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Correlação entre vitamina D e o câncer de mama Tamires Kelly dos Santos Lima Costa Erica Jorgiana dos Santos de Morais Paulo Sérgio da Paz Silva Filho Valdeni Anderson Rodrigues INTRODUÇÃO Ao passar dos anos e com o avanço dos estudos científicos nenhuma vitamina foi tão exaustivamente estudada na sua possível relação com a carcinogênese e no prognóstico de doentes com neoplasia quanto a vita- mina D (SILVA et al, 2017). Segundo Boneti e Fagundes (2013), a vitamina D não é considerada uma vitamina atualmente, e, sim, um hormônio esteroi- de que regula uma grande variedade de processos biológicos independen- tes, incluindo o metabolismo ósseo, a resposta imune inata, a proliferação e diferenciação celular. Estudos recentes, também apontam a deficiência em vitamina D como fator de risco para o câncer de mama (CM). Esta vitamina é um re- gulador transcripcional de vários genes envolvidos na regulação do ciclo celular, diferenciação, apoptose e angiogênese (BONETI; FAGUNDES, 2013). O tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil é o CM, ficando
Correlação entre vitamina D e o câncer de mama atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Mulheres com deficiência de 25(OH) D têm cinco vezes mais chance de desenvolverem o CM, e níveis muito baixos de 25(OH) D estão relacionados à progressão mais rápida de câncer metastático (OLIVEIRA et al, 2017). Portanto, considerando-se as alterações metabólicas ocasionadas pela a vitamina D, o presente estudo teve por objetivo analisar a correlação da vitamina D em mulheres diagnosticadas com câncer de mama. MATERIAL E MÉTODOS Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cuja finalidade foi reunir e sintetizar evidências disponíveis em artigos originais produzidos so- bre o tema pertinente relacionado a vitamina D com o do câncer de mama. Como pergunta norteadora definiu-se: Qual a correlação entre a vitamina D com o câncer de mama segundo as evidências cientificas? A busca de artigos foi realizada em periódicos de língua espanhola e portuguesa, cujas bases de dados foram: Literatura Latino-Americana e Figura 1- Fluxograma do processo de seleção das publicações, Teresina, Brasil, 2018. Fonte: Fluxograma elaborado pelos autores. 108
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva Quadro 1. Principais títulos de artigos entre os anos de 2013 a 2018, Teresina, Brasil, 2018. Publicação (AN) Títulos Base A1 LILACS SILVA; DE SOUSA Vitamina D e Melanoma TEIXEIRA, CORREIA, LILACS 2017 Vitamina D e câncer LILACS A2 Vitamina D e câncer de mama: uma revi- MEDLINE BONETI; FAGUNDES, 2013 são da literatura A3 Vitamin D OLIVEIRA et al, 2017 Supplementation and Breast Cancer A4 Prevention: A Systematic Review and Me- SPERATI et al, 2013 ta-Analysis of Randomized Clinical Trials A5 Blood levels of vitamin D and early stage MEDLINE ROSE et al, 2013 breast cancer prognosis A6 Vitamin D intake, blood 25(OH)D levels, MEDLINE KIM, Y.; JE, Y; 2014 and breast cancer risk or mortality: a MEDLINE A7 meta-analysis HUSS et al; 2014 Serum level sofvitamin D, parathyroid hormone and calcium in relation to sur- vival following breast cancer. Fonte: Lilacs, Medline. do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Os seguintes descritores, de acordo com os descritores em ciências da saúde (DECS), foram utilizados para a busca dos artigos: Mortalidade, câncer de mama e vitamina D. Consideraram-se como critérios de inclusão: ser um estudo primário, estar no recorte temporal de 2013 a 2018, dispo- nível na íntegra, gratuitamente, no idioma português, inglês e espanhol. Excluiu-se editoriais, resumos de dissertações e teses e artigos de fóruns. Ao todo foram recuperados 97 trabalhos de acordo com os descritores utili- 109
Correlação entre vitamina D e o câncer de mama Quadro 2. Principais artigos com resultados e conclusões, Teresina, Brasil, 2018. Publicação Resultados Conclusões (An) Não se deve recomendar aos A relação entre a vitamina D e o me- doentes com melanoma pro- lanoma torna-se mais controversa longar os períodos de expo- quando a obtenção de vitamina D sição não protegida para au- A1 através da exposição à radiação ul- mentar os níveis de vitamina travioleta pode estar associado ao D sob risco de aumentar a in- aumento do risco de melanoma. cidência de tumores da pele, incluindo novo melanoma. Em metanálise sobre a vitamina D e prevenção de câncer de mama, A suplementação, a exposi- foi encontrada redução de 45 % do ção solar, a ingestão adequa- risco de câncer em mulheres com da das doses recomendadas níveis séricos de 25(OH)D (calcidiol) e políticas de implementa- A2 em torno de 60nmol/L quando com- ção de vitamina D em alguns paradas com mulheres com níveis tipos de alimentos são me- mais baixos (31), indicando que a didas importantes relacio- vitamina D apresenta evidências de nadas com a prevenção de envolvimento na carcinogênese do alguns tipos de câncer. câncer de mama. O estado nutricional em vitamina D, Alguns pontos ainda não bem como a suplementação em pa- estão claros como o papel cientes com diagnóstico de CM, ou da vitamina D na inibição A3 em tratamento quimioterápico, tem da progressão da doença e o risco de morte e recidiva da doen- a quantidade de vitamina D ça diminuída. ingerida. Nem a dosagem de vitamina D nem o modo de administração afetaram O uso de vitamina D parece significativamente o risco de câncer não estar associado a um de mama. No entanto, a eficácia risco reduzido de desenvol- A4 do tratamento foi um pouco maior vimento de câncer de mama quando a vitamina D foi administra- em mulheres na pós-meno- da na dosagem mais alta e em com- pausa. binação com cálcio. 110
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva Publicação Resultados Conclusões (An) Estes resultados suportam uma as- Dada a natureza observacio- A5 sociação de baixos níveis de vitami- nal dos estudos incluídos, na D com aumento do risco de re- não se pode concluir que A6 corrência e morte em pacientes com esta associação é causal. câncer de mama em estágio inicial. O alto nível de vitamina D A7 Entre as pacientes os níveis sanguí- está fracamente associado neos elevados de 25 (OH) D estive- ao baixo risco de câncer de ram significativamente associados mama, mas fortemente as- a menor mortalidade por câncer de sociado a uma melhor sobre- mama. vida do câncer de mama. Os níveis de 25(OH) D e mortalidade por câncer de mama foram associa- Este estudo mostra que o dos de forma mais efetiva com entre 25(OH)D no pré-diagnóstico as pacientes no primeiro e tercei- e o cálcio podem afetar a ro estágio, em comparação com o sobrevida após o câncer de segundo. Uma relação inversa foi mama. encontrada quando associados aos níveis de cálcio, com a menor mor- talidade no terceiro estágio, em comparação com o primeiro. Fonte: Lilacs, Medline. zados. Após filtrá-los de acordo com os critérios de inclusão e leitura dos tí- tulos e resumos, observou-se que 7 artigos abordavam o tema de interesse, sendo considerados para análise. Alguns artigos apareceram em mais de uma base de dados, sendo contabilizados apenas uma vez. Como maneira de saturar os dados a partir do cruzamento avaliou-se o estudo por meio de um instrumento validado por experts Ursi (2014), como quesito para elaboração de um fluxo de seleção dos estudos. A seguir, apresenta-se o fluxograma da pesquisa e seleção dos artigos em cada base de dados. No processamento e análise dos dados para a seleção dos artigos foi observada algumas características dos estudos, através de um roteiro contendo identificação do artigo (ano, autores, delineamentos da pesquisa, principais resultados e conclusões). A síntese dos dados extraídos dos arti- gos foi apresentada de forma descritiva em tabelas e quadros, reunindo o conhecimento produzido sobre o assunto investigado. 111
Correlação entre vitamina D e o câncer de mama RESULTADOS E DISCUSSÃO Dos 7 (100%) estudos selecionados, foram encontrados 3 (43%) no LI- LACS, 4 (57%) na MEDLINE, sobre a originalidade das pesquisas estavam em idioma português e inglês. Identificou-se a escassez de estudos latinos sobre a temática. No Quadro 1 a seguir, revela os estudos e as bases de dados e os títulos das pesquisas. Desta maneira, elencaram-se os principais resultados e conclusões dos estudos publicados na literatura, conforme o Quadro 2: Baseando-se nos resultados e conclusões identificou-se que a vitamina D inibe o crescimento de células derivadas de tumor da mama e promove a apoptose em células de câncer de mama. Em um nível molecular, a vitamina DDNaAtivaapr(1im,2o5ra(OdoH,)i m2 Du)ntoemmomduolsatçrãaodoe agir de várias formas, como reparo de proteção contra antioxidantes, embora ainda não existam estudos aprofundados sobre o assunto (HUSS et al; 2014) No entanto, Speratiet et al (2013) sugere que quando comparados es- ses resultando associando cálcio e/ou placebo a mulheres saudáveis toman- do vitamina D (vit D) como agente único ou como parte de um tratamento combinado não apresentaram risco reduzido de desenvolvimento de câncer de mama. Na análise de sensibilidade, a dosagem de vit D e o modo como é ad- ministrado não afetou o resultado de interesse numa extensão significativa, embora a eficácia do tratamento tenha parecido um pouco melhor quando a vit D foi administrada na dosagem mais elevadas e em combinação com cálcio. Sendo assim, foram apresentados vários fatores que podem influen- ciar a atividade da vitamina D o que merece investigação adicional para que se possa compreender melhor a influência desta vitamina no desenvolvimen- to e prognóstico do câncer de mama. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar das evidências de que o estado nutricional adequado em vi- tamina D, bem como sua suplementação pode auxiliar em um melhor prog- nóstico do câncer de mama, os estudos ainda são controversos. Com base na revisão dos estudos, a vitamina D está possivelmente associada a maior sobrevida global de pacientes de câncer de mama e diminuição da chance de recidiva da doença. No entanto, há evidências de que a Vitamina D pode modificar o microambiente tumoral do câncer de mama e ter papel na defini- ção das características patológicas do tumor. A deficiência de Vitamina D tem sido implicada como fator de risco no desenvolvimento do câncer de mama. 112
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva REFERÊNCIAS BONETI, R. S, FAGUNDES, R. Vitamina D e câncer. Revista da AMRIGS, v. 57, n. 1, p. 71-77, 2013. HUSS, L et al. Serum levels of vitamin D, parathyroid hormone and calcium in relation to survival following breast cancer. Cancer Causes & Control, v. 25, n. 9, p. 1131-1140, 2014. KIM, Y.; JE, Y. Vitamin D intake, blood 25 (OH) D levels, and breast cancer risk or mortality: a meta-analysis. British journal of cancer, v. 110, n. 11, p. 2772, 2014. OLIVEIRA, C. F. de et al. VITAMINA D E CÂNCER DE MAMA: UMA REVISÃO DA LITERATURA. Revista Presença, [S.l.], v. 2, p. 59-68, 2017. ISSN 2447- 1534. ROSE, A. A et al. Blood levels of vitamin D and early stage breast cancer prognosis: a systematic review and meta-analysis. Breast cancer research and treatment, v. 141, n. 3, p. 331-339, 2013. SILVA, J. M., SOUSA TEIXEIRA, C., CORREIA, M. Vitamina D e Melanoma. Re- vista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, v. 75, n. 1, p. 37-41, 2017. SPERATI, F et al. Vitamin D supplementation and breast cancer prevention: a systematic review and meta-analysis of randomized clinical trials. PloS one, v. 8, n. 7, p. e69269, 2013. 113
AUTORES Tamires Kelly dos Santos Lima Costa Graduanda de Enfermagem pelo Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí; Email: [email protected] Erica Jorgiana dos Santos de Morais Graduanda de Enfermagem pelo Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí; Email: [email protected] Paulo Sérgio da Paz Silva Filho Biomédico pela Faculdade Mauricio de Nassau; Email: [email protected] Valdeni Anderson Rodrigues Graduando de Enfermagem pelo Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí; Email: [email protected]
Análise da composição nutricional de dietas destoxificação divulgadas por revistas não científicas Letícia Cristinne Costa da Silva - UNIFSA Klelma Teixeira da Cunha - UNIFSA Luiza Marly Freitas de Carvalho - UNIFSA INTRODUÇÃO A obesidade é um problema de saúde pública mundial, sendo prevalen- te tanto nos países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Indivíduos com sobrepeso ou obesidade necessitam aderir aos tratamentos convencionais para a perda ponderal, na qual a motivação e a força de vontade são impres- cindíveis para o alcance de um bom resultado (FARIAS; FORTES; FAZZIO, 2014). Na tentativa de redução de peso e controle da obesidade tem surgido, nos últimos anos, uma vasta oferta de dietas que prometem perda de peso rápida. O termo dieta corresponde à alimentação seguida por um indivíduo ou grupo de indivíduos. As dietas da moda podem ser definidas como padrões
VERSÃO TESTEAnálise da composição nutricional de dietas destoxificação divulgadas por revistas ... de comportamento alimentar não usuais adotados entusiasticamente por seus seguidores (BETONI, ZANARDO, CENI, 2010). Os mais diversos veículos de comunicação contribuem para a constru- ção de um modelo estético: o cinema, a publicidade, as mídias impressas, as eletrônicas e as televisivas. Na imprensa escrita, revistas de moda e beleza expõem semanalmente matérias de capa abordando temas como: “dieta já”; “mantenha-se magro comendo de tudo”; “conquiste o corpo das modelos e estrelas de televisão” etc. Dessa forma, o público-alvo vê-se constantemente pressionado a se adequar aos padrões estereotipados de beleza e a imprensa conquista leitores ávidos pelo tema (LIMA et.al.; 2010). Nesse contexto, é comum a utilização de dietas altamente restritivas e a prática de exercícios físicos extenuantes, embora muitas destas dietas para emagrecimento sejam eficazes na redução ponderal em curto prazo, a avalia- ção qualitativa delas não é conhecida (SILVA; KIRSTEN, 2014). O valor nutricional das dietas depende do tipo e quantidade de nutrien- tes presentes nos alimentos, levando em consideração a digestibilidade e a utilização dos componentes nutricionais, conhecida como biodisponibilidade (LIMA et.al.; 2010). As dietas de destoxificação são intervenções de curto pra- zo, concebido para eliminar as toxinas do corpo, promover saúde e ajudar na perda de peso. As dietas variam de jejuns totais, para jejuns de suco e muitas vezes envolvem o uso de laxantes, diuréticos, vitaminas e minerais. (ALLEN, 2011). A disponibilidade de dietas da moda citadas nas revistas não científi- cas visando o emagrecimento rápido é cada vez maior e a adesão a estas é grande a princípio. No entanto estas dietas tornam-se falíveis, pois não levam em consideração o cotidiano das pessoas e tampouco seus hábitos alimenta- res (PACHECO; OLIVEIRA; STRACIERI, 2009). Apesar de muitas dessas promover perda ponderal em um curto prazo, a avaliação da qualidade nutricional ainda é escassa na literatura científica (PERINAZZO; ALMEIDA, 2010). Diante do ex- posto o objetivo foi avaliar a composição nutricional de dietas de Detoxificação divulgadas em revistas não científicas utilizando as Dietary Reference Intakes (DRIs) como referência na identificação das recomendações nutricionais para a população adulta. METODOLOGIA Trata-se de um estudo de natureza documental e descritivo. A amos- tra foi composta por revistas de capa comum, comercializadas em bancas de revista tradicionais onde o conteúdo abordado foram dietas para perda de 118
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva peso, publicadas no período de maio a junho de 2017. Foram incluídos na pesquisa as revistas que publicaram conteúdos sobre dietas com o objetivo de eliminação de toxinas e perda de peso voltadas para o público adulto. Foram excluídas as revistas que não apresentarem no seu artigo sobre dieta a quantidade de algum alimento por porção a ser consumida. Os dados foram obtidos a partir de análise de artigos sobre dietas pu- blicados em revistas não científicas. A pesquisa das revistas foi feita sema- nalmente, a cada sexta-feira, onde será avaliado o conteúdo discriminado na capa. Somente as revistas que apresentarem o conteúdo dieta Detox e termos relacionados foram adquiridas para as respectivas análises utilizan- do tabelas de composição nutricional de alimentos. Calculando os valores de energia, carboidratos, proteínas, lipídios, fibras, de todas as dietas en- contradas. Os dados encontrados foram comparados com os valores de re- comendação conforme a Dietary Reference Intakes (2005). Conforme Lima et al. (2006) e o Consenso Latino Americano de Obesidade (1998), dietas com valor calórico menor que 1200 kcal, não suprem as necessida- des mínimas. Portanto, para fins de discussão, nesta pesquisa, serão considera- dos os valores calóricos inferiores a 1200 kcal/dia e valores iguais ou superiores a 1200 kcal/dia. A avaliação de teor de carboidratos, lipídeos, proteínas e fibras foi realiza- do de acordo com os valores propostos pelas Dietary Reference Intakes (2005), considerando a faixa etária de 19 a 50 anos para ambos os sexos. Para os car- boidratos das dietas, foram considerados valores percentuais menores que 45% como insuficientes, de 45% a 65% adequados e maiores que 65% excessivos. Os lipídios foram considerados inferiores aos recomendados quando os valores se apresentaram menor que 20%, adequados quando estiverem entre 20% e 35% e excessivos quando estiverem superiores a 35%. Com relação as pro- teínas, consideradas dietas hipoproteicas aquelas com valores menores que 10%, normoproteica as com valores entre 10% e 35% e, aquelas que apresentarem valores acima de 35%, hiperproteica. Relativamente as fibras, foram considerados dietas com baixo teor de fi- bras valores menores que 25gramas, valores entre 25 a 30 gramas dieta com teor de fibras adequado e, aquelas com valores acima de 30 gramas dietas com alto teor de fibras. O referido estudo assegura os aspectos éticos, garantindo a autoria dos artigos pesquisados, sendo os autores citados tanto no corpo do texto como nas respectivas referencias deste trabalho, obedecendo às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Os nomes das revis- tas analisadas, bem como das editoras, estão codificados e omitidos nesta pesquisa. 119
Análise da composição nutricional de dietas destoxificação divulgadas por revistas ... RESULTADOS E DISCUSSÃO O valor calórico médio das dietas prescritas (tabela 01) foi de 1.197. Dentre as dietas, 6 encontraram-se com valores calóricos abaixo de 1200 Kcal/dia e 4, com valores iguais ou superiores a 1200 kcal/dia. Pacheco; Oliveira; Stracieri, 2009 analisando a elaboração de cardápios de baixo Tabela 1. Informações descritas das dietas publicadas em revista não científica, 2017. Variáveis N Mínimo (g) Máximo (g) Médias CALORIAS CARBOIDRATO 10 893.62 1986.23 1.197 PROTEÍNA 10 75.91 217.72 123.7 LIPÍDIO FIBRA 10 37.77 131.62 98.10 10 33.56 72.56 56.81 10 15.71 38.12 23.80 Fonte: Dados da pesquisa, 2017. Tabela 2. Informações descritas das dietas publicadas em revista não científica, 2017. Variáveis Médias Recomendado CARBOIDRATO 38.45% 30.38 % <45% insuficiente PROTEÍNA 31.92 % 45% a 65% adequado LIPÍDIO 23.80 g >65% excessivo FIBRA < 10% % insuficiente 10% e 35% adequado 35% excessivo <20% insuficiente 20% e 35% adequado >35% excessivo < 25 insuficiente 25% a 30% adequado >30% elevado Fonte: Dados da pesquisa, 2017. 120
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva valor calórico, defende que dietas com valor calórico inferior a 1200 kcal são insuficientes para atender as necessidades mínimas, principalmente de alguns micronutrientes. Quanto à distribuição de carboidratos, constatou-se que a maioria (80%) das dietas apresentaram-se hipoglicídicas, sendo que as demais (20%) se encontraram normoglicídicas. Em relação ao conteúdo protei- co, (40%) de dietas são hiperproteicas e (60%) de dietas normoproteicas. Quanto aos lipídios, observou-se que (40%) das dietas encontraram-se hiperlipídicas e 60% apresentaram-se normoglicídicas. Em relação às fi- bras alimentares, os resultados demonstraram adequação em apenas três dietas (30%) e 60% inferior e somente 10% superior. No estudo realizado por Lima et al.; (2010), foi observado que além do baixo valor energético ofertado nas dietas para perda de peso preconizadas pelas revistas não científicas, havia um desequilíbrio nos percentuais dos macronutrientes. Pode-se apontar uma oferta exces- siva de proteína, adequada em lipídios e insuficiente em carboidratos, evidenciando o desequilíbrio na alimentação. O estudo de Pacheco; Oliveira; Stracieri, (2009), observou que 46,70% das dietas apresentavam valores calóricos inferiores a 1200 Kcal/dia e 53,30%, iguais ou superiores. Quanto às proteínas, 93% eram hiperprotéicas e para os carboidratos, 53% adequadas. Na análise dos lipídeos, 50% apresentavam-se hipolipídica. Para as fibras, 97% das die- tas estavam inadequadas. Conforme Perinazzo e Almeida, (2010), no seu estudo a composi- ção de macronutriente em mais da metade das dietas avaliadas, apre- sentaram menos do que 50% do VCT de carboidratos. Além disto, 71 (82,6%) das dietas apresentaram mais de 20% do VCT proveniente de proteínas, caracterizando dietas com elevado aporte protéico e leve re- dução de carboidratos. De acordo com Pacheco; Oliveira; Stracieri, (2009), O valor ca- lórico médio das dietas prescritas foi de 1.328,93 kcal±710,17 kcal. Dentre as dietas, 14 encontraram-se com valores calóricos abaixo de 1200 Kcal/dia e 16, com valores iguais ou superiores a 1200 kcal/dia analisando a elaboração de cardápios de baixo valor calórico, defende que dietas com valor calórico inferior a 1200 kcal são insuficientes para atender as necessidades mínimas, principalmente de alguns mi- cronutrientes. Observando que as revistas sugeriam algumas frequên- cias para obtenção de perda de peso. Entretanto nota-se que curtos períodos são insuficientes para uma perda de peso saudável, podendo gerar riscos à saúde humana. 121
Análise da composição nutricional de dietas destoxificação divulgadas por revistas ... No estudo de Silva e Kirsten, (2014), na análise dos cardápios cons- tatou-se na distribuição de carboidratos que a maioria das dietas, 91,7% apresentaram-se hipoglicídicas, sendo que as demais se encontraram normoglicídicas. Em relação ao conteúdo proteico 91,7% das dietas são hiperproteicas. Quanto aos lipídios, observou-se que 91,7% das dietas encontraram-se hiperlipídicas e 41,7% apresentaram-se hipoglicídicas. Segundo Souza; Andrade; Ramalho, (2015), das 151 dietas anali- sadas 80,8% foram planejadas por nutricionistas; 64,0% informavam um valor energético de menor ou igual a 1.200 calorias. Ao analisar o tempo necessário para a perda de peso informado pela revista, 98,7% afirma- vam perda de 3kg em sete ou menos dias. Do total de dietas analisadas, encontrou-se insuficiência nos valores de carboidrato e lipídeo, cerca de 53,6 % e 45,7% respectivamente. Ao contrário, os valores excessivos de proteína nas dietas ultrapassaram 78%. Em relação a fibra a frequência relativa de insuficiência foi de 84,8%. Conforme Willhelm, Oliveira e Coutinho, 2014, o valor caló- rico médio das dietas prescritas nas revistas analisadas foram de 1323,53Kcal±308,8Kcal. Entre as dietas, 38,00% encontravam-se com valores calóricos abaixo de 1200Kcal/dia e 62,00% com valores iguais ou superiores a 1200kcal/dia. Considerando a composição de macro- nutrientes dos cardápios, as dietas foram classificadas na sua maioria como hipoglicídicas (59,84%), hiperproteicas (95,70%) e hipolipídi- cas (60,58%), além de possuírem quantidades de fibras inadequadas (69,30%). No estudo de Carvalho e Faicari, 2014, o percentual de carboidrato dos cardápios, apresentaram 68,7% abaixo do recomendado pela WHO. As proteínas demonstraram valores acima do recomendado pela WHO (2006), que é de 10-15% do VET, ou seja, 100% dos cardápios das dietas são hiperproteicas. Considerando o teor de lipídeo, cerca de 18,7% dos cardápios obtiveram valores abaixo do recomendado, 56,2% adequado com a recomendação e 25% com valores acima da recomendação. De acordo com Lima et.al.; (2010), o elevado consumo de proteí- na evidenciado principalmente com a ingestão de carnes, constitui um fato preocupante, pela possível presença de ácidos graxos saturados, que se associam ao aumento do colesterol total, lipoproteína de baixa densidade (LDL-c) e elevação da circulação dos ácidos graxos livres. A excessiva ingestão desses alimentos é sabidamente maléfica à saúde, fa- vorecendo a ocorrência de obesidade, doenças cardiovasculares, câncer 122
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva de mama e do endométrio. Também é importante ressalta que o alto consumo de proteína, em conjunto com uma baixa quantidade de car- boidratos ou de energia, pode levar ao uso indevido de proteína. Neste caso, a proteína pode ser desviada de sua função principal para gerar energia e prejudicar o crescimento e desenvolvimento dos indivíduos, já que o carboidrato constitui a fonte primária de energia do organismo. No estudo de Farias, Fortes e Fazzio, 2014, a média do valor ener- gético dos cardápios das dietas avaliadas foi de 4945kJ/dia (1182kcal/ dia). A metade das dietas calculadas eram hipoglicídicas e apenas três foram adequadas nesse princípio nutritivo. Em relação às fibras alimen- tares, os resultados demonstraram adequação em apenas duas dietas. Pacheco; Oliveira; Stracieri, (2009), verificaram que perda de peso por dietas muito restritivas são inadequadas do ponto de vista científico, por promoverem menor perda de tecido adiposo e maior perda de águas e eletrólitos. A intervenção que considera perda de peso em curto período de tempo é considerada inadequada e insuficiente, pois pode não atingir o sucesso na manutenção do peso. Somente a perda de peso lenta e gradual, baseada em reeducação alimentar, pode reduzir a gordura corporal e míni- ma perda de massa magra, levando ao sucesso do tratamento. No presente estudo apenas 4 revistas (40%), tiveram suas dietas ela- boradas por nutricionistas, as demais por outros profissionais, fato preocu- pante, pois o nutricionista é o único profissional capacitado para função. Segundo Lima et al.; (2015), a maioria das dietas do seu estudo fo- ram orientadas por nutricionista, porém, aproximadamente um quarto fo- ram orientadas por profissionais de saúde de outras categorias e boa parte estavam implícitas. Neste caso, identificou-se a revista possuía consultores da área de saúde, inclusive o nutricionista. Estas informações chamam a atenção e desperta preocupação, ao se considerar que o nutricionista é o profissional habilitado para realizar prescrição e orientação nutricional de- vendo ser referência para os demais e para a população no que diz respeito à alimentação. De acordo com o código de ética é dever do nutricionista manter sua identidade profissional, não assinando ou assumindo responsabilidade por trabalhos realizados por outros profissionais e nem permitindo que estes assinem trabalho por si executado. Portanto a população deve ser alertada sobre os riscos de seguir práticas alimentares sem orientação de um profis- sional estrategicamente qualificada. 123
Análise da composição nutricional de dietas destoxificação divulgadas por revistas ... CONSIDERAÇÕES FINAIS Os achados da presente investigação demonstram que as dietas veiculadas em revistas não científicas, com promessas de emagrecimento rápido, apresentaram inadequações quebrando a harmonia entre os com- ponentes da dieta. Observa-se também que estas dietas não levam em consideração as necessidades nutricionais individuais e por isto podem re- presentar risco às pessoas que se dispõem a segui-las, especialmente em grupos nutricionalmente vulneráveis, como gestantes, nutrizes, crianças e adolescentes. É importante salientar que ações de educação alimentar e nutricional devem ser realizadas com a população geral, no sentido de es- clarecer sobre os riscos associados à prática de dietas sem a devida assis- tência de um profissional nutricionista. REFERÊNCIAS ALLEN, J.; MONTALTO, M.; LOVEJOY, J.; et al., Detoxification Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica - ABE- SO. Consenso Latino Americano em Obesidade. ABESO. 2011 disponí- vel em http://www.abeso.org.br/ pdf/consenso.pdf. Acesso em 18 jun. 2017. BETONIL, F.; ZANARDO, V. P. S.; CENI, G. C. Avaliação de utilização de dietas da moda por pacientes de um ambulatório de especialidades em nutrição e suas implicações no metabolismo. Com. Scientia e Saúde, São Paulo, v.9, n.3, p.430-440, 2010. Disponível em:<http://bases.bire- me.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=goo- gle&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=586207&in- dexSearch=ID.>. Acesso em: 19 jun. 2017. CARVALHO, T. B. P.; FAICARI, L. M. Análise nutricional das dietas de ema- grecimento veiculadas por revistas de circulação nacional. Revista Bra- sileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo. v.8. n.43. p.4-15. jan/fev. 2014. Disponível em:< http://www.rbone.com.br/index. php/rbone/article/view/309/304>. Acesso em: 19 jun. 2017. FARIAS, S. J. S.; FORTES, R. C.; FAZZIO, D. M. G. Análise da composição nutricional de dietas da moda divulgadas por revistas não científicas. 124
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva Nutrire, São Paulo, v.39, n.2, p.196-202. ago. 2014. Disponível em:<ht- tp://sban.cloudpainel.com.br/files/revistas_publicacoes/424.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2017. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes (DRIs): Recommended dietary allowances and adequate intakes, total water and macronutri- ents. Washington: NationalAcademy Press; 2011. LIMA, A. V. S. et al. Teor calórico e de macronutrientes de dietas veicu- ladas em revistas femininas não científicas impressas. Rev. Interd. v. 8, n. 4, p. 136-143, out. nov. dez. 2015. Disponível em: <http://www. revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/ view/359>. Acesso em: 19 jun. 2017. LIMA, K. V. G. et. al. Valor nutricional de dietas veiculadas em revis- tas não científicas. RBPS, Fortaleza, v. 23, n. 4, p. 349-357, out./dez. 2010. Disponível em: http://www.periodicos.unifor.br/RBPS/article/ view/2037>. Acesso em: 19 jun. 2017. PACHECO, C. Q.; OLIVEIRA, M. A. M.; STRACIERI, A. P. M. Análise nutri- cional de dietas publicadas em revistas não científicas destinadas ao público feminino. Rev. NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 3, n. 4, p. 346-361, fev./jul. 2009. Disponível em:<https://www.unilestemg.br/nutrirgerais/ downloads/artigos/4_edicao/Artigo_ANALISE_NUTRICIONAL_DE_DIE- TAS.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2017. PERINAZZO, C.; ALMEIDA, J. C. Composição nutricional de dietas para emagrecimento divulgadas em revistas não científicas. Rev. HCPA, Porto Alegre, v.30, n.3, p.233-240, 2010. Disponível em:< http://seer.ufrgs.br/ index.php/hcpa/article/view/15486/9827>. Acesso em: 19 jun. 2017. SILVA. C. S. M.; KIRSTEN. V. R. Avaliação da adequação de dietas publica- das por revistas não científicas. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 15, n. 1, p. 101-112, 2014. Disponível em:<http:// sites.unifra.br/Portals/36/CSAUDE/2014/11%20AVALIA%E2%82%A- C%C3%87O%20DA%20ADEQUA%E2%82%AC%C3%87O%20DE%20DIE- TAS%20PUBLICADAS.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2017. SOUZA; M. G.; ANDRADE, I. E. L.; RAMALHO, A. A. Adequação nutricio- nal de dietas para perda de peso em revistas não científicas brasileiras. Rev. Demetra; v. 10, n. 4, p.947-961, 2015. Disponível em: 125
Análise da composição nutricional de dietas destoxificação divulgadas por revistas ... <http://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/ view/16229/14515#.WUg8AmjyvIU>. Acesso em: 19 jun. 2017. WILLHELM, F. F.; OLIVEIRA, R. B.; COUTINHO, V. F. Composição nutricio- nal de dietas para emagrecimento publicadas em revistas não científicas: comparação com as recomendações dietéticas atuais de macronutrientes. Nutrire, São Paulo. v.39, n. 2, p. 179-186. ago. 2014. Disponível em:<ht- tp://sban.cloudpainel.com.br/files/revistas_publicacoes/422.pdf.>. Aces- so em: 19 jun. 2017. AUTORES Letícia Cristinne Costa da Silva - UNIFSA Acadêmica do 7° período do curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA; Voluntária do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC da UNIFSA. Email: [email protected] Klelma Teixeira da Cunha - UNIFSA Acadêmica do 7° período do curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA; Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC da UNIFSA. Email: [email protected] Luiza Marly Freitas de Carvalho - UNIFSA Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição- PPGAN/UFPI e Mestre em Alimentos e Nutrição-UFPI. Docente do Centro Universitário Santo Agostinho UNIFSA. Orientadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC da UNIFSA. Email: [email protected] 126
A avaliação antropométrica para a prevenção do sobrepeso não é realizada nas escolas públicas Thayna Larissa Soares de Oliveira Joanna Hariel de Almeida Carvalho Mesaque Silva Correia INTRODUÇÃO Dentro de uma esfera social, segundo Filho e Rissin (2003), a popula- ção brasileira deixa de sofrer com a desnutrição infantil, no entanto, sofre com um concomitante aumento da incidência de sobrepeso (SP). Na fase adulta, e em adolescentes de 15 a 17 anos, essa probabilidade aumenta para 17,5 vezes. O sistema único de saúde (SUS), que abrange no Brasil 75% das internações, teve um gasto de US$ 36.007.918,00 no ano de 2001 relacionado ao SP, representando entre 3,2 e 5,85% dos gastos totais do SUS (SICHIERI et al., 2007). Contudo, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) não mencionam a importância nem mesmo a necessidade da utiliza- ção da AA nas escolas, mostrando-se omisso no que diz respeito a atitudes favoráveis à promoção de saúde por meio da avaliação e conhecimento do estado de saúde de seus alunos. Deve-se considerar a importância de diag-
A avaliação antropométrica para a prevenção do sobrepeso não é realizada nas escolas ... nosticar e não apenas abordar estes conteúdos em sala de aula, trazendo a AA para as escolas. Pois, sob a perspectiva de Farias e Salvador (2005), a realização desse tipo de avaliação em crianças pode contribuir para dimi- nuir esse elevado índice de crianças sobrepesadas nas escolas, além, de diminuir os gastos públicos com a saúde no tratamento de sobrepeso e doenças associadas. Neste sentido, o objetivo desse estudo é investigar se AA estão sendo realizadas nas escolas pelo professor de educação física e verificar como esse professor tem trabalhado com os resultados destas avaliações. MATERIAL E MÉTODOS Quanto à utilização das AA na escola, foram avaliados 35 professo- res de Educação Física, sendo 17 (13H e 4M) de escolas públicas e 18 (14H e 4M) de escolas particulares, sendo que todos assinaram um termo de consentimento. A avaliação se deu por meio de um questionário contendo 17 perguntas objetivas que visavam analisar os seguintes aspectos: sexo e idade dos professores, tempo de conclusão do curso superior, realização intra ou extracurricular da disciplina medida e avaliação física, bem como a realização de uma auto-avaliação em uma escala de 0 a 10 e avaliação so- bre o nível de conhecimento e domínio do conteúdo de técnicas de medida e avaliação física. Além disso, o questionário também tinha a intenção de obter informações sobre quais os tipos de avaliações físicas eram realiza- das, os equipamentos oferecidos pela escola e a contribuição da equipe pedagógica da escola (EPE) para a realização da AA pelo professor de edu- cação física. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados mostraram que apesar de 71,4% e 31,4% dos profes- sores investigados terem cursado a disciplina de medidas e avaliação física na graduação e tiveram feito algum curso extracurricular sobre medidas e avaliação, apenas 42,9% dos professores realizavam AA em seus alunos na escola. Esses dados mostram que a não realização das AA não se deveu a falta de instrumentalização durante o curso superior. Em relação à auto-avaliação, 74,3 % dos professores avaliados se au- to-avaliaram com conhecimento moderado (nota média 6,4 em escala de 0 a 10) em relação ao domínio do conteúdo de medidas e avaliação física, o 130
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva Figura 1. Tipos de avaliações antropométricas que os professores utilizam em suas aulas Est= estatura; MC= Massa Corpórea; PCQ= Perímetro Cintura Quadril; RCQ= Razão Cintura Quadril; IMC= Índice de massa corpórea; CC= Composição Corporal; PA= Pressão Arterial que nos permite dizer que as AA podem não estar sendo realizadas devido ao despreparo destes professores. De todas as escolas avaliadas, 68,6% possuíam alguns equipamentos para realização de avaliação antropométrica. Dentre os equipamentos dispo- nibilizados pela escola, 65,7% era balança, 54,3% fita métrica, 14,3% compas- so de dobras, 2,9% esfigmomanômetro e 8,6% estetoscópio. A partir dos dados obtidos observamos que 31,4% das escolas não possuíam nenhum destes equipamentos para que houvesse este tipo de avaliação. Alguns professores relataram que apesar da escola fornecer os equipamentos necessários para a realização das AA, não os utilizavam, por Figura 2. Gráfico com valor relativo dos equipamentos que as escolas dispunham FM= Fita métrica; CD= Compasso de dobras cutâneas; EFG= Esfigmomanômetro; ESTET= Estetoscópio. 131
A avaliação antropométrica para a prevenção do sobrepeso não é realizada nas escolas ... motivos burocráticos ou por não saberem da existência dos mesmos. Ape- nas 11,4% dos professores entrevistados relataram receber algum apoio da equipe pedagógica da escola para a realização da AA. Aproximadamente 43% dos professores não responderam a essa pergunta. Acreditamos que sem o apoio da equipe pedagógica, as estratégias para diagnóstico e redu- ção de sobrepeso na escola podem ser dificultadas. As AA em crianças nas escolas é importante por ser uma ferramen- ta efetiva no diagnóstico do estado nutricional dos alunos e poderá por meio dos resultados interferir de maneira efetiva na prevenção do SP tanto em suas aulas como em atividades promovidas pela escola. As AA podem contribuir primeiramente para o direcionamento das aulas do professor de Educação Física tanto no sentido educativo, informativo quanto na progra- mação de atividades recreativas, jogos, esportes, dentre outras atividades Tabela 1. Valores relativos da utilização dos resultados das AA pelos professores. Escolas Públicas Particulares Total Utilizavam os dados da AA para pesquisa 5,9% Utilizavam os dados da AA para funda- 35,3% 5,6% 5,7% mentar suas aulas Repassava os resultados para os pais e 33,3% 34,3% alunos Quantos PEFE realizam interferências em 29,4% 27,8% 28,6% suas aulas a partir dos resultados 47,1% 38,6% 42,9% que estimulem os alunos à prática de atividade física dentro ou fora da escola. Para Beck (et al., 2007), de acordo com o PCN, o professor de Edu- cação Física é um profissional de saúde responsável por orientar, ensinar e aconselhar seus alunos para tomarem atitudes favoráveis a sua saúde. Ficou claro na pesquisa que nenhuma das escolas havia uma participação direta da EPE, deixando então a critério do professor esta atuação. Acredita-se que em consequência dessa falta de participação efetiva da EPE da escola para a realização de AA pelo professor, ob- servou-se um restrito programa de prevenção do SP promovido pelas escolas, tendo sido observado apenas em 29,4% das escolas públicas e 27,8% das escolas particulares. Com relação a campanhas sobre a prevenção do SP nas escolas, 5,7% (2 professores) delas alegou isto ser feito por meio de cartazes, 2,9% (1 132
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva Tabela 2. Valores relativos sobre se há realização de trabalhos de prevenção do sobrepeso na escola. Escolas Públicas Particula- Total res Existe algum trabalho de prevenção do SP 28,6% Aulas explicativas 29,4% 27,8% 22,9% Palestras sobre SP 35,5% 11,1% 8,6% Campanhas sobre SP 5,9% 11,1% 2,9% Cartazes sobre SP 5,9% 11,1% 11,1% 5,7% 0% professor) por meio de campanhas educativas e 8,6% (3 professores) por meio de palestras sendo que 82,8% não relataram se as escolas promoviam campanhas com este objetivo. A participação da equipe pedagógica da escola no sentido de estimu- lar a realização das AA foi de 23,5 e 22,2% nas escolas públicas e particula- res respectivamente, ressaltando que 42,9% dos professores não respon- deram esta questão. Quando não há uma atuação efetiva do professor de EFE para a saú- de das crianças, os alunos possuem menores possibilidades de conhecer os efeitos deletérios do sedentarismo e da alimentação inadequada, deixando assim de prevenir a instalação do estado de SP (RECH et al., 2010). Dos 15 (42,9%) professores que realizavam essas AA, apenas 10 (28,6%) retorna- ram aos pais e alunos os resultados destas avaliações. Supondo que cada um destes 10 professores que retornam os resultados das AA aos pais e alunos, lecione uma aula por semana e que cada turma tenha 45 alunos, seriam então no mínimo 450 alunos que poderiam ter o conteúdo sobre seus resultados das AA trabalhados no intuito de promover a saúde indivi- dual e coletiva. Se considerarmos que 20 (57,1%) dos professores avaliados não rea- lizavam estas AA e 5 (14,3%) dos professores que realizavam AA não retor- navam os resultados aos pais e alunos, estão de forma direta deixando de informar no mínimo 1125 alunos e de forma indireta seus familiares sobre as condições de saúde obtida na avaliação. Neste caso estes professores deixaram de conscientizar estas crianças e seus pais sobre o estado de saú- de, bem como de permitir que estes tivessem atitudes favoráveis para a prevenção do SP em nossa sociedade que se encontra em torno de 18,5% e 15% nesta faixa etária respectivamente (ARRUDA e LOPES, 2007). 133
A avaliação antropométrica para a prevenção do sobrepeso não é realizada nas escolas ... O acompanhamento regular do crescimento e desenvolvimento da criança é feito regularmente antes dos 7 anos de idade, pelo médico, de forma mensal até a criança completar 1 ano, e esse acompanhamento vai diminuindo com o passar da idade. Após os 7 anos de idade não há um acompanhamento regular e a procura pelo médico geralmente é feita quando as crianças apresentam algum sintoma de adoecimento (CIAMPO et al., 2006). Considerando que as AA periódica da criança pelo médico vai sendo mais espaçada com o avançar da idade e de acordo com Silva, Bala- ban e Motta (2005), a incidência do SP na infância é maior que na adoles- cência, fica clara a necessidade de um profissional de saúde na realização dessas AA, podendo a mesma ser feita por um professor de Educação Física nas escolas. Sabendo que, na grande maioria das vezes o SP inicia-se na infância ou na adolescência e que as doenças associadas a elas apresentam seus sintomas de 10 a 20 anos após seu início Os gastos com o sistema de saúde poderiam ser menores se houvessem medidas preventivas (BAGUST et al., 1999). O único profissional da área da saúde que está constantemente em contato com as crianças e adolescentes na escola é o professor de EF. E pode atuar com as AA em seus alunos, retornando os resultados da mesma a eles e assim contribuindo para a redução da incidência do SP, por meio da conscientização e sensibilização das crianças e adolescentes e seus pais sobre o tema, bem como por tornar suas aulas mais ativas e motivantes para que todos participem ativamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo avaliou a utilização de AA por professores de Edu- cação Física em suas aulas. Os resultados mostraram que 42,9% dos pro- fessores realizavam AA, porém esse número tornou-se reduzido quando perguntados sobre quais desses professores retornavam os resultados aos pais e alunos. A partir dos dados obtidos no nosso estudo observamos que são necessários mais estudos sobre o assunto para trazer a importância da realização das AA por parte dos professores de educação física escolar, podendo assim futuramente utilizar esses métodos na escola, contribuindo para a prevenção do SP. 134
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A avaliação antropométrica para a prevenção do sobrepeso não é realizada nas escolas ... AUTORES Thayna Larissa Soares de Oliveira Graduada em Comunicação Social (Jornalismo) e Graduanda em Educação Física da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Email:[email protected]. Joanna Hariel de Almeida Carvalho Graduanda em Educação Física da Universidade Federal do Piauí. Email: [email protected] Mesaque Silva Correia Professor Doutor em Educação Física da Universidade Federal do Piauí. Email: [email protected] 136
Elaboração de um biscoito a partir do epicarpo e mesocarpo do fruto da carnaúba (coperniciaprunifera) e avaliar aceitabilidade entre adolescente Carla Nicolle Ferreira de Sousa - UNIFSA Caroline Gomes de Oliveira - UNIFSA Adolfo Marcito C. de Oliveira - UNIFSA INTRODUÇÃO A região Nordeste do território brasileiro possui vasta variedades de plantas frutíferas exóticas, isso se dá por consequência dos diferen- tes climas presentes. Dentre eles os que mais prevalecem são os climas tropical e semiárido, que contribuem para o favorecimento da existência e plantação da vegetação nativa excêntrica. Muitas dessas plantas são xerófilas, ou seja, conseguem adaptar-se com facilidade ao ambiente que vivem. Algumas espécies de frutas são bastante comercializadas em merca- dos regionais tendo uma boa aceitação, como por exemplo: caju, serigue- la, pequi, umbu, cajá e pitomba. Dentre os vários frutários do Nordeste a fruta da carnaúba, conhecida cientificamente como Coperniciaprunifera,
Elaboração de um biscoito a partir do epicarpo e mesocarpo do fruto da carnaúba ... porém conhecida popularmente em algumas regiões como “azeitona pre- ta do nordeste” ou “setinga” no Povoado de São Miguel do Tapuio-PI. Essa palmeira pode ser encontrada em quase todo o nordeste brasileiro, com maior ocorrência nos estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte (SOUSA et al, 2015). Tem grande importância econô- mica na comunidade em que predomina, pois possui infinitas finalida- des na construção civil (como de casas), artesanato a partir das folhas (fabricação de cestas, vassouras, abanador para fogão à lenha, entre outras aplicações), ração animal (principalmente de suínos e caprinos) e até mesmo brinquedos feitos a partir dos talos das folhas. No entanto sua principal exploração é a cera, produto final de pro- cessos submetidos ao pó da folha, essa pratica é muito importante, pois serve de renda para muitas famílias na época da seca e o fruto é destina- do para ração animal. O fruto tropical por possuir características químicas, nutricionais, sensoriais e organolépticas interessante para elaboração de produtos alimentícios, como geleia, licor, sorvete, produtos de panificação e biscoitos. Porém, pouco explorado. Atualmente o consumo de industrializados vem crescendo cada vez mais, entre os produtos mais consumidos, os biscoitos ganham notorieda- de por serem de baixo custo, prático e de fácil acesso. Segundo dados As- sociação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) (2016) foram vendidos cerca de 21,043 milhões reais de biscoitos no ano de 2015, que vão desde ao mais simples como os de maisena até aos mais sofisticados, como os importados. Entre os indivíduos que mais consomem alimentos industrializados os adolescentes estão no topo do ranking. Entre os jovens os biscoitos são os alimentos mais prediletos, pois se dá pelo fato de serem prático, baixo custo e com sortidos sabores. Segundo Lago et al. (2014) vários fatores ten- dem a influenciar a alimentação de um adolescente, seja direta ou indireta- mente, como exemplo, fatores sociais, culturais e até mesmo econômicos. Por consequência do alto consumo de biscoito pobre em nutrientes, porém muito atrativo entre os adolescentes e a baixa exploração do fruto carnaúba em produtos alimentícios, o presente trabalho tem como obje- tivo desenvolver um biscoito com qualidade nutricional e sensorial para o público juvenil, visando também tornar uma opção para o aproveitamento do fruto. 140
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva Tema Elaboração de um biscoito a partir do epicarpo e o mesocarpo do fruto carnaúba (Coperniciaprunifera). Problema Elaborar um biscoito com bons aspectos sensoriais. Poderia ser uma alternativa para comercialização de produto voltado para o público adoles- cente? Objetivo geral Desenvolver, avaliar a elaboração de um biscoito tendo como ingre- diente principal o fruto da carnaúba. Objetivo especifico 1. Analisar o valor nutricional de Kcal, carboidrato, proteína, lipí- deo e fibra total por meio de tabelas de composição nutricional e artigo cientifico. 2. Mensurar sobre a intenção de compra do biscoito elaborado à base do epicarpo e mesocarpo de carnaúba. JUSTIFICATIVA O biscoito feito do epicarpo e mesocarpo do fruto carnaúba poderá servir para aumentar a receita familiar de comunidades que possuem aces- so fácil e abundante ao fruto, contribuirá para a preservação da palmeira e a valorização do fruto. Sendo assim, será uma pratica viável e conveniente, principalmente para a população nordestina. A carnaúba (Copernicia prunifera) é uma arvore muito conhecida no nordeste brasileiro, sendo símbolos de dois estados Ceará e Piauí, não se sabe ao certo sobre sua origem. Seu fruto é pouco explorado no campo de desenvolvimento e tecnologia de alimentos. Todavia, pode ser estimulado levando em consideração a sua composição química, já que este possui bom valor nutricional, o que inclui constituintes como carboidratos, proteínas, li- pídeos, fibras alimentares e minerais como K e Mg (ALVES, COELHO, 2008). A composição química do fruto da carnaúba é importante atrativo para o consumo (BORGES, 2016). Além desses atributos nutricionais, o mesmo 141
Elaboração de um biscoito a partir do epicarpo e mesocarpo do fruto da carnaúba ... possui um sabor adocicado, coloração roxa-escura ou quase preta e tendo o mesocarpo carnoso e fibroso, tais peculiaridades podem ser favoráveis para desenvolvimento de gêneros alimentícios. Visto que na atualidade há aumento constante do consumo de indus- trializados, principalmente de biscoitos devido a sua praticidade, baixo custo e variabilidade de sabores. Contudo, estes possuem grande carência nutri- cional, e elevados teores de sódio e gordura saturada, dispõem também na sua composição muitos conservantes e corantes, não apresentando nenhum benefício para a saúde dos consumidores. O biscoito a partir do fruto da carnaúba possibilitará ser uma opção mais saudável no mercado. O biscoito não possuirá nenhum tipo de conser- vantes e/ou corantes sintéticos, bem como as proporções de sódio serão reduzidas em comparação a biscoitos já existente na mercancia. Sendo este item uma boa alternativa de lanche para quase todos os indivíduos. To- davia, sendo relevante principalmente para os adolescentes, uma vez que será prático atrativo e nutritício. Além de ser algo diferente no mercado atual. METODOLOGIA Essa pesquisa trata-se de um estudo experimental, descritivo com abordagem qualitativa e quantitativa. A pesquisa foi feita em uma Insti- tuição de Ensino Fundamental, de rede pública da cidade de Timon-MA. A população escolhida para esse estudo foi adolescente entre a faixa etária de 13 a 17 anos, cursando 9º ano do Ensino Fundamental 2, no horário vespertino, de ambos os sexos. Cuja população era de 44 estudantes, sen- do que para se ter um resultado significativo foram utilizados apenas 40 alunos. No critério de inclusão foram considerados adolescentes, entre as faixas de 13 a 17 anos, de ambos os sexos, e que estavam presentes no dia da aplicação do teste sensorial, cursando o 9º ano do Ensino Funda- mental 2 e que apresentaram o TCLE assinados e o Termo de Assentimen- to assinados. Foram excluídos da pesquisa adolescente que informaram que tinham intolerância ao glúten, alergia ao ovo ou a outro ingrediente da formulação, aversão à carnaúba, biscoitos que não possuírem formato redondo regular, peso menor ou maior que 30 g, tendo textura muito rí- gido (duro) e que não apresente sabor predominante do fruto carnaúba. Na formulação do biscoito os ingredientes utilizados para elabo- ração foram o epicarpo e mesocarpo do fruto da carnaúba, cacau em pó 142
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva Quadro 1- Descrição da formulação do biscoito a base de epicarpo e mesocarpo do fruto da carnaúba. Teresina-PI, 2018. Fonte: Dados da pesquisa, Teresina-PI, 2018. 100%, farinha de trigo, açúcar mascavo, ovos, azeite de oliva, fermento em pó e a castanha de caju. De acordo com a tabela 1 e 2. No preparo do biscoito foi misturado os ovos, azeite de oliva e o açú- car até obter um creme homogêneo. Em seguida foi acrescentado a farinha de trigo, poupa de carnaúba, fermento e o cacau. Quando a massa atingiu o ponto homogenia foi adicionado as castanhas picadas. Em sequência foi feito os biscoitos em formato redondo colocado em forma untada com manteiga e farinha de trigo. Logo por seguinte foi colocado em forno pré-aquecido, por 15 minutos, à 180°C por 30 min. Após assados, esperar atingir temperatu- ra ambiente e em seguida armazenar em recipientes de vidro, vedados com papel filme e tampado. A análise sobre intenção de compra foi realizada em uma escola de rede pública da cidade de Timon-MA, seguindo o protocolo de primeiro instruir os participantes como funcionava os testes, em seguida foi distribuído os testes onde avalia a intenção de compra. Este teste foi descrito em perguntas fechadas de: sim, não e talvez. Os participantes foram informados sobre os objetivos da pesquisa através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecidos-TCLE e através das pesquisado- ras. Os dados sobre foram tabulados pelo programa Excel 2010. Aspectos Éticos Os participantes foram informados sobre os objetivos da pesquisa 143
Elaboração de um biscoito a partir do epicarpo e mesocarpo do fruto da carnaúba ... Tabela 3: Análise nutricional do biscoito através de tabelas de composição de ali- mentos e artigo científico Fonte: TACO(2011), TUCUNDUVA(2015), BEZERRA(2013). *VD: valor de referência com base em uma dieta de 2000 calorias através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecidos-TCLE e através das pesquisadoras. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fa- culdade Santo Agostinho-FSA, com base na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da saúde (CNS/MS). Tendo como número do CAAE: 80677617.5.0000.5602 e número do parecer: 2.453.006. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na tabela 3, pode se observar os valores nutricionais de Kcal, car- boidrato, proteína, lipídio e fibra alimentar presentes no biscoito a base de farinha do fruto de carnaúba calculada por meio de tabelas de composição de alimentos e artigo científico. Em comparação com biscoito de duas mar- cas presentes no mercado, nota-se que o valor encontrado de Kcal é menor comparado com os biscoitos de marca X e Y (quadro 1), apresentando valor Quadro 1: Valores nutricionais encontrados nos rótulos de algumas marcas vendi- das em um supermercado e de artigo científico Fonte: Pesquisa em supermercados realizado pelas pesquisadoras, Teresina-PI (2018). *Qnt: quantidade, Carb: carboidrato, Prot: proteína, Lip: lipídio, F.A: fibra alimentar 144
Saúde e Vida - Estudos em Perspectiva menor que 5% do VD (valor recomendando) de uma dieta de 2000 Kcal para indivíduos saudáveis, esse valor está relacionado com a concentração ou características específicas dos ingredientes utilizados na elaboração do produto. O valor do carboidrato apresentou valor menor que as marcas X e Y, esse resultado é visto como positivo, pois de acordo com a revista Food In- gredients (2012) uma dieta rica em carboidratos pode levar ao corpo a de- senvolver patologias, como obesidade, doenças cardiovasculares, tromboses e avanço da aterosclerose, além de intensificar a síntese e o armazenamento de gordura. Por favorecer o aumento da insulina os carboidratos seriam res- ponsáveis por um maior acúmulo de gordura, maior retenção hídrica, au- mento relativo de triglicerídeos e maior risco de doenças cardiovasculares (FONSECA et al. ,2013). Em relação a proteína o biscoito mostrou-se dentro do intervalo dos valores das duas marcas, sendo que apresenta quantidade superior a marca X pois apresentou 2,4 g e quantidade inferior a marca Y 3,7. Segundo Nas- cimento (2010), as proteínas desempenham funções como nos processos biológicos, devido as enzimas que catalisam milhares de reações químicas, realiza transporte de oxigênio para dentro de moléculas, tem ação protetora do organismo, hormônios. No entanto, o teor de lipídeo ficou um pouco superior as demais mar- cas, apresentando 4,55g e demais marcas entre o intervalo de 2,6 e 4,5 entre- tanto vale lembrar que a fonte de lipídeo utilizada na formulação possui bom valor biológico, segundo Almeida et al. (2015) apresenta compostos fenóli- cos que tem demostrado propriedades antioxidantes mais elevadas do que a da vitamina E nos lipídeos e na oxidação do DNA in vitro e ex vivo, é capaz de prevenir a disfunção endotelial, diminuindo a expressão de moléculas de adesão celular e aumentando a produção de óxido nítrico. Já o valor da fibra alimentar o biscoito elaborado compara com as marcas possui um elevado Quadro 2: Intenção de compra do biscoito do fruto da carnaúba Fonte: Dados da pesquisa, Teresina-Pi, 2018. 145
Elaboração de um biscoito a partir do epicarpo e mesocarpo do fruto da carnaúba ... teor, até mesmo do biscoito que contém cereais em sua formulação. Visto que as propriedades das fibras atualmente têm sido consideradas importe no organismo, de acordo com Lopes et al. (2015) agem na melhora das ativida- des vitais e no bom desempenho do trato gastrintestinal. Conforme citado no artigo de Bernaud e Rodrigues (2013) a ingesta de fibra alimentar mostrou-se positivo, pois uma parcela da fermentação de seus componentes ocorre no intestino grosso, que auxilia na velocidade do trânsito intestinal, pH do cólon e sobre a produção de subprodutos com importante função fisiológica. Foi examinado a intenção de compra, mediante resposta de sim, talvez e não. Dentre 41 avaliadores 23 disseram que comprariam ,4 que não e 14 responderam que talvez adquiriria, o que se pode constatar por meio do quadro 2. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento do presente estudo possibilitou mostrar uma nova alternativa para o uso do fruto da carnaúba, já que seu principal uso é o consumo in natura e para alimentação animal. A análise da composi- ção nutricional por meio de tabelas (TACO, TUCUNDUVA) e artigo científico (BEZERRA, 2013) puderam indicar que o biscoito em questão é uma opção viável em relação nutricional. REFERÊNCIAS ALHARBI, M.H.et al. Flavonoid-richorange juice associated with acute improve- ment in cognitive function in healthy middle -aged males.European Journal of Nutrition.v. 55. n. 6, p. 2021-2019. 2016. Disponível em:https://www.ncbi.nlm. nih.gov/pubmed/26280945. ALVES, M. O; COELHO, J. D. Extrativismo da carnaúba: relações de produção, tec- nologia e mercados. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2008. 214 p. (Serie documentos do ETENE, 20). ALMEIDA, C.A.N; et al. Azeite de Oliva e suas propriedades em preparações quen- tes: revisão da literatura. International Journal of Nutrology, v.8, n.2, p. 13-20, 2015. BEZERRA, K.C.B. Característicasfísicas e físico-químicas do fruto da carnaúba (Coperniciaprunifera H.E. MOORE). Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nu- trição). UniversidadeFederal do Piauí - UFPI. Teresina-PI, 2013. 146
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