UDICULT, ANO 1, VOL. 1, NÚMERO 4, AGOSTO DE 2022

ANO 1/ VOL. 1/ NUMERO 4/ AGOSTO DE 2022 GASTRONOMIA O QUEIJO DO A MATULA DA A CACHAÇA E O IVENS TILLMAN VIVIANE LEMES CAFÉ DO CERRADO PÁGINA 4 PÁGINA 3 PÁGINA 6 MSAINBEOIRREOSS QUEIJOS, CACHAÇA, DOCES, CAFÉ, CHOCOLATE E ATÉ GRANOLA MOVEM NEGÓCIOS NO ESTADO E AGUÇAM O PALADAR

udicult.com.br udicult 2 @udicult +55 (034) 99969 9232 MINEIRAMENTE A produção típica de Minas, Já Ivens Tillman pegou no baú EXPEDIENTE materializada em queijos, cafés, antigas receitas familiares e doces em compota, geleias e começou a produzir queijos finos, UDICULT no formato revista cachaça, deu origem, na pandemia hoje é um dos principais digital é um produto semanal Covid-19, ao projeto Matula fornecedores do queijo Minas Mineira – Comidas de Viagens e mofo branco. da Editora Olympia. Outras Memórias da Flanar Esse vigor dos novos negócios Turismo de Viviane Lemes, de esteve presente, com apoio do Uberlândia. Serviço Brasileiro de Apoio às Edição: Carlos Franco e Como as viagens foram canceladas Micro e Pequenas Empresas Francisco Jr. e a empresária tinha contatos com (Sebrae) na Superinter, feira fazendas e produtores, Viviane promovida pela Associação Comercial: Vanilce Moreira Mineira de Supermercados (AMIS) Social Media: Kethelyn Luiza decidiu ela mesma criar uma em Uberlândia entre os dias 13 e Imagens: Pixabay, Flickr, Banco matula, um farnel com os sabores 14 de julho como você irá conferir de Imagens Mar Adentro e fotos mineiros. Fez sucesso. Virou nesta edição. negócio e, agora, bons roteiros de de divulgação. viagens. Boa leitura. EDITORA OLYMPIA Avenida Rondon Pacheco, 2300/SALA 65 Uberlândia/MG CEP 38408-404

ADAMVAITVUIALNAE 3 Viviane Lemes sempre teve um compromisso com as tradições culturais do Triângulo Mineiro e região e o desejo de sempre viajar, descobrir novas paisagens e sabores. Foi isso o que a levou a criar uma agência de turismo, a Flanar. Tudo ia bem, com roteiros novos e o compromisso de atender a demanda crescente dos 50 e 60+, a turma que encara a longevidade com imenso prazer, até que a pandemia colocou um freio na trajetória da empresa. Criativa, Viviane que já havia planejado passeios de fins de semana em fazendas produtoras de café, cachaça e queijos teve a brilhante ideia de criar um farnel, a Matula Mineira, com esses sabores tradicionais e vender pela internet, com entrega garantida pelos Correios. O projeto a manteve ativa e ajudou produtores a enfrentarem a fase mais aguda do isolamento social imposto pela pandemia. Agora que a vida, ainda que lentamente, volta a seguir o curso das viagens, a Matula deu frutos. Conquistou prêmio da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) como exemplo de superação e originou roteiros de dar água na boca: Rota dos Queijos Artesanais; Rota das Cervejas Artesanais; Grãos e Xícaras das Lavouras de Café às Cafeterias Criativas de Araguari; Estância do Guardião do Ecoturismo; Raios de Luz Ecoturismo; Tour Cervejeiro em Uberlândia e Distrito Rural do Amanhece; Pontal do Triângulo Mineiro – Ruralidade, Águas Ardentes e Correntes; e Raízes da Gastronomia no Triângulo Mineiro nas Terras de Dona Beja. Todos guiados, esses roteiros são direcionados a grupos de 15 a 20 pessoas, com tempo de permanência médio entre três a cinco dias e preços a partir de R$ 850 por pessoa, dependendo do hotel escolhido. O Matula Mineira segue materializado em caixas, as matulas, o farnel como um negócio de sucesso e de sabores mineiros.

4 O QUEIJO DO IVENS Artista de múltiplos talentos e presença constante nos palcos teatrais de Uberlândia, Ivens Tillman, na pandemia, revirando armários, acabou encontrando receitas de queijos europeus, austríacos de seus antepassados. Com tempo de sobra, decidiu arriscar e produzir queijos mineiros com mofo branco que tornaram célebres o Camembert e o Brie. O resultado foi além do esperado e Ivens Tillman ofereceu o queijos a amigos. Fez tanto sucesso que as encomendas cresceram tanto que ele teve que investir em geladeiras especiais e fechar acordo para a compra de leite puro para preparar os produtos com os quais abastece além dos amigos, restaurantes de alta gastronomia. Feliz com os resultados, este artista tornou-se um empresário de sucesso e o que era um passatempo na pandemia hoje é a sua principal fonte de receita. Para promover os queijos, ele tem realizado sessões de degustação em bares e restaurantes e atende com bom humor e elegância os compradores pelo whatsapp 34 999774373. O CHOCOLATE JAVA Aline Alves estudou Tecnologia da Informação onde conheceu o marido, André Chaves. A paixão de ambos por chocolate, o fato de serem alérgicos à lactose e ao glúten acabou dando origem à Java Chocolates, empresa que fundaram em Belo Horizonte e que ganhou o nome da programação de computadores que os uniu. Hoje, a Java é referência na produção de chocolates de qualidade para o público vegano e os alérgicos como eles. O cacau puro é supervisionado pela Java em cooperativas familiares de produção no Pará e outras de pequenos agricultores que começam a surgir no país e que se dedicam ao cultivo orgânico e ao comércio justo dos produtos. Outra inovação da Java foi o uso de leite de coco e de arroz em substituição ao leite de soja, que tem acentuado sabor. Os produtos ganham cada vez mais espaço no mercado e fazendo uso de tecnologia da informação sofisticou a venda pela internet no site da Java (https://www.javachocolates.com.br/).

5 O CAFÉ DOS PARRILLOS Carolina Pacheco Parrillo e A GRANOLA DO MARCELO André Parrillo herdaram uma fazenda na região de Patos de Em 2019, Marcelo Ribeiro Marques Minas e decidiram investir na descobriu que o segredo do seu produção de grãos especiais de sucesso não estava no açaí que café. Carolina conta que a ideia vendia em Patos de Minas, mas na inicial era vender a produção granola que o acompanhava. O para a Nestlé, dona de Nescafé que começou como pedidos de e que tem investido nos grãos clientes para levar a granola para selecionados para a linha casa, logo virou negócio. Nasceu Nespresso. As negociações, assim a Crush Granola que hoje lembra, ocorreram, mas o abastece as gôndolas de volume que os Parrillos tinham supermercados mineiros. a oferecer era pequeno para os O empresário que nunca tomou o padrões de uma empresa famoso refrigerante Crush (abaixo global, então eles decidiram a imagem com sabor de passado) face à qualidade dos grãos, que o nome é decorrência natural iniciarem o processo de da palavra em inglês “crush” que torrefação e moagem com o quer dizer esmagamento. No caso sobrenome como marca. do refrigerante a intenção era ser Nasceu assim o Café Dom crush, apaixonado e apaixonante. Parrillo, hoje uma referência Talvez até o antigo refrigerante no Triângulo Mineiro e Alto fosse uma combinação perfeita Paranaíba e que tem para o açaí e a granola fina e conquistado consumidores de suculenta da empresa do Marcelo todo o país por meio das em Patos de Minas. vendas e encomendas online, no site da empresa (www.domparrillo.com.br). Carolina tem prazer em preparar o café que serviu com alegria aos visitantes da Superinter em julho, no Castelli Master, em Uberlândia. Entre uma xícara e outra e o delicioso aroma, fizeram negócios e seguem investindo na qualidade dos grãos que os diferencia dos concorrentes. O fato de a fazenda ser própria facilita o plantio e a colheita de de um café realmente especial.

6 AS CACHAÇAS DO CERRADO A produção de cachaça no Triângulo Mineiro e Alto O coração é a parte mais nobre desse processo Paranaíba sempre foi artesanal e, na maioria dos enquanto a cabeça (etapa inicial) e a cauda (etapa casos, familiar. São os apaixonados por cachaças e final) acabam descartadas. seus processos, do plantio da cana-de-açúcar ao Como os negócios são familiares, o engenheiro Cássio envelhecimento o que encanta os integrantes da Azevedo (à direita na foto) deixou de lado a profissão e Associação dos Produtores de Cachaça de comanda com o pai, Wanderley, a produção de uma Alambique do Cerrado Mineiro. cachaça. a Wanderley Azevedo, de Ituiutaba, que O que diferencia esta produção artesanal, explica Walter conquistou 4 prêmios em 2020 e dois em 2019 em Vieira da Cunha (de chapéu), ao lado da sua mulher e Bruxelas, na Bélgica. sócia Vanessa Rodrigues Borges da Cunha (terceira da Já Gabriela Rezende (primeira à esquerda) tem orgulho esquerda para a direita) no Engenho Néctar do Cerrado, de mostrar a P.O. produzida por sua família em de Monte Alegre de Minas, é o extremo cuidado na Conquista assim como Graziele Rezende (ao seu lado), produção e armazenagem em barris de madeira que que é de Nova Ponte, onde sua família produz a também emprestam sabor e aroma à bebida. premiada cachaça Paixão Mineira Ouro, envelhecida em A Néctar do Cerrado, por exemplo, é envelhecida em barris de cerejeira. barris de Amburana, Castanheira, Bálsamo e Jequitibá. Já Giovanna de Lourenço Mendes da Silva (de camiseta Cada qual emprestando cor e aromas diferenciados preta) destaca que a cachaçaria de sua família, a Segredo enquanto a alma (o spirit) da cachaça é dada pelo Real, de Uberaba, criou a cachaça Peirópolis cujas endas cuidado na separação de cabeça, coração e cauda. contribuem para o Parque dos Dinossauros porque \"cachaça é vida e alegria\". São os frutos do cerrado.



EM BREVE, A EDIÇÃO Especial diA DOS PAIS.