Important Announcement
PubHTML5 Scheduled Server Maintenance on (GMT) Sunday, June 26th, 2:00 am - 8:00 am.
PubHTML5 site will be inoperative during the times indicated!

020

Published by yananovaes, 2017-04-13 18:58:56

Description: 020

Search

Read the Text Version

www.maismaisperfil.comMais Mais Perfil Foto: KK GontijoNº 32 - Abril/2013 Proibida a vendaO luxo dos Hastenreiter

O carro mais vendido da Europa,agora fabricado no Brasil

Novo Peugeot 208 O CARRO MAIS ESPERADO DOS ÚLTIMOS TEMPOS VAI FAZER VOCÊ SE APAIXONAR!

Editorial Wilma Trindade O iní�cio de 2013 foi marcado pela tragédia de Santa Maria/ RS que chocou o Brasil. Os motivos apontados pela perí�cia revelaram o que estava exposto a olho nu. A falta de respon- sabilidade para com o outro, e não diria nem amar o próximo como a si mesmo, o segundo mandamento das leis de Deus. A inversão de valores imposta por polí�ticos e empresários ganan- ciosos aproxima nossa realidade de cenas de cinema com terrenos contaminados doados para construção de casas para funcionários, e cidades calçadas com escória tóxica de chumbo. Casos protagonizados pelo grupo CSN – Cia Siderúrgica Nacio- nal, Prefeitura Municipal de Santo Amaro/BA, e outros mais próximos, a exemplo da cobertura na ponte da Ilha dos Araújos. Sadios mesmo foram alguns jovens em Santa Maria, que, arriscando as próprias vidas, lutaram para salvar a vida de outros. Sadia e cidadã é a campanha do Ministério Público contra a PEC 37, que está em discussão no Congresso Nacional e que retira do Ó� rgão a possibilidade de realizar investigações cri- minais. Um poder que, em parceria com a Polí�cia Federal, vem executando uma necessária devassa na corrupção, predadora do dinheiro público e que impede de vivermos em um Brasil que merecemos e pagamos para construir. Cidadã e louvável, mas que seria totalmente desnecessária, se não houvessem criado a PEC 37, que nada mais é que o desejo de alguns polí�ticos de deixar tudo como era antes no Quartel de Abrantes. É� por essas e outras que a Mais Mais Perfil traz, em quatro páginas, reportagem sobre a importância de se passar o Brasil a limpo, através da educação. E, como sinal de que nem tudo está perdido, em nossa capa e páginas, a festa de amor proporcionada pelos pais Gilberto e Giselle Hastenreiter, comemorando os 15 anos da filha Bár- bara. E ainda festas que celebram a vida e a união de famí�lias pelo amor do homem pela mulher, e da mulher pelo homem. Naturalmente, Mais Mais Gente e polêmicos temas que movi- mentam a mí�dia, nas páginas Á� gora e Pontos de Vista, sempre aguçados de nossos especiais colaboradores. Sorvam, sem moderação. Ler faz bem à saúde. Até a edição de junho, sempre se Deus quiser.



Sumário ÁgoraMais MaisPerfil 15 Wilma Trindade 40 16 Ponto de Vista A (des)construção A educação é da cidadania a resposta Paula Greco Crisolino Filho 14 24 Ponto de Vista 44 46 No reino da trairagem Etelmar Loureiro 48 Isso é Quente 17 36 Ponto de VistaUm japrdairmaLuisa As eleições de 2014 e a economia 6 Ana Paula Kern ABRIL / 2013 50 Ponto de Vista Venezuela: O chavismo e o Brasil Diego Trindade d´Ávila Magalhães

Foto: KK Gontijo30 Daniella e CamilaExpediente Editoria Geral: Wilma Trindade Fotos Sociais: Kk Gontijo, Wilma TrindadeColaboradores: Paula Greco Diego Trindade D´Ávila Magalhães Etelmar Loureiro Crisolino Filho Ana Paula KernDesign Gráfico: Agência RIX Revisão: Tarciso Alves Gráfica Nacional Impressão: 5.000 exemplares Tiragem:Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Abril / 2013 Contato: (33) 9121-0601 / (33) 9953-1124 / 8843-5522 / 8437-0707 [email protected] | www.maismaisperfil.com 7 ABRIL / 2013

Fotos: KK Gontijo Bárbara E a Avenida Minas Gerais viveu seu dia de Fifth Avenue, fazendo brilhar a estrela dos mais que perfeitos anfitriões Gilberto e Giselle Hastenreiter, que mais uma vez se superaram para cele- brar em estilo internacional os 15 anos da filha Bárbara. Desde a badalada distribuição dos convites - um mês antes da festa - já dava para prever que o debut de Bárbara Libório Martins Hasten- reiter abalaria geral. Exigindo traje preto para os homens, e branco para as mulheres, deixava antever o clima e o naipe da comemoração, que transformou o salão nobre do Ilusão em uma autêntica Manhattan, com o metro quadrado mais cobiçado da cidade pelo High! Mais uma vez os Hastenreiter encantaram a sociedade valadaren- se e convidados vindos de todas as partes. Da Missa de Ação de Graças, com a apresentação do Coral Intendente Câmara, da Usiminas, e celebração de Pe. Francisco Vidal para uma Catedral completamente ocupada ao clássico Ilusão Esporte Clube, onde o saber fazer extra- polou a incredulidade. 8ABRIL / 2013

15 anosHastenreiter 9 ABRIL / 2013

O fato é que tão cedo Valadares verá uma superprodução como esta, digna dos mais consagrados musicais da Broadway. Maga da decoração de festas, Maristela Chisté, ousou e extrapolou em sua arte, ao criar um indescritív� el cenário cinematográfico. New York coube em GV. Entre imagens icônicas da Big Apple, os 600 convidados foram recebidos em piso espelhado, flashes de KK Gontijo e filmados pela ótica experiente de Drielly e Caique. Com DJ Baleia, luxo de 66 globos e 33 movies irradiavam suas luzes e fizeram do nobre salão uma imensa discoteca “a la” Studio 54, len- dário Nigth Club novaiorquino. Para os convidados de Bárbara, show especial da Banda Boca Elétrico, estações de coquetéis coloridos, um imenso buffet japonês, scoth e espumante jorrando e delí�cias assina- das pelo buffet da Teka, à base de frutos do mar e massas finérrimas. E, fonte de todos os pecados, a suntuosa mesa com a grife de Bel Oli- veira, que ia de Petit Gateau a tortas Suicí�dio.Giselle, a debutante Bárbara, e Gilberto Hastenreiter Na verdade uma noite de grandes emoções, não só pela magia cênica da movimentação do preto e do branco, dos brilhos nos trajes e da juven- tude dourada. Muito mais pela nobreza da famí�lia anfitriã, pelo joie de vivre contagiante. Foi um prazer sentir aquela energia de vitória, de mais um sonho realizado. Foi um orgulho sentir no ombro aquelas lágrimas e guardar no coração estas palavras: “Tudo por elas”. Wilma TrindadeQuatro gerações: tataraneto Bernardo, bisneta Brenda e o netoGilberto Hastenreiter, e o patriarca Euclides Hastenreiter Com os avós maternos, José O brinde da família: Bianca, Giselle e Gilberto, a aniversariante, Brenda e MoisésTios Sérgio e Josiane Ferreira Martins Teixeira e Marilene Ferreira MartinsDrielly e Caique StudioC Filmagens Maristela Chisté e Alexandre Prado, Tios Ricardo e Luciana Hastenreiter sendo recebidos pelos Hastenreiter Tios Daniel e Fernanda Hastenreiter 10 ABRIL / 2013

Fotos: KK Gontijo Valsa com o pai Gilberto Hastenreiter Valsa com avô materno, Sr. José Teixeira MartinsRecebendo o carinho das irmãs BiancaHastenreiter e Brenda Hastenreiter MendesA aniversariante faz charme diante do staff do buffet japonês Bárbara com o tio e padrinho Luiz Valsa com o bizavô, Sr. Euclides Vasconcelhos Hastenreiter Márcio, e a noiva Priscila 11 ABRIL / 2013

Gente Wilma TrindadeAlessandra Lage e Cláudia Murta Anuska Prado e Ricardo Augusto Rodrigues Pereira Michele Gusmão MascarenhasDiana e Guilherme Ganso No chique e poderoso salão nobre do Talita e Renato Souza Clube Filadélfia, agora totalmente 12 climatizado e de visual novo, destaquei entre as belas, no casamento duplo dasABRIL / 2013 irmãs Daniella e Camila Chisté, a elegância de Michele Gusmão Mascarenhas, a primeira-dama da Peugeot Granville. Naturalmente sob o olhar simpático do marido, Lucas Mascarenhas.

13ABRIL / 2013

quesUenmaupnaacgalauzEu sempre ouvi dizer que a dor é uma ótima professora. escola franciscana, aprendi a admirar a alegria simples da fé E, pelo que se pode perceber, é também uma grande inabalável de um homem singular, que viveu uma vida santa catequista. É� geral a percepção de que a humanidade e dedicada. Confesso que não tenho muito o hábito de mevive tempos doíd� os, pesados, turvados pela sombra da violên- colocar em oração, mas desejo sempre, todos os dias, ter emcia, da falência das relações humanas, do desamor coletivo. E meu coração um pouco da força de alguém que seguiu sua féquantomaisasnotíc� iasdosjornaismostramtantadoraoredor ao extremo, e ainda assim conseguiu não se perder em funda-do mundo, mais se enchem de fiéis os bancos das igrejas, os mentalismos, esses sim, os grandes provocadores da intole-templos, praças e lugares sagrados, para onde correm homens rância e tudo o que ela traz: preconceito, intolerância, violên-e mulheres, ainda bem jovens ou já no outono da vida, em cia. E acho que isso é orar um pouco, também.busca de algo que os console. As pessoas que se apóiam na fé em tempos turbulentos não Em tempos de dor, ela ensina, é preciso ter fé. Acreditar é querem começar uma guerra. Ao contrário, elas querem secomo agarrar-se ao último galho da última árvore, para não sentir protegidas das dores do mundo, ou pelo menos conso-ser levado pela enxurrada. Acreditar é não sucumbir, é buscar ladas das suas próprias. Querem acreditar que a simplesforças para empreender algum tipo de transformação cujo vontade de ser bom já nos torna seres humanos um poucocomeço é profundamente interior, mas muitas vezes depende melhores. Querem, como uma criança que estende os braçosde um “start”, de uma faís� ca, um brilho novo, que quase sempre para mãe sempre que sente medo, fome ou apenas necessida-é encontrado no outro: na dor do outro, na solidariedade do de de um colo, alcançar este outro plano, se religar a tudo ooutro, na esperança do outro. que é divino, perfeito, amoroso, em meio às tristezas, angústias e dores de um caminho que às vezes parece interminável, Adélia Prado, poeta de rara sensibilidade, escreveu que “a intransponív� el, insuperável.Igreja é o melhor lugar do mundo. É� lá que o gado de Deuspara pra beber água”. No meu imaginário, essa sempre foi uma Aí�, para que não se apague a esperança, para acreditarimagemlinda,degentesorvendoluz,conhecimento,harmonia, mais – ou de novo, ou enfim... - o tempo da dor torna-se opaz. Essa é a água para as sedes da alma. E ela, eu acredito, tempo de ir à igreja, ao templo, à sinagoga, à praça, dobrarnão está necessariamente em uma única igreja, uma única os joelhos, curvar a fronte, erguer os olhos para continuardenominação, uma única religião; mas em todas as crenças vendo, ainda que ao longe, essa luz que nunca se apaga. Eque professam a fraternidade, o respeito e a tolerância entre assim, mesmo tateando no escuro das dúvidas, dos medos,os iguais, e sobretudo entre os diferentes. das mazelas da humanidade, seguir em frente, sustentado pela fé! Nasci em uma famí�lia cristã. Cresci católica, estudei em 14ABRIL / 2013

Mais Mais Opinião Ágora “ Não é o mais forte que por Wilma Trindade sobrevive, nem o mais inteli- gente, mas o que melhor se adapta às mudanças.” Leon C. MegginsonBate Vivíssima Dilema de mãe Ie volta Com sua morte, no dia 8 de abril Deixo minha filha estranhar esse Embate pesado travado entre o a Dama de Ferro, Margareth Tatcher novo casal e perguntar, ou devo pre-presidente do Supremo Tribunal provou que pulso forte não faz mal pará-la para que veja como normal eFederal (STF), ministro Joaquim a ninguém, nem para a própria ima- natural essa nova idéia de famíl� ia?Barbosa, e toda a representativi- gem. Nos noticiários da semana, sódade da magistratura brasileira deu a baronesa que soube imprimir Na segunda hipótese, a pergunta é:lembra a frase do grande Nelson sua marca como primeira ministra como?Rodrigues: “o homem pode até não e se imortalizou na história da Ingla-saber por que está batendo, mas a terra e nos rumos da economia mun- Filhinha, daqui pra frente tudo vaimulher sabe bem porque está apa- dial. Polêmica por implementar sua ser diferente. Você tem que aprendernhando”. A diferença é que, nesse avançada idéia de Estado, mereceu a ser gente, ou seja, só pessoa. Esque-caso, ambos os lados sabem bem – exatamente por isso – o reconhe- ça a sua anatomia que foi preparadao motivo de cada golpe desferido. cimento das cúpulas mundiais e para receber aquela outra parte do festa nas ruas de Londres promovi- outro sexo identificado como mascu- da pela classe operária. lino, em carne e osso. Segundo a entendida dessa nova ordem socialUm grande brasileiro Foto: Divulgação – leia-se Daniela Mercury – ser ou não ser (homem ou mulher) não é mais a “A Universidade questão. brasileira ensina de Dilema de mãe I costas para o nosso - Mamãe, o Pedrinho tem dois pais.”país e o nosso povo. - Não meu bem, o Pedrinho tem um pai e uma mãe. Dramaturgo, professor, poeta e advogado, Ariano Suassuna coleciona pensamentos - Como assim? Eles são iguais. e frases lapidares, como esta. Ferrenho defensor da identidade da cultura nacional, - Meu amor, não precisa mais um ele não apenas disse, como comprovou suas palavras ao perguntar para um auditório homem e uma mulher para formar cheio de universitários quem ali já tinha ouvido falar de Immanuel Kant, filósofo uma famíl� ia. Alemão do século XVIII. Diante da anuência de quase toda a platéia, perguntou por - Eu nasci de você. De qual dos dois Matias Aires, brasileiro, contemporâneo de Kant, e segundo ele, o mais importante o Pedrinho nasceu? filósofo da língua portuguesa de sua época. Sobre ele, apenas um universitário tinha - Ele foi adotado e acabou a conver- ouvido falar. E mesmo assim, porque morava em uma rua com o seu nome. Com sa. Vai brincar, menino (e pensou: ou histórias assim, e seu incrível carisma, prende a audiência em platéias lotadas, por seriamelhorsó“vaibrincar”?Sabe-se todo o país. E, aos 85 anos, a vitalidade de suas palavras e atitudes nos faz desejar lá o que ele vai querer ser quando mais brasileiros como Suassuna. crescer). 15 ABRIL / 2013

Mais Mais Ponto de VistaEDéUaCreAspÇoÃsOta Crisolino Filho (*) Em função de sua formação histórica, o poucos os que se beneficiam dessa é contratado para entregar uma obra emBrasil tem um ní�vel educacional muito riqueza. Os poucos que enrique- 5 dias, mas não cumpre, e, para ganhar umbaixo. Apesar dos avanços de sua econo- cem se tornam senadores, deputa- pouco mais no negócio, “enrola” outrosmia, ainda é um paí�s de muita desigualda- dos, governadores, e aí� todo mundo cinco. Ou então, um cliente pagar por umde social. Para piorar, a soma desses dois já conhece o roteiro de filme preço, pensando que comprou uma mer-fatores tira de muitos jovens oportunida- dinheiro e poder polí�tico, poder cadoria de qualidade, quando na verdadedes de ensino e trabalho, relegando-os ao polí�tico e dinheiro. levou um produto inferior. E o que dizersegundo plano. Como resultado, surge nas de um estádio de futebol com limitaçãocomunidades em que vivem a guerra urba- Para completar o quadro, Holan- de público, onde os dirigentes vendemna. Hoje é altí�ssima a taxa de mortalidade da teoriza que “Essa plasticidade mais ingressos do que o limite de sua capa-entre pessoas de 18 a 25 anos, o que faz aventureira tem suas vantagens, cidade, com o intuito de faturar mais? Nãobaixar a expectativa de vida do brasileiro. mas certamente não conduz à cons- era um estádio, mas aconteceu recente- trução de uma sociedade marcada mente na Boate Kiss, em Santa Maria-RS, E para entender por que vivemos essa pela associação, pelo planejamen- onde morreram mais de 240 jovens. Tinhasituação, duas boas referências são as to, pelo método. Além disso, o mais gente do que permitia o local.obras sociológicas “Raí�zes do Brasil”, de modelo econômico do Brasil sem-Sérgio Buarque de Holanda, e “Casa-Gran- pre privilegiou uma minoria em detrimen- Os currí�culos escolares deveriam sairde & Senzala”, de Gilberto Freyre, que to da maioria”. Por isso muita gente tenta dessa letargia de ensinar coisas que noexplicam o comportamento histórico/ levar vantagem, ou fazer qualquer coisa futuro não terão nenhum resultado práti-social do brasileiro. Para SBH, por exem- para se dar bem. Apesar de o brasileiro co e passar a ensinar o que é cidadaniaplo, “Os brasileiros agem de forma mais ser trabalhador, em certas situações plena, como reivindicar direitos, comoaventureira do que como trabalhadores. ordeiro, e uma parte da população ser bem cobrar deveres e o bom funcionamento daA agricultura não é planejada, aparelhada, intencionada, a sociedade brasileira ainda máquina pública, e como reivindicarmetódica e racional. Existe uma depreda- melhorias em todos os setores do territó-ção da natureza, um esforço para colher é desorganizada. rio em que se vive.sem plantar. Tudo se faz com desleixo e Cada paí�s tem uma caracterí�stica, umaabandono, sem projeto, sem método. Os Os pais e adolescentes que voltam dobrasileiros não se associam por interesses cultura, um modelo de desenvolvimento, exterior elogiando a limpeza e a organi-racionais, mas pela festa, pela bebida, pela mas somente aqueles que investiram nos zação dos paí�ses mais desenvolvidos sãocomida e na religiosidade”. jovens e em educação se desenvolveram os mesmos que aqui jogam lixo no meio extraordinariamente. Como exemplo, da rua, sem a menor cerimônia. A grande Ou seja, vivemos numa sociedade pouco Coréia do Sul e Japão, este último, inclu- vantagem para eles é contar aos amigosjusta, e um bom exemplo é o agronegócio. sive, totalmente destruí�do na 2ª Grande que viajaram ao exterior.Embora esteja avançando, e de já ser o Guerra, nos anos 40. Não estamos defen-maior produtor de soja mundial, são muito dendo a tese de que a geração atual vai Deve-se ensinar ainda nas escolas a ser a única responsável por nossa reden- importância da honestidade para o equi- 16 ção. Essa responsabilidade deve come- lí�brio do conví�vio social, e que é proibido çar pelas mãos de quem hoje detém o estacionar em fila dupla, em portão de ABRIL / 2013 poder polí�tico, e se perpetuar nas gera- garagem ou na esquina, impedindo a visão ções futuras. do outro. E que ninguém, ninguém mesmo, está acima do bem, do mal, da lei e do Acreditamos que as redes sociais na Estado, e que uma condição econômica internet estabeleceram uma nova revolu- privilegiada não deve levar um cidadão a ção, que não pode ser classificada de crer que pode levar vantagem como se isso esquerda, de centro, ou de direita. Num fosse um direito, principalmente quando mundo desenvolvido, nesse novo conceito se está fazendo coisa que prejudica o direi- de revolução, está tudo junto e misturado. to alheio. As informações são velozes e as manifes- tações na “web” movem montanhas. Qualquer indagação para essas questões e dúvidas sobre o futuro do Brasil leva a Não podemos mais aceitar viver num uma resposta irreversí�vel: investimento paí�s onde, por exemplo, um profissional pesado na qualidade da educação. * Crisolino Filho Membro da Academia Valadarense de Letras AVL -OAB/MG47.103eCRB/MG2713 Alô: (33) 8807.1877 e Fone: (33) 3271.7009 – E.mail: [email protected]

Fotos: Ana Paula (Studio KK Gontijo)Um jardim paraLuisa Por Wilma Trindade Uma princesinha, uma estrela. Assim foi Luisa na festa de seu primeiro aniversário. Afinal, 1 aninho trazendo tanta felicidade é mesmo para ser comemorado, e festejado com muitas flores e todo carinho, como decidiram os jovens pais Camila Bragança Cabral e Viníc� ius Cabral Costa. E assim, com a griffe de Nancy Ferrari Barroso, foi criado no La Maison Festas, no dia 23 de fevereiro de 2013, um belí�ssimo jardim para a Luisa, onde se deleitaram os 250 convidados. O buffet foi da Teka, o bolo e docinhos, da Norma Fonseca. Tudo registrado pelas lentes da Ana Paula, do Studio KK Gontijo. 17 ABRIL / 2013

Luisa Bragança Cabral Costa – em Fotos: Ana Paula (Studio KK Gontijo) seu jardim de primeiro aniversário No La Maison,a entrada para o jardim da Luisa Um dos ambientes assinados por Nancy Ferrari BarrosoVinícius, Camila e Luisa, prontos para receber os convidadosCARINHO, CUIDADO, AMOR, ALEGRIA, A elegante Lília Cabral com a netinha aniversariante Luisa com o tio Rinaldo Cabral e FELICIDADE. O jovem casal Camila e Viní�cius Ana Lúcia, Felipe e Estevão expressa todos esses seus sentimentos, aofestejar com infinitos mimos o 1 º aniversário de suaprimogênita. Luisa Bragança Cabral Costa nasceu em10 de fevereiro de 2012, trazendo com ela umafelicidade imensa. Há, simplesmente, 21 anos, seaguardava uma menina na geração de Tuca Costa eLí�lia Cabral, pais do Viní�cius, e dos Bragança deIolanda e Freitas, pais da Camila. Na ambientaçãodelicada e mágica dos verdadeiros jardins, a festaaconteceu em clima de encantamento da pequenaaniversariante, da famí�lia e de seus convidados. 18 Luisa, a 4ª geração de Cordovil e Mariinha Gomes - os bisavós Nos braços da tia Grace, com Oscar Heringer e Vitor Heringer Bisavó Ester BragançaABRIL / 2012

Fotos: KK Gontijo Fotos: Ana Paula (Studio KK Gontijo) Curtindo a festaCom Vó Iolanda e Vô FreitasO prestígio das tias com a aniversariante, mais a avó Lília e CamilaTrês gerações: Vó Iolanda com Iara e Fábio, e anfitriões Com a tia Ivone Com os primos Kristen e Arthura filha Camila e a neta Luisa

Fotos: Ana Paula (Studio KK Gontijo) Um jardim para Luisa. Criatividade assinada por Nancy Ferrari Barroso Pastor Eneziel em ação de graças e bênçãos Tio Aldo e tia Kyssila Rosana e a aniversariante Com a tia Márcia e tio WilsonNomes dos mais tradicionais de Com as primas Mariana e Larissa Governador Valadares, todos brindaram com bênçãos emuitos parabéns. E na memória ficarama delicadeza das flores, as cores esabores que fizeram da primeiraprimavera da Luisa uma alegre festa emum jardim encantado. Ester e Luisa Camila, Luisa e o tio Aldo Pastor Eneziel e família com os anfitriões Tia Iara e Tio Ranner e João Vitor com Camila, Luisa e Vinícius A delicadeza das lembrancinhas 20ABRIL / 2012

Fotos: Ana Paula (Studio KK Gontijo) A alegria do papai ViníciusOs parabéns com a emoção da vovó Lilian, do avô Freitas e da Vó Iolanda, papai Vinícius e mamãe Camila e alegria dos primos O orgulho da mamãe Camila No Jardim do primeiro aniversário da linda Luisa, pura diversãoEncantada, a pequena Luisa se diverte em seu primeiro aniversário Camila, Luisa e Vinícius ladeados por Janine, Eduardo e João PedroAmanda, Verônica e Beatriz Ana Maria e Dr.Fausto Coutinho com Luisa,Vinícius e CamilaSônia Gorete, Camila, Luisa e Vinícius Com os anfitriões,Renata e Pastor Marco Antônio 21 ABRIL / 2012

Mais Mais Acontecimento por Paula GrecoTributo AntimonotoniaPoeta das dores e delíc� ias de uma geração que conheceu a culpa e O Rock o medo de amar, ele personificou o emblemático refrão cantado in Rio 2013outro músico – e amigo, Lobão: “é melhor viver 10 anos a mil do que homenageia1.000 anos a dez”. Diante do seu legado, de tantas canções inesque- o talento ecív� eis, de tanta ironia, polêmica, rebeldia, loucura, lucidez, beleza, a poesia emdescontrole, mazelas e tédio transformados em poesia, fica difí�cil carne viva,acreditar que entre os primeiros ensaios com o Barão Vermelho, em de Cazuza1981, e seus últimos dias de luta contra a Aids, em 1990, a carreirade Cazuza não chegou a completar uma década.É� a este artista, visceral e inigualável, que a edição 2013 do festivalRock In Rio renderá homenagens em sua abertura, no dia 13 desetembro. O tributo, chamado de “Cazuza: o poeta está vivo” tem acuradoria do amigo e ex-companheiro de Barão Vermelho, RobertoFrejat, e vai contar com a participação de artistas como Bebel Gilber-to, Ney Matogrosso, Rogério Flausino, Paulo Miklos e Maria Gadú, quecantarão os maiores sucessos entre as mais de 250 canções compos-tas por Cazuza em sua curta, porém intensa trajetória.Iron Maiden é rock1n roll na veia do Rio. Entre dinossauros do 22 rock e estrelas do Pop ABRIL / 2013 Da 1ª edição, em 1985, até hoje, lá se vão 28 anos e muitas histórias. Nascido com a pretensão de ser “o maior festival do mundo” o Rock in Rio sofreu baixas, migrou para a Europa e depois de um hiato de 10 anos, voltou, em 2011, ao palco onde tudo começou. Agora, em sua 13ª versão – a 5ª no Brasil – o festival se cerca de uma expec- tativa de grande sucesso, balizada por números que impressionam. Mesmo com o line-up de shows ainda incompleto, já são mais de 50 as atrações confirmadas para os sete dias do evento (13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro) nos dois principais palco: o Mundo (com shows a partir das 18h30) e Sunset (com shows a partir das 14h30). Isso, fora os Dj’s convocados para a tenda eletrônica e as atrações ainda não definidas para a Rock Street, destinada às bandas emergentes. Entre os artistas brasileiros, estão confirmados (além dos presentes no Tri- buto ao Cazuza) no palco Mundo, o Capital Inicial, Skank, Jota Quest, Ivete Sangalo e Kiara Rocks, além de outros grandes nomes como Ivan Lins, Lenine e Maria Rita, que vão se apresentar no Sunset. Entre as estrelas internacionais, a nata da constelação pop representada por Beyoncé e Justin Timberlake se junta a nomes como Ben Harper, John Mayer, Bruce Springsteen, Muse, Florence and the Machine, Bom Jovi, Nickelback, e pesos pesados do rock como Metallica, Alice in Chains, Sepultura (+ Lês Tam- bours do Bronx), Slayer e Iron Maiden, só para citar alguns. Como a grade de shows ainda não foi 100% fechada, a melhor opção para saber quem se apresenta em que palco, e em qual dia, é acessar www.rockin- rio.com/rio/line-up e resolver em que datas investir os R$ 260, do ingresso diário.

Foto: KK GONTIJO“Vida louca vida, vida breve. Já que eu não posso te levar, quero que você me leve.” Nascido Agenor de Araújo Neto, Cazuza ganhou esse Ainda à frente do Barão Vermelho, Cazuza esteve naapelido do pai quando ainda estava na barriga de sua mãe, primeira edição do Rock in Rio, em 1985. Na época, trêsLucinha, que até hoje se dedica a manter viva a memória excelentes discos gravados davam à banda a condição dedo filho através da Fundação Viva Cazuza, que ajuda protagonista no cenário do rock nacional, e o hit “Pro Diacrianças portadoras do ví�rus da AIDS, doença que matou Nascer Feliz” fazia um mar de gente cantar com eles. Mas,precocemente o artista, aos 32 anos de idade. para o exagerado Cazuza, o palco era céu para apenas uma estrela, e meses depois do festival, ele deixou os O apelido, que no regionalismo nordestino é sinônimo companheiros pra se lançar em carreira solo, com igualde moleque, caiu como uma luva para o garoto que nunca sucesso.cresceu, refém de sua própria inconsequência e ao mesmotempo, consciente de que não poderia causar mal nenhum Dois anos – e mais dois grandes discos – depois veio oa não ser a si mesmo. Para Cazuza, a vida era “tudo ou diagnóstico da AIDS. Com ele vieram as internações, osnunca mais”. E foi tudo, o tempo todo, de todas as maneiras. longos perí�odos de tratamento nos EUA, o abatimento fís� icomostradoaomundo,comtodacoragemehonestidade. Artista autobiográfico, ele se expunha completamente E também a frenética produção artí�stica que deu origemem suas canções, trazia à flor da sua pele uma enorme e aos seus dois últimos discos: Ideologia e Burguesia. Emintensa gama de emoções e sentimentos. No muito que já 1989, sua saúde frágil fez com que se despedisse dos palcosfoi escrito a seu respeito, é descrito pelos amigos como depois do antológico show “O tempo não para”. Mas“um anjo caíd� o do céu”, um ser humano adorável, com uma enquanto viveu Cazuza seguiu à risca seu próprio conselhopaixão ilimitada pela vida, à qual se entregou (escrito no último dos seus cadernos de anotações, umacompletamente,depeitoaberto,sempreconceitos,vivendo agenda de 1989): “fique livre do mundo, aproveite a dor,cada dia como quem se joga de penhascos, apenas para ame de olhos fechados e se divirta na Terra”.sentir o vento no rosto. 23 ABRIL / 2013

Mais Mais Ponto de VistaNo reino da trairagem EtelmarLoureiro Assim como as conquistas, as desco- categoria há muitos enredos e atores dade, persistência, bastante coragembertas, as invenções e outros grandes premiados. e discrição. Por isso eram mais exci-marcos, as traições ocupam espaço tantes. Hoje já não têm tanto charme,nobre na biografia da humanidade. Os incendiários “affaires” de Cleópatra nem despertam a adrenalina de indicam uma prática anterior à Era Cris- outros tempos. A quebra de tabus Estão presentes na boemia, na polí�ti- tã. A rainha do Egito não era bela como sociais e a evolução dos meios deca, no futebol, na religião, no meio artí�s- foi revivida no cinema por Elizabeth comunicação tornaram tudo maistico, nas relações empresariais, no Taylor, mas tinha o talento de Hilda Fura- fácil. Homens, mulheres, jovens ecampo diplomático e onde mais haja cão. velhos, polí�ticos, empresários, falsosgente, sobretudo na vida a dois. religiosos, quase todos arriscam uma Mais recente, o triângulo amoroso for- escapulida. Basta um telefonema, um A antologia de traições é extensa, mado pela princesa Diana, o prí�ncipe torpedo,umMSNcifradoecorrerparaabrangendo casos curiosos e instigantes Charles e a então amante dele, Camilla o abraço. Lealdade deixou de ser obri- Parker, quase fez desmoronar o Reino gação, para transformar-se em opção O mais emblemático tem como prota- Unido. A monarquia balançou. dos poucos que se dispõem a defendê-gonistaJudasIscariotes,oapóstolomau- -la (bem lembrado!).-caráter que entregou Jesus Cristo, por Não menos explosivas foram as incur-mí�seras trinta moedas de prata. Tornou- sões eróticas de John Kennedy e Bill A modernidade descomplicou o-se sí�mbolo da canalhice. Clinton, capazes de provocar inveja em processo, mas não saneou o Reino Silvio Berlusconi. Tanto quanto elas, da Trairagem. Os desequilibrados e Outro clássico é a tragédia romana em marcaram época as trapalhadas de alco- despreparados ainda agem aos mon-que Brutus participou do assassinato de va em que se meteram certos ex-presi- tões, encenando recorrentes situaçõesseu pai adotivo, o imperador Júlio César, dentes de paí�ses sul-americanos, envol- que seriam cômicas, não fossem trági-incluindo-se entre os que o apunhala- vidos com mulheres jornalistas, domés- cas.ram. ticas e róseas secretárias. O exemplo poderia resumir-se na ati- tude do proprietário de circo que matou No Brasil, embora acirradamente dis- Por abomináveis que sejam, as trai- sua mulher e o gorila com o qual elaputadopeloshomenspúblicos,o“Troféu ções mexem com o emocional. Inspiram contracenava, suspeitando que tives-Traí�ra” está em poder de Joaquim Silvé- obras literárias, teatrais, cinematográ- sem um caso. Outro sintoma foi o bar-rio dos Reis, desde quando ele dedurou ficas, televisivas e musicais. O interesse raco armado pela esposa que se sentiua Inconfidência Mineira, fazendo com por elas é diretamente proporcional à traí�da, quando, ao desmontar o aspira-que Tiradentes se ferrasse. intensidade dos escândalos e ao prestí�- dor da casa, encontrou uma calcinha que gio dos envolvidos. não era dela. Fonte inesgotável de mexericos, as Mas a mediocridade vai longe. Em Vilatraições que mais provocam buchichos Até recentemente, obedeciam a uma Velha, Espí�rito Santo, um sexagenáriosão as “puladas de cerca”, com destaque liturgia que impunha paciência, habili- casado há mais de trinta anos, pai depara as cometidas por gente famosa. Na três filhas, excedeu na bizarrice: largou a famí�lia para juntar-se ao o genro, com 24 quem mantinha tórrido romance, curti- do em furtivas viagens e pescarias. ABRIL / 2013 Doido! Depois dessa, não há como discordar de Júlio César. Segundo o filósofo Plu- tarco, o imperador declarou que amava as traições, mas odiava os traidores. Sujeito sensato! EtelmarLoureiro BacharelemDireito E-mail:[email protected] Blog:http://gentefatoseabstratos.blogspot.com

News Debut em agosto Viajar é preciso Os elegantes e finérri- mos Michele e Niltinho Agostinha e seu pai, Agostinho Aguiar, prestigiando o novo Classe e carinho de Porcaro também em cli- Subsecretário André Merlo, acompanhado de Andréia Lagilda e Márcio ma de festa. Agosto che-Secretário da Agricultura, Elmiro Nascimento, o vice- Pena nos prepara- ga com os aniversáriosgovernador Alberto Pinto e o casal José Miguel e Creuza Merlo tivos da festa que das duas filhas, Gabriela vai comemorar e Izabela, dias 16 e 17. mais um ano da Mas as luzes de neon filha Carol. Entre se acenderão especial- tantos presentes mente para Gabriela, na listados, mais viagens. noite de 16 de agosto. A O passaporte da peque- primogênita fará seu de- na, que vai completar but na nobreza do Ilusão. nove anos, já ganhou ca- Mãe e filhas já podem rimbos de Espanha, Israel, ser vistas pelo itinerário Estados Unidos, Itália e fashion entre GV e BH. França. Até os 15, estão na meta Japão, China e o Leste Maristela e Alexandre Europeu. Expert em decoração de fes-Posse André Merlo Célia Bittencourt comemorando tas Maristela e sua equipe da 24 anos no comando de seu Buffet, Parabéns prá Você cravaramPresidente da União Ruralista, André Merlo hiperagradecida pela preferência e sua griffe em três salões emagora é também Subsecretário do Agrone- fidelidade de seus clientes. um mesmo dia: 27 de abril.gócio da Secretária de Agricultura, Pecuária No Ilusão, recepção de casa-e Abastecimento do Estado Minas. Prestígio mento da bela e simpáticada família Merlo e amigos do novo subsecre- Aline Abi Ali; no elegante sa-tário lotaram o salão do vice-Governador Al- lão nobre do Filadélfia e emberto Pinto Coelho, que ao lado do secretário seu próprio salão, o Maris-Elmiro nascimento, deu posse a André no úl- tela Festas. Entre um grandetimo dia 09. Dividindo seu tempo entre Vala- evento e outro, ela nem quisdares e BH, André não para e já comanda os saber de descanso, depois depreparativos para a Expoagro 2013, que está casar as filhas com uma festaa todo vapor, com muitas novidades. inesquecível: comemorou seu aniversário e os 32 anos de Josy Oliveira e Otto Martins da Silveira Filho Sobrancelhas casada com Alexandre Prado, em clima intimista.À frente da charmosa Ponto Íntimo, com Maura Lima é marca especializada em so-suas belas lingeries, Josi e Otto estão en- brancelhas, que se expande no Brasil, Nor- 25tre os lojistas da nossa “little Savassi”, o te Sul,Leste, Oeste. Ela traz técnica aliada afervilhante quarteirão da Israel Pinhei- muito conforto para seus clientes. Em Go- ABRIL / 2013ro, entre a Barão do Rio Branco e a Dom vernador Valadares a franquia chega insta-Pedro II. lada na Rua Graça Aranha, bem no coração do Bairro Esplanada. À frente, Bruno Ma- chado, cuja experiência administrativa está na Salgadinhos Click, onde foi iniciado pelos pais, Mônica e José Roberto. Vale conferir.

Mais Mais Comportamento por Wilma Trindade O adovaTnruçopico A Ilha dos Araújos, bairro residencial e bucólico ponto turí�stico de GV, ganhou outro foco turí�stico em janeiro. Ao con- trário das inundações que a atemoriza e, vez por outra, a assola e entristece no verão, uma avalanche de alegria passou por suas ruas no dia 2 de fevereiro, pro- vocada pelo bloco Trupico do Lalá. Criado em 2011, em torno de uma banda com marchinhas antigas, ele vem alcançando seu propósito de reacender a há muito apagada chama dos famosos carnavais valadarenses, nas décadas 70/80. Nesses três anos, de 300 seguidores iniciais pas- sou para 8 mil, em 2013. Um verdadeiro fenômeno que expressa o tamanho da carência da cidade. Da Prefeitura Muni- cipal,apenasosbanheirosquím� icos,mas, com um mín� imo de visão, essa iniciativa merece muito mais. Ela pode atrair aten- ção positiva para a cidade, ao contrário das enchentes e outras cositas. Minhas fotos não mentem jamais. 2266AABBRRIILL // 22001132

2277AABBRRIILL // 22001132

Mais Mais TurismoIbituruna PorWilmaTrindade INSPIRAÇÃO Diversão em família no Village do Sol: Nilo, Drica, Daniel, Diego, Thauana, Nilton, Guilherme, Cristiana, Pedro, Vera, Danielle, Felipe e Bruno

Há um encanto mágico Fotos: KK Gontijo no alto dessa pedra, feito de luz e sombras Nilinho Trindade e Drielle Toledo vieram de feito de névoas. Brasília para 3 dias de Carnaval na Ibituruna Encanto do verde refletido em águas transparentes De alçar de voos, de cantar de colibris. Magia de estradas e caminhos floridas por ipês que colorem a mata atlântica,magia de céu infinitamente azul. Magia de tons quando o sol se esconde e a noite cai e outras luzes se acendem escondendo as estrelas.Thauana, Larissa, Niltinho, Daniele, Diego e Drica Isabella e tia Drica

Maristela Chisté e Alexandre Prado casam as filhas Daniella e Camila com cerimônia e recepção suntuosas 30ABRIL / 2013

Mais Mais Acontecimento Fotos: KK GONTIJO 31 ABRIL / 2013

Fotos: KK GONTIJOAs noivas Daniella e Camila, impecáveis para o Moraima, Sabrina Simone, Amanda, Lorena e Flávia, as damas de honra, com os noivos Altair e DaniellaSIM a seus amados Altair e Raphael Por Wilma Trindade Amais requisitada profissional da arte de decoração de festas do leste mineiro, Maristela Chisté, viveu no dia 30 de março deste ano a emoção de executar o projeto e realizar o sonho do casamento de suas f ilhas, Daniella e Camila, que escolheram o mesmo dia para dizerem “sim“ a seus amados. E Maristela não fez por menos. Experts, ela e sua equipe transformaram o despojado Templo Ecumênico Univale em um suntuoso ambiente. Lustres em estilo medieval e uma passarela espelhada, em lugar do tapete vermelho, criavam um efeito cênico de rara beleza.A beleza da noiva Daniella Filho de Dr. Altair de Paula Vargas e Marisa Coelho de Paula Vargas, Altair, carinho- samente conhecido como Tatazinho, era a própria feli- cidade a caminho do altar. Às 22h soaram as trombetas e a noiva Daniella surgiu, des- lumbrante e graciosa, condu- zida por seus pais. Assim, Alexandre Prado e Maristela Chisté e a entregaram ao noivo, marcando o início de uma nova caminhada na vida do jovem casal.Anuska Prado, Marlene Prado, os noivos, Jorge e Graça Prado Daniella e Altair - a felicidade no dia do Sim 32 ABRIL / 2013

Fotos: KK GONTIJO O brinde dos noivos após a valsaO brinde das famílias Prado e Vargas O noivo em família: os pais Altair e Marisa, Altair e Daniella, irmão Fabiano com a namorada Laura e Graziele, com Fabiano Caetano Altair, Daniella com a avó Idiméia ChistéSamuel e suas irmãs, as noivas Daniella e Camila Márcia, Ângela, Sra. Idiméia, Maristela Chisté e Rosângela Maristela brinda com as filhas 33 ABRIL / 2013

Fotos: KK GONTIJO Demoiselles d´honneur Sabrina, Lorena e Simone, os noivos Camila e Raphael, Moraima, Flávia e AmandaCamila e Raphael, os noivos pela ótica de KK Gontijo Novamente ecoaram solenemente as trombetas, dessa vez anunciando a entrada de Camila, encantadora e radiante. O noivo, Raphael, filho do Dr. Cláudio José Pinto de Carvalho e de Sandra Maria Rangel de Carvalho, a esperava, sorridente e ansioso. Dessa forma, deu-se outro momento de grande emoção. Ao levarem sua outra filha ao altar, Alexandre e Maristela propiciavam mais uma união. Os laços foram firmados sob as palavras do Pastor Evangélico Rimack, pelas bênçãos do pai das noivas, Alexandre Prado, de filosofia espírita, e pelo caloroso discurso da Dra. Lourdes Miranda, representante da reli- gião Católica. Mensagens doces, de amor e de ensina- mentos, que enterneceram noivos e convidados. Palavras que servirão de norte para Daniella e Altair, Camila e Raphael, em sua nova vida de casados.Vítor, Lucas, Sandra, Raphael, Camila, Dr. Cláudio José, Ana Carolina, Alane e Cláudio Neto Aline, Márcia, os noivos Raphael e Camila, Larissa, Rodrigo e Fabiana 34 ABRIL / 2013

Fotos: KK GONTIJO Brindando à felicidade com os noivos, Alexandre e Maristela, Sandra e Dr. Cláudio JoséEm seus belíssimos vestidos de noiva a griffe de Alexandre Dutra O brinde à felicidade Aplausos de mãeNo salão nobre do Clube Filadélfia, onde A chegada das noivas em luxuosa limousine Avó Idiméia Chisté e avó Maria Prado portam as aliançasaconteceuarecepção,umcenáriohollywoo-diano. Muito glamour e estilo. O calor dos Alexandre Dutra direto da Capital BH Samuel Prado e a namorada Letícia Cabraltons, a classe do estilo colonial, a riqueza para acompanhar a cerimôniado bolo, by Norma, a exuberância da mesade doces, por Doce Mania. As f lores, as cores,as luzes, a prataria e a suntuosidade dobuffet esplêndido assinado pela experiên-cia da griffe Célia Bittencourt, regado aespumante e scotch. O som contagiante daBanda Hera comandada por Fabiano, adupla Robert e Davis e o DJ Baleia. A uniãodas três famílias fizeram da recepção docasamento duplo uma das mais chiques,prestigiadas e animadas dos últimos tem-pos, em Governador Valadares. Tanto que,às 7 da manhã, a pista bombava e convida-dos ainda se serviam do jantar, enquantooutros se deliciavam com o café da manhã. 35 ABRIL / 2013

Mais Mais Ponto de Vista Ana Paula Kern As eleições de 2014 e a economiaUmanoantesdo tinua rateando e é bem provável que a estím� uloàdemanda,impon- esperado, foi base aliada chegue a 2014 seriamente do novo ciclo de elevação da dada a largada desfalcada. taxa de juros.da disputa pela suces-são presidencial. A Segundo relatório do Banco Central, o Tudo indica que a conten-mobilização prematura PIB cresceu somente 0,9% em 2012. A ção de danos do lado dacom a eleição de 2014 interpretação mais comum nas análises inflação será feita de formadeverá aumentar em do PIB de 2012 recai sobre os juros, como bem mais primitiva. E que omuito as dificuldades acertada a decisão do Comitê de Polít� ica governo não relutará emque já vêm marcando a Monetária do Banco Central (Copom) de fazer uso cada vez maiscondução da polí�tica manter a taxa Selic em 7,25% ao ano. intenso de intervençõeseconômica no paí�s. Em Mas o grande vilão mesmo foi o investi- diretas na formação de pre-vez de um ano de cam- mento, a queda de 4% na formação bruta ços de mais peso no IPCA,panha presidencial a de capital fixo (FBCF) é prova cabal da comovistoagoracomacestacada quatro, a polí�tica falta de confiança dos empresários e da básica, onde o governoeconômica vem tendo de lidar com um inanição da indústria nacional. anunciou desoneração debiênio eleitoral a cada dois. PIS/Cofins sobre 11 produtos que a com- Reeleger a presidente não parece um E agora, que efeitos terão a antecipa- põem. Tanto nas medidas de estí�mulo àdesafio tão grande, como o de 2010. Mas ção da disputa eleitoral sobre a condu- demanda agregada como na polí�tica degarantida a reeleição ainda não está. Pri- ção da polí�tica econômica? É� bom não administração do í�ndice de preços, omeiro, foi a especulação diante a escolha ter ilusões. A polí�tica econômica está vale-tudo deverá ser o nome do jogo,de seu vice, que após rumores de que fadada a se tornar ainda menos sóbria, como bem ilustram dois exemplos con-Eduardo Campos (PSB) ocuparia esse mais imediatista e mais improvisada do cretos.lugar, o PT acabou sinalizando que sua que já vem sendo há algum tempo. O Cético sobre sua capacidade de desen-aliança com Michel Temer (PMDB) ainda principal desafio da presidente é mos- travar a tempo o investimento públicoé bastante sólida. trar ao Paí�s uma expansão do PIB em na esfera federal, o governo está empe- Logo após, o senador Aécio Neves tam- 2013 que caracterize, de forma inequí�- nhado em relaxar de todas as formas asbém antecipou sua campanha, e firmou voca, superação do regime de cresci- restrições orçamentárias de estados esua posição na próxima disputa eleitoral, mento entravado dos últimos dois anos. municí�pios, para que possa ampliar eminclusive com discurso que listou as E o Planalto parece disposto a apostar grande medida seus dispêndios, semfalhas da sua rival. Em contraponto ao o que for necessário na consecução maiores preocupações com a preserva-tom comemorativo do evento que cele- desse objetivo. ção de regras que vinham assegurandobrou 10 anos de governo petista, em a sustentabilidade fiscal dos governosfevereiropassado,osenadorAécioNeves Isso significa que a economia deve atra- subnacionais.(MG) fez um discurso em que enumerou vessar 2013 sob as tensões de uma polí-� Tendo em vista a precariedade da ofer-o que considera os “13 fracassos do PT” tica de estím� ulo à demanda, que deixará ta de energia elétrica, as usinas térmicasno governo. a inflação sob permanente pressão. No deverão ser mantidas em operação por Em sua fala, criticou, entre outros pon- script eleitoral que passou a pautar a muitos meses. Em condições normais,tos, o baixo crescimento econômico na polít� icaeconômicapode-seobservarque isso deveria implicar repasse do aumen-gestão Dilma (na América do Sul, só supe- o Banco Central não recebe luz verde do to de custo de geração de energia aosrior ao do Paraguai), as falhas na infra- Planalto para atuar na contramão do consumidores. Para evitar que isso ocor-estruturadopaís� ,asmanobrascontábeis ra, o governo quer que o Tesouro arqueparafecharascontasdogovernode2012, com os custos das térmicas ou, peloe a desvalorização de duas das principais menos, financie as distribuidoras paraestatais brasileiras, a Petrobras e a Ele- que o repasse do aumento de custo aostrobrás. consumidores seja suavemente diluí�do Disse ainda que o PT não reconhece os no tempo.avanços que o país� teria obtido no gover- São duas iniciativas emblemáticas queno FHC e que, segundo ele, permitiram dão bem um ideia do que ainda vem por aí.�as conquistas da atual gestão. Na verdade, o desempenho do governo AnaPaulaKernvem deixando a desejar, a economia con- 36 MestreemDesenvolvimentoEconômico pelaUniversidadeFederaldoParaná [email protected] ABRIL / 2013

OBuffet Célia Bitencourt escolheu o ano de 2013 para trazer novidades, envolvendo muito requinte para melhor atender seus clientes. Com cardápios ousados e com toque internacional, o Buffet trará inovações com a participação em cursos culinários em São Paulo, onde estarão presentes chefs renomados de todo opaís. Sempre se empenhando para o reconhecimento de sua empresa, a proprietária Célia Bitencourt foi agraciadana escolha entre 13 grandes nomes da culinária de Belo Horizonte, com o convite para estar presente no CongressoGastronômico, que será realizado nos Estados Unidos no mês de outubro. O evento contará com a participação deempresários do ramo e com a presença de grandes chefs internacionais. O Buffet Célia Bitencourt busca agradarseus clientes oferecendo muita qualidade, sofisticação e bom gosto, para suprir com rigor àqueles que são fonte deinspiração e a chave principal para esse grande sucesso.www.buffetceliabittencourt.com.br [email protected] 33 3277 1258 | 3277 1926 37 Rua Afonso Pena, 3069 - Centro - Governador Valadares ABRIL / 2013

Mais Mais Fotos: Marquinho Silveira Em tempo de acerola Por: WILMA TRINDADE Gilberto Hastenreiter, Giselle, Bárbara e Bianca Giselle Hastenreiter Míriam Santiago Adriana Gonçalves Beré Magalhães e Denise Gonçalves 38ABRIL / 2012

Em tempo de acerola os frutos maduros de árvores espontâneas enchem as copas e caem colorindo o chão Vivas a esse tempo a todos os tempos que ainda virãoValéria Mol Beto Mol e Paulo Gonçalves Adílson Reis, Marlene e Etelmar Loureiro, Milton Luiz e Newton Concellos Fátima Simões Marcelo Fani e Isabel Miranda Vera Trindade, Beré e Marcelo M3a9chado ABRIL / 2012

Mais Mais Comportamento Por Paula Greco Eram tão jovens, dezenas deles, que numa noite de verão saíram para se divertir e não voltaram mais. Vítimas do fogo, da fumaça tóxica. Mas sobretudo vítimas da negligência, A do “não se importar” com o outro, não de forma deliberada ou maldosa, mas pela sim- ples falta de noção do tamanho da responsa- bilidade que é ter a vida das pessoas em suas mãos. Por esta falta de cuidado, de respeito, perderam-se vidas e sonhos. Famílias foram quebradas, feridas que nunca vão cicatrizar.(des)construção da cidadania A tragédia aconteceu em uma boate, mas poderia ser em um clube, uma escola, um ginásio de esportes ou até uma igreja. O esfacelamento dos preceitos da cidadania é um fenômeno crescente, que não escolhe classes ou nichos sociais. Uma realidade que, há anos, vem sendo objeto de estudo de filósofos, educadores e cientistas polít� icos. E boa parte deles aponta na mesma direção: é preciso retomar, comurgência,oinvestimentonaeducaçãoparaacidadania, um “esquecimento polít� ico” que vem resultando em gera- ções cada vez mais individualistas, que trocam o senso de coletividade e o respeito, pela defesa exacerbada da pro- priedade e do egoís� mo. E é lá na primeira infância que tudo começa. Ou deveria começar. Um panorama histórico, elaborado pela pedago- ga Renata de Greco de Oliveira, mostra que “o perí�odo militar no Brasil educou toda uma geração, num momento de expansão da escola pública, oferecendo uma formação tecnicista, mecanicista, com a nít� ida intenção de estabele- cer uma ordem e um pensamento único, que com certeza contribuiu para o quadro atual, onde cidadãos parecem dormir um sono de esquecimento de sua soberania e ação pública.” Um perí�odo cujas consequências se refletem nos dias de hoje, onde os interesses individuais e particulares se sobrepõem às necessidades coletivas de interdependência 40ABRIL / 2013

social. Paulo Freire diz que “ninguém educa ninguém, Na conclusão do panorama traçado pela pedagoga, aninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre alternativa para esta preocupante e incômoda realidade ési, mediatizados pelo mundo”. Neste universo de individu- uma “reconciliação com o mundo enquanto espaço coleti-alidades levadas ao extremo, especialmente em forma de vo único, capaz de conferir dignidade à existência humana.consumo, as pessoas tendem cada vez mais a se tornarem Resta-nos nos comprometermos com esse mundo, e educarconsumidoras ávidas e cidadãos apáticos, que não se pre- as nossas crianças de forma que também se identifiquemocupam em priorizar os interesses públicos. e comprometam com ele.”SEMENTES DO AMANHà Há poucas semanas, no Bom Dia Brasil, o jornalista respeito pelos outros, de bons modos, a comida certaAlexandre Garcia falava sobre a questão da creche e da que evita subnutrição ou obesidade, o estí�mulo à curio-educação de crianças de 0 a 4 anos, um investimento sidade, os primeiros ensinamentos da fala, da necessi-que, segundo ele, merece uma atenção muito mais dade da escrita, o que nos distingue dos outros animais.qualitativa que a oferecida pelo governo. Em sua defe- As primeiras noções de responsabilidade, o respeitosa, Garcia descreveu, até com certa poesia, o iní�cio de aos outros, às regras, a diferença entre o sim e o não,uma formação cidadã: “uma creche deveria ser um e o quanto é feio o egoí�smo. E, último e mais importan-estí�mulo nos primeiros anos de vida, a primeira esco- te, o sentimento do amor, para ser doado e recebido,la da vida. As primeiras noções de relacionamento, do que é a regra básica da convivência.” 41 ABRIL / 2013

Vivemos uma cultura de estímulo à falta de Mais Mais Comportamento respeito. O ‘desgoverno político’ leva as pessoas a pensarem apenas em ‘defender o seu’, muitas vezes se calando diante de situações que interessam a toda a comunidade. Abigail Gonçalves Entre o discurso e a prática Apalavra cidadania sempre tudes. E para formar essa consciência os dias repetem o mesmo ato, é “apenas um esteve fortemente ligada ao nas novas gerações, não existe nada minutinho, que não atrapalha em nada”. A conceito de direitos, especial- mais precioso que o exemplo. Não justificativa para a infração é sempre a mente os direitos polí�ticos, causas e adianta falar de respeito para uma mesma: “nem estacionei, foi só uma paradi- conquistas obtidas através da mobi- criança e, ao deixá-la na porta da esco- nha”, ignorando os estudos que dizem que 30 lização coletiva da sociedade. Mas no la, parar em fila dupla (ou tripla), segundos de parada são suficientes para pro- estado democrático, a prática cidadã congestionando o trânsito e desres- vocarumacúmulodeveíc� ulos,equeamesma também pressupõe uma contraparti- peitando desde o direito do outro de infração cometida quase que de forma cole- dadedeveres,essenciaisparaagaran- trafegar até o Código de Trânsito Bra- tiva deixa caótico e perigoso o trânsito em tia dos direitos individuais e coletivos. sileiro (CTB), que qualifica como falta volta da escola, colocando em risco as pró- grave – com perda de cinco pontos na prias crianças. Mas principalmente ignoran- Cumprir esses deveres é demons- habilitação – o ato de estacionar em do o mau exemplo diário que dão aos seus trar, na prática, a cidadania que se fila dupla. filhos, e à comunidade. prega. Muito mais que de conceitos, ser um bom cidadão depende de ati- Para os pais apressados, que todos A cidadania no trânsito é, por sinal, um dos maiores objetos de investimento por parte de órgãos públicos e escolas. “Transi- tolândias” e campanhas educacionais são constantes, mas de pouco adiantam se a uma criança, ao alertar o condutor de um veíc� ulo porque percebeu que ele parou sobre a faixa de pedestres escutar algo do gênero: “Ah, isso não tem problema, não”. O problema é exatamente acreditar que não tem problema. Mesmo vendo diante de si o exemplo do contrário. Em Brasí�lia, por exemplo, as ruas largas e de várias pistas sempre foram o paraí�so dos motoristas e o pesadelo dos pedestres, especialmente na hora de atravessar. Anos de campanhas de conscientização, primeiro educativas e depois punitivas, mudaram a realidade, melhorando o trânsito e reduzindo os aci- dentes. Um plus na qualidade da vida urbana já copiado por outras cidades, como Curitiba e Vila Velha, que se tornaram modelo de gen- tileza urbana no trânsito. 42ABRIL / 2013

A ANTICIDADANIA A distância entre o conceito e o exemplo é a CIDADà EXEMPLARgrande responsável por uma “cultura anticidadã”cada vez mais presente no dia a dia. É� o motoris- Comprometimento. Esta é uma palavra cujo significado Abigailta que não para na faixa para pedestres, é o papel Gonçalves conhece bem. Ex-conselheira tutelar em Governadorjogado no chão, o sinal avançado “só por um Valadares, ela faz questão de manter uma prática cidadã que a tornasegundinho”, a fila furada por causa da falta de referência em sua comunidade. Foi para melhorar as condiçõestempo, o lixo jogado na calçada de qualquer jeito... fí�sicas da escola em que os filhos estudavam que Abigail se juntouexemplos negativos que interferem na vida da a outras mães, dando origem a um trabalho que transformou mui-comunidadeecolaboramparaessa“deseducação tas vidas no Bairro Santa Rita, cuidando, ensinando uma profissão,cidadã”. dando novas perspectivas de cidadania e de vida. O espaço público é muito mais que apenas um Mas ela sabe que, nos dias de hoje, essa prática é, lamentavelmen-local de tráfego, e a responsabilidade por ele não te, quase uma exceção. “Vivemos uma cultura de estím� ulo à falta deé apenas do poder público. Manter os passeios respeito. O ‘desgoverno polít� ico’ leva as pessoas a pensarem apenasdesimpedidos e boas condições é responsabili- em ‘defender o seu’, muitas vezes se calando diante de situações quedade de moradores e comerciantes. Cabe à admi- interessam a toda a comunidade, ou a não se posicionar frente a umanistração municipal, de acordo com o Código de injustiça por medo de perder algum benefíc� io pessoal é um absurdo,Posturas, fiscalizar essas condições. Existe uma mas é algo que se tornou banal, por falta de formação, de investi-série de regras, que determinam desde materiais mento lá na primeira infância, onde o cérebro da criança está sea serem usados (o piso não pode ser irregular ou formando e os valores vão sendo apreendidos, interiorizados”.escorregadio) até a forma de ocupação. No entanto, Abigail não perde a esperança de ver, quem sabe, a Mas quem caminha pelo centro da cidade – e geração de sua neta de quatro anos retomando essas noções tãopor muitos bairros também – sabe que a realida- desconstruíd� as. “Cidadania é muito mais prática que discurso. Então,de vive bem longe da regra. Buracos, desnív� eis, é preciso acreditar nessa mudança de mentalidade, acreditar que éambulantes,mesasecadeirassãoalgunsdositens possív� el encontrar o equilíb� rio entre o que é pessoal e o que precisaque transformam essas caminhadas em uma ser comunitário, que é preciso pensar no todo antes de pensar noverdadeira prova de obstáculos, e muitas vezes individual.”“empurra” o pedestre para o meio da rua. Faltafiscalização? Certamente, ou não haveria tantas Para ela “ainda tem muita gente boa no mundo, que luta comirregularidades à vista de todos. Mas a conscien- dignidade para viver, mas muitas vezes falta orientação, formaçãotização passa longe. Quando a prefeitura multa, mesmo. O que a gente não pode é perder a fé. E continuar lutandoem geral, a preocupação é maior em conseguir para que o investimento na base, na educação humanís� tica dos pri-uma forma de não pagar a multa que em desfazer meiros anos, seja uma prática levada a sério. Porque uma criançao errado. As estatí�sticas de recursos contra as que cresce com boa formação nunca vai ser um cidadão negligente”.punições e reincidências estão aí� para ilustraressa realidade. 43 É� a paralógica do famoso “jeitinho brasileiro”. ABRIL / 2013Reclamar do lixo do vizinho, mas sair para pas-sear com o cachorro sem levar uma sacolinhapara recolher as eventuais necessidades fisioló-gicas do animal, deixando tudo espalhado nascalçadas alheias. Reclamar que a fila não anda eprocurar um conhecido para passar à frente dequem espera de forma correta. Sentar-se à fren-te da TV indignado com as denúncias de corrup-ção sobre os polít� icos que, pelo menos na teoria,deveriam estar acima de qualquer suspeita, e emuma ocasião qualquer tentar convencer um poli-cial na rua, muitas vezes de uma maneira nadaética, a não aplicar uma multa por excesso develocidade ou avanço de sinal.

Márcia e Ricardo Miranda Oficialmente liberadoTudo, Tudor O Ilusão Esporte Clube, oMárcia e Ricardo Miranda curtindo lua de mais tradicional da cida-mel duradoura em sua mansão. As filhas, de, com 68 anos de vidauma médica em São Paulo e a outra estudan- social teve, finalmente,do medicina em Volta Redonda, enquanto o seu funcionamento cer-caçula estuda em BH. Mais tempo para Már- tificado autorizado pelocia viajar e ele se dedicar a Tudor, que em Corpo de Bombeiros.breve inaugura instalações construídas es- Na quarta-feira, 10/04,pecialmente para receber uma máquina de o presidente Paulinhoúltima geração. Imagine o tamanho e o peso. Cunha e diretoria co- memoraram, ligando Lorena e Paulinho Cunha imediatamente e agra- decendo a Gilberto Has- tenreiter, pela confian- ça de realizar ali com todo sucesso, três fes- tas grandiosas. “Todas, como a do dia 6, engran- deceram ainda mais as instalações do clube”.A felicidade de Ildeu Leite Moreira Júnior Laiere Alvarenga e Socorro Bretas Alvarenga

Cândice Fonseca e o amigo Renato AndradeCandice Fonseca, bela e poderosa, apoiada pelo amigo RenatoAndrade nessa fase de termina/volta, termina/volta com o noi-vado de longa data. Aproveitei para focar na belíssima esmeral-da Paraíba que adornava seu elegante dedo médio. Cel. Sandro Fonseca e Valéria

Lumumba com, Carol e Guilherme Marigo Elegância Máxima Afonso Bretas e Christiane sempre atraem meus flashes. Presidente do Sindicato Ru- Vestidos, ele de Hugo ral de Governador Valadares tem a atenção Boss, e ela de Ducarmo voltada para o agrobusiness com a aproxi- Castelo Branco, Gilber- mação da Expoagro, que acontece a partir to e Giselle Hastenreiter do dia 04 de julho. deram o tom da festa que ficou para a história da vida social de GV. Agora se preparam para voa- rem em julho, com des- tino a Portugal, Israel e Itália, em circuito religio- so. Enquanto, ao mesmo tempo, a filha Bárbara desembarca nos Estados Unidos para curtir a Dis- ney com os tios. Gilberto e Giselle HastenreiterStella e Carlos Magno Simões Marinalva e juiz José Barbosa Luis Gustavo Werneck

Romilda e Nicola Perim, simpáticos e elegantes, sempreKK Gontijo Marcela e Gustavo SimanPrestigiando no Filadélfia, Patrícia e Marquinho Lara

Mais Mais Isso é Quente Por Paula GrecoESPECIAL CinemaNa TelonaO rei está mor to...será? Aficionados por quadrinhos e filmes de ficção são sem- Na Telinhapre os mais afoitos na expectativa pelo lançamento defilmes e afins sobre seus personagens preferidos. E estemês de abril é quase angustiante para os fãs do Homemde Ferro. O 3º filme da franquia chega aos cinemas detodo o Brasil dia 26 (uma semana antes dos EUA) e pelostrailers, imagens e informações já liberadas pelo estúdio,o que vem por aí� é a garantia de mais duas horas eletri-zantes e cheias de efeitos especiais na frente da telona. Quem é fã do Iron Man sabe que Tony Stark (o alter egodo herói interpretado – e praticamente “incorporado” –pelo excelente ator Robert Downey Jr.) é o rei das confu-sões. Quase um anti-herói. O cara arrogante, beberrão,cheio da grana e que se auto define como “gênio, playboy,filantropo e bilionário” no fundo tem o coração (ou o queesteja no lugar dele) bom, é apaixonado por sua assisten-te e entre uma piadinha cretina sensacional e outra, salvaa humanidade. Mas desta vez, parece que Tony vai estar mesmo emmaus lençóis. Ele vai enfrentar um vilão e tanto, o terro-rista Mandarim, que de posse de uma nanotecnologiapoderosa, vai criar um exercito de combatentes modifi-cados. Ou seja, o bicho vai pegar pesado para o lado deTony, que chega a ser dado como morto. E por mais quea gente saiba que no final, o super herói sempre consegue,não deixa de ser emocionante imaginar como é que oHomem de Ferro vai se safar mais uma vez. “Iron Man 3”, a estréia cinematográfica mais aguardadado mês, é dirigido por Shane Black, que divide o roteirocom Drew Peatce. No elenco, além de Robert Downey Jr.e Gwyneth Paltrow (como Peper Potts), Guy Pearce, BenKingsley, Paul Bettany, Rebecca Hall e Jon Favreau. Argo - O vencedor do Oscar Ben Affleck, um dos mais importantes artistas das novas gerações, desde 2007, vem investindo paralelamente em uma bem sucedida carreira de diretor. Sua primeira incursão como produtor também se mostrou um sucesso, a se medir pela quantidade de prêmios arrebatados por Argo. Como ator, ele já tem novos trabalhos engatilhados, como “To the wonder”, produção de Terrence Malick, que ainda não tem data de estreia no Brasil, e em “Runner, runner”, onde contracenará com Justin Timberlake. Em suas outras multifunções ainda não dá para saber. Mas, enquanto isso, o público que não pôde conferir no cinema o excelente vencedor do Oscar 2013, ou quer – com razão – vê-lo de novo, pode comemorar o recente lançamento do filme em DVD. Uma excelente pedida para a próxi- ma ida à locadora. 48ABRIL / 2013

Literatura O enredo “o soberano de um importante reino procura uma noiva para seu filho, o prí�ncipe” parece bastante familiar. Mas quandoCopnatroasgdeentFeadgarasnde este reino está situado no futuro, e a escolha da noiva se dará em um reality show as coisas começam a ganhar um rumo diferente. A mais nova “febre literária” internacional é uma interessante mistura de tudo aquilo que tem feito sucesso junto a diferentes públicos. Como outros sucessos editoriais, trata-se de uma trilogia, cujo primeiro volume, “A Seleção”, lançado em outubro do ano passado, começou devagar, mas chegou ao final do ano como um dos mais vendidos do perí�odo, a ponto de as expectativas para o lançamento do 2º volume, “A Elite”, que acontece este mês de abril, incluí�rem pré-venda esgotada e tour internacional da autora, a norte-americana de origem porto-riquenha Kiera Cass. Aos 30 anos, Kiera passou por um complexo perío� do universitá- rio, em que estudou música, comunicação e teatro, até finalmente decidir-se por graduar em História. Casada e com um casal de filhos pequenos, ela ainda encontrou tempo e criatividade para desen- volver um enredo de sucesso. Sua distopia – gênero muito em voga nas obras de maior sucesso no mercado literário – é praticamente um conto de fadas para gente mais crescida, com um toque con- temporâneo: tem prí�ncipe, tem reality show, tem romance, moci- nhas e vilãs, triângulos amorosos e apesar dos inúmeros pontos de conflito, trata-se uma leitura leve, marcada por personagens bem construíd� os e uma narrativa cativante. Por enquanto, ainda com o terceiro livro mantido em segredo pela autora, só não dá para garantir o “felizes para sempre”.Música- Justin Timberlake Apreciepsreemconceito! É� verdade que ele foi apresentador do “Clube do Mickey”.Também é verdade que ele namorou a Britney Spears (que 49conheceu no Clube do Mickey) e fez parte da N Sync, uma BoyBand de estrondoso sucesso junto ao público adolescente. ABRIL / 2013Mas ainda que pareça o contrário, nada disso é motivo parase deixar levar pelo preconceito e não perceber que JustinTimberlake cresceu e amadureceu artisticamente. Seu maisrecente CD, “The 20/20 Experience” é a prova mais concretadesse amadurecimento. O garoto (que na verdade já tem 32 anos, apesar da “babyface”) sempre demonstrou talento. Vendeu milhões de discose colecionou prêmios com o N Sync, e quando se lançou emcarreira solo elevou o padrão. Foram dois CD’s em quatroanos, 25 milhões de discos vendidos, mais Grammys, umrecordedemúsicasnasparadasdesucesso(batendoninguémmenos que Michael Jackson) e uma pausa para se dedicar auma bem-sucedida carreira como ator. Hoje, não dá para dizer que Justin Timberlake não é umartista para ser levado a sério. E “20/20” mostra bem o por-quê. Lançado mundialmente no mês passado, o CD já chegouao mercado tendo o seu primeiro single, “Suit & Tié” – umdueto com o Midas do R&B, Jay Z – alcançado o 1º lugar nasparadas do iTunes em 23 paí�ses, e o topo do Hot 100 darevista Bilboard. Se tudo isso não for suficiente para conven-cer, experimente ouvir Mirrors (também do disco novo) e sedeixar levar pelo ritmo e a voz suave de Justin. Ou melhorainda, ver o belo clipe da música para entender que muitoalém dos olhos azuis, o moço sabe muito bem o que faz.

Mais Mais Ponto de Vista Diego Trindade D’Ávila Magalhães Venezuela: o chavismo e o Brasil A morte de Hugo Chávez, a renúncia do vitória dez anos após o golpe frustrado. Atu- equipamentos industriais e alimentospapa e a inédita ascensão de um papa latino- almente, mais de um terço da população (carne, frango, arroz, etc.), principalmente.-americano estão entre os acontecimentos militaativamentepelacausachavista,ecercaque marcaram o iníc� io de 2013. Certamente, de um terço da população tem mostrado A construção do metrô de Caracas por umaserão vendidos mais livros sobre o Vaticano, apatia e mesmo fadiga – cansados da pola- grande construtora brasileira prova que nãomas é importante que os brasileiros com- rização polí�tica e da falta de perspectivas são apenas os empresários e os trabalhado-preendam bem o significado que teve o ex- concretas para a solução de problemas como res brasileiros dos setores industrial e agrí-�-presidente venezuelano. Nos principais os altos custos de vida, a péssima infraestru- cola que se beneficiam da aproximação comlivros de História do Brasil e de Polí�tica tura, a criminalidade, etc. Vencer o chavismo a Venezuela. É� possív� el e mesmo necessárioExterna Brasileira, o papa sequer é mencio- será difíc� il para a oposição. explorar a cooperação nos setores energé-nado desde a Primeira República (1889- tico e militar, além da ação conjunta contra1930) até hoje. Por outro lado, Chávez cer- A alta do preço do petróleo foi decisiva narcotráfico. Esses temas têm sido alçadostamente constará nas páginas acerca do para acelerar o crescimento econômico. A à esfera regional, no âmbito da União Sul-século XXI. Por quê? Primeiro, ele represen- despeito da alta inflação durante quase todo -Americana de Nações, que Caracas ajudoutou uma ruptura na polít� ica de um dos mais o perío� do chavista, houve expressiva melho- a criar desde o iníc� io, com o Brasil.importantes país� es sul-americanos. Segun- ra nas condições de vida da população entredo, ele aproximou seu país� do Brasil, de um 2000 e 2010, contrastante com o modesto AVenezuelatornou-seumpaís� sócioplenomodo que nunca antes havia ocorrido. Ter- resultado dos anos 1990, segundo o Í�ndice do Mercosul e contribuiu para fortalecer oceiro, ele contribuiu fortemente para inte- de Desenvolvimento Humano (ín� dice adota- bloco regional sul-americano. Além degração da América do Sul. do pela ONU), que considera, por exemplo, benefí�cios econômicos, a integração regio- a mortalidade infantil, a expectativa de vida. naltemcriadoparaospaís� essul-americanos Desde1958,apolít� icavenezuelanaeraum Estima-se que a população abaixo da linha instituições voltadas para a solução de pro-teatro das sombras, em que dois partidos da pobreza é de menos de um terço do total, blemas comuns: deficiências de infraestru-conservadores se revezavam no poder, com- e que o desemprego está abaixo de 8%. tura, narcotráfico, conflitos regionais e debi-prometendo-se com a estabilidade institu- lidade contra ameaças militares de fora dacional e ofuscando a corrupção com a rique- Esse quadro de melhoras socioeconômi- América do Sul. Por outro lado, Chávez insu-za do petróleo. Mais da metade da população cas foi favorecido pelo aumento do preço do flou controvérsias envolvendo a Colômbia,vivia abaixo da linha da pobreza em meados petróleo,sobretudoapartirde2003.Opetró- apoiou narcoguerrilheiros, prolongou a dis-dos anos 1990, e o desemprego atingia mais leo responde aproximadamente por 90% puta territorial de Caracas com a Colômbiade 15%. O Pacto de Punto Fijo, que selava das exportações, por metade da arrecadação e com a Guiana e, por fim, interveio indevi-esse compromisso bipartidário, ruiu em governamental e por um terço do PIB da damente em processos eleitorais na Bolív� ia,1998, quando Chávez foi eleito democrati- Venezuela. A ação do Estado vem inibindo o no Equador e no Peru.camente, com sua proposta de “refundar” o investimento privado e alastrando a inefici-Estado. ência, que é evidenciada pelo número de As mudanças engendradas por Chávez na incêndios em refinarias de petróleo, pela polí�tica doméstica afetaram decisivamente A Constituição de 1999 renomeou o paí�s queda da produtividade e pelos frequentes o cotidiano dos cidadãos, positiva ou nega-para República Bolivariana da Venezuela, apagões. Mas o perí�odo de bonança propi- tivamente. Sua maior herança, o chavismo,preparou o caminho para o “socialismo do ciouaumentosnosgastosdogoverno(gastos deve perdurar por décadas (assim como oséculo XXI” e pregou o projeto bolivariano militares, por exemplo), na atividade indus- peronismo na Argentina). Na polí�tica regio-de integração latino-americana. O desempe- trial (que vem sendo estatizada) e no comér- nal, Chávez beneficiou o Brasil, contribuiunho da economia venezuelana foi péssimo cio exterior. para a integração regional, embora tenhanos primeiros quatro anos do novo governo. atrapalhado a região em alguns aspectos.Mas polít� icas sociais nunca antes vistas pelo Desde o golpe de 2002, Caracas tem pro- ChávezconstaránaHistóriacomotemapolê-povo venezuelano e o carisma do presiden- curado alternativas aos laços comerciais mico, sujeito ao julgamento daqueles que sóte contribuí�ram para a reeleição de Chávez com a Colômbia e com os Estados Unidos. A veem contribuições, e dos que só enxergame para seu projeto de poder perpétuo, com Colômbia, que era o segundo maior forne- atrapalhadas. O fato é que devería� mos com-forte viés personalista. cedor de bens e serviços à Venezuela (abai- preender o que ele representou, para enten- xodosEstadosUnidos),foiultrapassadapela der o futuro da Venezuela e de suas relações Em 2002, Colômbia e Estados Unidos – China e pelo Brasil. As exportações brasilei- com o Brasil, e os contornos adquiridos pelamaiores inimigos polí�ticos do chavismo e ras para a Venezuela multiplicaram-se por América do Sul.maiores parceiros econômicos da Venezue- oito, em apenas cinco anos, de 2003 a 2008. DiegoTrindadeD’ÁvilaMagalhãesla – orquestraram um golpe, mas Chávez Recentemente, o Brasil tem importadovoltou ao trono no dia seguinte, com ainda menos de 1 bilhão de dólares em matérias- Doutorando em Estudos Estratégicos Internacionais (UFRGS). Professormais legitimidade popular. Desacreditada, a -primas, e vendido cerca de 5 bilhões de de Relações Internacionais (UniRitter).oposição venezuelana só veio ter chance de dólares por ano, em carros, tratores, aviões, Bacharel e Mestre em Relações Internacionais (UnB). E-mail: [email protected] 50 ABRIL / 2013


Like this book? You can publish your book online for free in a few minutes!
Create your own flipbook