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América Feminina

Published by Lisiane Alonço de Medeiros, 2021-10-27 22:18:22

Description: Segunda revista digital do projeto Diversidade & Pluralismo desenvolvido com os estudantes da turma de 2º ano do Ensino Médio do Colégio Vicentino Santa Cecília.

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This article aims to make a direct criticism of capitalism, linking gender inequality and the current situation of women, considering that the difference between men and women in society is striking. The system we live in influences our way of life every day and especially in our daily struggles for us to have the same rights. Keywords: Capitalism. Women. Inequality Este artigo tem como objetivo fazer uma crítica direta ao capitalismo, ligando a desigualdade de gênero e a situação atual das mulheres, tendo em vista que a diferença é gritante dos homens e das mulheres perante a sociedade. O sistema em que vivemos influencia todos os dias no nosso modo de vida e principalmente nas nossas lutas diárias para que tenhamos os mesmos direitos. Palavras chave: Capitalismo. Mulheres. Desigualdade O capitalismo interfere diretamente na vida das mulheres, destacando principalmente a inserção da mulher no mercado de trabalho e as dificuldades encaradas frequentemente, como a opressão, assédio e discriminação. Com a política neoliberal adotada e o machismo estrutural de anos, nada favorece para uma verdadeira melhora, apesar de já termos conquistado muito nos últimos anos, mesmo sendo coisas consideradas básicas. De acordo com a revista \"Politize!\", o sistema capitalista vive umas das piores crises da história, em diversos fatores, influenciando nas vagas de emprego, economia e sustento de família, fazendo com que mulheres tenham como opção vender o corpo para ganhar dinheiro enquanto homens não precisam fazer grandes esforços para terem alguma visibilidade nesse mercado. A luta incessante por direitos iguais continua, mas para lutar por isso e se denominar feminista, é contraditório se não estiver contra o capitalismo. O sistema em que vivemos, nos coloca em situações desumanas, criando hierarquias, desigualdade e muitas formas de escravização, sendo assim, não tem como ter uma visão de mundo melhor para a maioria das mulheres se a base que temos não nos favorece.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a taxa de mulheres no mercado de trabalho caiu de 53,3% para 45,8% em um ano. Essa acaba sendo a taxa mais baixa desde 1991. Quando paramos para analisar os números e o lugar em que vivemos, podemos gerar alguns debates com o assunto. O analista Arthur Goerck completou com \"o desemprego agrava vulnerabilidades, leva a um aumento de todos os tipos de violência, incluindo a sexual e doméstica. Trabalhar a partir da renda das mulheres é lidar com as violências que elas sofrem\", o que evidencia a influência do capitalismo no mercado de trabalho enfatizando a desigualdade de gênero. O patriarcado é um sistema social em que prevalece as relações de poder e domínio dos homens sobre as mulheres, o que faz render frutos ao capitalismo, favorecendo especialmente ao homem branco, heterossexual e cisgenero, assim tendo em um pedestal o homem que acumula facilmente riquezas e capital e, por último, a mulher, fazendo com que esses grupos marginalizados tenham que cumprir regras e leis impostas para no fim não terem nem o mesmo direito dos privilegiados. A educação que muitas mulheres não recebem, a falta de respeito, desvalorização do trabalho e outros fatores ganharam força com o capitalismo, vindo desde séculos passados, quando mulheres inteligentes já eram consideradas \"bruxas\", o que reforça a influência negativa do capitalismo na vida das mulheres. ''A mulher continua sendo a escrava do lar, apesar de todas as leis liberadoras, porque está debilitada, oprimida, embrutecida, humilhada pelas pequenas tarefas domésticas que a convertem em cozinheira e cuidadora de crianças, que desperdiçam sua atividade em um trabalho absurdamente improdutivo, mesquinho, enervante, embrutecedor e astidioso. A verdadeira emancipação da mulher e o verdadeiro comunismo não começarão senão onde e quando começa a luta em massa (dirigida pelo proletariado, dono do poder e do Estado) contra esta pequena economia doméstica, ou mais exatamente, sua transformação massiva em uma grande economia socialista (LENIN, 1980, p.66)''

Essa vertente do feminismo foca em respostas e explicações sobre a maneira que as mulheres são oprimidas através dos sistemas do capitalismo e inclui também a propriedade privada. Marx e Engels são grandes inspirações para quem acredita nessa parte. Essa vertente vem influenciando muitos movimentos anti-colonais, além de acreditar que a mudança na vida das mulheres só irá ocorrer depois de uma mudança drástica no sistema econômico imposto. Considerações finais: A partir dos dados apresentados percebe-se que vivemos em uma sociedade em que a mulher ainda não é valorizada, sendo desrespeitada, assediada, entre outros; uma parte disso tem influência do capitalismo, considerando o que esse sistema impõe.

Massacre de Montreal Escrito por Larissa Rodrigues da Silveira ABSTRACT This work is about the Montreal massacre, which happened on December 6, 1989. Where 14 women were killed, 10 women were wounded with guns and 4 men were injured, victims of a misogynistic and sexist attack. The media and conservative sectors try to hide details, making the occurrence sound like an isolated case, taking away the possibility of being violence against women. Resulting in a study where many people still don't believe that there is gender violence. Keywords: Massacre. Victims. Women RESUMO Esse trabalho é sobre o massacre de Montreal, aconteceu no dia 6 de dezembro de 1989. Onde 14 mulheres foram mortas, 10 mulheres foram feridas com arma de fogo e 4 homens foram feridos, vítimas de um ataque misógino e machista. A mídia e os setores conservadores tentam esconder detalhes, fazendo com que o ocorrido soasse como um caso isolado, tirando a possibilidade de ser violência contra a mulher. Resultando em uma pesquisa onde muitas pessoas ainda não acreditam que há violência de gênero. Palavras-Chaves: Massacre. Vítimas. Mulheres A SOCIEDADE PASSOU PANO ? Atirador Marc Lépine O massacre de Montreal aconteceu no dia 6 de dezembro de 1989, foi um ataque machista e misógino. Tiveram 14 mulheres mortas, 10 mulheres feridas e 4 homens feridos. Segundo o site Esquerda Diário, o atirador cresceu em uma família onde a violência de gênero era normal. No dia do atentado o atirador escreveu uma carta contando que iria se suicidar, e também estava escrito o porquê da motivação dele ao ataque, que era para “dar um fim” as feministas. Em uma parte da carta ele diz que tentou entrar para as forças armadas para que seu plano acontecesse, mas ele não entrou e seu plano acabou sendo adiado. No final da carta tinha o nome de dezenove mulheres que o atirador disse que não foram mortas por falta de tempo. No local, ele pediu para que todos os estudantes homens saíssem das salas e nisso ele abriu fogo contra as estudantes enquanto fazia um discurso antifeminista, e após isso se suicidou.

O ataque teve um impacto muito grande no país e mundialmente pela violência e o número de vítimas, e mesmo assim, a mídia e os setores conservadores tentaram esconder detalhes e tiveram várias tentativas para dizer que não foi um ataque de violência contra a mulher. Falavam que o atirador tinha doenças psíquicas, ou que ele tinha problemas na família, ou até mesmo que tinha fracassos na sua vida profissional, ignorando qualquer possibilidade de ser violência de gênero. Segundo Melissa Blais, em seu estudo sobre o masculinismo e o massacre, ela fala que o atirador foi considerado louco, coitado e doente por muitos, fazendo com que as pessoas parassem de debater politicamente sobre esse acontecimento e fazendo com que o massacre parasse de ser visto como violência contra a mulher. Uma placa memorial às vítimas adorna a Jornal da época (The Gazette) parede da Ecole Polytechnique Em 1991, o parlamento canadense instituiu a data do massacre como o “Dia Nacional de Memória e Ação Contra a Violência Contra as Mulheres” e desde então nessa data tão simbólica o movimento de mulheres canadenses organiza atos em memória das vítimas e ações de combate ao machismo. O evento também gerou leis mais rígidas de controles de armas, foi formada a Coalizão para Controles de Armas e em novembro de 1995 foi criado o Projeto-Lei C-68, a legislação federal de controle de armas de fogo. Vítimas do atentado

Em 2009, no festival Rio de cinema foi lançado um longa-metragem sobre o massacre de Montreal, chamado Polytechnique. Dirigido pelo cineasta franco-canadense Denis Villeneuve. O longa-metragem é baseado em fatos reais e recria o dia através dos olhos de dois personagens. Denis Villenueve Segundo o site Oi Canadá, as intenções do diretor era de prestar uma homenagem às vítimas da tragédia e suas famílias, aprofundando os debates sociais e promovendo uma forma de cicatrização. O filme não identifica os verdadeiros nomes das vítimas e nem o do assassino. O longa-metragem tem cenas do massacre que são bem perturbadoras, pelo simples fato do longa ser em preto e branco, fazendo com que as cenas e toda a história fiquem mais tensas. Imagem do longa-metragem SINOPSE DO LONGA-METRAGEM Valérie e Jean-François estudam em uma escola de Montreal. Em um dia do mês de dezembro, um acontecimento brutal provoca mudanças irreversíveis em suas vidas. Um jovem de 25 anos entra na escola com um rifle em mãos e tem o objetivo de assassinar todas as mulheres que cruzarem seu caminho. Imagem do longa-metragem

Mulheres na Colônia Lucas Badin Azeredo Resumo Quando falamos sobre a condição da mulher na sociedade colonial, vemos que vários trabalhos são apenas sobre a supremacia determinada por uma sociedade patriarcal. De fato, grande parte das mulheres estava subordinadas ao mando de seus pais e maridos. Muitos documentos descrevem episódios de agressão, confinamento e perseguição. Na era da economia do ouro, os centros urbanos coloniais são gradualmente ocupados por estabelecimentos e a historiadora brasileira Mary Del Priore afirma que segundo perquisas realizadas, no século 18 o número de mulheres envolvidas no comércio era grande e a maioria das mulheres admistravam os estabelecimentos. MULHERES • COLÔNIA • SOCIEDADE Abstract When we talk about the condition of women in colonial society, we see that many works are only about the supremacy determined by a patriarchal society. In fact, a large part of the women were subordinated to the rule of their fathers and husbands. Many documents describe episodes of aggression, confinement and persecution. In the era of the gold economy, the colonial urban centers are gradually occupied by establishments and Brazilian historian Mary Del Priore affirms that according to researches carried out in the 18th century the number of women involved in commerce was large and most of the women admired the establishments. WOMEN • COLONY • SOCIETY

História É importante refletir sobre a importância do papel que as mulheres desempenharam no processo produtivo inicial do Brasil e o quão forte elas resistiram aos novos costumes impostos pelos colonizadores. As mulheres negras na sociedade colonial viviam em casas grandes. Eram enfermeiras, cuidavam da casa, prestavam serviços e muitas das vezes sofriam violência sexual. No final do regime colonial, muitas pessoas conseguiram obter seus certificados de liberdade, ganhando assim a liberdade após anos de escravidão. Mesmo que sejam livres, ainda tinham dificuldades. E com isso para escapar da fome e da dor, acabavam se prostituindo. Já as mulheres brancas eram vistas como a elegância da sociedade. Embora sua alimentação e condições sanitárias serem precárias, elas tinham a responsabilidade de manter os costumes europeus e muitas das vezes tinham suas vidas limitas a cuidar dos filhos. Segundo cronistas as mulheres desempenhavam um papel extremamente importante na escolha do genro, na aprovação ou no veto dos pretendentes, que se tornarão futuros genros. Entre os guerreiros da tribo, o noivo certa vez deixou o núcleo de origem e se juntou à noiva na casa dos pais.

Representavidade Política Feminina na Câmara de Porto Alegre Por Leonarda Vitoslawski Abstract This research contributes to the discussion of women's representation in politics, being based on data that show women's achievements, but also the lack of space in the political scenario, in addition to the importance of women's role in various spheres of society, especially the political one. Keywords: Politics. Female struggle. Women's representation. Resumo Essa pesquisa contribui para a discussão da representatividade feminina na politica, sendo baseada em dados que mostram as conquistas femininas, mas também a falta de espaço no cenário político, além da importância da atuação feminina em diversos âmbitos da sociedade, principalmente o político. Palavras-chave: Política. Luta feminina. Representavidade da mulher. Mulheres na política atual A luta pelo direito das mulheres tem progredido no mundo. Assuntos como, maternidade, assédio, aborto e carreira vem sendo cada vez mais discutidos e colocados em pauta no cenário político, fazendo com que o esteriótipo colocado sobre a mulher seja reediscutido e reecolocado de outra forma, deixando de ser apenas a mãe, dona de casa e se afirmando, cada vez mais, em âmbitos que desde o princípio foram dominados pela figura masculina. — Aqui, tudo é voltado ao universo masculino. O poder usa gravata. Mas, se as mulheres são mais de 50% do eleitorado e da força de trabalho nacional, é natural que também queiram se sentar à mesa de decisão. Não se trata de tomar o lugar de ninguém, mas de exercer um direito — Claudia Sobreiro de Oliveira, coordenadora do Observatório das Candidaturas Femininas no Rio Grande do Sul

Atualmente, a participação feminina na política segue Apesar da cidade porto-alegrense ser a capital com maior sendo um desafio, mesmo os números sendo positivos. representatividade feminina na Câmara Municial, Nos últimos 20 anos, as mulheres conquistaram, em totalizando 11 de 36 vagas, ou seja, 30,55%, ainda assim, média, apenas 14,8% das vagas da Câmara de destaca-se a importância da denúncia quando a mulher Vereadores de Porto Alegre, tendo em vista que os não é tratada com igualdade na campanha. Como dito, a números de candidaturas triplicaram. Os números são e regra de que os recursos públicos destinados a seriam ainda mais otimistas se, todavia, o gênero candidaturas femininas devem ser proporcionais ao masculino não fosse maioria e não tivesse um crescimento número de mulheres na disputa, porém, nem sempre a mais progressivo. distribuição acontece de maneira justa. Segundo dados da Justiça eleitoral, entre os anos de 1996 e 2016, o número de candidatas passou de 59 a 177, — Existe um entendimento que esse percentual tem que vazar igualitariamente significando um aumento de 200%. Porém, no mesmo período, os candidatos passaram de 238 a 374, um para as candidatas ao Legislativo também, não só à prefeitura, mas a gente vê aumento aproximado de 57%. Além disso, o número de postulantes mulheres cresceu devido a reforma que tornou que isso não está acontecendo. Tem gente que não ganha absolutamente nada obrigatório o preenchimento da cota de gênero de no mínimo 30% das candidaturas, ou seja, a participação teve — relata Milene Bordini, Vice-presidente nacional do movimento Vai Ter Mulher que ser imposta, visto que, a mulher teve seu espaço político tomado pela figura masculina, que ainda assim, é Sim desigual e burlada. Os números começam a se tornar negativos quando Julieta Battistioli: A primeira avalia-se o espaço à Prefeitura. Em 1996, eram cinco vereadora eleita em Porto Alegre eleitas entre 33, totalizando 15% dos vereadores; em 2016, quatro entre 36 ,sendo 11% do total, totalizando uma queda de 26,7% no percentual de participação. Quanto aos homens, a participação cresceu 4,8%. Julieta foi eleita vereadora suplente para a primeira A discrepância dos números, como afirma a coordenadora legislatura da Câmara Municipal, após a redemocratização do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Mulher e em 1945, tornando-se a primeira vereadora eleita na Gênero da UFRGS, Jussara Prá, se repete e abre espaço cidade. a registros fraudulentos. Assim como, após o direito a ao Sua candidatura ocorreu por indicação do partido menos 30% da verba de campanha e de propaganda, que comunista, concorrendo pelo Partido Social Progressista teve efeitos negativos, como: corrida de partidos por (PSP), mesmo não sendo de sua maior vontade candidatas a vice apenas para capitalizar as chapas. inicialmente. Era na indústria que ela se sentia à vontade para fazer politica e com sua postura altiva, usava a — O que vemos é um crescimento residual. Apesar dos avanços, a chance de tribuna para denunciar os abusos contra o operário. — A luta dela era a dos trabalhadores, batalhou por eleição das mulheres é infinitamente menor, e há muitos problemas a resolver. paradas (no expediente), por poder descansar um pouco, por poder ir ao banheiro, por ter creches para Há uma grande diferença entre igualdade de oportunidades e igualdade de as mães deixarem seus filhos. Naquela época, os operários não tinham quase nada, precisavam lutar resultados — ressalta a pesquisadora Jussara Prá. pelo básico — explica um dos organizadores do livro Adorável Camarada: Memórias de Julieta Battistioli, o Evolução das candidaturas e das historiador Francisco Carvalho Júnior. eleições de vereadoras Em 1961, Julieta chegou a ser presa durante A Campanha da Legalidade e em 1964, com o golpe militar, ela se afasta da política e deixa Porto Alegre para se esconder em Quintão, no litoral gaúcho. Fonte: Teibunal Superior Eleitoral Julieta Battistioli, a primeira vereadora eleita na cidade de POA

Vereadoras eleitas Em 2020, contabilizando a votação das eleições, 11 mulheres foram eleitas vereadoras na capital gaúcha. Entre elas, respectivamente pelo número decrescente de votos, Karen Santos (PSOL), sendo a vereadora com mais votos, contabilizando mais de 15 mil no total; Comandante Nadia (DEM), Laura Sito (PT), Bruna Rodrigues (PCdoB), Psicóloga Tanise Sabino (PTB), Fernanda Barth (PRTB), Mônica Leal (PP), Cláudia Araújo (PSD), Daiana Santos (PCdoB), Mariana Pimentel (Novo) e Lourdes Sprenger (MDB). Qual a importância da representatividade feminina? Independente do partido político e das escolhas partidárias e sociais, todas as mulheres, tanto candidatas e votantes, quanto eleitas, fazem parte da conquista pelo espaço feminino na política. É importante e necessário a figura feminina ocupar esse espaço e poder influenciar jovens e mulheres que buscam por representação de seus direitos. O vínculo de ser representado deve ser valorizado, visto que, milhares de mulheres lutaram e continuam lutando para ter, pelo menos, direitos iguais em relação aos homens. Poder se candidatar à cargos eletivos e ter direito à escolha de um representante através do voto é uma grandiosa conquista para o sexo que, desde o princípio, teve uma sub-representação e exclusão histórica. Então, a luta que milhares de mulheres tiveram de enfrentar e que, ainda assim, enfrentam até hoje deve ser um motivo de orgulho e motivação para a figura feminina como um todo. É necessário, mais do que nunca, a união feminina. É esse fortalecimento entre as mulheres a principal forma de chegar a uma política inlcusiva e de qualidade, fazendo com que possam garantir seu papel em qualquer âmbito social e desconstruir a figura pratiarcal e sexualizada da mulher. Disputa à Prefeitura Fonte: Tribunal Superior Eleitoral

DISCRIMINAÇÃO DA SOCIEDADE CONTRA PROSTITUTAS LUCAS KESSLER CHRISTOFF Resumo A prostituição é um tema marcado por preconceito e estigmas mesmo sendo uma das profissões mais antigas do mundo, mas as pessoas que se envolvem nesse tipo de trabalho irão inevitavelmente receber olhares de desgosto e sofrerem agressões ou serem desmerecidas pelo trabalho que exercem, é comum a pratica de esconder seu verdadeiro trabalho, pois se não fizerem isso a questão pode piorar e os casos de violencia podem ser mais constantes. O problema é piorado pelo fato das pessoas assimilarem a prostituição como um crime, logo que ela foi considerada impura e repugnante por varias religiões, principalmente vista na religião católica. Palavras-Chave: prostituição, preconceito e sociedade Abstract Prostitution is a subject marked by prejudice and stigma even though it is one of the oldest professions in the world, but people who engage in this type of work will inevitably receive looks of disgust and suffer aggression or be judged unworthy for the work they perform,it’s common to hide their real job, because if they don't, the issue can get worse and cases of violence can be more constant, the problem is made worse by the fact that people assimilate prostitution as a crime, as a consequence of the job being considerated impure and repugnant by various religions but mainly by Catholicism. Keywords: society, prostituition and discrimination Dupla Indentidade A Marginalização Católica Um estudo realizado pela Universidade A questão da prostituição tem uma conexão federal de Sergipe criada pela estudante fortemente ligada a nossa percepção sexual, nos Maíra Lima mostra que as profissionais do tempos antigos, o trabalho era considerado sexo criam uma dupla identidade apenas respeitoso, as prostitutas locais eram admiradas e assumida quando estão nas ruas, muitas associadas a deusas, porém após a crescente força vezes escondendo sua verdadeira profissão do cristianismo a prostituição virou um tabu, sendo ao medo de serem julgadas por pessoas ao considerada pessoas que perderam o caminho da redor do seu grupo social, diversas precisam biblia, isso pode ser visto principalmente na Idade desse dinheiro para cuidar de suas famílias Média com as ideias de separarem mulheres ou de si próprias, que na maioria dos casos prostitutas, excluindo-as do povo colocando em não é capaz de suprir a maioria dessas periferias das cidades, como exemplo no ano de necessidades, a verdade é triste e 1254 o rei Luis IX cria um decreto que expulsa as precisamo questionar quando a sociedade prostitutas e toma seus bens, essas decisões foram ira parar de julgar a situação que essas reivindicadas após verem que seus trabalho eram pessoas estão. importantes.

Matheus Gante Pinto O objetivo do trabalho é mostrar o crescimento dos casos de feminincídio durante a quarentena, e o por que eles aumentaram. Palavras-chave: aumento, feminincídio, quarentena. The objective of the work is to show the growth of cases of feminicide during the quarantine, and why they increased. Keywords: augmentation, feminincide, quarantine O feminicídio é um crime abominável, mas que infelizmente sempre foi corriqueiro de ser visto em nossa sociedade. E com a chegada da pandemia, e as pessoas tendo que ficarem em suas casas, os casais tendem a ter mais discussões e os casos de feminicídio aumentarem cada vez mais. Existem vários exemplos de casos, e lhes mostrarei um que aconteceu no nosso estado, o Rio Grande do Sul. Maria Elizabeth Rosa Pereira, 65 anos, mãe, advogada, técnica tributária aposentada e presidenta da AGERGS estampou as notícias dos jornais do Rio Grande do Sul no mês de abril. Morta, no dia 17 do mesmo mês, com um tiro nas costas na casa do companheiro, o policial militar (PM) da reserva José Pedro da Rocha Tavares. O PM virou réu, no início de junho, após o Judiciário aceitar a denúncia por feminicídio – ou seja, homicídio em contexto de violência doméstica familiar ou menosprezo e discriminação à condição de mulher – realizada pelo Ministério Público.

Maria Elizabeth é uma das 21 mulheres que tiveram o feminicídio consumado no Rio Grande do Sul, durante o período de isolamento em decorrência da pandemia de Covid-19. Entre os meses de março e abril de 2020, o Estado teve um aumento de 23,5% da mortalidade de mulheres em comparação ao mesmo período no ano de 2019. Se comparado aos quatros primeiros meses de 2019, o Rio Grande do Sul teve um aumento de 71% dos casos de feminicídio em 2020. Enquanto em janeiro, fevereiro, março e abril de 2019 foram 21 casos; em 2020 foram 36. Os dados são da Secretaria de Segurança. 2

Por Wesley Singer MAULIMHEPRORNTAÂPNOCLIÍATDIACA ResUmo Não só no Brasil mas no mundo todo a luta pelo direito das mulheres vem mudando para melhor. Muitos avanços já foram conquistados, como o direito ao voto e o direito de serem eleitas por exemplo. Mas ainda sim existe preconceito sobre esse assunto e esse debate ainda se encontra muito distante do desejado. Podemos ver isso pela forma que muitas mulheres tem dificuldade de ter voz ativa nas decisões políticas. Acredita-se que isso acontece devido à exclusão histórica das mulheres. Palavras-chave: Mulheres; Política; Preconceito. Abstract Not only in Brazil, but all over the world, the fight for women's rights has been changing for the better. Many advances have already been achieved, such as the right to vote and the right to be elected, for example. But there is still prejudice on this subject and this debate is still far from desired. We can see this from the way that many women find it difficult to have a voice in political decisions. It is believed that this is due to the historical exclusion of women. Keywords: Women; Politics; Prejudice.

Espaço limitado A distribuição de cargos eletivos no país mostra o quanto ainda é preciso avançar para garantir maior participação das mulheres na política. Desde as câmaras dos vereadores até o Senado Federal, essa taxa de representatividade ainda permanece muito baixa, mesmo em um cenário em que 51% dos eleitores são mulheres. Percebe-se que hoje em dia apenas dois governos estaduais não são governados por homens. a chegada das mulheres aos cargos do governo brasileiro Percebe-se que as mulheres não têm alcançado as esferas de poder do Estado de maneira igualitária, Isso quer dizer que as mulheres não se encontram devidamente representadas nesse sistema político. Mesmo que existam cotas eleitorais (lei que assegura uma porcentagem mínima de 30% e máxima de 70% a participação de determinado gênero em qualquer processo eleitoral vigente) esse mecanismo pouco tem contribuído para melhorar a atuação e a chegada das mulheres aos cargos do governo brasileiro.

representatividade política feminina Acredita-se que o Brasil é um dos piores países em termos de representatividade política feminina. Isso indica que além de estarmos atrás de muitos países em relação à representatividade feminina, poucos avanços têm se apresentado nas últimas décadas. A ausência de mulheres nos cargos Entende-se que a baixa representação feminina na política pode gerar consequências que se refletem, principalmente na idealização, construção e execução de políticas públicas que considerem as questões dos direitos femininos. Acredita-se que a presença de mulheres na política pode proporcionar um maior diálogo e uma forma de pensar mais abrangente em torno de questões relacionadas as mulheres. Como melhorar a representação das mulheres na política? Pelos motivos citados, algumas açõe s foram tomadas com a finalidade de contribuir para a melhoria da representatividade das mulheres no meio público. Uma das principais ações que merece destaque é a Plataforma 50-50 lançada pelo Instituto Patrícia Galvão. O principal objetivo do projeto é contribuir para uma maior igualdade entre homens e mulheres no processo eleitoral. Referências

O Acesso à Educação para o Empoderamento Feminino no Brasil Lívia Matter ABSTRACT The present paper’s main concern is to contextualize how full education for women can contribute to female empowerment, analyzing the history of Brazilian female education, the relationship between education and the economy and the difficulties faced by some groups of women, highlighting the racial disparity and the consequences of the pandemic in this scenario, concluding that the right to education is the key to female empowerment. Keywords: Education. Women. Empowerment. Resumo: O presente artigo tem como principal preocupação contextualizar sobre como a educação plena para mulheres pode contribuir para o empoderamento feminino, analisando o histórico da educação feminina brasileira, a relação entre a educação e a economia, dificuldades enfrentadas por alguns grupos de mulheres, destacando a disparidade racial e as consequências da pandemia nesse cenário, concluindo que o direito à educação é a chave para o empoderamento feminino. Palavras-chave: Educação. Mulheres. Empoderamento. Histórico da educação feminina no Brasil Em um contexto brasileiro, ainda no Período Colonial, a partir do século XVI, a educação feminina era totalmente voltada à atividades domésticas, visto que leis portuguesas, que perduraram no Brasil, denominavam mulheres como imbecilitus sexus, em português o ‘’sexo imbecil’’, sendo esse conceito reforçado, inclusive, na literatura. “Mulher que sabe muito é mulher atrapalhada, para ser mãe de família, saiba pouco ou saiba nada” (versinho utilizado tanto pelos portugueses como pelos brasileiros para se referirem às mulheres no período Colonial )¹ O processo de inclusão das mulheres e meninas no meio educacional brasileiro foi indolente, começando a partir de 1827 com a criação da ‘’Lei Geral’’, tendo acesso apenas ao ensino básico de letras, como aprender a ler e a escrever, sendo dispensado o ensino secundário e sem acesso a todas as matérias que eram acessíveis aos meninos. Apenas após a fundação das escolas protestantes e a fundação da Escola Normal, em 1870, as meninas tiveram a oportunidade de começar seus estudos um pouco mais adequadamente, tendo acesso a outras matérias, foi a primeira possibilidade de acesso do sexo feminino à instrução escolar pública. Porém, é importante ressaltar que a fundação desta escola não foi um mar de rosas, pois o acesso ainda era muito limitado: “É importante observar que, no espaço escolar da Escola Normal Caetano de Campos, no ambiente destinado ao ensino de normalistas, havia uma completa separação entre a seção masculina, ocupando a ala direita do edifício, e a seção feminina, ocupando a ala esquerda. Essa separação de corpos, ocorria também na Escola Modelo, demonstrando uma intencionalidade na formação diferenciada de professores e professoras; ampliada ainda pelo currículo escolar, que prescrevia disciplinas diferenciadas para cada sexo” (texto: Nova proposta de educação na Primeira República brasileira: a co-educação dos sexos) ¹ Fonte: https://jornaldebrasilia.com.br/brasilia/dia-nacional-da-alfabetizacao-entenda-o-processo-de-escolarizacao-de- mulheres/

“Considera-se que as discussões do Congresso de Instrução (1882-1884) referentes à co-educação dos sexos foram caracterizadas por um discurso contraditório, pois, por um lado foi proposto que as meninas obtivessem o acesso ao mesmo conteúdo que os meninos em salas mistas no ensino primário, por outro lado legitimou-se a posição feminina como inferior por não ter capacidade física e intelectual de atingir o ensino superior” (Nova proposta de educação na Primeira República brasileira: a co-educação dos sexos. p. 140) A educação feminina e sua relação com a economia Primariamente, é importante compreender que a economia é a ciência que analisa a produção, distribuição e o consumo de bens e serviços, numa visão popular ela se atém a um estudo sobre dinheiro, investimentos e finanças, porém, num ponto de vista social, refere-se ao conjunto de estudos científicos sobre a atividade econômica, ou seja, trata-se de acompanhar os resultados das ações de milhões de pessoas, que devem decidir a qualquer momento o que fazer com os escassos recursos de que dispõem. A partir desta perspectiva, é importante ressaltar que quanto Figura 1 - Mulheres empreendedoras mais mulheres tiverem acesso à educação, maiores serão suas qualificações para ingressar no mercado de trabalho, além disso, investir na educação das mulheres pode acelerar o crescimento econômico dos países, aumentar a renda per capita e aumentar a produtividade; visto que de acordo com o artigo acadêmico “O Crescimento Econômico Mundial e as Mulheres: Há Espaço para Progredir?”, há evidências consideráveis de que a desigualdade de gênero na educação age como um significante impedimento ao crescimento econômico. Ademais, uma maior participação das mulheres na economia poderia impulsionar o PIB mundial em US$ 28 trilhões até 2025, segundo levantamento do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). “Nenhuma economia pode crescer todo seu potencial a não ser que mulheres e homens participem dela em sua totalidade” (Kristalina Georgieva chefe-executiva do Banco Mundial) As dificuldades enfrentadas pelas minorias no Brasil atualmente No Brasil, apesar de que uma porcentagem significativa de mulheres tenha acesso à educação básica e ao ensino superior, em um recorte racial verifica-se uma disparidade no aspecto educacional, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). ¹ Disponível em: https://espacocerto.net.br/6-mulheres-empreendedoras-de-destaque/

Figura 2 - gráfico: Taxa de frequência escolar líquida ajustada no ensino médio, por sexo e cor ou raça “Em suma, os resultados mostram que, em média, as mulheres superam os homens nos indicadores educacionais analisados. Entretanto, há considerável desigualdade entre mulheres brancas e mulheres pretas ou pardas, evidenciando que a cor ou raça é fator preponderante na desvantagem educacional, mesmo entre as mulheres que mais se beneficiaram da crescente escolarização: a diferença entre homens brancos e mulheres pretas ou pardas que conseguiram completar o ensino superior ainda é superior a 10 pontos percentuais.’’ (Estatísticas de Gênero, 2018, p.7) Portanto, fica clara a discrepância racial que existe no Brasil, dificultando o acesso educacional, tanto para mulheres quanto para homens negros. Outrossim, mulheres indígenas também enfrentam dificuldade de acesso à educação básica e secundária, visto que estudos realizados pelo Banco Mundial revelaram a exclusão e a pobreza das populações indígenas, demonstrando que esses povos estão entre as camadas mais pobres da população (Tempo e Argumento, 2020, p.8), sendo a falta de acesso a políticas de saneamento, saúde, educação e informação, um dos fatores responsáveis por essa situação. Há uma quantidade relativamente limitada da atenção colocada atualmente na participação de mulheres indígenas [...] dado o papel chave que as mulheres indígenas desempenham na transmissão de línguas e culturas indígenas, assim como o acesso mais limitado de meninas indígenas à educação primária e secundária em muitos países Latino Americanos, [...]. (DAVIS, 2003, p. 8) As consequências da pandemia COVID-19 no cenário educacional feminino Posto que o cenário da educação feminina no Brasil já é complicado, a chegada da pandemia agravou ainda mais as dificuldades já existentes, principalmente nas questões de desigualdades. Pesquisas apontam que a sobrecarga feminina, com o acúmulo de atividades profissionais e domésticas, se intensificou no cenário de combate ao coronavírus, período em que metade das brasileiras passou a cuidar de alguém (Câmara Municipal - BH, 2021). “O futuro das meninas e jovens mulheres está ameaçado no Brasil e no mundo. A pandemia aprofundou as desigualdades sociais, que já eram muito marcantes, e está fazendo com que a gente dê vários passos para trás em conquistas importantes de direitos fundamentais para a igualdade de gênero e de oportunidades” (Cynthia Betti, diretora executiva da Plan International Brasil). Figura 3 De acordo com o sumário executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) ‘’Direitos das Meninas para um Futuro com Igualdade: Compromissos na América Latina e no Caribe’’ o fechamento das escolas devido a pandemia deixou mais de 159 milhões de estudantes fora da escola, colocando em risco principalmente o retorno das meninas e também desfavorecendo as meninas e adolescentes nas áreas rurais devido ao baixo nível de acesso à Internet, o que evidencia a possibilidade de retrocesso na educação feminina pós-pandemia. ² Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101551_informativo.pdf ³ Disponível em: https://lunetas.com.br/volta-as-aulas-durante-a-pandemia/

Além de tudo, a situação das mulheres negras foi a que mais se agravou, visto que em um ponto de vista histórico-social de uma sociedade estruturada pelo racismo, a menina/mulher negra tem um papel estritamente doméstico (GONZALEZ, 1979, P. 58), e como apresentado no livro ‘’A educação de meninas negras em tempos de pandemia’’ a pandemia reforçou novamente esta visão: “Estruturalmente, em relação às meninas “Foram fadadas a cuidar da casa e dos irmãos, brancas, as meninas negras estão em o que as conduz ao processo de aceitação de desvantagem; se antes da pandemia só tinham profissões desfavorecidas, uma vez que o que ajudar em casa no contraturno, devem acesso à escolarização se torna cada vez mais estar responsáveis o dia todo pelas tarefas distante de sua realidade” domésticas e de cuidado com os irmãos”; O Centro Brasileiro de Análise e Planejamento Figura 4 (CEBRAP) e a Rede de Pesquisa Solidária realizaram uma análise da PNADCOVID-19 (IBGE, 2020), na qual apontam que 5,9 milhões de estudantes da rede pública ficaram sem acesso às atividades escolares durante a pandemia, dos quais 4,3 milhões são negros e indígenas e 1,5 milhões brancos, o que evidencia que o direito universal à educação está sendo violado e que há três vezes mais não- brancos sem acesso à educação em período de isolamento social. \"A pandemia impacta toda a sociedade, mas as mulheres negras são as que mais sentem o impacto, especialmente num país em que o cuidado com a casa e outras pessoas da família é muito ligado ao feminino. E a população negra e pobre é a que mais depende do sistema público de saúde\" (Djamila Ribeiro) É possível alcançar o empoderamento feminino por meio da educação? O acesso à educação é um ponto fundamental na vida de qualquer pessoa, e, mesmo sendo um direito, é algo que foi negado às mulheres por muito tempo e ainda nos tempos atuais as mulheres ainda lutam por este direito. A educação é um fator crucial para o empoderamento feminino, visto que conhecimento é poder, e, além disso, é um fator que nos proporciona a possibilidade de ingressar no mercado de trabalho e de obter profissionalização, além de muitas outras coisas, tal como contribuir para o crescimento econômico de um país. 4 Disponível em: https://brasil.elpais.com/eps/2021-03-07/o-desafio-de-ser-mulher-em-tempos-de-pandemia.html

Considerações finais A partir dos dados apresentados, é possível perceber que a educação é um fator de extrema importância para o empoderamento feminino, porém é um direito que vem sendo conquistado aos poucos, pois as desigualdades existentes no Brasil são fatores que impedem a conquista de uma educação plena, por serem, em sua maioria, questões estruturais. Ademais, também percebe-se que mulheres com acesso à educação podem fazer uma grande diferença na economia, contribuindo para o desenvolvimento do país. Portanto, a educação feminina é crucial não só para o empoderamento, mas também para o desenvolvimento de um país inteiro. Para saber mais sobre finanças: @nathfinancas e @ninasilvaperfil no Instagram Referências:

IMPORTÂNCIA DO FEMINISMO NEGRO NA SOCIEDADE BRASILEIRA P O R L U I S A M O R E I R A M E L L O ABSTRACT RESUMO This article provides information Este artigo traz informações about the emergence of Black sobre o surgimento do Feminism in Brazil, presents Feminismo Negro no Brasil, statistical data that prove the apresenta dados estatísticos que double inequality suffered by comprovam a dupla black women, the concept of desigualdade sofrida pelas intersectionality, main mulheres negras, o conceito de personalities of the movement, interseccionalidade, principais literary indications regarding the personalidades do movimento, subject and in which social indicações literárias referentes context the movement was ao assunto e em que contexto created . social o movimento foi criado. Keywords: Racism. Sexism. Palavras-chave: racismo, Empowerment. sexismo e empoderamento. Como surgiu o Feminismo Negro no Brasil? Na década de 1970, no Brasil, os movimentos sociais começaram a ganhar mais força e visibilidade, dentre eles o Movimento Feminista e o Movimento Negro. O Movimento Feminista não abrangia a discriminação racial que as mulheres negras sofriam, assim como no Movimento Negro, que por sua maioria era liderado por homens que não abordavam a opressão de gênero. Devido a falta de representatividade dentro dos movimentos, as mulheres negras criaram juntas o MMN (Movimento das Mulheres Negras) no final da década de 1970. O Feminismo Negro é um movimento que luta contra as opressões sofridas por mulheres negras, como Mônica Custódio afirma: “Ser mulher, ainda hoje, é saber e ter a consciência da luta pelo respeito e dignidade como uma pílula diária. Ser mulher negra, é um tanto mais intenso, porque a dose desse remédio diário se faz mais necessária pela possibilidade de se manter viva.” Principais Pautas do Movimento Atualmente, o Movimento é caracterizado pelos seguintes temas: -Política sexual -Combate aos estereótipos -Atuação como mães, professoras e líderes comunitárias -Legado de uma história de luta “Minha luta diária é para ser reconhecida como sujeito, impor minha existência numa sociedade que insiste em negá-la.“ Djamila Ribeiro Como o Movimento se organiza atualmente? O Movimento se organiza por todo o país, com Conselhos, ONG’S, onde as mulheres negras mobilizam a sociedade contra a prática do sexismo e racismo, lutando pela igualdade de direitos. As mulheres negras se capacitaram para não aceitar mais a subordinação histórica e estão ganhando cada vez mais visibilidade para reivindicar contra o preconceito. Na música “Cota não é esmola” de Bia Ferreira, a cantora e compositora expõe a crítica as pessoas que acreditam que reivindicações de negros e negras é vitimismo: “E nem venha me dizer que isso é vitimismo. Não bote a culpa em mim pra encobrir o seu racismo!”

Como se tornar um aliado do Feminismo Negro? Faz parte do Feminismo Negro dar voz a mulheres que por muito tempo foram silenciadas. Uma forma de se tornar aliado a luta é consumir o conteúdo produzido por essas mulheres. O combate ao silenciamento e a opressão pode começar com um gesto simples como ler, assistir e ouvir feministas negras, assim, ajudando na visibilidade do movimento. Conceito de Interseccionalidade O conceito de interseccionalidade surgiu no final dos anos 1960 e início dos anos 1970 em conjunto com o movimento feminista multirracial nos Estados Unidos. A interseccionalidade ajuda a melhor compreensão da sobreposição das discriminações e opressões presentes na sociedade. Os sistemas de opressão se moldam e possuem impactos diferentes entre as pessoas pelo fato de existir diferença de gênero, cor de pele, classe, entre outros. No exemplo da mulher negra na sociedade, perpetuam dois tipos de descriminação, a de raça e a de gênero. PRINCIPAIS PERSONALIDADES DO FEMINISMO NEGRO NO BRASIL No Brasil, as principais mulheres que contribuíram e ganharam destaque dentro do movimento foram: Sueli Carneiro, Lélia Gonzalez, Djamila Ribeiro, Jurema Werneck, Luiza Bairros, Carla Akotirene, Beatriz Nascimento e Nilza Iraci. Aparecida Sueli Carneiro é uma ativista do movimento social negro brasileiro, filósofa e escritora e é considerada uma das principais autoras do feminismo negro no Brasil. É fundadora do Geledés — Instituto da Mulher Negra. ”Nós, mulheres negras, somos a vanguarda do movimento feminista nesse país; nós, povo negro, somos a vanguarda das lutas sociais deste país porque somos os que sempre ficaram para trás, aquelas e aqueles para os quais nunca houve um projeto real e efetivo de integração social.” Lélia Gonzalez foi filósofa, política, escritora, antropóloga e uma grande intelectual e ativista brasileira. Contribuiu para os estudos da Cultura Negra no Brasil e no combate ao racismo e machismo sofrido principalmente por mulheres negras, foi co-fundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro, do Movimento Negro Unificado e do Olodum. “A gente não nasce negro, a gente se torna negro. É uma conquista dura, cruel e que se desenvolve pela vida da gente afora.” Djamila Taís Ribeiro dos Santos é feminista negra, filósofa e escritora brasileira. No Brasil, se tornou conhecida por seu ativismo, lutando por igualdade de gênero e raça. Djamila é uma importante voz contemporânea que revela a desigualdade social brasileira. “Ao perder o medo do feminismo negro, as pessoas privilegiadas perceberão que nossa luta é essencial e urgente, pois enquanto nós, mulheres negras, seguirmos sendo alvo de constantes ataques, a humanidade toda corre perigo.”

A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO PARA A AUTOESTIMA DA MULHER NEGRA A solidão da mulher negra está presente em vários aspectos de suas vidas, desde a falta de representatividade na mídia, o machismo, o racismo e até a forma como a sociedade trata o corpo feminino negro como objeto. As heranças escravocratas presentes no Brasil ainda enxergam o corpo da mulher negra como objeto de prazer, mas nunca uma mulher digna de receber amor e afeto. Justamente por não serem vistas como um ser digno de afeto, gera nas mulheres negras um profundo sentimento de abandono, acarretando baixa autoestima, ansiedade e outros problemas psicológicos e emocionais. O Feminismo Negro para a autoestima das mulheres negras é de extrema importância, pois o Movimento enaltece o corpo e a beleza negra, busca representatividade, mostra que a mulher negra não está sozinha nessa luta, assim, valorizando suas raízes, traços e cultura. FEMINISMO PARA QUEM? A primeira onda feminista surgiu com a intenção de reivindicar o direito da mulher a trabalhar, porém, ainda que contra a sua vontade, a mulher negra sempre trabalhou. Para a mulher branca dentro do feminismo existe a necessidade de abraçar sua sexualidade, mas para a mulher negra essa questão é muito delicada, uma vez que o corpo da mesma sempre foi alvo de objetificação, retirando por completo sua humanidade, feminilidade e intelectualidade. Por esses e outros motivos a voz das negras dentro do feminismo não tem potência o suficiente pois suas pautas não estão inseridas, e assim que surge o Feminismo Negro. CAROLINA MARIA DE JESUS Carolina Maria de Jesus foi uma escritora, compositora e poetiza brasileira. Foi uma das primeiras autoras negras publicadas no Brasil e teve sua vida atravessada pela miséria e pela fome. Suas obras foram publicadas em mais de 40 países e traduzidas para 14 línguas. Suas principais obras são: Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960), Casa de alvenaria: diário de uma ex favelada (1961), Pedaços da fome (1963) e Provérbios (1965). Carolina não é reconhecida como feminista, embora em sua obra haja indícios nas entrelinhas. Assim como todas as feministas negras, Carolina Maria de Jesus foi uma voz que resistiu ao silenciamento e a opressão. “O NEGRO SÓ É LIVRE QUANDO MORRE”.

LIVROS SOBRE O FEMINISMO NEGRO Descrição Descrição Descrição Neste volume, a autora Carla Quem tem medo do feminismo negro? reúne Por um feminismo afro-latino-americano Akotirene discute o conceito um longo ensaio autobiográfico inédito e reúne em um só volume um panorama de interseccionalidade como uma seleção de artigos publicados por amplo da obra desta pensadora tão múltipla forma de abarcar as Djamila Ribeiro no blog da revista Carta quanto engajada. São textos produzidos interseções a que está Capital , entre 2014 e 2017. No texto de durante um período efervescente que submetida uma pessoa, em abertura, a filósofa e militante recupera compreende quase duas décadas de especial a mulher negra. O memórias de seus anos de infância e história ― de 1979 a 1994 ― e que marca termo define um adolescência para discutir o que chama de os anseios democráticos do Brasil e de posicionamento do feminismo “silenciamento”, processo de apagamento da outros países da América Latina e do negro frente às opressões da personalidade por que passou e que é um Caribe. Além dos ensaios já consagrados, nossa sociedade dos muitos resultados perniciosos da fazem parte desse legado artigos de Lélia cisheteropatriarcal branca, discriminação. Foi apenas no final da que saíram na imprensa, entrevistas desfazendo a ideia de um adolescência, ao trabalhar na Casa de antológicas, traduções inéditas e escritos feminismo global e Cultura da Mulher Negra, que Djamila entrou dispersos, como a carta endereçada a hegemônico como diretriz em contato com autoras que a fizeram ter Chacrinha, o Velho Guerreiro. O livro traz única para definir as pautas de orgulho de suas raízes e não mais querer se ainda uma introdução crítica e cronologia de luta e resistência. manter invisível. vida e obra da autora. DADOS ESTATÍSTICOS REFERENTES A DESIGUALDADE RACIAL E DE GÊNERO

Foto Body Positive do site Hits96.com AMERICA FEMININA Body Positive ABSTRACT Body Positive is a movement that emerged in the year 1960, which focuses on self-acceptance, without the need to fit into some kind of pattern, naturalizing real female bodies, and thus, showing that beauty comes from the unique characteristics of each a. Bringing the importance of a healthy body image and self-acceptance, which needs to be worked on every day. Keywords: Self-acceptance, Body Image, Female Bodies RESUMO O Body Positive é um movimento que surgiu no ano de 1960, no qual foca na autoaceitação, sem a necessidade de se enquadrar em algum tipo de padrão, naturalizando os corpos femininos reais, e assim, mostrando que a beleza vem das características únicas de cada um. Trazendo a importância de uma imagem corporal saudável e a própria autoaceitação, que precisa ser trabalhada todos os dias. Palavras-chave: Autoaceitação, Imagem corporal, Corpos femininos

Sua história TODOS OS CORPOS SÃO POR MEI PRESTES ZALTRON LINDOS O body positive é um o movimento foi ganhando movimento feminista que SEJA BOA surgiu pelo movimento de auto popularidade e o foco original COM VOCÊ aceitação das gordurinhas no final dos anos 1960, nos na aceitação do peso começou a MESMA Estados Unidos. A autoaceitação foca em acabar com a cultura mudar em direção a uma AME QUEM da vergonha aos corpos fora do VOCÊ É padrão exigido e a mensagem de que \"todos os discriminação contra as pessoas VOCÊ É com base no seu tamanho e corpos são bonitos\". Esse MUITO MAIS peso corporal. A partir disso foi fundada em 1969 a National movimento preza pela aceitação QUE UM Association to Advance Fat CORPO Acceptance e continua até hoje do corpo sem a necessidade de com o projeto de mudar a SEJA SEU forma de pensar das pessoas se enquadrar em um padrão. PRÓPRIO sobre o próprio corpo e o corpo PADRÃO alheio. Esse termo, body Gordo, magro, com celulite, positivity, surgiu em 1996, com VOCÊ É a fundação da organização The sem celulite, com estrias, sem LINDA DO Body Positive Moviment, SEU JEITO fundada por Connie Soczac, estrias, com alguma deficiência responsável também pela criação do site ou cicatriz, não importa, o que thebodypositive.org, que oferece recursos e materiais esse movimento quer é fazer educacionais projetados para ajudar as pessoas a se sentirem você se sentir bem consigo bem com seus corpos, tirando o foco da perda de peso por meio mesma e assim conseguir de dietas malucas que fazem mal a saúde e​ exercícios físicos. aceitar do jeito que você é. A Em sua forma atual, o movimento começou a surgir proposta é fazer com que as por volta de 2012, inicialmente com o foco em desafiar padrões pessoas vejam que há beleza nos irreais de beleza feminina, com o objetivo de naturalizar os perfis que não atendem aos corpos femininos reais. Com o tempo padrões exigidos, e que agora o belo é ser diferente e ter características únicas. Também se trata de ser grata pelo corpo que você tem e não se culpar por mudanças que acontecem naturalmente como envelhecimento, gravidez ou escolhas de estilo de vida. O Instagram acabou tendo um papel fundamental no surgimento desse movimento, contribuindo para divulgação de fotos de corpos realistas. Nos últimos anos, várias revistas e empresas vem fazendo publicações e esforços de marketing, trazendo modelos com corpos realistas, tentando não esconder a realidade do corpo feminino.

Aceitar seu Ser positiva corpo não não é esquecer quer dizer conformismo seu lado negativo Razões para aderir Um dos principais objetivos autoestima, distúrbios esforça para resolver esses da positividade corporal é alimentares e distorção de problemas, ajudando as mostrar como a imagem imagem. A distorção de pessoas a reconhecer as corporal influencia a nossa imagem corporal se refere influências que contribuem saúde mental e bem-estar. à percepção subjetiva de para a distorção de imagem. Ter uma imagem corporal uma pessoa de seu próprio A esperança é que as pessoas saudável desempenha um corpo, que pode ser sejam capazes de ajustar suas papel importante na diferente de como seu expectativas corporais e se maneira como as pessoas se corpo realmente aparece. sentirem mais positivas e sentem a respeito de sua Sentimentos, receptivas a seus próprios aparência e até mesmo em pensamentos e corpos. Essa aceitação pode, como julgam seu próprio comportamentos então, ajudar a combater o valor. Ter uma imagem relacionados à imagem impacto que a distorção de corporal negativa está corporal podem ter um imagem tem sobre a saúde associado a um risco grande impacto em sua física e mental. Tendo isso aumentado de alguns saúde mental e no modo em vista é importante tomar problemas mentais, como você se trata. O conta de si mesma, para que cluindo depressão, baixa movimento se isso não aconteça.

Como trabalhar autoaceitação? “O primeiro passo é ter força de vontade para trabalhar a aceitação, autoestima, saúde e ter ação para melhorar a qualidade de vida”, detalha Dra. Priscila Gasparani Fernandes, psicanalista e neuropsicóloga pela USP. -NÃO SE COMPARE A OUTRAS PESSOAS -ANALISE SUAS PRÓPRIAS QUALIDADES -EVITE SEGUIR PERFIS QUE EXALTAM PADRÕES -FUJA DE RELACIONAMENTOS TÓXICOS -TIRE UM TEMPO PARA VOCÊ -SEJA GENEROSA E TENHA PACIÊNCIA Foto do Pinterest de melindarodrigues.squarespace.com

POR MARIANA BENEDUZI MADAME C.J. WALKER - DONA DE UM IMPÉRIO NUMA ÉPOCA DE HOMENS |Abstract The article brings the life of Sarah Breedlove, known as Madame C.J Walker. The first millionaire of United States, who built her cosmetics empire in an era contaminated by racism and sexism. In addition to overcoming barriers and bringing beauty to many women, Sarah was a great activist for the right of black women and showed that nothing could prevent these ladies from winning their place in the sun. Keywords: cosmetics empire. Beaty. Activist. |Resumo O artigo traz a vida de Sarah Breedlove, mais conhecida como Madame C.J Walker. A primeira milionária dos Estados Unidos, que construiu o seu império de cosméticos em uma época tomada pelo racismo e pelo machismo. Além de vencer barreiras e trazer a beleza para muitas mulheres, Sarah foi uma grande ativista pelo direito das mulheres negras e mostrou que nada poderia impedir essas moças de conquistarem seu lugar ao sol. Palavras-chave: império de cosméticos, beleza e ativista. PARA COMEÇARMOS... Em primeiro lugar, precisamos entender em que época essa história se passava e o que acontecia. Em 1° de janeiro de 1863, Abraham Lincoln assinou o Ato de Emancipação, mas só em dezembro de 1865 o Congresso proibiu oficialmente a escravidão. Apenas dois anos depois, em 1868, eles obtiveram os mesmos direitos que os brancos, porém surgiram os black codes, que serviam para “manter o negro em seu lugar”. Infelizmente a abolição proclamada por Lincoln não surtiu o efeito desejado, e até nos dias de hoje, o conceito de liberdade para as pessoas negras é muito diferente do dos brancos. E foi nesse contexto histórico que Sarah Breedlove, mais conhecida como Madame C.J Walker, nasceu no dia 27 de dezembro de 1867, em Delta (Luisiana, EUA). Foi uma afro- americana que venceu a pobreza, construiu um império de produtos de beleza preta e se tornou a primeira mulher milionária dos Estados Unidos com as próprias mãos. Mas como? Sua conquista nos parece incrível e principalmente por ter acontecido naquela época, não só por ser uma mulher em mundo totalmente dominado por homens, onde as mesmas nem tinham o direito de estudar, mas também por ser negra, em tempos em que eles eram taxados como inferiores em todos os aspectos. 1

Sua luta começou desde muito cedo. Seus pais foram escravos e ela foi a primeira Retirada do site The Blade dos seis filhos a nascer livre após a abolição da escravidão nos Estados Unidos, mas devido a uma febre (acredita-se que por cólera) ficou órfã de seus pais aos 7 anos de idade. Decidiu morar com a irmã mais velha no Mississipi, e aos 14 anos já estava casada e teve sua única filha aos 17. Quando completou 20 anos, seu marido foi morto em um ‘race riot” (protestos que geralmente acontecem por uma injustiça racial). Ao ficar viúva, Sarah se mudou para St. Louis (em Missouri) onde seus três irmãos moravam e trabalhavam como barbeiros, onde ela aprendeu mais sobre cabelo e cosméticos. Via-se precisando de emprego, então trabalhou por um tempo colhendo algodão, algo que era uma atividade comum dos escravos que continuou sendo praticada por negros livres. Posteriormente, segundo o site The Blade, ela passou a ser lavadora e recebia apenas US$ 1,50 por semana. Assim, o trabalho que envolvia produtos e água quente afetou sua pele e seu cabelo, a deixando calva. O ocorrido com seus cabelos pode ter sido uma consequência do sabão de lavar roupa, que era comumente usado por mulheres pretas para lavar o cabelo, porém tinha uma alta quantidade de detergente. Em 1904, Sarah conheceu Annie Malone, uma mulher dona da marca Poro College (que também teve muita importância na criação de escolas de beleza) que lhe apresentou alguns cosméticos para revitalizar e cuidar de seu cabelo, o produto funcionou muito bem e posteriormente ela virou uma vendedora da marca. Maravilhada com aquilo, Breedlove, que sabia muito sobre cabelos afro, propôs uma parceria, porém Annie se mostrou pessimista sobre e recusou. Decidida a criar sua própria marca de cosméticos, em 1905 ela se mudou para Denver (Colorado), e em 1906 casou com Charles Joseph Walker, e a partir daí passou a ser conhecida como Madame C.J Walker. Logo aprimorou a fórmula de Annie, e assim como fazia antes, passou a vender seus produtos de porta em porta. Alguns anos depois Annie acusou a antiga empregada de ter roubado a receita, porém não seguiu adiante. O marido Charles também ajudou na imagem do produto, pois trabalhava com anúncios de jornais e começou a divulgar a novidade com os conhecidos. Embora que no fim, o casamento desmoronou por conta do alcolismo e uma traição por parte do marido. 2

Acervo do Museu Nacional Smithsonian de História e Cultura Afro-Americana, Logo a linha de Madame C.J Walker ficou cada vez mais famosa entre os cabelos crespos por conta da mensagem que os cosméticos transmitiam. A mais nova marca não só vendia produtos para cabelo, mas como também ajudava mulheres pretas daquela época a se empoderarem, trazendo segurança e beleza para pessoas ignoradas pela sociedade. Consequentemente, por conta da demanda, ela mudou o negócio para Indianópolis, construindo salões e uma fábrica. Acredita-se que houve uma situação na hora da compra do imóvel onde seria construído sua fábrica. Pois o grupo de investidores escolhido para ela apresentar o seu projeto era constituído totalmente por homens e esses, por conta de ser uma mulher, não colocaram muita fé no projeto e ela teve de convence-los. A foto abaixo mostra ela e seus investidores, sendo Sarah a única mulher. tirada do site Forbes tirada do site owlcation.com Assim, segundo o site Aventuras na História, estima-se que a marca ajudou cerca de 40 mil mulheres a ganharem a vida, saindo da pobreza e dando a oportunidade de uma carreira. Além de ter se tornado uma clara figura de militância afro-americana, em 1912 Sarah discursou na Liga Nacional de Negócios Negros (NNBL), falando de suas origens e seu negócio. Mandou construir uma mansão em um bairro nobre de Nova Iorque, aliás construída pelo primeiro arquiteto negro registrado da cidade. Muitos eventos ocorriam na residência, incluindo a primeira convenção de empresárias negras da história. Sarah doava boa parte de sua fortuna às causas humanitárias e chegou a aparecer no livro dos recordes como a negra mais rica do mundo. 3

No seu auge e sendo considerada a mulher mais rica dos Estados Unidos, Sarah teve complicações com a hipertensão e falência renal. Acabou falecendo jovem, aos 52 anos. Hoje a antiga casa da magnata abriga a Fundação New Voices, direcionada para a capacitação e empreendedorismo de negros. Sua jornada foi dura e inspiradora, e para tanto, no ano de 2020 a plataforma de streaming Netflix lançou uma minissérie sobre a vida de Sarah, destacando os principais pontos de sua vida e lutas. Há fatos e cenas que não ocorreram de verdade ou da forma que o documentário mostra, mas uma coisa é certa, a história de Sarah Breedlove, dona de um império em uma época de homens, pode nos inspirar a lutarmos contra o sistema e por nossos direitos e principalmente servindo como motivação para jovens negros que procuram o seu lugar ao sol. National Trust for Historic Preservation's Cortesia Everett Collection QR code com as referências usadas para a realização deste trabalho. 4

A LENDA DO BOTO COR-DE- ROSA: UM MECANISMO DE MANUTENÇÃO DA CULTURA DO ESTUPRO Por Nycolly Carvallho da Silva

ABSTRACT This research will approach the popular Brazilian legend of the pink dolphin from the symbolic point of view of the riverside communities. The legend says that the Boto leaves the river and becomes a beautiful man who enchants all women in the region and, in this way, maintains sexual relations with women and makes them pregnant, but before dawn, he flees to the depths of the rivers. However, it is known that the narrative hides a much more cruel and problematic reality. Key-words: Sexual violence. Brazilian folklore. Social inequality. Patriarchal society. Genre. RESUMO Esta pesquisa abordará a popular lenda brasileira do boto cor-de-rosa sob o ponto de vista simbólico para as comunidades ribeirinhas. A lenda afirma que o Boto sai do rio e se transforma em um um belo rapaz que encanta à todas mulheres da região e, dessa forma, mantém relação sexual com as mulheres e as engravida, mas antes do dia nascer, foge para as profundezas dos rios. No entanto, sabe-se que a narrativa esconde uma realidade muito mais cruel e problemática. Palavras-chave: Violência sexual. Folclore brasileiro. Desigualdade social. Sociedade patriarcal. Gênero. José Vieira Couto de Magalhães, político, militar, etnólogo, escritor e folclorista mineiro, foi uma das primeiras pessoas a registrar a lenda do Boto cor-de-rosa. Em sua obra \"O Selvagem\" (1876), ele cita o Uauiará, que se transformaria no boto e que em tupi- guarani significa \"o senhor, a senhora das águas\". Segundo ele, o Uauiará seria um grande amante das índias, que ora as surpreendeu no rio, ora se transformou na figura de um mortal para seduzi-las, ora as arrebatou para debaixo d'água, onde a infeliz teria sido forçada a entregar-se a ele. Posteriormente, a crença da lenda folclórica foi incorporada e enraizada nas comunidades ribeirinhas do Brasil e até mesmo tornou-se filme: “Ele, o Boto” (1987). Atualmente, a lenda diz que um boto cor-de-rosa sai dos rios nas primeiras horas das noites de festa e transforma-se em um belo rapaz vestido com roupas brancas, alto, sedutor e exímio dançarino que lança seus encantos sobre as jovens ribeirinhas. Dessa forma, ele obtém relação sexual com as jovens e as engravida, mas antes do dia nascer, ele as abandona e foge para as profundezas dos rios, transformando-se novamente no boto, sem nunca mais voltar. Nove meses depois, nasce a criança intitulada como “filha do Boto”. Contada diversas vezes desde então, e de diferentes formas, a lenda tornou- se símbolo de narrativas machistas e criminosas — e sintetizou-se em uma fantasiosa e pitoresca forma que os moradores das comunidades ribeirinhas têm de validar e acobertar o estupro intrafamiliar que resulta em gravidez. De acordo com o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, altos índices de abusos sexuais são registrados no Pará, onde a lenda do Boto é mais reverberada, principalmente no Arquipélago do Marajó, lugar em que estão concentrados alguns dos

FOI BOTO SINHÁ! mais baixos IDHs do país. Cerca de 4 estupros de meninas são registrados por hora no Brasil, Tajá-panema chorou no confira no gráfico abaixo: terreiro Tajá-panema chorou no Dentro desse contexto, existem diversos relatos terreiro e histórias perturbadoras de abuso sexual E a virgem morena fugiu pro ábditas pela lenda. A história de Maria (nome costeiro fictício) é uma delas: Foi boto, sinhá Foi boto, sinhô \"Aos 11 anos, fui visitar meu pai como de Que veio tentá costume, na casa em que ele morava com meus E a moça levou avós. Ele era separado da minha mãe. Comecei E o tal dancará a limpar suas unhas quando ele falou: 'Tira a Aquele doutô bermuda e deita aqui'. Mas não obedeci. Ele Foi boto, sinhá então segurou meu pescoço e mandou que Foi boto, sinhô tirasse a bermuda e a calcinha. Em seguida, Tajá-panema se pôs a chorar colocou uma toalha em cima da cama, me deitou Tajá-panema se pôs a chorar e me estuprou. Quem tem filha moça é bom vigiá! Ele guardava uma arma embaixo do colchão, e Tajá-panema se pôs a chorar me ameaçava com ela caso contasse para Tajá-panema se pôs a chorar alguém. Também dizia que mataria a minha mãe Quem tem filha moça é bom e o meu irmão. Chorava muito enquanto tudo vigiá! acontecia, e algumas vezes minha avó percebia O boto não dorme e batia na porta do quarto, mas meu pai dizia No fundo do rio para ela que eu estava fazendo malcriação. Seu dom é enorme Quem quer que o viu Engravidei logo depois, ainda com 11 anos, mas Que diga, que informe sofri aborto. Depois disso, ele evitava me Se lhe resistiu estuprar quando ficava menstruada. Então, O boto não dorme durante esse período, ele assistia a vídeos No fundo do rio… pornográficos e se masturbava na minha frente. - Waldemar Henrique

Engravidei novamente aos 14 anos, mas dessa vez de um namorado. Fiquei com medo do que meu pai pudesse fazer quando descobrisse. Então contei tudo para minha mãe. Ela ficou ao meu lado e fomos para a delegacia na hora. Nunca mais vi meu pai. A família dele disse que eu fui culpada por tudo, que eu o estimulava.\" Muitas vezes, o abusador ainda é mantido na família por ser a única renda disponível, mantendo todos ao seu redor dependentes financeiramente dele e ganhando dessa forma “permissão\" para explorar a criança ou vendê-la para quem quiser. Nesse sentido o juiz titular de Salvaterra, Wagner Soares da Costa, questiona em reportagem ao site Universa: \"É ruim dizer isso, mas aqui chega a ser normal a criança de 11 anos ter relações sexuais com homem mais velho. Já peguei criança com 12 anos, grávida do primo, de 20, e a mãe dela aceitar. É evidente que posso prender o homem, porque é estupro de vulnerável, mas aí a menina diz que vai se matar se o parceiro for preso. E se coloco na cadeia, o filho vai crescer sem pai. E a família, paupérrima, se sustenta como?\". Portanto, a lenda do Boto reflete a desigualdade social e uma mulher ribeirinha submissa, cuja sexualidade serve apenas de mero instrumento para satisfazer o desejo do homem, além de um círculo de omissão e conivência, que se retroalimenta e mantém a cultura do estupro, seja pela família, seja pela comunidade, sendo estas fruto de uma sociedade patriarcal, extremamente machista e misógina. Ademais, os graves traumas que o estupro deixa na vida da vítima são irreversíveis, e vão desde a opressão e distúrbios fisiológicos até o suicídio. Denuncie! Disque 100 e o Ligue 180 funcionam diariamente, 24 horas por dia. Sem tempo para ler? REFERÊNCIAS: Escute agora o podcast:

AS BRUXAS DE SALEM: PERSEGUIÇÃO, OMISSÃO E HISTERIA COLETIVA Por Nycolly Carvallho da Silva

ABSTRACT This research will approach the history of a series of trials popularly known as the Salem Witch trials. During this period about 200 people were accused of practicing witchcraft and nineteen of them were hanged to death. However, centuries after the event, the veracity of the facts reported at the time and their relationship with the concepts of religion, politics, and gender is still questioned. Key-words: Patriarchal society. Genre. Religion. Politics. Mass hysteria. RESUMO Esta pesquisa abordará a história de uma série de julgamentos conhecidos popularmente os julgamentos das Bruxas de Salem. Durante esse período cerca de 200 pessoas foram acusadas de praticar bruxaria e dezenove delas foram enforcadas até a morte. Porém, séculos após o acontecimento ainda questiona-se a veracidade dos fatos relatados na época e sua relação com os conceitos de religião, política e gênero. Palavras-chave: Sociedade patriarcal. Gênero. Religião. Política. Histeria coletiva. As Bruxas de Salem, retratado na famosa peça de Arthur Miller, refere-se a uma série de audiências e processos de pessoas acusadas de bruxaria na colônia britânica puritana em Massachusetts, nos Estados Unidos, no ano de 1692. Para melhor compreender o acontecimento, é necessário retroceder a 1620, propriamente, a chegada dos colonos ingleses à Nova Inglaterra. Nos séculos 16 e 17, eram constantes as perseguições religiosas na Inglaterra, tornando assim a América um refúgio para muitos dos grupos perseguidos. Um desses grupos foi o dos peregrinos, que carregavam o ceticismo de que a Inglaterra não conseguiria livrar-se de dogmas característicos do catolicismo, e punham em dúvida sua relação com Deus. Para esses colonos a América era uma profecia, e essa terra prometida pertencia a eles antes deles pertencerem a terra. Tendo isso em vista, a maior parte das pessoas acusadas e condenadas de bruxaria eram mulheres, aproximadamente 78%. No geral, a crença puritana e a cultura predominante da Nova Inglaterra era que as mulheres nascem culpadas e têm mais probabilidade de serem condenadas do que os homens. De fato, os puritanos acreditavam que homens e mulheres eram iguais aos olhos de Deus, mas não aos olhos do Diabo. As almas das mulheres eram vistas como desprotegidas em seus corpos fracos e vulneráveis. Já a vila de Salem era conhecida por sua população conturbada, que tinha muitas disputas internas e disputas externas entre a vila e a cidade de Salém. Eram copiosas as discussões sobre linhas de propriedade, direitos de pastoreio e privilégios da igreja. re linhas de propriedade, direitos de pastoreio e privilégios da igreja. Em 1672, os residentes votaram na contratação de um ministro próprio, separado da cidade de Salem. Contudo, a contratação de Parris aumentou as divisões da vila, ele não era capaz de resolver as disputas de seus novos paroquianos: buscando deliberadamente

comportamento iníquo injusto em sua congregação e fazendo com que os membros da igreja em boa posição sofressem penitências públicas por pequenas infrações, ele contribuiu significativamente para a tensão dentro da vila. Todavia, tudo começou, de fato, em fevereiro de 1692, quando Betty Parris de 9 anos e sua prima Abigail Williams de 11 anos, filha e sobrinha, respectivamente, do reverendo Samuel Parris, começaram a ter ataques em que gritavam, jogavam coisas pela sala, faziam sons estranhos, rastejavam debaixo dos móveis e contorceram-se em posições peculiares. Além disso, as meninas reclamavam de serem beliscadas e picadas com alfinetes. O médico William Griggs, não encontrou evidência física de nenhuma doença. Algum tempo depois, outras jovens da vila começaram a exibir comportamentos semelhantes e isso foi logo tomado pela população como sintomas da bruxaria, um mal sobrenatural. As três primeiras pessoas acusadas e presas por supostamente terem afligido as crianças foram Sarah Good, Sarah Osborne e Tituba. Good era uma mulher carente e acusada de bruxaria por causa de sua reputação. Em seu julgamento, ela foi acusada de rejeitar os ideais puritanos de autocontrole e disciplina. Sarah Osborne raramente comparecia às missas da igreja. Ela foi acusada de bruxaria porque os puritanos acreditavam que Osborne tinha seus próprios interesses em mente depois de casar-se novamente com um servo contratado. Os cidadãos da cidade desapro- ram sua tentativa de controlar a herança de seu filho de seu casamento anterior. Tituba, uma escrava de origem incerta, tornou-se um alvo por causa de suas diferenças étnicas em relação à maioria dos outros moradores. Ela foi acusada de atrair garotas como Abigail Williams e Betty Parris com histórias de encantamento. Dizia- se que esses contos sobre encontros com de- mônios, balançando a mente dos homens e adivinhações estimulavam a imaginação das meninas e faziam de Tituba um alvo óbvio de acu- sações. Cada uma dessas mulheres era uma espécie de pária e exibia muitos dos traços de caráter típicos dos \"suspeitos habituais\" para acu- sações de bruxaria, portanto, elas foram deixadas para defender-se. Trazidas perante os magis- trados locais sobre a queixa de bruxaria, elas foram interrogadas por vários dias, a partir de 1º de março de 1692, e depois enviadas para a prisão. Posteriormente, Osborne e Good foram condenadas à morte e Tituba, em ordem de continuar viva, assumiu sua acusação e mostrou- se arrependida aos olhos do Senhor, sendo então perdoada e vendida.

Em março, Dorothy Good, de apenas 4 anos, filha de Sarah Good, foi acusada e suas respostas no interrogatório foram vistas como uma confissão, levando a menina a ficar presa por cerca de 8 meses, o que a tornou incapaz psicologicamente pelo resto de sua vida. Além dela, outro caso notório é o caso de Bridget Bishop, a primeira a ir a julgamento, que foi descrita como não vivendo um estilo de vida puritana, pois usava roupas pretas e estranhas. Quando ela foi analisada antes do julgamento, Bishop foi questionada sobre o casaco, que fora desajeitadamente \"cortado ou rasgado de duas maneiras\", porém não soube como justificar a contestação. Ela foi a julgamento no mesmo dia e foi condenada. Em 3 de junho, Bishop foi executado por enforcamento em 10 de junho de 1692. Grande parte das provas usadas contra o acusado eram evidências espectrais ou os testemunhos que alegavam ter visto a aparição ou a forma da pessoa. A disputa teológica que seguiu-se sobre o uso desta evidência foi baseada em se uma pessoa tinha que dar permissão ao Diabo para que sua forma fosse usada para afligir. Os oponentes alegaram que o Diabo era capaz de usar a forma de qualquer pessoa para afligir as pessoas, mas a corte argumentou que o Diabo não poderia usar a forma de uma pessoa sem a permissão dessa pessoa. Increase Mather e outros ministros enviaram uma carta ao Tribunal sugerindo que os magistrados não deveriam condenar apenas com base em provas espectrais. Mais tarde, decidiu-se que a prova espectral era inadmissível, o que causou uma redução dramática na taxa de condenações. Outra forma de provar a bruxaria, era a aplicação infame do teste tátil, se a bruxa acusada tocou na vítima enquanto a vítima estava a ter um ataque e o ataque parou, os observadores acreditaram que isso significava que a pessoa havia sido culpada. Em agosto, os grandes júris indiciaram George Burroughs e quando ele estava sobre a escada, fez um discurso para esclarecer a sua inocência, com expressões solenes e sérias, ele fez também uma oração, algo que os praticantes de bruxaria não deveriam ser capazes, que foi proferida com tanta compostura e tal fervor de espírito, de forma que tirou lágrimas de muitos. Para mais, uma das condenações mais memoráveis foi a de Giles Corey, um agricultor de 81 anos, que recusou-se a confessar que praticava bruxaria. Os juízes aplicaram uma forma arcaica de punição chamada “peine forte et dure'', na qual pedras foram empilhadas em seu peito até que ele não pudesse mais respirar. Após dois dias, Corey morreu sem entrar em pleito. Segundo o historiador Chadwick Hansen, a sua morte foi um protesto contra os métodos do tribunal. Curiosidade: Por conta da forma como eram enforcadas, seu pescoço não quebrava de uma vez e demorava até 5 minutos para elas sequer ficarem inconcientes. No total houveram quatro datas de execução, com uma pessoa executada em 10 de junho de 1692, cinco executadas em 19 de julho de 1692, outros cinco foram executados em 19 de agosto de 1692, e oito em 22 de setembro de 1692. Além da execução de dois cachorros acusados de serem cúmplices das Bruxas de Salem.

Sendo o episódio das Embora o último julgamento tenha sido realizado em maio de 1693, a resposta pública aos Bruxas de Salém um dos eventos demorou a vir. Nas décadas seguintes, sobreviventes e familiares (e seus apoiadores) casos mais notórios de procuraram estabelecer a inocência dos condenados e obter uma compensação. Nos histeria em massa na séculos seguintes, os descendentes dos injustamente acusados e condenados América Colonial, ele foi procuraram honrar suas memórias. A primeira indicação de que os pedidos públicos de justiça utilizado diversas vezes na não haviam terminado ocorreu em 1695, quando Thomas Maule criticou publicamente o retórica política, no tratamento dos julgamentos pelos líderes puritanos afirmando que: \"era melhor que cem cinema e na literatura bruxas vivessem, do que uma pessoa ser condenada à morte por uma bruxa, que não é popular como um vívido uma bruxa\". Por publicar este livro, Maule foi preso doze meses antes de ser julgado e conto de cautela sobre os considerado inocente. perigos do isolacionismo, Em 1992, por ocasião do 300º aniversário dos julgamentos em memória das vítimas, foi extremismo religioso, inaugurado um parque em Salém e um memorial em Danvers. Em novembro de 2001, uma lei falsas acusações e lapsos aprovada pela legislatura de Massachusetts exonerou cinco pessoas, enquanto outra, no devido processo. aprovada em 1957, tinha anteriormente exonerado seis outras vítimas. Atualmente, a cidade de Salém possui uma forte procura turística referente às Bruxas de Salém e mantém um museu em homenagem às vítimas. Museu de Salem localizado na cidade de Salem, Massachusetts, EUA.

A causa dos sintomas dos acusadores continua a ser um tema intrigante. Diversas explicações médicas e psicológicas para os sintomas observados foram exploradas, incluindo histeria psicológica, ergotismo convulsivo causado pela ingestão de pão de centeio feito de grão infectado pelo fungo do esporão-do-centeio (uma substância natural da qual o LSD é derivado), uma epidemia de encefalite letárgica transmitida por pássaros e paralisia do sono para explicar os ataques noturnos alegados. Alguns historiadores preferem explorar motivações como o ciúme, despeito, e uma necessidade de atenção para explicar o comportamento. Para Herbert Aptheker, por exemplo, é um equívoco colocar a responsabilidade dos julgamentos nas massas, pois para ele, não foram os \"muitos\" que presidiram os julgamentos de bruxaria, e sim a elite que criou e constituiu o comitê. Segundo ele: \"[...] Foram o aparelho governamental e o aparelho de propaganda dos dirigentes que provocaram a histeria de caça às feiticeiras e se esforçaram para sustentar essa histeria; e foram seus prepostos que prenderam e torturaram e executaram as feiticeiras. Foi a elite que continuou insatisfeita com meras \"confissões\" e insistiu em que as confissões, para serem reais, deviam ser seguidas dos nome de outros agente do demônio- e que somente então aquele que confessar poderia ser poupado à execução. Foi a elite, também, que expressou horror quando alguns dos que confessavam (...) retratavam-se. Nesses casos, foi a elite que se recusou a aceitar as retratações, considerando-as prova de aliança demoníaca e passou a executar os informantes atingidos pela crise de consciência. Na verdade, as evidências demonstram que neste caso (...) foram a repugnância e o protesto populares que ajudaram a fazer parar os sang” Sem tempo para ler? REFERÊNCIAS: Escute agora o podcast:

A SEGUNDA ONDA DO FEMINISMO por Rodrigo Gagliardi RESUMO Este trabalho irá abordar a segunda onda do feminismo, que foi um movimento ocorrido entre os anos 60 e 80 nos Estados Unidos, tinha com o principal objetivo acabar com a descriminação e buscar pela igualdade e liberdade das mulheres, utilizando de protestos como meio de chamar mais atenção, como \"A queima dos sutiãs\", e uma de suas maiores conquistas, o dia internacional da mulher. Palavras-chave: dia da mulher; liberdade; igualdade ABSTRACT This paper will address the second wave of feminism, which was a movement that took place between the 1960s and 1980s in the United States, with the main objective of ending discrimination and seeking women's equality and freedom, using protests as a form of shaming more attention, like \"Bra-burning\", and one of their greatest achievements, the International Women's Day. Key-words: Women's Day; freedom; equality QUAIS AS SUAS MOTIVAÇÕES? Em princípio, o movimento tinha os ideais voltados à liberdade contra a opressão imposta sobre as mulheres, mesmo que cada uma tivesse sua história e contexto diferentes, era um desejo de muitas ter a sua própria liberdade com parceiros ao invés de casar-se com um homem arranjado, por exemplo, ou liberdade doméstica, pois eram praticamente escravas da \"cultura tradicional da época\", isso sem contar os padrões de beleza, que ainda estavam impregnados na sociedade e as questões raciais, que diminuía um grupo ainda mais, problemas semelhante aos dos dias de hoje.

A liberação das mulheres porém, diversos acessórios como os próprios sutiãs, saltos alto, Um movimento que se maquiagem, revistas de modelos popularizou muito nos Estados e diversos itens relacionados a Unidos em 64 foi o Women's beleza feminina. A intenção desse Liberation Movement, que serviu de protesto foi impactar na combustível para o movimento exploração da estética feminina feminista, essa popularização se do comércio, e tentar acabar com dá pelo fato de que nessa época as o famoso padrão de beleza mulheres começaram a se imposto pela sociedade, padrão questionar se estavam realmente esse que infelizmente ainda tem tranquilas com a ideia de apenas ecos nos dias de hoje. cuidar de casa e dos filhos, o que resultou em uma grande O dia internacional insatisfação por sua parte e, portanto, levantaram as suas das mulheres vozes diante a injustiça que estavam presenciando de perto, No dia 8 de março de 1975, depois exigindo o direito de poderem de muito esforço e protesto, o trabalhar, se sustentar e mostrar movimento feminista conseguiu que poderiam ser iguais, ou até fazer com que a ONU oficializasse melhores, que os homens. o dia internacional da mulher, que, mais tarde, em 1979, também A queima dos resultou em uma convenção com o objetivo de erradicar todos os tipos sutiãs de discriminação contra as mulheres, porém, o tratado A queima dos sutiãs foi um assinado foi imposto no Brasil protesto que ocorreu durante o somente em 2002. concurso Miss America 1968, protesto esse que na verdade não foi queimado nenhum sutiã, por motivos de segurança mesmo,

O segundo sexo Lançado em 1949, o livro \"O segundo sexo\" escrito por Simone de Beauvoir, que era conhecida como Notre Dame de Sartre por causa da sua relação ideológica com o filósofo Paul-Sartre, foi uma das principais obras da segunda onda, o livro retrata muito o rompimento de tabus das mulheres, vindo da teoria até as próprias questões sociais, trazendo a tona tona muitas questões filosóficas sobre esses próprios tabus. A autora também enfatiza a ideia de não existirem qualidades, valores e modos de vida especificamente femininos, que segundo ela, é apenas um mito inventado pelos homens, que deixam elas presas nessa ilusão para mantê-las nessa condição oprimida. Com a soma desses fatores, chega-se também ao questionamento das obrigações impostas às mulheres, como a vida girando em torno de cuidar da casa, filhos e manter o casamento, onde nos deparamos com uma frase muito famosa de Beauvoir, \"não se nasce mulher: torna-se mulher\", na qual ela mostra que não é simples ser mulher, diante de todas as imposições e tradições que são impostas a elas. Simone de Beauvoir referências Fotografada por Hulton Archive

A importância de Frida Kahlo Trabalho feito por: Reinaldo Alfonzo

Abstract Frida Kahlo was a famous Mexican painter who transformed her life through art. Recognized for her self- portraits, the painter created her own style by taking aspects of her life and blending them with elements of nature and Mexican identity. With revolutionary ideas and activism, she was a woman with a defined political ideology in a time when women were considered the \"weaker sex\". She was characterized by her sexual freedom and by publicly confronting taboo topics such as pain, heartbreak and abortion. This is why Frida is considered a symbol of feminism today.


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