Planejamento antecipado de cuidados: um estudo de método misto com médicos e enfermeiros brasileiros especialistas em oncologia Julia Onishi Franco1,2, Carlos Eduardo Paiva1,3,4, Mayara Goulart de Camargos1, Bianca Sakamoto Ribeiro Paiva1,3 1 Grupo de Pesquisa em Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, SP; 2 Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata, Barretos, SP; 3 Centro de Apoio ao Pesquisador, Instituto de Ensino e Pesquisa, 87 Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, SP; 4 Departamento de Oncologia Clínica, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, SP. 4 Departamento de Oncologia Clínica, Hospital de CâncerOdBeJBEaTrrIeVtoOs, Barretos, SP, Brasil Avaliar o conhecimento dos médicos e enfermeiros de oncologia sobre o planejamento antecipado de cuidados (PAC), a importância que eles atribuem ao tema e as barreiras para sua implementação na prática clínica. MÉTODOS Estudo transversal quantitativo e qualitativo, realizado em um hospital de referência em oncologia no Brasil. Médicos e enfermeiros foram incluídos. Foram realizadas duas fases. A primeira incluiu a análise qualitativa da pergunta “O que é planejamento antecipado de cuidados?”. Na segunda fase, um questionário online, desenvolvido exclusivamente para o projeto, composto por 28 perguntas foi enviado para posterior análise quantitativa e qualitativa. Utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin e o software qualitativo de análise de dados NVIVO versão 11 PRO (QRS International Pty Ltd). As variáveis qualitativas foram comparadas pelo teste do qui- quadrado e as variáveis quantitativas pelo teste t (ou teste de Mann-Whitney). RESULTADOS PRIMEIRA FASE 14 recusas SEGUNDA FASE 176 profissionais foram 162 participantes incluídos (132 96 (72,72%) médicos e 17 abordados (143 médicos e 33 médicos e 30 enfermeiros) (56,6%) enfermeiros enfermeiros) responderam ao questionário Tabela 1. Análise do conhecimento de médicos e enfermeiros sobre PAC Conhecimento Enfermeiros Médicos Total A principal barreira para a implementação da PAC pelos N (%) Resposta N (%) N (%) Sim 1 (3,3%) 6 (4,5%) 7 (4,3%) enfermeiros foi a dificuldade em falar sobre a morte 9 (5,5%) Planejamento Antecipado de Cuidados Parcialmente 1(3,3%) 8 (6%) Não 28 (93,3%) 118 (89,5%) 146 (90,2%) com o paciente ou sua família (10; 59%; p = 0,03). 68% 23 (36,5%) Sim 1 (16,7 %) 22 (38,6%) Diretivas Antecipadas de Vontade Parcialmente 3 (50,0%) 23 (40,4%) 26 (41,3%) dos médicos relataram que o PAC poderia orientar sua 14 (22,2%) Não 2 (33,3%) 12 (21,2%) Sim 1 (25,0%) 10 (50,0%) 11 (45,8%) conduta em caso de emergência (65; 68%; p = 0,036). 4 (16,7%) POLST Parcialmente 0 (0,0%) 4 (20,0%) Não 3 (75,0%) 6 (30,0%) 9 (37,5%) CONCLUSÃO Nossos resultados indicam que enfermeiros e médicos que trabalham no ambiente Apoio financeiro: oncológico possuem conhecimento limitado sobre os PAC e têm várias barreiras no reconhecimento de procedimentos relacionados a eles. Assim, são necessárias educação Processo: 2018/20462-2 profissional contínua e mais pesquisas sobre o tema.
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