Magazine                                                                                                                                       EdEiçdãioçãno.ºn1.º|4N|oOveumtubro 20146    GRANDE REPORTAGEM     Reprocessamento de Material     de Empréstimo    ENTREVISTA     José Carlos Caiado       Diretor Clínico e Vogal       da Comissão Executiva dos SAMS PICS    OPINIÃO     Reprocessamento     de endoscópios       A esterilização como um eficaz método       de prevenção    PARCERIA     Cordeiro Saúde       Uma parceria para o CrescimentoPPAErreeNdssatidaTRACBleçbaniãREmsoetooePdrEbIpndteOritaoVáeestCgRniccCIrooatSoTmaadnaAiTlmstsdaAGãepomoCEEusixMnideaFacduçeotãirsvnoadaednoSdaSúAedMse SREPORTAGEMNa Vanguarda do Reprocessamentode Dispositivos MédicosOPINIÃOGermano CoutoBastonário da Ordem dos EnfermeirosBOAS PRÁTICASBiossegurança em ImplantologiaGabriela Luís, Médica Dentista
Inscrições Abertas!Curso de Reprocessamentode Dispositivos Médicos                                                                                               DATA:                                                                                         Abril 2017                                                                                        DURAÇÃO:                                                                                           32 horas                                                                                         HORÁRIO:                                                                                 9h00m-13h00m                                                                                14h00m-18h00m                                                                                             LOCAL:                                                                                             CENES                                                                 Azinhaga dos Barros, nº8 B,                                                                                1600-016 LisboaDESTINATÁRIOSEsta ação de formação é dirigida a todos os profissionais de saúde que, direta ou indiretamente, se encontrem envolvidos napreparação e man useamento de dispositivos médicos em blocos operatórios, clinicas e/ ou laboratórios, nomeadam ente:Enfermeiros, Assistentes Operacionais, Técnicos e Assistentes de Medicina Dentária, Auxiliares de Ação Médica, Técnicos deLaboratório, entre outros.OBJETIVOS ESPECÍFICOS• S ensibilizar os participantes para a prática de uma correta política de Segurança, Higiene e Prevenção dos riscos de infeção  hospitalar e necessidade de utilização de material esterilizado em ambiente hospitalar.• Identificar fatores que contribuam para o controlo da infeção hospitalar, regras e procedimentos de segurança e eficiência na  condução e manutenção dos equipamentos de esterilização.• Garantir as técnicas e os procedimentos corretos para o manuseamento e transporte de material, a limpeza, desinfeção,  embalagem, esterilização, armazenamento, controlo de qualidade e distribuição dos dispositivos médicos.• P ermitir a aquisição de conhecimentos que contribuam para as boas práticas na prestação de cuidados de saúde.PROGRAMA GERAL                                                   1. Recolha: Transporte e rastreabilidade• Classificação de dispositivos médicos                          2. Descontaminação: princípios de limpeza; processos de• Triagem de dispositivos médicos• Dispositivos médicos reprocessáveis                               lavagem; seleção de deterg entes e desinfetantes• Circuitos de dispositivos médicos                              3. Inspeção e Embalagem: requisitos de preparação e• C onceção e estrutura física de um serviço de esterilização:                                                                    embalagens: inspeção; técnicas de montagem; testes de  áreas, organização do esp aço e equipamento                      funcionalidade dos materiais a reprocessar; critérios e• Unidades de descontaminação de dispositivos médicos             métodos de embalamento                                                                 4. E sterilização: métodos de esterilização                                                                 5. Expedição: Controlo de qualidade; procedimentos de                                                                    validação e registot: 211 324 129 | f: 211 324 194 | e-mail: [email protected] | www.CENES.pt
Magazine                                                      SUMÁRIO | CENESFICHA TÉCNICA                                         04 | Destaques                                      3 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016Magazine CENES                                        05 | EditorialA Magazine CENES é um suporte de distribuiçãogratuita, dirigida a clientes e parceiros.            06 | NotíciasOs conteúdos visam proporcionar ao público-alvouma leitura focada nas atividades do CENES e nos      08 | Agendavalores que o norteiam, incluindo também con-teúdo editorial nacional e internacional relevante    09 | Entrevista - Dr. José Carlos Caiadopara o setor: entrevistas, reportagens, artigos deopinião, ciência, tecnologia e saúde.                 12 | Grande Reportagem - Reprocessamento                                                            de Material de Empréstimo IPropriedadeCENES, Centro de Reprocessamento                      16 | Opinião - A Evolução na Embalagemde Dispositivos Médicos, Lda.                               das Caixas de EmpréstimoSede                                                  18 | Sistemas de Informação - O contributoAzinhaga dos Barros, nº8 B, 1600-016 Lisboa                 dos sistemas de informação para a missãoTel. +351 211 324 129 | [email protected]                       das unidades de saúde na operação                                                            das centrais de reprocessamentoCoordenação e Gestão Integrada de Conteúdos                 de dispositivos médicos - IGreen Media – Agência de ComunicaçãoR. D. João V, n.º 17, 1º Esq.                         23 | Gestão de Infraestrutura e Manutenção -1250-089 Lisboa                                             O contributo da Manutenção paraTel. +351 214 120 868 | [email protected]                 a disponibilidade operacional - ITiragem                                               26 | Biodescontaminação Ambiental6.000 Exemplares                                            com peróxido de hidrogénio                                                            vaporizado em ambiente cirúrgicoDepósito Legal383627/14                                             35 | Tradelabor: Monitorização AmbientalIsento de registo no ICS nos termos do n.º 1, alínea  36 | Entrevista Prof. Dr. Carlos Robaloa, do artigo 12º do Decreto Regulamentar nº 8/99de 9 de Junho de 1999                                 37 | Entrevista Dr.ª Ana Oliveira     QR Code                                          38 | Reprocessamento de EndoscópiosA Magazine CENES está disponível online em:           47 | Sistemas de Esterilização a Baixa Temperaturawww.CENES.pt                                          52 | Parceria
Magazine                                                            12 18                                        CENES | DESTAQUES                                                                09                                                                         38 524 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  09 | Entrevista                  12 | Grande Reportagem             38 | Reprocessamento                                        a José Carlos Caiado             sobre o Reprocessamento            de Endoscópios                                        Nesta edição damos a conhecer    de Material de Empréstimo          Damos a conhecer as melhores                                        a opinião do Dr. José Carlos     Para dar a conhecer os atuais      práticas de prevenção nos                                        Caiado, Diretor Clínico e Vogal  desafios nos Serviços de           procedimentos endoscópicos                                        da Comissão Executiva            Esterilização Centralizada (SEC),  52 | Cordeiro Saúde                                        dos SAMS                         conversámos com a Enfermeira       Para melhor conhecermos                                                                         Chefe e Responsável Técnica        os contornos da parceria                                                                         no CENES, Enf.ª Flora Carvalho     de sucesso que a Cordeiro                                                                         e o Coordenador Operacional no     Saúde realizou com o CENES,                                                                         CENES, Hélio Crespo                entrevistámos a Enf.ª Carolina                                                                         18 | Sistemas de informação        Madaleno, Enfermeira Chefe                                                                         Por Nuno Gomes,                    da Unidade de Cirurgia                                                                         Gestor de Projectos                de Ambulatório
Magazine                                                                      EDITORIAL | CENES                                                    “Hoje já ultrapassámos mais                                                    de 3 milhões de dispositivos                                                    médicos reprocessados,                                                    um número que partilhamos                                                    consigo e que pretendemos que                                                    continue a subir para consolidar                                                    a nossa visão e missão”                                                    Pedro Rodrigues                                                    Direção-GeralN esta quarta edição, apresentamos uma              O bem-estar do doente deve resultar de uma am-                        5 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016           coletânea de novidades que se revelam    pla cadeia de serviços e para o CENES, um elo crí-           autênticas conquistas na área da Saúde:  tico nessa cadeia, é essencial o reconhecimento daprojetos-pilotos a estudos premiados com assina-    prestação de um serviço de excelência. No entanto,tura portuguesa, que motivam o orgulho nacional     e ainda assim, pretendemos ir mais além na nossae que nos incentivam a manter a procura pela ex-    estratégia. É objectivo do CENES ser uma referênciacelência.                                           para todas as Unidades de Saúde no que respeita aoO mercado atual está repleto de exigências que      reprocessamento de dispositivos médicos, poten-pretendem ir ao encontro de práticas que melho-     ciando a prestação integrada de cuidados de saúderem substancialmente a qualidade dos processos      como um dever, para além de um direito.associados à Saúde dos utentes. A inovação orga-    Hoje já ultrapassámos os 3 milhões de dispositivosnizacional responde a essas necessidades, sendo     médicos reprocessados, um número que partilha-imperativo manter firme a luta pela descoberta de   mos consigo e que pretendemos que continue amais e melhor e, desta forma, acreditarmos que      aumentar por forma a consolidar a nossa visão enos encontramos na linha da frente dessa procura.   missão, que, em conjunto com os nossos valoresA inovação organizacional aliada à melhoria dos     pautam a nossa atuação nestes 3 anos de existên-processos, contribui para o alinhamento do repro-   cia: integridade, transparência, inovação, seguran-cessamento de dispositivos médicos com a pres-      ça e resiliência.tação integrada de cuidados de saúde, numa com-binação perfeita em prol da segurança e confortodo doente.
Magazine                                        CENES | NOTÍCIAS                                        Primeiro implante auditivo                                        bilateral invisível aplicado em Portugal                                        O Hospital Lusíadas no Porto realizou, pela primeira   líbrio. Quando a cirurgia                                        vez em Portugal, um implante auditivo bilateral invi-  é feita num só ouvido é                                        sível externamente num doente com surdez neuro-        comum o doente expe-                                        sensorial moderada bilateral.                          rienciar um desequilíbrio                                        “O implante é feito aos dois ouvidos em simultâneo     a que o cérebro tem de                                        e, ao contrário das próteses convencionais, não fica   se adaptar”, esclarece o                                        nada à vista. Esta é uma cirurgia muito minuciosa que  otorrinolaringologista.                                        demora aproximadamente seis horas mas de muito         O aparelho implantado é composto por um micro-                                        baixo risco, com um pós-operatório sem dor que per-    fone que capta o som, um processador de som e                                        mite ao doente, no dia seguinte, já estar em casa e    um transdutor que conduz o som para os pequenos                                        a ouvir dos dois ouvidos”. O facto de ser realizada    ossos da audição vibrando-os de forma semelhante                                        bilateralmente faz com o que o doente mantenha a       ao processamento normal da audição. O implante é                                        estereofonia, bem como a noção espacial e o equi-      realizado por baixo da pele, o que o torna invisível.6 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  Unidade de Saúde Familiar                              Projeto-piloto de                                        de Abrantes vai reduzir em                             saúde oral arranca                                        40% número de utentes                                  em 13 centros de saúde                                        sem médico                                             em Lisboa e no Alentejo                                        A abertura da Unidade de Saúde Familiar (USF) de       O projeto pretende facilitar o acesso dos uten-                                        Abrantes, vai permitir uma redução de cerca de 40%     tes a cuidados de saúde oral, medida que levará                                        do número de utentes sem médico atribuído, que         médicos dentistas aos centros de saúde abran-                                        corresponderá a cerca de 4.500 utentes da região.      gidos. Com esta iniciativa, que vai abranger, por                                        A Câmara de Abrantes fez um investimento de um         enquanto, dois centros de saúde no Alentejo                                        milhão e cinquenta mil euros no novo equipamento       (Portel e Montemor-o-Novo) e onze na zona de                                        de saúde, no centro da cidade, que vem substituir      Lisboa, o Ministério da Saúde vai afetar profis-                                        o antigo centro de saúde, a funcionar dentro do        sionais de saúde oral àquelas unidades de cui-                                        hospital de Abrantes, em instalações cedidas pelo      dados de saúde primários. A escolha dos locais                                        Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT).                regeu-se por dois critérios: centros de saúde que                                                                                               já possuíssem condições físicas próprias para o                                                                                               fim, de forma à experiência ser iniciada o mais                                                                                               rapidamente, e locais onde não houvesse tanta                                                                                               oferta de cuidados de saúde.
Magazine                                                                    NOTÍCIAS | CENESPlataforma eletrónica vai apoiarprescrição de exercício físico paradoentes com diabetesOs Investigadores da Universi-   em Movimento” que está a ser       bilidade, adaptadas às principaisdade de Trás-os-Montes e Alto    implementado em Vila Real e        características e doenças destaDouro desenvolveram uma          que tem como objetivo comba-       população.plataforma eletrónica para dar  ter o sedentarismo, promoven-      O programa “Diabetes em mo-apoio à prescrição de exercí-    do o exercício físico, e auxiliar  vimento” foi lançado em 2014cio físico para doentes com      os profissionais de saúde, espe-   e junta médicos, enfermeiros ediabetes.                        cialmente dos cuidados de saú-     investigadores do Centro Hos-A plataforma foi desenvolvida    de primários, na promoção de       pitalar de Trás-os-Montes e Altono âmbito do projeto “Diabetes   estratégias de exercício físico    Douro e da faculdade.                                 de baixo custo e elevada aplica-Médicos portuguesesdistinguidos por estudosna área da dorO Prémio Grünenthal/ASTOR 2016 foi atribuído a         cidência e impacto da dor crónica nos doentes após      7 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016uma equipa de médicos da Unidade de Dor do Cen-        alta. Para essa investigação foi realizado um estudotro Hospitalar do Porto, por um caso clínico sobre     retrospectivo da dor durante o internamento, atravésa doença de Buerger e a uma equipa de médicos          da análise de várias escalas de dor e a avaliação dada Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de       dor crónica, e de entrevista telefónica nos doentesCascais pelo estudo sobre a dor aguda e incidência     com 6 a 12 meses pós-alta. O Prémio Grünenthal/de dor crónica pós-alta. A doença de Buerger é uma     ASTOR destina-se a galardoar trabalhos originais emdoença inflamatória das veias e artérias de pequeno    língua portuguesa sobre aspetos de investigação clí-e médio calibre que se apresenta com isquemia dos      nica no âmbito do tratamento da dor, ou descrição depés e das mãos, e tem maior prevalência no género      casos clínicos, da autoria de profissionais de saúde emasculino e em fumadores.                              apresentados sob a forma de comunicação oral.O estudo feito pela equipa do Porto passava pelo       Este prémio foi entregue no Convénio da ASTORacompanhamento de uma doente de 60 anos, com           (Associação para o Desenvolvimento da Terapia daantecedentes de tabagismo e seguimento em con-         Dor) que teve como objetivo criar um espaço desulta de cirurgia vascular por úlceras digitais e dor  informação, debate e discussão de ideias e pro-nas mãos com 14 meses de evolução que foi poste-       postas de melhoria no âmbito do diagnóstico e tra-riormente referenciada para a unidade de dor cróni-    tamento da dor crónica e aguda e da dor no doenteca. Após a colocação de um estimulador elétrico me-    oncológico.dular a doente reportou ausência de dor e melhoriadas úlceras digitais, tendo sido iniciada redução daterapêutica analgésica. Em Cascais, o estudo basea-va-se em avaliar a dor aguda durante o internamentoem Unidade de Cuidados Intensivos e investigar a in-
Magazine                                        CENES | AGENDA8 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  18TH WORLD STERILIZATION                                5º CONGRESSO                                        CONGRESS                                                GLOBAL DE INVESTIGAÇÃO                                        BERLIM, ALEMANHA                                        QUALITATIVA EM SAÚDE                                        4 A 7 DE OUTUBRO DE 2017                                O 5º Congresso Global de Investigação Qualitativa em                                                                                                Saúde terá lugar na Fundação Calouste Gulbenkian,                                        A cidade de Berlim, na Alemanha, sediará o Con-         em Lisboa, nos dias 8 e 9 de maio.                                        gresso Anual da Federação para Hospitais de Ci-         A organização da iniciativa estará a cargo da Associação                                        ências de Esterilização (WFHSS). O 18º Congresso        Portuguesa de Enfermeiros, sendo que o Congresso                                        Mundial de Esterilização irá realizar-se de 4 a 7 de    terá como tema a “Investigação qualitativa em saúde.                                        outubro de 2017.                                        Uma força para a mudança!”.                                        O objetivo do congresso será assegurar que os pro-                                        fissionais e os parceiros, de todos os continentes,      http://www.apenfermeiros.pt/evento/5o-congresso-global-inves-                                        tenham a oportunidade de trocar os seus conheci-         tigacao-qualitativa-saude/                                        mentos e experiências a nível mundial.                                        Esta é uma ocasião para compartilhar conhecimen-        14ª CONFERÊNCIA                                        to e tecnologia baseado nas melhores práticas,          INTERNACIONAL                                        padronização e inovação de conceitos-chave. Para        DE INVESTIGAÇÃO                                        além disso, existe o objetivo comum e prioridade: o     EM ENFERMAGEM                                        reprocessamento de dispositivos médicos reutilizá-                                        veis (RMD) realizados com eficiência e segurança.       A 14ª edição da Conferência Internacional de Inves-                                                                                                tigação em Enfermagem vai realizar-se entre os dias                                        http://www.wfhssbonn2017.com/                           12 a 14 de Maio de 2017, na Fundação Calouste Gul-                                                                                                benkian, em Lisboa.                                        SEMANA DIGESTIVA                                        A conferência terá como tema “A translação do conhe-                                                                                                cimento de enfermagem: Uma força para a mudança                                        O Prof. Dr. Rui Tato Martinho anunciou a Semana Di-     na prática clínica!”, e será organizada pela Associação                                        gestiva 2017, que se vai realizar de 7 a 10 de Junho,   Portuguesa de Enfermeiros.                                        na Herdade dos Salgados, no Algarve.                                        Entre gastrenterologistas, enfermeiros e médicos         http://www.apenfermeiros.pt/evento/14a-conferencia-interna-                                        de outras especialidades, o Presidente da Comissão       cional-investigacao-enfermagem/                                        Organizadora da próxima Semana Digestiva espera                                        acolher “mais de 600 pessoas” no evento.                              CONGRESSO                                        Referiu ainda que “a gastrenterologia é uma especia-                  PORTUGUÊS                                        lidade das mais importantes, pois tem três doenças                    DE CARDIOLOGIA                                        nas principais causas de mortalidade como o cancro                                        do estômago, o cancro do cólon e as doenças do         A próxima edição do Congresso Português da Car-                                        fígado, para além de tratar de outras doenças que      diologia realizar-se-á entre os dias 22 e 25 de Abril                                        afectam milhares de pessoas como a obstipação,         de 2017, em Albufeira, no Palácio de Congressos                                        doença de refluxo e o intestino irritável”.            do Algarve.                                                                                               A Sociedade Portuguesa de Cardiologia é a enti-                                                                                               dade responsável pela organização do evento que                                                                                               tem como lema “Olhar o Coração – Conhecimento,                                                                                               Inovação e Arte.                                                                                               http://www.cpc2017.com/
Magazine                                                     ENTREVISTA | CENESDr. José Carlos CaiadoDiretor Clínico e Vogal na Comissão Executiva dos SAMSDr. José Carlos Caiado é formado em Gestão de Empresas e nos últimos                                      9 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016anos tem vindo a desempenhar um papel docente da Universidade Nova deLisboa. Integra de momento a comissão executiva do SAMS e soma maisde 10 anos de experiência na área, resultado da sua passagem por diversoshospitais de Lisboa e instituições ligadas à gestão de unidades de saúde.A sua experiência na área da saúde teve iní-         tentar garantir que tivessem o mesmo desempe-           cio em 2003, no Ministério da Saúde, com  nho que estes.           um projeto na Unidade de Missão para      Executou funções na administração do IGIV e maisacompanhar trinta e uma unidades hospitalares        tarde na ACSS - Administração Central de Sistemastransformados em empresas, os hospitais SA. A        de Saúde que surgiu da empresa IGIV. Em 2008 éestas instituições foi conferida a mesma gestão      convidado a integrar a equipa da nova ordem jurídi-existente nos hospitais privados no sentido de
Magazine                                         CENES | ENTREVISTA10 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  ca do Hospital Amadora-Sintra quando a unidade,           sentava mais de 25% - mas também garantir que                                         que entrara em regime de parceria público/privada         a instituição caminhava numa trajetória de melhoria                                         gerida pelo grupo José de Mello, integrou o sec-          do desempenho no que refere a eficiência operacio-                                         tor empresarial do Estado português. Entre 2010           nal, para isso, foram feitas parcerias de otimização                                         e 2012 passou pelo Hospital Santa Maria, sendo a          dos processos de controlo interno. Um dos objetivos                                         sua última intervenção em unidades de saúde do            desse plano passava também por melhorar o aces-                                         setor público.                                            so dos utentes e dos beneficiários às instalações do                                         José Carlos Caiado ingressou na comissão executiva        SAMS com a implementação de um centro espe-                                         do SAMS em fevereiro de 2013 constituída“para le-         cializado de contactos que permite mais rapidez na                                         var à organização um cunho mais empresarial à per-        marcação de consultas, complementado com uma                                         ceção integrada dos cuidados de saúde do SAMS”,           plataforma online para o efeito. Por fim, uma forte                                         incorporando a equipa do Dr. Adalberto Campos Fer-        aposta na melhoria das condições de trabalho, com                                         nandes e Dr. Faustino Ferreira até ao momento.            investimentos em equipamentos médicos especia-                                         Questionado sobre quais as maiores fragilidades na        lizados e renovação do corpo clínico com profissio-                                         gestão de um hospital, Dr. Caiado responde que,           nais de renome que permitam uma rápida resposta                                         numa primeira instância: “é imprescindível haver          às necessidades de quem procura os serviços das                                         um foco em quatro grandes componentes ao lon-             unidades que integram o SAMS.                                         go do ciclo de gestão de qualquer unidade: planear;                                         contratualizar os serviços externamente, definir or-      “Quanto mais trabalharmos nesta área                                         çamentos e planos de atividades anuais; deter a ca-       maior será o nosso contributo para                                         pacidade de conseguir contratualizar internamente         reduzir essa percentagem ainda muito                                         também esses objetivos com cada serviço que inte-         elevada. A nível nacional, o SAMS                                         gra também a instituição e por fim, ter um proces-        encontra-se entre os hospitais com a                                         so integrado de acompanhamento, monitorização e           menor taxa de infeções hospitalares.                                         avaliação, que deve ser permanente e recorrente,          Queremos continuar a melhorar, motivo                                         permitindo identificar atempadamente os desvios           pelo qual esta parceria com o CENES                                         e implementar planos de ação para corrigi-los.” Na        fez todo o sentido.”                                         área da saúde, em concreto, refere que “torna-se                                         mais complexo uma vez que o planeamento tem re-           Quando é pedido ao Dr. Caiado que avalie o mer-                                         correntemente condições externas muito imprevi-           cado do reprocessamento de dispositivos médicos                                         síveis e nesta área existem organizações altamente        em Portugal, este responde que da sua experiência                                         complexas, como é o caso de um hospital central           “esta é uma oportunidade única para que um projeto                                         que possui mais de sessenta serviços e aos quais          como este que foi iniciado pelo SAMS possa ter                                         os nossos clientes recorrem num momento frágil            sucesso porque é fundamental que haja um volu-                                         das suas vidas, e a nossa linha de atuação tem de         me significativo para que seja possível diluir custos                                         ter em conta este fator.”                                 em termos desta componente de esterilização e re-                                         Nos últimos três anos o Serviços de Assistência           processamento de material de consumo clínico. O                                         Médico Social (SAMS), enfrentou um grande desa-           SAMS tem a capacidade de possuir esse volume de                                         fio em prol de alternativas de financiamento para a       atividade necessário, e se conseguir agregar várias                                         instituição. Alargar a sua carteira de clientes e deixar  instituições neste projeto, conseguirá diluir os seus                                         de prestar serviços apenas aos seus beneficiários foi    custos fixos iniciais de investimento e poderá ser                                         a meta a atingir. Assim, qualquer utente passou a         um parceiro importante para várias instituições.”                                         usufruir dos serviços da unidade hospitalar, uma atu-                                         ação que o Dr. Caiado assume como “fundamental            Atualmente em Portugal existe uma percentagem                                         para a sustentabilidade do SAMS a médio e longo           elevada (10,5%) de infeções hospitalares, valores                                         prazo”. Neste sentido, o plano estratégico traçado        demasiado altos para o Dr. Caiado, números que                                         garantia o aumento do número de utentes não be-                                         neficiários – no final de 2015 esse número já repre-
Magazine                                                     ENTREVISTA | CENESadvêm não só, mas também, das atuais condições       PERFIL                                         11 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016de esterilização e reprocessamento dos dispositi-vos, especialmente nos hospitais públicos. Vários    Dr. José Carlos Caiadofatores comprovam que uma parceria com uma so-       Atualmente é Vogal da Comissão Executivalução em outsourcing, neste caso, o CENES, é uma     dos SAMS – Serviço de Assistência Médica emais-valia em termos financeiros, opinião partilha-  Social, cargo que ocupa desde 2003.da pelo Dr. José Caiado“esta seria uma boa forma     Desde 2011 é professor auxiliar convidado dade garantir que, não só os hospitais públicos, como  NOVA IMS Information Management School.também as clínicas de pequena dimensão, teriam       Desempenhou funções enquanto Coordenadoro melhor equipamento à sua disposição, com pro-      da Pós Graduação em Gestão de Informação ecedimentos de controlo interno instituídos a nível   Business Intelligence na Saúde, Nova – IMS.europeu e que o CENES já implementou em Portu-       Ocupou o cargo de Vogal Executivo do Con-gal. Uma solução que garantia as melhores práticas   selho de Administração do Centro Hospitalarmédicas, sem necessidade de investimento.”           Lisboa Norte, EPE; do Hospital Fernando da                                                     Fonseca, EPE; do Conselho Diretivo ACSS -Os profissionais de saúde são constantemente         Administração Central do Sistema de Saúdesensibilizados para as boas práticas da esteriliza-  e do IGIF - Instituto de Gestão Informática eção e reprocessamento de dispositivos médicos        Financeira da Saúde.“uma vez que são quem está mais próximo dos          Doutorando em Estatística e Gestão de Infor-utentes e sabem que uma boa política de esterili-    mação.zação e limpeza dos materiais usados é fundamen-tal para prestarem um serviço de qualidade quepermite trabalhar com toda a segurança, resultan-do num impacto muito significativo na melhoria doestado de saúde dos doentes.”“Uma vez que são quem estámais próximo dos utentes e sabemque uma boa política de esterilizaçãoe limpeza dos materiais usadosé fundamental para prestaremum serviço de qualidade”Após 2 anos em parceria com o CENES, Dr. Caia-do confirma os benefícios para o SAMS: “A nossaatividade aumentou significativamente, realizámosmais de 11 mil cirurgias por ano, nas nossas unida-des hospitalares. Não havia nem o espaço, nem oequipamento necessário para fazer este reproces-samento. Conseguimos prestar um serviço aos nos-sos utentes com a certeza de que o equipamentoestá nas melhores condições e é de boa qualidade,garantindo o controlo das infeções hospitalares”assegurando por fim que, “acreditamos que esteé um investimento, não só com retorno financeiro,mas que trará também notoriedade. Esta parceriarevelou-se uma segurança para os profissionais desaúde e para todos os nossos utentes.”
Magazine                                         CENES | GRANDE REPORTAGEM                                         Reprocessamento de Material                                         de Empréstimo - I12 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  O reprocessamento de conjuntos, cedidos em regime de empréstimo                                         às unidades de saúde, constitui, atualmente, um dos maiores desafios nos                                         Serviços de Esterilização Centralizada (SEC). Este regime é habitualmente                                         conhecido por “material à consignação” ou, simplesmente, “consignados”.                                         É comum as unidades de saúde públicas ou                  o avanço tecnológico constante, quer das técni-                                                    privadas solicitarem, por rotina, aos distri-  cas cirúrgicas, quer dos dispositivos médicos, so-                                                    buidores por grosso, conjuntos específi-       bretudo nas especialidades de ortopedia, plástica                                         cos de instrumentos cirúrgicos para determinada           e neurocirurgia;                                         especialidade, com contra consumo de implantes            a impossibilidade das unidades de saúde apresen-                                         ou outros.                                                tarem um inventário capaz e suficiente para fazer                                         Esta necessidade das unidades de saúde resulta de         face às necessidades cirúrgicas;                                         um conjunto diverso de fatores:                           os procedimentos cirúrgicos realizados com baixa-                                                                                                   frequência ou, por oposição, programas operatórios
Magazine                                                       GRANDE REPORTAGEM | CENES com várias intervenções agendados para o mesm o      direta e exclusivamente nos SEC, seguindo o fluxo dia, sem que a instituição possua o número de con-    estabelecido para o reprocessamento, ou seja, se- juntos necessários para a sua execução;               rem rececionados na área de descontaminação para o constrangimento financeiro que, entre outras con-  serem sujeitos ao reprocessamento completo. Caso sequências, tornam incomportáveis a aquisição dos     os mesmos sejam entregues no BO, é da respon- conjuntos, em definitivo, devido aos custos eleva-    sabilidade deste reencaminhá-los imediatamente dos desse material cirúrgico.                         para o SEC para serem sujeitos ao seu completo eEsta prática, que apresenta claros benefícios, preo   adequado reprocessamento.cupa, porém, cada vez mais os profissionais de         Relativamente às empresas, é da sua competên-saúde, porque apresenta riscos potenciais para         cia fornecerem instrumental e implantes em bomos doentes e para si mesmos, atendendo que os          estado, seguros para manipulação e uso, assimhospitais assumem a responsabilidade ética de as-      como toda a informação técnica subjacente a to-segurar que todos os conjuntos de instrumentais        das as etapas do seu reprocessamento garantindoestejam isentos de contaminação, seguros para a        deste modo a segura e adequada utilização dessessua utilização, cumprindo os princípios inerentes      dispositivos médicos, considerando o fim a que seà segurança do doente com o firme propósito de         destinam. Este fornecimento deverá ser feito até àcontribuir para a prevenção das infeções associa-      véspera da data da cirurgia para que se possa proce-das aos cuidados de saúde.                             der à verificação atempada, em fase da inspeção, de                                                       todos os itens e componentes que fazem parte doCOMPETÊNCIAS E REALIDADES                              conjunto cirúrgico relativamente à sua integridade/                                                       alteração de estrutura. Caso se verifiquem disposi-Por forma a atingir-se o desejado nível de coor-       tivos não conformes, p.ex. dispositivos de corte edenação, é necessária a definição clara de com-        brocas sem integridade do fio de corte, pinos com aspetências a cada uma das partes intervenientes         pontas dobradas, provas partidas ou fissuradas, ros-neste circuito.                                        cas de encaixe moídas, entre outros, que requeiramAntes de mais, é da responsabilidade exclusiva dos     a sua substituição por parte das empresas, a entregaSEC das unidades de saúde o reprocessamento de         atempada dos instrumentais evitará o adiantamentotodos os instrumentos cirúrgicos de uso múltiplo,      ou, in extremis, o cancelamento desnecessário daaplicando as suas melhores práticas no reprocessa-     intervenção cirúrgica.mento, de modo a minimizar os potenciais riscos deinfecção. Esta competência decorre do conjunto derequisitos e características que, segundo as normas,legislação e boas práticas, os SEC devem apresen-tar ao nível de conhecimentos e experiências, assimcomo, dos equipamentos, infra-estruturas e recur-sos humanos disponíveis.O empréstimo de instrumentos cirúrgicos apresen-                                                                             13 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016ta, contudo, constantes desafios aos SEC devido,essencialmente, à interferência com o funcionamen-to e dinâmica de trabalho dos mesmos. O planea-mento e coordenação entre cirurgiões, bloco ope-ratório (BO), SEC e as empresas fornecedoras dosinstrumentais apresenta-se assim como sendo deextrema importância para que os SEC possam ga-rantir o reprocessamento destes instrumentais deforma segura e em tempo útil.Adicionalmente, e em concordância com estes prin-cípios, o material à consignação deve ser entregue
Magazine                                         CENES | GRANcoDmpEletRo.ECPasOo oRsTmAesGmEosMsejam entregues no BO, é da responsabilidade deste reencamin                                         imediatamente para o SEC para serem sujeitos ao seu completo e adequado reprocessamentcomplceotmo.pCleatsoo. oCassmo eossmmosessmejoasmseejnatmregeunetrsenguoeBsOn,oéBdOa, réesdpaornessapboilnidsabdieliddaedsteedreesetnecraemeinnchaám-lionshá-losmepunsaocdmvslnpirédmonetd.eocdieoiaangeorEavaedCRjeiEmpttedsSVsrpcelcenaduiumujoaomosiaemeEfsntoaeeeuaeentatbsbntaiesdadeústsssCirdrrtalcnersnetuvaroacprntmsepreiotaodmirsaotnesdotonioftasáeeéatletelfgaãm,sueifço/idiicãeesassirdcfngoRCjeiEmtesdptSsrVpcelcvsaousmsosca.dãeduusamioaaooaoltiaaneicEoopdisanteoaeeaemtdrelturuvoctobtdisobinensrdtadúestasnsCptimnsdeaaçgrrdtbluaonereciiaevob,ma,rdoacrntsedsépdrmrotaomdpiãaueroeadçesaotrtnoiofraéisáeeeéilútieaestdoefeaest,osueeinaiottnãasc/rtçdainincsassircctsngemenervaraebcVcseCdcasmmndTlceEcitniassno-suae.d,mediõisçaoanainhcçaaiaslofeagosnnmucnodiatteametrdtpodtáeoaimclseetisãusoesvooetdeesoeoadããdenissêtebueaoaairisstneetmpoedçgmadueubxeetcmoirnacentmjleo,samdopssruunreeooneatedsédmdsmnoaráiiãp:oaucaintsetaanàaoSotiliimr,rç,qsétileilxseaeeramndtdtqeoledaforeedeodtosmsdeniiusedccapeecasrbtlsspçtEetiãvticpceueaciemdeeunpreznesaitno-vuaunleteli,cmooéiõmeoesavçaaiamdgmrareoaecnCniocipaepruisnnrsodgmanaatardacettactilsezãucesmsaaptrcsegoeuedlbondoraenneaccmo.ttaoriritedtspmarsouauediiadoamopdmeo,treannldpnSseomsorpsrtueáoddmei,eaçotdvrsdudarscr:oguaoiaisesaà,edarplsageto,npaootrnfexiãieaoerdatmnaesdaEemoedoaostermd,rddíoipcfasecbilsspçirpetmvcalig.certedotéd,cpiedruouaeresjsmeonvcmetemeianrelCdeveçaugoavdreuaãeuoaecocsSaeoupriaisaaemam,prertteepisrniacec-mxrpcrpõprmappluesiltoeoantrnenEnmancmprouiumosse,mesdsrnaeeiaomcslprlairnd.airsrsiafce-dsmearçaaom,isrCçú,érmtuuttselucrrssogseáooaiidzecatsneunperdsgspçtcioipraoõuiaaopncftãrdioarrsnaeereprroznasbbãeerulardíisf,ssionopufpiplaeetetartãtleidarúgrdoetruca.duscledeaouaafesjnniseattpolmdeoéecfjareiegeupdaoguoccancourrdqeSnoieiCeaçsssarmdeoeeuaemqipoteçrtsvitncivoorscaltrpodsiiesegaonfenãrê,Esacncprruudtmtbdararss,strrnãaecnaoudsasaoeiooiasiaoe-ndnoaeaeçett,rlavCrosúoi,poirmtctenaecduesrmeaian.dlodetsnsncdaloe.safpeasisaesqõouaorqiersonaijsoieserevornfassaeelseccnuez,osboogOomidpetaoai,ssiapneooassàuaig–ieruu.setsderantmfntrraarttrmçinsaéfasainputugui.osamaqteneirtiCeçmicrrRCmeptdsetrcjEesSsVplencriuemeeamuaqilrnoedetçecSaemvfseeãupusarésodioooieeoOotasotãitr,aspstiacpeauetdiraEeszsrntagoaeeoeãousesatmttosopeoprnriamobecauemEfeoboenuceetcveremaroioufdcafifardeúmstreasmaismseeoaC.aidoodscnurrtlldie.nrratiloetoqsaaeetvtrqoeanr,:aimnamoancnssnrsntCcsvpfcsrroatpesmeoqdfuoi,ezupsgOooteeeitaeopztotsss,uoivroiosfprsicruatsciáeebdtséeeriattmme,eteitaitd,msnféaasurm,dc.sasuead-onexi,msuusoiiaosa/cunsaeieeredçiicecneeoorseassimurcrfsgnçueaoeiçtedmnrmvsaqasrepsisoaofsctmaç.deeeteiahdpitrooãdtpo,ddeasresamntaafàãtliãpjesas.oaqjsniscpoodiamtramqeoeetaatmudsiucacalõvoseecsenvoofaroppmtrádsaoodirmmseodinosnsooisatcneebeur,asuocsmaeaeeautçmgsodtoeemusávS,ndemasiicataeeqers,dotpec,seqoed-eqo,odsosudesétptgdtomenazddisãssvrpuaeroéetcrerlaotameeaeutvltiêd,rosssE,éuinadaeuilomorouaesnet,oesasariaidomdeonoapditnueeleteoeoutenircscsenasrfçtufuçesiatmanrsia,qasetcepemeemuaCmesn-reopsedsicociev,ddnuoiashson-a----eu-a-e-me,m,tiõãpssoãçarqqsnmljscneogcmicuisnottstdnaseeotsodpeaeooodddtrmmitcintusdsãusooieaeaeuuioerreeaaauosdeaaaeemêaetáamocritiaeipernssraugepecpeemaoeeanoiopnsnmtsrtieesmudtpsduesdoanoasalocdmandrqemu:iêtaiosrpnasmeaetàon,roelsfdrsí,dmidtfmxoeloeuernoacmsamc,adcenavufraaeedoecosmeotndlrdeasotercblssàutmrvecoicoeeeoosa,enusmaçtitepstrtaeoãemneqvealmceeartenpiicunsnevsagoptptatadeooaeercscãmaedempsardmuvsldnoixaearipuiprieanc,eatrec,emtddêprtxmomoueolcloniaentdoadon.nnaecomloacodabidipeeosnaseisoeoiormditrdornoaaacaapniaenosqgmersocoodúErmaçtvtpsamoeecctrnfrosígéireoiitncnaopresnogdimtacs,apabavujçrfrnamfuoãoousritomdeneafeeoepàadcueernasrdíiiormftesiiapnjaoçeitpoitetaisslmeõbridsotesartdupcdecuneoouaaecssusjerpsnnqaroetelum–pcãdmoersvpesrumlneaueipcnomipsiaiiéaeootsanrsnepmda.iearnmtamotldsnuentdiodla.eolcearcpenldsidgãriameenfonaniropçrsoumiimsi,srãernctaaemdnfsatgzeaneiooocEraaasvsoouamoe-dcctaãçaoed,oeeú,usrmonatcaaerpuortdineudiajaeotsnmoosrdnmssefuroõuaoctaeçcureioofnaiascinrterre-irnqaspnetaipqtlsndnsçasnae,bsaossescdtairíêeaeeeecb,msabgãesnerue.te–vrofrpntpmreeateateureiduomçesãséfsoãrdiaapotgnsopnúqesieneasniefCtofçutsasmeeaesqiloaottelnãgjtcãmcraninifeoeoeooço–ssasitooioãaerã,esercdarfeu,-tdra-.--,---ocsrdliaouomnoouaiaãçodsoeofusgomueso,otetetnerrordiomioesora.addããuriumoctlei.ofiicseqrlmrqbxnnpetioncesaabvasefcdasruieooeezb,megOoiepeiaprtspuiSoileamuereçqo,tsçesramrivenatmqlereúsiespuFArpcsdruçcctncntle“OsatuauessaEtiaeotãrtenãjpcceinaannaeeumusieeiztotçevaunmleréeareioirdooaãooãmcrmãmflCnditoiaporocnpOiaroagmtçearrdsbofagiãmuassasze,t,qoipaertcsdramaoaozomeooducc.vrotreadããrcimefarrrumiadoeasdoseo,lnlmcnbdpxdaepsrutdrdceoi,feaaevetddaoeasruRueoornmeomacsdpipplaeosiqeoetotee,risSoieoaoltmpeeçq,otpaezrdisvostvsepnt,trsceqltecrreldtmet”aag.sai,riEaetueipãmitMaprrei,n,smsseivbaaeoeuenraeireeofczeoutovdsvnrloésefsudovraitdCndosaroqaieeperirisiogmtrmaaxraertpipomsoaad,dezenstieadanacsmtcsacspeoacaaoqsnám.oteooocmpmreenr.umtifbiadamsAdsaae,nlpudpoodnrdssr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pressões de alguns profissionais de saúde ssamento) para acelerar a entrega dos instru-    A única indicação oficial relativamente a esta ques- o do nível de stress das equipas do SEC, o que   tão é a Circular Informativa do Infarmed nº 170/                                                  CD de 2008 em que, devido à sua natureza jurí-                                                  dica, as medidas nela apresentadas não são de                                                  carácter legalmente obrigatório, ainda que remeta14 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016           para a directiva DIR 93/42/CEE, transposta para a                                                  legislação nacional pelo Decreto-Lei nº 273/95 (en-oiapl ÉdtarOsadiieprefaibtsaigaescsprumanreedoerdarqeoÉdatrOsbEvnvosiiuespsexéifaabitscibgi:saems-dcãspsrreudsimanieioeedlaçeterriddarqiõzrevo,bdEtvmaÉmEvdv4oasaauoesecsxéacéaaexcroid:rseasosmo-dssp:ptprepedsenotmiacidemddaaçsepreatertosdm1aóipoõrrveud,rrrvódnp24aaascatoioesecdaeabereto4aocdrcsnioisocealrsspnéaenaneenoes,ecdfmddsasidrmsphsajetxnoqv1etaeuporsudirbaiiainijds2uastoqtonssuodsir1oupteeladcucnãtinioceqadn2jsdioaçoesooosaiçmdtu,fmessiãasocnesõdxnecqeatiosddubraisiieçeielarcjusnbtotihfu”esieaitsõsiaoeiutela.iorxitnit)qoslzdvdesiúrçpi,eaiAçmetuzpseneaaaãsorfrrõdsmaeponasssiosógiduseenelrtezqfÉdstOrnpii”etipdsrsdsczaeteiipes.uotmuseet)fatoaazobtadaorr,oiesriAeaeçsarcsçescnasssarupsrtfrerõmbãmtpameenasseiidtmfr(idcneloictedveaazersdiqeledipb-oresszEievnoe,pasztsodsmutoeustaaxnéraaradensesennorsacçrçaie:urmsjup-dettjrsmterãjõrudãoavmdsueimamtimrdiergotdeoçnefetcéeeeienuddaes-eiusõpoiu,te,csslvpsdtnieb4ahoeioçmmaeamocdneendaaosearomusnõsordrsetsreãsaisdlpastaacmaejmeendrousepcdtsefaadcceissaesntpeodori1nunniacpopdunr)bertnreeionm2mehmdts,úonosioeaádsreamdnmtaoritscdnltpiapoaclcajogfnurai,t(autptseaodasaapc,ImrdrimseinppdFearrqcnaannizxnuqrtosaertUnoarbeaoeniuhdtioçpjiunásrtseaurdrcs)sisersaoõeouteetl.palecooniarapqii,(qvenidsadisçceIm(nçdsmrtuoipdFouasriqsaãsacsobõojsaeUoraãmteupuuo-dupsiteddrsrsos,rrlr)eeenfl”aeeiioee.asieeeaecztscrdd.i,--qvn)nmosaizesdetar,aiioAuesiritrsscsnabvfoepãmmeepuoplaaossiioer,lrnneqtadttdjrmlsitesizóseuaeingrerrzsprtcsdduieectsaaenmageansrmusiiútptaeaoaannreednrtiutrlrptçsrlvremncrerapsupvteoteiosaoõlioaumtaijeenernemnrppsudiersecdóssmrngessetutsddnnolc-oetáesitgoaerosidstsetmmtoeeitetnecnstualtaijdnieesoensmonvrgustudseibes–ietsu,esaetetojnntiaasamaunoeeçradduslmrrcerssfhçcoucemiõnantiolitaessbdsoroaeouãomcreneirttoúbtjsmeeoevoemoscmcmnossmubDrertomsip,nene,tgctciçiiranp“açaaicértojolrceootiirohoucpsõrucatgtaiaoiaredsnmseoreoenop,netrínnatésúcifsdcresertsceasdscrtaahtitrotuti,oopádsó(eoriageccaoiba“mfamtverotsepoovirlsmicrrarcti(ciargredadnpimciceeroIeodagt“cadFeararrisieacemE,scdesdosaoiaUneviattule,sldp(ouipâoasér,rsotósmrmfa)rmoeeeeo”nemsirso.--rcatcroraqfevnrcesiae“Dadeerapiouscmiicidsdcsnbaoqvtreeeãpobepuoiioétóiuvnrocilermseee”lssma-i-oeairdzeccddemsea2oatatraadtriivr0tvvomcpepeeatol0ao-aiervudnrLsaés7ósmigebatlaecdt/igarm4eszlloibeiiulacasc7mncéeic1iodçia/jinodmeCureã4sudssúbasnno5oErtddredsait,to/g)tjeoed2eeón,ouais,e0crtceetiudieçolrce0oceoshõsoaiesn9ntsornooeasàtrú-,,-essrpgc“ooiccrmeotrestu,(imfahar das respecfatibvraicsagnutieas(IFdUe )t.ranspoarpten, amsesmeróv-e para efeitos de trancsopnosrtigen, ançããoop. odendo, por isso, ser os instrumentos considte (IFU).                                seguros para o processo de esterilização terminal sendo que somente instrumentais correctaestados circulam entre instituições com um “cer-
Magazine                                                     GRANDE REPORTAGEM | CENESDa mesma forma, a ausência de padrões de pro-        cimentos ao nível das chefias dos SEC que terá,                       15 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016cedimento em Portugal para a área da esterilização   logicamente, reflexos nos procedimentos desteslevanta desde logo um problema: as práticas e os     serviços, com concomitante falta de atenção paraprocedimentos não são uniformes entre as insti-      com a questão do material de empréstimo.tuições pelo que, nos materiais à consignação,sendo frequentemente compostos de materiais          CONCLUSÃOcom um grau de complexidade considerável e,assim, requerendo vários passos de limpeza, os       Em conclusão, para que esta problemática pudes-técnicos são obrigados a recorrer exclusivamente     se ser, no mínimo, atenuada, seria necessária umaà sua formação e experiência. Da mesma forma         abordagem em várias frentes:que estes são factores importantes para o cumpri-     na vertente da formação de todo o pessoal afectomento criterioso das boas práticas, caso tenham       ao SEC, por forma a identificar as irregularidadessido adquiridos de forma não tutelada por quem de     existentes;direito e exclusivamente empírica, poderão estar na   na vertente das empresas, pela produção de le-base de graves más práticas. De facto, esta situa-    gislação clara, que inclua padrões de transporte eção é a que mais frequentemente se observa.           manuseamento e gestão responsável dos conjun-Cabe, como é natural, às administrações e entida-     tos cirúrgicos, e subsequente fiscalização, assimdes competentes garantir que os funcionários re-      como, pela sensibilização elementar relativamentecebam a formação necessária para o desempenho         ao risco associado por práticas menos corretas;das suas funções. Infelizmente, nem sempre es-        p ela parte dos corpos administrativos , de coorde-tes corpos dirigentes têm presente a necessida-       nar todas as unidades envolvidas (BO, SEC, Gru-de de atualização constante, como é evidencia-        pos Coordenadores Locais dos Programas de Pre-do pelo facto do último curso para Responsáveis       venção e Controlo de Infeção e Resistência aosdos SEC, ministrado pela ARS Lisboa e Vale do         Antimicrobianos, Gestão de Risco, Medicina Ocu-Tejo, ter sido realizado no ano de 2006. Consi-       pacional) por forma a uniformizar os procedimen-derando a renovação de pessoal que ocorre natu-       tos estabelecidos e dar uma resposta uniformeralmente nos diversos serviços das unidades de        das unidades prestadoras de cuidados de saúde,saúde, e sendo os responsáveis do SEC o reser-        a título individual ou colectivo.vatório natural de conhecimentos e boas práticas,verificar-se-á certamente uma carência de conhe-     Flora Moura Carvalho - Enfermeira Chefe | Responsável Técnica                                                     no CENES                                                     Hélio Crespo – Coordenador Operacional no CENES
Magazine                                         CENES | OPINIÃO                                         A Evolução na Embalagem                                         de Caixas de Empréstimo                                                          A utilização de instrumental cirúrgico                                                          em regime de empréstimo é, hoje                                                          em dia, uma prática comum na                                                          generalidade das Instituições de                                                          Saúde. O elevado custo dos mesmos,                                                          associado aos rápidos avanços                                                          tecnológicos, assim o obrigam, uma                                                          vez que não existe capacidade                                                          financeira para a sua permanente                                                          aquisição. Sendo o mesmo entregue                                                          nas Instituições de Saúde em caixas                                                          das mais diversas dimensões e                                                          pesos, a constituição de um sistema                                                          de barreira estéril (SBE) / sistema de                                                          embalagem (SE) adequado a cada caso,                                                          constitui um desafio diário para os                                                          serviços de esterilização.16 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  A solução comumente utilizada passa pela                em papel/filme, especialmente desenvolvido para                                                    utilização de folhas de esterilização consti-  a embalagem de caixas de elevada dimensão e/                                                    tuindo-se um SBE com duas folhas ou um         ou peso e dispositivos delicados que necessitem                                         SE com três folhas. Em Portugal, tradicionalmen-          de proteção. Este novo SBE é constituído por uma                                         te, opta-se pela utilização de folhas de esterilização    face em filme, o que permite a visualização do inte-                                         em polipropileno por este possuir propriedades            rior da caixa, a sua primeira grande vantagem, e por                                         de resistência mecânica superiores ao tecido não          uma face porosa com um novo material à base de                                         tecido wet-laid. Esta escolha, para além do custo         poliolefina, a sua segunda grande vantagem. A sua                                         que representa uma vez que a opção passa quase            denominação, ULTRA®, representa o reflexo das                                         sempre por elevadas gramagens devido ao desco-            suas capacidades.                                         nhecimento de que gramagem não é sinónimo de              ULTRA® foi desenvolvido através de um protocolo                                         resistência, muitas vezes conduz à existência de          com diversas Instituições de Saúde de referência,                                         graves problemas de resíduos de humidade no in-           em diversos países europeus, tendo sido validado                                         terior das caixas.                                        como SBS para mais de 360 dias em condições re-                                         Existe hoje em dia um novo SBE pré-formado, se-           ais de utilização em um Centro Hospitalar, por dois                                         melhante apenas em aspecto ao tradicional SBS             laboratórios independentes, ISEGA (Alemanha) e
OPINIÃO | CENESPira (Reino Unido). Ou seja, UL-Newton           Falhas assépticas na abertura        %                                                                e em relação às folhas de este-TRA® foi desenvolvido com utili-                 (ruptura do papel ou do filme)                                                                    Eurorilização uma economia de cercazadores para resolver os proble-                                                                                                                       de 75% na constituição de SBE.mas dos mesmos utilizadores.                           70                                                                                              A economia na cadeia logística                                                       60                                                                                              é inevitavelmente elevada, umaULTRA® possui uma resistência                          50                                                                                              vez que, por força da sua compa-mecânica até 4 vezes superior                          40                                                                                              tibilidade, ULTRA® substitui prati-aos materiais convencionais o                          30                                                                                              camente todos os diversos SBEque lhe permite, em embalagem                          20                                                                                              utilizados num SEC diminuindosimples e desde que garantida                          10                                                                                              drasticamente o número de refe-a assépcia na sua abertura, fa-                                                                                                                        rências a gerir.cilmente substituir um SBE de                           0dupla folha sequencial/ termo-                               SBE pré-formado com papel                                                                          Custo de constituiçãoselada ou mesmo em contentor                                 grau médico 60g/m2                                                                                            de SBEreutilizável.                                                SBE pré-formado com papel                                                             grau médico 70g/m2                                                                              (material + mão de obra)       Resistência à perfuração                              ULTRA    de acordo com ASTM D3763                                                                                                                                     4                                              ULTRA® pode ser selado com                                                                                       3,5       150                                    uma máquina de selagem em                                              contínuo normalmente utiliza-                                                                                      3       100                                    da nos serviços de esterilização.                                                                                2,5                                              Quando associado à sua estação         50                                   de trabalho é possivel realizar o                                                                                  2                                              processo de embalagem em man-                                                                                    1,5          0                                   ga pré-formada, incluindo o corte               Papel Grau Médico 60g/m2       e as duas selagens, em apenas                                                                                      1               Papel Grau Médico 70g/m2       30 segundos.                                                                                                     0,5               Folha de Polipropileno 57g/m2               ULTRA                                                                                                                                             0                                                                                                                                                                      SBE em dupla folha de                                                                                                                                                                      polipropileno de 100x100cm                                                                                                                                                                      SBE em ULTRA 42cmx70cmNewton      Força de selagem                                                            Numa época em que é exigida ( 1,5N de acordo com a EN 868-5)                                                       cada vez maior qualidade aos SBE,                                              De sobre importância acresce o            quer pelas exigências a que são                                                                           17 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016       6                                      facto de a utilização de ULTRA®           sujeitos quer pela premente re-                                              representar uma solução mais              dução das Infecções Associadas       3                                      económica do que a utilização             aos Cuidados de Saúde (IACS),                                              dos tradicionais SBE, sendo que,          ULTRA® representa claramente o       0                                      em relação à utilização de con-           futuro da embalagem nos serviços            SBE pré-formado com papel         tentores reutilizáveis pode gerar         de esterilização revolucionando as            grau médico 60g/m2 ou             uma economia superior a 50%,              práticas do mesmo e contribuindo            70g/m2 (valores médicos)                                                    de forma decisiva para a redução            ULTRA                                                                       das IACS.Por outro lado, por via das suas                                                        ULTRA® é uma marca registadacaracterísticas, ULTRA® permite                                                         de AMCOR FLEXIBLES SPSa melhor abertura asséptica noponto de uso de uma embalagem                                                           Vasco Amorimflexível pré-formada à data, inde-                                                      Executive Managerpendentemente do sentido ou da                                                          Pergut Portugal, Ldavelocidade da sua abertura.
18 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016   Magazine                                         CENES | SISTEMAS DE INFORMAÇÃO                                         O contributo dos sistemas                                         de informação para a missão                                         das unidades de saúde na operação                                         das centrais de reprocessamento                                         de dispositivos médicos - I                                         Os sistemas de informação desempenham uma função vital na eficiência                                         operacional das unidades de saúde e das centrais de reprocessamento,                                         agilizando a interacção e eficácia operacional.
MagazineSISTEMAS DE INFORMAÇÃO | CENES                                                          na melhoria da qualidade de serviço, importa também                                                          optimizar. Com efeito, e apesar dos recursos, mate-                                                          riais e humanos, empregues numa central serem con-                                                          sideráveis, o aumento da eficiência destes não pode                                                          influenciar a qualidade dos serviços prestados, nome-                                                          adamente no que respeita ao controlo de qualidade e                                                          aos riscos de contaminação e infecção hospitalar1.                                                          Ora, um dos investimentos com maior retorno e                                                          que contribui de forma decisiva para a optimização                                                          operacional de uma organização, ou departamento,                                                          é o investimento em sistemas de informação. Não                                                          só porque estes aportam a inovação, a homogenei-                                                          zação e meios de comunicação avançados mas, so-                                                          bretudo, porque permitem elevar a produtividade,                                                          a agilidade operacional, o controlo e a inteligência                                                          sobre o negócio. No caso das centrais de reproces-                                                          samento, geridas com base em processos opera-                                                          cionais mensuráveis e uniformizados (e, em alguns                                                          casos, certificados) um sistema de informação                                                          acaba por ser uma ferramenta fundamental para a                                                          manutenção da qualidade do serviço e o simultâ-                                                          neo aumento do desempenho operacional. E é fácil                                                          verificar que a sua ausência pode ser um fator im-                                                          peditivo à optimização operacional de uma central                                                          de reprocessamento. Vejamos alguns exemplos                                                          concretos.A s unidades de saúde são, cada vez mais,                 O s sistemas de informação são, atualmente, os                     19 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016           confrontadas com requisitos e imposições      principais veiculadores de inovação. Tecnologias           legais relativas à segurança dos pacientes     como códigos de barras, códigos data-matrix, RFIDe ao controlo de qualidade via processos certifica-       ou GPS não podem ser implementadas sem o seudos. A este cenário acresce o contexto actual de          suporte. Tais tecnologias são, comprovadamente,gestão, que obriga a duas condições quase dico-           potenciadoras do aumento da produtividade quetómicas: por um lado, o aumento do investimen-            podem ser utilizadas em dispositivos médicos,to para responder às exigências de qualidade por          contentores, equipamentos e cestas de lavagemparte dos utentes dos serviços; e por outro, a per-       e esterilização, armários de transporte e veículos,manente necessidade de melhoria da eficiência das         assegurando uma elevada eficácia na identificaçãoactividades operacionais, na óptica da redução de         unívoca, na redução de erros de leitura ou no auxíliocustos e optimização de recursos.                         à localização de objectos.Como parte integrante de uma unidade de saúde, seja       Outro aspecto onde os sistemas de informação con-na modalidade de off-site ou in-house, uma central de     tribuem para a eficiência operacional prende-se comreprocessamento de dispositivos médicos é um centro       os mecanismos de comunicação, desde a comunica-de custo sujeito às condições e restrições acima referi-  ção informal entre agentes das unidades de saúde edas e cuja actividade, não obstante a contínua procura    agentes da central de esterilização, até à integração                                                          automática de informação proveniente de outros                                                          sistemas. O potencial destes mecanismos permite,1 Este factor é cada vez mais relevante, não só para a percepção de qualidade da unidade e para a segurança dos doentes, mastambém é, e no caso de unidades de saúde públicas nacionais, uma variável que influi no financiamento estatal.
Magazine                                         CENES | SISTEMAS DE INFORMAÇÃO20 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  por exemplo, emitir comunicados específicos e       operacionalização de fluxos de trabalho concor-                                         associados a uma determinada tipologia de dis-      dantes com objectivos de constância e unifor-                                         positivos (mantendo a comunicação estruturada       mização só é objectivamente exequível através                                         e controlada) ou identificar, em tempo real, as     da introdução de um sistema de informação. As                                         necessidades, e respectivas quantidades, de dis-    ramificações dos processos operacionais, decor-                                         positivos médicos para os blocos operatórios. As    rentes de diferentes tipologias de dispositivos                                         unidades de saúde conseguem, assim, identificar     médicos, e respectivas particularidades de repro-                                         as disponibilidades de stock e os objectos em       cessamento, obrigam a uma miríade de etapas e                                         reprocessamento, podendo, também, ajustar e         procedimentos distintos de difícil padronização e                                         optimizar o planeamento de recursos humanos,        controlo. Acresce que o procedimento de rastre-                                         salas e blocos operatórios.                         abilidade, de importância fulcral para uma central                                         Consequentemente, esses mecanismos de co-          de reprocessamento, quando implementado sem                                         municação asseguram a melhoria da gestão de         o suporte de um sistema de informação, pode fa-                                         stocks e inventário presente nas centrais de re-    cilmente induzir erros com consequências graves                                         processamento ou nas unidades de saúde. Dada        para utilizadores e utentes. Da mesma forma, a                                         a ubiquidade dos sistemas de informação, qual-      gestão documental, sem a presença de funcio-                                         quer alteração realizada ao inventário de uma       nalidades automáticas de criação, atribuição,                                         unidade de saúde é automaticamente propagada        aprovação e notificação obriga a um esforço su-                                         e acessível à central de reprocessamento. Estas     plementar excessivo que, em muitas situações,                                         alterações, que contemplam não só modificações      pode mesmo colocar em causa todo o sistema                                         de quantidades e tipos de dispositivos, mas tam-    da qualidade.                                         bém de documentação e instruções de reproces-       P or último, a gestão do risco deve ser avaliada em                                         samento, são causadoras de um sem número de         qualquer actividade ou processo, implementados                                         perturbações quando implementadas de forma          ou a implementar, na central de reprocessamen-                                         manual ou não estruturada.                          to. Mecanismos para avaliação do risco devem                                         A s atividades de reporting, avaliação e análise   ser criados por forma a avaliar o seu impacto e                                         operacional são dificultadas na ausência de um      mitigar as consequências. Tais mecanismos, pela                                         sistema de informação. As funcionalidades, mes-     sua complexidade e requisitos de informação só                                         mo as mais básicas, presentes nos actuais siste-    se tornam eficientes se acoplados a um sistema                                         mas providenciam vantagens que não podem ser        de informação.                                         alcançadas de um modo manual ou não estrutu-       Os exemplos atrás descritos (e muitos outros                                         rado. O desempenho de um qualquer processo         poderiam ser identificados) demonstram que a                                         passa sempre pela medição e controlo de métri-     capacidade de automatização e disseminação de                                         cas e indicadores operacionais, pelo que os movi-  informação é relevante para o aumento do desem-                                         mentos e eventos da central de reprocessamento     penho dos colaboradores e para o planeamento                                         (gerados por colaboradores, dispositivos ou equi-  antecipado da operação, quer por parte da central                                         pamentos) devem ser integralmente registados       de reprocessamento quer pelas unidades de saú-                                         e analisados. Só assim a equipa de gestão tem      de.                                         a capacidade de tomar decisões respeitantes à      Assim, e analisando a Figura 1., um sistema de                                         optimização e produtividade com o menor grau       informação para a gestão de uma central de repro-                                         possível de incerteza de informação.               cessamento deve ter em consideração um con-                                         Por fim, sem um sistema de informação capaz,      junto de módulos capacitados para dar resposta,                                         a tarefa de implementação e manutenção de um       não só aos requisitos do processo principal de re-                                         sistema de gestão da qualidade (designadamente     processamento, mas a todo o contexto de gestão                                         a norma ISO 13485), que responda aos requisi-      operacional e a actividades de apoio, desde os pro-                                         tos normativos associados a processos, rastre-     cessos de suporte e administrativos às questões                                         abilidade, gestão documental e gestão do risco,    logísticas e de controlo. Consequentemente deve                                         torna-se cada vez mais árdua. Efectivamente, a     o sistema de informação:
Magazine                                           SISTEMAS DE INFORMAÇÃO | CENES           Serviços internos                          Área de descontaminação           ou unidades externas                                                      - Receção de dispositivos           - G estão de pedidos                      - Consulta de instruções            de reprocessamento                                                       de desmontagem e lavagem           - Gestão de inventário                     - Registo de tintas, lavadoras e testes           - Gestão de notificações           Área estéril                               Área de inspeção           - Controlo de qualidade                    - Atribuição de filas de trabalho           - Gestão de inventário estéril             - C onsulta de instruções de inspecção e           - Expedição                                                       montagem                                                      - Impressão de etiquetas                                                      - Registo de esterilizadores e testes           Gestão e controlo                          Logística e mobilidade           - Gestão de entidades                     - Gestão de armazém            e recursos                                - Gestão de rotas                                                      - Aplicação Android           - Check lists           - Níveis de serviço           - Dashboards e relatóriosFigura 1.                                                                                                                   21 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016F ornecer a máxima disponibilidade operacional para  cos, sem descurar a priorização de processos, os ní-todos os utilizadores, independentemente da sua lo-   veis de serviço e os mecanismos de comunicação;calização, seja esta na central, nos departamentos    D isponibilizar aplicações de mobilidade, não só paradas unidades de saúde ou nos circuitos logísticos;    os circuitos logísticos mas também para as etapasMapear os processos operacionais de forma integral,  do circuito de reprocessamento onde a utilização deconsiderando as diferentes tipologias de unidades de  um computador não seja possível ou convenientesaúde, especialidades médicas e dispositivos médi-    (como na elaboração do pedido de reprocessamento                                                      ou na descontaminação);
MagazineCENES | SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A companhar, em tempo real, as actividades dos                   A implementação de um sistema de informação processos operacionais, administrativos e logísticos,             numa central de reprocessamento é um projecto através de dashboards de indicadores e relatórios                 que requer um planeamento apurado e um com- funcionais de gestão;                                             promisso permanente. As mudanças para um para- Possibilitar o rastreamento integral dos dispositivos            digma de inovação e automatização de informação médicos reprocessados, bem como facilitar o cum-                  comportam dificuldades que devem ser minimiza- primento de normativos e sistemas de gestão da                    das através da colaboração e envolvimento de todos qualidade aplicáveis à operação;                                  os stakeholders, de uma comunicação constante e Integrar, através de interfaces lógicos, com equipa-             pertinente por parte dos gestores e de um progra- mentos operacionais (como lavadoras e esteriliza-                 ma de formação à medida, completo e adaptado a dores), sistemas de informação empresariais (como                 cada perfil de utilizador. No entanto, as mais-valias ERPs), sistemas de controlo de assiduidade e siste-               e benefícios aportados pela plena utilização de um mas de gestão de recursos hospitalares (como salas                sistema de informação são evidentes. Não só pelos e blocos operatórios).                                            aspectos operacionais, onde ganhos de eficácia sãoEste conjunto de características-chave configura os                imediatamente obtidos, mas também pelos ganhosatributos funcionais elementares sobre os quais os re-             ao nível da eficiência, com a constante identificaçãoquisitos detalhados devem ser desenvolvidos e adap-                e avaliação de melhorias e optimização de recursostados à realidade de cada central de reprocessamento.              humanos, financeiros e materiais.Os projetos de implementação devem ser trabalhadosem função das tipologias das unidades de saúde e da                Nuno Gomescentral de esterilização, e das especificidades dos flu-           • Gestor de Projectos na Bettertechxos de trabalho, processos e níveis de serviço.                    • L icenciado em Informática de Gestão pela Universidade do                                                                    Minho                                                                   • M estrado em Engenharia de Sistemas - Investigação Operacional                                                                    pelo Instituto Superior Técnico                                                                   • M BA University of Massachusetts - EUAISO 13485                                                          CONSULTORIA | TECNOLOGIA | OUTSOURCINGSistema de Gestão de Qualidade para Dispositivos MédicosConsiderado um processo de elvada complexidade e criticidadepara a saúde pública, o processo de reprocessamento dedispositivos médicos está sujeito a obrigações legais necessáriaspara assegurar as boas práticas e a eficácia desse processo.A certificação ISO 13485 é uma dessas obrigaçõesNa Deltagest oferecemos um serviço global para aobtenção da certificação ISO 13485 e damos respostaao compromisso das entidades de saúde em atenderos requisitos mais exigentes do reprocessamento dedispositivos médicos www.deltagest.pt
MagazineGESTÃO DA INFRAESTRUTURA E MANUTENÇÃO | CENESO contributo da manutençãopara a disponibilidade operacional - IA A gestão da infra-estrutura e equipamentos          Consequentemente, a manutenção da I&E é pro-                              23 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016           (I&E) numa Unidade de Saúde está sujeita   gramada em função da fiabilidade operacional re-           a um elevado nível de exigência. E no que  querida, ou seja, planeada de acordo com o modelorespeita ao Serviço Central de Esterilização (SEC),   RCM (Reliability Centred Maintenance).que tem como produto final Dispositivos Médicos       Numa primeira fase, e alinhado com a Política deesterilizados aptos para o uso, e em tempo útil, a    Manutenção preconizada para cada Unidade dedisponibilidade operacional da I&E, afigura-se como   Saúde, devem ser definidos objectivos para pos-um factor operacional crítico.                        terior monitorização do desempenho das I&E.É neste enquadramento que a gestão de I&E assu-       Assim, terão que ser elaborados todos os planosme um papel preponderante, desde a concepção à        de Manutenção - de acordo com a Politica de Ma-manutenção dos meios, procurando assegurar uma        nutenção adotada - Ou seja, devem ser definidosdisponibilidade operacional permanente.               os seguintes planos:Assim, no planeamento da I&E de uma Unidade de        Manutenção de infraestrutura que garante queSaúde, quer os requisitos técnicos, quer os requisi-  todo o suporte vital a nível de infraestrutura se en-tos processuais, são analisados de forma a assegu-    contra operacional, (AVAC, Eletricidade, Redes derar que a concepção do espaço e dos meios promo-      Água), é elaborado tendo em conta todas as espe-vem a melhor eficácia operacional, não descurando     cificações e normativas a nível de qualidade de ar,a eficiência preconizada para cada processo, ineren-  tratamento de ar, tratamento de água, limpeza ete às boas práticas que contribuem para a seguran-    respectivos controlos periódicos. Sendo um SCEça do doente. Adicionalmente, é ainda necessário      uma área bastante sensível em questões ambien-que os requisitos de fiabilidade sejam incluídos no   tais, a Gestão Técnica Centralizada (GTC) possibili-processo de procurement, para que numa fase de        ta a monitorização do ambiente operacional.operação, a I&E tenha uma disponibilidade de ope-racionalidade próxima de 100%.
Magazine                                         CENES | GESTÃO DA INFRAESTRUTURA E MANUTENÇÃO                                         Manutenção de equipamentos, que verifica equipa-       Deste modo, a informação gerada pela manuten-                                         mentos utilizados no processo de esterilização pre-    ção permite afinar os planos de manutenção para                                         enchem os requisitos técnicos e normativos, todo       a melhoria do desempenho da I&E, procurando                                         este plano é baseado e estruturado segundo os pro-     assegurar o primordial objectivo – garantir a dispo-                                         tocolos de manutenção do fabricante. No entanto,       nibilidade operacional máxima para que a função                                         e tirando partido do histórico de desempenho dos       do SCE seja cumprida.                                         equipamentos, poder-se-á almejar uma maior dispo-      Diversos indicadores de desempenho poderão ser                                         nibilidade operacional, transformando a manutenção     conjugados com a disponibilidade operacional. No en-                                         preventiva em manutenção preditiva.                    tanto, os mais relevantes para a manutenção centra-                                         Calibração de EMM’s, que assegura a disponibili-       da na fiabilidade, poderão ser os seguintes:                                         dade de todos os EMM’s (equipamento de medida          MTTR (Medium Time To Repair) - Tempo médio de                                         e monitorização) necessários à operação tais como:     Reposição de Avaria                                         sensores de temperatura, humidade e pressão, sela-     MTBF (Medium Time Between Failures) -Tempo                                         doras, incubadoras, que se encontram verificados e     médio entre avarias. A disponibilidade e fiabilidade                                         calibrados, garantindo assim a operacionalidade e o    operacional melhora quando MTBF aumenta, e o                                         controlo ambiental.                                    MTTR desce.                                         Stocks, que contribui para a gestão de stocks          Deste modo, e completando o ciclo planeamento/                                         da organização e estabelece os níveis mínimos,         execução/controlo na gestão de I&E, constatamos                                         máximos e médios de stocks das peças (spares)          que o desempenho das I&E e a da informação ge-                                         necessárias à correcta operacionalização e gestão      rada são essenciais para a tomada de decisões e                                         I&E, garantido o cumprimento da disponibilida-         consequente melhoria do seu planeamento, cujo                                         de operacional. A previsão e definição dos níveis      contributo para a operação de um SCE é funda-                                         de stock é feita através de um historial de peças      mental, entre outras variáveis, para a segurança                                         substituídas e número de intervenções de um de-        do doente.                                         terminado equipamento.                                         Com o planeamento efectuado, é despoletado um                                        Objectivos de   Planeamento                                         conjunto de actividades para execução, nas quais                                    Disponibilidade     - Planos                                         serão realizadas todas as intervenções de acordo                                         com os planos definidos, intervenções essas de Ma-                                    Operacional                                         nutenção Preventiva (MP). A MP será realizada em                                         intervalos de tempo pré-determinados, ou de acordo     Acompanhamento                                         com critérios prescritos com o objetivo de minimizar   do Desempenho                                         a probabilidade de avaria nas I&E.                      e de Indicadores                                         O não cumprimento da MP, pode degenerar em ris-24 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  cos como falhas de produtividade e inoperacionali-                  Operacionalidade das                                         dade das I&E, que podem afectar o produto final do                     I&E de um SCE                                         SCE. Por outro lado, o cumprimento de todos os pla-                                         nos de manutenção com actividades de frequência        Controlo da                                      Atribuição de                                         periódica diversa, permite-nos realizar um controlo e   Execução                                     Responsabilidades                                         acompanhamento de todas as variáveis que influen-                                         ciam a operação de um SCE.                                          Execução de                                         Com um controlo e acompanhamento efectivo da ma-                    Actividades                                         nutenção é possível realizar um estudo da fiabilidade                                         de equipamentos e aferir da aptidão do equipamen-      João Almeida (Eng.)                                         to para realizar uma determinada função durante um     Infra-estruturas & Manutenção do CENES                                         dado período nas condições pré-definidas.
PUBLICIDADE                                             A engitagus é uma empresa nacional, de ca                                             pitais privados, com 20 anos de actividade, que                                             conta com uma estrutura técnica e humana                                             que lhe permite incrementar valor em áreas de                                             negócio como a Energia (instalações eléctricas                                             e certificação energética), Sistemas de Clima                                             tização e QAI e a Gestão da Manutenção de                                             Equipamentos e Sistemas Electromecânicos,                                             áreas em que os seus colaboradores têm for                                             mação e sólida experiência profissional.Desde 2012 apostamos numa política de        engitagus ldainternacionalização e estamos representadosem Moçambique respondendo ao crescimento     Morada: Estrada da Ribeirinha - Alcoparque 1, Fracção Ado mercado e da economia daquele país.       2705-845 Terrugem, SINTRAA empresa opera na área da Gestão de         Telefone: + 351 219 605 840Projectos e Energia, Instalações Eléctricas  E-mail: [email protected] Energia e Sistemas de Ar Condicionado(AVAC), oferecendo mão de obra qualificada   www.engitagus.come mantendo a mesma qualidade de serviços     Gps: 38º50’35.60’’N 09º21’47.68’’Wque em Portugal.Com um portfólio já bastante interessante,tem em carteira clientes como Nestlé, Galp,Millenium BIM, MozaBanco entre outros.
Magazine                                         CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL                                         Biodescontaminação Ambiental                                         com peróxido de hidrogénio                                         vaporizado em ambiente cirúrgico                                         Caso Prático                                         Vaquero de la Hoz MT*, Fariñas Cabrero M**, Vaquero Puerta JL**                                         * Divisão Biodescontaminação. STERIS Ibéria S.A.U. Espanha.                                         ** Serviço de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Hospital Universitário “Río-Hortega”. Valladolid. Espanha.                                         Estudo realizado com o apoio do Subprograma Torres-Quevedo-2009, do Ministério da Ciência e Inovação do Governo espanhol                                         (expediente nº PQT-09-02-02071).                                         PALAVRAS-CHAVE                             Contactos:                                         Descontaminação, desinfeção,               Doctora Arquitecta María Teresa Vaquero de la Hoz                                         peróxido de hidrogénio, salas cirúrgicas.  Clinical Specialist Biodescontaminación                                                                                    Steris Iberia S.A.U.26 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016                                             Calle Caléndula 95 - Mini Parc II                                                                                    28109 El Soto de la Moraleja, Alcobendas (Madrid), España                                                                                    [email protected]                                         RESUMO                                         Estudou-se a viabilidade da descontaminação ambiental no âmbito hospitalar com vapor seco de                                         peróxido de hidrogénio produzido por sistema VHP® ARD Steris. Foi aplicado numa Sala de Operações                                         e num quarto de Isolamento com adufa, ambos da Unidade de Queimados de um hospital geral.                                         As exposições foram, respetivamente, de mais de 400 ppm durante 40 minutos e mais de 250                                         ppm durante 89 minutos, sendo suficientes para a mudança dos múltiplos indicadores químicos e                                         a esterilidade mostrada nos indicadores biológicos de Geobacillus stearothermophilus. Em suma, o                                         ensaio foi satisfatório de acordo com as previsões efetuadas.
MagazineBIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL | CENESINTRODUÇÃO 	                                            ficuldade e morosidade requeridas em certas super-       27 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016No final do século XVIII, começaram a introduzir-se     fícies (tetos, paredes e recantos)5. A dificuldade eradiversas substâncias químicas para combater epide-      acrescida quando se tinha de descontaminar o equi-mias infecciosas, que se julgava serem transmitidas     pamento médico cuja complexidade era crescente.pelo ar de acordo com a “teoria miasmática”1. Os        Era urgente encontrar algum tipo de substância queprodutos eram supostamente tóxicos e, por conse-        tivesse problemas de toxicidade mínimos e umaguinte, eram aplicados em instalações fechadas, tais    maior capacidade de penetração nos poros e aber-como o interior dos barcos, e sem pessoas. Um pro-      turas das superfícies que aquela oferecida pelas par-cedimento semelhante foi levado a cabo por Lister,      tículas líquidas (gotas) dos desinfectantes utilizados.no final do século XIX, em ambiente cirúrgico mas já    Em 1984, para dar resposta a este problema, rea-de uma outra forma, através da emissão de vapores       lizou-se um ensaio sobre biodescontaminação porde fenol no decurso de uma intervenção, tentando        peróxido de hidrogénio como principio ativo, umacriar um ambiente asséptico, por forma a evitar as      molécula química muito conhecida, cuja principalfrequentes infeções cirúrgicas2. Naquele momento,       novidade consistia na forma de apresentação comocomeçava a ser conhecida a natureza microbiana de       vapor seco, que se demonstrou eficaz para determi-algumas infeções e a ser introduzidos outros proce-     nadas concentrações e tempos de exposição ao ardimentos preventivos, com base científica e ensaia-     .6-11 Inicialmente, começou por ser utilizada em salasdos em laboratório (vacinas, soros imunes, etc.)        expostas a um elevado risco de infeção, tais comoA partir dos anos 70 do século XX, começa a estudar-    as salas brancas da indústria farmacêutica e alimen-se em profundidade a epidemiologia das infeções no-     tar, laboratórios, entre outros .12-15socomiais e a sua prevenção3,4. Aplicam-se produtos     Chegou a pensar-se que esta inovação se poderiadesinfectantes emitidos para o ar em locais hospitala-  estender ao ambiente hospitalar onde continuavamres, com ou sem a presença de pessoas, segundo o        a ocorrer HAI (Healthcare Associated Infections). Nograu de toxicidade associado a esses produtos. Trata-   entanto, alguns micro-organismos causantes comova-se de soluções de combinações fenólicas e aldeí-     p.ex. o Acinetobacter baumannii, persistiam em di-dicas várias, dispersadas por aquecimento, a partir da  versas superfícies hospitalares, desenvolvendo umasua forma líquida, formando gotas que vaporizavam       resistência elevada aos antibióticos e por conse-as superfícies contaminadas. Este procedimento era      guinte colocando o paciente susceptível à infeção16.designado por “fumigação”. Uma aplicação peculiar       A necessidade de atender a potenciais vítimas deconsistia na descontaminação do equipamento médi-       pandemias transmitidas por via aérea, aparecidas noco de grandes dimensões, tais como as incubadoras       decurso da última década, motiva novas aplicaçõesusadas em neonatologia, dentro de grandes câmaras       nos centros de assistência em caso de emergênciaonde era introduzido gás formol que posteriormente      epidemiológica. A conceção da biodescontaminaçãoera neutralizado com amoníaco.                          de recintos hospitalares e sanitários (ambulâncias,A grande vantagem associada à fumigação era a im-       centros geriátricos, etc.) de uso continuado e depregnação, mais ou menos completa, das superfí-         grande dimensão torna necessária a sua avaliaçãocies expostas. O inconveniente era a toxicidade dos     através de um programa com indicações bem defi-componentes dos produtos utilizados, cada vez mais      nidas e uma planificação adequada ao cumprimentoconhecida e estabelecida, tais como valores TLV e       das mesmas.PEL, estudados pelas agências norte-americanas          Como exemplo da complexidade destes programas,especializadas em exposição laboral. Para além dis-     passaram a ser tomadas em consideração a tipologiaso, o equipamento de descontaminação não dava           das salas e espaços de acordo com o risco associado,informação suficiente sobre o nível de concentração     o tipo de pacientes atendidos e as práticas clínicasalcançada pelo desinfetante. Estes problemas asso-      a que eram submetidos 17. Para além das áreas ocu-ciados fizeram com que a descontaminação por difu-      padas por pacientes potencialmente propagadoressão aérea fosse preterida pela desinfeção manual de     de infeções por via aérea, como sejam os tubercu-superfícies através da adição de desinfectantes aos     losos 18 (que requerem isolamento), começam a serprodutos normais de limpeza comum, apesar da di-        consideradas as exigências requeridas, em número
Magazine                                         CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL                                         e diversidade crescente, por doentes imunodefi-          para pacientes de alto risco, desocupados. Foi apli-                                         cientes e especialmente vulneráveis, atendidos em        cado no bloco operatório com dimensões e caracte-                                         unidades de cuidados críticos (cuidados intensivos,      rísticas assinaladas na Figura 1. Esta unidade dispõe                                         queimados, transplante de medula óssea, transplan-       de ar-condicionado próprio que foi desligado durante                                         tes de órgãos, neonatologia, etc.), e aos submetidos     o ensaio, mantendo-se ligados os restantes dispositi-                                         a intervenções cirúrgicas. Em casos mais restritos,      vos eletrónicos. Foi estabelecido um estado de alerta                                         procede-se ao isolamento protetor (PE: protective        para em caso de emergência, poder ser parado o tes-                                         environment) .19,20                                      te e utilizada de imediato a sala de operações.                                         Ao longo do tempo, a eficácia germicida do vapor Ainda na mesma unidade de queimados, foi realizado                                         seco de peróxido de hidrogénio 21 frente a patogéni- um ensaio acerca de um quarto de pacientes críticos                                         cos resistentes 22, inclusivé priões 23,vai sendo com- internados, em isolamento com adufa incluída para                                         provada, atingindo níveis estéreis em determinadas proteção. Ver na Figura 2 dimensões e configuração.                                         condições de concentração, tempo de aplicação e Novamente, o ar-condicionado próprio foi desligado                                         termo-higrométricas ambientais. Mas a sua aplica- durante o ensaio, mantendo-se ligados os restantes                                         ção está somente comprovada na indústria alimentá- dispositivos eletrónicos.                                         ria e farmacêutica onde a sua utilização é vulgarizada.                                         Sem duvidar da sua ação antimicrobiana equivalente                                         em outros lugares, preconizam-se soluções para o                                                    Altura livre= 2.90 m                                              de hi                                         meio sanitário assistencial e hospitalar, sob a forma                                               Superfície útil= 41.16 m2                                         de esterilizadores a baixa temperatura e biodescon-                                                 VAlotluurmaelivtoreta=l=2.19109m.36 m3                            ddddcBcccBooooeeee&&nmmnsRRceemmhrxxioo                                         taminação ambiental 24. Com relação a esta última,                                                  Superfície útil= 41.16 m2                                         de•sc2r                                         torna-se necessário comprovar a sua viabilidade pe-                                                 Volume total= 119.36 m3                                         rante uma multiplicidade de fatores recentes: ma-                                                                                                                       • 2U                                         teriais de construção utilizados, tipo de instalações,   Figura 1.- Dimensões e configuração do bloco operatório.                                                       • 1U                                         equipamentos, circuitos elétricos, dispositivos ele-     FFiigguurraa1.1- .D-imDiemnesnõseõsees ceocnofnigfuigrauçrãaoçãdoodbolobclooocopeorpaetórraiotó. rio.          •• 11                                         trónicos, disposição, etc., sendo que a sua compa-                                                                                                                      •• 1ca                                         tibilidade com estes meios físicos assume particular                                                                                                                    • pca                                         relevância no que diz respeito à segurança do pa-                                         ciente e do pessoal circulante (contenção e controlo                                                                                                                       pu                                         de toxicidade). Estas variáveis devem ser tomadas                                                                                                                       • 1u                                         em consideração na organização, programação, pla-                                                                                                                       • R1                                         nificação e desenvolvimento da aplicação.                                                                                                                                                                                                                    RC28 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  A fim de medir o comportamento do vapor seco de                                      Altura livre= 2.70m m                                                            homCo                                         hidrogénio como descontaminante e desinfetan-                                        Superfície útil= 33.82 m2                                                        homAo                                         te até um possível nível de esterilização nas áreas                                  VAoltluurmaelivtoreta=l=2.9710.m31mm3                                            e viAs                                         hospitalares críticas, realizou-se um ensaio em salas                                Superfície útil= 33.82 m2                                                        einicviias                                         cirúrgicas da Unidade de Queimados de um Hospital                                    Volume total= 91.31 m3                                                           miniocsitar                                         Geral de construção nova, controlando os parâme-                                                                                                                      hmidosrotr                                         tros físicos da aplicação e a resposta antimicrobiana                                                                                                                 hguidarrod                                         em esporas bacterianas.                                         MATERIAL E MÉTODOS                                                                                                                                                    guarOd                                                                                                                                                                                                               regiOst                                         O estudo realizou-se no Hospital Universitário Río-                                                                                                                   rseisgtiesmt                                         Hortega de Valladolid (Espanha), na Unidade Clínica                                                                                                                   s3ddceceggieeooee5mmsmmrr%tMMmme.eem                                         de Grandes Queimados, com uma construção recen-                                                                                                                       35%.A                                         te, por forma a valorizar o procedimento de biodes-                                                                                                                   7,24,2A5                                         contaminação de salas de uso periódico intermitente                                         (bloco operatório) e de quartos, de uso continuado,                                                                                                                   7,24,25                                                                                                  Figura 2.- Dimensões e configuração do quarto de isolamento.                                                                                                  FFiigguurraa2.2- .D-imDiemnesnõseõsees ecocnofnigfuigrauçrãaoçãdoodqouaqrutoardteo idseolaismoleanmtoe.nto.                                         Circulador de ar                                         Módulo auxiliar                                                                                          Regenerado                                         Circulador de ar                                         Mdeódaurelojaamuexniltiaor                                                                             deRseugmenideirfiacdao                                                                                                                                                                                                         desumidifica
Volume total= 91.31 m                                            de Medicamentos y Productos Sanitarios, e no Infarmed e estão                                                                                                    em conformidade com a normativa vigente sobre                                                              germicidas. O produto apresenta-se em garrafas de 900ml,                                                              com uma solução concentrada de peróxido de hidrogénio a                                   BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL CENES35%.                                                                                                    As etapas que compõem o ciclo de biodescontaminação                                                                                                            Magazine                                                                                                                                                                                                                                                                 |                                                                                                    7,24,25 são desumidificação, condicionamento,Figura 2.- Dimensões e configuração do quarto de isolamento.                                              descontaminação e arejamento (Figura 4).                  Módulo auxiliar                           Regenerador                                      Durante o processo de desumidificação o ar                  de arejamento                           desumidificador                                                                                                          Ocgirceurlamaitcraivdéas duoticliazrtaudchoo fdoesiumoidcifoicnadsour mível Vaprox®, re-Circulador de ar                                                                                          ágsiNcrs,eiartucortuiafllaiasdzsçeáiãovsoedtlndeeeomacatoréInanddeif3Vca41ioHm4rnm3aaP/mh3®e,e4ndmetco3o/cmVhoo.amuppmerrooóflxuxixdno®oúedméesteãroo  58.779-4. Ali-                                                                                                                                                                                                                                                                 registados na                                                                                                          Aginejentacdoiae vEaspopriazañdoolsaemdcehegMar aeodpiocnatomdeentos y Productos                                                                                                          Sacdonenidtpeaenrrsóaixoçiãdsoo., dOee sni2soteamIan12fpga/romrdmiunz.eNudma aefainseejesçdãteoão em conformida-                                                                                                          dedecscoonmtamainançoãormparotpivriaamvenigteendtieta soabre germicidas. O                                                                                                          prcoodncuenttoraçaãporneesceessnátriaa-nsoeareémmagntaidrar.afas de 900ml, com                                                                                                          umaNtaraafvaséssoe dldueeçumaãroejcaacmtaoelinnstacod,oerondtaerrapéderaróexcdiidreocu, lpaqdueoeróxido de hidrogé-                                                                                                          nisoe adec3o5mp%õe.em oxigénio e água, até que a                                                                                                          sua concentração a t i n j a m e n o s                                                                                                          Asdpeeeró1txpaipdpmo a.desSheiqdguruonegdéoncioao, mOSpHõA:emPELo  (8h) de  de  biodescontami-                                                                                                                                                                             ciclo                                                                                                          nação 7,24,25 são desumidificação, condicionamento,                                                                                                          descontaminação e arejamento (Figura 4).Módulo sensor     Unidade Básica                            Recargas de                  VHP® 1000 ARD                           desumidificador                                                                                                                                  CICLO TIPICO DE DESCONTAMINAÇÃOFFiigguurraa 33--EEqquiupiapmaemnteondteobdioedebsicoodnetasmcoinnatçaãomSiTnEaRçIãS.o STERIS.                                                  COM SISTEMA VHPO equipamento de biodescontaminação utilizado                                                                                     12                                         3                                                                                   4               100%para emissão do vapor seco de peróxido de hidro-génio7,25, (Figura 4) foi o Sistema de Biodescontami-                                                                   Ponto de                                                                                                                                                  % Humidadenação (VHP®ARD BIODESCONTAMINATION SYS-                                                                          Condensação                                                                                                                                                      RelativaTEM) da STERIS, composto por uma unidade móvel                                                            Concentração VHP                                                                                                                                                        0%geradora de peróxido de hidrogénio vaporizado VHP®1000 ARD, com painel PLC B&R 420, que controla                                                                                                                                      Tempoas funções e permite um interface com o usuário e                                                                                                          1. Desumidificação | 2. Condicionamentoos dispositivos externos, porta Ethernet para cone-xão com PC e porta USB para transferência de dados                                                                                                             3. Descontaminação | 4. Arejamentode medida para a memória externa e os acessóriosabaixo descriminados:                                                                                     Figura 4.- Ciclo típico do processo biodescontaminação VHP®.2 sensores externos  de           concentração                                                 de  H2O2  Durante o processo de desumidificação o ar circula(SENSING UNIT);                                                                                           através do cartucho desumidificador reutilizável até1 circulador de ar (ROOM CIRCULATION UNIT);                                                               34m3/h, com um fluxo de circulação de ar de 14 a1 arejador auxiliar (AUXILIARY AERATION UNIT).                                                            34m3/h.cartuchos desumidificadores (DRYER): 1 de tama-                                                          Na fase de condicionamento o peróxido é injetadonho pequeno utilizado no bloco operatório e 1 gran-                                                       e vaporizado sem chegar ao ponto de condensação.de utilizado no quarto de isolamento;                                                                     O sistema produz uma injeção de peróxido de 2 a1 regenerador de cartuchos desumidificadores                                                             12g/min. Na fase de descontaminação propriamen-                                                                                                                        29 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016(DRYER REGENERATOR).                                                                                      te dita a concentração necessária no ar é mantida.                                                                                                          Na fase de arejamento, o ar é recirculado através deColocaram-se 2 ventiladores para favorecer uma di-                                                        um catalisador de peróxido, que se decompõe emfusão homogénea dos gases no meio interno.                                                                oxigénio e água, até que a sua concentração atin-                                                                                                          ja menos de 1ppm. Segundo a OSHA: PEL (8h) deA unidade de VHP® 1000 ARD contém um sistema                                                              peróxido de hidrogénio, 1ppm (0,0014mg/L). Os re-sonoro e visual para alertas (qualquer alteração na                                                       síduos produzidos carecem de toxicidade, estandoprogramação inicial do ciclo), bem como toda a infor-                                                     compostos por vapor de água e oxigénio. O vapor demação do ciclo, mostrando tempo e concentração                                                            água é eliminado pelo sistema de secagem.de peróxido de hidrogénio que é registada num PCportátil externo e guardada em dispositivo USB.
Magazine                                         CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL                                         O equipamento foi deixado em contacto e acesso         O início e monitorização do ciclo foram efetuados                                         superficial. Do interior de qualquer das salas testa-  através de um PC portátil conectado por cabo à                                         das foram somente retirados os componentes ce-         unidade ARD. Todos os dados capados pela unida-                                         lulósicos de forma a evitar o consumo excessivo        de e sensor externo à unidade puderam ser visu-                                         de peróxido. Todas as saídas de ar-condicionado        alizados no portátil, sendo que toda a informação                                         foram tapadas com lâminas de PVC sobrepostas e         obtida ficou registada no dispositivo de armazena-                                         coladas com fita adesiva impermeável bem como          mento USB, nomeadamente toda a informação do                                         outras zonas susceptíveis à entrada de ar. Todas       ciclo, tempos detalhados e níveis de concentração                                         as áreas foram sinalizadas com placas e demar-         de peróxido de hidrogénio. Vidé Tabela I para o                                         cadas com fita branca e vermelha para impedir o        seu resumo.                                         acesso, exceto nos casos de emergência devida-         Foram tidos em consideração os planos de des-                                         mente controlados e autorizados.                       contaminação e a documentação MSDS com limi-                                         Os ciclos foram iniciados no horário da manhã em       tes de exposição. Foram empregues os EPIs ne-                                         todos os locais testados, que ficaram fechados e       cessários à preparação dos locais, manipulação do                                         com o equipamento de desinfeção operacional até        equipamento, do Vaprox® e dos indicadores quími-                                         ao início da manhã do dia seguinte, altura em que      cos e biológicos, nomeadamente batas, óculos de                                         os espaços foram abertos e as condições iniciais       proteção e luvas.                                         repostas, tendo decorrido cerca de 20 horas des-       Foram ainda controladas as possíveis fugas de pe-                                         de o início até ao fim das operações. O período de     róxido para o exterior com unidades Dräger Pac III.                                         tempo em que os locais se mantiveram fechados          Para esta situação preparou-se ainda um equipa-                                         é muito superior ao necessário para que se com-        mento autónomo de respiração Dräger X- PLORE                                         pletem as 4 etapas que constituem a biodescon-         6300, filtro Dräger X-PLORE Pal 40.                                         taminação: desumidificação, condicionamento,           Por forma a medir os resultados da operação fo-                                         descontaminação propriamente dita e arejamento;        ram empregues indicadores químicos e biológicos,                                         sendo este tempo o mais aproximado da realidade        oferecidos pela STERIS. Os indicadores químicos                                         dadas as possibilidades operacionais de um am-         expostos ao peróxido de hidrogénio foram os STE-                                         biente hospitalar e as especificidades laborais. Ob-   RIS VHP® Indicator, concebidos especificamente,                                         viamente, o excesso de tempo de permanência do         colocados em inúmeros pontos do local (esquinas                                         equipamento de descontaminação deve-se a uma           superiores e inferiores, pontos-chave de propaga-                                         fase prolongada de arejamento e subsequente.           ção por contacto, lugares de difícil acesso, etc.).                                         Fixou-se uma concentração de peróxido na “fase         Os controlos biológicos foram os Spordex® cons-                                         de estagnação” de 400ppm e 30 minutos no bloco         tituídos por esporas de Geobacillus stearothermo-                                         operatório, e de 250ppm e 90 minutos no quarto         philus Apex Log 456 TriScale Indicators com car-                                         de isolamento. Estes ciclos são validados para ob-     gas de 104, 105, e 106 de cada tipo, colocadas em                                         ter uma redução da carga microbiana de .10-630 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016                                                                      Tabela I                                                                    TIPO DE CICLO E TEMPOS                                             RECINTO        CICLO   ESTAGNAÇÃO                     INICIO         FIM                                         Bloco Operatório                                                            30min	     > 400ppm	                   15:53	         9:28                                            Quarto	        400ppm	   16:38 - 17:18	             20/06/2011	  21/06/2011                                                            90min	     > 250ppm	                   12:10	         9:24                                                           250ppm	   12:51 - 14:19	             21/06/2011	  22/06/2011
Magazine                        BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL | CENES                                                                                           Tabela II                        LOCALIZAÇÃO DOS INDICADORES                Nº                                    LOCALIZAÇÃO  BLOCO OPERATÓRIO                        INDICADORES QUÍMICOS                  INDICADORES BIOLÓGICOS           1, 2, 3, 4	                              4 esquinas superiores                          __                5	             e inferiores do bloco                          Parte inferior da mesa cirúrgica	   Parte superior da mesa cirúrgica                6	                                            Parte inferior da mesa cirúrgica                          Parte posterior do PC do braço                7	            do equipamento cirúrgico	                      __                                Parte traseira da coluna                8	             do equipamento cirúrgico	                     __                9	                10	     Parte superior da lâmpada cirúrgica	                 __                        Interior da gaveta do equipamento	                   __QUARTO DE ISOLAMENTO                                                         __           1, 2, 3, 4	     Teclado e parte traseira do PC                                 colocado numa parede	           5, 6, 7, 8	                           4 esquinas superiores                             __                                                31 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016                9	          e inferiores do quarto	                           4 esquinas superiores                             __               10	          e inferiores da adufa	                            Parte inferior da cama	                Parte superior da cama               11	                                                 Parte inferior da cama                          Parte posterior do braço               12	       do equipamento cirúrgico	                           __                        Teclado e parte traseira do PC                                                                             __                            colocado numa parede	                            __                            Parte posterior do sofá	locais estratégicos onde, normalmente, se encon-      no quarto de isolamento. Os meios de crescimen-tra o paciente. Utilizaram-se ainda controlos bioló-  to dos indicadores biológicos foram incubados porgicos, distribuídos em séries com cargas de 104,      um tempo mínimo de 5 dias a 56-60ºC, controlan-105, e 106 em dois locais do bloco operatório e dois  do o seu crescimento por mudança de cor.
dnoucmumaenétpaoçcãao tmécanisicareeceenstpee.ciaDliezpaodias ndeastsa rmeactoémrieandsauçrgõees                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  niunmovaadéopraoscana máraeias draecbeionsteeg.uraDneçpaoipsordpaasrteredcaosmSeEnMdPaSçPõHese                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  inINovSaAdLoUrDa,s dnea á2r0e0a03d1a, bsiuorsgeigruarmantçaampboérmpaorstesdtaansdSaErMdsPSnPoHrte -                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  INaSmAeLrUicDa,ndose d2e00A0S3H1R,AsEu,rgairNaomrmtamUbNéEm10o0s7s1t3an(d20a0rd5s) 3n2oreteo-s                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  aGmueiraiscadneos de ASHRAE, a Norma UNE 100713 (2005) 32 e osqpuaertexigdeemstepsreceaquuçõipeasmeelnetvoasdasa.prPeosrenotuatroumlaado,esgtrrauntduerapcaortmepledxeastees preaqtuicipaammeenntetosinaacpersesísveenltaa uummaa deesstirnufteuçrãaocmoMmanpaulgeaxal.azAi necerepsrcaetinctaempernetoecupinaaçcãeosspívaeral caomumosapadceiseinntfesçãeomCENES BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTALmcaonnudaiçl.õeAsccrreistc|iceansteeparesoecluepçãaoçãmo ipcarorabicaonma doesnptarociednotsesmemioscdonedaiçssõiestsêcnrciitaicfaasz ecoamseqlueeçãaodmesiccoronbtaiamnianadçeãnotraomdboiesnmtael,ionsodâemabssitisotênsacniaitfáarzioc,omteqnuhea a tdoedsaconatamleigniatiçmãoidamdebieentapl,osnsoa, Guias deâimncbliutosives,aneitmárisoi,tuatçeõnehsa emtoedragenatesl,egsiteirmaidasdoeluçeão proasdsiac,alinpcalruasiveex,tinegmuirsisturatçoõsesepeidmeemrgioelnótgeics,oss,eqr uae sdoeluoçuãtorarafodricmaal ,psaeratoerxntairnigaumirusmurptorosbelepmidaempeiorslóisgtiecnotse,.que de outra forma,se tornariam um problema persistente. Figura 5- Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório.                                                                                                                                                                                                                                                                                                  Figura 6- E q uip a men to e localização de IQ e IB no quarto deFigFuigruara55--EEqquuiippaammeenntto e llooccaallizizaaçãçãooddeeIQIQeeIBIBnonoBBlolcoocoOOpepreartaótróior.io.                                                                                                                                                                                                                                                  FigFuisirogalua5rm-aEe6nqtu-oiEp.aqmueinptao me leocnatliozaeçãloocdaeliIzQaçeãIoBdneoIBQloecIoBOnpoeqrautaórrtioo. de                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  isolamento.A50l0ocalização dos indicadores químicos e dos in-                                                                                                                                                                                                                                                                                                                mento. O nível de      Hde2O22pmpmedmideodnidoosfincaolmdoo  ciclo e122134453dtacVqtn433411225500500505riaraiuvHa550050055c0000000000eroes0000000000aPtjTasud®cad,dcooboohérAmeserolRsaaappdDuõbleeIxa,eIixsinodmlpuciolaeoóomsrsomgs.iitigdfcasaniooifzsianssectdaaemoensdmsúodFrmarpeoi,gofdesCeurer:ror)têaAeBscnss)iircodtuc5eidoaunseseliadasddpoac6eoldos,asrennadetdofbealieesoámtm.asailriAhnrceeaaasnsedç,ptlãoaDBeeoss--))  ao entrar na sala foi                                        DrägerRE0SULTADOS 	                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     Pac III passando a 0ppm imediatamente após a aber-                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  tura do local e consequente arejamento.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  Em coerência com o registado graficamente, todos                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  os indicadores de exposição ao peróxido de hidro-                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  génio mudaram de cor, comprovando uma exposi-                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  ção suficiente. Todos os indicadores biológicos de                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  concentração diversa, 104, 105, e 106 de esporas                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  de Geobacillus stearothermophilus, depois de um15:1553:53       17:1372:32               18:1589:59                       20:2204:24                               21:2410:40                                       22:2527:57                                               0:103:13                                                       1:219:29                                                               2:425:45                                                                       4:041:01                                                                               5:158:18                                                                                       6:364:34                                                                                               7:570:50                                                                                                       9:096:06                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  período de incubação de cinco dias a 56ºC, não apre-As concentrações de vapor de peróxido de hidrogé- sentaram crescimento bacteriano.FFigmdacn4igu34lo0iutouri000ondrar00afanifona7ioc7trp.em-a.ra-odCr4eCoxod0onirmdncomecpeenabemnti-lnqrstoaoruuecaçnteãçoosdãonostoo(or.p(psa.ppUedpm5rotm)ai0l)idt0nzódeopaerHupioHF2-mOs2iaOg2e,l2ucdeoduraaurnacsrçan7auntar.pettreeuaOoomrccaihcpcmiolcrooleondns4noteu0ooBl0dtBlamopleocdpsocaomouiOss-OppeerarChDatótaOeórviroMiisao.a.EsliNiednTotÁacroR,mIqOupSeroavaedfiac,áccoiamdêoxsitiost,eemmaoVcHasPi®õeAs RanDtejá-rA23ó1200x00F00i00idgourdae8                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      riores, em locais hospitalares21. Neste ensaio em par-                              descreve a curva de concentração de pe-                                                                                                                                                                                                                                                                                             ticular destacam-se inúmeras vantagens, entre elas,                              hidrogénio no quarto de isolamento para                                                                                                                                                                                                                                                                                             a eficácia germicida demonstrada, atingindo níveis32 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016                 12:1120:10                       13:1336:36                             14:1546:56                                  16:1161:11                                        17:1273:23                                              18:1289:29                                                   19:1395:35                                                         20:2401:41                                                               21:2417:47                                                                    22:2523:53                                                                          23:2538:58                                                                                1:014:04                                                                                     2:120:10                                                                                           3:136:16                                                                                                 4:242:22                                                                                                      5:257:27                                                                                                            6:363:33                                                                                                                  7:379:39                                                                                                                       8:485:45txp1ei0rmmo000topeçodãetooctdaoelnqecumeenitqmruaaeçdãaooscs.oeOncsbeistnuetarrvaeaç-msãeo3qs7uu5eppeoprmapo2en5t0qopumpemáo-                                                                                                                                                                                                                                     estéreis, e a inocuidade do método tanto para o meio                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  ambiente como para os materiais e pessoas. A simpli-                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  cidade do processo químico, no qual não são produzi-é de 89 minutos. Utilizou-se o cartucho desumidifica- das moléculas intermédias e as moléculas finais sãodor grande. Estes valores devem-se ao facto de que tão naturais como o oxigénio e a água, contribuemFFigtaigeupurrarroas8igd8.r-o.a-CmCmoonancoçecdãeninotfrtiacrdaçaoãçdãocoa(ipc(applopummt)ino)dimdeceiHaaHt2lOi2(cO32a20dmdumurearinannnttueteetooopcsicecilacloalo4nuno0on0qiqupduapaarmtdroteo)ddeeisisposoulaalpramameerenefntíscottoieess.rAescuoltmadpoastibeilideavditeamcoamhousmeidqiufiicpaaçmãoendtoass  ARD na fase 2 (90 minutos a 250ppm) por não ter al- de alta tecnologia médica também é outro fator mui-cançado os níveis de concentração. Com 90 minutos to importante uma vez que a sua presença é maiora 250ppm, procedeu-se ao cancelamento manual da nas áreas críticas hospitalares e incluem circuitos ele-fase 3, passando diretamente para a fase de areja- trónicos que exigem precauções elevadas. Por outro
MagazineBIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL | CENESFigura 5- Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório.  Figura 6- E q uip a men to e localização de IQ e IB no quarto dFigura 5- Equipamento e localização de IQ e IB no Bloco Operatório.  isolamento.                                                                     Figura 6- E q uip a men to e localização de IQ e IB no quarto d  500  450                                                                isolamento.  352111242412334350050505055050005000000000000000000   50     015:53 15:53       17:32 17:32               18:59 18:59                       20:24 20:24                               21:40 21:40                                       22:57 22:57                                               0:13 0:13                                                       1:29 1:29                                                               2:45 2:45                                                                       4:01 4:01                                                                               5:18 5:18                                                                                       6:34 6:34                                                                                               7:50 7:50                                                                                                       9:06 9:06Figura 7 - CoFnicgeunrtara7çã.-o C(popnmce)ndtreaçHã2oO(2pdpumra)ndtee Ho2cOic2 lodunroanBtleoocociOclpoenroatBólroioco. Operatório.             Fig4u0r0a 7.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no Bloco Operatório.               430000               230000               120000               1000                  0                Figura 8.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no quarto de isolamento                Figura 8.- Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no quarto de isolamentoFigura 8 - Concentração (ppm) de H2O2 durante o ciclo no quarto de isolamento12:10 12:10     13:36 13:36           14:56 14:56                 16:11 16:11                      17:23 17:23                            18:29 18:29                                  19:35 19:35                                       20:41 20:41                                             21:47 21:47                                                   22:53 22:53                                                        23:58 23:58                                                              1:04 1:04                                                                    2:10 2:10                                                                         3:16 3:16                                                                               4:22 4:22                                                                                     5:27 5:27                                                                                          6:33 6:33                                                                                                7:39 7:39                                                                                                      8:45 8:45lado, grande parte destes equipamentos apresenta          Ainda que a historia dos hospitais conte já com                             33 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016uma estrutura complexa e praticamente inacessível         mais de 2 milénios e as suas condições higiéni-a uma desinfeção manual. A crescente preocupação          cas uma preocupação constante desde o início, apara com os pacientes em condições criticas e a se-       maior coletânea de documentação técnica e es-leção microbiana dentro dos meios de assistência faz      pecializada nesta matéria surge numa época maiscom que a descontaminação ambiental, no âmbito            recente. Depois das recomendações inovadorassanitário, tenha toda a legitimidade e possa, inclusive,  na área da biosegurança por parte das SEMPS-em situações emergentes, ser a solução radical para       PH e INSALUD, de 200031, surgiram também osextinguir surtos epidemiológicos, que de outra forma,     standards norte-americanos de ASHRAE, a Normase tornariam um problema persistente.                     UNE 100713 (2005) 32 e os Guias de CDC (2003,De salientar, que em relação à regulamentação de          2007) 19,20, para citar somente algumas das maissuporte que regula esta tecnologia no sector hospi-       relevantes. Todas elas perspectivando a proteçãotalar17, é maioritariamente muito recente, sobretudo      do paciente, sem esquecer das mais tradicionaisno que concerne a ambientes interiores-29, tendo no       elaboradas do ponto de vista laboral, por entidadesmáximo 2 décadas e em condições mais restritas, as        de renome internacionais, tais como a ACGIH oudas “salas brancas” já mencionadas30.                     NIOSH, ou em Espanha o INHST. O controlo de in-                                                          feção nos blocos operatórios foi-se estabelecendo
Magazine                                         CENES | BIODESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL                                         de forma decidida33, e em geral, alargou-se a todo                     CONCLUSÃO                                         os locais críticos hospitalares como consequência                      À vista dos resultados obtidos, a técnica ensaiada é                                         da recente normativa UNE 171330-4, específica                          viável e recomendada para o meio hospitalar, resol-                                         sobre “áreas controladas” dentro dos espaços sa-                       vendo problemas de flora residente, com níveis de                                         nitários34.                                                            redução de até 106.34 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  BIBLIOGRAFIA                                                           19. 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Fichet G, Antioga, K, Comoy E, Deslys, JP, McDonnell G:                                            Pharmaceutical Engineering, 2007; 27 (1): 22-32.                         “Prion inac- tivation using a new gaseous hydrogen peroxide                                         9. M cDonnell G: “Hydrogen peroxide fogging/fumigation.” J Hosp            sterilization process.” J Hosp Infect, 2007; 67: 278-286.                                            Infect, 2005; 62: 385-386.                                         10. M cDonnell G: “Fumigation of Enclosed Environments.” ISSM         24. Vega Buendía AM: “Tecnología con peróxido de hidrógeno                                                                                                                     vaporizado (VHP): esterilización de dispositivos médicos                                              Annual Yearbook, 2003.                                                 empaquetados y esterili- zación ambiental”. El Autoclave,                                         11. M eszaros, JE, Antloga K, Justi C, Plesnicher C, McDonnell             2008; 20 (1): 20-25.                                              G: “Area Fumigation with Hydrogen Peroxide Vapor.” Applied        25. STERIS Corporation: “Manual del operador. Unidad de                                              Biosafety, 2005; 10(2): 91-100.                                        biodesconta- minación VHP® 1000 ARD”. STERIS Ltd,                                         12. K rause, J, McDonnell, G, Riedesel H: “Biodecontamination of           Hampshire, UK, 2007. (12/18/07).                                              animal rooms and heat sensitive equipment with Vaporized                                              Hydrogen Peroxide.” Cont Topics, 2001; 40:18-21.                  26. AENOR: Norma UNE 100011:1991. “Climatización. La                                         13. K rishnan J, Berry JD, Fey G, Wagener S: “Vaporized Hydrogen           ventilación para una calidad aceptable del aire en la climatización                                              Peroxide based Biodecontamination of a High Containment                de los locales.”                                              Laboratory under negative pressure.” Applied Biosafety,                                              2006; 11(2): 76-80.                                               27. AENOR: UNE EN 13098:2001. “Atmósferas en el lugar de                                         14. M almborg A, Wingren M, Bonfield P, and McDonnell G:                   trabajo. Directrices para la medición de microorganismos y                                              “Room decon- tamination with vaporized hydrogen peroxide.”             endotoxinas sus- pendidas en el aire.”                                              Cleanrooms; Noviembre, 2001.                                         15. M cDonnell, G: “The hospital environment and disinfection”.       28. AENOR: Norma UNE 171210:2008. “Calidad ambiental de                                              NHS Healthcare, 2005; 72-73.                                           interiores. Buenas prácticas en planes de desinfección,                                         16. K ramer A, Schwebke I, Kampf G: “How long do nosocomial                desinsectación y desrati- zación.”                                              pathogens persist on inanimates surfaces? A systematic                                              review.” BMC Infect Dis, 2006; 16: 130.                           29. AENOR: Norma UNE 171212:2008. “Calidad ambiental de                                         17. V aquero de la Hoz, María Teresa: “Calidad del Aire Interior           interiores. Buenas prácticas en las operaciones de limpieza.”                                              (IAQ) en las edificaciones hospitalarias”. Universidad de                                              Valladolid, 2011. http://uvadoc.uva.es/handle/10324/836.          30. AENOR: Norma UNE EN ISO 14644-1:2000. “Salas limpias y                                              (Tesis Doctoral)                                                       locales anexos. Parte 1: Clasificación de la limpieza del aire.”                                         18. K ahnert A, Seiler P, Stein M, Aze B, McDonnell G, Kautmann                                              SH: “Decontamination with vaporized hydrogen peroxide is          31. Grupo de Trabajo de la SEMPSPH y el INSALUD:                                              effective against Mycobacterium tuberculosis.” The Society             “Recomendaciones para la verificación de la bioseguridad                                              for Applied Microbiology. Letters in Applied Microbiology,             ambiental respecto a hongos oportunistas.” Med Prev, 1999;                                              2005; 40: 448-52.                                                      1: 15-20.                                                                                                                32. AENOR: UNE EN 100713:2005. “Instalaciones de                                                                                                                     acondicionamiento de aire en hospitales.”                                                                                                                33. Cruceta Arbolés, G: “Verificación y validación de la calidad                                                                                                                     ambien- tal en áreas quirúrgicas.” Ingeniería Hospitalaria,                                                                                                                     2005.                                                                                                                34. Domínguez Hernández, V: “Documento de consenso de la                                                                                                                     SEMPSPH sobre la validación de salas de ambiente controlado                                                                                                                     en hospitales.” Málaga, Junio de 2009.
Magazine                                                         COMO SE FAZ? | CENESTradelabor: Monitorização AmbientalA monitorização de parâmetros físicos e micro-           GMP), pressões diferenciais, eficácia e eficiência           biológicos em salas limpas de uso hospitalar  dos estágios de filtração de ar (“leak test”) e taxas           (ambientes de trabalho asséptico) é um pro-   de renovação de ar. A nível microbiológico, a determi-cesso fundamental no que respeita à prevenção de         nação de partículas viáveis (unidades formadoras deocorrência de infeções nosocomiais e consequente         colónias), seja por exposição de placas de sedimen-segurança dos seus utentes. Em qualquer ambiente         tação, seja por utilização de método ativo, com vistaonde exista presença humana, a ausência de micror-       à determinação de eventuais partículas viáveis emganismos é de certa forma inevitável, pelo que, o        suspensão.objetivo máximo de um programa de controlo e mo-         A multiplicidade de fatores existentes e a sua inter-nitorização em salas limpas é determinar/impedir a       relação, bem como a relativa imprecisão e variabilida-existência de partículas viáveis (microrganismos) ou     de dos métodos de ensaio microbiológicos existen-não viáveis, que poderão constituir risco à ocorrência   tes, evidencia a necessidade e complementaridadede infeções (nosocomiais), mediante contacto direc-      da análise em conjunção dos parâmetros físicos eto com o utente, ou de forma indireta, por conta-        microbiológicos para garantir uma completa avalia-minação de materiais (estéreis) que posteriormente       ção da qualidade do ar.entrarão em contacto com o utente.À eficácia dos protocolos de limpeza, desinfeção e con-  Igualmente essencial, e complementar à definiçãodições de assepsia inerentes ao funcionamento deste      dos parâmetros a ensaiar, é o estabelecimento detipo de ambientes (fardamento, procedimentos/técni-      um plano periódico de ensaios/monitorização, o qualcas de trabalho), juntam-se outros componentes “cha-     garanta resultados que permitam o diagnóstico ne-ve” para o controlo e manutenção da qualidade do ar.     cessário e a eventual aplicação de ações corretivasA nível físico, destaca-se a importância do controlo     e/ou preventivas, previamente definidas, cujo objeti-e monitorização de temperatura, humidade relativa,       vo último será a segurança do utente hospitalar.concentração de partículas totais (classificação ISO-                                                         Eng. João Santos, Validação de Salas Limpas da Tradelabor                                                                                                                    35 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016
Magazine                                         CENES | ENTREVISTA                                                          Prof. Dr. Carlos Robalo                                                          Cordeiro                                                                    Presidente da SPP36 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  Como surgiu a Sociedade Por-       bagismo, na poluição atmosféri-     méstica, ocupacional e ambien-                                         tuguesa de Pneumologia e qual      ca, na vacinação e na correta uti-  tal e das infeções respiratórias.                                         tem sido o papel da mesma na       lização de antibioterapia, como     Um dos grandes desafios recen-                                         prevenção das doenças respira-     igualmente numa indispensável       tes da SPP é sem dúvida a sua in-                                         tórias dos portugueses?            aposta no contínuo aperfeiçoa-      ternacionalização, que passa por                                         A Sociedade Portuguesa de Pneu-    mento e modernização dos ser-       um novo posicionamento e por                                         mologia, surge em 1974, pela ne-   viços hospitalares, numa mais       uma maior abertura para a Euro-                                         cessidade sentida por diversos     eficaz interação domiciliar e na    pean Respiratory Society (ERS).                                         profissionais que se afirmavam     disseminação da acessibilidade                                         como expoentes na prestação de     da população aos cuidados de        Os grandes desafios                                         cuidados de saúde respiratórios,   saúde, que constituem exem-         centram-se na aposta                                         com o objetivo de promover e       plos paradigmáticos aos cuida-      na prevenção da                                         proteger a saúde respiratória dos  dos respiratórios domiciliares      doença respiratória                                         portugueses, apostando sempre      e a reabilitação respiratória e,                                         na educação e na formação pro-     globalmente, na promoção da         Tendo como fundamento nucle-                                         fissional, através de estímulo ao  qualidade de vida dos nossos        ar a promoção da saúde respira-                                         desenvolvimento de estudos e à     doentes.                            tória e enquanto sociedade cien-                                         divulgação de todos os assuntos    Quais os maiores desafios ou        tífica, a Sociedade Portuguesa                                         relacionados com a patologia res-  dificuldades e quais as gran-       de Pneumologia foi, é e sempre                                         piratória, sob qualquer aspeto ou  des conquistas que já foram         será o reflexo da capacidade                                         modalidade.                        feitas pela SPP?                    de intervenção dos seus asso-                                         Nos últimos anos temos procu-      Os grandes desafios centram-        ciados, num país onde a saúde                                         rado assumir um papel relevan-     se na aposta na prevenção da        respiratória não deve nem pode                                         te na resposta às necessidades     doença respiratória, de que não     ser ignorada, pois representa                                         urgentes na área respiratória,     é demais salientar o papel de re-   um significativo impacto na saú-                                         não apenas numa perspetiva         levância nefasta do tabagismo,      de da população.                                         preventiva, com enfoque no ta-     mas também da poluição do-
Magazine                                                                      ENTREVISTA | CENES                                    Dr.ª Ana Oliveira                                    Coordenadora da Comissão                                    de Técnicas Endoscópicas da SPPNo âmbito da Comissão de Téc-       com o doente. O reconhecimen-     mesmos em exames de diag-                  37 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016nicas Endoscópicas da SPP, a        to da situação é importante uma   nóstico?temática da esterilização e re-     vez que uma pseudo-infeção        A sensibilização não deve serprocessamento dos dispositivos      poderá determinar o uso desne-    feita aos utentes, mas aos pro-médicos tem sido abordada?          cessário e inadequado de antibi-  fissionais que diretamente in-Apesar de ser um tema muito         óticos.                           tervêm nos referidos exames.pertinente, nos últimos anos        Assim, para além da adequada      Tantos os médicos que execu-não tem sido abordado nas reu-      limpeza e desinfeção dos apa-     tam os exames como os enfer-niões da Comissão de Trabalho       relhos, bem como dos aces-        meiros que assistem na realiza-de Técnicas Endoscópicas.           sórios utilizados, deverá haver   ção dos mesmos devem saberConsidera que pode existir          uma vigilância microbiológica     as regras de correta limpezauma relação direta entre a qua-     de eventuais surtos em cluster    e desinfeção dos aparelhos.lidade dos serviços de esteri-      de organismos detectados por      Deve ser também da responsa-lização/ reprocessamento de         broncoscopia. A deteção de um     bilidade dos médicos que execu-dispositivos méd icos e as in-    cluster de microorganismos em     tam os exames e que controlamfeções decorrentes de exames        doentes submetidos a broncos-     os resultados obtidos, de mododiagnóstico?                        copia deverá determinar uma in-   a detetar precocemente umAs infeções ou pseudo-infeções      vestigação de modo a apurar a     eventual cluster de infeção.decorrentes da deficiente limpe-    origem do foco.za e desinfeção dos aparelhos       Estas situações são muito raras   Deve ser tambémde broncoscopia estão bem des-      e só são passíveis de ocorrer     da responsabilidadecritas na literatura, sendo situa-  quando as regras básicas de       dos médicos queções raras. As mais frequentes      limpeza e desinfeção não são      executam os examessão as pseudo-infeções, ou seja     cumpridas. Na generalidade        e que controlamcontaminação do canal de traba-     das Unidades de Endoscopia        os resultados obtidoslho por deficiente limpeza ou de-   Respiratória os aparelhos sãosinfeção que se traduz por cultu-   reprocessados por pessoal trei-   A SPP, através da Comissãoras positivas em colheitas, sem     nado (usualmente enfermeiros)     de Técnicas Endoscópicas, po-existir uma verdadeira infeção,     o que minimiza a possibilidade    derá intervir na organização desendo que na maioria das situ-      da ocorrência deste tipo de in-   sessões de sens ibilização paraações os microrganismos não         feções.                           médicos e enfermeiros que es-chegam a entrar em contacto         De que forma pode a Sociedade     tejam envolvidos na realização                                    Portuguesa de Pneumologia ser     de broncoscopias, não só das                                    um interveniente ativo na sen-    unidades de broncoscopia mas                                    sibilização dos utentes, para a   também de blocos operatórios                                    importância da correta esterili-  ou unidades de medicina inten-                                    zação de dispositivos médicos,    siva, onde estes aparelhos são                                    no que respeita à utilização dos  muitas vezes usados por não-                                                                      pneumologistas.
38 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016   Magazine                                         CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS                                         Reprocessamento de endoscópios - I                                         A importância da desinfeção                                         de endoscópios                                         Todos os microrganismos patogénicos e, ocasionalmente, aqueles que                                         em condições normais não o são, podem produzir diversas infeções, se                                         forem introduzidos de forma mecânica no interior do organismo, seja a                                         realizar uma técnica cirúrgica, uma exploração invasiva ou simplesmente                                         uma cura cirúrgica. Por outro lado, é muito importante ter em conta que                                         as intervenções, explorações, curas, etc., se realizam cada vez mais em                                         doentes com idades muito precoces ou muito avançadas, e por vezes                                         com graves problemas associados. Estas infeções nosocomiais são um                                         dos principais problemas com que nos deparamos atualmente a nível                                         hospitalar, com graves repercussões, quer económicas, quer sociais.
MagazineREPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENESE ntre as medidas com eficácia compro-                D.- Secagem, que se realizará imediatamente após       39 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016           vada na luta contra estas infeções no-          o enxaguamento, para evitar a formação de man-           socomiais encontram-se a limpeza e a            chas na superfície do instrumental que acabariamesterilização. A equipa de enfermagem pode e               por produzir corrosão no mesmo. Uma secagemdeve ter um papel muito importante na preven-              defeituosa, com a existência de gotas de água,ção deste tipo de infeções, mediante a realiza-            pode conduzir a uma esterilização incorreta, umação da limpeza e esterilização dos materiais de            vez que as gotas de água podem atuar como bar-forma metódica e precisa, dando a cada material            reira protetora sobre as bactérias.o tratamento mais adequado, uma vez que estastarefas são atividades muito ligadas à prática de     Uma vez limpo o instrumental, procede-se à este-enfermagem.                                           rilização do mesmo, de forma a evitar o contágioNão deve esquecer-se que o material endoscópi-        com vírus da hepatite B, C, VIH, etc., que se po-co é um bem comum, que tem um custo muito             deria produzir através de picada por parte do pes-elevado, e que a sua má utilização ou tratamento      soal que o manipula, ao colocá-lo nos contentoresinadequado encurtam a vida do mesmo.                  cirúrgicos.Por esse motivo, a Pentax Medical está envolvi-       Limpeza mecânica elétrica (máquinas de lavar)da de forma ativa na formação e no seguimento         As máquinas de lavar elétricas possuem, geral-destes processos. Além disso, a Pentax Medical        mente, vários programas, sendo estes cinco osinveste no I+D para modificar os seus produtos        principais:e facilitar a limpeza dos mesmos. Através de um       - P ré-lavagem: programa útil para instrumentalrigoroso protocolo, certifica que, com a utilizaçãoadequada, os endoscópios serão absolutamente           muito sujo.seguros e livres de infeções cruzadas.                - L avagem do instrumental: nesta fase, a tempera-A limpeza pode ser realizada de duas formasdistintas                                              tura do interior da câmara não deve ser superior a1. Manual.                                             45°C para evitar a coagulação das albuminas que2. M ecânica, com máquinas de lavar elétricas ou      permaneceriam coladas à superfície do material                                                       e que acabariam por o deteriorar.   por ultrassons.                                    - Enxaguamento: nesta fase, a temperatura deveA limpeza manual compreende quatro fases               oscilar entre 75°C e 90°C.A.- L impeza do instrumental, com o detergente       - D esinfeção térmica: a 90°C durante 10 minutos                                                       para prevenir doenças profissionais na manipula-     selecionado para tratar e dissolver a sujidade.   ção do instrumental.B.- Escovagem com uma escova de cerdas não           - Secagem do material.                                                      - A tualmente, a tendência é limpar o instrumental    metálicas (as cerdas metálicas podem danificar     o máximo possível por este meio devido à sua    o aço) com a finalidade de libertar a sujidade.    rapidez e eficácia, para além de que o pessoalC.- Enxaguamento com água desmineralizada (as         de enfermagem apenas manipula o instrumental     águas muito duras podem produzir manchas          contaminado.     no instrumental e, posteriormente, corrosão      Escolha do detergente     por picadas), sendo o enxaguamento reali-        Dos múltiplos detergentes que existem no merca-     zado de forma minuciosa e com água abun-         do, a escolha do mesmo faz-se com base no seu     dante, para remover os restos orgânicos e o      poder desincrustante, na facilidade de penetração     detergente. Não existe uma boa limpeza sem       até aos pontos mais inacessíveis, eliminando san-     um enxaguamento perfeito, uma vez que            gue, secreções, gordura, etc., que seja eficaz em     qualquer resto de detergente atuará como         águas duras, que não forme placas calcárias, que     barreira, impedindo a ação do agente esteri-     seja de enxaguamento fácil, que não seja corrosi-     lizante.                                         vo e que seja facilmente biodegradável.
Magazine                                         CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS40 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  O que é a desinfeção?                                rial em solução desinfetante, deixando a referida                                         A desinfeção consiste na destruição dos micror-      solução atuar durante 20 a 30 minutos, sendo o                                         ganismos patogénicos e de inúmeros saprófitos.       material depois depositado num recipiente com                                         Deve desinfetar-se todo o material que vai estar     soro fisiológico ou envolto num pano estéril para a                                         em contacto com mucosas ou pele não íntegra          sua utilização.                                         dos doentes. Segundo a FDA, os desinfetantes de      O profissional de enfermagem verifica se o ma-                                         alto nível são substâncias químicas capazes de eli-  terial está perfeitamente limpo, uma vez que a                                         minar em 15 a 30 minutos os germes patogénicos       presença de restos orgânicos inativa a solução,                                         depositados sobre um material inerte, alterando      bem como se a imersão do material a desinfetar                                         esse material o mínimo possível. Esta destruição     é feita corretamente, ou seja, que não existem                                         abrange toda a forma de vida vegetativa, bacté-      zonas de material que não estejam em contacto                                         rias, fungos, vírus, etc., menos as suas formas es-  com o líquido desinfetante e que este não está                                         poruladas (esporos), exceto se aplicados durante     fora de prazo.                                         longos períodos de tempo (6 horas ou mais) em        Uma falha no processo de limpeza e desinfeção                                         solução integral.                                    pode acarretar consequências negativas na pos-                                         Dos diversos materiais utilizados como desinfe-      terior esterilização do material de endoscopia,                                         tantes de alto nível, existem atualmente dois mais   favorecendo a transmissão destas infeções. Daí                                         conhecidos e de eficácia comprovada.                 a importância do cumprimento rigoroso de todas                                         O glutaraldeído a 2% e o glutaraldeído de fenola-    as fases do processo de limpeza e desinfeção por                                         to. A desinfeção realiza-se por imersão do mate-     parte dos profissionais de enfermagem.
mine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          Magazineácia Anti-Microbiana contra largo espectRroEdePmRicOrooCrgEanSisSmoAs MENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENESroactividade na Prevenção da Infecção Hospitalarcesso validado e cLoíndtroelardoGamlobibenatallmnenoteControlo da Infecçãocações: UEnsitdeardileizdaeçCãuoidados Intensivos, Blocos Operatórios, Salas Litmrepausm, milhão de objetos submetidos a esteriliza-                                         Ensapadçeosstnrousiçqãuoaisdfeoratomddaetecpçt-ãea6odloo. sTqauleé,                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     praticamente impossível de demonstrar,aços                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             na prática, consideramos que um objetoBiodescontaminação 10os.      Críticos e de Risco elevado, e em                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          estéril se este                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 processos de          A esterilização consiste          (aosfoerm®spaSoisrdtoeesmvsaiãdeoaSemmrviiciçcroroodrbgeiaaBnnioiasd,mesioncoscnlumtainmadiisonar®çeeãssopisAotmeronbs-ientaamlperetisdeonataosumdiveesrtsaodso                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         tiver sido sub--PRO maX & V-PRO 60tema                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           esterilização e          detraeEdssiataeçorõiEEelcfliiisazcm)álai.ocnçieraã,oAonbrtisie-dcMmoeicdrBeocibanoifaimexncaaçocãToonaentormaasolgapcreogemonrteiaaesltp.sueMcratqaxroiumHdíimez2emi0acics2oreosgaourrge5aan9nçis%amatdooosedDqoouesniptoeas.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          da central de esterilização tiver validado                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 controlos realizados no processo.mente a suNaãeofiécápc+oiaPs.rsoOíavpcettivilmiddaiezdemnooa snPerseutvrecanuçrsãdtooedaofpIonerfemrcaçcaãiooeHnfioacsla.piztaloaresta- É muito importante ter sempre em conta e res-ou 136 Litdroose, s12téorPuirlod2ce0essLuoumvmalimedanadsotpeeorciraocnl,ticrqollouad,eoPrlaapmsombrieqanutFaerlmeoees.ntme eios de peitar as recomendações relativas à esterilização          Usaqaurp+eredRsiáseppEAnidsopçplomiaacça+ooçdsõsVeeCesnrr:míãtsUicáoniotciidsslraeoã+dordeEgedscaReuonisCfnciiusoócimdimeealedonivcosatosdeIovn+s,tievepSnoeaesmsigrvaouEnsrsd,oupBeaml+oçmocTosoorsnnaboOnsjspeqtqertuuraoaailtr,ioósrfioorsadb,mSoeamdlamesteLcacimottaepmdraoisoas, l                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               indicadas pelo  fabricante   na etiqueta,ácil  de                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         o cumprimento   da norma     CEE corres-nologia údneicpaaerapnaSdtuerotno-tnse.oasdacdoembafaixlasotesmnpeegrattuivrao,sb,aqseuaedrapeomrqpueeróxidpoodnedente, eliminando todo o material de utilizaçãoV-PRO maX & V-PRO 60oogsiétinvioosvmocapoémondrtieicazosamsmdiotneoaarmçpsãreooocscoeien, qssvíusoveoeluipsnd®,eteprámrroviilaetoe,rniorfgeincapdnarodçecoãoeoasmspsauraroatcdevoiurdmizaailrfúipaataibl.ruileimdcaead®e oús nica uma vez utilizado.          não estSéirsitlemquaadnedEostnerailirzeaaçlãidoaddeeBaoixeasTteám, pdeerpataurraanH- 202Coar5té9s%Ridaura, L.-D.U.E. Supervisor da Central de Esteriliza-cações: Cdeon-ntroaiss dceoEmsteurmilizafçaãlsoo, BploocsoistivOop.erAatóersiotes.rilidade de ção donsulte a MeuasmtrsizeodboejbeA6Cj0uteoomotmuoefnp1at3neaz6tãaiLborsietuirlaiofedesesa,fri1dtêc2áeánocvcciuaaio.2alOi0ndptàLatauidmmmpaiezripneonesboalpoadsoesboruicF.lciiacudIblssoatr,toidPocoelaapsnsemdtirgeaaecsnFioriqefnieuac.lea.                                                                                                                                                                                                                                           Hospital Geral Universitário de Valência                                                                                                                                                                                                                                           Dr. Emilio de la Morena,. Chefe do Serviço de Endoscopia dow.steris.cqoume/pproodd+ueFcmátcsiol/ddseeeUvinscacer om+nRatátrpraixdrou+mVerosábtijle+tEoconnãóomiecos+téSreigl ueron+- TranHqousilpoital da Zarzuela.          Tecnologia única e patenteada de baixa temperatura, baseada em peróxido deystem 1® Expresshidrogénio vaporizado a seco, que permite reprocessar com fiabilidade os                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  Especial Endoscopia                              dispositivos médicos termosensíveis, prolongando a sua vida útil.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  Reprocessamento automático detema Único deApEliscatçeõreisl:iCzeançtrãaisodenEostePrioliznaçtãoo, dBleocoUssOoperatórios.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  Endoscópios.der GlobLaídlenr oGlCoboanl ntrooCloondtraolIondfea cInçfãecoçãoá1p8idmoin+uStoesg,uerloim+iCwnRoweenwnasu.tscaltteoebrniiasli.tMdcaoaammtdriie/znpdranoeçodCãuUoocmtssco/prdaudetzviebiacilEdeidmnaaddaeteornivsxtacrleóidpaedixoaaspme+leoVsseFdaresbáreictinalndtoesscopia.BSyiostdeemsc1onEtaxmpriensasrodutividade entre Exames®                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   Especial Endoscopiaiodescontaminação 1çã0o 10-6a Endoscópios rígSSidiissottseemme faaleeÚxnSíveiecriovsideçoetoEddseoteBsriiolisdzeadsçiscãpooonnstioatimvPoionsnamtçoãéoddeiAcUomssbosiuenbtmalergíveis                                                      -6                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    Reprocessamento automático de                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              Endoscópios.mteemseameluSmeervnisçoEmd1e8 Bmiinoudtoes,seclimoinnetaacmonitnamaiçnaãçoãoAcrmuzbadiaeennttraelexames de endoscopia.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             Aplicações: Unidades de Exames                               E+liRmáipniedoo +risSceogudreoin+feRceçnãtoabniloidsaodceomnoiaUl.sMo adxeimEnizdeoascsóepgiuorsa+nçVaedrsoátDiloente.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            Especiais com Endoscopia (Urologia,                               E+fiPcráocdiautAivnitdi-aMdeiceronbtrieanEaxacmonetsra largo espectro de microorganismos                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    Ginecologia, Gastroenterologia,®mine o risco de infecção nosocomial. Maximize a segurança do Doente.Reliance EPSácia Anti-Microbia+PnaPraarocEanocdtniovtisdrcaaódpleaiorngsaorPígreiedsvopesneeçcãftloeroxdívadeIiensfeemctçoicãdoroosHooorssgpdaiitsnapliaosrsmitiovoss médicos submergíveistema de DesinPcforeomcceeçsssãoeomvadlluidmeadeAonsletcoonNtroívlaedol apmabrieantEalnmdenotescópios Flexíveisroactividade na PrAepvliecanççõãeos: dUanidInadfeecdçeãCouiHdaodsopsiItnatleanrsivos, Blocos Operatórios, Salas Limpas,                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          PneumApolicloaçgõieas,:CUanirddaidoelsodgeiaE)xaemBelsocos& Reliance EPSongue a vida útil                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      Especiais cOompeErnadtoósrcioopsi.a (Urologia,cações: Unidade                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           Ginecologia, Gastroenterologia,caeqssuoevaaRlidealidanoceecEEosPpnSatçrtooeslmaCdríuotimcaomsseisbdtieemnRtisacloúmnee®liecnvotaedsoe,me ecmoEnsepaxçõoessncoos qmuaEisnfodroamscdóepteioctsa?dos                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     Pneumologia, Cardiologia) e Blocos          SSdduioesrtstoCesEmu.nidadaoddseocDsópeInsi®otinesnf,eOscivpçotãisom, BdizleeoAcooltcsouONstpíoveerdlaeptóamrriaaonsEu,nStdeaonla®sçscãóLoip.miopsaFs,lexíveis                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     41 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016V-PRO maX & V-PRO 60meaoigçnsuoa.rçsoãCo+rídtTiarcaodnseqseucidlooenSSP+atrRiosabitlmiEsoaeccnqmiognuuaaneeeçóaldeaãmRevoveaiiEdlcmidaasonotúaec,tneirleiudElieaoPzlSmsaEtçenEãmdsoopusdamceóçspoBiisosatesin,mxOoaaspTútqinemiumcizaoepisseoefrmcoaurtcsauotmornaedxdeHõeme2ts0aecnc2outmtaaedn5Eço9nãsd%oo.scópios?                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  Operatórios. rocessamento auA+touSmmegeáuntrtioeca+osTduraaenedqfiuicsiálpocoi+as.EiOtcivpootnimósmimziecéoodsiecuocsucstoomopeersaecimonalul.mens.-PRO® maX & V-PRO® 606El0imoiuna1ç3ã6oLditarodse,s1c2oonuta2m0inLauçmãoenms apnouracliclo, Plasma Free.ntwseu.smltteeariasd.MceoamEtrsi/zptedroerdi+TRCClueeioFcozcpnánrmtascoosuiçlc/lplotddeãegaseeiostaaUvaibMmúiscdianaleeirietdcnrm+iatazoBRdeadaáateepupraiitCivxdxtoeaoomanlmi+tádeTptaaViacededtoiarmbasdidáleiptedpiledabe+dilasoerpiExsaovcaasoFttilnetuaidimvóbaromdrpasiaeiccmrHpaoaéetn+ud2lotriecSa0so,esF2bgs:aaubcsarroeoicma5a+dnea9Ttrese%aesmn:mqpuleuilrmoóxeindso. demente a sua eficáchwiiawd.rwoOg.séptentriioms.vciaozpmeo/ropizraosdedouucactssue/dcseotvo,iqcoeumeppeaterrraixmciitoenreaplr.ocessar com fiabilidade osou 136 Litros, 12 oduisp2o0sitLivuoms meéndsicpoos trecrmicolsoe,nPsílvaesism, paroFlorenega. ndo a sua vida útil.aánoe1ctocge2illtéco1odn7hgseii9oa|HU6Dvúse8aeanaprs0ilciot+8nahr1fiReezc|caáapiçdpnr+PBaCwA+PVãoeifirdtrpo3o3iowoeetlo55daTn@aijwvnce11&esteeas+cu.tsve2s2çceecntliEct1t1oõoteacçVen7has7snerãdoetia9thsts|H9oeeaa:r,6.DM6comsrecC8qe8oideáaallheiums0iontte0lCznir.tie8na8pil/tgaohzbç1frp1t+eçapcnãidra|cei|oo|ãatseeiiçEnrxdrsowirdAnCãoefcuamoeofmwol|cooT@otEmt&@ibBenewstsvide/cipetmióEvodte.nnaaiasvtemrrdtttaphiievieealIttbienoieazpirelccicisaclfl|lrhteriiohodceçeazo.mRp.ãagaçtocpcet+oduçaãithnpee|ãte,or|rr.sowtBSasiopvxawls,ewac|otmaelwbBgciwdsrioawuiso.anvcass.rddivmaeootOeaiatçasmeatpp+ceãndteeeocotarlcfoThnoaihr.attsedp.aóapbmFetrntaiioDlqibinspdirusa.iecpaçialodrãonósoeittxeioivsdosos Mdéedicos  Distribuidor Exclusivo ositivos médicos termosensíveis, pro®longando a sua vida útil.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       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42 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016   Magazine                                         CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS                                         Reprocessamento de endoscópios - II                                         A esterilização como um eficaz                                         método de prevenção                                         Os Procedimentos Endoscópicos são métodos utilizados para diagnósticos                                         precisos e terapêuticas invasivas em várias especialidades, incluindo                                         a urologia, gastroenterologia, oncologia, ginecologia, pneumologia,                                         entre outras. O risco de infeção em ambiente hospitalar é considerável,                                         dependendo do tipo de procedimento endoscópico e principalmente da                                         eficácia do reprocessamento. “As infeções associadas aos cuidados de                                         saúde (IACS) incluem-se hoje entre as complicações mais frequentes de                                         hospitalização. No início da década de noventa o Harvard Medical Practice                                         Study constatou que, só uma IACS era a segunda mais importante das                                         complicações adversas em doentes internados. As IACS apresentam                                         muitas características que as tornam uma componente crítica de qualquer                                         programa de segurança do doente.” (1). Desta forma, os endoscópios                                         usados em hospitais e clínicas, podem ser fontes de infeção cruzada,                                         quando o seu processo de reprocessamento não for efetivo. (2)
Magazine                      REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENESA partir da década de 80 a infeção hospitalar         Segundo o Plano Nacional de Controlo de Infeção,           teve um aumento muito significativo, cha-  as precauções padrão “… constituem uma estra-           mando a atenção da comunidade científi-    tégia de primeira linha, para o controlo de infeçõesca, que procurou validar e padronizar a utilização    associadas à prestação de cuidados de saúde. Sãode agentes desinfetantes, antisséticos e esterili-    um conjunto de medidas que devem ser cumpri-zantes. (3)                                           das sistematicamente, por todos os profissionaisJá na década de 90 começam a surgir as primeiras      que prestam cuidados de saúde, a todos os do-comissões de controlo de infeção hospitalar, que      entes, independentemente de ser conhecido ovisam a sua atenção nos métodos de vigilância         seu estado infecioso. São destinadas a todas asepidemiológica e tentativa de prevenção da infe-      pessoas que tenham contacto com os doentes emção hospitalar. Em todo o ambiente hospitalar, a      todos os locais onde sejam prestados cuidados depreocupação com o controlo de infeção passou a        saúde, seja qual for o diagnóstico ou a suspeita deser um ponto fulcral e constante. (3)                 diagnóstico”. (6)Assim poderemos afirmar que o reprocessamen-          Considerando todos os doentes potenciais fon-to de DM reutilizáveis acarreta complexos fatores     tes de infeção, todos os acessórios utilizados nosque necessitam de considerar acima de tudo, a         procedimentos endoscópios devem ser reproces-segurança do cliente. Para tal, a esterilização e os  sados infetados por igual após cada intervençãoseus processos, deve ser entendida “como com-         endoscópica.ponente essencial na qualidade dos materiais uti-     Desinfeção de alto nível ou esterilização?lizados na prestação de cuidados, com um forte        Os endoscópios são instrumentos sofisticados deimpacte no controlo de infeção nosocomial e no        utilização, sendo objeto de um design complexo,custo do cliente tratado (...) ” (4)                  de difícil limpeza. (7)Atualmente, as precauções padrão são um con-          De acordo com a classificação de Spaulding, dis-junto de medidas amplamente difundidas nas uni-       positivos médicos críticos que penetram o tecidodades de saúde, que devem ser aplicadas pelos         estéril ou o sistema vascular devem ser esterili-profissionais nos cuidados de rotina a todos os       zados, enquanto os dispositivos semicríticos quedoentes com o objetivo de quebrar a cadeia de         entram em contato com a pele ou membranas mu-transmissão de infecção e proteger os profissio-      cosas podem ser esterilizados ou desinfetados emnais de saúde (5).                                    alto nível. (8)                      Desinfeção de Alto Nível        EsterilizaçãoDispositivos Médicos              Semicríticos                      Críticos                                                        43 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016    Procedimentos     Aplicabilidade   Em contacto com membranas       Penetra parcial ou totalmente                                   mucosas.                a membrana mucosa.                       Endoscopias de menor risco                Endoscopias                                                                de maior riscoFonte: Spaulding EH, Lawrence Carl A Block Seymour Stanton Reddish George F. Chemical disinfection of medical and surgicalmaterials. 1968
Magazine                                         CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS                                         Uma modificação recentemente proposta para o           Adotar o processo de esterilização, para todos os                                         sistema de classificação Spaulding seria expandir      endoscópios flexíveis, será em termos de seguran-                                         a definição dos itens críticos incluindo dispositivos  ça para o doente, o processo desejável. Isso pode                                         que penetram tecidos estéreis ou o sistema vascular    ajudar a prevenir infeções de doentes submetidos a                                         secundariamente através de uma membrana muco-          técnicas endoscópicas, pois a esterilização elimina                                         sa (por exemplo, um broncoscópio permite examinar      todos os microrganismos e esporos de bactérias,                                         os brônquios através da boca ou do nariz). (9)         que podem persistir mesmo após a desinfeção                                         Até à data, têm sido alvo de um processo de de-        de alto nível. A modificação também abordará a                                         sinfeção de alto nível, em virtude da sua classifi-    questão de acessórios críticos de endoscópios que                                         cação de dispositivos semicríticos e pelo facto de     passam pelo endoscópio e podem ser expostos                                         não serem possíveis de esterilizar pelo método         a agentes patogénicos residuais num endoscópio                                         convencional a alta temperatura, por vapor satu-       que não tenha sido esterilizado.                                         rado. (7,8)                                            Razão pela qual, é importante considerar de for-                                         Reprocessar endoscópios por desinfeção de alto         ma global o reprocessamento de endoscópios, tal                                         nível tem sido considerado um processo seguro.         como acontece nos Serviços Centrais de Esterili-                                         Contudo, considera-se a margem de segurança            zação (SCE), e incluir a rastreabilidade total nas                                         mínima. Tendo em conta a carga bacteriana nor-         endoscopias realizadas em salas de operação ou                                         mal, presente em dispositivos médicos, o método        em salas de exames especiais, assegurando deste                                         de desinfeção de alto nível apenas garante uma         modo o controlo sobre os processos.                                         eliminação efetiva de cerca de 20% do total de         São vários os fatores que comprometem a segu-                                         carga microbiana, sendo que a restante carga mi-       rança do reprocessamento do endoscópio, e logo                                         crobiana será irreversivelmente inativada pela de-     a segurança do doente, como a zona onde se pro-                                         sinfeção de alto nível, mas continuando contudo        cessa a desinfeção dos endoscópios, pesando pela                                         presente do dispositivo médico. (7)                    qualificação e responsabilidades dos técnicos que                                         Idealmente desejável seria a inativação da carga       procedem à descontaminação, cuidados com as                                         microbiana pela desinfeção, adjuvada pela elimi-       precauções universais de higiene (como lavagem                                         nação dessa mesma carga, com um processo de            das mãos) e culimando nos aspetos relativos aos                                         esterilização.                                         próprios equipamentos (7). Qualquer quebra nes-                                                                                                ta cadeia não só pode provocar a transmissão de                                                                                                agentes patogénicos, como também aumenta o ris-                                                                                                co de desvios de diagnósticos.                                         A Evolução no Reprocessamento dos Endoscópios44 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016                                                    Automático -   + Segurança                                                                                           Esterilização  + Rastreabilidade                                                                  Automático -                                                                  Desinfecção Alto Nível                                                 Semi-Automático                                         Manual                                                                                                     Ilustração 4                                                                                                A Evolução no Reprocessamento de Endoscópios                                                                                                                                        Fonte: CENES, 2016
Magazine                   REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS | CENESDeste modo, os protocolos a observar no reprocessamento de endoscópios poderão ser definidosem função dos seguintes critérios, entre outros:        Validação  Risco                                                                  Formação             &                                                                            em Boas                                                                                           Práticas        Registos                                      Tempo                             PreçoNormas  Segurança        Eficácia                               Eficiência                                 Protocolos                   Ilustração 1 - Critérios para a definição de protocolos                                        Fonte: CENES, 2016Os protocolos irão definir, entre                        7 - Logística                    1 - Usooutros, os circuitos de utilização e  6 - Armazenamento                                               2 - Transportede reprocessamento nas diversasfases de processo.                    5 - Transporte                                       3 - Limpeza                           45 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016As Fases do Ciclo de Utilização                                                           e Preparaçãoe ReprocessamentoO reprocessamento do endos-                                             4 - Desinfecçãocópio está inserido num ciclo de                                        ou Esterilizaçãoutilização e reprocessamento, talcomo outro qualquer dispositivo       Ilustração 2 – Ciclo de Utilização e Reprocessamento de Endoscópiosmédico. No entanto, o local do                                      no Ponto de Uso Vs SCEseu reprocessamento pode diferir                                       Fonte: CENES, 2016entre o SCE e no do ponto de uso,o que reduz substancialmente otempo de reprocessamento, dis-ponibilizando o endoscópio parauso de forma mais célere.Neste ciclo de utilização e repro-cessamento de endoscópios, asala de reprocessamento de en-doscópios no ponto de uso devepossuir condições de segurançae eficácia, com acesso às tecno-logias necessárias, para garantir ofuncionamento correto da unidadeda endoscopia, permitindo a boaexecução de todos os processos.
Magazine                                         CENES | REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS                                                       Processo de lavagem e desinfeção manual                                                       o Permite realizar a lavagem e a desinfeção dos endoscópios.                                                        Processo de lavagReámpideod; esinfeção manual46 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  P•roPcRFEeeáscármcsopoinilidtópdeomae;rreialcaaPovoPlriarzo(uoogpactcoearoeielmriasszasPsalooeaPeaPdveresodimnarerremmgs;mistlteiaiieiitntPtmaveeuRFErfruaoeRFEFEácieáruçgetcáçcáocecáopaomãeeocoãicpanlialsommiidnolnialsózlpidózdoopaóPepámaodmeame;reamtd/ar;reorirsdaaearcimsaaiucaiencoinlolonaiolosautomfav(iefveu(anvcpue(apRFEuareplçtoafgtçaáceaáitegiãdgaemãlocrlipariçeiloemriaoznalziilcãiadmzmaaózplaooadavoaeaddmaaad)o;rveeiimorod.nniliaoaascinerrasadsaorg;;olssteat;aniedidt(invutnptdiumeuaefttudaeaasuigislriççoiielçipianzdããçnmsaãrfoaeãofdceéoeoeimoófçvneçoerãapsei/a;ãat/rooin/diomoo)tuouedusuaudsaiom.çilonmsãmrefsáoeeedepençedidiãcnd/diooiocodcau)odosoeco)m)sóscsepeóedinpgiocduisooo.r)ssac..ópios.                                         P•roPcRSVeeseeármspgrsoiuidátrsetooielu(m((pPdmreeiriaPsoarauprmclootidoezociensaotmeessdisboiPáosnaiotlesPsdfiizcereeestamocmreoqmçmodiu(itãcaoiaeirtPooauseerSRruumtogRSvVESReoáuoomtceeaciágáeopomssemtlgolgpupraaiiemstuddsaunpiorsivádmddároooaráórP)adtootooo;edtemipsgei((cicslrea((pdc((oesompdii(empdoineicmrdneissdieiso(efritsp(feracpseemrocaepmpouo(mooçoRSlçfupotiricnemãiáosnmãztométaingipoitea)oirecmvbrb;uieamidlballdiaviarvaiaoáaldlaaooiaidadiavatlv))zezdii;llt((ezeaacaasiiipdreodadonqigqgáneioqodaseausepu(ofrpudcotemmdarmiarooidçeaarsretarinmãeugartpgoodpoieodgibiorisseçelristaeviaétstlãéetapditovfevtzsoofevolmeaora)iiomed)a;qmigor)eao;prgame)u;cpm/)dpomuareoaoearorsadugaprodsdoidá.rrsoemotéátopecsofvpiei)ocmdc)ci;ia;idrildacpmoc)ilaocle)ooa;ode))sr);;oáe.spgceiiudcgrlauoae)r.;as.egura.                                              E conómico (para a instituVVieçerãsrosáátetili/lo((rureeamalliViézzeadarddiscáaaotitt)loo.(rddeooaslsizooasdsapprtrooodcceoessssosososp)s;r)o; cessos);                                         CbpçAaoPPãg••rrsiaOdoooesádcPPccNapsnrUSSFFCPPUSoeeeeeaCeqotáánssrereiurrnnpcsueaoouLmmccssfggmiiatiomvvccUsdooiieeeuullriideeeerptteSmnarr((atddeerrssppeooprmátÃsseeissaeaavamelruaa((riCooOierrPPserprdetCmesnllqmaaeoee,optrrlsPPeop.tt(uiPPeooannppptoorpoopgmsrranrerreorlccootceeiottraeiéooooicnorzuueeaacllFoiccrrrclpiiueccznoozfoauzlllemmttassooeesFceimmeeedeFnaesiixazissossllsssooetcssçsãoiiaranooiiãçeenssPPcczzseeottssmãstooss:eçtoãooaeeoaaapeooacPPcceeNennPPccddaoCsãs:ocddr:aoinrroaueerrpEeettddrteeCrroddeCooao:dmmprooeeNndrefeerrnerEçrrEeeeerecoeemcmmmooEmmNederroNfefppmn(ãiieaac))SuoceoACraEnedfttEssedest;rrd,oiieiiietmuueSaeeSormrstuoottaettssPPesem2tiá,,ottmmeáeeeettlnnnsttapPFCSEUUSSFPr0etirrccs22stnáávoorr1enaseocooer1cdFUSFESCUSPPpaoPSSFSCFUPUpao0áiáee0euciirrrtufrneeeevvnnerrscnimmln6orc1rdcc15fdáeáiemooéuooceeáeáieourrruccrerrggururlentaooenneemdssnnstepsi6liiieee6Fifidnooéóefonooécceeggo8liiccevtggpvvcclesuumtntnopçzmatolopiiessláásiielloipssráiuçoiivpívvcceãoeduupiinvpvvacc,eezienuueepm8azmrlldpvrrssróoãlullçaaspsrrttt(auçãsta,eeiteeopmmae,eemrieeporrmóiaooo(ioossmrrrpiierr(eçaor3PPccãiea(arromesãmcoca)lccoco(mpoorrsscrrpçáo:r(ssoossasspirrpaoaçmrãcc);eeoraprclie)ádda.mssossaCparirsoodióttãá(vcssaassooa;oiasatã1rcievneam;aarroriee(e(Eaaamdroopooaa(tleeqs(eaaeiooacotoi(pllmmedrpeircr)iNoqosfoaa(-eacisdrppccellq,ssvezrrtistnoddeceaocslluoa4erer,E(sedo(teatocisrueseauugoae,rsossoapot(toa(iireenpaosuaSeapapross(oaooo(otttnpsaesoeaapaossoaoto)r,s)anpaeotteampr(çatteenltoca)aetetpsaoeurea;(tt2sácecotlteápi)aorupeoraatetlelcoereteppuiãdtomaUPFSUSSECFPapuepa0lisoelegruierorprtvptarzaurrlonrormtusiitrze1laurlpdááeeiucrrrrmolaurlorotsrrsatemospdietoznneumrmimsotsamoiedo6asmlimldaifeoodéteotdmccelggroitsieltmosteoslmmimitdpasdliiesdtfiroeileátmtieifirlloimiiivaçpvvacceseauunndizezaoninpiliizcfoillirempeillreeimiumçeeoitozatttio,eeniszieepztmmioaonisimlriarróemoeaãevd(azodãrzíteazdoennoteioanismdnáenNaáNaosr(aoosssrrpf;çcrcvdzcíaemçcçnane)ianiáNoaopor(scoáeossssiacoiiivedãttttddctttte;nçooaaiecerramoooãeopaoãiporldr(ddiaadoodattdtttenieeeieeoesnasosier(ioroãepdrporeoeoqssdecmaicmcloecieerolln)rnrrrsnzroooeecteamcoesocoee,dcsmsttdlreoporusonmarpepraoiuoam(opr(raoo(uac:esaaóa:ossoadnoaósrnptpnoprsmpraao)uacaeo()aeeeacrua:)uarcaómrmtue))au)rriocmarim(ttp)ic)--acteipofauóepordtue)ouulsrac;dómrompceta)ouastd;itloeupiepenttauóoriorrouts.tz;uruspaoeceoieotctla.ltesopaoc1eomcotstmeoeoesomimi1acd.sidpaocoeeoetctcelvrsiinsomim1soçesse5sfinirmelmmioçaçso5eanoioeezeonisdosinilmmiómesmeeãcgOdtObborso5tczsetioms8ossãaossãsdáozásrísie8mnsnsenasáNaeosospisárcáaeóvartss8csç8aiisasoaeaásáosrtoásstticdttddt8czeiodaáaerrooãepttiirstoccrdp8dciraeeiieed3raásntreotutgeooeodeceócmcdarierlio3rrreindrereteoooncdiriaiic3rcsesrtrt/ptoieirsomp;raoomtuuac(cosncin1:erpaóeilsront/étnaiosocie)otoacneoccrs1iu)uortfcimomotl)icreil-so1spcoztioiaóolovoteidooussdofod;csacuesdoa(taotd4tli-o)fiziauovil.elo.-bfdaapzaocnueoierd)ctovd4vrsoeonao1eopda)odaesd4roiç;)saoema)emlsilnmcvrmooçaasos5)seeápvroaaivsiororç)ã;ooemsremmerltsçcã;dooa.mgl8aáasipasrvamcãseáaiáosanibrtãodourotpaiecgte(8daaosdpaágttieadióadotnradpediIsioadopadsireosim3rmedaidarepatoFeigcddtcideroptpeiiátnpidodcoosam/dteiioodtoecsomUe1iepodoidloipvsosacoodoprdoi;ocfoooqolo-sgz(ieoveeáemoesrdoedapuuodssd)d4ooo)cseead;sduoa;).grvr(toeavoeie(e)teareçe;en)pmvmeiclseiedaeccuedordádiidd.crgãrgptdndoddaaaegdeanaepeenreeiemoeaeeaueaduparcdederocadêtrmnieddtdnrcdsnséuddredéoermeeaeieooeisvináeididpoadieos)mdaopvconreccrsrcmncssnsedoctocscoosieon;osiiaeódiafeicsn(asedpaesedmopanincc)ecdcesrdcsesótadfpece.gci)oadoódaaiófadecçfenccceoee;pesonuiomdegerãuorórsón)aseópdepeoxrismeoeteaaççuoccom;dpeodlpapepiiosrcesneuããuooóóeedocidssiiepiiiioaossrdpvoagnoosoommcu;;;pplldsiecareepoaaódsfcspçussioiaenlppaecrvsóoav)doapãaeep;;ddiomaçsoicaarpaoaivoseslaoãuoóeelefsloccio)daa)daoatom;rpalsiciiieuveotnveoexsiospiffvoairta;daapsivnaeaimsellvrtcors)daiperozciovo.eiurifazccaeoçaçoemncõrãtmseeeéoesmsedsadsdnimecaadadomsecoaeançsedpdftõiniaaocrfetreaá.opas---asso de                                         REFERÊNCIASCoAnáclruesaãode replirmopceezsasaemdeensitnofeçdãeoveouseesrtecroilinz5ac.çePãbooirtdquaugaelp.mMariinnaiismtuéimzrieoadaaepSxoaetúecdnuec.çiDãailovipscrãooopndaesgcSaiçaeãúndoteedAemdabegieencntaatdel.saPlpapnaaotosgséonidcoes                                         1.  Pina,    EIlnafiençeã; loSiAmirlveápalareceMziaoaanrdaieadeaGdroecerosepmietnrin;oftaeDcreeçapãsroSesossaildvtmoaaiçsu,epãEnooedtssudoittaeievrddorceoiusl;viiedzeUaaovdçssaoãe,psoraAdcncqei-eounnetceemsb.dDiienGdgSiame, s2pit0zãa0eor7adcae. u1rpe1mos2íatdpeu.enoISsxcBeihaNcolus9ppç7iãt8rao-ol9ap7rcea2os-g6nea7ms5çc-ã1iceo7en1n-dtt7reeosdadgeeescanaútddeeas.  Lppisaabstosoaog: édneicos                                             tónio.                                             MVpFVsrra.oe4oaúl6ifc2bdihl8eee–a,r:odngNifo.neººf,rf1l4,eeAçAleM–x–lieõimnbeOJoxôeellaáutainnesspmnnrntritc.eedeedt/eradpnrrairezra.eeeodeeoaczO;oss/ozo.oJPsdppar2seudcsiriemo0nonedied0ipnshndeãi6riepotonssesdeetpáodp2sadepsivo0s,iososanrei1iAssdbOsinnotnf0iiinfoaigsestptecv.fasusiiaecç;vvoeírcttsnãçCoseoaisiéeoeeãossdossnuncaeopanast.eneiotmeosnoiIpiojnnsooucoetsrefwus,osmcoesáPnpioeçscrpvepaútõaeesebausoraedptcvrgiltcsaoseciiiieeidcmze.iderNiorlteêMlnioineéiesalonnlitncinitvszcczetenetoraeirhaeoaosiesccocççss.sb.opoosããs.imnnpopsreoohliooaotiraeaprgcqrqilacessieecciuu.-.laposoeetsrnuoarmca76cmemele..piizJhSGIesinbrennausdepoe:inaçn.emaidcoLãmmgulteDraaoiogilnsdiezwMiseszideneniparnidFeaecntgmfa.oahsneedCEra.acecodaHheeptsneiielocpr,o;tCnmeounoLoBtapt,daemierrtcywsdolineia.ztlaAeeserlc2enendcri0sciBnahieleó1sic(izlolni6oaxbpaenfdcpeftolfi,ikeCoooracpcUoasnssSutcrr,lpielropçóoiadayAknãrpnpmeágeoiodB.aotavofilHgspcoçeumcarcaãyrmeodkegsoçSs)ednieãSetvaiascndresoefnvaceeyeimatlm:imogdtaeiTnaonuoendhsgnduiReeetr.resaeegPumSlndguoahrtdtoigaeadisreilminsaxcneshdtaiairotmnelsepenGcglmpicasezRrhAaoaoetdietacporrmcedag:ehogradeiimLlaemétlipeesloFnsnhsaeaa,.gdincseéadosfnçaioscõçiácõedcoeiseass                                         2.  memenrteolasçdãoosatorbasOabasasrlethirgaaedodsosaprmesoséneedsmmiácovce-ehevionsistdrpotêitésancldacnerieiacmssoaesptsetarepirareaillilezoaaedtsuortesae.prliDilrzizoiasacsççeeããroso-sadma8.seR&nduFttiaoreleabitdgWreeiAzr;e.e1Es9nR6(dCb8oP:o5s1sacc7sóo-5ppp3eiro1sá.:staicdnaeeesvd)eamtofismhsieftdgfueroimrmdaaisxsiinmrfeecicztoiaomnreteomnsdtaeariçe- õfiecsácia                                         3.                                         4.  tação   MdeamnueOasltdserbaoaNdrsosoee,srsmBeaprduaaosassnísdlpisaeerá.Pom2vr0ceo0ecei6sedvdiiidmtméêeecnnnctotiicaososspsapnraaopruearmeloapStrueroraevclpiiçezorsaosCçcaãeemnos- esdanamstodePli.zianarntetieootlnro?ifzdMteheseeeM(etbinneogddaiocosafsltpDhcreóeávFpticDiiceoAasssGA)addasvetifsrivoomeerynmtdCeeoromslmoemggayituxtaeiinemrd[tiUrazarasnorsloecrgremiypctD]oa.eAmvenicfneeiacns-ádcaiações                                             D GS.                                             tral  de  Esterbiliazdasçoeãsao.ds2ea0us0s1epmroecevdidimênecnitaosspnaorareaptruoacleizsasaçmãoendtaos.  polis, MD: Free State  Reporting, Inc.; Meeting  date May 15, 2015.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       eficácia                                                                                                                                                       diretrizes (boas       práticas) afim de         maximizarem a                                                       dos seus procedimentos no reprocessamento.
MagazineSISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA | CENESV-PRO® ™ Sistemas de Esterilizaçãoa Baixa TemperaturaINTRODUÇÃO                                                     O sistema consiste, pelo menos, no esterilizador eForam desenvolvidos, até à data, um número de pro-             esterilizante VAPROXTM HC e V - PRO . Os com-cessos de esterilização por peróxido de hidrogénio             ponentes adicionais incluem indicadores biológicos,gasoso, incluindo os habitualmente referidos como              indicadores químicos e materiais de embalagem. Oesterilizadores ‘’gás de plasma”. Não é claro qual o           esterilizante VAPROX HC consiste em peróxido depapel que o plasma desempenha na “esterilização”               hidrogénio líquido, o qual é usado para fazer o peró-da carga (por exemplo, tal como descrito por Kre-              xido de hidrogénio gasoso (peróxido de hidrogéniobs et al4), mas desempenha um papel importante                 vaporizado também conhecido como VHP®) duranteno processo global para garantir a segurança (isto é,          o processo de esterilização. O sistema é vantajosopara remover resíduos).                                        uma vez que só utiliza peróxido de hidrogénio ga-Como alternativa a estes processos, têm sido de-               soso para a esterilização na ausência de qualquersenvolvidos verdadeiros sistemas de esterilização              outro biocida ou a energia (por exemplo, plasma) depor peróxido de hidrogénio gasoso. Têm sido utiliza-           origem. O esterilizante VAPROX HC é um proprie-dos sistemas semelhantes ao longo de mais de 15                tário, 59% esterilizante peróxido hidrogénio líquidoanos em várias instalações laboratoriais e de fabrico,         contido num copo multi-ciclo que foi projetado paramas só recentemente aplicados para aplicações de               o manuseamento seguro e fácil.esterilização hospitalar de rotina. Estas são as séries        Os esterilizadores são concebidos com três ciclosdo Esterilizador V-PROTM e são descritas em por-               de esterilização semelhantes, validados para permi-menor no presente relatório.                                   tir a esterilização de uma ampla variedade de dispo-                                                               sitivos médicos:O PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO AMSCO V-PRO                        Ciclo Lúmen: usado para esterilizar instrumentos,                               47 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016O Esterilizador V-PRO maX e o Esterilizador V-PRO 60           incluindo aqueles com espaços de difusão restrita(Figura 1) são as mais recentes adições a uma série            e lúmens internos em aço inoxidável. Este ciclo éde esterilizadores V-PRO destinados a serem utiliza-           especificamente projetado para garantir a esterili-dos para a esterilização terminal de limpos, lavados e         zação de endoscópios lúmen rígidos e semi-rígidos.secos, metal reutilizável e instrumentos médicos não-          O ciclo validou pedidos de dispositivos lúmen ca-metálicos usados em instalações de saúde, incluindo            nalizados em aço inoxidável individuais, duplos eendoscópios cirúrgicos flexíveis e broncoscópios.              triplos.                                                               Ciclo Não Lúmen: Um ciclo rápido utilizado para                                                               esterilizar instrumentos não-lúmen, incluindo aque-                                                               les com espaços de difusão restrita feitos de aço                                                               inoxidável, como a porção articulada de fórceps e                                                               tesouras, óptica rígida não-lúmen, endoscópios Da                                                               Vinci Si ou Xi, bem como outros dispositivos sen-                                                               síveis ao calor, tais como as pás de desfibrilação,                                                               pinças bipolares, baterias e cabos de luz, etc.Figura 1 - Esterilizador V-PRO maX, Esterilizante VAPROX HC e  Ciclo flexível: um ciclo rápido utilizado para a esteri-Esterilizador V-PRO 60.                                        lização de endoscópios cirúrgicos lúmen e flexíveis,                                                               como os utilizados em otorrinolaringologia, urologia                                                               e atendimento cirúrgico e broncoscópio.
Magazine                                         CENES | SISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA                                         São mostrados exemplos de cargas comuns na                       edsetergilaidraadnetiadedaecoersdtoecriolimdaEdNe 5(S56ALe)udme n1ív0e-6l,ddeegaarcaonrtdiaode esteril                                         Figura 2.                                                        accoomrdoAcNomSIA/NASAI /MAAI MSTI S6T767e. EN 556. A fase de este-                                                                                                          rilização consiste em quatro impulsos de exposição                                         Figura 2 - À esquerda, uma carga mista típica de dispositivos    SAfdsaAdcedcapexPrjpúdqdcioaiasosaeesfsioaseluaoocsutsnsmdtgteedeúcqrmgaoeireesnruom,rcauóamlsriggdeuoirtseegloimprixizuiuidcmntetoddagraseiuaiaõriclenasatdlreaaotpoemdooeiada.deonmta,éfnhodeaarpimdoErdmseasdrieidaspcaoadased(aueixepaceSc,arqutzrretaepiaiaufoafgramuAoãlsapshelodsalcsargensicoLsftsradieovgraeaseotradeéme),tmriioésrr,ae,nçmomrdnsgioneelrosãdeataiaeasipiepz,sãpieloeogmniéãadtnuozoec1sceenétdçotaumepgeaad0eraroalmnãehadaiustr-rael,gr6nougiiigamtáucçlz,suloaseuinaobâmiãasazdmootaréVvrmoceogçioeaesaéisleeâé-siãcdaaczcrcaPoisamndoomideaaopsaroclaRcteaitpçulranosolepbnogouiooOéoãtlrrsasocedrreaovátvaáouds,idáarooxemçáelrspt:ctiooiérdptam.rzviãsarrâiacapeÉpaooonseacAoetermtradmsaajetmlooid.sevecepd)iiactremmntaçorsotaaeeiaóiaaãjcscsovecrirmcenrsdmza.ãuAaoealpáiuacotleae.aioarnmgQNeatztoéepnancdddadauNcSsepurdtdceeaoalddereriauíIraaoaoaiadtenoaósasbp/riqlelanparcntcxauqtaapcAuecr(aeicioVcatrudodeedosâaAmamelfg-orjuexaiomaneulaqMPósfqoreirrmsrmedcemseuxdugRanseImãaolrimpneeerfeéduSOjeeéao,.garetcaonosTrnnh:derdreirrrdevaiãhecitteoóeedrad6enuaeeooedear-.,---7rdmuuopoezmegphiadiéoinarbEdanardrnerNtdiooaeoínaevge5aesagéef5melían                                         sensíveis ao calor que são processados no ciclo Flexível do Es-  rcQpNaouzanaaãrvlaoeqF,uriosgenourãErorspactehaer3átóra,ixllvíiiodtzeicaosnodtidgloaqerrçuáãhVefioi-dcPdroeeoRsscgpOoédemncomipoiasõalgecX(adi.scdiofeleosrsofeonrdntmeaeacdeâassmeqtgueauerrraliealizéeoaxçriaggãpáiodisdoapmpaeeralnateábgo                                         terilizador V-PRO maX. À direita, dispositivos não lúmen carre-                                         gados na prateleira do esterilizador para serem processados no   requerida para a operação do sistema. Na conclusão do ciclo, a c                                         Ciclo curto Não lúmen.                                                                                                          imCeodmiaotamoevnatepoer,poarapmereótrxicidamo ednete huidtilriozagdéanioougaarsmoaszoenéada sem                                         Os ciclos de esterilização designados em todos os                nuemcesseásrtioe.rilizante de superfície. Por conseguinte,                                         Esterilizadores V -PRO são projetados para serem                 deve entrar em contacto com todas as superfícies a                                         equivalentes entre si em exposição a VHP e outras                NsaeFriegumrae3s, Otesrgilriázfaicdoassd.oEs cmiclboas ldaegeesmteriilnizcaoçãrorepcatraa,ocEasrtgerailiozaudor V-PRO                                         condições do processo, a eficácia antimicrobiana,                instrumentos molhados podem interferir com o pro-                                         compatibilidade de materiais e exigências de toxici-             Ccoemsosoodevaepsotre, riolizapçeãróox.idToamdebéhmidrdoegévneimo gsaesrotsooméaduams esteriliz                                         dade de acordo com exigências americanas, euro-                  cpornesceaguuiçnõtee,s dpeavrea eanstsraerguemrarcqounteacoto ecnodmostcoódpasio aesstsáuperfícies                                         peias, nacionais e internacionais. Isso inclui o cum-            Ecmobrraelacgtaemm einnctoerrepcrteap, acraargdao opuairnastraumeesntetorsilizmaoçlhãaodansumpodem inte                                         primento com a norma EN ISO 14937 Esterilização                  epsrteorcileizsasçoãoà. Tbaamsebédmedveávceumosderetoamcoadrdaos pcroemcauaçsõeinssptarura- assegura                                         de produtos de cuidados de saúde.                                cçoõrreesctadmoefnatberipcraenpatera(dpoopraeraxeamepstleor,iliuztaiçliãzaornaumtampropcaesdseo à base                                         Requisitos gerais para a caracterização de um agen-              avseinnstitlrauççãõoespdaorafapbrreicvaentneir(pdoarneoxsemnpolod,isutpiloizsairtiavota)m. pa de ventilaçã                                         te esterilizante e para o desenvolvimento, validação                                         e controlo de rotina de um processo de esterilização,            dFisigpuorsait3ivo- )E. xemplo dos gráficos dos ciclos do esterilizador V-                                         incluindo a demonstração de esterilidade de acordo                PRO maX. O ciclo consiste em três fases, fase de condiciona-                                         com EN 556 e um nível de garantia de esterilidade                Fmigeunrtao,3.faEsxeedmepleostdeorsiligzaráçfãicooes fdaossecdiceloasredjoameestnetroil.izador V-PRO maX. O c                                         (SAL) de ≥10-6 de acordo com ANSI / AAMI ST 67.                  fase de condicionamento, fase de esterilização e fase de arejamento.                                         Segue uma descrição de um ciclo do esterilizador                                         V-PRO:                                                           Gráfico de Pressão do ciclo Não Lumen do V-PRO                                                                                                          GCriácflicoomdeaXPressão do ciclo Não Lumen do V-PRO Ciclo maX48 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  A carga a ser esterilizada é colocada dentro da câmara                                         e a porta selada. Durante a primeira fase, o condicio-                                         namento, a câmara é evacuada para remover o ar e a                                         humidade residual dentro da carga. Esta fase é muito                                         importante e acresce um grande benefício para a ope-                                         ração dos sistemas de esterilização V-PRO, removen-                                         do qualquer humidade menor residual da carga, asse-                                         gurando, assim, um mais provável ciclo de sucesso.                                         A seguir é a fase de esterilização: É injectado peróxi-                                         do de hidrogénio gasoso que se deixa difundir para                                         a carga na câmara de pressão subatmosférica para                                         a esterilização. Em todos os casos a fase de este-                                         rilização é projetada para fornecer um nível mínimo                                                                                                          Doc# A10501EN, 2015-09, Rev A                                                                                                          ©2015, STERIS Corporation
MagazineSISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA | CENESCONSIDERAÇÕES SOBRE SEGURANÇA                             de esterilização. Em condições de funcionamento nor-O processo de esterilização foi projetado e validado      mais de utilização, o operador não está exposto aospara incorporar quatro considerações importantes so-      conteúdos do recipiente de esterilizante VAPROX HC.bre segurança: a segurança para o operador, para os       O recipiente do esterilizante é completamente selado,dispositivos, para o paciente e para o ambiente. De       e o operador não pode aceder ao esterilizante semum ponto de vista ambiental, o peróxido de hidrogénio     danificar fisicamente o cartucho. O recipiente ventila-decompõe-se rapidamente na água e oxigénio, sem           do e selado é carregado e bloqueado pelo sistema deoutros resíduos formados durante o processo.              controlo do esterilizador e é determinado um prazo deOs processos de esterilização V-PROTM são compa-          validade manualmente. Veja a figura 4 para carregartíveis com uma ampla variedade de materiais e ins-        um novo recipiente VAPROX HC.trumentos médicos, incluindo, aço inoxidável, latão,titânio, vidro, e polímeros tais como polietileno, PTFE(Teflon) e silicone. Alguns materiais absorventes taiscomo papel, algodão, linho, gazes e madeira não po-dem ser esterilizados em qualquer processo de esteri-lização de peróxido de hidrogénio.É importante validar que o processo remove os resí-       Figura 4 - Carregamento do recipiente esterilizante VAPROX HC                         49 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016duos de peróxido de hidrogénio a partir da câmara e       no esterilizador V-PRO.carga guiando a fase de esterilização para níveis se-guros. Isto é alcançado durante a fase de arejamento      Além disso, o recipiente de esterilizante fica comple-sob vácuo. Foram determinados níveis residuais ad-        tamente vazio após o uso no esterilizador, o qual incluimissíveis pela EN ISO 10993-17 Avaliação biológica        uma característica específica para remover qualquerde dispositivos- médica Parte 17: Estabelecimento         esterilizante não utilizado, e expirado no interior dados limites admissíveis para substâncias lixiviáveis.     taça antes de permitir o acesso ao cartucho para eli-Os processos de esterilização V-PRO foram mostra-         minação. Após a geração e utilização de peróxido dedos para reduzir repetidamente os níveis de resíduos      hidrogénio gasoso durante a fase de esterilização dodos dispositivos médicos representativos (incluindo       ciclo, o gás é removido da câmara através de um con-endoscópios flexíveis, ressectoscópios e fórceps)         versor catalítico que converte o peróxido em oxigéniopara bastante abaixo dos limites de resíduos deter-       e água, não dando, desta forma, exposição ao gás.minados. Além disso, foram realizadas avaliações de       Para confirmar, sob condições normais de reprocessa-irritação ocular, toxicologia sistémica aguda, irritação  mento, o ambiente em torno do esterilizador foi testa-intradérmica e compatibilidade sanguínea em confor-       do para níveis aceitáveis de gás durante as condiçõesmidade com a norma ISO EN 10993. Os resultados            típicas do ciclo de esterilização. Os níveis foram > 20confirmaram que os dispositivos reprocessados eram        vezes menor do que o limite de exposição de peróxidonão-tóxico, não irritantes e compatíveis com sangue,      de hidrogénio gasoso (PEL) permitido publicados in-e são seguros para uso após o processamento em            ternacionalmente, que é um Tempo médio ponderadoesterilizadores V-Pro.                                    (TWA) de 1 ppm.A consideração final de segurança, é a segurança para     EFICÁCIA ANTIMICROBIANAo operador do esterilizador numa clínica, ambiente da     O largo espectro de actividade do peróxido de hidro-sala de operação ou departamento de serviços esté-        génio gasoso, tem sido amplamente estudado e pu-reis. Como um sistema de baixa temperatura, ao con-       blicado, com conhecida viricida, bactericida, fungicida,trário de esterilização a vapor, os dispositivos estão    micobactericida, cisticida e actividade esporicida (resu-disponíveis após a esterilização para uso imediato e à    midos na Figura 5 5-9). São contínuos os testes anti-temperatura ambiente. Dois riscos específicos foram       microbianos e de compatibilidade nas nossas insta-minimizados com o gás de processo: a exposição ao         lações de pesquisa, com especial ênfase na eficáciaperóxido líquido no sistema de entrega do esterilizante   de testes contra patógenos atípicos que normalmen-VAPROX HC e exposição ao gás durante o processo
Magazine                                         CENES | SISTEMAS DE ESTERILIZAÇÃO A BAIXA TEMPERATURA                                         te não são testados em processos de desinfecção                             (este trabalho foi publicado por Fichet et al (2007)                                         e esterilização. O teste é baseado nos métodos de                           Journal of Infection Hospital 67: 278-386)                                         ensaio, de padrão europeu, antimicrobianos e confir-                        A variedade completa de vírus, micobactérias, bac-                                         mou a eficácia contra:                                                      térias patogénicas chave (incluindo MRSA, VRE e                                          V árias estirpes de amebas, incluindo cistos ameobal                      Acinetobacter) e esporos de bactérias (incluindo                                          Várias estirpes de proteínas príon, sob piores condi-                     Clostridium difficile), na presença de sujidade ou                                          ções de teste, incluindo vCJD / BSE, CJD e scrapie                         condições “sujas”                                         Geobacillus sterothermophilus                                               PRIÕES        Doença Creutzfeldt Jakob (CJD)                                                       Bacillus atrophaeus                                                         Variante CJD (vCJD)                                                          Bacillus anthracis                                                       Encefalopatia Bovina Espongiforme (BSE)                                                             Bacillus cereus                                                       Tremor epizoótico (scrapie)                                                           Bacillus circulans                                                           Bacillus pumillus   ESPOROS BACTERIANOS                                                        Clostridium difficile                                                                                                                     MICOBACTÉRIAS         Mycobacterium tuberculosis                                                    Clostridium botulinum                                                                  Mycobacterium bovis                                                          Clostridium tetani                                                               Mycobacterium terrae                                                                                                                                           Mycobacterium smegmatis                                                 Clostridium sporogenes                                                                    Nocardia lactamdurans                                                          Enterobius spp.      HELMINTAS                                           Parvoviridae (mouse and canine parvovirus)                                               Caenorhabditis elegans                                                              Picornaviridae (Polio Type 1, rinovirus 16, vírus                                                                                                                            VIRUS  vesicular suino, rinovirus 14)                                                            Syphacia spp.                               NÃO-ENVELOPADOS            Reoviridae (Reovirus aviário; rotavírus)                                                              Ascaris spp.                                                         Caliciviridae (vírus exantema vesicular)                                         Salmonella enterica serotipo          BACTÉRIAS                                           FUNGOS  Aspergillus niger                                                             Choleraesuis      GRAM-NEGATIVAS                                              Aspergillus terreus                                                                               VIRUS GRANDES,                                              Aspergillus fumigatus                                                          Escherichia coli     NÃO-ENVELOPADOS                                             Trichophyton mentagrophytes                                                           Yersinia pestis                                                                 Penicillium chrysogenum                                            Pseudomonas aeruginosa                                                                         Candida parapsillosis                                                   Burkholderia cepacia                                                                    Candida albicans                                                   Serratia marcescens                                                                     Saccharomyces cerevisiae                                                         Proteus vulgaris                                                                  Rhodotorula glutinis                                                Klebsiella pneumoniae                                             Acinetobacter baumannii                                                             Adenoviridae                                            Poxviridae (Vaccinia, Varíola)                                                                                   Orthomyxoviridae     VIRUS                BACTERIAS     Staphylococcus aureus                                                           Paramyxoviridae (incluindo Newcastle)        ENVELOPADOS  GRAM-POSITIVAS        MRSA                                                  Herpesviridae (herpes simplex pseudoraivoso)                                             Enterococcus faecium50 Magazine CENES Edição n.º 4 Out 2016  Rhabdoviridae (incluindo vírus de estomatite vesicular)                                           Enterococcus faecalis                                                                                                                                           VRE                                                                                           Togaviridae                                     Lactobacillus casal                                                         Flaviridae (incluindo peste suína clássica)                                       Listeria monocytogenes                                                                                                                                           Legionella pneumophila                                                              Coronavirus (incluindo SARS Urbani)                                          Propionibacterium                                         Figura 5 - Um resumo da actividade antimicrobiana publicada, de peróxido de hidrogénio gasoso.                                         É importante notar que nem todos os sistemas ou                génio gasoso (VHP®) e os dados descritos nos relató-                                         aplicações de peróxido de hidrogénio são os mes-               rios aplicam-se ao peróxido de hidrogénio unicamente                                         mos. Muitos processos apenas usam o peróxido líqui-            na forma de gás.                                         do, alguns usam uma mistura de líquido e gás (num              Comercialmente, a utilização dos processos de esterili-                                         sistema de vaporização ou pulverização, semelhante             zação V-PROTM teve um grande aumento nos últimos                                         a vapor saturado) e, poucos utilizam peróxido apenas           anos em todo o mundo, e é vendido em mais de 100                                         sob a forma de gás10. Estes processos variam em efi-           países. As principais razões para o uso desta tecnolo-                                         cácia e segurança antimicrobiana11. Neste contexto,            gia são:                                         estamos apenas interessados no peróxido de hidro-
                                
                                
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