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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HOMEOPATIA CLASSICA ESCOLA BRASILEIRA DE HOMEOPATIA Professor Valter Ribeiro Belo Horizonte, 2017

´´ O segredo da Medicina é distrair o paciente enquanto a Natureza Cura a Si Mesma `` (Voltaire 1694 – 1778, filósofo do movimento iluminista francês, escritor e ensaísta. Defensor do liberalismo de pensamento) ´´Quase todos os homens morrem de seus remédios. E não de suas doenças`` (Molière, 1622 -1673. Dramaturgo e crítico francês) \"E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente\" (Gênesis 2:7). . ´´ Futuramente, com o constante avanço da intelectualidade humana aos níveis atuais, compreenderemos que, como seres humanos, somos uma UNIDADE TERNÁRIA e que, pela Lei da Semelhança, a ´´Energia Vital `` em desequilíbrio (doença) só se reequilibrará, de forma natural, com o uso de outra energia, SUPERIOR EM POTÊNCIA, e IGUAL EM SEMELHANÇA á energia do adoecimento, priorizando o todo, e não somente os sintomas físicos. Pois, para efeito de ´´ tratamento natural e duradouro ``, somos indivisíveis e devemos, portanto, tratar o doente nas suas ILUSÕES inconscientes que o levam a uma ´´ distorcida maneira de ver a vida ``, impedindo sua evolução consciencial. Não se mostra holístico o tratamento que visa curar um órgão e, pelos efeitos colaterais danosos ou supressores, adoece um outro, quase sempre de maior hierarquia. O verdadeiro equilíbrio se dará quando tratarmos Núcleo dos Sofrimentos Essenciais (os pensamentos) ``(Valter Ribeiro)´´ Quando uma pessoa é incapaz de, por si mesma, alterar seu CAMPO ENERGÉTICO, faz-se necessário e benéfico aplicar-lhe uma dose de energia sutil da homeopatia, para, assim, reequilibrar seu SISTEMA BIOENERGÉTICO. `` (Valter Ribeiro)

ÍNDICE GERAL 1.0 O significado da palavra homeopatia.................................. ........................................ 4 .2.0 A experimentação em corpo saudável................................ .......................................4 3.0 O princípio da similitude..................................................... .........................................6.4.0 Diluição e dinamização.......................................................................................65.0 A ação da homeopatia versus a alopatia............................... ............................. ........7 .;6.0 Como age a homeopatia............................................................................................8 7.0 Como preparar uma homeopatia..................................................................... ..........10 8.0 O número de Avogadro...............................................................................................12 9.0 O terreno (constitucional) propício aos adoecimentos..................................... .......13 ...10.0 As duas vias de adoecimento/doenças crônicas.......................................................14 11.0 O unicismo da homeopatia (o todo), a suscetibilidade..........................................15 12.0 Doenças, segundo a homeopatia de Hahnemann............ ..............................16 13.0 O real tratamento homeopático na visão do Dr. Freire................................... ........17 14.0 O medicamento homeopaticamente escolhido......................................................2115.0 A lei de cura e o retorno de sintomas antigos.........................................................2216.0 Os fundamentos da homeopatia.............................................................................2417.0 Supressão ou metástase mórbida............................................................................2418.0 O esquema de cura (de uma camada)/adoecimento..............................................2719.0 Suprimir ou não suprimir?......................................................................................3020.0 Que são doenças, na visão homeopática?..............................................................3221.0 Agentes biológicos patogênicos, ´´os varredores`` vibracionais...............................33 22.0 Como viver no mais duradouro possível estado de saúde.......................................34 23.0 O que é força vital....................................................................................................35 24.0 A unidade ternária do homem....................................... ........................................3625.0 Campos eletromagnéticos ou corpos sutis.............................................................3726.0 Noções de miasmas e seus domínios patológicos...................................................3927.0 Como identificar o miasma em que a pessoa está vibrando ................... ..........41..28.0 Níveis de atuação do tratamento homeopático clássico - em hipótese...................4229.0 A homeopatia é lenta? Ela atua no agudo, no crônico e no psiquismo?............ ....45.30. 0 Níveis de cura, na toma do caso, segundo o GESH............................................4631 Outros tratamentos naturais disponíveis...............................................................4832. O homeopata zeloso...........................................................................................49 33. A totalidade sintomática direciona a assertiva indicação homeopática.....................51 33.1 Hierarquias dos sintomas, o que devemos investigar na.........................................52 O estudo da Tabela 2: Miasmas.................................................................................54O estudo da Tabela 1: vias de adoecimento...............................................................60Referências/Figuras............................................................................................62/63

4 1.0 O SIGNIFICADO DA PALAVRA HOMEOPATIA Significado de homeopatia = homeo, de igual; patia, de doença =doença similar. A homeopatia, segundo Freire (site do autor), é um sistema terapêutico, criado pelo médico alemão Dr. Cristhian Friedrich Samuel Hahnemann, nascido em Meissen (saxônia), no dia 10 de abril de 1755, sob o reinado der Frederico II da Prússia. Hahnemann iniciou seus estudos de medicina em Saint Afra, concluindo-os em Leipzig. Custeava seus estudos traduzindo livros. Seu espírito inquieto, brilhante e criativo o levou a conhecer várias correntes de pensamento de sua época, desde Hipócrates (medicina) aos filósofos de sua época. Doutorou-se em medicina pela Universidade de Erlangen, em 10 de agosto de 1779, exercendo esta profissão até 1787 quando, insatisfeito com a imprecisão da medicina do seu tempo, a abandonou. Passou a dedicar-se á tradução de obras científicas. Foi quando, então, ao traduzir a Matéria Médica de Cullen, em 1790, deu início a suas pesquisas para o que hoje conhecemos como Homeopatia. 2.0 A EXPERIMENTAÇÃO EM CORPO SAUDÁVEL Esta obra, (a Matéria Médica de Cullen) versava sobre a utilização do córtex do caule da quina no tratamento da malária. Hahnemann, muito intuitivo, perceptivo e observador, resolveu, mesmo estando saudável, tomar doses repetidas e diárias de quinina. Esta atitude o levou a desenvolver - mesmo estando são e sem a presença, em seu organismo,

5 do agente biológico causador da malária - os mesmos sintomas da doença, porém sem o rigor, o frio* e a tremura* peculiarmente existentes nos doentes realmente infectados (**sintomas da doença – Horvilleur). A conclusão a que ele chegou era de que, as doses repetidas de quinina intoxicaram seu organismo que, em resposta, reagiu desenvolvendo uma doença artificial (sem a presença do agente biológico, o protozoário Plasmodium falciparum), com sintomas similares aos da malária (á exceção dos sintomas causados pelo agente biológico – frio tremor e ) Hahnemann assim descreve sua experimentação: “Como experimento eu tomava quatro dracmas de boa cinchona duas , vezes ao dia. Os pés e as extremidades dos dedos esfriavam, eu ficava sem forças e sonolento; então o coração começava a palpitar e o pulso se tornava rígido e pequeno; ansiedade insuportável, tremores, prostração em todos os membros; depois, pulsação na cabeça, rubor nas faces, sede e, em resumo, todos os sintomas que em geral são característicos da febre intermitente apareciam um após outro, mas sem o rigor peculiar, o frio e a tremura. (...) Esse paroxismo durava duas ou três horas cada vez, e recorria se eu repetisse a mesma dose, não outra; eu interrompia o procedimento e voltava a ficar bem.” Ao analisar o trecho onde Hahnemann afirma que ´´ ... todos os sintomas que em geral são característicos da febre intermitente apareciam* um após outro, mas sem o rigor peculiar, o frio e a tremura**. ``, percebe-se, claramente, o que quer dizer Alain Horvilleur, médico

6 homeopata francês, que no seu livro Vade-Mécum da Homeopatia, separa os Sintomas Reativos (reação do organismo á intoxicação) dos Sintomas da Doença (produzidos pelo agente biológico). Fica evidente que - como a experimentação feita por Hahnemann foi em corpo são - o agente biológico causador da malária (Plasmodium falciparum) não estava presente no quadro clínico, e, consequentemente, não desenvolveu os Sintomas da Doença (frio tremura e ). 3.0 O PRINCÍPIO DA SIMILITUDE Depois da experimentação do quinina, e ainda, baseado nos ensinamentos de Hipócrates, Hahnemann estabeleceu a Primeira Lei da Homeopatia: o semelhante pelo semelhante se cura. Entusiasmado com o resultado da sua primeira experiência com a quinina Hahnemann passou a estudar as drogas existentes à sua época. Experimentou-as em si mesmo e nos seus seguidores, procurando pelos seus efeitos no homem sadio, para, depois, aplicá-las no tratamento das enfermidades reais que apresentassem as mesmas características apresentadas nas experimentações em corpo sadio – a chamada similitude sintomática. 4.0 DILUIÇÃO E DINAMIZAÇÃO Segundo Freire (site do autor), ao utilizar-se, no doente, uma substância (como no caso do quinina) capaz de produzir os mesmos sintomas que desejava tratar, Hahnemann percebeu que ela causava, inicialmente, uma forte AGRAVAÇÃO, pois, no princípio do tratamento, os efeitos do medicamento se somavam aos da própria doença. Para evitar

7 esta indesejável agravação inicial, chamada efeito primário, Hahnemann passou a diluir o medicamento. Intuitivamente ele preparava uma tintura pura da substância medicamentosa (chamada tintura mãe ou TM) e dela retirava uma única gota, e a diluía em cem gotas de água + álcool. Com a intenção de homogeneizar esta mistura, ele a colocava em um vidro contendo um volume máximo de dois terços do recipiente, fechava o vidro na sua mão e, então, imprimia cem fortes pancadas surdas e ritmadas a esta mistura. A este procedimento chamou de primeira diluição centesimal hahnemanniana, abreviadamente 1CH. Dessa primeira diluição, ele retirava uma nova gota para, novamente, dissolvê-la em novo frasco com outras 100 gotas de solvente, fazendo a 2CH, e assim sucessivamente – método então denominado dinamização. Hahnemann então passou a empregar, na primeira fase de sua prática, a quinta e a sexta dinamizações, por se mostrarem terapeuticamente mais eficientes, sem causar as indesejáveis agravações. 5.0 A AÇÃO DA HOMEOPATIA VERSUS A ALOPATIA Ainda, nas palavras de Freire, a alta diluição das substâncias medicamentosas promovida por Hahnemann nos levou ao que hoje conhecemos como ´´ doses mínimas e infinitesimais ``, onde a substância, ao contrário da alopatia, perde toda sua ação tóxica e passa a agir por ação secundária estimulando o organismo a reagir, naturalmente, contra sua própria enfermidade, utilizando-se das suas próprias forças curativas inerentes ao ser vivo. A este fenômeno chamamos de ação e reação.

8 Segundo Freire (site do autor) ´´ compreendia-se, então, a homeopatia como uma forma de se estimular as forças curativas inerentes do ser vivo, diferentemente da alopatia que se empenha na utilização de drogas que combatem artificialmente a enfermidade. Ato este sem dúvida efetivo, todavia, uma vez suspenso o ataque medicamentoso, deixa-se o organismo tão susceptível quanto antes de adoecer novamente. Por exemplo, diante de uma insônia, o emprego de drogas soníferas, utilizadas segundo o princípio dos contrários, leva, por ação própria, ao efeito desejado. Uma vez, porém, que são suspensas, promovem, por ação secundária, o recrudescimento do mal inicial. Gera-se, assim, a necessidade do uso permanente da droga de ação contrária, expondo-se o organismo a seus indesejáveis efeitos colaterais. Já o método homeopático emprega, para tratar uma insônia, uma substância potencialmente capaz de provocá-la, como a Coffea cruda, porém muitíssima diluída. Dessa forma, o seu efeito primário estará atenuado e, por contrarreação, ela estimulará o próprio organismo a reagir contra o seu mal, gerando-se assim um estímulo auto curativo, por efeito secundário. `` 6.0 COMO AGE A HOMEOPATIA Com o objetivo de facilitar a percepção/internalização/compreensão do estudante, tenho o hábito de montar um passo a passo (tal qual acontece na informática) para guiar com mais facilidade os estudos dos fenômenos terapêuticos. Portanto, me habituei a usar este procedimento como um método de ensino. Por exemplo, para descrever a ação (em hipótese) da homeopatia, assim o faço:

9 Esquema do passo a passo da Ação da Homeopatia (baseado em Fagundes e Moreno; 2008): Passo a passo da ação da homeopatia: O correto estímulo Energético Positivo gera, no Organismo, uma Vibração Eletromagnética >> Esta vibração gera um novo e mais elevado Padrão Vibratório >> Este Novo Padrão afetará os Genes >> Os genes enviarão novas mensagens para a ativação da fábrica celular>> As células desenvolvem intensa atividade mental, emocional, molecular, onde a atividade mental aumentada (de acordo com a potência medicamentosa) leva o indivíduo a reviver traumas; a resolver conflitos emocionais >> Forma-se, então, anticorpos e novas células dos órgãos doentes>> Isto produz aumento de temperatura interna do organismo >> Posteriormente, aumenta-se a temperatura externa do organismo >> Haverá, então, um desbloqueio energético com equilíbrio da temperatura interna do corpo>> Inicia-se a Normalização do Funcionamento dos Órgãos >> Os Órgãos, agora normalizados, desencadearão uma limpeza no organismo (exonerações): toxinas, catarro, , suor, sangue coagulado, pus e cerumes, fluxos vaginais e uretrais, feridas, e até uma dor de cabeça etc. >> Promovendo melhor funcionamento do Aparelho Digestivo e Rins >> Resultando numa homeostasia mais equilibrada (melhor absorção, assimilação; e eliminação de substancias estranhas ao organismo)>> O sangue apresentar-se-á mais limpo e mais apropriado >>O coração terá mais pulsações flexíveis, bombeando melhor o sangue, num movimento rítmico >> Aumento da capacidade respiratória, devido á melhor ação do coração >> Descongestionamento das veias do cérebro através de um sangue limpo e das adequadas pulsações do coração >> Melhora das

10 conexões ou sinapses entre os neurônios >> Um equilíbrio mental será constatado diminuição da irritação, da agressividade, fobias, neuroses, (ansiedades)>> Melhora o raciocínio e a memória >> Uma nova concepção de vivencia em família e em sociedade será possível devido a harmonização mental, física e emocional >> Finalmente, o da Energia Vital do indivíduo o levará a inteirar-se melhor com sua espiritualidade, com seus semelhantes - em semelhança à natureza do Criador. 7.0 COMO SE PREPARA UMA HOMEOPATIA O preparo das homeopatias é de domínio dos laboratórios especializados e se dá de diferentes formas, de acordo com a substância utilizada: 1. Escala centesimal Hahnemanniana. O preparo se dá á partir da tintura mãe, ou simplesmente TM: Toma-se uma (1) gota da TM e a dilui em noventa e nove (99) gotas de água mineral pura, não fluoretada. Imprime-se cem fortes batidas - o que chamamos de sucussão (ato de sacudir) - ao vidro (com 1/3 de espaço vazio) fechado na mão de forma a homogeneizar e potencializar a mistura. Assim teremos a primeira centesimal (potência 1 CH). Ao ato de diluir + sucussionar cem vezes chamamos de potencialização. 2. Repete-se, então, o procedimento, tomando 1 gota da primeira centesimal e a diluindo em 99 gotas de água + sucussionar 100 vezes. E assim teremos a segunda potência centesimal ou, de forma abreviada, 2 CH. E assim sucessivamente....

11 3. Para armazenar a homeopatia, por tempo muito prolongado, deve-se, ao chegar na centesimal desejada, adicionar 70% de álcool (conservante) para 30% de água. 4. Para o que chamamos de dispensação, as farmácias homeopáticas dispensam (vendem, fornecem) com 20% de álcool. Nada impede que você peça com um percentual maior, como, por exemplo, 30% de álcool. 5. Existem, também, os medicamentos na forma de glóbulos (confeccionados em lactose). Mas para a indicação em glóbulos é necessário que, no momento da ingestão do medicamento, dilua-se 3 glóbulos numa garrafa contendo 2/3 de água mineral e, da mesma forma, diferencie a dose posterior da anterior á cada nova ingestão, como veremos a seguir. 6. Princípio da dose sempre diferenciada: o Organon (livro publicado por Hahnemann e considerado a bíblia da homeopatia) nos indica, nos parágrafos 161, 247 e 248, que a dose subsequente deverá ser sempre modificada da dose anterior, mediante duas (2) fortes suçussões, a cada nova ingestão medicamentosa. Observações: O ideal é produzir 20 ml da mistura diluída (mantendo a proporção de 1/100), acondicionada em um vidro de 30 ml, o que permitirá melhor homogeneização, pois assim sobrarão 10 ml de espaço livre, para proceder-se as sucussões. Na escala decimal o procedimento é o mesmo. A única diferença é que se toma uma gota da TM para nove gotas de água mineral.

12 8.0 O NÚMERO DE AVOGADRO Sabe-se hoje que ao chegarmos a vigésima terceira diluição (23CH), atinge-se o número de Avogadro: o limiar da dispersão molecular. Nesta situação de tão alta diluição não mais se tem qualquer resíduo da substância inicial, passando a ficar registrado, porém, a NATUREZA ENERGÉTICA da substância diluída, fato que, segundo Freire, ´´ é inusitado para a medicina materialista, deixando atônito o raciocínio científico atual e um dos motivos para se refutar a sua ação. Acredita-se, assim, que a dinamização seja um processo capaz de suscitar um elemento formativo de natureza energética existente nos compostos físicos. Evidentemente, o raciocínio materialista, que tende a negar tudo que extrapola a matéria, recusa-se formalmente a admitir essa possibilidade. Evidentes efeitos, contudo, são passíveis de observação nessas substâncias dinamizadas, tornando-se inútil simplesmente negá-las.... Como a história nos mostra, é arriscado negar a evidência de fenômenos somente por não se poder compreendê-los devidamente segundo o modelo de conhecimentos vigentes (...). Basta examinar o que se passou no campo da Física Clássica, cujos postulados foram abalados pelas descobertas da mecânica quântica. Foi preciso edificar uma Nova Física, completamente distanciada da primeira, para se perscrutar os intricados fenômenos do ´´infinitamente pequeno``. Julgamos que o mesmo se passa com a homeopatia ``.

13 9.0 O TERRENO (CONSTITUCIONAL) PROPÍCIO AOS ADOECIMENTOS (TERRENO MÓRBIDO) Era consenso comum, á época de Hahnemann, de que as enfermidades tinham caráter de distúrbio exógeno, ou seja, estranho ao campo orgânico e que, por isso mesmo, deveriam ser combatidas com drogas de caráter exterior. Mediante esta visão organicista, Hahnemann utilizava baixas diluições, geralmente inferiores a 12CH e a similitude sintomática era buscada no plano orgânico (como, aparentemente, até os dias atuais ainda se pratica na França). O grande avanço promovido por Hahnemann, depois de 45 anos praticando a homeopatia com base no organicismo, foi perceber, nos seus últimos oito anos de vida, que muitos dos seus pacientes voltavam a adoecer e até de forma mais grave. Esta observação levou o criador da homeopatia a perceber que a homeopatia praticada por ele apenas silenciava, momentaneamente, as queixas dos seus pacientes não atuando nas tendências (predisposições) aos adoecimentos - o terreno propício (psiquicamente predisposto). Como seu desejo era alcançar o que ele chamava de cura duradoura, retomou suas pesquisas e, guiado pelo seu brilhantismo e alto senso de observação, aprofundou-se no estudo dos fenômenos patológicos. Com isso descobriu que seus medicamentos, dependendo da diluição em que eram empregados, apresentavam dois tipos de efeitos: orgânicos e sensoriais.

14 10.0 AS DUAS VIAS DE ADOECIMENTO/DOENÇAS CRÔNICAS Ao classificar os sintomas em de origem orgânica e de origem sensorial (senso, sentimento, sensação). Hahnemann percebeu que as primeiras dinamizações (5 até 12CH) tinham ação orgânica (tropismo orgânico), atuando nos sintomas hoje chamados de organotrópicos. Acima da 12 CH os sintomas contemplados eram de outra natureza e diziam respeito às sensações e emoções do homem no tocante a sua interação com a natureza – os chamados sintomas sensotrópicos que apareciam no indivíduo antes mesmo que seus órgãos adoecessem. Concluiu que cada indivíduo apresentava sua maneira peculiar de ser e, consequentemente, de adoecer. Portanto, o adoecimento começava no plano mental do indivíduo e tinha caráter predominantemente psíquico. A esse quadro que antecedia aos adoecimentos físicos ele chamou de sintomatologia de terreno (sensotropismo), penetrando, assim, bem antes de Freud, no inconsciente humano. Pode, então, vislumbrar que a verdadeira etiologia dos adoecimentos é de caráter eminentemente psíquico, onde as perturbações físicas são puramente consequência dos sintomas sensotrópicos, em última instância. Portanto, a verdadeira terapia deveria se dirigir ao terreno e, assim, publicou seu mais completo trabalho: Doenças Crônicas. Hahnemann ao afirmar ´´ há doentes e não doenças ``, nos mostra que a enfermidade é produto do meio interno do próprio homem. 1. A via externa dos adoecimentos (consideradas doenças artificiais): a doença oriunda do meio exterior, do mero acidente biológico, e dos maus

15 hábitos nocivos ao nosso organismo (vícios, erros de alimentação, falta de higiene, etc.) 2. A via interna (doença natural): originada no ´´terreno mórbido do psiquismo do indivíduo``, constituindo as verdadeiras doenças passíveis de serem tratadas pela homeopatia – perturbações de natureza natural doterreno (psíquico) humano a ser tratado (Ver Tabela 1, Pg. 60) 11.0 O UNICISMO DA HOMEOPATIA (O TODO), PREDISPOSIÇÃO. A base para o desenvolvimento de qualquer enfermidade física está no terreno propício. O terreno pode ser visto como a erva daninha nascida na intimidade psicofísica, por ali encontrar o ambiente propício ao seu desenvolvimento – ou seja a predisposição psicofísica.É pela compreensão das predisposições ou suscetibilidades do terreno que Hahnemann passou a fundamentar todo seu trabalho, acolhendo, assim, a visão da via interna (a face oculta do adoecimento) como fundamental para o verdadeiro tratamento homeopático. Desta forma, o tratamento deixa o campo físico e penetra na imponderabilidade humana. Nascia, assim, a visão unicista do ser humano; o unicismo – ou seja, tratar a unidade vital, não suas partes isoladas. Desta forma Hahnemann penetra na ESSÊNCIA HUMANA, afastando a homeopatia do raciocínio organicista e mecanicista, percebendo um todo inseparável, onde toda e qualquer parte só adoecerá em decorrência da perturbação da totalidade. Portanto, é do conjunto que devemos cuidar, ou seja, buscar pelas causas do adoecimento do ´´terreno psíquico predisposto``, procurando reconhecê-las na história de vida do indivíduo.

16 A busca passa, então, a ser pela emocionalidade e pelas sutis manifestações do subjetivo mundo psíquico do inconsciente – a doutrina vitalista onde se admitia a existência de um campo energético sustentáculo da vida, mas, também mantenedor e produtor de enfermidades (físicas ou mentais). Desta forma a Energia Vital passa a ser vista como o elemento que liga a mente (chamada por Hahnemann de espírito ou alma) ao corpo físico. Portanto a doença passa a ser vista como alteração psíquica, energética e física. 12.0 DOENÇA, SEGUNDO A HOMEOPATIA DE HAHNEMANN Toda doença passa então a ser compreendida uma alteração psíquica, energética e física, conjuntamente. Ao considerarmos doença como energia mórbida, a resposta para sua identificação está nos veículos sutis dos pensamentos e das sensações humanas, fonte das suas mais profundas causas - uma nova fisiopatologia, fundamentada nos mecanismos ocultos da unidade humana. O método pragmático de combate às doenças é praticado expondo-as a substâncias inibidoras (prefixo anti-). Por isso mesmo o insucesso deste método, sempre se verifica no longo prazo, exatamente por não agir na via do terreno mórbido e, sim, na via do campo organicista, permitindo, desta forma, reincidências adoecedoras cada vez mais intensas.

17 A homeopatia, ao contrário, estuda o terreno que propicia e fomenta o aparecimento das enfermidades humanas. Após isso, aplica os necessários estímulos capazes de alterar o terreno propício, retirando dele a sua suscetibilidade. Assim sendo, doenças iguais passam a receber tratamentos diferentes e doenças diferentes, tratamentos semelhantes – o foco passa a ser a constituição sintomática do terreno predisposto. Segundo Freire, ´´ vislumbrando que a doença é projeção de algo mais profundo e invisível do cosmo orgânico, passou-se a considerá-la não um mal destituído de finalidade, porém uma tentativa de se resolver a adulteração do terreno sobre o qual se assenta. Ou seja, compreendia-se que o meio físico apenas absorve o potencial enfermiço da pestilência energética gerada no campo psíquico do ser. `` 13.0 O REAL TRATAMENTO HOMEOPÁTICO NA VISÃO DO Dr. FREIRESegundo Freire, depois de tudo o que até agora abordamos, conclui-se que a evolução da homeopatia nos mostra dois modos distintos de atuação terapêutica:´´ Ele (Hahnemann) se iniciou, conforme explicado, com o emprego da lei dos semelhantes no campo puramente orgânico e se dispunha a tratar órgãos doentes, subordinando-se à mesma filosofia que norteia o pensamento médico materialista. Essa prática, ainda muito comum nos nossos dias, utiliza medicamentos homeopáticos em baixas dinamizações, na quinta e na sexta diluições (5 CH e 6 CH ), porém, emprega

18 habitualmente mais de um remédio por vez (o que Hahnemann não fazia), a fim de cobrir todas as queixas de um paciente em um determinado momento de sua vida. Tal modo de proceder recebeu o nome de homeopatia organicista complexismo ou pluralismo, e atua, quase sempre, de modo paliativo, pois raramente despertará a lei de cura, não promovendo retorno de sintomas antigos ou a superficialização do nível da enfermidade. `` ´´ Já o tratamento do paciente como um todo pressupõe umconhecimento mais completo do terreno mórbido, ou seja, de todo o indivíduo, seu processo de vida, peculiaridades de sua personalidade, seus traumas, fraquezas e pendores. Isso faz da homeopatia uma terapêutica que aborda o ser integral, e o tratamento torna-se um procedimento que considera não somente o conjunto das queixas físicas do paciente, mas também sua bagagem tanto consciente quanto inconsciente, seus sentimentos e sua história de vida. Esse modo de atuar foi denominado de homeopatia unicista, por trabalhar o ser humano como uma unidade indivisível. (*) Ao exigir estudos mais cuidadosos, essa forma de aplicar a homeopatia restringiu-se a uma formação acadêmica, enquanto o seu emprego organicista afeiçoou-se a uma prática popular, por ser de fácil aplicação e ao alcance de leigos. Além disso, o método unicista requer um maior envolvimento médico-paciente, exigindo-se do médico a interação em todos os níveis do doente, a fim de descobrir lhe o chamado “medicamento de fundo” e acompanhar seu delicado caminho de cura. (**) Para atingir o terreno e estimular os princípios curativos do campo vital, a homeopatia unicista necessita empregar substâncias em

19 dinamizações altas, comumente acima da trigésima, e preconiza, como regra geral, o uso de um medicamento de cada vez. Esse é o chamado remédio de fundoe que satisfaz a totalidade sintomática e não apenas a um órgão ou conjunto isolado de sintomas. Ele será empregado para o tratamento de todo o quadro do paciente, mesmo que este tenha doenças muito diversas, pois atende ao seu terreno mórbido e não aos seus órgãos enfermos, os quais, como vimos, são o resultado último do seu desequilíbrio e não a enfermidade em si mesma. Muito raramente o profissional homeopata desviar-se-á da regra fundamental de usar um só medicamento por vez, preconizada nos postulados hahnemannianos básicos de forma bastante enfática. Condena-se, de fato, o uso corriqueiro de associações de muitos remédios homeopáticos, pois, tratando-se de essências energéticas, pode agir, na mistura, com padrões imprevisíveis de atuação. Embora sejam capazes de auxiliar um organismo enfermo, livrando-o dos efeitos colaterais e danosos dos medicamentos alopáticos, podem também demonstrar uma ação supressiva em longo prazo, levando o organismo a aprofundar seu nível de adoecimento. Entrementes, entendemos que, muitas vezes, não tem o médico homeopata outra opção senão medicar a patologia física isoladamente. Não se pode considerar, porém, tal prática um legítimo tratamento homeopático. Esse será genuinamente aquele capaz de tratar o terreno mórbido e estimular sua própria capacidade de curar-se, abordando-o como um todo e não somente silenciando momentaneamente um órgão doente. ``

20 Meus comentários: 1. * Ao estudar as indicações homeopáticas do médico homeopata Alain Horvilleur, secretário da Organização Médica Homeopática Internacional, na sua obra Vade-Mécum da Prescrição Homeopática, fica bastante claro que ele aplica tanto a via organicista quanto a via unicista. Basta ver que as potências por ele indicadas (na similitude local) variam de 5 a 10CH e, nos casos onde é necessário um medicamento de fundo (também conhecido como Simillimum personalidade), ele alerta o leitor para o fato desta necessidade. 2. O homeopata unicista grego (não médico) George Vithoulkas, considerado um dos maiores da Europa, é engenheiro de formação e, nem por isso, deixa de ser mundialmente reconhecido, respeitado. 3. Portanto, a meu ver, a aplicação de um tratamento homeopático, priorizando a via endógena ou exógena, deve ser de conhecimento e domínio de qualquer homeopata clássico, independentemente da sua formação acadêmica ou não. Se faz também importante que o profissional seja certificado por órgãos reconhecidos, e que tenha como método a priorização pela prática e aplicação da vertente unicista, ensinada por Hahnemann e aqui inteligentemente reforçada pelo reconhecido Dr. Freire. 4. O método de trabalhar preferencialmente o terreno é um ensinamento do pensamento evolutivo de Hahnemann e deve ser repassado aos alunos pelos professores de homeopatia - independentemente da Escola em que atuem. 5.É, pois, fundamental para o sucesso duradouro do tratamento homeopático que se observe quais são as propensões do terreno a ser tratado. Terrenos distintos apresentam distintas peculiaridades e,

21 consequentemente, diferentes características e maneiras de reatividade. A este fenômeno chamamos de idiossincrasias – predisposição particular do organismo que faz que um indivíduo reaja de maneira pessoal à influência de agentes exteriores (alimentos, medicamentos etc.).6. Não se poderia mais, na visão de Hahnemann, tratar unicamente pelas similitudes locais da afecção, com medicamento de ação local, mas, sim, de acordo com as características próprias do terreno mórbido. Portanto, para doenças iguais, medicamentos distintos passaram a ser indicados, conforme as características do terreno em que elas nasciam – a isto chamamos de individualização (do terreno mórbido).A lei de similitude então passou a ser verificada não de acordo com a sintomatologia local (unicamente orgânica), mas em relação ao campo vital, ao terreno que revelava ser o verdadeiro manancial do distúrbio em questão. 7.Conclusão: percebemos claramente, e mediante os ensinamentos do Dr. Freire, que para trabalharmos os sintomas de terreno, é imprescindível encontrar o medicamento de fundo (simillimumpersonalidade). Tarefa esta, a meu ver difícil, mas altamente edificante, para o homeopata zeloso. 14.0 MEDICAMENTO HOMEOPATICAMENTE ESCOLHIDO A escolha do medicamento homeopático mais adequado a um caso clínico deve ser criteriosa, sempre. Dependendo do nível de atuação medicamentosa que o homeopata queira alcançar para o ´´momento do doente``, ele terá duas possibilidades: atuar a nível de similitude local ou à nível de medicamento de fundo. Nos casos agudos, devido à necessidade

22 de um emergencial socorro e alívio ao estado de saúde do doente, atua-se com a similitude localObs. Caso seja um caso complicado, ou que coloque em risco a vida do doente, deve-se enviá-lo, imediatamente, para atendimento médico, recusando o caso. Em sendo um caso clínico físico crônico (onde, normalmente, se tem poucos sintomas aparentes) ou de fundo emocional, ou mental, necessita-se, certamente, de um inicial medicamento de fundo (similitude personal ou Simillimum personalidade), trabalhando, desde o início, com o raciocínio exógeno, ou seja, buscando, incessantemente, pelos sintomas de terreno - que levarão ao correto medicamento de fundo. 15.0 LEI DE CURA E O RETORNO DE SINTOMAS ANTIGOS Quando Hahnemann passou a tratar o indivíduo (20 anos depois) em observância ao todo (terrenos psíquico e físico) e não mais simplesmente ao órgão adoecido (foco organotrópico), os medicamentos agora indicados pela similitude do terreno (foco sensotrópico ou psicofísico) voltaram a apresentar agravação (antes resolvida pela diluição da TM, em baixas dinamizações: 5 e 6 CH, especialmente) antes de melhorar. Só que esta nova modalidade de agravação tinha uma inusitada peculiaridade: o indivíduo manifestava, de forma rápida e em ordem inversa de aparecimento, as enfermidades que teve durante a vida (foco exógeno) – a isto ele chamou de lei de cura (retorno de sintomas antigos). Ficava claro, segundo Hahnemann, que temos uma ordem para adoecer e outra, inversa, para curar; ou seja, nos curamos dos sintomas mais recentes para

23 os mais antigos e de dentro para fora do organismo, ou seja, da mente para a periferia. Freire nos dá um exemplo (por mim simplificado): toma-se um enfermo do coração, mas que apresenta sintomas ainda reversíveis deste órgão >> submete-se prioritariamente o indivíduo ao tratamento do seu terreno mórbido e não da sua doença >> o simillimum do terreno atua eficazmente promovendo melhoras dos sintomas cardíacos >> pouco depois apresenta dores reumáticas (antigamente sofridas) >> supostamente o joelho inchará >> logo depois aparecem dores gástricas (antiga úlcera péptica) >> em seguida apresenta-se um leve chiado no peito (lembrando sua antiga bronquite) >> logo em seguida a garganta se irrita (lembrando sua antiga amigdalite) >> logo depois a pele apresenta erupções cutâneas (lembrando as da sua infância) = este é mais espetacular sintoma de cura da homeopatia = isto nos indica que este indivíduo jamais foi realmente curado destas enfermidades anteriores e mostra que elas foram simplesmente suprimidas = a doença é algo que se apresenta num determinado órgão, mas não é nele originada. Importante: se a doença é incurável ou se o indivíduo se apresenta em estado próximo ao de saúde, esta reação de cura não se apresentará ou será quase que imperceptível. Portanto, a genuína agravação homeopática ou agravação medicamentosa, é bom indício da possibilidade de reequilíbrio total do organismo. Porém há agravações que não são medicamentosas (provenientes da lei de cura). E sim uma evolução da própria doença.

24 Neste caso a lei de cura não se aplica. Portanto, ao não se aplicar a lei de cura, condutas pertinentes deverão ser tomadas. 16.0 OS FUNDAMENTOS DA HOMEOPATIA Lei da semelhança 1. Experimentação no homem são 2. Medicamento dinamizado 3. Unidade ternária do homem: Campo físico (corpo material) + Campo energético (extra físico) + Campo consciencial. Observação: o campo consciencial é evolutivo (em estágios), segundo os ensinamentos de Jan Scholten em ´´ Homeopatia e Os Elementos ``. 4. Princípio da individualização terapêutica (baseada na totalidade sintomática do indivíduo). 5. Lei de cura (saber aplicá-la e interpretá-la, como prognóstico) 6. Tratar o todo (foco na via exógena) 7. Medicamento único (utilizar-se do medicamento de fundo ou simillimum personalidade; refutar o ´´pluralismo ou complexismo``, uma vez que cada medicamento vibra na sua frequência individual). 17.0 SUPRESSÃO OU METÁSTASE MÓRBIDA Os adoecimentos promovem, no seu intercurso, uma drenagem energética da nossa energia vital, como que a sugando. A função do tratamento homeopático é interromper naturalmente e de forma não Saiba mais: leia o Organon de Hahnemann, disponível em nosso site.

25 repressiva (atuação pela semelhança ou similitude) o curso danoso das doenças impedindo sua realização. Outra forma de atuação no sentido de impedir a ação danosa dos adoecimentos é atuar contra eles de forma ´´ repressiva ``, como o faz a alopatia, atuando pelo uso do ´´ contrário ``. Este procedimento é considerado, pelos homeopatas, como inibidor do necessário reequilíbrio do distúrbio energético interno – a isto chamamos de supressão, ou seja, a repressão (impedimento artificial) da manifestação física e local da doença, e não o reequilíbrio dos impulsos profundos criadores e mantenedores da doença. Uma supressão ocasiona momentânea eliminação da manifestação dos sintomas físicos expressados pela doença. Mas, ao mesmo tempo, aprofunda a enfermidade para planos orgânicos mais profundos – a isto chamamos metástase mórbida. Metástase significa ´´ mudar de lugar `` e é empregado em medicina para se referir a um câncer que saiu de um local (órgão) e se manifestou em outro lugar – mudou de lugar. Na visão homeopática, não só o câncer, mas toda e qualquer doença é passível de provocar metástase mórbida, uma vez que o adoecimento, ao ser impedido de se localizar em um certo órgão, será lançado, pela Energia Vital, em outro. A consequência de uma supressão é que o indivíduo não só se enfermará em órgão cada vez mais profundo (hierarquicamente mais importantes), como também internalizará agravações no seu campo

26 emocional a tal ponto que, de acordo com a repetitividade de supressões, chegue a instalação de distúrbios psiquiátricos. A instalação destes distúrbios, provocados por sucessivas supressões, nos mostra que as ondas energéticas são passíveis de refluxo, ou seja, voltam á sua origem, ao seu ponto de partida – a mente. Uma vez tendo o indivíduo seus desequilíbrios energéticos alojados na mente (indicando altíssimo aprofundamento supressivo), o corpo físico não mais adoecerá. Portanto, Freire (site do autor) nos mostra com sabedoria que ´´ daí o fato de os doentes psiquiátricos pouco enfermarem seus órgãos, e quando o fazem podem aliviar momentaneamente a doença mental, como já havia observado o célebre Philippe Pinel, o pai da psiquiatria. Ante tais corolários, deduz-se que o real alívio da doença reside na possibilidade de se locomover seu potencial mórbido para a superfície orgânica. Por isso aprendemos, com a homeopatia, a amar as doenças de pele como as manifestações mais benignas, através das quais curamos nossos distúrbios internos. (...) E compreende-se, enfim, que a verdadeira cura de nossos males reside unicamente na possibilidade de aplacar-se a genuína fonte geradora de todo e qualquer processo mórbido, ou seja, nosso metabolismo consciencial, atributo de nosso ser endógeno. `` E mais adiante: - `` não é unicamente a homeopatia que exonera, pois, além de realizar-se de forma espontânea e natural, há processos terapêuticos seguros que estimulam drenagens curativas, como muitos

27 tratamentos fitoterápicos, regimes dietéticos, a acupuntura, a medicina ayurvédica e mesmo as psicoterapias. E precisamos ainda admitir a existência de procedimentos terapêuticos que apoiam nosso organismo sem obstaculizar o fluxo da doença, permitindo-nos a livre drenagem do processo mórbido. Favorecendo-nos com o maior conforto possível, atuam como paliativo, sem levar-nos a futuras internalizações mórbidas. A homeopatia de baixa dinamização seria um exemplo desse tipo de terapia (portanto, não supressora, ao que parece, na visão de Freire). E compreenderemos também que a drenagem cirúrgica de uma coleção purulenta é igualmente eficaz e indispensável auxiliar dessa verdadeira decantação de nossos distúrbios energéticos profundos ``. 18.0 O ESQUEMA DE CURA (DE UMA CAMADA) / ADOECIMENTO Segundo o Dr. Freire, ´´ no esquema a seguir representamos a unidade humana por uma espiral, onde cada volta é um de seus planos orgânicos. A enfermidade endógena, oriunda da mente, caminha por eles, sob o impulso centrífugo, curativo, expurgador dos males endógenos. Uma medicina depuradora atua reforçando essa via, e uma ação médica supressiva age obstaculizando-a. E, como terceira opção, consideramos a possibilidade de uma terapia de apoio, a qual, como um impulso perpendicular ao raio da espiral, não inibe nem incentiva a pulsão exoneratória do mal, apresentando ação puramente paliativa. ``

28 Figura 2 (Dr. Freire) – A ação das três vias terapêuticas possíveis na unidade hierárquica do ser: exonerativa, supressiva e paliativa, configurando as três possibilidades de atuação médica presumíveis, caracterizadas pela homeopatia de terreno, a alopatia e as terapias de suporte (como na drenagem de um abscesso pustulento), respectivamente. Tomemos, como exemplificação elucidativa, os fatos clínicos na vida de um bebê saudável, para o Passo a Passo da Supressão (agravação cíclica de um distúrbio mórbido), no decorrer da sua vida terrena. Passo a Passo da Supressão ou Agravação dos Distúrbios Mórbidos: no início da vida, os adoecimentos se manifestam na Pele(dermatites) >> As febres e viroses terminam (se exoneram) em reações cutâneas

29 (exantemas) >> Se o processo mórbido energético (alojado no terreno constitucional) não se esgotar acometerá camadas mais profundas: as mucosas das vias aéreas superiores >> Rinites, amigdalites, otites e até bronquites aparecerão >> Se o manancial distônico não se esgotar, o trato gastrointestinal irá ser afetado, preferencialmente, e já na fase adulta >> Gastrites, colites e ulcerações aparecerão >> Posteriormente, em evolução, os adoecimentos atingirão órgãos parenquimatosos (sistema reprodutor, sistema vascular) >> Em evolução atingirão camadas mais profundas (articulações) >> Avançando ainda mais atingirão os órgãos vitais (sistema endócrino, rins, coração) >> A próxima escala será o sistema nervoso central (cérebro) >> Finalmente vem a catástrofe: o campo mental será atingido o que temos de mais nobre (a razão, a consciência, extinguindo nossas possibilidades de vida relacional com nossos semelhantes). Resumo: O Dr. Freire nos ensina que ´´ se uma dermatite desaparece sob a ação de inibidores tópicos da doença, como as pomadas de corticoide, para manifestar-se, logo a seguir, como uma enfermidade em nível mais profundo, não houve de fato cura alguma – a doença apenas aprofundou-se, pois, seu manancial mórbido permaneceu retido no campo vital. Consequentemente, se no decurso de moléstias graves e profundas, como os distúrbios emocionais, verificamos a presença de patologias cutâneas, quaisquer que sejam, devemos vê-las como um mecanismo de alívio do mal principal e profundo. ``

30 19.0 SUPRIMIR OU NÃO SUPRIMIR? Maravilhado e feliz diante da sabedoria e dos conhecimentos do Dr. Gilson Freire, médico homeopata mineiro (site do autor, acesso em 18.04.2016), reproduzo abaixo, baseado em seu texto, um ´´ passo a passo `` que nos orienta na toma da decisão (veja passo a passo, abaixo) quanto a qual via de tratamento (endógena? ou exógena?) o terapeuta ou médico homeopata deverá seguir, diante de certos tipos de adoecimento:Passo a passo da cura via endógena (supressiva):uma enfermidade compara-se a um esgoto residencial que deve ser drenado >> Esta drenagem promove conforto, bem estar e segurança ao morador >> Se, simplesmente, detivermos a drenagem o morador será, gradativamente, perturbado. E a estrutura da sua casa será ameaçada >> É o que acontece quando impedimos (supressão alopática) o organismo de eliminar suas toxinas >> Estas toxinas retidas acabarão aparecendo em forma de uma doença grave >> Porém, se isto ocorrer, não devemos deixar nosso organismo ser destruído por estes dejetos mentais/comportamentais/metabólicos >> Por isso, diante de moléstias graves e violentas que ameaçam a vida, faz-se imprescindível adotar medidas drásticas de suporte ao organismo e, em último caso, severamente repressivas da doença.>> No entanto, estes procedimentos não serão curativos (somente detendo, momentaneamente, o fluxo da enfermidade) >>Que, mais tarde, por não ter esgotado seu potencial mórbido, retomará seu caminho de drenagem.>> Isso é muito evidente nos enfermos que passam rapidamente de uma doença a outra à medida que são reprimidas, ou naqueles que jamais se curam pela simples extirpação de um tumor maligno, que continua a ser decantado do corpo

31 energético, de forma cada vez mais intensa, até que sua morbidez se consuma completamente nos tecidos físicos. >>A drenagem, para segurança da casa orgânica, deverá ser, necessariamente, comedida e orientada. >> A homeopatia poderá auxiliar o campo vital a realizar isso, promovendo a drenagem do distúrbio energético da forma mais amena e mais superficial possível. >> No entanto, quando o processo, por falta de reatividade vital, não pode mais ser movido, ele passa a requerer medidas convencionais para o sustento da vida. >> Como ocorre, por exemplo, em um paciente com uma apendicite aguda e que deve ser imediatamente encaminhado a um centro cirúrgico.>> Pois, embora ele possa ser curado de seu campo vital pela homeopatia, não podemos deixá-lo entregue à possibilidade de uma grave contaminação de sua cavidade peritoneal, colocando-se em risco sua vida.>> Portanto, todo bom senso é exigido do homeopata que, não sendo médico, deverá encaminhar o enfermo para os recursos tradicionais de combate à doença, como antibióticos ou intervenções cirúrgicas. >> Logo, admitimos que a medicina supressiva tem sua utilidade, tanto é assim que um curioso axioma homeopático, chamando a atenção para o fato, diz-nos que “mais vale um doente suprimido que um doente morto”. >> Outros exemplos: um pâncreas que já não tem células para produzir insulina necessita de sua reposição diária. Um rim que já não funciona deve contar com um processo mecânico de diálise.>> Um coração que tem sua irrigação sanguínea obstruída precisará de uma reconstituição cirúrgica ou uma angioplastia, e assim por diante.>> Conclusão: a homeopatia restringe-se à capacidade de tratar o doente e sua tendência mórbida de adoecer, mas os órgãos podem se encontrar de tal forma lesados que um tratamento convencional torna-se imprescindível. O medicamento dinamizado, nesse caso, pode estimular o

32 equilíbrio dinâmico do doente, promovendo sua cura energética, porém não mais é capaz de efetuar sua cura orgânica. >> Compreende-se assim que uma afecção de origem mecânica deva sofrer a ação de meios igualmente mecânicos, sendo essa também uma extensão da lei dos semelhantes, apregoada pela homeopatia. 20.0 QUE SÃO DOENÇAS, NA VISÃO HOMEOPÁTICA? Na visão de Moreno e Fagundes (2009) as doenças são ataques dinâmicos hostis ao processo vital, não estando em sua base qualquer princípio material; portanto só se curam com ataques dinâmicos não hostis. As doenças são o resultado das interações fluídicas e físicas do indivíduo e estão relacionadas, muitas das vezes, com nossa personalidade individual, pois metabolizamos nossos fluidos psíquicos de acordo com nossa personalidade (metabolismo mental). A doença se manifesta principalmente, quando e onde não há defesa psíquica (campo psíquico comprometido), que nos é fornecida pelos nossos Corpos Sutis. São eles, os Corpos Sutis, que devem estar equilibrados para alcançarmos um estado duradouro de saúde, conforme preconiza o criador da homeopatia, Frederico Samuel Hahnemann. Ao tratarmos, energética e naturalmente nossas atitudes mentais e psíquicas, grandes causadoras de adoecimentos, evoluindo em entendimento e amor, estaremos nos aproximando do verdadeiro estado de saúde: o equilíbrio do nosso Modelo Bioenergético.

33 21.0 AGENTES BIOLÓGICOS PATOGÊNICOS (OS VARREDORES VIBRACIONAIS - VÌRUS OU BACTÉRIAS) Nas palavras do Dr. Gilson Freire, os agentes biológicos infectantes são chamados de varredores pelos seguidores de Hahnemann. Postula-se que estes varredores seriam atraídos por um campo vital propício (em desequilíbrio), atuando, assim, como auxiliares da drenagem mórbida, pois eles, na sua ação, convertem em coleções purulentas as emanações biopsíquicas degradadas, para delas se alimentarem, uma vez que convertidas em pus são facilmente eliminadas do campo energético do indivíduo. Dentro desta visão, o terreno propício permite (convida) o comparecimento destes agentes para cumprir sua missão. Podemos, então, compará-los a lixeiros cumprindo sua missão de limpar o organismo, digerindo inúteis restos biodegradados. Espantar estes agentes através de atitudes supressoras, apenas os afugentariam, temporariamente, á espera de nova oportunidade de condições de ação. Esta visão nos aparece respaldada e constatada nas infecções repetitivas, insistentes. E são repetitivas exatamente porque, enquanto persistir no organismo as condições vibracionais convidativas á ação de limpeza, os agentes patológicos voltarão a cumprir sua missão de limpeza até que se esgote no organismo a necessidade de varredura vibracional. Segundo Freire (site do autor) a homeopatia nos leva a compreender a existência de dois tipos de agentes biológicos patogênicos:

34 Agentes toxico-infectantes (bacilo tetânico, diftérico, botulínico, etc.): ao produzirem toxinas nocivas, produzem enfermidades. Estes não podem ser considerados como verdadeiros varredores, pois provocam enfermidades exógenas (acidentes biológicos) Agentes infecto-contagiantes (bactérias e vírus – estafilococo, estreptococo): mediante uma invasão tecidual, causam enfermidades. Muitos deles são habitantes naturais do organismo como a Escherichia coli, etc. Estes são os verdadeiros varredores, pois não provocam enfermidades exógenas (acidentes biológicos). Nestes casos, a homeopatia não erradicará o parasita, mas promoverá terreno menos propício. Compete-se ainda ressaltar que se o organismo se encontra muito debilitado nas suas defesas naturais a ponto de não mais conseguir reagir ao estímulo da homeopatia, uma intervenção artificial se fará necessária, desde que por um médico habilitado para tal. Observação: ainda podemos considerar as enfermidades decorrentes dos desequilíbrios ambientais (protozoonoses e verminoses) comuns à falta de higiene e distúrbios ecológicos (dengue, por exemplo) 22.0 COMO VIVER NO MAIS DURADOURO POSSÍVEL ESTADO DE SAÚDE A homeopatia e as outras terapias naturais, aliadas a hábitos saudáveis de alimentação natural, a um modus vivendi sem excessos, a um pensar e agir sem rancores, sem mágoas sem pensamentos e atitudes destrutivas,

35 são os melhores preventivos contra as doenças, nos afastando dos consultórios. Somos todos polimiasmáticos (predisposições adoecedoras) e, em algum momento de nossas vidas, precisaremos da intervenção medicamentosa e da correção de nossas atitudes para equilibrar nossa Energia Vital. Herdamos registros de adoecimentos, sendo-nos relevante conhecê-los para um bom tratamento. Na visão homeopática os adoecimentos são originados no nosso Campo Energético e, portanto, a estabilização duradoura da nossa Energia Vital só virá, consequentemente, por meio de estímulos energéticos positivos – o que nos previne dos acometimentos físicos. A consciência tranquila é um dos caminhos para a harmonia mental, portanto pratique o bem. Procure por alimentos provenientes de fontes naturais, sem contaminações. Ame a si mesmo e ao próximo. Faça o bem. Conheça as leis de reações naturais de cura do seu organismo, não confundindo os seus sintomas de cura com os de adoecimentos, aprendendo a tratar-se, sempre que possível, de forma natural e respeitosa. 23.0 O QUE É FORÇA VITAL? Todos os nossos órgãos vibram numa determinada frequência energética individual, mas, de certa maneira, interdependentes e

36 complementares entre si, tanto do ponto de vista energético quanto funcional. Porém, é através do metabolismo equilibrado que nosso organismo gera a energia (ATP) de que necessita para a devida nutrição e funcionamento celular/orgânico. Portanto, todo alimento ingerido cumpre sua função nutritiva graças ao metabolismo que, através de sucessivas quebras promovidas pelas enzimas, vai, em cadeia, gerando novos constituintes, até chegar ao ATP (a energia que nutre a célula e o organismo como um todo). É a este funcionamento em cadeia, perfeito e equilibrado, não só do metabolismo anabólico ou catabólico, mas do organismo vivo como um todo, mantenedor da vida e das funções orgânicas, que chamamos de Homeostasia (auto regulação do organismo). Porém, o que realmente comanda o perfeito equilíbrio da vida é a perfeita interação entre nossos campos eletromagnéticos, que em seu conjunto de pulsos dinâmicos constituem a Força Vital – ou, ainda, ´´sopro de vida ou anima``. \"E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente\" (Gênesis 2:7). 24.0 A UNIDADE TERNÁRIA DO HOMEM Freire nos ensina que Hahnemann postulou o conceito de que o ser humano é ternário, ou seja: (1) além do corpo físico (sua estrutura material) o indivíduo possui (2) um campo de energias sutis que o anima e (3) uma consciência de natureza imaterial que o comanda. O corpo

37 material seria uma estrutura inerte, sustentada e organizada por pulsos dinâmicos, que em seu conjunto forma a força vital subordina, , por sua vez, aos comandos da consciência. E, consequentemente, as enfermidades não seriam meramente perturbações orgânicas, mas, sim, alterações desses campos energéticos e etéreos profundos do ser humano. 25.0 CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS OU CORPOS SUTIS. A unidade ternária do homem, foi comprovada por Semyon Kirlian, 1939. Além do nosso corpo físico, temos também, dentro da visão energética, outros campos energéticos ou campos eletromagnéticos, para nós invisíveis, como, por exemplo, a nossa aura. Segundo reportagem do Programa Mistério - apresentado pelo saudoso e respeitado Valter Avancini - em 1939 o eletricista russo chamado Semyon Kirlian criou a máquina capaz de fotografar os campos energéticos existentes ao redor dos corpos. Este processo ficou conhecido como FOTO KIRLIAN (veja link abaixo). Kirlian passou a estudar estes campos em torno do nosso corpo e, através destes estudos, passou a diagnosticar problemas físicos e psicológicos. Com o decorrer dos anos, esta máquina passou por aperfeiçoamentos e, segundo o mesmo programa, atualmente ela é muito utilizada, tanto na Rússia quanto em alguns países da Europa, como método comum de diagnóstico.

38 No Brasil, Nilton Milhomes (físico e autor de vários livros sobre o assunto) é um dos grandes estudiosos do fenômeno. E compara a utilização deste método com os exames da medicina convencional. Milhomes afirma: - ´´ a foto Kirlian capta, exatamente, o campo eletromagnético que existe em nós. ``. E ele compara: - ´´ do mesmo jeito que se faz exame de ressonância magnética (...) ... então, em vez de ser através de um computador, hoje nós fotografamos este campo eletromagnético `` (através da máquina Kirlian). Saiba mais: https://youtu.be/bFCl7bUcsjs Quais são esses Campos Eletromagnéticos ou Corpos Sutis, e como acessá-los? São corpos fluídicos. Eles precedem e modelam o corpo físico. Interagem entre si. Ao compreendermos os mecanismos dessa interação saberemos como adquirir e manter a saúde.

39 Figura 3 Figura 4 (acesso 29.07.2018) 26.0 NOÇÕES DE MIASMAS E SEUS DOMÍNIOS PATOLÓGICOS Miasmas: são toxinas fluídicas que marcam, no nosso organismo, predisposições (sensibilizações) a certos adoecimentos, mentais/físicos. Se os miasmas não forem adequadamente tratados eles podem nos apresentar um caminho característico de agravamentos ou de obstaculizações bem definidos. Eles são Psora, Sicose, Luetismo, Cancerinismo e Tuberculinismo. ´´ Cada miasma (suscetibilidades do terreno constitucional e, consequentemente, psíquico) corresponde a um padrão vibracional do ser. Eles se interagem e, no intuito de preservar a vida, estas energias fluídicas não visíveis, nem ainda mensuráveis à luz da ciência atual, promovem um equilíbrio entre seus domínios, de acordo com a interação entre os mesmos. `` Se eles passam a se interagir em sentido contrário ao da preservação do equilíbrio da nossa energia vital, as enfermidades acontecem.

40 E foi exatamente por perceber que seus doentes, depois de aparentemente curados, voltavam com as mesmas queixas e, em algumas das vezes, até mais agressivas que antes do tratamento homeopático, que Hahnemann, à procura de respostas para este fenômeno, os teorizou. Eles são cinco (Psora, Sicose, Luetismo, Cancerinismo e Tuberculinismo). O miasma da PSORA É O MIASMA-MÃE. Estas energias fluídicas denominados miasmas permanecem em estado latente até que alguma noxa as despertem, desencadeando, desde os mais leves pressentimentos até sofrimentos físicos penosos. O grau dos miasmas em cada indivíduo dependerá do seu patrimônio hereditário individual; portanto, é relativo como cada ser vivo reagirá, por exemplo, a um determinado estímulo exterior ou interior. Dependendo do grau de vibração do ser, cada miasma traça seu caminho individual de atuação rumo ao exterior do ser, materializando-se, em última instância, na forma doença - lenta ou fulminante. Desta forma, se o indivíduo passa, por exemplo, por uma situação emocionalmente traumática, este estímulo poderá despertar desde o miasma menos agressivo (a psora) ao mais agressivo deles (o cancerinismo). Porém, as enfermidades são vistas pela homeopatia como respostas da energia vital no sentido de promover a harmonização integral do ser vivo, não importando o nome da doença que venha a ser desencadeada. Saiba mais em Tabelas: ´´ Miasmas e seus domínios`` / RIBEIRO, Valter - Site da EBH

41 27.0 COMO IDENTIFICAR EM QUE MIASMA O INDIVÍDUO ESTÁ VIBRANDO Ao recebermos um cliente para atendimento, faz-se necessário identificarmos, na Toma do Caso, e mediante suas queixas/mentalidade/hereditariedades, etc., em que gradação miasmática ele está vibrando, no momento da entrevista. Desta maneira, poderemos comparar se o medicamento indicado configura (se enquadra) na mesma gradação miasmática àquela em que o indivíduo está vibrando. Para tal tarefa, o homeopata poderá sempre recorrer à tabela miasmática abaixo, até que ele tenha domínio sobre o assunto. Por exemplo: o cliente apresenta corrimento nasal, com tosse, dificuldade respiratória e expectoração catarral amarelada, sem dor ao respirar, mas com febre alta ou oscilante, e que perdura por três dias. Tudo isso acompanhada de fraqueza e que piora em habitação fechada. Veremos, com o decorrer do aprofundamento dos estudos do aprendizado da identificação de miasmas, que a queixa do paciente se enquadra no Tuberculinismo Sicótico, pois: 1. Tosse e dificuldade respiratória são manifestações do miasma do TUBERCULINISMO que tem tropismo (órgão preferencial de ação do miasma) pulmonar/respiratório. 2. Expectoração catarral (catarro é SICOSE – eliminação de toxinas) Portanto, o cliente está vibrando, no TUBERCULINISMO SICÓTICO = 1 (tuberculinismo) + 2 (sicose).

42 Observação: um estudo pormenorizado dos miasmas será feito no livro 3 ´´ Miasmas e Constituições ``. 28.0 NIVEIS DE ATUAÇÃO DO TRATAMENTO HOMEOPÁTICO CLÁSSICO SEGUNDO A DINAMIZAÇÃO - EM HIPÓTESE (Autor: Prof. Valter Ribeiro) Campo consciencial 200 a 1000CH Fase 1: Campo da Fase Energética (Corpo Etéreo) 30 a 50CH Origem das doenças físicas e que se iniciam no Corpo Etéreo: desmaios, pânicos, choques emocionais, pesadelos, histeria, medos, atingindo a força vital, com comprovações pela atuação do Pulso chinês ou Pulso acupuntura, e ainda pelas sensações/sintomas energéticos e mentais da MM Fase 2: Fase biológica ou bioquímica 18 a 25CH aumentando a dinamização até que despertem nossos temores, sintomas emocionais e mentais antigos, despertos pela homeopatia, sendo exonerados para a cura. Compreende as alterações bioquímicas nos humores (intoxicação sanguínea e pus),

43 eletrólitos, aminoácidos, anomalias de caráter qualitativo, sem comprovação laboratorial: sensações energéticas inferiores (``como se``) Fase 3: Fase clínica ou funcional (órgãos)5 a 11 CH: compreende as alterações do funcionamento dos órgãos, do organismo, sem explicação da medicina oficial, morbidezes reveladas pela palpação, auscultação ou percussão. Ou na organoterapia, como se segue: 4 a 6CH – estimulam órgão (Ex. Hipotireoidismo) 7 e 8CH – equilibram o órgão (Ex. quando não sei se o órgão está em hipo ou hiper função). 9 a 30CH – Frenam a atividade do órgão (Ex hipertireoidismo). Obs. Se houver aumento de volume do órgão, por ex. próstata aumentada, melhor começar com 12CH. Fase 4: Fase local ou anatômica 5 a 8CH Compreende tumor, úlcera, infecção, ferida, dilatação,

44 obstrução, cálculo, constrição ou trombo. Sarna, Psoríase, Cancro, Condilomas manifestos na pele Doses altas (DH) crescente em dinamização e até com várias doses diárias, em observação à movimentação dos sintomas. Compreende a psora, sicose luetismo, cancerinismo e o tuberculinismo, com manifestação ainda na pele, tais como sarna irrompida (agudo), cancro ainda não tratado, agudo (no sexo, boca ou lábio) e os condilomas (excrescência carnuda que se observa no ânus, glande peniana e na vulva). (Veja Organon 282, 1-5) Doença Crônica com características físicas 6 a 12CH (Brunini) (Organotropismo) Noxas adquiridas (causas acidentais) Iniciar com baixas e médias dinamizações (5 a 20CH), aumentando, gradativamente para medianas altas (20 a 30CH) e, de acordo com a resposta de reequilíbrio, até altas dinamizações - se necessário (acima de 30CH).

45 Nosódio vivo + Autonosódio + Produtos químicos ou sintéticos + Frutas + Agentes biológicos Iniciar, para qualquer agente ou produto, na 5CH (Liv. Agentes Biológicos - Moreno e Eliete); porém, segundo Dr. Roberto Costa*, iniciar, para os nosódios, na CH15, para os nosódios vivos (agentes biológicos). *E também, segundo o Dr. Carlos Lyrio (do instituto Roberto Costa- liv. homeopatia por você, vol. 2- RJ).Nosódios Iniciar na 12CH (Liv. Agentes Biológicos - Moreno e Eliete); porém, segundo Roberto Costa, iniciar na 15CH ou D30 29.0 A HOMEOPATIA É LENTA? ELA ATUA NO AGUDO E NO CRÔNICO E NO PSIQUISMO? Leigos, psicopedagogos, psiquiatras, pessoas com as quais convivi e ainda convivo, não me surpreenderam ao afirmar, por desconhecimento, que a homeopatia é lenta. Qual é a verdade?

46 Durante todos estes anos de clínica terapêutica como homeopata, nunca vivenciei ou presenciei um caso sequer em que a homeopatia - desde que bem indicada e configurada dentro do processo clínico - e conforme ensina o Organon de Hahnemann - não agisse em tempo muito breve. Para ser mais exato: tive casos onde a sintomatologia correspondia aos da dengue e que, mediante os coretos estímulos homeopáticos, cedeu em dez horas de tratamentos, ficando somente os resquícios que foram debelados em dois dias. Mas o ideal é, depois da fase aguda, continuar o tratamento do TERRENO PSÍQUICO para atingir toda a economia do organismo humano e suas cronicidades. Por isso mesmo sou grato à vida por ter me colocado em contato com estes ensinamentos terapêuticos os quais hoje repasso, prazerosamente, como professor e fundador da Escola Brasileira de Homeopatia. Saiba mais: livro Biologia da Crença, Bruce Lipton, editora Butterfly. 30.0 NÍVEIS DE CURA NA TOMA DO CASO, SEGUNDO O GESH Uma correta e eficiente TOMA DO CASO em obediência ao Organon (tomar o caso com eficácia - capaz de produzir resultado): Conforme o GEHSH, a TOMA DO CASO deve ser fidedigna, completa e incluir os aspectos atuais e da história biopatográfica.

47 A ANÁLISE DO CASO (GEHSH) deve abranger o nível dos sintomas (nível de cura 1), o nível da atividade miasmática (nível de cura 2 – tendências) e o nível da compreensão do ser que sofre (nível de cura 3 – o indivíduo com seu entendimento, sua vontade e sua memória). Só então podemos estabelecer uma estratégia para a seleção do medicamento que pode incluir, ou não, as técnicas de repertorização. NÍVEIS DE CURA (segundo o GEHSH)O PRIMEIRO NÍVEL DE CURA implica na CURA DOS SINTOMAS individualmente e na cura da entidade clínica como um todo (cura na fase clínica/bioquímica – aproximadamente 5 a 12CH). O SEGUNDO NÍVEL DE CURA implica na CURA DA PREDISPOSIÇÃO AO ADOECER (cura na fase energética miasmática – a partir de 15 CH, aproximadamente). O TERCEIRO NÍVEL DE CURA promovendo o pleno desenvolvimento de suas potencialidades existenciais. Cura pessoal ou existencial (cura da pessoa, atingindo, no mínimo, o nível da consciência - de 200 CH a 1000 CH, aproximadamente). ´´ A confirmação deste ideal de cura exige uma observação ao longo de toda uma vida, pois implica numa transformação existencial que conduz o homem para a realização de suas potencialidades existenciais e o cumprimento dos altos fins da existência (§9 do Organon.) `` ´´ No estado de saúde do indivíduo reina, de modo absoluto, a força vital de tipo não material que anima o corpo material mantendo todas as suas partes em processo vital admiravelmente harmônico, nas suas sensações e funções, de maneira que nosso espírito racional (mente) que nele habita

48 possa servir-se livremente deste instrumento vivo e sadio para alcançar o mais elevado objetivo da existência. ``  ´´ Para obter o primeiro nível de cura a estratégia consiste em determinar quais são os sintomas característicos/modalidades/concomitâncias do quadro atual e as características individuais. ``´´ Para obter o segundo nível de cura a estratégia consiste em determinar os sintomas expressivos da atividade miasmática (principalmente as cronicidades e tendências adoecedoras) e selecionar os medicamentos de acordo com sua classificação miasmática, podendo mesmo desconsiderar os sintomas atuais da expressão da entidade clínica (gradação miasmática). `` ´´ Para obter o terceiro nível de cura a estratégia consiste em determinar os sintomas, geralmente mentais, que expressam uma peculiar maneira de sofrer e reagir ao sofrimento. Os medicamentos são selecionados a partir de uma compreensão do paciente e algumas vezes por uma meta-compreensão da matéria médica e do repertório. A compreensão profunda da pessoa implica em determinar o conteúdo de sua consciência, expressa nas TRÊS POTÊNCIAS DA ALMA - o Entendimento, a Vontade e a Memória. `` 31.0 OUTROS TRATAMENTOS NATURAIS 1.Acupuntura: trata-se pela aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo, de acordo com a cura desejada. 2.Ayurveda: trata-se de um tratamento com técnica indiana, onde as características psíquicas e físicas da pessoa são analisadas. Usa-se, no tratamento, alimentação, chás, massagens.

49 3.Geoterapia: usa-se a argila ou terra para o tratamento. 4.Cromoterapia: usa-se as cores para o tratamento. 5.Cristais: usados para a dispersão ou concentração das energias 6.Elixir e Pedras Preciosas: obtém-se remédios energéticos á partir da energia de pedras e da energia solar (flores liberam sua energia pela ação do sol = Florais de Bach) 32.0 O HOMEOPATA ZELOSO “O êxito de uma prescrição depende do critério com que se toma a Totalidade dos Sintomas”. “O médico/homeopata deve estudar os princípios da homeopatia até que compreenda o que existe na enfermidade que o guia para o medicamento curativo. Deve estudar a Matéria Médica até compreender o que é necessário para cumprir estes requisitos. Então deve estudar o Repertório até que saiba como usá-lo e possa encontrar o que quer, quando necessitar”. “Supondo que os sintomas tenham sido bem tomados, em princípio devemos considerar quais são os sintomas comuns; de maneira que fica fácil descobrir quais são os sintomas não-comuns, isto é, os raros, estranhos e peculiares. Os sintomas comuns são os patognomônicos (sinal característico de...) das enfermidades e da patologia, e como tais são comuns a vários medicamentos e se encontram nas grandes rubricas em nossos repertórios como, por exemplo: constipação, náuseas, irritabilidade, delírio, chorando, debilidade, tremor, calafrio, febre, transpiração. Quando estes sintomas comuns são postos em seu devido lugar, ver-se-ão em seguida os característicos, que são sempre os representativos do paciente como totalidade e de suas partes em

50 particular. Os sintomas comuns podem se tornar característicos quando suas circunstâncias são peculiares. Por exemplo, o tremor se torna um sintoma característico quando ocorre antes de tempestade, ou ao defecar, antes de menstruar etc. O médico que só percebe a patologia como base de sua prescrição, só leva em consideração o que é mais comum e não leva em conta a totalidade e viola os primeiros princípios da prescrição”. “Os sintomas que existem desde a infância e que estiveram sempre presentes, antes de qualquer patologia, são sintomas que correspondentes às causas, e estas continuam nos efeitos. Não são a causa, mas representam a causa. É importante conhecer estes sintomas em qualquer enfermidade crônica. Os sintomas que vem desde a infância até o presente, descrevem o progresso da enfermidade. Dão ao médico uma boa visão do caso, com suas prováveis consequências ou resultados. Os sintomas finais são os de menor hierarquia e não são a plena representação sintomática”. (observar se que é o oposto a Allen). “Os sintomas que representam o paciente como uma totalidade são os de maior valor, especialmente os que são expressados na própria linguagem do paciente: 1. Primeiro lugar os sintomas mentais: o poder de raciocinar, os afetos, os ódios e a memória. 2. Em seguida, os sintomas gerais físicos e suas circunstâncias como pior pelo frio e calor, tempo seco e úmido, movimento, repouso, horário etc. Deve-se ter em conta duas classes de agravações e melhorias: aquelas que correspondem a todo o ser e aquelas que correspondem a suas localizações. Assim o paciente pode melhorar pelo movimento, enquanto suas partes inflamadas podem piorar pelo movimento.


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