Pauta longa - Convivência digital e combate ao cyberbullying

ORIENTAÇÃO PARA FORMAÇÃO Público Alvo: Vice-diretores e Professores Mediadores Explicar ao público que o tema a ser discutido é emergencial, pois os problemas virtuais nestes tempos de isolamento físico estão aumentando muito e é necessário que a escola atue na formação moral dos estudantes, a fim de promover atitudes mais éticas e responsáveis. SLIDE 1 SLIDE 2 PARA O FORMADOR: o slide 2 apresenta os campos de atuação do CONVIVA SP: a convivência, a corresponsabilidade e a segurança escolar. SLIDE 3 1

PARA O FORMADOR: o slide 3 mostra as ações integradas desenvolvidas pelo CONVIVA SP. Esta ação foi desenvolvida em parceria com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral – GEPEM. SLIDE 4 PARA O FORMADOR: o slide 4 apresenta o tema central desta pauta que trata da convivência e problemas do mundo digital, principalmente nesta época de isolamento físico, em que todas as nossas necessidades estão sendo atendidas via internet. SLIDE 5 PARA O FORMADOR: o slide 5 apresenta os objetivos desta pauta. 2

SLIDE 6 PARA O FORMADOR: o slide 6 apresenta o conceito “Identidade Digital”, mostrando que todas as nossas postagens caracterizam nossa imagem diante do mundo. Atualmente, muitas empresas usam as redes sociais e outras fontes virtuais obter informações sobre candidatos a vagas de emprego. A internet é uma vitrine e somos vistos a partir do que postamos, curtimos ou comentamos. SLIDE 7 PARA O FORMADOR: o slide 7 apresenta algumas reflexões que norteiam o nosso trabalho de formação dos adolescentes e jovens:  Como queremos ser vistos?  Como queremos que as pessoas nos tratem?  O que podemos fazer para que as pessoas sejam tratadas do mesmo jeito que queremos que nos tratem com respeito? São estes os questionamentos que perpassam esta pauta. Podemos iniciar pensando em responder estas perguntas entre os participantes. O formador poderá pedir para algumas pessoas que quiserem falar as suas respostas. SLIDE 8 3

PARA O FORMADOR: o slide 8 apresenta os crimes mais corriqueiros da internet. Se eles acontecem é porque falta respeito e empatia nas pessoas que os cometem. É este o nosso ponto central: o que podemos fazer enquanto instituição que tem a responsabilidade de formação das crianças, adolescentes e jovens para o desenvolvimento dos valores morais e, consequentemente, de atitudes mais éticas e solidárias? O que caracteriza cada um dos crimes apresentados? FAKE NEWS: Notícias falsas (sendo também muito comum o uso do termo em inglês fake news) são uma forma de imprensa marrom que consiste na distribuição deliberada de desinformação ou boatos via jornal impresso, televisão, rádio, ou ainda online, como nas mídias sociais. Este tipo de notícia é escrito e publicado com a intenção de enganar, a fim de se obter ganhos financeiros ou políticos, muitas vezes com manchetes sensacionalistas, exageradas ou evidentemente falsas para chamar a atenção. CYBERBULLYING: Assédio virtual (do inglês cyberbullying) é uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar o outro. Tem se tornado cada vez mais comum na sociedade, especialmente entre os jovens. Atualmente, legislações e campanhas de sensibilização têm surgido para combatê-lo. PEDOFILIA: Pedofilia (também chamada de paedophilia erotica ou pedosexualidade) é um transtorno psiquiátrico em que um adulto ou adolescente mais velho sente uma atração sexual primária ou exclusiva por crianças pré-púberes, geralmente abaixo dos 11 anos de idade. Além da pedofilia, vemos também muitos casos de pornografia infantil. PORNOGRAFIA INFANTIL: A pornografia infantil é uma forma ilegal de pornografia que utiliza crianças pré-púberes, ou, num sentido mais amplo, de crianças e adolescentes menores de idade. O termo \"infantil\" é definido neste caso de acordo com as leis de cada país. Em relação à sua abrangência, as Nações Unidas definem pornografia infantil como \"qualquer representação, por quaisquer meios, de uma criança em atividades sexuais explícitas reais ou simuladas, ou qualquer representação das partes sexuais de uma criança para propósitos principalmente sexuais\" (Protocolo Opcional à Convenção dos Direitos da Criança sobre o Tráfico de Crianças, a Prostituição Infantil e a Pornografia Infantil – Artigo 2º, \"c\")(2002)[1] [2] [3] 4

A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (1990) determina que os países membros devem tomar medidas para impedir \"a exploração do uso de crianças em espetáculos ou materiais pornográficos\". Disponível em: https://pt.wikipedia.org/ RACISMO: Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma de ações sociais, práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que diferentes raças devem ser classificadas como inerentemente superiores ou inferiores com base em características, habilidades ou qualidades comuns herdadas. Também pode afirmar que os membros de diferentes raças devem ser tratados de forma distinta. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/ ESTELIONATO: (do latim tardio stellionātu, «engano; logro»[1]) é capitulado segundo o código penal brasileiro como crime contra o patrimônio (Título II, Capítulo VI, Artigo 171), sendo definido como \"obter, para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/ SEXTING: Sexting (contração de sex e texting) é um anglicismo que refere-se a divulgação de conteúdos eróticos e sensuais através de celulares. Iniciou-se através das mensagens SMS de textos sexualmente sugestivos com conteúdo sexual explícito, e com o avanço tecnológico tem-se aumentado o envio de fotografias e vídeos em posições sensuais ou nus, aos quais aplica-se o termo nude selfie (\"selfie de nudez\"), ou simplesmente nude. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/ SEXTORÇÃO: Um golpe na internet que consiste em ameaçar expor fotos e vídeos íntimos – chamado de \"sextorção\" — caso certa quantia em dinheiro não seja depositada. Este crime já atinge mais de 200 milhões de contas de e-mail. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/tecnologia/noticia/2019/08/golpe-de-extorsao-sexual- atinge-mais-de-200-milhoes-de-e-mails-diz-empresa-especializada- cjz05j4uh029n01msj9scu3zq.html ESTUPRO VIRTUAL: A nova redação do artigo 213 não cita o “estupro virtual”, mas passou a caracterizar estupro como o ato de “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. Disponível em: https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/o-que-e- estupro-virtual-especialistas-explicam.ghtml HOMOFOBIA: (homo, pseudoprefixo de homossexual,[1][2] fobia do grego φόβος \"medo\", \"aversão irreprimível\"[3]) é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a pessoas homossexuais, bissexuais e, em alguns casos, contra transgêneros e pessoas intersexuais. As definições para o termo referem-se variavelmente a antipatia, desprezo, preconceito, aversão e medo irracional.[4][5][6] A homofobia é observada como um comportamento crítico e hostil, assim como a discriminação[4][5] e a violência com base na percepção de que todo tipo de orientação sexual não-heterossexual é negativa. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/ SCAMERS: Scammers (ou fraudadores, em tradução livre) são perfis maliciosos usados para realizar golpes na Internet. O número de esquemas tem crescido tanto que o Instagram, em novembro de 2018, se posicionou contra os perfis criminosos. O ambiente online acaba facilitando ações ilegais, por conta da dificuldade de rastrear o criminoso e a 5

falta de informação dos internautas de como denunciar. Esses perfis são mais difíceis de identificar que do um fake comum, pois eles agem como se fossem reais — postam fotos, legendas, stories e informações que conferem legitimidade para o perfil, que pode ser pessoal ou institucional. O golpista busca por algum retorno específico, informações bancárias ou pessoais, dinheiro, senhas ou algum outro artifício de valor. Eles geralmente agem de duas formas distintas: a primeira é roubo de informações a partir de links ou URL, prática conhecida como \"phishing\". A segunda é a aproximação da vítima estabelecendo uma relação de confiança, podendo se apresentar como empresa, instituição ou como um pretendente. O \"scam romance\" (também conhecido como \"Catfish\") é quando o criminoso estabelece um relacionamento com a vítima. Ele também pode ser chamado de \"Golpe da Nigéria\", por ser comumente praticado por pessoas desse país onde o governo não tem como rastrear os criminosos. Após aplicar os golpes, os pretendentes desaparecem e criam novos perfis, aplicando novos golpes em outras vítimas. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/03/o-que-sao-scammers-entenda-a-fraude-no- instagram.ghtml INCITAÇÃO/ APOLOGIA AO CRIME: Na incitação o crime ainda não ocorreu e o estímulo é direto, com clara instigação. Exemplo: em uma manifestação o indivíduo sobe no carro e grita para as pessoas destruírem patrimônio público. Já na prática de apologia o crime já foi praticado e o estímulo é indireto, seja exaltando o delito ou seu autor. Exemplo: o patrimônio público foi destruído e um indivíduo se pronuncia publicamente parabenizando o ato de destruição do patrimônio público. Disponível em: https://wagnerfrancesco.jusbrasil.com.br/artigos/354309018/apologia-e-incitacao-ao-crime-quais- as-diferencas Algumas letras de músicas que depreciam as mulheres ou elogiam fatos ilícitos também são considerados crimes de incitação e/ ou apologia ao crime. Saiba mais: https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2018/01/18/o-funk-incitacao-e-apologia-de-crime/ LINCHAMENTO VIRTUAL: Basta uma atitude que seja entendida como errada por uma parte dos internautas, que lá vem a multidão como “justiceiros” para mostrar que aquilo que não pode ser feito. Essas publicações muitas vezes são cheias de mensagens de ódio e até ameaças de morte. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversaoearte/2020/02/14/interna_diversao_arte, 827860/saiba-o-que-e-linchamento-virtual-e-as-consequencias-do-ato.shtml O formador pode perguntar aos participantes se eles conhecem estes termos e, se necessário, apresentar o significado. SLIDE 9 6

PARA O FORMADOR: o slide 9 apresenta os fragmentos dos textos da sessão de estudos. Os textos tratam do Cyberbullying e do Linchamento Virtual. Os participantes podem se dividir em grupos e cada grupo lê um dos textos e responde as respectivas perguntas. SLIDE 10 PARA O FORMADOR: o slide 10 apresenta as perguntas referentes ao texto 1: COMPREENDENDO O FENÔMENO DO CYBERBULLYING (FRAGMENTO). SLIDE 11 7

PARA O FORMADOR: o slide 11 apresenta as questões referentes ao texto 2: LINCHAMENTOS VIRTUAIS: ENSAIO SOBRE O DESENTENDIMENTO HUMANO NA INTERNET (fragmento). SLIDE 12 PARA O FORMADOR: o slide 12 apresenta o momento de socialização das reflexões dos grupos acerca dos textos. O formador precisa reforçar a importância da instituição de espaços de discussão, reflexão e escuta dos problemas e das necessidades dos estudantes, reforçando sempre a máxima “tratar os outros da mesma forma com que queremos ser tratados”. Esses espaços dialógicos permitem o desenvolvimento da autorregulação, ou seja, a regulação do nosso próprio comportamento. SLIDE 13 8

PARA O FORMADOR: o slide 13 apresenta uma notícia para um estudo de caso. A notícia trata da morte de uma mulher inocente, que foi vítima de boatos divulgados nas redes sociais. O formador poderá discutir esta notícia com os presentes, a fim de levantar opiniões e sentimentos diante do caso apresentado. SLIDE 14 PARA O FORMADOR: o slide 14 apresenta as questões para discutirem sobre o caso apresentado. SLIDE 15 9

PARA O FORMADOR: o slide 15 apresenta o momento da socialização das discussões. O formador, mais uma vez, poderá reforçar sobre a importância dos espaços de diálogo e reflexão na escola para discussão acerca da identidade digital dos estudantes. SLIDE 16 SLIDE 17 10

PARA O FORMADOR: os slides 16 e 17 tratam do cyberbullying, apresentando um gráfico com respostas de alunos sobre locais onde ocorrem situações de intimidação entre pares com mais frequência. O gráfico mostra que a maior ocorrência se dá na internet. Neste momento de isolamento físico, angustiados e sem perspectivas, muitas vezes submetidos à violência doméstica, nossos alunos acabam extravasando o que estão sentindo através da agressão aos outros por meio da internet: a cyberagressão. Este é um tema que precisa ser discutido com nossos adolescentes e jovens. SLIDE 18 PARA O FORMADOR: o slide 18 apresenta um vídeo em que a Prof. Luciene Tognetta esclarece alguns pontos importantes sobre os problemas virtuais e apresenta uma proposta de trabalho para a escola desenvolver com as famílias e com os estudantes orienta os educadores. *VÍDEO A SER ENVIADO A TODOS OS PROFESSORES SLIDE 19 11

PARA O FORMADOR: o slide 19 apresenta 3 vídeos destinado aos pais. A Prof. Fernanda Issa aborda temas como limites no uso da internet, comunicação entre pais e filhos, construção de regras e o desenvolvimento da empatia virtual. * VÍDEOS A SEREM ENVIADOS AOS PAIS. SLIDE 20 PARA O FORMADOR: o slide 20 apresenta um vídeo em que a adolescente de 13 anos chamada Marina fala dos problemas vivenciados pelos adolescentes e jovens neste momento de pandemia e dá algumas dicas sobre como ajudar os colegas que estão angustiados neste momento e também sobre como enfrentar os problemas digitais. * VÍDEO A SER ENVIADO AOS ALUNOS SLIDE 21 12

SLIDE 22 SLIDE 23 PARA O FORMADOR: os slides 21, 22 e 23 tratam de ações a serem desenvolvidas com os alunos por meio de protocolos que promoverão uma auto-reflexão sobre 13

sentimentos e atitudes diante deste momento atípico que estamos vivendo. Estes protocolos foram desenvolvidos pelo GEPEM. SLIDE 24 PARA O FORMADOR: o slide 24 apresenta o Protocolo do Plano de Ajuda. São perguntas destinadas aos adolescentes e jovens (alunos do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio). Os alunos não precisarão devolver as respostas para a escola e nem mostrar a ninguém. SLIDE 25 PARA O FORMADOR: o slide 25 explica o objetivo e o uso deste protocolo. SLIDE 26 14

PARA O FORMADOR: o slide 26 apresenta o protocolo de Convivência na internet, que trata de uma reflexão sobre as atitudes na internet. SLIDE 27 PARA O FORMADOR: o slide 27 apresenta os objetivos deste protocolo. SLIDE 28 15

PARA O FORMADOR: o slide 28 apresenta o fechamento desta reunião de formação com a apresentação do livro “Espera, moleque”, da Prof. Luciene Tognetta. Vale a pena ler esta breve história para os presentes. SLIDE 29 PARA O FORMADOR: o slide 29 apresenta as referências bibliográficas utilizadas nesta pauta. SLIDE 30 16

Caros formadores, A proposta desta pauta é para que seja desenvolvida virtualmente, num período de 4 horas. Sugerimos a apresentação do vídeo dos educadores, da Prof. Luciene Tognetta, durante a reunião e que os demais vídeos sejam encaminhados aos vice-diretores e professores para que assistam em outro momento e, posteriormente, enviem aos responsáveis e estudantes. Esta pauta de formação será disponibilizada também na página do Conviva SP, no site da EFAPE. Caso queiram, sintam-se à vontade para convidarem qualquer integrante da equipe central do Conviva SP para participar, como ouvinte, da reunião de formação ou parte dela. Ficaremos honrados com o convite! A EQUIPE DO CONVIVA SP DESEJA A TODOS UMA EXCELENTE REUNIÃO DE FORMAÇÃO E COLOCAMO-NOS Á DISPOSIÇÃO PARA QUAISQUER ESCLARECIMENTOS! Sandra Maria Fodra Responsável pelo Núcleo de Formação – CONVIVA SP 17