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Vale Mais Agosto & Setembro'16

Published by info, 2016-08-03 06:25:04

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PUBLICIDADE 51 Agosto / Setembro’16

DESPORTO PAULOGOMESGANHAMOS O EURO, E AGORA?! PAÍS ESTÁ EM ÊXTASE. O ORGULHO INVADE MESMO faz parte na hora do sucesso, assim como, faz parte o chorrilho de críticas AQUELES A QUEM O “DESPORTO REI” NÃO DIZ infundadas e imerecidas na hora do insucesso. Somos assim, somos portu- ABSOLUTAMENTE NADA. SOMOS CAMPEÕES DA gueses, somos genuinamente descrentes do nosso valor até acontecer a EUROPA. O NOSSO FEITO CORREU MUNDO. vitória, passamos a ser exageradamente eufóricos quando ela se verifica. Mas somos muito mais que isso. As nossas ruas de norte a sul de PortugalVOLTAMOS A SER CONQUISTADORES. O NOSSO PAÍS VOLTA A encheram-se de orgulho e vaidade. Recebemos os nossos heróis da formaESTAR NO MAPA, TALVEZ AGORA NÃO PENSEM QUE SOMOS UMA que eles mereciam serem recebidos, em apoteose!!! Foi merecido. Nós me-PROVÍNCIA DOS NOSSOS QUERIDOS “HERMANOS” ESPANHÓIS. recemos. O País merece. Ganhamos o Euro, e agora?!GANHAMOS O EURO, E AGORA?! PODERÁ ESTA VITÓRIA SIGNIFICAR MELHORIAS NO ESTADONão há dúvida de que, o impacto económico e social, da vitória portugue- DO NOSSO FUTEBOL?sa no Euro 2016, foi e será considerável. Poderá ser quantificável a curto/médio prazo? Talvez não, mas é incontornável que o país, jamais será o Poderá o nosso futebol profissional, começar a ser, verdadeiramente pro-mesmo. Ganhamos o Euro, e agora?! fissional? Sem salários em atraso, sem um infindável número de situações que faz com que de profissional tenha, na realidade, pouco, muito pouco…A Federação Portuguesa de Futebol é a grande responsável por este êxitoestrondoso, assim como, o seleccionador e os jogadores. Depois de várias Poderá a Federação Portuguesa de Futebol, neste clima de festa e sucesso,“ameaças”, sucessivos êxitos relativos, com chegadas a meias-finais (Mun- definir, de uma vez por todas, um plano de investimento que proporcio-dial de 1966) e a uma final (Euro 2004), entre outros, o objectivo foi final- ne aos clubes de menor dimensão a aposta de forma clara na formação.mente alcançado, para gáudio de milhões de portugueses e outros tantos Dotando-os, para isso, de melhores condições ao nível infra-estrutural, in-milhões representativos das comunidades lusas. E que bonito foi ver a fes- centivando e exigindo cada vez mais e melhores formações para os seusta dos nossos irmãos Timorenses, que de forma genuína encheram as ruas treinadores, reorganizando toda uma estrutura de competição, no míni-de Díli com bandeiras portuguesas. Que bonito foi ver o mítico Xanana Gus- mo, desajustada e obsoleta.mão a liderar o seu povo na festa da vitória portuguesa. Só um evento des-portivo desta magnitude, consegue unificar ainda mais os países irmãos. PODERÃO AS QUALIDADES INATAS DAS NOSSASGanhamos o Euro, e agora?! CRIANÇAS, PARA A PRÁTICA DO FUTEBOL, SEREM APROVEITADAS DE FORMA SÉRIA E COERENTE?Como não poderia deixar de ser, toda a gente quis tirar uma fatia deste su-cesso. Não faltou o aproveitamento político verificado na hora do sucesso. Poderão os miúdos da formação treinarem em horas mais ajustadas àsUns de forma mais genuína e entusiasta, outros de forma mais fria e calcu- suas idades? E talvez tentar, se não for pedir muito, que os treinos e jogoslista. Faz parte, dizem-me. Pois, faz parte, digo não interfiram com o período escolar definido pelo respectivo ministério.eu, este aproveitamento A conjugação destes factores é e será essencial para o desenvolvimento do jovem estudante/atleta. 52Agosto / Setembro’16

PODERÁ HAVER UMA APOSTA CLARA EM Opel Insígnia 2.0 CDTI executive 2012 PUBLICIDADEESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO E PROTECÇÃO Peugeot 107 Trendy 1.0i 2011 40.000 kmDO JOGADOR PORTUGUÊS? Opel Zafira 1.9 CDTI cosmo 150 CV Citroën Berlingo L2 1.6 HDI 2008 Ford Focus Trend 1.6 tdci sw 42.000kmComo é possível num país como o nosso, onde o gosto e aptidão parafutebol é por demais evidente, que no desporto escolar não esteja con- Ford Focus Titânio 150 TDCI 120 CV 2016 0KM (várias unidades)templado o futebol em espaço exterior (quer seja relvado ou pelado). Sóos clubes é que permitem a sua prática. Seria uma boa oportunidade detriagem, formação e preparação para o desporto federado, à semelhançade outros desportos. Será que a Federação e o Governo ainda não repa-raram nisso?!Mesmo assim, com todas estas condicionantes conseguimos obter resul-tados estrondosos. Mesmo sem uma política desportiva coerente e capazconseguimos ter sucesso, o que só torna o feito alcançado ainda maislouvável. O problema é que este sucesso é e será esporádico e intermiten-te. Enquanto tivermos um Eusébio ou Cristiano Ronaldo, para “colocar opeso do nosso país às costas” e esperarmos para ver o que dá, não saire-mos disto, com certeza! Mas, isso o que interessa? Ganhamos o Euro, eagora?! Não posso deixar de destacar aquilo que considero um excelente exem- plo - o caso do futebol alemão. Com a estrondosa derrota do Euro 2004, a Federação Alemã, DFB - Deutscher Fußball-Bund, procurou perceber onde estavam a errar, reuniram-se com diversas entidades, autarquias, clubes, etc., para estabelecer um sem número de regras que lhes permitisse volta- rem a ser competitivos. Sucintamente, poderei destacar algumas estratégias, das quais se destacam, a imposição aos clubes de I e II Liga, para que dispensassem uma determinada per- centagem do seu orçamento total na formação, a criação de um sistema de avaliação de academias de formação, premiando as melhores classifica- das e penalizando as piores, desde a qualidade das infra-estruturas até ao nível dos seus treinadores (todos os anos obrigados a fazer formação na Federação). A medida mais simples e todavia mais importante foi elaborada por clubes e autarquias, procurando fomentar o chamado “futebol de rua” no sentido de reforçar o talento natu- ral e individual do jovem atleta. O SUCESSO DOS RESULTADOS DES- Opel Corsa Enjoy 1.3 CDTI 2011 KIA Ceed 1.6 CRDI ex 2010DE O ANO 2000 ATÉ HOJE NÃO DEIXA MUITA MARGEM PARA DÚVIDAS. CONTUDO, EM 2000, A ALEMANHA NÃO TINHA GANHO EURO. PARADOXALMENTE, ESSE PODERÁ www.irmaospereira.pt SER O GRANDE OBSTÁCULO À EVO-LUÇÃO DO NOSSO FUTEBOL. GANHA- 53 MOS O EURO, ENTÃO E AGORA?! Agosto / Setembro’16

AGRICULTURA EUSÉBIOBAPTISTA UM COPO DE GLIFOSATOGlyphosate-3D-balls NO PASSADO MÊS DE ABRIL ASSISTIU-SE A UMA DISCUSSÃO ACERCA DAS CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE HUMANA E PARA O AMBIENTE DA UTILIZAÇÃO DO GLIFOSATO. Oglifosato é a matéria ac- O leitor deve estar a preguntar-se como é que o glifosato entra no nosso tiva presente nos pro- organismo. De várias formas, mas a mais assustadora está talvez na tornei- dutos fitofarmacêuticos ra de nossa casa. Das análises laboratoriais que vão conseguindo ser feitas utilizados para destruir e publicadas, verifica-se que o glifosato está em todo o lado. O agricultor glifosato actuam de infestantes indesejáveis. Também de- também contribui, e muito, para o problema. Nas várias regiões que fui signados Herbicidas, estes produtos com visitando enquanto formador de APF (Aplicação de Produtos Fitofarma- uma forma sistémica, ou seja, penetram nas cêuticos) fui verificando que o uso do herbicida está completamente des- plantas ficando móveis no floema atingindo assim as raízes das infestantes. controlado, não só nas doses usadas, não só no desleixo com os EPI (equi- pamento proteção individual), mas também no desconhecimento total das É um produto bastante eficaz no controle das ervas daninhas, tão incomo- restrições. Em certos sítios, o glifosato é utilizado diretamente na água dos das nas nossas culturas, não só pelo aspecto visual das parcelas, mas acima regatos quando é aplicado para limpar as bermas. Uma situação comple- de tudo, pelo que concorrem com as plantas, seja em termos de luz, seja tamente assustadora. Confesso que fiquei escandalizado com a facilidade por água e nutrientes. Uma parcela muito atacada por este inimigo, fica com que as pessoas dão mais importância à destruição das infestantes do também muito vulnerável ao ataque das mais diversas pragas, que fazem que às consequências dos seus actos. E ainda ouço dizer que as formações das infestantes o seu habitat ideal, assim como ao desenvolvimento de di- em APF são mais uma forma de gastar dinheiro dos agricultores. Enfim… ferentes fungos que provocam nas plantas doenças que apenas poderão ser tratadas com mais produtos fitofarmacêuticos. Mas, então o que aconteceu ao glifosato? Bem, assistimos depois a um No fundo, o controle das infestantes – um dos três grupos de inimigos bió- “ping pong” de responsabilidades. A saber, a Agência Internacional para ticos das culturas a par das pragas e das doenças – é uma operação funda- a investigação do Cancro diz que “provavelmente” o glifosato é capaz de mental se queremos ter sucesso na hora da colheita. Quer isto dizer que é provocar cancro e classificou-o como carcinogénico gropo 2 A. A Autori- inevitável o uso de herbicidas com glifosato? A resposta é não. O controle dade Europeia para a Segurança Alimentar afirma que “é pouco provável de ervas daninhas não é um exclusivo dos produtos fitofarmacêuticos. Há que tenha perigo carcinogénico para os humanos”. A FAO diz o mesmo. A mais formas de luta, mais amigas do ambiente e, mais importante ainda, OMS diz que “o glifosáto é provavelmente carcinogénico em humanos”. E mais seguras para a saúde humana. Há até uma iniciativa da QUERCUS com nós ficamos a ouvir, a ler, e volta e meia vamos à cozinha beber um copo o nome Autarquias sem Glifosato, que fomenta, precisamente a utilização de água. de outras formas de luta contra este problema (ler “Os Municípios e os Herbicidas” – Vale Mais, Dezembro 2014). Em 28 de Junho, a União Europeia anunciou a autorização por mais 18 me- ses do glifosato. O que não é uma má notícia tendo em conta que no início Mas voltando ao tema, há cerca de 3 meses discutiu-se o tema glifosato a dúvida que existia era se a autorização haveria de ser por 9 ou 15 anos. porque a data a partir da qual se proibia a autorização para a venda deste produto expirava a 30 de Junho. Assim, começaram a aparecer uma série Este é um exemplo de como os interesses económicos de grandes multi- nacionais e sobrepõe ao bem comum, fazendo de nós, cobaias humanas, de declarações e petições, bem como resultados de análises laboratoriais pondo em risco a saúde de todos nós. absolutamente assustadores, que demonstravam até que ponto este pro- Num próximo artigo aprofundarei este tema. Mas é preciso dizer mais uma duto está presente no ambiente, nos nossos campos, na nossa comida, no vez, embora com diferente convicção, que os produtos usados em segu- nosso organismo… sim! No nosso organismo! Análises efectuadas à urina rança não constituem perigo para a saúde humana. de 26 voluntários portugueses revelaram a presença de glifosato em todos eles. Por comparação, o mesmo estudo na Suiça revelou “apenas” 38% de Está dito. positivos a glifosato. (ver stopogm.net). Isto torna-se gravíssimo, se pensarmos que ao mesmo tempo a comuni- dade científica mundial (pelo menos aquela que ainda não está “contro- lada”), continua a alertar para o facto de o glifosato ser um produto alta- mente cancerígeno. Glyphosate 54Agosto / Setembro’16

SUGESTÃO VALEMAIS & OPTIMINHOPROJETA OS SEUS OLHOS DOS RAIOS ULTRAVIOLETASPROTEJA-SE DOS RAIOS UV. OS RAIOS ULTRAVIOLETAS PODEM CAUSAR OU ACELERAR DIVERSAS DOENÇASQUE AFETAM OS OLHOS. USE ÓCULOS DE SOL QUE FILTRAM, ENTRE 75 E 90% DOS RAIOS.EM GERAL, OS ÓCULOS VENDIDOS EM ÓTICAS ESPECIALIZADAS POSSUEMINFORMAÇÃO SOBRE O TIPO E A QUANTIDADE DE PROTEÇÃOEVITAR CANCRO DE PELE Está implícito que a protecção UV é o critério principal de qualidade para um bom par de óculos de sol. Deve certificar-se por completo que escolhe um par de ócu-Raios UV estão associados ao câncer de pele. Ao redor dos olhos há pele los de sol com lentes que ostentem o logótipo CE, o qual garante que os seus ócu-que precisa de ser protegida. Aumente a proteção com a combinação: los cumprem os requisitos de segurança fundamentais das diretrizes europeias.protetor solar + óculos de sol. As lentes de precisão para óculos de sol encontram-se disponíveis com proprie-NÃO QUEIMAR OS OLHOS dades de correção. Pode escolher entre uma variedade de cores, polarizações e caraterísticas antirreflexo. Quando compra um par de óculos de sol, é impor-Os raios intensos do sol (UVB) podem queimar a córnea e provocar uma tante debater as suas necessidades pessoais e as expectativas que tem dos seusespécie de cegueira temporária. óculos, pormenorizadamente, com o seu ótico especializado.EVITAR RUGAS PERTO DOS OLHOS OS ULTRAVIOLETAS (UV) SÃO AS DIFERENTES RADIAÇÕES EMITIDAS PELO SOL, INVISÍVEIS AO OLHO NU. DUAS RADIAÇÕES DESTE TIPO SÃO: OS UVA E OS UVBDias claros e ensolarados podem deixar a visão menos confortável, o QUE ATRAVESSAM A CAMADA DE OZONO E NOS ATINGEM DIARIAMENTE.que diminui a nossa capacidade de ver claramente e nos força a fazercaretas para ver melhor. Essa atitude provoca o aparecimento de rugas - UVA são os mais perigosos para os olhos porque atingem o cristalino nosnas laterais dos olhos. adultos e podem atingir a retina nas crianças. - UVB podem ser absorvidos pelo cristalino nos adultos.OS ÓCULOS REDUZEM O INTENSO BRILHOE DEIXAM A VISÃO MAIS CONFORTÁVELDevido ao fato de nos dias de Verão estarmos mais horas expostos ao sol, de-vemos ter um cuidado acrescido em relação à proteção dos nossos olhos. A uti-lização de um óculo de sol com umas lentes de proteção adequada deve seruma prioridade. Peça ajuda na escolha do óculo mais apropriado para as suasatividades diárias em óticas com técnicos especializados que o podem informarsobre o melhor tipo de lentes para cada caso.Os olhos deverão ser protegidos por óculos de sol contendo filtros UVA e UVB. 55De acordo com a diretiva C. E. 89/686/CEE, os fabricantes deverão indicar a ca-tegoria de proteção das lentes para a luz visível e ultravioleta. Para uso geral Agosto / Setembro’16recomenda-se a categoria 3, enquanto para atividades de alto risco como o mon-tanhismo ou os desportos náuticos se recomenda a categoria 4. Esta recomendação é espe-cialmente importante para as crianças pois a transmitância da radiação UV através dos olhosé mais elevada para criança do que para o adulto (a retina da criança é menos protegida).

CRIANÇAS CARLASILVAHIPERACTIVIDADE“TODO MUNDO É UM GÊNIO, MAS SE NÓS JULGARMOS UM PEIXE PELA SUA CAPACIDADE DE SUBIR ÀS ÁRVORES, ELE PASSARÁ A SUAVIDA INTEIRA ACREDITANDO SER ESTÚPIDO” - ALBERT EINSTEIN.Hoje em dia, cada vez mais, é importante que todos se concentrem Um dos nomes consagrados da pediatria em Portugal, Gomes Pedro, há nas verdadeiras razões que levam uma criança a ser ativa, desa- muito que alerta para o perigo dos diagnósticos mal elaborados em relação tenta, desinteressada da aprendizagem em contexto de sala de à hiperactividade. Nas suas palavras, “isto comporta o risco de se usar sis- aula, etc. A sociedade, no seu ritmo acelerado de produção/resul- tematicamente substâncias farmacológicas quando não há hiperatividadetado, situação/resolução, para tudo ou quase procura receitas imediatas. nenhuma, pois a atividade que vemos, por exemplo, num gabinete, é pró- pria de uma criança com três, quatro ou cinco anos, que gosta de explorarNão há tempo para se “ser”! Nestes artigos já foram abordados certos as- e que, mais do que normal, é desejável”, sublinha.pectos considerados estereótipos de desenvolvimento, tais como o apare-cimento da dentição, o começar a andar ou falar, e muitos outros. De uma Este mesmo pediatra acrescenta algo que, em muitos casos, qualquer pro-forma direta ou não, hoje toda a gente já ouviu falar de um medicamento fissional do sector o pode afirmar também, ou seja, “é hiperactiva toda aque opera milagres nas crianças, principalmente nas posturas em contexto criança pequena, nomeadamente, a criança que entra para o jardim-de-in-de escola : a Ritalina. fância”, e é preciso ter isso bem presente e “não hiperdiagnosticar síndro-Estudos recentes afirmam que: “O medicamento é uma bomba. Da família mas de défice de atenção que obrigam imediatamente a medicar”.das anfetaminas, a ritalina, ou metilfenidato, tem o mesmo mecanismo dequalquer estimulante, inclusive a cocaína, aumentando a concentração de Concluindo, importa ter presente o “eu” de cada criança, o meio ambiente que o rodeia, os factores genéticos desde a gestação até ao momento. Emdopamina nas sinapses. A criança “sossega”: pára de viajar, de questionar muitas ocasiões, uma boa terapia ocupacional, nas suas várias vertentes,e tem o comportamento ‘zombie like’, como a própria medicina define. É resolve a situação. Os terapeutas existem, estão no terreno, e os resulta-um alívio para os pais, claro, e também para os médicos. Por esse motivo,a droga tem sido indicada indiscriminadamente nos consultórios da vida. \"dos falam por si.Esta conclusão verifica-se no Brasil que é o segundo país que mais consome ISTO COMPORTA O RISCO DERitalina no mundo, a seguir aos EUA. SE USAR SISTEMATICAMENTE SUBSTÂNCIAS FARMACOLÓGICAS QUANDO NÃO HÁ HIPERATIVIDADE NENHUMA, POIS A ATIVIDADE QUE VEMOS, POR EXEMPLO, NUM GABINETE, É PRÓPRIA DE UMA CRIANÇA COM TRÊS, QUATRO OU CINCO ANOS, QUE GOSTA DE EXPLORAR E QUE, MAIS DO QUE NORMAL, É DESEJÁVEL. GOMES PEDRO PEDIATRA 56Agosto / Setembro’16

PUBLICIDADE 140 ARTISTAS · 27 NACIONALIDADES · 300 OBRASI DISTRIBUIDOS PELOS SEGUINTES LOCAISPaços do Concelho, Universidade Fernando Pessoa – Casa da Garrida, Capela das Pereiras, Museu dos Terceiros,Centro de Interpretação e Promoção do Vinho Verde, Centro de Interpretação e Promoção do Território – MuseuRural, Museu do Brinquedo Português, Biblioteca Municipal, Arquivo Municipal, e em vários Espaços Comerciais (Pastelaria Havaneza, Bar Arte & Baco, Restaurante Expresso, Café Mercearia da Vila, Hotel Inlima e Arc’otel). 57 Agosto / Setembro’16

TURISMO NELSONAZEVEDOAS FEIRAS MEDIEVAIS OUAGALINHADOFILÃODEOURO!NOS ÚLTIMOS ANOS TEMOS ASSISTIDO A UMA VERDADEIRA EXPLOSÃO NA ORGANIZAÇÃO DE UM TIPO DE EVENTOS DE CARÁCTERREVIVALISTA E HISTÓRICO. FALO-VOS DAS FEIRAS OU RECRIAÇÕES MEDIEVAIS, RENASCENTISTAS, SEIS OU SETECENTISTAS. PARAALÉM DA ÓBVIA INTERPRETAÇÃO QUE CADA UM DE NÓS PODERÁ FAZER ENQUANTO ESPECTADOR, QUERIA NESTA EDIÇÃO DA VALEMAIS FAZER UMA BREVE ANÁLISE SOB O PONTO DE VISTA TURÍSTICO NO QUE DIZ RESPEITO A DOIS ASPECTOS: O DOS EVENTOS EM SI(COMO SE ORGANIZAM, O QUE CONTÊM, COMO SÃO PERCEPCIONADOS) E TAMBÉM O IMPACTO QUE GERAM (QUER INTERNA QUEREXTERNAMENTE). Não estarei muito longe da verdade ria dos casos), chegando a durações de 12 superasse os 10 milhões de euros. É difícil em afirmar que o nosso imaginário dias (Santa Maria da Feira) ou mesmo 4 se- confirmar ou infirmar estas visões. O que colectivo enquanto nação é um filão manas (Óbidos). Nestas viagens no tempo, sim é sabido- e há já estudos do IPAM (Insti- que vale ouro! Tal qual a galinha dos recupera-se de forma ora fantástica, ora ri- tuto Português de Administração de Marke- ovos de ouro, as recriações históricas são gorosa, as vivências dos nossos antepassa- ting1) e de alguns investigadores ligados a um recurso precioso e que foi transforma- dos em diversos aspectos da vida: trabalho, universidades portuguesas2 – para além do em produto turístico, conhecido como diversão, alimentação, religiosidade, justiça dos impactos económicos das Feiras Me- Turismo de Eventos. De norte a sul, do lito- e guerra. dievais, parece chegar-se a conclusões mais ral ao interior, muitos são os locais que se Assim, pululam os saltimbancos e os mala- ou menos lineares: estas trazem consigo engalanam mais ou menos em rigor histó- baristas de par em par com os artífices de desenvolvimento económico e a divulgação rico para recuperar episódios da memória ferraduras e armas de guerra em madeira cultural, resultando em atracção turística. identitária de Portugal. ou ferro, nos céus esvoaçam falcões, coru- Mas o facto de haver um número de entra- Também no Alto Minho se tem assistido a jas e águias, pelos braços dos encantadores das pagas (estimado entre os 500 e os 600 uma profusão deste tipo de celebrações, se- de serpentes esgueiram-se pitons, cobras e mil) gera igualmente benefícios culturais jam eles mais centradas em momentos con- … dançarinas. Muita música, feita de alaú- (valorização do artesanato e do património cretos como o Recontro de Valdevez (Arcos des, sanfonas e gaitas de foles acompa- local ou regional, ao mesmo tempo que en- de Valdevez) ou o Ponte do Mouro Medie- nham bailes e danças comunitárias ajudam volvem a comunidade que participa activa- val (Monção), ou mais evocativas de épocas a perceber como seria a vida nas cortes ou mente); existem também benefícios sociais/ mais amplas como é o caso de Caminha, Cer- em algumas comunidades feitas de plebe. ambientais, uma vez que se oferece uma veira ou Viana do Castelo. No restante terri- Pelos diversos recintos é possível ser es- nova forma de entretenimento, proporcio- tório nacional são já dezenas os municípios pectador do modus vivendi de gerações nando a utilização dos espaços recuperados que se propõem ao visitante uma viagem no inteiras de anónimos camponeses ou ilus- pela generalidade da população residente tempo mais de 200, 300, 800 anos! E vale tres cavaleiros, de presenciar de forma pri- após a realização do evento. ouro porque muitos de nós, portugueses, vilegiada como se forjou uma nação ou se Existem, como se pode imaginar, alguns im- gostamos de entender como se fez o país, reconquistou um território perdido para pactos negativos, que se centram em dois recuperando-se a memória romântica dos os castelhanos ou outros vizinhos mais ou factores que devem merecer dos organiza- heróis que hoje rareiam. menos invejosos! Pelo meio é possível ficar dores/promotores uma atenção especial: Para um visitante estrangeiro (e são muitos a conhecer como a justiça e a santa (?) In- o facto de haver um acréscimo do trânsito os que procuram o país também por causa quisição administravam o medo em doses torna o acesso e estacionamento muitas destes eventos), é uma óptima maneira de descomunais com os seus instrumentos de vezes caóticos; daqui decorre que muitas conhecer a história, ainda por cima em con- tortura, já para não falar nas artes de guer- vezes o afluxo de visitantes em larga esca- tacto com os nativos. rear, que são manifestação obrigatória em la causa alguns impactos ambientais indes- Os eventos em si conhecem cada vez um qualquer destes eventos, o que nos lembra mentíveis e que por vezes perduram no maior grau de profissionalização dos seus que na Idade Média nem tudo era bom ou tempo. Ambos não podem ser negligencia- organizadores, existindo já algumas empre- pacífico… dos, sob pena de afectarem de forma muito sas que se dedicam exclusivamente à sua Analisando-se os impactos, estes ficam-se significativa a percepção global do evento e organização em regime de prestação de um pouco pelas análises feitas “a olho”, com isso, prejudicar a reincidência da visita serviços, normalmente a uma câmara mu- uma vez que poucos são os estudos que se numa edição seguinte. nicipal ou associação cultural, a entidade têm feito neste âmbito. Ainda recentemen- promotora destes eventos. A sua duração te, e numa projecção da edição deste ano pode ser mais ou menos extensa, variando de 2016 da grande referência nacional e eu- entre o clássico de fim-de-semana (a maio- ropeia deste género de eventos, a Viagem 58 Medieval em Santa Maria da Feira, o autar- ca local referia que estimava que o impactoAgosto / Setembro’16

De todas as recriações/ feiras medievais (ou de outras épocas) PUBLICIDADEa que assisti - e já foram algumas- ficam-me na memória algunssentimentos que, parecendo contraditórios em si, podem fun- ASSISTÊNCIA TÉCNICAcionar como graus diferentes de satisfação com o que vi, senti,ouvi, provei. RÁPIDO, COMPETENTEPor um lado, o grau de competência que estas recriações atin- E SEMPRE PRONTO PARAgiram – pelo facto também de serem organizadas por empresas REPARAR O SEU APARELHOespecializadas neste tipo de eventos- permite de facto dar-nosuma imagem mais ou menos aproximada do que seria viver UM SERVIÇO EM QUE PODE CONFIARaquele momento histórico. Sem esquecer que poderemos ter di-ferentes graus de envolvimento com o evento em si (mais activoou passivo) e mesmo diferentes graus consoante a actividadeproposta (desde o simples entretenimento até à experiência deescape (ver caixa abaixo com matriz de actividades turísticas),algumas recriações caem no pecadilho de esgotar o filão da gali-nha que põe ovos de ouro: colocar o interesse comercial à frentedo cultural pode ser entendido como o esgotar do filão; o usode uma fórmula igual à de outras tantas localidades, utilizandoos mesmos materiais, actores e artesãos, esquecendo o envolvi-mento das comunidades locais na participação activa nos even-tos e não meramente acessória de logística, retirando-se valor,podendo até ser negativo para a imagem do destino turístico.O que é uma ideia genial para dar visibilidade à herança imaterialde um local ou povo acaba por perder brilho pela padronizaçãodos eventos. É, por isso, essencial envolver a comunidade local,começando com as escolas e associações locais, sem esquecer apopulação local e anónima propriamente dita.Por tudo isto, algumas das recriações são verdadeiros eventosturísticos e é a razão principal pela qual se mantêm, ano apósano a atrair mais e mais visitantes. Silves, Castro Marim, SantaMaria da Feira são apostas consolidadas e capazes de propor-cionar experiências mais ou menos activas, mais ou menos edu-cativas. No Alto Minho fica o registo de boas experiências emCaminha, Cerveira, Monção e Viana do Castelo, esta última queaplicou a máxima “Galinha dos ovos… caseiros, recorrendo amuita prata da casa para oferecer espectáculos de qualidade su-ficiente para merecer a marcação na agenda. A ferro e fogo, masnão esgotem o filão!MATRIZ DE ACTIVIDADES TURÍSTICAS (APLICADA AFEIRAS MEDIEVAIS) IPHONE 6S PLUS SAMSUNG GALAXY S6 EDGENotas: [email protected] - TLF. 251 654 7891 Reportagem da RTP sobre a edição de 2016, disponível em tinyurl.com/jgzd359 ESTRADA DOS ARCOS, EDF. GRIS; 4950 - 438 MONÇÃO2 Estudo apresentado por Mª Rosário Oliveira e Ana Mª Salazar , disponível em tinyurl.com/h9ws4cd 59 Agosto / Setembro’16

ENSINO MARIA ROSA GONDIM Agrupamento Muralhas do MinhoO PERIGO DO “BULLYING”DESDE ALGUNS ANOS QUE A PALAVRA “BULLYING” SE TEM VINDO A ESCUTAR CADA VEZ MAIS NO PANORAMA ESCOLAR E NOS MEIOSDE COMUNICAÇÃO SOCIAL.O QUE É O BULLYING? TIPOS DE BULLYING PREVENÇÃO DO BULLYINGO termo designa os atos de violência física ou BULLYING VERBAL Para compreender a importância do bullying napsicológica intencionais e repetidos, praticados sociedade atual, podemos dividir a sua preven-por um indivíduo ou grupo de indivíduos, causan- Perseguição verbal: traduz-se em insultos, co- ção em diferentes níveis:do dor e angústia e sendo executados dentro de mentários arrogantes realizados em voz alta,uma relação desigual de poder. ameaças verbais e provocações. Prevenção Primária: Compreende ações destina- das a melhorar a convivência, prevenir a confli-COMO SE MANIFESTA? Intimidação: uso de ameaças que visam promo- tualidade e evitar o aparecimento de agressões. ver o medo na vítima. É responsabilidade dos pais e da sociedade emO bullying implica comportamentos agressivos geral.entre duas partes, em que o agressor exerce o BULLYING FÍSICOseu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais Prevenção secundária: Destinada a evitar a con-“fraco”. Procura oprimir, ameaçar ou até ame- Ameaças à integridade: atos que pretendem inti- solidação do problema mediante a aplicação dedrontar a vítima. Neste desequilíbrio de poder a midar, mediante ameaças físicas à vítima. programas de intervenção específicos, tanto in-vítima sente-se indefesa e ameaçada. dividuais como com grupos de alunos. Violência física: manifesta-se com golpes ou em-Este abuso de poder pode ser direto (a forma purrões que pretendem causar ferimentos à ví- Deste modo, um programa de prevenção escolarmais comum em agressores masculinos) ou in- tima. do bullying deve basear-se nos princípios moraisdireto, também conhecido como agressão social e de comportamento, e na implicação de todos(mais comum em agressores do sexo feminino) BULLYING SOCIAL os membros da comunidade escolar.e caracterizada por forçar a vítima ao isolamentosocial. Perseguição: atos destinados a denegrir a digni- dade da pessoa: discriminação, desprezo, provo- cações.Coação: atos que pretendem dominar a conduta da vítima ao exercer um domínio e sub- missão total às vontades do agressor. 60Agosto / Setembro’16

PUBLICIDADE 61 Agosto / Setembro’16

AMBIENTE BRITORIBEIROPESCA SUSTENTÁVELOS PORTUGUESES SÃO OS TERCEIROS MAIORES CONSUMIDORES DE PEIXE A NÍVEL MUNDIAL, MAS ESTA REFERÊNCIA GASTRONÓMICAPODE ESTAR EM RISCO, DEVIDO ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS, POLUIÇÃO, MÁ GESTÃO DOS RECURSOS E SOBRE EXPLORAÇÃO DOSPESQUEIROS.Desde meados do século vinte que o consumo de peixe tem vindo a 2009 o estatuto dos stocks de lagostim portugueses foram considerados subir e estima-se que 90% dos recursos pesqueiros estejam sobre como “indefinidos”, e o estatuto dos stocks da pescada mantinham-se explorados ou no limite da sustentabilidade. como “sobre explorados”.Desde 1961 que o crescimento do consumo está nos 3,2% ao ano, represen- No entanto, a maioria da pesca no nosso país é artesanal e costeira, feitatando cerca de 160 milhões de toneladas anuais, ou seja, mais de 435.000 em embarcações de pequeno porte e pescando para consumo local. Estetoneladas diárias. tipo de atividade tem impacto ambiental geralmente menor do que a pesca industrial, em que são usadas embarcações de grande dimensão e artes deIgualmente, a aquacultura tal como tem sido desenvolvida, não é solução; pesca menos sustentáveis como o arrasto.para produzir um quilo de dourada são precisos um quilo e meio de raçãoseca, a qualidade do produto final é discutível e não raras vezes portadores A pesca em Portugal também é centrada em espécies em bom estado dede substâncias nocivas à saúde humana. 62% da produção em aquacultura conservação, o que contribui para reduzir o problema da sobre exploração,está localizada na China. como o esforço para que os stocks nacionais da sardinha, espécie emble- mática da nossa gastronomia, voltem a ser sustentáveis.Hoje em dia, os produtos da pesca são praticamente os únicos alimentos“selvagens” consumidos regularmente nos países Ocidentais. Tendo em conta a atual situação na exploração de pescas a nível mundial e o crescimento da população humana previsto para as próximas décadas,Um dos riscos que se corre na gestão da exploração de uma espécie é a é provável termos de lidar no futuro com problemas cada vez mais graves,sua sobre-exploração. Ou seja, poderá haver um excesso de capturas que relacionados com a sustentabilidade dos recursos pesqueiros. Por isso, éultrapassa a sua capacidade natural de reposição, tendo em conta as suas recomendável respeitar os limites de capturas apontados pelos cientistas,taxas de reprodução, de mortalidade e o lugar que ocupa na cadeia alimen- para que esses recursos continuem a ser renováveis.tar. E a insistência nesta forma de exploração durante algum tempo, essapopulação, ou mesmo a espécie, pode extinguir-se. Os recursos naturais são esgotáveis quando usados de uma forma incons- ciente, constatando-se que os mesmos são encarados apenas como ma-Por exemplo, isso aconteceu com o stock de bacalhau na Terra Nova, Ca- téria-prima no que se refere ao seu processo produtivo. Um aspeto fun-nadá, que colapsou em 1992 devido ao excesso de pesca. Mesmo depois damental para a mudança, destaca a perceção do mundo encarado comoda implementação de várias medidas de proteção ao bacalhau ainda não máquina, dando lugar a um mundo como sistema vivo. A mudança exigidarecuperou satisfatoriamente nessa área. diz respeito à perceção da natureza, do homem e da sociedade nas suas diferentes formas de organização. O novo paradigma necessita ser acom-Em Portugal, também há recursos pesqueiros como o lagostim e pescada panhado por uma alteração positiva e significativa de valores, reforçandoque foram avaliados como “sobre explorados” em 2004 e apesar da União o “salto” da expansão para a conservação, da quantidade para a qualidade,Europeia ter imposto um plano de recuperação em ambos os casos, em da denominação para a parceria. 62Agosto / Setembro’16

PUBLICIDADERESERVA MUNDIAL DAPONTE DA BARCA, NO CORAÇÃO DO PARQUE NACIONAL PENEDA - GERÊSDECLARADO RESERVA MUNDIAL DA BIOSFERA PELA UNESCO. 63 Agosto / Setembro’16

SAÚDE LÍGIARIOCONDROMALÁCIASÍNDROME PATELO-FEMURAL, CONDROPATIA DA RÓTULA OU SIMPLESMENTE DOR ANTERIOR DO JOELHO É A LESÃO CADA VEZ MAISCOMUM NO MEIO DOS ATLETAS TANTO PROFISSIONAIS COMO AMADORES. MAS A SUA MAIOR EXPRESSÃO TEM SURGIDO JUNTO DOSCORREDORES E PRATICANTES DE “TRAILS”.Ador do joelho pode ter inúmeras origens. No caso dos corredo- TRATAMENTO: res é principalmente devido a síndrome patelo-femural, condro- malacia da rótula, instabilidade/subluxação das rótulas ou tendi- É importante procurar ajuda ESPECIALIZADA logo no início dos sintomas nite do tendão rotuliano. para que não evoluam para quadros álgicos mais graves. No entanto, é prudente parar a corrida – fazer repouso, aplicar gelo, even-Desta vez, vamos falar de condromalacia. É abreviadamente o desgaste da tualmente anti-inflamatórios e analgésicos e fisioterapia para redução dacartilagem atrás da rótula devido ao (mau) contacto com os côndilos do fé- dor, regeneração dos tecidos e reeducação muscular e proprioceptiva. Tra-mur – osso da coxa. A condromalacia tem quatro estágios conforme o grau tamento cirúrgico só em último caso.de degeneração da cartilagem: amolecimento, fragmentação ou fissuras Hoje em dia, felizmente, já existem coadjuvantes para restaurar a cartila-até à erosão ou perda total da cartilagem. Ora, se a rótula fica sem a sua gem (mais eficaz em estágios mais baixos) como comprimidos e carteirasproteção, quando dobramos os joelhos, o contacto vai ser feito osso com para misturar com água com condroitina, glucosamina e ou ácido hialuróni-osso o que provoca muita dor. co. Este último também pode ser administrado por injeção local com resul-SINTOMAS: tados brilhantes.A dor surge por microtraumatismos repetidos, muitas vezes exagerados, PREVENÇÃO:durante as corridas e outras atividades físicas. Surge muitas vezes no início Para prevenir ocorrência deste problema ou até mesmo evolução para es-da corrida, principalmente ao subir monte ou rampas e ao descer, ao aga- tágios superiores, se já existir, deve-se ter a parte muscular reforçada echar, subir ou descer escadas ou simplesmente permanecer algum tempo equilibrada em termos de forças, manter boa flexibilidade dos músculosna posição de sentado. Dores acentuadas à frente e ao redor do joelho; adjacentes ao joelho, evitar posturas mantidas de flexão do joelho acimamuito comum sentir estalidos e crepitações (sinais comuns mesmo antes de 90 graus, evitar excesso de peso (menos carga sobre os joelhos), evitarde se sentir dores); ardência e dor ao estar com o joelho em flexão. corridas em declives, usar ténis adequados com boa capacidade de amor-CAUSAS: tecimento de impacto e evitar correr em pisos duros.Evolução agressiva dos treinos e insistência em atividades com dor, trauma Nesta altura da “operação praia” veem-se muitas pessoas a correr nos pa-por impacto local, início de artrose, exercícios mal orientados: são exem- redões das praias e na areia (desnivelados). Antes de iniciar a prática deveplos os steps, agachamentos com pesos, maquinas de musculação mal ca- certificar-se que reúne as condições para tal. Se o exercício for bem orien-libradas para o atleta, entre outros. tado só pode trazer benefícios!A subluxação das rótulas é outra grande causa. É principalmente causadopor desequilíbrios musculares que levam à lateralização da rótula. Comoestá mal “encaixada” nos sulcos do fémur, aquando do movimento, o con-junto articular sofre com o desequilíbrio desgastando-a. Esta patologia émais comum nas mulheres do que nos homens que muito tem a ver com ovalgo do joelho – comummente chamados de joelhos para dentro. 64Agosto / Setembro’16

CURIOSIDADES VALEMAISMARGOT ROBBIELavou pratos, fez limpezas e agora é estrela de HollywoodFoi em 2013, no filme ‘O Lobo de Wall Street’, que se deu a conhecer ao mundo. Tinha 23 anose nunca imaginou que seria atriz. Antes, foi empregada numa loja de surf durante dois anos,limpou casas, trabalhou num restaurante da cadeia Subway, e trabalhou numa farmácia. Foicamareira, trabalhou num bar e também lavou pratos. Um exemplo que, na vida, vale a penalutar pelos nossos sonhos. 65 Agosto / Setembro’16

SEXO&AMOR VALEMAIS6 COISAS QUE ACONTECEMQUANDO DEIXA DE FAZER SEXOTER RELAÇÕES SEXUAIS FAZ (MESMO) BEM À SAÚDE. ESTUDOS INTERNACIONAIS DEMONSTRAM AS CONSEQUÊNCIAS DA ABSTINÊNCIAE/OU DE UMA ATIVIDADE SEXUAL POUCO REGULARExistem muitas razões para que a sua vida sexual abrande ou chegue mes- 4. AUMENTO DAS INSEGURANÇAS NA RELAÇÃOmo a parar. Rotina, cansaço, ruturas nas relações, excesso de trabalho, quemuitas vezes também implica ausências, viagens... Enfim, trata-se de um Não ter relações sexuais implica, segundo os especialistas, um declínio na felicida-período de seca que pode ter uma série de implicações na sua saúde, boas de do casal, que cria um afastamento e uma insegurança. «Não haver sexo numae más. Saiba o que lhe pode acontecer quando deixa de fazer sexo: relação pode ser um golpe para a autoestima, gerar culpas e diminuir os níveis de oxitocina e de outras hormonas de união», refere mesmo Les Parrott, psicólogo e1. AUMENTO DA ANSIEDADE autor do livro «Salve o seu casamento antes de começar». «Também pode aumen- tar o medo de que algum dos elementos do casal vá procurar fora do matrimónioA atividade sexual ajuda as pessoas a descomprimir. Investigadores esco- solução para as suas necessidades sexuais, o que pode levar à paranóia».ceses descobriram que indivíduos que se abstiveram de fazer sexo tiverammais dificuldade em fazer frente a situações de stresse, como falar em pú- No entanto, o psicólogo alerta para o facto de que isto não significa que umblico, por exemplo. Dizem os investigadores que, durante o ato sexual, o casal sem sexo não possa ser feliz. «O sexo é apenas uma expressão de inti-cérebro liberta substâncias químicas como as endorfinas e a oxitocina que midade entre os casais», sublinha. Beijar, dar as mãos e/ou oferecer presentesnos ajudam a aumentar a sensação de prazer. inesperados são detalhes que podem ajudá-lo a sentir-se ligado à sua outra metade de forma emocional, sobretudo se não há muito tempo para a relação2. MAIOR RISCO DE CANCRO DA PRÓSTATA física.Os homens que deixam de praticar sexo com frequência podem perder os benefí- 5. POSSIBILIDADE DE EPISÓDIOS DE DISFUNÇÃO ERÉTILcios protetores da próstata. Um estudo apresentado pela American Urological As-sociation revela que os homens que praticam uma atividade sexual com frequên- Segundo um estudo publicado no American Journal of Medicine, os ho-cia têm menos 20% de risco de contrair cancro da próstata. A razão? As ejaculações mens que têm relações sexuais com pouca frequência são duas vezes maisfrequentes eliminam da próstata substâncias potencialmente perigosas. propensos a sofrer de disfunção erétil que os que fazem sexo uma ou mais vezes por semana. Os autores da investigação sugerem que, dado que o3. PERIGO DE GRIPES E CONSTIPAÇÕES pénis é um músculo, o sexo frequente pode ajudar a preservar a potência da mesma forma que o exercício físico ajuda a manter a força.Menos sexo pode reduzir a sua resistência a micróbios e diminuir o seu siste- 6. POTENCIA A DEPRESSÃOma imunitário, que fica assim como uma maior susce- tibilidade O aumento do estado depressivo (mas não provavelmente pelo motivo quea gripes e constipações. Investigadores da Wilkes- -Barre julga) é outra das consequências da falta de sexo. Um estudo do jornal Archives of Sexual Behavior defende que as mulheres podem sentir-seUniversity na Pensilvânia, nos EUA, descobriram mais deprimidas à medida que o tempo sem a prática de atividade sexual vaique indíviduos que praticam sexo uma ou duas aumentando. Mas pode não ser a efetiva falta da prática de sexo que pro- voca essa depressão.vezes por semana sofrem um aumento em 30%da imunoglobulina A (IgA) comparativamenteaos que têm relações sexuais raramenteou mesmo nunca. A equipa que levou a investigação a cabo encontrou mulhe- res que usaram preservativos nas relações sexuais com os parceiros, igualmente deprimidas. Esses investigadores defendem que alguns compostos que se encontram no sémen, incluindo a melatonina, a serotonina e a oxi- tocina, podem ter benefícios no estado de ânimo das mulheres que têm relações sexuais sem pro- teção. 66Agosto / Setembro’16

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