Série Vivências em Educação na SaúdeEnSiQlopédia das residências em saúde Organizadores: Ricardo Burg Ceccim Daniela Dallegrave Alexandre Sobral Loureiro Amorim Virgínia de Menezes Portes Belchior Puziol Amaral !1
Série Vivências em Educação na Saúde Ricardo Burg Ceccim Daniela Dallegrave Alexandre Sobral Loureiro Amorim Virgínia de Menezes Portes Belchior Puziol Amaral Organizadores EnSiQlopédia das Residências em Saúde Porto Alegre 2018 Rede UNIDA 2!
Coordenador Nacional da Rede UNIDAJCúoloior dCeénsaarç ãSoch Ewdeitiockriaarld t Comissão ExecuHva EditorialEditor-‐Chefe: Alcindo Antônio Ferla Gabriel Calazans BapdstaEditores associados: Ricardo Burg Ceccim, Crisdan Fabiano Guimarães, Lehcia Stanczyk Márcia Fernandes Mello Mendes Revisão de Língua PortuguesaConselho Editorial Dóris Maria Luzzardi Fiss Adriane Pires BaHston – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Brasil Alcindo Antônio Ferla – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, BrasilÀngel MarWnez-‐Hernáez – Universitat Rovira i Virgili, Espanha CapaAngelo Steffani – Universidade de Bolonha, Itália Carlos Eduardo Galon Ardigó MarHno – Universidade de Bolonha, Itália Berta Paz Lorido – Universitat de lesIlles Balears, Esp anha Diagramação/Projeto GráficoCelia Beatriz Iriart – Universidade do Novo México, Estados Unidos da América Denise Bueno – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil Alexandre Sobral Loureiro Amorim Dora Lucia Leidens Correa de Oliveira – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil Arte/IlustraçõesEmerson Elias Merhy – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil Heloisa GermanyFrancisca Valda Silva de Oliveira – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil Izabella Barison Matos – Universidade Federal da Fronteira Sul, Brasil Hêider Aurélio Pinto – Associação Brasileira da Rede UNIDA, BrasilJoão Henrique Lara do Amaral – Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil (Grafia atualizada segundo o Julio César Schweickardt – Fundação Oswaldo Cruz/Amazonas, Brasil Acordo Ortográfico da Língua Laura Camargo Macruz Feuerwerker – Universidade de São Paulo, Brasil Portuguesa de 1990, em vigor Laura Serrant-‐Green – University of Wolverhampton, Inglaterra no Brasil desde 2009.)Leonardo Federico – Universidade de Lanus, Argendna LLiilsiiaannae S Baönetro Ps o –s Usan i–v eUrnsiidveardseid Faeddee Fraeld deara Bl a dhoi a R, i Bo r Gasrailnde do Sul, BrasilLuciano Gomes – Universidade Federal da Paraíba, Brasil Mara Lisiane dos Santos – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, BrasilMárcia Regina Cardoso Torres – Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Brasil Marco Akerman – Universidade de São Paulo, Brasil Maria Luiza Jaeger – Associação Brasileira da Rede UNIDA, Brasil Maria Rocineide Ferreira da Silva – Universidade Estadual do Ceará, Brasil Permiddo o uso deste Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira – Universidade Federal do Pará, Brasil trabalho para fins não Renan Albuquerque Rodrigues – Universidade Federal do Amazonas/Parindns, Brasil comerciais, desde que Ricardo Burg Ceccim – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, BrasilRodrigo Tobias de Sousa Lima – Fundação Oswaldo Cruz/Amazonas, Brasil atribuído autoria. Rossana Staevie Baduy – Universidade Estadual de Londrina, Brasil Esta licença pode ser Simone Edi Chaves – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Brasil consultada em: hrp://Sueli Goi Barrios – Ministério da Saúde / Secretaria Municipal de Saúde de Santa Maria, Brasil creadvecommons.org/ licenses/by-‐nc-‐nd/4.0/ Túlio BaHsta Franco – Universidade Federal Fluminense, Brasil Esta publicação contou com o apoio de:Vanderléia Laodete Pulga – Universidade Federal da Fronteira Sul, Brasil Vera Lucia Kodjaoglanian – Fundação Oswaldo Cruz/Pantanal, Brasil Universidade Federal da ParaíbaVera Rocha – Associação Brasileira da Rede UNIDA, Brasil Centro de Ciências da Saúde Núcleo de Estudos em Saúde ColetivaDADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO-‐CIP ESTA OBRA CONTOU COM O APOIO DE: Bibliotecária Responsável: Jacira Gil Bernardes – CRB 10/463 E59 EnSiQlopedia das residências em saúde [recurso eletrônico] / Ricardo Burg Esta publicação contou com o apoio de Ceccim ... [et al.] organizadores. – Porto Alegre: Rede UNIDA, 2018. UnivEesrtsaidpaudeblFiceadçeãraol 366 p. : il. – (Série Vivências em Educação na Saúde) Centro de Ciências da ISBN: 978-‐85-‐66659-‐98-‐6 Financiamento: Cooperação UFPB, SES-PB, SMS-NJPú.cleo de Estudos em DOI: 10.18310/9788566659986 Agradecimentos 1. Residência em saúde. 2. Educação em Saúde. 3. FoJromãaoçãoE uclides Fernandes Braga Profissional em Saúde. 4. Equipe Muldprofissional em SaMúdae.r i5a. n a Camila Vieira Fernandes IFIo. rmDaalçleãgor aPvreo,fi sDsiaonniealla e. m II IS. a úAdmeo. r6im. G, loAslseáxrainod. rI.e C eScocbimra,l RLiocaurrPdeoiar o Bu.u lrIagV.. S oares Carvalho P o r t e s , V i r g í n i a d e M e n e z e s . V . A m a r a Cl,D BUe:l c 6h1i4o.r2 P5u3z.4iDo(l0.A 3 V8DI.) SOérSie.I N T ERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO-CIP NLM: W3 Financiamento: CooperaçãoFUinFaPnBci,aSmEeSn-tPoB:,CSoMopSe-rJaPç.ã Todos os direitos desta edição reservados à ASSOCIAÇÃO BRAAgSIrLaEdIReAc RimEDeEn UtNoIsDA Agradecimentos João Euclides Fernandes BRua São Manoel, no 498 -‐ CEP 90620-‐110 – Porto Alegre – RS Fone: (51) 339J1o-‐1ã2o52E (uhcrlpid:/e/wswFwe.rrnedaenudniedsa.Borrga.bMgra)a riana Camila Vieira Fern Mariana Camila Vieira FernaPnaduelas Soare3! s Carvalho Paula Soares Carvalho DADOS INTERNACIONAIS DE CAT DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇ
EnSiQlopédia das Residências em Saúde Cque compõem com os elementos do “campo de saberes” correspondente à área de conhecimentos e prádcas em que a residência se inscreve. O modo como o campo se expressa no fazer de cada equipe concreta é diversificado, pois carrega elementos comuns (organização de agendas e grupos de saúde, por exemplo) e elementos singulares (organização de projetos coledvos, seja da ordem da pardcipação social, da gestão em saúde, da atenção ou do ensino que ali produz), concomitantemente. Trata-‐se de organização coproduzida entre os atores das equipes (trabalhadores de diversas categorias, preceptores, residentes, gestores e usuários) e do cumprimento de um currículo composto por senddos e valores do cuidado. A prádca da Atenção Primária em Saúde (APS), por exemplo, é consdtuída por equipes locais de referência e, também, pelas equipes de apoio matricial (BRASIL, 2010b), sendo este um novo fator que irá influenciar nas prádcas profissionais de cada membro e na singularização da equipe. A inserção das profissões que não estão nas equipes locais de referência deve se dar nas equipes de apoio matricial (BRASIL, 2012c). Em algumas equipes, os profissionais do apoio matricial serão vistos como especialistas e, em outras, como apoiadores. Em algumas equipes, os apoiadores terão agendas próprias com fila de espera, em outras, os apoiadores farão o cuidado em parceria com os profissionais de referência dos usuários. A intenção não é produzir modos corretos ou errados de trabalho, mas apontar que cada equipe forma o seu campo possível. Isso influenciará, diretamente, na capacidade de produzir sensibilidades e muldplicidade de conhecimentos ou, mesmo, na estagnação de conhecimentos teóricos e prádcos pela instauração de “um” modelo de atenção. Com base em Baremblir (2002) e em Franco e Merhy (2013a), uma pesquisa sobre a preceptoria de campo em residência mul;profissional integrada à residência médica, no caso da APS, chegou à formulação da noção de “campo-‐equipe” como um conceito-‐ferramenta que possibilita: [...] olhar para as equipes como um campo em formação permanente. Um coledvo de pessoas, com saberes e prádcas insdtuídas, mas que produzem a si mesmas como equipe, singular em sua invenção; que abrem e fecham seus processos de (re)produção, mantendo certa ordem estabelecida e, também, produzindo transversalidades. (SOUZA, 2014, p. 46). Então, campo-‐equipe põe em evidência as equipes formadoras, de tal modo que seus componentes sintam-‐se pertencentes à função de orientadores de campo. A prádca de ensino pelo trabalho é uma ferramenta para a educação permanente em saúde, destacando a dimensão do trabalho em saúde que ensina, orgulhosamente, aquilo que faz e que se coloca em processos de autoanálise e de autoavaliação. A presença das Residências em Saúde “nos serviços-‐escola” também é !40
EnSiQlopédia das Residências em Saúde C“nas equipes”, trazendo à tona valores e sendmentos por parte dos trabalhadores, expondo seus compromissos técnico e afedvo com a polídca pública de saúde e com prádcas cuidadoras. As equipes implicadas com a função preceptoria são, elas próprias, campo de aprendizagem e de prádca de ensino. A equipe dispara processos de subjedvação, colocando em ação, perfis do trabalho e de trabalhadores (SOUZA, 2014). !41
EnSiQlopédia das Residências em Saúde C CARTOGRAFIA LUCIANO BEDIN DA COSTA ELISANDRO RODRIGUES DO QUE SE NOMEIA Primeiro, cartografia entendida não como decalque de uma operação de mapeamento de uma área geográfica, mas a pardr de territórios existenciais. Cartografia (defendida) como comportamento de pesquisa. Realizada no território vivo do pesquisar, como pesquisa-‐intervenção. Mostra-‐se rica por procedimentos, mecanismos e disposidvos de criação/invenção do fazer pesquisa no coddiano. Cartografia considerada como disposição que cria desvios, importa-‐se com as linhas de fuga, os pormenores, os pequenos fragmentos escutados, lidos, escritos. Cartógrafo como aquele que faz, opera, pradca, reside no fazer cartografia. MAS AFINAL, QUE DIABOS É ESSA CARTOGRAFIA? Para além de uma metodologia cienhfica, a cartografia deve ser entendida como uma prádca ou pragmádca de pesquisa (em meio a vida). Trata-‐se de um exercício advo de operação sobre o mundo, não somente de verificação, levantamento ou interpretação de dados. O cartógrafo atua diretamente sobre a matéria a ser cartografada, distanciando-‐se do ideal posidvista que prega, dentre muitas instâncias, a neutralidade, objedvidade e o distanciamento necessário em relação ao seu suposto objeto. Suely Rolnik (2006) escreve que cartografar é produzir desenhos e ir acompanhando os movimentos e as transformações que acontecem na paisagem. São instrumentos de todo cartógrafo a interação, o nomadismo, a implicação e a capacidade de afetar e ser afetado. A pesquisa de campo geralmente coloca o cartógrafo diante de um território que ele não conhece e em relação ao qual pretende fazer avançar o entendimento e as prádcas de trabalho, intervindo na realidade. De acordo com Costa (2014, p. 75), o exercício cartográfico lida com a “Inseparabilidade entre conhecer e fazer; pesquisar e intervir: toda cartografia é um conhecer-‐fazendo”. 4! 2
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