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35_JUL-SET-2006

Published by Rafael Pedrini, 2015-11-16 07:21:23

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REVISTA DO CREA-ES CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESPÍRITO SANTO Ano VII - nº 35 Julho | Agosto | Setembro - 2006Sinal deAlertaTrânsito lento, engarrafamentos e outras dificuldades para a mobilidade urbana começama preocupar os moradores da cidade de Vitória. Especialistas e gestores públicos defendem,entre outras alternativas, mais investimentos no transporte coletivo e até mesmo a criaçãode dificuldades para veículos particulares circularem na região.

Editorial Malha viária, xadrez para mestres Arquivo Crea-ES percorrer pequenas distâncias a pé, o que também contribuiria para reduzir os número de veículos nas ruas. Segundo dados da Prefeitura, a capital do Estado tem hoje 122 mil veículos cadastrados. Além disso, a frota cresce sem parar. Soma-se a isso o fato de Vitória ser também um corredor de passagem de veículos que demandam outros municípios da Região Metropolitana, o que faz dobrar o número de carros nas ruas da cidade. A mobilidade urbana, numa cultura que prioriza Conhecidos gargalos como as avenidas Fernando o transporte individual em detrimento do Ferrari, Reta da Penha e Dante Michelini aí estão, coletivo, constitui sério desafio para as desafiando a criatividade de nossos técnicos. Já a administrações de todas as médias e grandes perspectiva de a saturação da Terceira Ponte ocorrer cidades do mundo. E cada cidade, para ter dentro de 10 anos exigirá em breve uma nova ligação sucesso no enfrentamento do problema, precisa da ilha com o continente. buscar soluções que respeitem suas próprias características. Um transporte coletivo de qualidade, barato, farto e não-poluente seria um dos caminhos para se Tradicionalmente, não há cidade capaz de minimizar o quadro de saturação da malha viária. expandir sua malha viária em velocidade capaz de Sistemas como o Transporte Leve de Passageiros competir com o crescimento de sua frota de (TLP) e o Aquaviário poderiam ajudar a mudar de veículos. A multiplicação dos automóveis no idéia boa parte dos cidadãos que hoje usam o carro espaço urbano é sempre muito mais veloz. para trabalhar, e, assim, garantir um desafogo substancial da malha viária. Vitória, por seu perfil de cidade insular e de topografia irregular, entre o mar e o maciço O Estado vive um ciclo virtuoso de crescimento. Sua central, se debate hoje entre a busca de soluções economia segue crescendo mais que a do Sudeste e, para o seu trânsito e a imperiosa necessidade por conseqüência mais que a média do Brasil. O simultânea de preservar a qualidade de vida da petróleo, os grandes projetos industriais e o sucesso de população e a beleza natural da cidade. arranjos produtivos capixabas como os do mármore e granito, da construção civil e do setor metalmecânico, Outros inconvenientes da mobilidade urbana da entre outros, estão atraindo cada mais gente para a cidade são calçadas irregulares, vias mal- região da Grande Vitória, tornando mais premente a iluminadas e a falta de ciclovias. A resolução necessidade de se garantir mobilidade urbana de desses aspectos poderia estimular pessoas a qualidade. O desafio está na mesa. É xadrez para mestres. Eng.Civil Luis Fiorotti Presidente Crea-ES04 Revista Tópicos - Jul - Ago - Set /06

Expediente Sumário BSI ISO 9001:2000 FS 509751 Diretoria Mobilidade Presidente Urbana Eng. Civil Luis Fiorotti 1º Vice Presidente Especialistas e gestores Téc. em Agrimensura Aloisio Carnielli públicos analisam trânsito 2º Vice Presidente de Vitória Eng. Civil José Lemos Sobrinho Diretor Administrativo 18 Eng. Civil José Maria Cola dos Santos Diretor Financeiro Crea Social Eng. Industrial Mecânico José Carlos de Assis Vice Diretor Administrativo Programa de Engenharia e Eng. Civil Carlos Heugênio Duarte Camisão Arquitetura Social Vice Diretor Financeiro Arquiteta Patricia Cordeiro 29 Câmaras Entrevista Engenharia Civil Eng. Civil Wania Nassif Marx 26 Diretora do CT-Ufes Engenharia Agronômica Eng. Civil Maristela Gomes Eng. Agrônomo Jorge Luiz e Silva “ É imprescindível que a relação de parceria (da universidade) com o Arquitetura setor industrial seja ampliada para Arquiteto Anderson Fioreti de Menezes a sociedade como um todo” Engenharia Industrial 07 Institucional 14 Educ Eng. Mecânico Aristóteles Alves Lyrio 11 Crea Destaca 28 Crea Profissional 12 Comunidade Crea 30 Artigo Engenharia Elétrica Eng. Eletricista Ivan Pierozzi 05 Inspetorias Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 Postos de atendimento Vila Velha (27) 3239-3119 São Mateus (27) 3763-5929 Conselho Editorial Eng. Civil Luis Fiorotti, Jornalista Alcione Vazzoler, Arquiteta Regina Morandi, Comunicóloga Karine Zanon. Gerente de Relacionamento Arquiteta Regina Morandi Consultora de Comunicação Jornalista Alcione Vazzoler Reportagem Alcione Vazzoler, Simone Justino, Claudia Vilarinho, Ivana Dias, Vinícius Dalvi, RafaelGasperazzo, Alexandre Marçal, Márcio Scheppa. Fotos de Capa Sérgio Cardoso Projeto Gráfico Pojak ComunicaçãoEditoração, tratamento de fotos e infográficos Eder Lepaus Impressão Gráfica Espírito Santo Revista do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Espírito Santo Av. Cesar Hilal, 700, 1º andar, Bento Ferreira Vitória-ES, CEP 29052-232 Tels.: (27) 3334-9900 - Fax (27) 3324-3644 email: [email protected] www.creaes.org.br

Institucional Ivana DiasDiretoria daAssociação dos Tecnólogostoma posseCriada no primeiro semestre de empossada no dia 6 de outubro ampliar novos mercados para os2006 com o objetivo de valorizar último. tecnólogos e buscar parceriasos profissionais tecnólogos que com outras instituições. Oatuam em terras capixabas, a Na oportunidade, foi consenso a presidente do Crea-ES, Eng. CivilAtecnólogos (Associação dos importância de se defender o piso Luis Fiorotti, esteve na posse eTecnólogos das Áreas de salarial e o plano de carreira para manifestou o apoio do ConselhoEngenharia, Arquitetura, os profissionais com esse grau de à Atecnólogos e reforçou aAgronomia, Geologia, formação, o que refletiria num importância das parcerias que,Geografia, Meteorologia e das reconhecimento dos tecnólogos segundo ele, são fundamentaisDemais Modalidades por parte das empresas. para o crescimento de umaFiscalizadas pelo Sistema entidade e seu fortalecimento.Confea/Crea no Estado do Além da valorização profissional,Espírito Santo) teve sua diretoria a diretoria tem como metaConselho na tribuna livre da Câmara deVereadores de CariacicaEm outubro, o Crea teve a do Crea-ES, Eng. Civil Luis nessa situação, conferindo-asoportunidade de participar, pela Fiorotti. segurança jurídica e incluindo-asprimeira vez nessa gestão, da na sociedade.Tribuna Livre da Câmara Outro tema que incide de formaMunicipal de Cariacica (CMC). intensa sobre o município e queNa oportunidade, os vereadores também foi levantado foi ado município puderam conhecer regularização fundiária e deo Programa de Engenharia e imóveis no município, que possuiArquitetura Social, discutir altos índices de construçõesa s s u n t o s l i g a d o s a o irregulares e loteamentosdesenvolvimento urbano e da clandestinos.importância dos PlanosDiretores Municipais (PDMs), Fiorotti explicou aos vereadorescujas discussões estão sendo que a regularização fundiáriaacompanhadas pelo Conselho. é o processo de intervenção“Espaços como esse são pública, sob os aspectosimportantes para estreitarmos jurídicos, físicos e sociais, que Arquivo Crea-ESainda mais nossa relação com a objetiva legalizar a permanência sociedade”, acredita o presidente de populações que se encontram06

São Mateus ganha novo Institucionalposto de atendimentoSão Mateus recebeu no dia 26 de Alexandre Marçalsetembro o novo posto do Crea nomunicípio. A solenidade contoucom a participação deaproximadamente 60 pessoas,entre representantes de entidadesde classe, instituições de ensino,lideranças políticas, empresários,inspetores e profissionais doNorte do estado.O evento foi conduzido pelo Fiorotti (à direita) apresentou, aos profissionais do Norte capixaba, as duas novas cartilhas editadas pelo Crea-ES:presidente do Crea-ES, “Guia do Formando” e “Programa de Engenharia e Arquitetura Social”Engenheiro Civil Luis Fiorotti epela funcionária do Conselho na Júnior, a aprovação da Câmara Fiorotti. “Trabalhamos nessesregião Eng. Civil Tatiana Baldow Especializada de Engenharia de primeiros 10 meses de gestão, paraque juntos apresentaram um local Segurança do Trabalho e do Ato de construirmos um novo Crea.com maior estrutura física, sala de Fiscalização Profissional. Alguns procedimentos foramreuniões e que irá proporcionar um revistos priorizando a aprovaçãoatendimento personalizado à altura A reformulação na conduta do do registro de diversas instituiçõesdos profissionais, empresários e plenário também foi citada por de ensino. Analisamos também apopulação de São Mateus. pauta das reuniões plenárias para Posto de São Mateus: realizar os trabalhos com maisRoger Pestana, Diretor do Serviço agilidade e estabelecemos váriasAutônomo de Água e Esgoto de Endereço: parcerias, convênios, além deSão Mateus (SAAE), representou o Rua Monsenhor Guilherme termos intensificado a relação comprefeito Lauriano Zancanela. Ele Schimitz, 402 - Centro Comercial as entidades e instituições deconsiderou fundamental a presença Sernamby - Lj. 15 - B. Sernamby - ensino”, concluiu.e fixação do Crea no município cujo São Mateus - E.S.prefeito sempre valorizou em suagestão os profissionais da área Telefone: Além do Posto de São Mateus, otecnológica. (27) 3763-5929 Conselho também inaugurou este este ano as novas instalações dasO presidente do Crea-ES encerrou E-mail: inspetorias de Cachoeiro deas atividades em São Mateus [email protected] Itapemirim e Linhares.ressaltando que várias ações deinteresses dos profissionais foramrealizadas este ano, como convêniocom o Cefetes, a criação do Crea 07

Institucional Sérgio CardosoInstalação daCEEST deveacontecer noinício de 2007A Sessão Plenária do Crea-ES que pos- Técnico Industrial de Segurançarealizada no último dia 10 de sibilitou o do Trabalho; a terceira vaga seráoutubro foi um momento início dos indicada pela Universidadehistórico para os profissionais da estudos da Federal do Espírito Santo (Ufes);área de Engenharia de Segurança Comissão e o último componente do grupodo Trabalho que atuam no Permanente será um representante doEspírito Santo: a reunião de Reno- Plenário.aprovou a instalação de uma vação doCâmara Especializada da área no Terço para definir o número de Em todo país, uma das metasâmbito do Conselho. conselheiros e quais entidades daqueles que militam pela indicariam os nomes. valorização dos profissionais daA Câmara Especializada de Engenharia de Segurança doEngenharia de Segurança do O resultado é que a Câmara terá Trabalho é a criação de cursos deTrabalho (CEEST), deve ser um total de quatro conselheiros graduação da área, já que nasinstalada na primeira Reunião em sua composição. instituições de ensino brasileirasPlenária de 2007. Antes disso, é existem apenas cursos de pós-necessário que a decisão seja O Sindicato dos Engenheiros no graduação.homologada pelo Conselho Estado do Espírito Santo (Senge-Federal, em Brasília. ES) indicará um profissional Engenheiro de Segurança doComposição Trabalho; o Sindicato dos Técnicos Industriais de NívelEm abril de 2006 a criação da Médio no Estado do EspíritoCâmara já tinha sido aprovada, o Santo (Sintec-ES) indicará umPresidente do Crea-ES faz palestra em seminário deTécnicos em MacaéO p r e s i d e n t e d o C r e a - E S O evento, realizado na cidade de Industriais do Espírito SantoEngenheiro Civil Luis Fiorotti Macaé, contou com a presença de (Sintec-ES) foi representado peloapresentou no dia 28 de setembro, mais de 300 pessoas e debateu presidente da entidade Téc. Ind. emno Rio de Janeiro, palestra sobre os temas de interesse da categoria e Metalurgia Kepler Daniel e o\"Desafios do Presente e do Futuro\" apresentou fatos importantes para Conselho Federal de Engenharia,no primeiro Seminário Regional de o desenvolvimento do mercado de Arquitetura e Agronomia (Confea)Técnicos Industriais de Nível trabalho dos profissionais. pelo Téc. em Metalurgia eMédio dos estados do Espírito Tecnólogo em Mecânica MiguelSanto e do Rio de Janeiro. O S i n d i c a t o d o s T é c n i c o s Madeira.08 Revista Tópicos - Jul - Ago - Set /06

Comissão de Assuntos Nacionais Claudia Vilarinhodo Confea passa por VitóriaIntegrar os interesses comuns dos “O espaço é importante pois Dois novosConselhos Regionais; analisar facilita o acesso dos Conselhos cursosprojetos de lei que estão em fase de Regionais aos temas nacionais. Aavaliação no Congresso Nacional; e reunião serve também para registradosverificar a viabilidade de propostas avaliarmos a prestação de contasde parcerias do Conselho Federal do Conselho Federal”, esclarece o As Escolas Famílias Agrícolasde Engenharia, Arquitetura e Engenheiro. (EFAs) do Bley, de São GabrielAgronomia (Confea) com outras da Palha e a de São João deentidades e instituições são alguns Além do Coordenador da CAN, Garrafão, localizada em Santados pontos discutidos pela participaram da reunião a Eng. Maria de Jetibá, tiveram seusComissão de Assuntos Nacionais Agrônoma Maria Higina do pedidos de cadastro aprovados(CAN) em suas reuniões Nascimento, o Eng. Eletricista pelo Crea-ES, no mês deitinerantes, que ocorrem a cada Paulo Bubach (vice-Presidente do outubro.dois meses. Confea), o Arquiteto Renato de Melo Rocha, o representante da A proposta das EFAs éA última foi realizada no dia 6 de CAN no Espírito Santo, Eng. interagir com a família,outubro, em Vitória, no Auditório Eletricista Olavo Botelho de utilizando para isso a pedagogiado Crea-ES, sob a coordenação do Almeida e o Presidente do Crea- da alternância, em que oEng. Mecânico Jaques Sherique. ES, Eng. Civil Luis Fiorotti. estudante fica uma semana na escola e outra em sua casa. ORecorde modelo pedagógico dessas escolas também privilegia as Aumento práticas que proporcionem um desenvolvimento sustentável de 31% no registro de no meio rural. profissionais no Crea ES Os profissionais formados no curso Técnico em no segundo quadrimestre de 2006, Agropecuária de qualquer umacomparado com o mesmo período de das instituições citadas já podem requerer registro no 2005 Crea-ES. Mais informações pelo telefone (27) 3334-9926. A lista dos documentos necessários está disponível no site do Crea-ES: www.creaes.org.br/documentacao_e_formularios.asp 09

Institucional Crea esteve no circuito da Fórmula Renault Com o propósito de garantir a pessoas. Na ocasião, Fiorotti, que também segurança dos participantes da Coordenada pelo presidente do é Eng. de Seg. do Trabalho, falou Clio e Fórmula Renault o Crea- Crea-ES, Eng. Civil Luis Fiorotti da importância do uso de ES realizou em setembro uma com a participação de aquipamentos de proteção vistoria técnica e preventiva nas profissionais da Unidade de individual: “O trabalhador obras do circuito de rua da Fiscalização, eles puderam precisa usar equipamentos de Enseada do Suá, em Vitória garantir a regularidade do segurança como óculos especiais, (ES), onde foi realizada o exercício profissional nas capacete, botas de couro, luvas de Renault Speed Show. atividades de montagem de segurança e, principalmente, nos estruturas metálicas, camarotes e casos de atividades de montagem A Fórmula Renault é um dos arquibancadas, instalação de de estruturas metálicas, o cinto de maiores eventos guard-rails, intervenções viárias, segurança. É importante também automobilísticos do país e sinalização de trânsito, ter uma atenção específica com reuniu nesta edição instalações elétricas e as instalações elétricas”. aproximadamente 100 mil sonorização . Presença na feira de Agronegócios O Crea-ES participou pela Eng. Civil Luis Fiorotti: “o setor Recorde primeira vez como patrocinador, é fundamental para o desenvol- da Feira de Agronegócios do vimento econômico do Estado e Em agosto de 2006 Espírito Santo (Feagro). acredito que incentivos nessa foram registradas área são necessários para que O evento foi realizado em possamos construir um futuro 6.551 ARTs setembro, em Linhares. Na sua melhor para as gerações futuras 6ª edição, a Feagro mostrou a por meio de técnicas que visam o realidade e as potencialidades do desenvolvimento sustentável”. agronegócio capixaba e criou um ambiente favorável para A 6ª Feagro foi promovida pela negócios entre os diferentes Sociedade Espíritossantense de setores agrícolas. Engenheiros Agrônomos (SEEA), Secretaria de Estado da No Estado do Espírito Santo, o Agricultura, Abastecimento, agronegócio é responsável por Aqüicultura e Pesca (Seag), do aproximadamente 30% do PIB Instituto Capixaba de Pesquisa, estadual e 37% dos empregos Assistência Técnica e Extensão gerados na economia. Rural (Incaper) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Essa importância foi destacada Empresas do Espírito Santo pelo presidente do Conselho, (Sebrae). Errata Na matéria Prédio Sustentável, publicada na Revista Tópicos (edição abril/maio/junho), o projeto vencedor do Concurso de Arquitetura para o Restaurante da Samarco é do Arquiteto Dimas Rodrigues de Oliveira. E não do Arquiteto Augusto Alvarenga, como foi divulgado.10

Crea DestacaCrea-ES conquistarecertificação ISOA British Standards Institution a situação dos processos, da Qualidade adotado pelo Crea-(BSI) Certificadora recertificou, arquivos e registros que estão ES foi apresentado por Fiorotti,em agosto, o Conselho Regional distribuídos de forma em agosto deste ano, durante ade Engenharia, Arquitetura e organizada, podendo ser Reunião do Colégio deAgronomia do Espírito Santo localizados com facilidade e Presidentes do Sistema(Crea-ES), no Sistema de Gestão rapidez. Além disso, foram Confea/Crea.da Qualidade ISO 9001:2000. consideradas positivas as condições e a integridade dos A palestra foi direcionada aoDurante três dias os auditores da documentos, a garantia de presidente do Conselho Federalcertificadora, Darlan Melotti e recuperação dos mesmos e as de Engenharia, Arquitetura eAnselmo Folador, conferiram os atas, bem redigidas e Agronomia (Confea), aosprocedimentos das divisões, num documentadas. presidentes de Creas e aostrabalho minucioso que conselheiros federais.percorreu a sede do Crea, a Durante a avaliação final, feitaInspetoria de Cachoeiro de com o presidente Eng. Civil Luis Fique SabendoItapemirim e o Posto de Vila Fiorotti, o corpo gerencial eVelha. consultores, o auditor da BSI Entre os Conselhos também destacou o empenho de Regionais de Engenharia,Esta é a terceira vez que o Crea- todos os funcionários na Arquitetura e AgronomiaES recebe a recertificação, após manutenção das rotinas e do país, o Crea do Espíritosete anos de implantação do mostrou-se satisfeito com o Santo é o único a possuirSistema. Melotti parabenizou a conhecimento apresentado por o Certificado deinstituição e disse que as metas, todos sobre a Política da Qualidade ISO 9001:2000,os objetivos e os indicadores Qualidade da Instituição e as em todos os seusestão muito bem documentados metas para o exercício. serviços.e estabelecidos em todo oConselho. Ele também destacou O modelo do Sistema de Gestão O título foi conquistado em dezembro de 1999, BSI por meio da auditoria da DNV Certificadora.ISO 9001:2000 FS 509751 Pela terceira vez o Conselho é recertificado, agora pela British Standards Institution (BSI) Certificadora. 11

Comunidade Crea Sintec completa 18 Fórum Norte CapixabaSINTEC-ES anos e lança revista de Florestas Plantadas AEFES Organização, competência, serviços de qualidade e A Associação dos Engenheiros estrutura adequada. Tudo para fortalecer a luta sindical Florestais do Espírito (Aefes) pela valorização profissional e reconhecimento das participou no dia 6 de outubro, em atribuições dos técnicos industriais. Isso e muito mais o Pinheiros, norte do estado, do Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio no Fórum Norte Capixaba de Estado do Espírito Santo (Sintec-ES) conquistou ao Florestas Plantadas. longo de seus 18 anos de existência, completados no último dia 19 de agosto. O presidente da entidade, Eng. Florestal Álvaro Garcia ministrou Toda essa história - construída por cada presidente, cada a palestra Perspectivas do Setor de diretor, cada profissional - pode ser conferida na edição Florestas Plantadas para um de lançamento da Revista Cenário Técnico, mais um público formado por produtores meio que facilitará a comunicação entre o Sindicato e rurais, representantes municipais, seus associados. “Nosso objetivo é ampliar as discussões lideranças e Ongs. de temas relacionados à categoria”, disse o Presidente do Sintec-ES, Téc. Industrial em Metalurgia Kepler Daniel O seminário, que contou com a S. Eduardo. presença de cerca de 200 participantes, teve o objetivo de Com uma periodicidade quadrimestral, a segunda edição estimular o negócio florestal no da publicação está prevista para janeiro de 2007. estado. Parceria para valorizar profissional SENGE-ES SEE A Sociedade Espírito-Santense de Engenheiros A busca por esse mesmo objetivo uniu, este ano, (SEE) e o Sindicato dos Engenheiros no Estado as duas entidades num Programa de Valorização do Espírito Santo (Senge-ES) são organizações dos Engenheiros. empenhadas na luta pela valorização dos Confira abaixo uma das peças publicitárias que profissionais da Engenharia. fazem parte dessa campanha. (27) 3226-6121 Sociedade Espirito-Santense de Engenheiros12 Revista Tópicos - Jul - Ago - Set /06

Concurso para novo IAB-ESAssembléia discutirá área deParque Tancredo Neves IBAPE-ESatuação de corretores e engenheirosO Instituto de Arquitetos do Brasil - Os profissionais da área de avaliações e perícias deDepartamento do Espírito Santo (IAB- engenharia assistem a nova investida de outra classe deES) e a Prefeitura Municipal de Vitória profissionais sobre área de atuação que lhes é de exclusiva(PMV) são os realizadores do Concurso prerrogativa de acordo com a legislação federal.Público Nacional de Projeto deArquitetura para o novo Parque Trata-se agora da recente Resolução n° 957 do ConselhoTancredo Neves. Federal de Corretores de Imóveis - Cofeci, de 22 de maio de 2006, publicada no Diário Oficial da União, que “dispõeO objeto do Concurso é escolher uma sobre a competência do corretor de imóveis para asolução arquitetônica e paisagística mais elaboração de parecer técnico de avaliação imobiliária e dáadequada para o parque, a ser outras providências”.implantado no mesmo terreno onde jáse situa, na região da Vila Rubim, em O Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de EngenhariaVitória, numa área aproximada de Nacional (Ibape) agendou uma Assembléia Geral para o dia63.000 m² de área. 4 de dezembro, em Salvador (BA), para tratar das ações que serão movidas pela entidade, juntamente com o ConselhoSegundo os organizadores, os Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea)participantes terão total liberdade de e o Ministério Público, contra esta investida do Cofeci emproposição, uma vez obedecidas as área exclusiva da Engenharia.indicações e determinações do conjuntode documentos intitulado \"Bases do Representarão o Espírito Santo na Assembléia o presidenteConcurso\" disponíveis para download do Ibape-ES, Eng. José Lemos Sobrinho e o Diretorno site: Técnico do Ibape-ES e Conselheiro do Ibape Nacional,www.iab-es.org.br/concursotancredao Eng. Radegaz Nasser Junior.ATAES SINTAES de Novembro Dia do Técnico Agrícola Técnico Agrícola, um profissional comprometido com o desenvolvimento da Agropecuária Brasileira 13

Educação Continuada e a Distância Educ gera conhecimento e cidadania A educação e o treinamento projeto de conhecimento e profissionais e cidadania a profissional são imprescindíveis solidariedade. população de baixa renda. para o avanço tecnológico. Preocupado com a reciclagem de Abertos para estudantes e demais Meta e realização seus profissionais aliada a uma interessados, além dos prática de responsabilidade profissionais registrados, muitos De abril a outubro deste ano social, o Crea-ES investe cada vez cursos, palestras e seminários são foram realizados 36 eventos com mais no Educ - Educação gratuitos. A sugestão é que os 1340 participantes. Mais nove Continuada e a Distância. participantes contribuam com cursos ou palestras devem ser alimentos não perecíveis. inseridos no cronograma até o Originado do Programa de final de 2006. Educação Continuada, criado há O curso “Gerenciando o stress sete anos, o Educ sofreu uma e construindo uma vida Para estimular ainda mais a série de melhorias para atender as melhor”, foi a prova de que o participação das pessoas, são demandas surgidas no mercado Crea se preocupa também com o distribuídos brindes como de trabalho. bem estar social. O curso contou blocos para anotações, pastas, com a participação de 75 pessoas, camisas e canetas. “A meta é era O desafio inicial era oferecer que contribuíram com donativos atingir este ano 1000 atualização aos diplomados em para entidades previamente participantes. Como Engenharia, Arquitetura, cadastradas no Crea. ultrapassamos esse número, Agronomia e profissões afins. realizaremos uma comemoração Mas o projeto ganhou Segundo o Coordenador do especial em dezembro, quando proporções que permitiram a Educ, Eng. Mecânico Paulo comemoramos o Dia do inserção da sociedade que Renato Puppim, o objetivo é Engenheiro e do Arquiteto”, começou a fazer parte deste levar conhecimento aos adianta Puppim.14

Várias entidades já foram beneficiadas Eder LepausLar dos Velhos Nina, em Cachoeiro deItapemirim; Lar Genoveva Machado,em Viana; Associação CapixabaContra o Câncer Infantil (Acacci), emVitória e a Creche O Bom Samaritano,em Cariacica, são alguns exemplos deentidades beneficentes que receberamdoações dos participantes dos eventospromovidos pelo Educ desde abrilMuitas parcerias importantes foram O total de alimentos doados pelos profissionais, desde março de 2006, já atingiu a marca de meia tonelada.firmadas desde abril. Destacam-se osconvênios com a Ufes, o Cefetes, oSenac, a Findes e o Indesp, que sãoprova da credibilidade que essasinstituições têm no projeto. desses eventos. Segundo ele, essa passar informação e tecnologia,Puppim considera essas parcerias a p r o x i m a ç ã o l e v a m a i s q u e estamos formando o lado humanomuito importantes para a realização conhecimento e cidadania. “Além de destes profissionais”, finaliza. Próximos eventosNovembro VI Encontro Técnico: Sistemas Dezembro de Supervisão de ProcessosSeminário de Agronomia Pública Industriais Encontro de Profissionais de21 e 22 de novembro de 2006 Via Internet Engenharia de Segurança doCrea-ES 23 de novembro de 2006 TrabalhoInformações: 3334-9925 SENGE 7 de dezembro de 2006 Informações: 3324-1909 Informações: 3334-9903Certificado Fitossanitário deOrigem Dideo Conferência Preços e II Encontro Técnico Estudantil22 a 24 de novembro de 2006 Serviços de Engenharia e 8 de dezembro de 2006SEEA Arquiteutra Consultiva SENGEInformações: 3223-1441 27 e 28 de novembro de 2006 Informações: 3324-1909 Crea-ESReunião Nacional das Câmaras Informações: 3334-9925 Dia Comemorativo aoEspecializadas de Engenharia EngenheiroAgronômica Curso de Estabilidade de 9 de dezembro de 200623 a 25 de novembro de 2006 Encostas Crea-ESCrea-ES (CEEA) 29 a 30/11 e 1º/12 de 2006 Informações: 3334-9925Informações: 3334-9935 Crea-ES Informações: 3334-9925Programação sujeita a alterações. Mais informações pelo site www.creaes.org.br ou pelo telefone (27) 3334-9925 15

Educação Continuada e a Distância Educação em revista A característica multimídia do em um dos eventos realizados do Espírito Santo (Cefetes). Educ acaba de ganhar um pelo projeto. reforço. Além das aulas O Seminário contou com a presenciais, video-aulas, O destaque da vez foi a realização participação do Secretário divulgação e conteúdo da quinta edição do Seminário de Nacional de Saneamento disponível na Internet, a partir Saneamento Ambiental (Sisama), Ambiental, Eng. Civil Abelardo dessa edição da Revista nos dias 23 e 24 de outubro, na de Oliveira Filho, que contribuiu Tópicos será possível usufruir Assembléia Legislativa do para a discussão sobre a \"Política também de um recorte do Espírito Santo e no Centro Nacional de Saneamento principal material apresentado Federal de Educação Tecnológica Ambiental\". Confira um resumo com alguns tópicos do material apresentado pelo Secretário: Política Nacional de Saneamento Ambiental O objetivo da Política de concebidos de forma a atender, 2. Retomada dos investimentos Saneamento Ambiental é progressivamente, a população e financiamentos para o setor, assegurar os direitos humanos que hoje não é atendida pelos especialmente para o setor fundamentais de acesso à água serviços públicos de público; potável em qualidade e saneamento básico, 3. Qualificação do gasto quantidade suficientes e de vida principalmente as populações público; em ambiente salubre nas de baixa renda, que não podem 4. Racionalização das ações do cidades e no campo. suportar integralmente o ônus Governo Federal; das tarifas, sejam as de 5. Criação/redirecionamento Os desafios de se universalizar comunidades isoladas, sejam as de programas; o acesso aos serviços públicos das periferias das grandes 6. Apoio ao desenvolvimento de saneamento básico passam cidades. institucional, capacitação e pelo investimento suficiente e melhoria da gestão; contínuo, qualificação do gasto Segue alguns passos para 7. Instituição de normas gerais público e mudança na gestão, a enfrentar os desafios: de constituição de consócios fim de aumentar a eficiência públicos e convênios de econômica e social dos 1. Construção e aprovação do cooperação (Lei nº serviços. Projeto de Lei que institui o 11.107/2005); marco regulatório do setor 8. Participação da sociedade e Os serviços devem ser saneamento; controle Social.16 Revista Tópicos - Jul - Ago - Set /06

Política de Saneamento - gestão públicos e sob controle público; » Exigir gestão eficiente,dos serviços públicos de » Deve haver assim duas esferas transparente, com controle social;saneamento básico distintas: a da regulação dos » Incutir a cultura da regulação e serviços e o da sua prestação. fiscalização dos serviços;» Controle social implica em » Capacitação e desenvolvimentoplanejamento; regulação; Desafios para sociedade institucional dos agentes;fiscalização; e prestação dos » Educação ambiental eserviços. » Políticas públicas para as cidades: mobilização social.» O novo modelo de gestão do pensar e agir de forma integrada,saneamento básico deve ser o da democrática e participativa; Se trabalharmos em conjunto,construção de uma política » Contribuir para institucionalizar e União, Estados, Municípios epública, por meio da qual o Poder implementar as políticas públicas; sociedade civil, poderemos atingirPúblico reconheça a sua » Exigir o planejamento como a nossa missão de:responsabilidade com a garantia do ferramenta fundamental para odireito à salubridade ambiental; desenvolvimento das ações de Assegurar os direitos humanos» Os serviços devem ser definidos saneamento; fundamentais de acesso à águana esfera pública, avaliando-se a » Exigir que os projetos sejam potável em qualidade e quantidadesua viabilidade ambiental, técnica, social, técnica, econômica e suficientes e de vida em ambientesocial e econômica; ambientalmente sustentáveis; salubre nas cidades e no campo.» Os prestadores de serviços » Exigir uma política estável depúblicos ou privados devem ser alocação de recursos; *Retirado da apresentação realizada pelo Secretáriosimples executores de uma política » Contribuir para qualificar o gasto Nacional de Saneamento Ambiental, Eng. Civilpública concebida em espaços público; Abelardo de Oliveira Filho. 17

Especial Sérgio CardosoMobilidade Urbanaé desafio para VitóriaLentidão e engarrafamentos são rotina em atual gestão e aponta também amuitas cidades brasileiras, principalmente nas impossibilidade de aumentar a malha viária dagrandes capitais. Em geral, nos municípios Capital. “É uma tarefa muito difícil, umcom população acima de 100 mil habitantes, a grande desafio. Não é a melhoria demobilidade urbana já ocupa grande parte da sinalização ou implantação de qualquer outraagenda dos gestores públicos, ou, pelo menos, política que vai resolver de vez a questão dodeveria. trânsito. O que as cidades estão fazendo é administrar a situação. Nós não somosNo Espírito Santo os problemas no trânsito favoráveis a grandes obras como viadutos eurbano ainda não se configuram num caos, túneis. Esse tipo de intervenção na capitalmas os motoristas que circulam diariamente causaria um grande impacto urbanístico e nãona Região Metropolitana de Vitória já sanaria o problema. Seria mais um espaçocomeçam a reclamar mais prioridade no trato público criado para os automóveis, e essadessas questões. Quando tratam-se de lógica de priorizar os veículos particularesempecilhos como calçadas irregulares, vias deve ser questionada”, disse o Eng. Artur.mal iluminadas e falta de ciclovias, os maisprejudicados são os indivíduos que percorrem Sobre essa prioridade, o Professor dapequenas distâncias a pé ou de bicicleta. Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Arquiteto e Urbanista André Abe,Vitória não está entre as maiores capitais do defende a criação de dificuldades para osBrasil, mas apresenta trânsito lento e veículos particulares: “Devem ser oferecidasengarrafamentos em suas principais vias, mais segurança para quem se locomove a pé emesmo fora dos horários de pico. A atual um transporte público eficiente. O grandegestão municipal demonstra preocupação e número de automóveis na cidade gera umresponsabilidade com relação ao tema. custo social enorme, que é pago por todos e“Priorizamos as pequenas intervenções. Um usado por uma minoria. Quanto ao transporteexemplo é a Fernando Ferrari que, apesar de coletivo, além de ser um direito, democratiza anão ser tão pequena, é uma avenida que já mobilidade. O cálculo da tarifa não deveriaexiste e serão realizadas melhorias no local. A considerar o retorno operacional e sim aAvenida Dante Micheline (Praia de Camburi) diminuição da poluição atmosférica, dostambém sofrerá mudanças, além de outras acidentes de trânsito e da necessidade de seintervenções menores já realizadas nos ampliar as cidades. Se considerarmos que osbairros”, disse o secretário de Trânsito da veículos particulares transportam apenas umaPrefeitura Municipal de Vitória, Eng. Civil única pessoa em seus deslocamentos diários eArtur Neves. o ônibus 40, chegamos a conclusão que o racional seria investir no transporte público,O secretário esclarece que as grandes obras principalmente no rápido de massa (trem-não fazem parte das soluções encontradas pela metrô)”.18 Revista Tópicos - Jul - Ago - Set /06

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Especial Vitória e sua geografia Nenhuma cidade consegue desproporção toma contornos Professor da Universidade expandir sua malha viária na ainda mais acentuados. Bem Federal do Espírito Santo (Ufes), mesma proporção do aumento diferente de cidades planas como Arquiteto Marco Romanelli. em seu fluxo de veículos, ou seja, Curitiba que oferecem mais a multiplicação dos automóveis opções, inclusive de melhorias do Quanto ao número de no espaço urbano é muito maior transporte coletivo. Afinal, a automóveis, Vitória conta com do que a cidade pode oferecer capital paranaense é um modelo 122 mil veículos cadastrados, de para os mesmos circularem. No para o mundo nessa questão, acordo com dados fornecidos caso da ilha de Vitória essa principalmente pela sua pelo Setor de Estatísticas da topografia e não só pela vontade Prefeitura. Já em relação ao fluxo política. de veículos, os números indicam um aumento anual de 7%, além “Vitória tem a quase totalidade do impacto causado pela do seu território já desenhada de vizinhança. É que 50% dos espaços públicos formais, isto é, carros que trafegam na capital quase todas as vias de tráfego são de fora da cidade. convencional já estão traçadas e Proporcionando uma frota dimensionadas. Mas é o flutuante igual a praticamente município para onde mais se vai, duas vezes à cadastrada, e de onde mais se volta, na Região principalmente por Vitória Metropolitana. Isto representa funcionar também como um uma demanda externa que estas corredor para os demais municípios da Região vias não terão muito como Metropolitana. No entanto, a suportar, em médio prazo. mobilidade ainda garante a Além disso, a natureza acessibilidade em maior grau belíssima do sítio impõe somente a quem trafega sérias limitações aos utilizando o automóvel. trajetos, que se resumem a alguns poucos, sem Para o arquiteto, tal conjuntura alternativas”, avalia o parece indicar a necessidade de se pensar em novos patamares de Sérgio Cardoso investimento em transporte urbano. “Trens subterrâneos ou aéreos e as vias expressas verdadeiras são soluções viáveis, mas que só farão sentido se concebidas como estruturas metropolitanas. Tais mecanismos não nos dispensam, por outro lado, de investir na melhoria das soluções convencionais de que já dispomos: o sistema de ônibus pode melhorar muito se for racionalizado, assim como um sistema aquaviário minimamente operacional”, cita.20 Revista Tópicos - Jul - Ago - Set /06

Planejamento e educação A esquina, Por Simone Justinopara o trânsito nas escolas o meio-fio, a faixa de pedestres... também são soluçõesO professor da Universidade Federal do Espírito A construção de viadutos é múltiplos caminhos, queSanto (Ufes), Arquiteto Marco Romanelli, considerada ultrapassada tem, apesar da descrença daconsidera que além da estrutura da cidade, a por alguns estudiosos. Do maior parte do nossosolução para os problemas do trânsito passa pelo modo como os planejamento de tráfego,treinamento formal sobre o tema, ainda na conhecemos, nas nossas uma enorme capacidade deinfância, nas escolas de ensino fundamental. “A grandes cidades, são, na gerenciar o fluxo deestrutura da cidade é o sistema de vias e espaços verdade, arremedos veículos”, esclarecepúblicos onde, dentre outras coisas, acontece o parciais dos sistemas de Romanelli.tráfego de veículos. Um bom planejamento deve vias expressas. Em muitosconhecer profundamente essa estrutura, além de casos, acabam juntando A falta de vias seguras paraprever de antemão a sua melhor forma nos numa via expressa, veículos as pessoas percorreremespaços em que ela ainda não existe. Mas aponto que querem percorrer pequenas distâncias a pé e oo treinamento formal do motorista como pequenas distâncias com os número insuficiente deimportante ferramenta. Deveria fazer parte do que irão fazer trajetos ciclovias são exemplos deensino fundamental nas escolas, de modo maiores. “Os viadutos são problemas quando osistemático, e o exame de habilitação integrar a fortemente questionados e planejamento do tráfegoavaliação dos egressos do ensino médio. No permanecem como não valoriza os elementosBrasil se aprende a dirigir na rua, depois de soluções extremas, para convencionais já citados. Éadulto, mas isto deveria ser feito na escola, problemas extremos. A comum encontrarmos nasenquanto criança”, acredita. tendência mais recente no cidades um sistema viário design do tráfego é a que hostiliza pedestres eA Prefeitura Municipal de Vitória (PMV) realiza valorização do tecido ciclistas. “O desenho deum estudo que vai identificar os problemas e urbano convencional. Isto espaços urbanos comapontar possíveis soluções. Trata-se do Plano significa que se tem feições rodoviárias - trevosDiretor de Transporte e da Mobilidade Urbana. buscado solucionar o em lugar de esquinas, são“Esse documento nos dará fundamentos para tráfego com a esquina, o desenhados com grandesidentificarmos os problemas que temos e meio-fio, o semáforo, a raios de curvatura, para oestabelecermos as possíveis soluções para a faixa de pedestres até o tráfego desimpedido,circulação urbana de pessoas, veículos e bens”, limite da capacidade desses como se não houvessedisse o subsecretário de Transportes da Setran, elementos. O que exceder pedestres. Mas como osDomingos Sávio Gava. esses limites é direcionado pedestres existem, para rotas alternativas, colocam-se faixas eO mencionado plano, ainda que tenha âmbito desenhadas com os semáforos nos trevos, que mesmos elementos se transformam emmunicipal, terá conseqüências de grande convencionais, ou, caso híbridos um tanto cômicos, seja estritamente não fosse o fato de queimportância para o contexto metropolitano, necessário, com elementos circular a pé, por um deles, do sistema expresso, estes, é extremamenteprincipalmente pela posição central que a capital preferencialmente, fora do desagradável ou tecido urbano. O resultado 'desurbano'”, conclui oocupa como pólo gerador e receptor das viagens é a cidade comum, de professor.sdSeaoráGlurçpaõonesdsseíveVlitóvreirai.fic“Aarléma de outros objetivos, viabilidade técnico-financeira do Metrô Leve Sobre Trilhos, enfim,avaliar a possibilidade de implantação desseimportante modal de articulação do transportecoletivo público”, completou o Presidente daCompanhia de Desenvolvimento de Vitória(CDV), Economista Táurio Lucilo Tessarolo. 21

Especial Prioridade para pedestres e ciclistas A discussão em torno da Trânsito classifica a bicicleta temos que trabalhar a mudança mobilidade urbana aponta como como um veículo de passageiros dessa cultura. Um caminho é a grande problema a prioridade e determina que na falta de realização de campanhas, já que se dá aos veículos. O modelo espaço apropriado, a bicicleta previstas em nosso plano de de mobilidade brasileiro é o deve circular na pista, como os mobilidade, que incentivarão o automóvel. Belo Horizonte é demais veículos. uso da bicicleta dentro de seu uma cidade que trabalha soluções espaço nas vias, compartilhando para isso. Já existem bloqueios “Priorizar o ciclista não é apenas com outros veículos”, diz o Eng. que impedem a passagem de construir ciclovias porque muitas Civil Artur Neves. veículos em algumas ruas no vezes o custo é alto, ela se torna centro da capital mineira. segregada, as vezes não existe Algumas regras devem ser Curitiba também é um bom espaço para sua construção. A obedecidas pelos ciclistas. Como exemplo. Já Vitória tem que bicicleta tem que ser incorporada se trata de um veículo lento, a melhorar muito nessa questão. no uso da via. Ela é um veículo e bicicleta deve transitar à direita tem seu espaço. Tem os mesmos (nunca na contra-mão) o mais Um projeto importante que a direitos que qualquer outro, seja próximo possível do “meio fio”. PMV desenvolve é o “Calçada carro, ônibus ou moto. O que Quando for utilizar a calçada ou a Cidadã”, em que a responsabili- acontece é que pelo próprio faixa de pedestres, o ciclista deve dade de construção e adequação tamanho e estrutura ela não é descer da bicicleta para se igualar é do proprietário. “O Calçada respeitada. Nós, como gestores, aos demais indivíduos. Cidadã oportuniza um espaço público com segurança e Rafael Gasperazzo qualidade para garantir o ir e vir de todos, inclusive dos portado- res de necessidades especiais. Desde 2000 concientizamos os moradores sobre a importância de adequação das calçadas. Este ano, a construção ou reforma dentro dos padrões virou lei”, esclareceu a subsecretária de Gestão Urbana da PMV, Arquiteta Clemir Regina Pela Meneghel. Existe notícia boa para quem precisa e gosta de se locomover pedalando. A construção de ciclovias está prevista no plano de mobilidade a ser realizado pela Prefeitura da capital. Inclusive um projeto cicloviário para o Bairro Jardim da Penha está pronto e deve ser implementado até o final de 2006, segundo a Setran. Mas é importante lembrar que o Código Nacional de22 Revista Tópicos - Jul - Ago - Set /06

Alternativas Mobilidade urbanapossíveis para o sustentáveltrânsito de Vitória Contorno | A estrada do Ruído, poluição atmosférica, projetos e campanhas que Contorno é considerada estresse, invasão do espaço tratam da problemática causadaperigosa e por isso subutilizada. Sua duplicação público... se o foco estiver nos pelo excesso de veículos noe outras melhorias na segurança, desafogariam problemas causados no meio mundo e incentivam ao trânsito de Vitória. ambiente e na qualidade de vida, população a racionalizar o uso pelo grande número de veículos do automóvel. Uma das Ponte | O Governo do que circulam no planeta, a lista é entidades mais atuantes é a Estado tem um projeto que preocupante e poucas são as “Ruaviva”, com sede em Belo prevê a construção de mais soluções a curto prazo. Horizonte (MG). Ela promove,uma ponte, ligando a região do bairro Santo Segundo a Confederação todo dia 22 de setembro, aAntônio ao município de Cariacica. Nacional dos Transportes versão brasileira da campanha (CNT), os automóveis privados “Um dia na cidade sem meu Serafim Derenze | A PMV ocupam 60% das vias públicas carro”, com a adesão de vários pretende duplicar a Serafim do país, apesar de municípios. Derenze na tentativa de transportarem apenas 20% dosdesafogar o trânsito na região central da cidade, passageiros, enquanto os Em cada localidade a campanhapermitindo o deslocamento de Cariacica, e até ônibus, que transportam 70% tem uma programaçãomesmo de Vila Velha, para a região norte, sem dos passageiros nos diferente, seja fechando umapassar pelo Centro de Vitória. deslocamentos motorizados, rua que possui um tráfego ocupam 25% do espaço viário. intenso de veículos e Coletivo | O Transcol III transformado-a num parque, planeja construir novos Este cenário mundial impõe seja incentivando um grupo determinais e desativar o Terminal Dom Bosco, uma tendência das políticas vizinhos a compartilharem umdiminuindo o número de ônibus no Centro de para o trânsito estarem único automóvel naquele dia.Vitória. centradas na luta pela inibição Esse último exemplo foi o da do uso de automóveis. É um cidade de Vitória. “Devido ao STOP Campanhas educativas | São desafio grande, pois vai na trânsito ser complicado e não importantes para conscientizar contramão da publicidade e das existirem muitas opções de vias,Programa sobre a responsabilidade de cada condições de pagamento nós preferimos não fechar oferecidas para quem vai avenidas e causar transtorno.um no trânsito. Isso diminuiria a quantidade de comprar um carro. A televisão, Nossa campanha em 2006 as revistas, os outdoors e outras intitulada ‘Transporte Solidário’acidentes. mídias estão cheias de foi leve, mas bastante objetiva. propagandas que mostram Se tomássemos seus conceitos Sinalização | Melhorar a carros em estradas virtuais, sem como prática poderíamos sinalização e implantar fiscalização trânsito, com muito verde e resolver parte do problema eletrônica para inibir infrações montanhas no horizonte, causado pelo grande número decomo desrespeito ao limite de velocidade. A prometendo uma terapia para veículos nas ruas. O objetivo foipartir de 2007 a PMV pretende intensificar a quem está no volante. sensibilizar os condutores quefiscalização eletrônica com redutores de costumam transitar sozinhosvelocidade e semáforos que registram o avanço São vários os exemplos de em seus carros”, conta ono sinal vermelho. organizações que realizam Secretário Artur Neves.TAXI Táxi | O valor cobrado pelo serviço em Vitória é caro. O táxi mais barato não seria utilizado porquem anda de ônibus, mas seria uma boaalternativa para aqueles que têm carro. Aindaem 2006 será realizada uma licitação paraaumentar a quantidade da frota na cidade, numatentativa de estimular que as pessoas usem oserviço. Fonte: Profissionais consultados e PMV. 23

Crea Profissional Campanha alerta para a importância do cumprimento da Lei do Salário Mínimo Profissional São muitos os momentos em em 2006, mas que ainda não é sensibilizar as empresas a nosso cotidiano que acabamos respeitada em muitos contratos. respeitarem a lei do SMP, a nos contentando com o mínimo. mobilização dos trabalhadores e Nas relações interpessoais, na Exemplos de profissionais que das entidades e instituições que hora de exigir a qualidade de um fazem valer esse direito por meio representam os profissionais da serviço público e até mesmo ao de processo judicial são comuns área tecnológica ganhou força no reivindicarmos salário e no setor público. A último ano. condições dignas de trabalho. administração pública direta (principal responsável pela Uma campanha com o slogan E quando nem o mínimo é construção da infra-estrutura do “Você perde muito quando não respeitado? Para mudar esse país e, portanto, por grande parte corre atrás de seus direitos”, já quadro em relação a alguns dos empregos gerados na área da está em andamento. A iniciativa é profissionais da área tecnológica, Engenharia e da Arquitetura) da Federação Nacional dos entidades lançaram, em agosto, alega em sua defesa que a lei Engenheiros (FNE); Federação uma campanha nacional para 4950-A/66 não se estende aos Nacional dos Arquitetos e garantir o cumprimento da Lei funcionários contratados pelo Urbanistas (FNA); Federação do Salário Mínimo Profissional. Regime Jurídico Único (RJU). Interestadual dos Sindicatos de Engenheiros (Fisenge); Nas empresas é comum o ritmo No setor privado a tendência de Conselho Federal de Engenharia, cada vez mais intenso de alguns empregadores é adotar o Arquitetura e Agronomia produção que, por vezes, não Salário Mínimo Profissional (Confea); e Mútua/Caixa de condiz com os salários como salário máximo, o que Assistência dos Profissionais do praticados. Essa relação de evidencia também a falta de Crea. exploração é ainda mais evidente valorização atribuída aos em categorias com sindicatos profissionais da área tecnológica. No Espírito Santo a campanha é enfraquecidos e onde impera a O enfrentamento dessa situação conduzida pelo Crea-ES, falta de mobilização dos requer a mobilização Sindicato dos Engenheiros no trabalhadores. Daí a importância permanente da categoria e a Estado do Espírito Santo (Senge- de haver uma união de esforços vigilância de suas instituições ES) e Sociedade Espírito- para garantir os direitos de todos. representativas. Santense de Engenheiros (SEE). União que muitas vezes não Mobilização Os profissionais que quiserem mais ocorre por falta de informação. É informações sobre a campanha podem o caso da lei 4950-A/66, Apontada como um dos conhecida como Lei do Salário principais caminhos a serem acessar o site Mínimo Profissional (SMP), que seguidos na tentativa de www.queromeusdireitos.com completa 40 anos de existência24 Revista Tópicos - Jul - Ago - Set /06

A CampanhaA campanha inclui a publicação de foram reproduzidos alguns trechoscartilha para servir de guia para os que tratam principalmente daprofissionais de Engenharia, questão dos profissionais queArquitetura e Agronomia atuam no serviço público:garantirem seus direitos. Abaixo Entenda a Lei Quem são os destinatários da lei Como assegurar o SMP a todos 4.950-A/66? os funcionários daO Salário Mínimo Profissional administração pública?(SMP) é regulamentado pela Os destinatários da Lei do SMP são,Lei 4.950-A/66. Aprovada em de um lado, o empregador e, de Por meio de legislação específica22 de abril de 1966, a lei do outro, os engenheiros, arquitetos, estadual e/ou municipal. OutraSMP garante que a menor agrônomos, químicos e forma seria por alteração na leiremuneração a ser paga ao veterinários, empregados com 4.950-A/66, estendendo a suaprofissional de Engenharia, vínculo empregatício regido pela aplicação aos servidores regidosArquitetura e Agronomia de CLT. pelo RJU. Nesse caso, porém, énível superior que trabalhe seis necessário que tal alteração sejahoras diárias é de seis vezes o A lei se aplica aos profissionais precedida de uma reformasalário mínimo nacional e, para empregados tanto no setor constitucional ou, ainda, que oaqueles que trabalham oito público como no privado? Projeto de Lei seja de iniciativa dohoras diárias, o salário Poder Executivo.normativo será Sim, desde que o regime decorrespondente a nove vezes o contratação do profissional seja a Por meio de processo legislativo,salário mínimo nacional. CLT. buscando assegurar a aplicabilidadeTodos os profissionais de da lei 4.950-A/66. Ou por ocasiãoEngenharia, Arquitetura e Existem dois regimes de do Acordo Coletivo da categoria,Agronomia do setor público contratação de empregados em quando possível. Outra forma deou privado, contratados pelo vigência no país. O primeiro deles tratamento da questão é aregime da Consolidação das se dá através das regras da CLT introdução da referência do SMPLeis Trabalhistas (CLT) têm o (Consolidação das Leis do no interior da Lei da Cargos edireito de receber o salário Trabalho). O segundo regime é Salários ou, ainda, através damínimo profissional. denominado de Regime Jurídico criação de uma lei que inclua a Único (RJU), que se aplica, categoria como uma das que tenha exclusivamente, na administração direito a um respectivo Piso Salarial direta do serviço público. Regional.Como é calculado o Salário Mínimo ProfissionalHoras Trabalhadas/Dia Índices (*) Salário Mínimo Valor do SMP06 horas 6 R$ 350,00 R$ 2.100,00 R$ 2.625,0007 horas 7,5 R$ 350,00 R$ 3.150,0008 horas 9 R$ 350,0009 horas 10,5 R$ 350,00 R$ 3.675,00(*) Índices obtidos da “Referência de Honorários e Serviços Básicos da Engenharia Civil”, propostapelo Crea-ES, SEE e Senge-ES e disponível em www.creaes.org.br 0225

Entrevista Maristela Gomes Diretora do Centro Tecnológico da Universidade Federal do ES Em seu segundo mandato, a diretora do Centro Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo (CT-Ufes), doutora em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (USP), Engenheira Civil Maristela Gomes da Silva, fala sobre o papel da Universidade no futuro da Engenharia no Espírito Santo e as últimas conquistas do CT. Recentemente foi apresen- eventualmente, discutir a que o convênio esteja associado a tado para a comunidade o necessidade de oferta de cursos busca por um novo produto ou Planejamento Estratégico do noturnos na área de Engenharia. processo, desenvolvimento Centro Tecnológico da Ufes. Algumas melhorias do CT são tecnológico e transferência de O que será prioridade? resultado de parcerias com tecnologia. A sociedade tem que empresas do Estado e do país. receber os benefícios. Temos no O Planejamento Estratégico do Projetos com outras instituições CT também um fundo comum, CT foi iniciado efetivamente em de ensino brasileiras e ou seja, a parceria que a Ufes 2002. Em discussões internas internacionais também merecem realiza entre uma empresa e o foram estabelecidas três destaque. Já tivemos alguns curso de Engenharia Elétrica, estratégias corporativas que projetos aprovados em agências por exemplo, deverá destinar deveriam nortear o de pesquisa. uma percentagem dos recursos planejamento: melhoria da obtidos para esse fundo comum, graduação; melhoria dos cursos Como a senhora analisa a que será revertido para os demais de pós-graduação; e crítica que se faz com relação cursos do Centro Tecnológico. É fortalecimento da relação com a a parcerias entre o setor claro que ainda existe uma sociedade, ou seja, com todos privado e a universidade descrença, tanto da empresa com aqueles que estão de fora da Ufes. pública? relação a academia, por nos Com relação ao primeiro item considerarem divagadores; e da podemos citar a criação de dois A área tecnológica, pelo seu academia com relação as novos cursos de graduação, o de perfil de formação e sua empresas, por muitas vezes Engenharia Ambiental e o de interação com a sociedade, acaba exigirem de nós um resultado Produção. Estamos realizando atraindo o interesse de grandes imediato para seus problemas. oficinas e reuniões para discutir empresas. Mas é imprescindível Dessa falta de sintonia quem sai com entidades, instituições e que a relação de parceria com o prejudicado são os estudantes, a empresas pontos importantes setor industrial seja ampliada universidade, as empresas e a como a expectativa em relação ao para a sociedade como um todo. sociedade como um todo. Daí a perfil dos recém-formados em Temos que buscar objetivos importância de existirem nossos cursos; identificar quais comuns entre a indústria e o setor parâmetros claros e uma os cursos, de graduação e pós- acadêmico para não atuarmos discussão aberta antes de graduação, que de fato atenderão apenas como prestadores de realizarmos qualquer tipo de as demandas tecnológicas e, serviços. Outra exigência nossa é parceria ou convênio.26 Revista Tópicos - Jul - Ago - Set /06

Divulgação/UfesPráticas sustentáveis são cada de especialização ministrado por Lamentamos a oferta de apenas 20vez mais exigidas pela socie- alguns desses especialistas. Trata-se vagas por semestre em cursosdade. Como isso é trabalhado na de um evento que dará um salto novos como o de Engenhariaformação dos estudantes? importante na qualidade e Ambiental e de Produção. As visibilidade da Engenharia Civil do restrições que impõem esseAcredito que não existe Espírito Santo. número tão pequeno estãodesenvolvimento se não houver a relacionadas particularmente à faltapreocupação com os impactos ...é imprescindível de professores na universidade. Já aambientais e sociais gerados. A que a relação de falta de recursos inibe a oferta deformação humanística é uma parceria com o mais cursos. A necessidade deexigência dos projetos pedagógicos setor industrial ampliação de vagas e cursos nodos cursos de Engenharia. A seja ampliada para ensino superior de qualidade éEngenharia é uma ciência que tem a sociedade como evidente. Neste momento então, ogrande responsabilidade sócio- um todo. objetivo do Centro Tecnológico, deambiental e temos a preocupação modo a atender essa necessidade, éde trabalhar isso desde a graduação. A falta de acesso à universidade elaborar projetos e buscar recursosAlém de darmos importância para pública é uma realidade para a humanos e financeiros junto aodisciplinas que tratem de ética maioria da população brasileira. Governo Federal. Já foramprofissional, redução de impacto A oferta de novos cursos do CT identificadas necessidades deambiental entre outros temas contribui para diminuir um oferta de cursos noturnos nas áreasrelacionados ao desenvolvimento pouco esse problema, mas ainda clássicas da Engenharia e também asustentável e a qualidade de vida, é pouco. Existe previsão para a criação de três novos cursos desão cada vez mais ofertados criação de mais vagas num graduação que são os deseminários e palestras sobre o futuro próximo? Engenharia de Automação etema. Um exemplo será uma Controle, Engenharia Química econferência internacional de Engenharia de Materiais econstrução sustentável que Metalurgia. Hoje ofertamos 480realizaremos no mês de outubro de vagas por semestre e com essas2007, em Vitória, que contará com medidas citadas pretendemosa presença de especialistas ampliar esse número em pelonacionais e internacionais. Em menos 60%.seguida, a Ufes ofertará um curso 27

Confea Arquivo Confea implementadas em todo o país. Há prazos e metas que variam de acordo com a abrangência de cada um. Leve o tempo que for preciso, o imperativo é que os planos saiam do papel e comecem a interferir positivamente no dia-dia da população. PDP: da teoria a prática O Confea, que tem assento fixo no Conselho das Cidades, apóia e Eng. Civil Marcos Túlio de Melo monitora a elaboração e Presidente do Confea aplicação dos planos diretores. A capilaridade do Sistema permite A primeira etapa já passou. houve negociação com o promover, inclusive, maior Terminou, no dia 10 de outubro, Ministério Público local para que participação dos profissionais na o prazo para elaboração dos o período de elaboração fosse avaliação das propostas e planos diretores participativos adequado às realidades regionais, implementação dos PDPs. para quase 1,7 mil localidades até mesmo no intuito de dar mais brasileiras e nem todas voz à população fora da A partir de convênio assinado em conseguiram cumprir as campanha eleitoral. Mas a lei é agosto deste ano, o Conselho exigências. clara: prefeito que não tomou Federal mobilizou os 27 Creas providências vai responder a para ajudar no novo O Plano Diretor Participativo é o processo por improbidade levantamento coordenado pelo instrumento básico para políticas administrativa podendo, Ministério das Cidades. A idéia é de desenvolvimento sustentável inclusive, perder o cargo. descobrir se o processo de para o município. Sua finalidade é elaboração foi realmente orientar o poder público e a O Ministério das Cidades participativo e se os conteúdos iniciativa privada na ocupação acredita numa alta adesão: condizem com as aspirações da dos espaços urbanos e rurais e na levantamento de maio de 2006 comunidade e as exigências oferta de serviços à comunidade. demonstrou que 88% dos técnicas que só os profissionais Tudo isso se resume a uma municípios estavam com a da área tecnológica dominam. simples expressão: qualidade de elaboração de seus planos em Finalizado, o estudo subsidiará vida. curso àquela época, sendo que avaliação quantitativa e 14% já haviam concluído e qualitativa de todo o processo. A lei instituiu a obrigatoriedade aprovado as normas nas câmaras do plano para 1.684 cidades. São de vereadores. O ministério Nosso compromisso também é municípios com mais de 20 mil coordena um mapeamento lutar pela continuidade desse habitantes e que ou situam-se atualizado em todo o país para trabalho. Cada profissional, em em regiões metropolitanas; ou ser divulgado até o fim do ano. especial os arquitetos e desenvolvam atividades urbanistas; cada liderança do turísticas; ou ainda abrigam Ao mesmo tempo começa a sistema; cada líder comunitário obras que possam causar algum segunda etapa, e talvez o maior pode e deve divulgar o Plano impacto ambiental. desafio: depois de elaborados e Diretor para que ele chegue ao revistos (obrigatoriedade para conhecimento do cidadão. Só Ao contrário do que se poderia municípios com planos diretores assim é possível fomentar imaginar, o prazo não foi há mais de dez anos), as mecanismos de participação prorrogado. Em alguns casos, propostas começam a ser ativa para que a sociedade exija a concretização do que foi planejado.28 Revista Tópicos - Jul - Ago - Set /06

Crea SocialConselho estimulaEngenharia e Arquitetura SocialO Crea-ES, buscando contribuir questões relacionadas ao obras e serviços com participação ecom o que estabelece a Emenda Programa, idealizado e orientação técnica,Constitucional nº 26/2000, que coordenado pelo Conselho, proporcionando segurança,declara a moradia como “direito visando proporcionar à população economia e qualidade nessassocial” (ao lado de valores como de baixa renda serviços atividades.educação, saúde, trabalho, lazer especializados de Engenharia eentre outros) elaborou uma Arquitetura. Para o Crea é a Fundamentado no interesse socialcartilha chamada Programa de garantia dos cidadãos que possuem e humano, cumprindo com aEngenharia e Arquitetura Social. renda de até três salários mínimos, determinação do Estatuto da terem a oportunidade de realizar Cidade, o Crea-ES buscará apoioA publicação tem como objetivo junto às prefeituras, entidades deprincipal esclarecer as classe, instituições de ensino, associações, órgãos de financiamento e os próprios profissionais para implementar as ações do Programa de Engenharia e Arquitetura Social. O presidente do Conselho, Eng. Civil Luis Fiorotti, afirmou que a intenção do projeto é “construir” novos profissionais: o “Engenheiro Público” e o “Arquiteto Público”. “É com ações como esta que o Conselho irá contribuir de forma efetiva para o desenvolvimento da sociedade e a melhoria da qualidade de vida da população capixaba”, destacou o presidente. 2191

Artigo Arquivo Pessoal Capeamento sobre calçamentos: vantagens e desvantagens Mauro Leite Teixeira intempéries provocando a perda Vale resaltar que os calçamentos Engenheiro Civil da flexibilidade do ligante não dispensam os trabalhos de independente da baixa solicitação manutenção e reparos. Há que se Nas ultimas décadas tornou-se do tráfego. incentivar a prática de utilizar nos rotina no país a execução de calçamentos os mesmos revestimento asfáltico, também Manutenção e reparos mais cuidados dispensados às ruas denominado capeamento, sobre difíceis pois depende de mão-de- asfaltadas, quais sejam: correção ruas já calçadas com blocos de obra e tecnologias especializadas. de defeitos, reposição de peças e concreto ou paralelepípedo. Esta Sobrecarga altamente indesejável controle de qualidade na base de é uma prática que merece uma no sistema de drenagem, devido a suporte na época de sua reflexão ou uma melhor maior impermeabilização da implantação. discussão com a sociedade e com pista, provocando aumento das os setores nela envolvidos. Com o inundações e alagamentos nas Um calçamemto técnicamente objetivo de trazer informações residencias. bem executado e com técnicas sobre o assunto, listamos manutenção adequada tem uma a seguir vantagens e desvantagens Os recursos economizados no vida util centenária devido ao da utilização desse recapeamento poderiam ser baixo desgaste superficial. procedimento: utilizados na ampliação da rede Citamos como exemplo a pavimentada notadamente em travessia da cidade de Iconha, que Vantagens bairros periféricos resultando em além de exigir pouca manutenção maior beneficio social. é também responsável pelo Proporciona condições de maior menor índice de acidentes das conforto e suavidade para o Aumento da velocidade e travessias urbanas da BR- 101 no deslocamento dos veículos. consequentemente do risco de Espirito Santo. Diminui a irregularidade do acidentes em bairros residenciais. pavimento. Aumento da demanda pela Outra grande vantagem na Cria melhores condições para implantação de ondulações utilização de paralelos ou blocos implatação da sinalização transversais ( quebra-molas ). na pavimentação urbana, é a horizontal ( pintura de faixas ) geração de emprego. A Proporciona melhores condições Conclusões pavimentação com concreto para o trânsito de pedestres. asfáltico utiliza 50 homens/dia e Permite e incentiva o aumento da Esta solução é tecnicamente usando blocos pré-moldados velocidade dos veiculos adequada para se implantar nas emprega 987 homens/dia, cerca vias arteriais e alimentadoras ou de 19 vezes mais, conforme a Desvantagens seja, nos principais eixos de publicação Pavimentação Urbana tráfego por onde circulam os do Confea - Conselho Federal de Custo elevado se considerarmos veículos do transporte coletivo e Engenharia, Arquitetura e a soma dos custos de calçamento de utilização restrita em bairros Agronomia: Ano 2005 mais o capeamento asfáltico. residenciais e vias destinadas ao tráfego local. Vida util menor do que a do calçamento. A pavimentação asfáltica sofre os efeitos das30 Revista Tópicos - Jul - Ago - Set /06 Profissional, envie seu artigo para publicação na Revista Tópicos. O conteúdo será avaliado pelo Conselho Editorial. Os textos podem ser encaminhados para [email protected]






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