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Hepatites virais e o SUS

Published by Bernardo Viana, 2021-11-12 14:32:02

Description: Hepatites virais e o SUS

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Hepatites virais e o SUS: Amazonas.

Apresentação Orientação: Este livreto, produzido por Professora Celsa Souza um grupo de estudantes Monitora Karoline Santos da UFAM, foi escrito com intuito de reunir Escrita: informações a respeito de Arthur Pessoa hepatites virais e sobre a Bernardo Viana linha de cuidado que foi Érica Biváqua determinada pelo Gabriela Pinheiro Ministério da Saúde e é Humberto Folz aplicada pelo Sistema Oldair Arruda Único de Saúde para combater e tratar dessa Agradecimentos: enfermidade. Beatriz Papaléo O objetivo maior deste Flaviano Biváqua trabalho é que as informações presentes nele sejam de cunho educativo para pessoas portadoras de hepatites em Manaus e no estado do Amazonas, além de funcionar como um veículo de informação sobre esses tópicos para quaisquer interessados na temática. Novembro de 2021 2

INTRODUÇÃO As hepatites virais são doenças em que o agente viral atua diretamente no tecido do fígado, causando danos a esse órgão. Os vírus de maior incidência no Brasil são A, B e C, e o estado do Amazonas tem registrado elevada incidência do tipo B- segundo o Ministério da Saúde, é o quarto estado brasileiro com a maior taxa de incidência dessa doença. Muitas vezes a infecção por hepatites B e C ocorre sem a manifestação de sintomas, e isso acaba sendo um perigo para o portador, isso porque, na ausência do diagnóstico, o vírus pode evoluir (por décadas!) e comprometer progressivamente o funcionamento do fígado e chegar nos estágios mais avançados da patologia- cirrose ou fibrose hepática- que podem gerar o desenvolvimento de câncer e a necessidade de transplantar o órgão. Dados do Sistema de Informação de Mortalidade(SIM) relatam que, de 2000 a 2019, 78.649 óbitos são atribuídos a infecções por causas básicas e associadas a hepatites virais no Brasil. Nesse contexto, vale destacar as medidas tomadas para o combate dessa epidemia: o SUS disponibiliza gratuitamente testes rápidos para diagnóstico de hepatites virais, além de vacinação para imunização contra Hepatites A e B; não há vacinação para hepatite C no momento, porém há tratamento que possibilita a CURA, também disponibilizado pelo SUS. 3

Em relação à divulgação de medidas de combate e prevenção de hepatites virais, foi definido pela OMS, durante a Assembleia Mundial de Saúde de 2010, o Julho Amarelo, e o dia 28 desse mês foi estabelecido como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Nessa mesma linha de pensamento, o presente material foi desenvolvido a fim de informar sobre o grande problema na saúde pública que são as hepatites virais, além de trazer informações de utilidade pública sobre o ciclo de transmissão da doença, os cuidados preventivos e a linha de cuidado estabelecida pelo SUS para diagnóstico e tratamento da infecção. 4

HEPATITE A • Transmissão: Por meio de transmissão fecal-oral, por contato de pessoa a pessoa, ou por alimentos ou água contaminados. • Sintomas: Pode ser sintomática ou não, porém, quando surgem os mais frequentes são: febre, enjoo, vômito, falta de apetite, cansaço, dor abdominal, pele e olhos amarelados (icterícia), fezes claras, urina escura. • Tratamento: Não existe tratamento específico para a hepatite A, sendo esse baseado, principalmente, em repouso e não ingestão de álcool. • Prevenção: Higiene pessoal, limpeza do ambiente doméstico e dos alimentos; vacinação. 5

HEPATITE B • Transmissão: Por meio de contato com sangue, sêmen ou fluidos corporais do infectado. • Sintomas: Febre, sensação de cansaço, falta de apetite, má digestão, vômito, pele e olhos amarelados, urina escura, fezes acinzentadas, dor nas articulações. • Tratamento: Repouso e nutrição adequada; tratamento com substâncias antivirais específicas. • Prevenção: uso de preservativo, não compartilhamento de objetos de uso pessoal e a vacinação. 6

HEPATITE C • Transmissão: Por meio de contato com sangue de pessoa contaminada; transmissão sexual e perinatal. • Sintomas: dos casos, a hepatite C é assintomática, mesmo quando o fígado já está bastante afetado pela doença. Porém, na ocorrência de forma aguda- que antecede a forma crônica- pode ocorrer mal-estar, vômitos, náuseas, pele e olhos amarelados (icterícia), dores musculares, perda de peso e muito cansaço. • Tratamento: Mal-estar, vômitos, náuseas, pele e olhos amarelados (icterícia), dores musculares, perda de peso e muito cansaço; Não possui vacina. • Prevenção: Antivirais de ação direta (DAAs). 7

HEPATITE D • Transmissão: coinfecção simultânea com o HBV e superinfecção pelo HDV em um indivíduo com infecção crônica pelo HBV. • Sintomas: Pode ser sintomática ou não, porém, quando surgem os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. • Tratamento: uso de medicamentos antivirais disponibilizados pelo SUS associado ao não consumo de bebidas alcoólicas. • Prevenção: imunização para hepatites B é a principal forma de prevenção. 8

Linha de cuidado: Figura 1: fluxograma ilustrativo da linha de cuidado. Fonte: seeklogo. O Ministério da Saúde, associado às secretarias municipais e estaduais de saúde, define a linha de cuidado para o tratamento do paciente portador de hepatites divida em ações específicas para cada nível de complexidade, como visto no fluxograma acima. Os níveis de complexidade funcionam como etapas que devem ser seguidas no processo de atendimento ao paciente. • Atenção Básica é a porta de entrada. Proporciona as ações educativas sobre a doença, disponibiliza testes rápidos e também vacinação para Hepatites A e B gratuitamente. • Média complexidade vem em seguida para confirmar o diagnóstico a partir de exames laboratoriais mais aprofundados, além de início do tratamento com substâncias antivirais específicas. • Alta complexidade é o último nível, e nele são realizados procedimentos cirúrgicos nos pacientes com hepatites em maior grau de desenvolvimento. A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas(SUSAM) define este modelo de linha de cuidado para hepatites virais na capital e demais municípios do estado. Para as áreas interioranas que não possuem leito para internação, é requisitado o transporte dos pacientes que necessitam de atendimentos de média e alta complexidade para a 8 capital. Este transporte é disponibilizado pela própria SUSAM.

Linha de cuidado: Figura 2 (à esquerda): transporte por UTI aérea; figura 3(à direita): transporte por ambulancha. Fonte: SUSAM. Em Manaus, a referência para tratamentos de hepatites virais, em pacientes locais e também oriundos do interior, é a Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, que presta serviços de média e alta complexidade pelo SUS. Outra importante referência no tratamento e assistência de hepatites no Amazonas é a Fundação Hospital Adriano Jorge. Nessa unidade vinculada à SUSAM, são atendidos pacientes ambulatoriais pré e prós transplante de fígado. Figura 4: Fundação Hospital Adriano Jorge. Fonte: FHAJ Figura 5: Fundação de Medicina Tropical. Fonte: FMT_HVD 9

Principais UBS por Distrito de saúde em Manaus Figura 6: principais UBSs e policlínicas por Distrito de Saúde em Manaus. Fonte: arquivo pessoal. Os critérios utilizados para a seleção das UBSs foram: • número de profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem; • número de atendimentos; • localização (maior área de abrangência), infraestrutura e maior recursos de equipamentos; • exames complementares (colher exames como sangue na própria unidade). Zona norte 10 1-UBS Sálvio Belota: Rua das Samambaias, 786, Bairro Santa Etelvina . 2- UBS Armando Mendes: Rua 05, S/N, Conjunto Manoa, Bairro Cidade Nova 3-Policlínica Anna Barreto: Av. Autaz Mirim, Bairro Cidade de Deus

Principais UBS por Distrito de saúde em Manaus Zona sul 1- Policlínica Castelo Branco: Rua do Comércio, S/N, Bairro Parque Dez 2- Morro da Liberdade: Rua São Benedito, S/N, Morro da Liberdade, Bairro Morro da Liberdade 3- UBS Japiim: Rua 31 de março, 710 conj. 31 de março, Bairro Japiim. Zona Leste 1- UBS Dr. Platão Araújo: Rua Barroso, S/N, Bairro Puraquequara. 2- UBS Dr. José Amazonas Palhano: Rua Antônio Matias, S/N, Bairro São José. 3-UBS Alfredo Campos: Rua André Araújo, S/N, Bairro Zumbi. Zona Oeste 1- UBS Santo Antônio: Rua Lauro Bittencourt, S/N, Bairro Santo Antônio. 2- UBS Leonor de Freitas: Av. Brasil, S/N, Bairro Compensa. 3- UBS Dr. Rayol dos Santos: Rua 18 de setembro, S/N, Bairro São Jorge. Considerações finais Espera-se futuramente que haja uma ampliação do conteúdo do livreto a partir de pesquisas ainda mais aprofundadas no âmbito da linha de cuidado de hepatites virais, assim como estabelecimento de contato com pessoas que trabalham diretamente com esta linha, como funcionários da SEMSA e SUSAM. Objetiva-se também uma divulgação ampla deste material, realizada se possível no site próprio da UFAM e em outras redes de compartilhamento, tendo como alvo a população geral de Manaus e demais municípios do estado. As hepatites virais são um grande problema de saúde pública e uma ameaça ao bem-estar social, porém uma ampla ação educativa sobre a doença, além de maiores investimentos em diagnóstico e tratamento, são medidas capazes de proporcionar a erradicação dessa infecção 11 ainda nesta década.

Referências https://semsa.manaus.am.gov.br/noticia/prefeitura- alerta-para-acoes-de-prevencao-e-diagnostico- precoce-das-hepatites-virais/ http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que- sao-hepatites-virais https://subpav.org/download/prot/Linha%20de%20C uidado%20Hepatites%20Virais.pdf https://www.gov.br/saude/pt- br/media/pdf/2021/julho/26/boletim-epidemiologico- de-hepatite-2021.pdf http://www.fhaj.am.gov.br/institucional-2-2/historia- da-fundacao/ http://www.fmt.am.gov.br/layout2011/diretoria/que msomos.asp 12


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