de Souza 1; Pierre Cardim Oliveira dos Santos 1 [email protected] 1 UFAM - Universidade Federal do Amazonas O projeto “Descarte Comciência” foi desenvolvido observando a necessidade do descarte de resíduos como pilhas e baterias em locais que possam ser reciclados, visto que possuem em sua composição elementos tóxicos e que podem causar problemas ambientais e os seres vivos. Foi realizado durante a IX Semana de Ciências Naturais da UFAM objetivando sensibilizar a comunidade que o descarte incorreto de pilhas e baterias em locais inapropriados causam um grande impacto ambiental e problemas à saúde. Usou-se abordagem qualitativa, com base em levantamento de dados e a participação da comunidade da UFAM. Foram confeccionados e distribuídos cartazes e banners digitais, contendo frases de incentivo ao descarte de pilhas e baterias de forma correta, e ainda foram espalhados coletores para realizar a coleta dos materiais. Os resultados indicam que 77,8% das pessoas descartam pilhas e baterias raramente e 55,6% descartam estes resíduos no lixo comum. Muitas pessoas sabem dos riscos que pilhas e baterias causam ao meio ambiente. Porém, continuam descartando em lugares inapropriados devido à falta de informações sobre os locais certos de descarte e muitas vezes pela falta de divulgação das empresas. Quanto à responsabilidade do destino correto do material, 44,4% desconhecem a lei que indica as empresas produtoras como as principais responsáveis pelo recolhimento destes materiais. Quando a implantação dos coletores de pilhas e baterias, 100% responderam que era uma boa ideia e 44,4% deram certeza de participar da coleta. Em relação aos dados de avaliação do projeto, 86,1% viram os cartazes e 77,8%, acharam as informações dos cartazes válidas, 88,9% acharem que os coletores de pilhas e baterias estavam em locais de boa visualização e 33,3% descartam algum tipo de material durante a realização do projeto. Durante os cinco dias da semana de ciência foram coletados 162 resíduos. Há necessidade da divulgação da legislação vigente que prevê a logística inversa, dos locais que recolhem esse tipo de materiais, e principalmente de mais trabalhos para a sensibilização das pessoas sobre questões ambientais. Palavras-chaves: descarte, sensibilizar, pilhas, baterias, material tóxico.
Eficiência da Acetazolamida no tratamento da hipertensão intracraniana idiopática: Uma revisão da literatura Jamilly dos Santos Magalhães1, Maria Heloísa de Souza Araújo1, Fernanda Garcia Praia Santos1, Jerusa Araújo Quintão Arantes Faria 1 [email protected] 1 UFAM - Universidade Federal do Amazonas A Hipertensão Intracraniana Idiopática (HII), é uma doença caracterizada pelo aumento da pressão intracraniana e acomete, em sua maioria, mulheres obesas em idade fértil. Anualmente, a incidência da doença tem sido de 3,5 em 100.000 mulheres na faixa etária de 15 a 44 anos. O aumento do diagnóstico de HII está associado à elevação dos índices de obesidade nas mulheres. Os sintomas desta patologia compreendem desde fortes dores de cabeça até distúrbios visuais, podendo culminar em cegueira. A HII está associada a processos inflamatórios e ao aumento da atividade da anidrase carbônica cerebral. Neste sentido, o inibidor sulfonamida da anidrase carbônica, acetazolamida (AAZ), comumente usado para tratamento de glaucoma e epilepsia, tem se destacado como um promissor inibidor para HII. Logo, objetivou-se analisar, dentro da literatura científica publicada, a eficácia desse inibidor para HII. Para tal, foi elaborada uma revisão de literatura utilizando artigos disponíveis nas plataformas PubMed e Sciencie Direct. Para a pesquisa, foram aplicados os termos de busca: {(acetazolamide)} AND (hypertension intracranial idiopathic)} limitando-se aos estudos clínicos publicados no período entre 2005 a 2020. Houve uma seleção de artigos relevantes para a revisão, com a exclusão daqueles que não apresentavam ensaios diretamente relacionados ao inibidor de interesse. Ao todo, foram encontrados 12 artigos de interesse, sendo 11 no banco PubMed e apenas um no ScienceDirect. Destes, 11 estudos clínicos comprovam a eficiência da AAZ no manejo da HII, mostrando que a administração do fármaco reduz a indicação do paciente a tratamentos invasivos, tais como cirurgias. No entanto, um dos artigos selecionados apresentou uma correlação entre a administração do inibidor e a malformação congênita em um caso de paciente gestante. Coletivamente, os achados indicaram que a AAZ mostra-se eficiente e tem sua recomendação sugerida para a maioria dos casos clínicos de HII investigados, com exceção de grávidas. Ressalta-se, entretanto, o baixo número de estudos clínicos avaliando o efeito da AAZ no tratamento da HII destacando-se a necessidade de fomentar essa investigação. Palavras chaves: Hipertensão intracraniana idiopática, Acetazolamida, Anidrase Carbônica, Revisão de literatura, Obesidade Agradecimentos: UFAM
Efeito da cafeína na viabilidade de monócitos diferenciados em macrófagos Fernanda Garcia Praia Santos1; Jerusa Araújo Quintão Arantes Faria 1 [email protected] 1 UFAM - Universidade Federal do Amazonas Câncer é um termo utilizado para caracterizar várias doenças distintas que possuem em comum a proliferação celular exacerbada. O estudo da biologia tumoral abrange a comunicação cruzada entre as células tumorais e as células presentes no microambiente tumoral (MAT). Estudos recentes demonstram que estímulos com fatores de crescimento e outros metabólitos são capazes de modular as células do MAT, de modo a alterar o perfil de agressividade das células tumorais. A cafeína faz parte do grupo das metilxantinas, amplamente encontrados na flora, e tem se mostrado promissora como escolha fitoterápica antitumoral. Dados prévios do nosso grupo de pesquisa apontam a modulação do fenótipo de células tumorais de pulmão pelo meio condicionado gerado em células normais de mama pré-tratadas com extrato de guaraná, uma rica fonte de metilxantinas. Tal evidência fomentou o interesse em investigar de modo isolado o efeito dos metabólitos majoritários do guaraná na modulação das células constituintes do MAT. Assim, o objetivo deste trabalho consistiu em avaliar a viabilidade celular de macrófagos tratados com cafeína visando obter a concentração inibitória (CI50). Para tal, células monocítica de sangue periférico humano (THP-1) foram plaqueadas na densidade de 1,2X105 células/poço em placas de 96 poços e diferenciadas em macrófagos pelo estímulo com 10 nM forbol-12-miristato-13-acetato por 48 horas. Após esse período, as células foram tratadas com diferentes concentrações de cafeína (75, 50, 40, 20, 10, 1 e 0,1 mM) e cultivadas por 24 horas. Em seguida, o ensaio de metabolização de resazurina foi realizado para determinar a viabilidade. Os dados foram obtidos pela realização de três experimentos independentes e os tratamentos em quadruplicata. A análise estatística conduzida por regressão linear ANOVA no software GraphPrism. O tratamento com concentrações de cafeína superiores a 10 mM promoveram mudanças na morfologia e redução na viabilidade dos macrofágos. Obteve-se o valor de 23,17 mM (±0,1102) com R2 = 0,9508 de CI50 para cafeína. Fazendo-se necessário comprovar se o tratamento dos macrofágos com concentrações inferiores a 10mM não ativa mecanismos de morte celular. Assim, como perspectivas futuras, tem-se que o estímulo dos macrófagos com a concentração de cafeína não citotóxica de cafeína para avaliar o efeito deste secretoma no perfil de agressividade de linhagens tumorais. Palavras-chave: Viabilidade, THP-1 diferenciada em macrofágos, Cafeína, Metabolização de Rezasurina, Concentração Inibitória 50 Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPEAM/UNIVERSAL e UFAM
Avaliação do efeito neuroprotetor do tratamento com extrato de Physalis pubescens em modelo experimental de doença de Alzheimer Verônica Gonçalves Pinto1; Elias Fragata Farias1; Emerson Silva Lima2; José Fernando Marques Barcelos3; Geane Antiques Lourenço1 [email protected] 1 Laboratório de Farmacologia- ICB/Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil 2 Laboratório de Atividade Biológica – FCF/ Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil 3 Laboratório de Histologia - ICB/Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil A doença de Alzheimer (DA) é degenerativa e progressiva, onde ocorre a destruição da comunicação neuronal, devido a lesão neuronal progressiva, levando o paciente à perda de funções cognitivas, apresentando sintomas marcantes como perda de memória recente, desorientação espacial, confusão mental e dificuldade de execução de tarefas rotineiras. Atualmente, os principais fármacos usados na terapêutica da DA são Bromidrato de Galantamina (agente anticolinesterásico) e Cloridrato de Memantina, (antagonistas dos receptores NMDA). Todavia, estes fármacos não possuem efeitos positivos sobre a neurodegeneração, como também comprometem outras funções sistêmicas com efeitos secundários como náuseas, vômitos, dor abdominal e dispepsia. Com o aumento do número de pacientes que sofrem de demência, a doença de Alzheimer tem sido uma preocupação crescente. A necessidade de reduzir os efeitos colaterais causados pelo tratamento da DA exige pesquisa direcionada à descoberta de novos fármacos com potencial terapêutico e efeitos adversos mais brandos, além de efeitos mais significativos na melhora da qualidade de vida dos pacientes. O camapu (Physalis pubescens) é bastante popular entre os ribeirinhos Amazonenses, que usam as folhas em forma de chá para melhorar a memória, evitando ou diminuindo os primeiros sintomas de demência. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito neuroprotetor do extrato de Physalis pubescens, espécie endêmica da Região Amazônica, utilizando-se o tratamento subcrônico prévio à indução do déficit cognitivo. O modelo pré-clínico não-transgênico de déficit cognitivo semelhante ao Alzheimer foi induzido por administração intracerebroventricular de estreptozotocina (STZ) em camundongos Swiss, no qual os animais foram divididos aleatoriamente em 4 grupos, com seis animais cada. Três grupos (controle, controle positivo e tratamento) foram submetidos à administração bilateral de estreptozotocina (STZ) intracerebroventricular para indução do déficit cognitivo, e um grupo foi administrada a mesma quantidade do veículo de diluição da STZ (grupo sham). Os 24 animais foram submetidos a testes comportamentais para avaliação do déficit cognitivo, e nesta fase do projeto realizamos a análise histológica do tecido neuronal, quantificando o número de células íntegras das regiões CA1 e CA3 hipocampais. Como resultado verificamos que o tratamento com extrato de Physalis foi capaz de proteger o tecido neuronal da lesão produzida pela estreptozotocina, mantendo o número de neurônios íntegros em CA1 e CA3, de maneira superior a proteção conferida pela Galantamina (controle positivo). Palavras-chave: Alzheimer, Camapu, Physalis pubescens, Déficit cognitivo, neuroproteção. Agradecimentos: CNPq e UFAM.
Projeto Institucional Em Rede: Laboratórios De Campanha Para Testes De Diagnósticos Da Covid-19 Borborema-Santos, C.M1; Mota, A.J.1; Carvalho, S.M.S1; Astolfi-Filho1, S.; Costa-Lira, E.1; Assunção, E.N.1; Pimentel, P.S.S.R.1; Correia, I.S1; Figueiredo, D.J.1; Araújo, K.S.1; Marinho, G.B1 [email protected] 1 UFAM - Universidade Federal do Amazonas O Projeto é uma iniciativa do MCTIC com recursos repassados pela FINEP com a participação de treze universidades brasileiras e compreende a coordenação de esforços de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, bem como ações de extensão. A UFMG assumiu o papel de instituição executora. Iniciou-se as atividades em janeiro de 2021, durante a segunda onda da pandemia e crise de oxigênio no Amazonas e foi necessário adequar o Laboratório de Pesquisa Diagnóstico Molecular da UFAM (LDMUFAM) em laboratório de prestação de serviços laboratoriais, além de efetuar o cadastro no CNES/GAL. O apoio FAPEAM foi importante para realização do projeto. Dentre os objetivos estão a ampliação da capacidade de realização de testes diagnósticos da COVID-19 nos laboratórios de pesquisa instalados em Universidades Públicas; a definição de padrões epidemiológicos, moleculares, imunológicos em níveis regionais e nacional da infecção pelo COVID-19. As amostras nasofaríngeas foram coletadas no HUGV e conservadas a 4 ºC em MTV. A extração do RNA total foi realizada utilizando ReliaPrep™ Viral TNA Miniprep Custom kit (Promega). Utilizou-se RT-qPCR para detecção do SARS CoV-2 realizado em QuantStudio 6. As reações, termociclagem e interpretação dos resultados seguiram recomendações do CDC. O LDMUFAM foi inscrito no CNES sob o número 0281833. Todos os 4.239 exames de RT-qPCR SARS CoV-2 foram cadastrados no GAL e os resultados emitidos pelo sistema. Foi possível criar uma infraestrutura adequada, bem como organizar e treinar uma equipe para a realização dos testes de RT-qPCR. Além do auxílio à rede pública na realização dos testes, ficou sob nossa responsabilidade a demanda do HUGV. Foram treinados alunos da graduação e pós-graduação em todas as etapas do exame. A expertise da equipe se resumia a pesquisa científica e foi necessário um esforço coletivo para adaptação a prestação de serviços. O resultado foi um trabalho coletivo de qualidade, uma experiência extremamente positiva, onde todos os objetivos foram alcançados. Palavras-chave: COVID-19, RT-qPCR, SARS CoV-2. Agradecimentos: UFAM, HUGV, LACEN-AM, UFMG, MCTIC, FINEP, FUNDEP, FAPEAM.
Avaliação do efeito neuroprotetor do tratamento com extrato de Passiflora nitida em modelo de epilepsia Maria Beatriz Tavares da Costa1; Gabrielly Corrêa Baraúna1; Emerson Silva Lima2; José Fernando Marques Barcelos 3; Geane Antiques Lourenço 1 [email protected] ¹ Laboratório de Farmacologia- ICB/Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil 2 Laboratório de Atividade Biológica – FCF/ Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil 3 Laboratório de Histologia - ICB/Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil A epilepsia é caracterizada como sintoma ou sinal subjacente a uma desordem neurológica nem sempre identificada, manifestada por descargas elétricas neuronais, decorrentes de distúrbios nas funções elétricas cerebrais. De acordo com a liga internacional contra epilepsia (ILAE) este distúrbio é o mais frequentes encontrado na neurologia, onde pessoas portadoras de epilepsia do lobo temporal correspondem a 1,3% dos casos, sendo um 1/3 destas resistentes aos tratamentos com as drogas antiepilépticas existentes. As crises classificadas como parciais complexas, originadas no lobo temporal têm sido associadas a distúrbios de memória de curto e de longo prazo, estes distúrbios decorrem de lesões e da redução do volume hipocampal. Dessa maneira, nosso objetivo foi verificar por histologia o possível efeito neuroprotetor do extrato em teste, através da contagem de neurônios íntegros nas regiões CA1, CA3 e giro denteado (GD) do hipocampo. Para este experimento foram usados ratos Wistar machos para o estudo e avaliação do efeito neuroprotetor do tratamento com extrato de Passiflora nítida em animais submetidos ao status epilepticus por administração de pilocarpina. A parte inicial in vivo do projeto foi desenvolvida no Instituto Butantan, e esse estudo atual realizou a histologia do material oriundo deste projeto inicial. Nossos resultados demonstram que não houve diferença significativa no número de células íntegras após os tratamentos em relação ao grupo salina nas regiões CA1 e CA3 do hipocampo dorsal, entretanto houve diferença significativa no número de células na região do GD do grupo salina. Os tratamentos com fenobarbital (100mg/kg) e extrato hidroetanólico de Passiflora nitida (200mg/kg) preveniram a perda neuronal no GD em comparação ao grupo salina, sendo o extrato portanto neuroprotetor neste modelo. Palavras-chave: “hipocampo; Passiflora nitida; distúrbios; status pilepticus”. Agradecimentos: FAPEAM e UFAM.
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