LIVRO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS Prova Nacional de Seriação 2016 Exame de Simulação de 2016 Academia da Especialidade de Lisboa Exame de Simulação de 2016 Academia da Especialidade de Coimbra Edição 2017 300 perguntas com todas as respostas referenciadas e comentadas de acordo com a 19.ª edição do Harrison’s Principles of Medicine É o teu futuro em jogo. Não deixes que os outros escolham por ti! academiadaespecialidade.com Academia da Especialidade/ Oficina da Especialidade
Strategy is about making choices, trade-offs. It’s about deliberately choosing to be different. Michael Porter A Academia da Especialidade, nascida em Coimbra em 2008, é o projeto pioneiro de preparação intensiva para a Prova Nacional de Seriação. Em tempos de mudança, da exigência e competitividade aos moldes da prova, estamos e estaremos a trabalhar diligentemente para oferecer aos nossos colegas e alunos as melhores estratégias de preparação para um momento determinante do seu percurso académico e profissional. Acreditamos que não só é preciso estudar, como saber estudar. Perceber a conceção da prova, na sua estrutura e no seu conteúdo, é parte essencial desse processo, que se materializa, por exemplo, na resposta a perguntas de exames prévios ou de simulação. Além de permitir a compreensão de estereótipos de formulação e propostas de resolução, para melhor dirigir o estudo e consolidar conhecimentos, este exercício torna-se importante na gestão pessoal do tempo e recursos. Por isso, e atendendo à alteração da bibliografia no último concurso, apresentamos-te um total de 300 perguntas com todas as respostas referenciadas e comentadas de acordo com a 19.ª edição do Harrison’s Principles of Medicine : ● Prova Nacional de Seriação de 2016 ● Exame de Simulação de 2016 da Academia da Especialidade de Lisboa ● Exame de Simulação de 2016 da Academia da Especialidade de Coimbra As perguntas estão organizadas em 2 modelos que poderão ser usados em fases distintas da preparação: ● Por exame, em que as 100 perguntas aparecem em bloco, a que se seguem todas as respostas comentadas e a chave (versão para impressão) ● Por capítulo, em que à pergunta se segue a resposta comentada (versão para uso digital, cuja numeração corresponde à do primeiro modelo) Adicionalmente, classificámos as perguntas em 3 níveis de dificuldade, com vista a uma mais fácil autoavaliação. Ao nível 1 correspondem perguntas a que se responde com conhecimentos base da faculdade e relativo senso clínico; ao nível 2 perguntas mais específicas, com percentagens ou informação que conste de listas ou tabelas; ao nível 3 perguntas com rasteiras ou respeitantes a uma parte muito restrita do capítulo. Esperamos, deste modo, facilitar o estudo e contribuir para a familiarização com o conceito e estrutura da prova. Agradecemos a confiança na Academia da Especialidade como aliada na tua preparação. Na escolha deliberada pela diferença, poderás contar connosco para que o teu trabalho cumpra as expetativas e concretizes assim o teu potencial! P’la equipa da Academia da Especialidade Gonçalo Cunha Rui Barata Sandra Maurício
PROVA NACIONAL DE SERIAÇÃO 2016
PROVA NACIONAL DE SERIAÇÃO 2016 1. Acerca do exame físico na patologia cardiovascular, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. No pulso jugular, ondas a em canhão ocorrem quando há dissociação aurículo-ventricular. 2. Nas cardiopatias congénitas em que existe shunt direito-esquerdo, a cianose é tipicamente periférica. 3. A pressão venosa jugular raramente é medida, por não ter interesse na prática clínica. 4. Em doente com ritmo sinusal, o pulso jugular é tipicamente monofásico. 5. No pulso jugular a onda v corresponde a uma diminuição da pressão auricular. 2. Acerca da cianose, assinale a afirmação FALSA: 1. A perfusão de alvéolos pulmonares hipoventilados pode originar cianose central. 2. A intoxicação por monóxido de carbono pode apresentar-se sob a forma de um rubor da pele e mucosas, de cor vermelho cereja. 3. A metemoglobinemia apresenta-se habitualmente sob a forma de cianose periférica. 4. A existência de cianose depende da quantidade absoluta de hemoglobina reduzida. 5. Em indivíduos de raça negra, a cianose pode ser detetável apenas quando a saturação de oxigénio da hemoglobina desce para valores próximos de 75%. 3. Acerca da semiologia cardíaca, assinale a afirmação FALSA: 1. O sopro de Austin-Flint ocorre na regurgitação aórtica crónica grave. 2. Os sopros do coração esquerdo aumentam de intensidade com a expiração. 3. O sopro de regurgitação mitral aumenta de intensidade com os esforços isométricos. 4. O atrito pericárdico associado à pericardite pode diminuir de intensidade com o aumento de volume do derrame pericárdico. 5. A intensidade da maioria dos sopros cardíacos aumenta com a manobra de Valsalva. 4. Acerca da auscultação cardíaca, assinale a afirmação FALSA: 1. O 3º som (S3) ocorre na diástole, durante a fase de enchimento ventricular rápido. 2. O desdobramento do 1º som (S1) pode ser fisiológico em jovens, ou na presença de bloqueio de ramo direito. 3. Num defeito do septo auricular do tipo ostium secundum a duração do desdobramento A2-P2 é variável em função do ciclo respiratório. 4. Em doentes com insuficiência mitral grave o desdobramento fisiológico A2-P2 torna-se mais pronunciado. 5. Na fibrilhação auricular não é possível detetar o 4º som (S4). 5. Acerca da eletrocardiografia, assinale a afirmação FALSA: 1. Os antidepressivos tricíclicos podem prolongar a duração do potencial de ação ventricular. 2. O enfarte da aurícula pode originar desvios no segmento PR, e alterações na morfologia da onda P. 3. A onda J (Osborn) está descrita na hipotermia sistémica. 4. A hipocaliemia prolonga o período de repolarização ventricular. 5. Na hipocalcemia o intervalo QT fica mais curto.
PNS 2016 6. Acerca dos valores normais de pressão no estudo hemodinâmico, assinale a afirmação FALSA: 1. O valor médio de pressão de encravamento capilar oscila normalmente entre 4 mmHg e 12 mmHg. 2. A pressão sistólica de pico na artéria pulmonar oscila normalmente entre os 17 mmHg e os 32 mmHg. 3. A pressão média da aurícula direita pode ser igual a 0 mmHg. 4. A pressão média da aurícula esquerda é normalmente superior a 20 mmHg. 5. A pressão telediastólica do ventrículo direito oscila normalmente entre 1 mmHg e 7 mmHg. 7. Acerca das bradiarritmias, assinale a afirmação FALSA: 1. No enfarte agudo do miocárdio pode ocorrer bloqueio aurículo-ventricular (BAV) transitório em cerca de 10% a 25% dos doentes. 2. A artéria que irriga o nódulo sinusal tem origem na artéria coronária direita em menos de 5% dos casos. 3. O hipotiroidismo pode ser causa de disfunção extrínseca do nódulo sinusal. 4. A cardite associada à doença de Lyme pode provocar BAV em 10% dos casos. 5. A fibrose progressiva idiopática do tecido de condução é uma das causas mais comuns de BAV. 8. Acerca de fármacos antiarrítmicos, assinale a afirmação FALSA: 1. A prevenção da fibrilação auricular constitui a indicação mais comum para a utilização da dronedarona. 2. A adenosina é geralmente utilizada no tratamento da taquicardia paroxística supraventricular com mecanismo de reentrada no nódulo aurículo-ventricular. 3. O diltiazem é metabolizado principalmente por via hepática. 4. A semivida da propafenona por via oral varia entre duas e oito horas. 5. O sotalol pertence à classe II de fármacos antiarrítmicos. 9. Acerca da insuficiência cardíaca, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. Na insuficiência cardíaca aguda descompensada, a terapêutica inotrópica a longo prazo diminui a mortalidade. 2. Os fármacos beta-bloqueantes estão contraindicados quando a fração de ejeção do ventrículo esquerdo é inferior a 40%. 3. A espironolactona está associada a um aumento da mortalidade na insuficiência cardíaca sintomática, com diminuição da fração de ejeção ventricular, e em classe IV da classificação New York Heart Association (NYHA). 4. A existência de um 4. º som não é um indicador específico de insuficiência cardíaca, embora esteja habitualmente presente em doentes com disfunção diastólica. 5. A hipocaliémia é um dos efeitos secundários mais frequentes do tratamento com antagonistas da aldosterona. 10. Acerca das cardiopatias congénitas, assinale a afirmação FALSA: 1. A estenose aórtica supravalvular constitui a cardiopatia congénita mais frequente na síndrome de Williams-Beuren. 2. A anomalia de Ebstein pertence ao grupo das cardiopatias congénitas simples do adulto. 3. A gravidez está contra-indicada na presença de uma síndrome de Eisenmenger. 4. O encerramento cirúrgico da comunicação interventricular (CIV) de grandes dimensões deve ser efetuado precocemente na evolução da doença, antes da instalação de hipertensão arterial pulmonar grave e irreversível. 5. Na coartação da aorta o eletrocardiograma mostra habitualmente sinais de hipertrofia do ventrículo esquerdo.
PNS 2016 11. Acerca das cardiopatias valvulares, assinale a afirmação FALSA: 1. A estenose da válvula pulmonar pode ocorrer na presença de um tumor carcinóide. 2. Em adultos normais a área do orifício da válvula mitral varia entre 4 cm e 6 cm . 2 2 3. Na estenose valvular aórtica grave a área do orifício valvular é inferior a 1 cm . 2 4. As causas não reumáticas de estenose da válvula tricúspide constituem uma raridade. 5. A colocação de um balão de contrapulsação intra-aórtico constitui a terapêutica de eleição na regurgitação aórtica aguda, permitindo adiar a intervenção cirúrgica até 72 horas depois do diagnóstico. 12. Na estenose aórtica, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. Considera-se estenose aórtica grave quando a área valvular é inferior a 1cm . 2 2. O sopro cardíaco na auscultação é tipicamente diastólico. 3. Na estenose aórtica grave não existe desdobramento do 2.º som cardíaco (S2) com o ciclo respiratório. 4. No efeito de Gallavardin, o sopro de estenose aórtica distingue-se facilmente do sopro de regurgitação mitral. 5. Existe uma correlação direta entre as alterações no ECG e a gravidade hemodinâmica da obstrução. 13. Relativamente às miocardiopatia, assinale a afirmação FALSA: 1. Na miocardiopatia restritiva as aurículas são habitualmente de dimensões normais. 2. A hereditariedade explica cerca de 30% dos casos de miocardiopatia dilatada sem etiologia definida. 3. O protozoário Trypanosoma cruzi pode ser causa de miocardite infeciosa. 4. Tal como os picornavírus, os herpesvírus também podem originar processos de miocardite. 5. A sarcoidose pode associar-se a miocardite granulomatosa. 14. Relativamente às doenças do pericárdio, assinale a afirmação FALSA: 1. Na pericardite aguda, a terapêutica com anticoagulantes deve ser evitada. 2. A presença de atrito pericárdico na auscultação cardíaca pode ocorrer em cerca de 85% dos casos de pericardite aguda. 3. O derrame pericárdico é uma ocorrência rara na infeção a vírus da imunodeficiência humana (VIH). 4. A pericardite associada à uremia (pericardite urémica) pode ocorrer em um terço dos doentes com uremia crónica. 5. A fibrilhação auricular crónica está descrita num terço dos doentes com pericardite constritiva crónica. 15. Acerca da cardiopatia isquémica, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. A utilização de verapamil associado a beta-bloqueante constitui opção terapêutica de primeira linha no tratamento da cardiopatia isquémica. 2. A utilização diagnóstica de arteriografia coronária não tem interesse diagnóstico na suspeita de doença de Kawasaki. 3. A idade do doente não constitui fator prognóstico na cardiopatia isquémica. 4. Um nível elevado de proteína C-reativa de alta sensibilidade constitui um fator de risco independente para a ocorrência de cardiopatia isquémica. 5. A utilização de fibratos não tem interesse no tratamento da cardiopatia isquémica.
PNS 2016 16. Relativamente à angina instável (AI) e enfarte agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (EAM-SSST), assinale a afirmação FALSA: 1. Na angina variante de Prinzmetal a presença de vasoespasmo coronário focal é mais frequente na artéria coronária direita. 2. Em doentes com AI ou EAM-SSST, a angiografia coronária revela doença de três vasos coronários em menos de 5% dos casos. 3. Um quadro de angina de peito com um padrão “em crescendo” deve ser considerado como AI. 4. A utilização de beta-bloqueantes por via intravenosa está contraindicada em doentes com isquémia coronária grave e insuficiência cardíaca. 5. A utilização de prasugrel pode estar indicada em certos doentes com AI ou EAM-SSST que respondem ao clopidogrel de maneira deficiente. 17. Relativamente ao enfarte agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (EAM-CSST), assinale a afirmação FALSA: 1. Na maioria dos doentes com EAM-CSST transmural a pressão arterial sistólica aumenta cerca de 15 mmHg a 20 mmHg relativamente à pressão arterial pré-enfarte. 2. A ocorrência de diaforese num doente com dor subesternal durante mais de 30 minutos é fortemente sugestiva de EAM-ST. 3. Os níveis de troponina I podem permanecer elevados até 10 dias após a ocorrência de um EAM-CSST. 4. A presença de hipertensão arterial não controlada, com pressão arterial sistólica superior a 180 mmHg e/ou pressão arterial diastólica superior a 110 mmHg, constitui contraindicação formal para a utilização de terapêutica fibrinolítica na fase aguda do EAM-CSST. 5. O controlo rigoroso da glicemia contribui para uma diminuição da taxa de mortalidade do EAM-CSST em doentes diabéticos. 18. Acerca da hipertensão arterial (HTA), assinale a afirmação FALSA: 1. Em doentes com deficiência de 17 alfa-hidroxilase a síntese de hormonas sexuais e de cortisol encontra-se diminuída. 2. A angiotensina II é o principal fator regulador da síntese e secreção de aldosterona. 3. O risco de doença renal de etiologia hipertensiva está mais relacionado com a pressão arterial diastólica do que com a pressão arterial sistólica. 4. Indivíduos com “hipertensão de bata branca” apresentam um aumento do risco de virem a desenvolver HTA persistente. 5. A HTA está presente em mais de 80% dos doentes com insuficiência renal crónica. 19. Acerca da aortite, assinale qual a condição que NÃO a provoca: 1. Sífilis. 2. Síndrome de Cogan. 3. Espondilartropatia associada ao HLA-B27. 4. Síndrome de Marfan. 5. Síndrome de Behçet.
PNS 2016 20. Relativamente à transplantação cardíaca, assinale a afirmação FALSA: 1. A ciclosporina pertence ao grupo de imunossupressores inibidores da calcineurina. 2. A utilização de sirolimus está contraindicada durante e após a transplantação cardíaca dada a frequente ocorrência de diabetes mellitus. 3. O diagnóstico da rejeição pós-transplantação cardíaca é geralmente estabelecido por biópsia endomiocárdica. 4. A ocorrência de doença linfoproliferativa constitui uma das complicações mais frequentes pós-transplantação cardíaca. 5. Doentes submetidos a transplantação cardíaca raramente referem sintomas sugestivos de angina de peito. 21. Sobre as anemias, assinale a alínea FALSA: 1. A maioria das anemias hipoproliferativas deve-se a deficiência de ferro ou inflamação. 2. As anemias hipoproliferativas cursam com índice reticulocitário baixo. 3. As anemias hemolíticas cursam com índice reticulocitário baixo. 4. A anemia de doença inflamatória cursa com ferritinémia normal ou elevada. 5. Nas anemias por défice de folato observa-se um índice reticulocitário baixo. 22. Relativamente ao esfregaço de sangue periférico, é FALSO que: 1. Na anemia ferropénica grave os eritrócitos são frequentemente microcíticos e hipocrómicos. 2. As células em alvo podem ser observadas na talassémia. 3. Na uremia podem ser observados equinócitos. 4. Os corpúsculos de Howell-Jolly associam-se a esplenomegalia hiperfuncionante. 5. Os dacriócitos (células em lágrima) podem ser observados na mielofibrose. 23. Relativamente à anemia ferropénica, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. Queilose e coiloníquia são sinais de deficiência avançada de ferro tecidual. 2. Nas formas graves e prolongadas a hipoproliferação medular é mais habitual que a hiperplasia eritróide. 3. O doseamento de ferro sérico é o exame mais apropriado para estimar as reservas de ferro. 4. O índice de distribuição eritrocitária (RDW) está geralmente reduzido. 5. A contagem reticulocitária começa a aumentar dentro de 4 a 7 semanas após início de ferro oral. 24. Relativamente às hemoglobinopatias, assinale a afirmação FALSA: 1. A injeção endovenosa de azul de metileno é a terapêutica de emergência na metemoglobinemia. 2. Nas variantes instáveis de hemoglobina, são manifestações frequentes a presença de úlceras da perna ou de doença prematura da vesícula biliar. 3. Deve-se suspeitar de variantes de hemoglobina de alta afinidade em doentes com eritrocitose. 4. A β-talassemia minor cursa geralmente com microcitose e hipocromia profundas mas anemia ligeira. 5. Apenas raros doentes com talassémia desenvolvem deficiências endócrinas. 25. Sobre as anemias macrocíticas apenas uma afirmação é FALSA. Assinale-a: 1. A presença de neuropatia e anemia megaloblástica associada a deficiência de vitamina B12 constitui indicação para o início de terapêutica com cobalamina. 2. O metotrexato e o trimetoprim são alguns dos fármacos que inibem a di-hidrofolato redutase. 3. A anemia perniciosa é muito rara em doentes com doenças autoimunes específicas de outros órgãos. 4. Anticorpos antifator intrínseco foram detetados no suco gástrico de cerca 80% dos doentes com anemia perniciosa. 5. A profilaxia com cobalamina deve ser iniciada imediatamente após uma gastrectomia total.
PNS 2016 26. Todas as seguintes condições são causas intracorpusculares hereditárias de anemia hemolítica, EXCETO uma: 1. Hemoglobinúria paroxística noturna. 2. Hemoglobinopatias. 3. Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase. 4. Esferocitose hereditária. 5. Eliptocitose hereditária. 27. Relativamente à hemoglobinúria paroxística noturna, indique a afirmação FALSA 1. A hemoglobinúria ocorre por hemólise predominantemente intravascular. 2. A hemólise deve-se a uma anomalia dos eritrócitos que os torna suscetíveis ao complemento ativado. 3. Evolui frequentemente para leucemia mieloide aguda (mais de 30% dos casos). 4. Pode originar síndrome de Budd-Chiari. 5. A citometria de fluxo evidência distribuição celular bimodal de população CD59 negativa e CD55 negativa. 28. Sobre a policitemia é VERDADE que: 1. Os hepatomas e leiomiomas uterinos não produzem eritropoietina. 2. A esplenomegalia afasta o seu diagnóstico. 3. Níveis de eritropoietina indetetáveis excluem policitemia vera. 4. Os doentes com policitemia vera podem ter prurido aquagénico. 5. As tromboses de vasos abdominais são raras na policitemia vera. 29. Relativamente a adenopatias, assinale a afirmação FALSA: 1. A coexistência de adenopatias e esplenomegalia sugere a presença de uma doença sistémica. 2. A localização mais habitual das adenopatias regionais é o pescoço. 3. A maioria das adenopatias da região do pescoço tem etiologia maligna. 4. As adenopatias supraclaviculares podem corresponder a metástases de tumor maligno do testículo. 5. As adenopatias retroperitoneais volumosas são geralmente malignas. 30. Todas as seguintes condições podem originar esplenomegalia por infiltração, EXCETO uma. Assinale-a 1. Metástases de melanoma. 2. Síndrome de Felty. 3. Amiloidose. 4. Doença de Gaucher. 5. Trombocitemia essencial. 31. Relativamente aos distúrbios dos granulócitos e monócitos, assinale a afirmação FALSA: 1. A neutropenia de longa duração está associada a maior risco de infeção do que a neutropenia aguda. 2. Numa reação leucemóide os neutrófilos são geralmente maduros e sem origem clonal. 3. O defeito funcional mais comum dos neutrófilos é o défice de mieloperoxidase. 4. A síndrome de Löeffler é uma das síndromes hipereosinofílicas mais dramáticas. 5. Os doentes com doença granulomatosa crónica apresentam elevado número de infeções por micro-organismos catalase-positiva.
PNS 2016 32. Relativamente às leucemias mieloides agudas, assinale a afirmação FALSA: 1. Em doentes com mais de 65 anos de idade, a utilização de daunorrubicina em alta dose (90 mg/m ) 2 não mostrou benefícios devido à sua elevada toxicidade. 2. A infiltração gengival, cutânea e meníngea por blastos é característica dos subtipos monocíticos. 3. A maioria dos doentes tem anemia e trombocitopenia na altura de diagnóstico. 4. Doentes com t(6;9), inv(3) ou -7 têm um excelente prognóstico. 5. Cerca de metade dos doentes apresenta hiperuricemia ligeira ou moderada na altura do diagnóstico. 33. Todas as seguintes condições são frequentes no momento do diagnóstico de leucemias mieloides agudas, EXCETO uma. Assinale-a: 1. Anemia. 2. Fadiga. 3. Anorexia. 4. Esplenomegalia. 5. Sarcoma mieloide. 34. No que respeita à leucemia mieloide crónica, assinale a afirmação FALSA: 1. A crise blástica pode ser definida pela presença de pelo menos 30% blastos a nível medular ou no sangue periférico. 2. A trombocitopenia é frequente na altura do diagnóstico. 3. É provocada pelo produto quimérico dos genes BCR-ABL1, resultado da translocação entre os cromossomas 9 e 22. 4. A esplenomegalia é um achado frequente no exame físico. 5. A contagem de blastos no sangue periférico é habitualmente inferior a 5% na altura do diagnóstico. 35. Dos seguintes fatores da coagulação, todos podem ser avaliados pelo tempo de tromboplastina ativada (aPTT), EXCETO um. Assinale-o: 1. Fator II. 2. Fator XI. 3. Fator IX. 4. Fator VIII. 5. Fator VII. 36. Relativamente às várias formas de trombocitopenia, assinale a afirmação FALSA: 1. Na forma imune, a presença de lesões hemorrágicas na boca e na retina podem prenunciar a ocorrência de hemorragia potencialmente fatal. 2. A medula óssea deve ser analisada nos doentes com trombocitopenia isolada e mais de 60 anos. 3. A forma associada a fármacos resolve geralmente 7 a 10 dias após remoção do fármaco. 4. Os doentes com elevados níveis de anticorpo anti-heparina/FP4 têm elevado risco hemorrágico. 5. A hepatite C e o lúpus eritematoso sistémico são causas frequentes de púrpura trombocitopénica imune secundária. 37. A síndrome que caracteriza a púrpura trombocitopénica trombótica compreende todas as seguintes alíneas, EXCETO uma. Assinale-a: 1. Alterações neurológicas. 2. Leucopenia. 3. Trombocitopenia. 4. Falência renal. 5. Febre.
PNS 2016 38. Relativamente à doença de von Willebrand (DvW), assinale a afirmação FALSA: 1. Todos os doentes com baixos níveis de fator de von Willebrand apresentam sintomas hemorrágicos. 2. Na DvW tipo 1, os doentes têm predominantemente hemorragia das mucosas. 3. A DvW adquirida pode estar associada à síndrome de Heyde. 4. A DvW adquirida pode ocorrer nas gamapatias monoclonais de significado indeterminado. 5. Uma hemorragia menstrual que provoque anemia deve justificar uma investigação de DvW. 39. Relativamente à coagulação intravascular disseminada, assinale a afirmação FALSA: 1. O teste mais sensível para diagnóstico é o doseamento de produtos de degradação da fibrina. 2. O mecanismo central é a geração descontrolada de trombina por exposição do sangue a níveis patológicos do fator tecidual (tissue factor). 3. Na sua forma crónica, os sintomas de hemorragia são discretos e restritos à pele e mucosas. 4. Achados frequentes incluem esquizócitos e níveis aumentados de produtos de degradação da fibrina. 5. Achados frequentes incluem a presença de esquizócitos e níveis indetetáveis de produtos de degradação da fibrina. 40. Sobre as doenças da coagulação, indique a afirmação FALSA: 1. Níveis reduzidos de fator V podem ser indicadores de falência hepatocelular. 2. A presença de anticoagulante lúpico está associada a trombose mas não a hemorragia. 3. Na hemorragia persistente em doentes sob antagonistas da vitamina K é necessária reposição de plasma fresco congelado ou concentrado de complexo protrombínico. 4. Na púrpura trombocitopénica trombótica não há consumo de fatores da coagulação. 5. O prolongamento do tempo de protrombina é o achado mais precoce da deficiência de vitamina K. 41. Sobre situações de tosse crónica isolada em doentes sem alterações na radiografia torácica, assinale a resposta VERDADEIRA: 1. Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) podem causar tosse crónica numa percentagem relevante de casos, que pode atingir de 5% a 30% dos doentes medicados. 2. O tratamento sintomático e/ou empírico é desaconselhado. 3. A bronquite crónica eosinofílica pode causar esta situação e cursa habitualmente com broncoespasmo. 4. Nenhum dos opiáceos narcóticos tem utilidade no tratamento da tosse crónica não produtiva. 5. Os IECAs causam tosse crónica de modo dependente da dose. 42. Assinale a afirmação FALSA sobre as hemoptises: 1. São consideradas hemoptises maciças as que apresentam perdas de sangue superiores a 200 ml-600 ml em 24 horas. 2. Ocorrem frequentemente como primeira manifestação do carcinoma broncogénico do pulmão. 3. As neoplasias do pulmão envolvendo as vias aéreas proximais têm maior probabilidade de causar hemoptises. 4. A endometriose pulmonar pode ser uma causa de hemoptises recorrentes. 5. A radiografia simples do tórax é um exame de primeira linha na investigação de hemoptises.
PNS 2016 43. Relativamente aos exames complementares de diagnóstico na doença respiratória, assinale a afirmação FALSA: 1. A ecografia torácica pode auxiliar no diagnóstico de lesões pleurais, com septação. 2. A presença abundante de macrófagos numa colheita de expetoração indica a sua origem nas vias aéreas inferiores. 3. O diagnóstico de pneumonia por Pneumocystis jirovecii requer geralmente a colheita de expetoração, induzida ou provocada, e a utilização de coloração imunofluorescente. 4. A broncoscopia flexível é habitualmente realizada sem sedação. 5. A avaliação do lavado broncoalveolar tem um papel importante no diagnóstico de infeções por Pneumocystis jirovecii em doentes com infeção VIH. 44. Relativamente aos exames complementares de diagnóstico na doença respiratória, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. O exame citológico da expetoração com coloração de Papanicolaou tem utilidade na investigação da neoplasia do pulmão. 2. A tomografia de emissão de positrões com fluoro-desoxiglucose (FDG-PET Scan) não tem utilidade no estadiamento da neoplasia do pulmão. 3. A tomografia computorizada (TC) de alta resolução tem sido amplamente substituída pela utilização da cintigrafia de ventilação-perfusão no diagnóstico do tromboembolismo pulmonar. 4. A broncoscopia rígida não permite a simultânea ventilação do doente através do canal do broncoscópio. 5. A mediastinoscopia é habitualmente realizada por abordagem paraesternal. 45. Qual das seguintes afirmações sobre asma é VERDADEIRA? 1. A presença de hipertiroidismo condiciona habitualmente uma melhoria sintomática da asma. 2. A rinite alérgica ocorre em menos de 20% dos casos de asma. 3. Os alergénios que geralmente causam sensibilização são proteínas com atividade de protease. 4. A dermatite atópica raramente se encontra associada. 5. A maioria dos doentes sofre da chamada asma intrínseca que cursa com elevação de anticorpos IgE. 46. Qual dos seguintes fatores NÃO se encontra associado a uma maior probabilidade de ocorrência de asma? 1. Infeções virais. 2. Existência de alguns polimorfismos no cromossoma 5. 3. Paracetamol. 4. Obesidade. 5. Exposição a endotoxina em idade pediátrica. 47. Qual dos seguintes fármacos DEVE SER considerado terapêutica de primeira linha no controlo dos sintomas da asma ligeira persistente? 1. Montelucaste. 2. Beclometasona. 3. Prednisolona. 4. Hidrocortisona. 5. Brometo de ipratrópio.
PNS 2016 48. Qual das seguintes afirmações sobre a forma de apresentação clínica das pneumonites de hipersensibilidade é VERDADEIRA: 1. A apresentação crónica sob a forma fenotípica enfisematosa ocorre tipicamente na exposição a antigénios de pássaros. 2. A forma de apresentação aguda caracteriza-se principalmente por pieira, prurido nasal e exantema cutâneo. 3. A forma aguda manifesta-se habitualmente cerca de 24 a 48 horas após a exposição a um antigénio precipitante. 4. A forma de apresentação subaguda caracteriza-se por uma evolução gradual ao longo de várias semanas. 5. As formas de apresentação aguda e subaguda progridem habitualmente para uma forma crónica, mesmo quando removido o antigénio provocador. 49. Sobre doenças pulmonares ambientais e ocupacionais, assinale a afirmação FALSA: 1. A doença pulmonar relacionada com exposição a asbestos pode ocorrer em pessoas que não manusearam diretamente asbestos. 2. A exposição a poeiras orgânicas ou inorgânicas pode provocar um padrão de doença pulmonar restritiva. 3. A inalação de gases contendo produtos solúveis em água como a amónia causa geralmente um quadro clínico de fibrose pulmonar generalizada. 4. Este grupo de doenças pode provocar diminuição da capacidade de difusão pulmonar. 5. O quadro clínico e as doenças respiratórias associados à poluição ambiental atmosférica são muito semelhantes aos desencadeados pelo tabagismo. 50. Qual dos seguintes antibióticos NÃO é adequado ao tratamento de pneumonias associadas a cuidados de saúde, em doentes sem fatores de risco particulares para infeção por organismos multirresistentes: 1. Ertapenem. 2. Ceftriaxone. 3. Levofloxacina. 4. Moxifloxacina. 5. Claritromicina. 51. Qual dos seguintes NÃO constitui um fator de risco importante para desenvolver bronquiectasias: 1. Aspiração recorrente. 2. Síndrome de Marfan. 3. Défice de alfa-1-antitripsina. 4. Fibrose quística. 5. Artrite reumatoide. 52. Em relação à fibrose quística, é FALSO que: 1. Existe evidência radiológica de sinusite na maioria dos doentes. 2. A infeção por Burkholderia cepacia encontra-se associada a pior prognóstico do quadro pulmonar. 3. O Haemophilus influenza, o Staphylococcus aureus e a Pseudomonas aeruginosa são habitualmente os agentes isolados nas secreções respiratórias dos doentes. 4. A infertilidade masculina ocorre em cerca de 15% dos casos. 5. A diabetes mellitus ocorre em cerca de 30% dos doentes.
PNS 2016 53. Em relação à doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), é FALSO que: 1. É frequente o aumento do volume residual e da relação volume residual/capacidade pulmonar total. 2. Após um episódio de pneumonia é frequente haver redução significativa e permanente da função pulmonar. 3. O uso de tabaco pode levar à metaplasia pavimento-celular dos brônquios. 4. O efeito do tabaco sobre a função pulmonar depende da intensidade e do momento da exposição ao tabaco durante a fase de crescimento. 5. A PaO permanece próxima do normal até uma diminuição do FEV1 para valores inferiores a 50% do 2 previsto. 54. Em relação à doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), é VERDADE que: 1. Durante as exacerbações agudas deve administrar-se oxigénio para assegurar saturações arteriais superiores a 90%. 2. A existência na gasimetria de pCO superior a 35 mmHg define a presença de insuficiência respiratória. 2 3. O uso de anticolinérgicos inalados diminui a velocidade de declínio do FEV1. 4. A ventilação não invasiva nos doentes com insuficiência respiratória não altera a mortalidade durante as exacerbações agudas da doença. 5. A N-acetilcisteína diminui a frequência de exacerbações agudas. 55. Na avaliação do doente com queixas do foro respiratório, assinale a opção VERDADEIRA: 1. Os fervores são habitualmente sinais de lesão dos brônquios de médio calibre. 2. Na fibrose pulmonar ocorre egofonia na auscultação pulmonar. 3. A existência de estridor indica obstrução da via aérea superior. 4. No pneumotórax o murmúrio vesicular encontra-se habitualmente mantido em todas as áreas de auscultação pulmonar. 5. Nas zonas de derrame pleural deteta-se habitualmente um aumento do frémito. 56. Em relação às doenças da pleura são verdadeiras todas as seguintes frases, EXCETO: 1. Derrames pleurais associados a infeção por anaeróbios podem manifestar-se por perda ponderal e anemia ligeira. 2. Cerca de 50% dos doentes com pneumotórax primário espontâneo terão uma recorrência do mesmo. 3. A presença de um rácio proteínas no líquido pleural/proteínas séricas superior a 0,5 favorece o diagnóstico de exsudado. 4. Nas primeiras semanas após cirurgia de bypass coronário pode surgir derrame pleural que é habitualmente direito, sem conteúdo hemático, e com predomínio de pequenos linfócitos. 5. Na embolia pulmonar o derrame pleural é quase sempre um exsudato. 57. Relativamente às condições associadas a hipoventilação, é FALSO que: 1. O uso crónico de narcóticos ou hipotiroidismo grave podem originar hipercapnia crónica. 2. A hipoventilação por doença parenquimatosa pulmonar cursa com diminuição da tolerância ao exercício. 3. A apneia de sono central resulta geralmente de uma diminuição da sensibilidade à PaCO . 2 4. A ventilação com CPAP é o tratamento mais eficaz no tratamento da síndrome de apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS). 5. A elevação do bicarbonato plasmático na ausência de depleção volémica é sugestiva de hipoventilação.
PNS 2016 58. Em relação às doenças da ventilação, é FALSO que: 1. O uso noturno de ventilação não invasiva com pressão positiva associa-se a um aumento da sobrevida nos doentes com hipercapnia diurna comprovada. 2. Parestesias e tonturas podem ser sintomas de hiperventilação. 3. Nas doenças neuromusculares, a instalação recente de ortopneia pode ser um sinal de diminuição da força de contração dos músculos respiratórios. 4. O pacing diafragmático pode ser uma opção nos doentes com traumatismo medular cervical alto. 5. A ocorrência de hipocapnia crónica está sempre associada a ansiedade. 59. No que diz respeito a fatores de risco para a síndrome de apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) todas são verdadeiras, EXCETO: 1. Hipertiroidismo. 2. Obesidade. 3. Sexo masculino. 4. Acromegalia. 5. Síndrome de Down. 60. No que diz respeito às doenças pulmonares intersticiais associadas às doenças autoimunes do tecido conjuntivo, é FALSO que: 1. A síndrome de Sjögren pode associar-se a pneumonite intersticial linfocítica. 2. As doenças pulmonares intersticiais constituem até 20% das manifestações pulmonares na artrite reumatoide. 3. A capacidade difusão do monóxido de carbono (CO) está muitas vezes alterada nos doentes com lúpus eritematoso sistémico. 4. Cerca de metade dos doentes com esclerose sistémica progressiva têm evidência clínica de doença intersticial pulmonar. 5. A pneumonite lúpica aguda é a forma de envolvimento pulmonar mais comum nesta doença. 61. Relativamente à diarreia crónica, qual das seguintes afirmações é FALSA? 1. A obstrução linfática adquirida associa-se habitualmente à diminuição da absorção de aminoácidos e hidratos de carbono. 2. A má absorção idiopática de ácidos biliares é responsável por cerca de 40% dos casos de diarreia crónica de causa não esclarecida. 3. A diarreia de causa osmótica tipicamente cessa com o jejum ou com a descontinuação do agente causal. 4. A diarreia secretória caracteriza-se por diarreia aquosa, tipicamente sem dor abdominal associada, que persiste durante o jejum. 5. O consumo crónico de álcool pode provocar lesões nos enterócitos e acelerar o trânsito intestinal. 62. Relativamente à endoscopia digestiva, assinale a afirmação FALSA: 1. A taxa de incidência de complicações da colocação endoscópica de sonda de gastrostomia percutânea pode chegar aos 15%. 2. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) urgente diminui a taxa de morbilidade da pancreatite litiásica com retenção de cálculos nas vias biliares. 3. A laceração de Mallory-Weiss com coágulo aderente não sangrante necessita habitualmente de terapêutica endoscópica. 4. Na suspeita de disfagia de causa mecânica, a endoscopia digestiva alta deve ser um dos primeiros exames complementares na investigação diagnóstica. 5. Após CPRE, a pancreatite poderá ocorrer em até 30% dos doentes com disfunção do esfíncter de Oddi.
PNS 2016 63. Relativamente à avaliação do doente com patologia esofágica, assinale a afirmação FALSA: 1. Os doentes com anel de Schatzki tipicamente têm mais de 40 anos, sugerindo origem adquirida e não congénita. 2. A sensibilidade do estudo radiográfico do esófago com bário para detetar estenose esofágica é inferior à da endoscopia. 3. O estudo radiográfico do esófago com bário tem o inconveniente de raramente dispensar a necessidade de se efetuar endoscopia. 4. A monitorização do pH esofágico pode ser útil nos doentes com doença de refluxo que apresentam sintomas atípicos. 5. A hérnia do hiato do tipo I (por deslizamento) pode aumentar com um aumento da pressão intra-abdominal. 64. Em relação à doença de refluxo gastroesofágico (DRGE), qual das seguintes afirmações é FALSA? 1. Na presença de eosinofilia esofágica está indicado efetuar inicialmente prova terapêutica com fluticasona dada a ausência de resposta aos inibidores de bomba de protões. 2. O relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior é responsável por pelo menos 90% do refluxo em indivíduos normais ou em doentes com DRGE sem hérnia do hiato. 3. A hipersecreção de ácido no suco gástrico não é habitualmente o fator dominante no desenvolvimento de esofagite em doentes com DRGE. 4. A incidência de metaplasia de Barrett está associada a um aumento do risco de adenocarcinoma esofágico. 5. A gastrite crónica por Helicobacter pylori poderá ter um papel protetor relativamente ao refluxo gastroesofágico ao induzir atrofia gástrica. 65. Relativamente às manifestações hepatobiliares de doença inflamatória intestinal (DII), qual das seguintes afirmações é FALSA? 1. Os doentes com DII e colangite esclerosante primária (CEP) têm maior risco de neoplasia do cólon e deverão efetuar rastreio anual com colonoscopia e biópsias. 2. A colelitíase ocorre em 10% a 35% dos doentes com doença de Crohn com ileíte ou ressecção ileal. 3. A CEP ocorre com maior frequência na doença de Crohn, sendo particularmente rara na colite ulcerosa. 4. Cerca de 50% a 75% dos doentes com CEP têm concomitantemente DII. 5. A CEP pode manifestar-se antes do diagnóstico de DII ou anos após proctocolectomia devido a complicações de DII. 66. Em relação à avaliação da função hepática, todas as seguintes afirmações estão corretas, EXCETO uma. Indique-a. 1. O grau de elevação sérica da fosfatase alcalina não tem utilidade na distinção entre colestase intra-hepática e extra-hepática. 2. A presença de bilirrubina não conjugada na urina é um sinal muito sugestivo de hemólise. 3. Em doentes com icterícia em resolução, a bilirrubina urinária desaparece antes da normalização da bilirrubina sérica. 4. Existe uma fraca correlação entre a gravidade de encefalopatia aguda e a elevação da amónia sanguínea. 5. A passagem de um cálculo pela via biliar principal pode provocar um aumento de transaminases para valores entre 1000 U/L a 2000 U/L.
PNS 2016 67. Em relação à hepatotoxicidade por fármacos, indique a afirmação FALSA: 1. A hepatotoxicidade por fármacos não é habitualmente mais frequente em doentes com doença hepática crónica, com algumas exceções (aspirina, metotrexato, isoniazida, e alguns antirretrovirais). 2. O ácido ursodesoxicólico é particularmente eficaz na hepatotoxicidade com padrão colestático, sendo a sua utilização recomendada na generalidade destes casos. 3. Na hepatotoxicidade direta, o período de latência entre exposição e lesão hepática é habitualmente curto (algumas horas), embora o aparecimento das manifestações clínicas possa tardar entre 24 e 48 horas depois. 4. Manifestações extra-hepáticas de hipersensibilidade incluindo artralgias, febre e leucocitose ocorrem em cerca de um quarto dos doentes com hepatotoxicidade idiossincrática. 5. A hepatotoxicidade por fármacos pode estar associada ao aparecimento de autoanticorpos incluindo anticorpos contra a enzima do citocromo P450. 68. Relativamente à doença hepática alcoólica (DHA), qual das seguintes afirmações é FALSA? 1. Nas formas mais graves de DHA (com um fator discriminante superior a 32) poderá estar indicada terapêutica glucocorticóide. 2. A gordura tende a acumular-se nos hepatócitos perivenulares. 3. Os aspetos histológicos de hepatite alcoólica incluem infiltrado polimorfonuclear e fibrose perivenular e perisinusoidal no espaço de Disse. 4. A hepatite alcoólica é um precursor do desenvolvimento de cirrose mas é potencialmente reversível com abstinência alcoólica. 5. As mulheres com encefalopatia hepática no contexto de hepatite alcoólica grave habitualmente não respondem à terapêutica glucocorticóide. 69. Relativamente à pancreatite aguda, qual das seguintes afirmações é FALSA? 1. O carcinoma do pâncreas pode apresentar-se como pancreatite aguda. 2. Cerca de 25% dos doentes que tiveram um episódio de pancreatite aguda terão uma recorrência do quadro. 3. Na presença de pancreatite litiásica, doentes com evidência de colangite ascendente beneficiam da realização de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) entre 24 e 48 horas após a admissão. 4. A pancreatite aguda autoimune, habitualmente, não responde à terapêutica glucocorticóide. 5. Aproximadamente dois terços dos doentes com pancreatite aguda recorrente sem causa óbvia apresentam patologia litiásica biliar oculta com microlitíase. 70. Na pancreatite aguda, qual das seguintes afirmações é FALSA: 1. A pancreatite aguda grave é caracterizada pela persistência da falência de órgão para além das 48 horas. 2. A deficiência de apolipoproteína CII está associada ao aumento de incidência de pancreatite. 3. Não existe correlação definitiva entre a gravidade da pancreatite aguda e o grau de elevação dos níveis séricos de amilase e lipase. 4. O tabagismo poderá constituir fator de risco para a ocorrência de pancreatite aguda. 5. A utilização de antibioterapia profilática é mandatória na pancreatite aguda necrotizante. 71. Qual das seguintes causas de hemorragia digestiva baixa em adultos é MENOS frequente? 1. Colite isquémica. 2. Adenocarcinoma do cólon. 3. Ectasias vasculares do cólon (angiectasias). 4. Divertículos do cólon. 5. Úlceras ou colite induzidas por anti-inflamatórios não esteróides (AINEs).
PNS 2016 72. Relativamente às potenciais complicações do tratamento cirúrgico da doença ulcerosa péptica, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. Na gastropatia por refluxo biliar pós-gastrectomia parcial há tipicamente inflamação crónica intensa no exame histológico da mucosa do coto gástrico. 2. A anemia ferropénica pós-gastrectomia com gastrojejunostomia Billroth II geralmente é resistente à suplementação oral com sais de ferro. 3. A osteomalacia é uma complicação rara após gastrectomia parcial, ocorrendo em menos de 1% dos doentes. 4. A incidência de adenocarcinoma do coto gástrico aumenta 15 anos após uma gastrectomia parcial. 5. A síndrome de dumping (esvaziamento rápido), de gravidade variável, ocorre em menos de 5% dos doentes submetidos a vagotomia e drenagem (procedimento de Billroth), e tende a agravar-se numa fase mais tardia. 73. Relativamente aos distúrbios da absorção intestinal, assinale a afirmação FALSA: 1. Na síndrome de sobrecrescimento bacteriano a resposta à antibioterapia é rápida, geralmente com remissão dos sintomas nas primeiras 48 horas após o início do tratamento. 2. Os doentes com doença de Crohn, com envolvimento limitado do íleon distal, apresentam tipicamente um teste de D-xilose urinária normal. 3. Quase todos os doentes com dermatite herpetiforme apresentam alterações histológicas no intestino delgado compatíveis com doença celíaca. 4. A ressecção cirúrgica do íleon e, especialmente, da válvula ileocecal, está frequentemente associada a diarreia mais grave comparativamente à ressecção jejunal. 5. A combinação de um nível sérico baixo de cobalamina (vitamina B12) com um nível elevado de ácido fólico sugere o diagnóstico de síndrome de sobrecrescimento bacteriano. 74. Relativamente à doença diverticular do cólon, assinale a afirmação FALSA: 1. Após um episódio agudo autolimitado de hemorragia diverticular, o risco de recidiva hemorrágica ao longo da vida é de 25%. 2. Na doença diverticular não complicada, a terapêutica com rifaximina diminui a frequência da recorrência dos sintomas. 3. Na abordagem a longo prazo da doença diverticular não complicada, a terapêutica com probióticos não demonstrou qualquer benefício na redução da incidência das crises. 4. Na abordagem da diverticulite complicada, os abcessos diverticulares inferiores a 3 cm de diâmetro podem regredir com a utilização de antibióticos, sem necessidade de drenagem percutânea. 5. A colonoscopia pode ser realizada cerca de 6 semanas após o episódio agudo de doença diverticular. 75. Relativamente à insuficiência vascular mesentérica, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. No tratamento da isquemia mesentérica crónica, a angioplastia com colocação de próteses endovasculares associa-se a uma taxa de sucesso a longo prazo de apenas 20% dos casos. 2. Na isquemia mesentérica oclusiva cardioembólica, os êmbolos alojam-se preferencialmente nos pontos de Griffith ou Sudeck. 3. A colonoscopia está contraindicada na suspeita de colite isquémica, dado o risco de perfuração. 4. Na isquemia mesentérica não oclusiva está indicada a terapêutica com antibióticos de largo espectro. 5. Nos doentes com colite isquémica com necessidade de intervenção cirúrgica, o procedimento consiste preferencialmente na ressecção do intestino necrosado com anastomose primária.
PNS 2016 76. Relativamente à apendicite aguda, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. A abordagem cirúrgica da apendicite aguda por laparoscopia apresenta menor risco de abcessos intra-abdominais. 2. A incidência de apendicite aguda é menor nos países ocidentais. 3. O sinal de Rovsing está descrito na apendicite aguda. 4. A ecografia endovaginal tem pouco interesse na identificação de patologia pélvica dada a grande variabilidade de resultados entre diferentes operadores. 5. No caso particular de apendicite complicada com um abcesso de 5 cm, deve-se iniciar antibioterapia de largo espectro e realizar apendicectomia de urgência. 77. Em qual dos seguintes grupos populacionais considerados NÃO está recomendado o rastreio da infeção pelo vírus da hepatite C (VHC)? 1. Indivíduos que utilizaram drogas ilícitas por vias injetáveis. 2. Doentes em hemodiálise. 3. Indivíduos com elevações inexplicadas dos níveis de transaminases. 4. Parceiros(as) sexuais de indivíduos com infeção pelo VHC. 5. Indivíduos nascidos após 1988. 78. Acerca do tratamento da hepatite C crónica, assinale qual a opção em que NÃO existe diminuição da resposta à terapêutica: 1. Doença de longa duração. 2. Presença de polimorfismo do alelo T no locus IL28B. 3. Imunossupressão. 4. Idade inferior a 40 anos. 5. Diabetes mellitus tipo 2 com resistência à insulina. 79. Relativamente à esteato-hepatite não alcoólica (EHNA), assinale a afirmação FALSA: 1. A medicação com estatinas deve ser evitada em doentes com valores persistentemente elevados de transaminases. 2. O doseamento sérico das queratinas 8 e 18 pode ser útil na confirmação diagnóstica. 3. Pode evoluir para cirrose e carcinoma hepático. 4. Não existe melhoria histológica com a utilização de ácido ursodesoxicólico. 5. O risco de evolução para fibrose hepática grave é superior em doentes com diabetes mellitus tipo 2. 80. Relativamente à colelitíase e à colecistite aguda, assinale a afirmação FALSA: 1. A colecistectomia laparoscópica eletiva precoce constitui o tratamento de escolha para a maioria dos doentes com colecistite aguda não complicada. 2. Em doentes com colelitíase assintomática, o risco a longo prazo de complicações com indicação cirúrgica é muito elevado. 3. Na colecistite aguda, a ecografia abdominal documenta a presença de cálculos em 90% a 95% dos casos. 4. A taxa de recidiva da colecistite aguda submetida unicamente a tratamento conservador (não cirúrgico) é de 60% aos 6 anos. 5. A taxa de complicações na colecistite acalculosa é mais elevada do que na colecistite calculosa.
PNS 2016 81. Em relação à poliúria, indique a afirmação VERDADEIRA: 1. Diabetes mellitus mal controlada com glicosúria é uma causa rara de “diurese de solutos”. 2. A formação de grandes volumes de urina diluída é geralmente devida a estados de polidipsia ou diabetes insípida. 3. Define-se como a produção de volume de urina superior a 2 litros por dia. 4. O doseamento da osmolalidade urinária não tem utilidade na caracterização diagnóstica. 5. Resulta sempre da promoção ativa da excreção de sódio. 82. São causas de hipercaliémia todas as seguintes, EXCETO uma. Indique-a: 1. Insuficiência cardíaca congestiva. 2. Depleção de volume. 3. Doença de Addison. 4. Alcalose metabólica. 5. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECAs). 83. Em relação à lesão renal aguda, indique a afirmação FALSA: 1. A lesão renal aguda não oligúrica ocorre em mais de 80% dos doentes tratados com aminoglicosídeos, mesmo quando os níveis plasmáticos se encontram dentro do intervalo terapêutico. 2. Microangiopatias trombóticas, esclerodermia e doença ateroembólica são causas microvasculares de lesão renal aguda. 3. A hipoalbuminémia pode aumentar o risco associado a algumas nefrotoxinas. 4. As causas mais frequentes de lesão renal aguda intrínseca são sépsis, isquemia e nefrotoxinas. 5. Cisplatina e carboplatina acumulam-se nas células do túbulo proximal e provocam necrose e apoptose. 84. Todas as seguintes opções fazem parte do grupo de principais etiologias de doença renal crónica, EXCETO uma. Indique-a: 1. Glomerulonefrites. 2. Nefropatia hipertensiva. 3. Rim esponjoso medular. 4. Doença poliquística autossómica dominante. 5. Nefropatia diabética. 85. Em relação às vasculites de pequenos vasos associados à presença de anticorpos anti-citoplasma do neutrófilo (ANCA), indique a opção VERDADEIRA: 1. Na biópsia nasal, a presença de granulomas é essencial para confirmar o diagnóstico de poliangeíte microscópica. 2. A terapêutica de indução inclui habitualmente algum tipo de combinação de plasmaferese, metilprednisolona e ciclofosfamida. 3. Os anticorpos anti-mieloperoxidase (MPO) são mais frequentes na granulomatose com poliangeíte (granulomatose de Wegener). 4. Os pulsos endovenosos mensais de ciclofosfamida são mais eficazes na indução de remissão do que a administração de ciclofosfamida oral diária. 5. A hipogamaglobulinemia ocorre com muita frequência na vasculite de Churg-Strauss.
PNS 2016 86. São consideradas causas secundárias de nefropatia membranosa todas as seguintes, EXCETO uma. Indique-a: 1. Mercúrio. 2. Hepatite C. 3. Vírus BK. 4. Neoplasia do esófago. 5. Tiroidite de Hashimoto. 87. Em relação à nefropatia IgA, indique a opção FALSA: 1. Tem um pico de incidência na segunda e terceira décadas de vida. 2. Ocorre com maior frequência no sexo feminino. 3. É classicamente caracterizada por hematúria episódica associada a depósitos de IgA no mesângio. 4. Foi descrita pela primeira vez por Berger. 5. É uma das formas mais comuns de glomerulopatia em todo o mundo. 88. Em relação à síndrome de Alport, assinale a afirmação FALSA: 1. A proteinúria ocorre precocemente na evolução da doença e é geralmente superior a 3 gramas na urina de 24 horas. 2. A hematúria é uma manifestação frequente desta síndrome. 3. Pode associar-se a uma forma de retinopatia. 4. Existe transmissão hereditária associada ao cromossoma X em mais de 85% dos casos. 5. Nalguns doentes é possível estabelecer a presença da mutação alfa-5 (IV) do colagénio através de biópsia cutânea. 89. De acordo com a classificação da doença renal crónica, segundo a Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO), indique a opção FALSA: 1. No estádio G2, o débito filtrado glomerular estimado é superior a 60 ml/min/1.73 m e inferior a 89 2 ml/min/1.73 m . 2 2. A classificação da doença renal crónica encontra-se definida de acordo com o débito filtrado glomerular estimado e a quantificação da proteinúria. 3. No estádio G5, o débito filtrado glomerular estimado é inferior a 15 ml/min/1.73 m . 2 4. No estádio G4, o débito filtrado glomerular estimado é superior a 30 ml/min/1.73 m . 2 5. No estádio G3a, a presença de albuminúria grave (estádio A3) corresponde a um risco mais elevado de progressão da doença renal crónica. 90. São causas de anemia na doença renal crónica, todas as opções, EXCETO uma. Indique-a: 1. Diátese hemorrágica. 2. Deficiência relativa de eritropoetina. 3. Deficiência de ferro. 4. Inflamação crónica. 5. Hipoparatiroidismo. 91. Em relação à microangiopatia trombótica, assinale a afirmação FALSA: 1. A síndrome de Upshaw-Schülman é uma forma hereditária de púrpura trombocitopénica trombótica (PTT) que pode manifestar-se nas primeiras semanas de vida. 2. A PTT manifesta-se tradicionalmente por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia, febre, insuficiência renal, e pela presença de sintomas neurológicos. 3. A PTT é provocada por uma atividade plasmática excessiva da enzima ADAMTS13. 4. Sem tratamento, a mortalidade da PTT pode exceder os 90%. 5. Mesmo com o tratamento atualmente recomendado, a mortalidade da PTT pode chegar aos 20% no primeiro mês.
PNS 2016 92. Em relação às complicações durante a hemodiálise, indique a afirmação VERDADEIRA: 1. As reações anafilactoides do tipo B, ao dialisador, consistem na ocorrência de exantema cutâneo cerca de 24 horas após o final da sessão de hemodiálise. 2. A hipotensão é uma complicação rara. 3. A hemodiálise com bicarbonato é mais cardiodepressora do que com a utilização de acetato. 4. A incidência de reações anafilactoides ao dialisador diminuiu significativamente com a utilização de membranas de celulose. 5. As reações anafilactoides do tipo A, ao dialisador, são mediadas por IgE. 93. Em relação à doença renal poliquística (DRP), indique a afirmação FALSA: 1. Muitos doentes com DRP dominante poderão permanecer assintomáticos até à quarta ou quinta década de vida. 2. A DRP autossómica recessiva afeta sobretudo a população pediátrica. 3. O carcinoma de células renais é uma complicação frequente da DRP autossómica dominante. 4. A DRP autossómica dominante é uma doença sistémica que resulta de mutações no gene PKD-1 ou PKD-2. 5. A DRP autossómica dominante pode afetar todos os grupos étnicos. 94. Em relação à transplantação renal no tratamento da doença renal crónica, indique a afirmação FALSA: 1. Alguns anticorpos naturais contra antigénios do sistema HLA classe I (A, B, C) e classe II (DR) podem provocar perda do enxerto por rejeição hiperaguda. 2. Virtualmente todos os doentes que recebem um transplante apresentam maior sobrevida relativamente aos doentes de risco comparável que permanecem em diálise. 3. A taxa de mortalidade é maior no primeiro ano após transplante e está relacionada com a idade. 4. O candidato a transplante renal deve ter uma esperança de vida superior a 5 anos. 5. A incompatibilidade sanguínea do sistema Rh entre dador e recetor faz parte das contraindicações imunológicas absolutas à transplantação renal. 95. Em relação às complicações da transplantação renal, indique a afirmação FALSA: 1. A necrose asséptica da cabeça do fémur deve-se provavelmente à existência de hiperparatiroidismo previamente ao transplante, agravada pela terapêutica com corticoides. 2. A anemia é rara no período pós-transplantação. 3. A hipercalcemia após transplantação pode indiciar ausência de regressão da hiperplasia das glândulas paratiroideias. 4. O linfoma não-Hodgkin é uma das neoplasias mais frequentes. 5. Os doentes transplantados têm uma elevada prevalência de doença arterial coronária e de doença vascular periférica. 96. São causas de glomerulonefrite membranoproliferativa todas EXCETO uma. Indique-a: 1. Nefropatia aterosclerótica. 2. Lúpus eritematoso sistémico. 3. Hepatite B. 4. Neoplasia da mama. 5. Endocardite bacteriana subaguda.
PNS 2016 97. Quanto à glomeruloesclerose focal e segmentar, indique a afirmação FALSA: 1. Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina estão contraindicados na forma primária da doença. 2. É caracterizada pela presença de um padrão de cicatriz glomerular segmentar que atinge alguns glomérulos, mas não todos. 3. A nefropatia de refluxo é uma causa de glomeruloesclerose focal e segmentar secundária. 4. Pode estar associada à infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH). 5. As alterações histológicas de glomeruloesclerose focal e segmentar são mais proeminentes nos glomérulos localizados na junção corticomedular. 98. Todos os seguintes fatores constituem causa de necrose papilar, EXCETO: 1. Uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides. 2. Diabetes com infeção urinária. 3. Drepanocitose. 4. Nefropatia gotosa. 5. Analgésicos. 99. Em relação às alterações hidroeletrolíticas, indique a afirmação FALSA: 1. A concentração de solutos ou partículas num fluido é conhecida como a sua osmolalidade e é expressa em unidade de miliosmóis por quilograma de água (mOsm/kg). 2. A água contribui para cerca de 50% do peso corporal na mulher, e 60% no homem. 3. A água corporal total encontra-se distribuída 55% a 75% pelo compartimento intracelular, e 25% a 45% pelo compartimento extracelular. 4. Mais de dois terços do cloreto de sódio filtrado pelo glomérulo são absorvidos no túbulo renal distal. 5. A semivida da vasopressina na circulação sanguínea varia entre 10 a 20 minutos. 100. Em relação ao equilíbrio ácido-base, indique a afirmação FALSA: 1. Os aniões plasmáticos não mensuráveis incluem proteínas aniónicas (como a albumina), fosfato, sulfato e aniões orgânicos. 2. Num doente com acidose metabólica e uma concentração de bicarbonato próxima dos 12 mmol/L é expetável que apresente uma PaCO entre 24 mmHg e 28 mmHg. 2 3. A acidose metabólica devida ao aumento de ácidos endógenos (cetoacidose) reduz a concentração de bicarbonato no fluido extracelular diminuindo o seu pH. 4. Um doente com cetoacidose diabética (acidose metabólica) pode desenvolver um problema respiratório independente (por exemplo: pneumonia) conduzindo a acidose ou alcalose respiratória. 5. O hiato aniónico, anion gap (AG), representa os aniões plasmáticos não mensuráveis e é obtido através da soma do sódio com o cloro e o bicarbonato (AG=Na +Cl +HCO ). + 3- -
PNS 2016 RESPOSTAS COMENTADAS 1. Acerca do exame físico na patologia cardiovascular, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. No pulso jugular, ondas a em canhão ocorrem quando há dissociação aurículo-ventricular. (pág. 1444, col. 1, par. 2, lin. 4) 2. Nas cardiopatias congénitas em que existe shunt direito-esquerdo, a cianose é tipicamente periférica. (pág. 1442, col. 2, par. 2, lin. 1) central 3. A pressão venosa jugular raramente é medida, por não ter interesse na prática clínica. (pág. 1443, col. 2, par. 4, lin. 1) é o dado do exame objectivo mais importante para estimar a volémia 4. Em doente com ritmo sinusal, o pulso jugular é tipicamente monofásico. (pág. 1444, col. 1, par. 1, lin. 4) bifásico 5. No pulso jugular a onda v corresponde a uma diminuição da pressão auricular. (pág. 1444, col. 1, par. 2, lin. 12) ao retorno venoso à aurícula (diástole auricular) 2. Acerca da cianose, assinale a afirmação FALSA: 1. A perfusão de alvéolos pulmonares hipoventilados pode originar cianose central. (pág. 249, col. 1, par. 5, lin. 1) 2. A intoxicação por monóxido de carbono pode apresentar-se sob a forma de um rubor da pele e mucosas, de cor vermelho cereja. (pág. 248, col. 2, par. 7, lin. 9) 3. A metemoglobinemia apresenta-se habitualmente sob a forma de cianose periférica. (pág. 249, tab. 49-1) central 4. A existência de cianose depende da quantidade absoluta de hemoglobina reduzida. (pág. 249, col. 1, par. 2, lin. 1) 5. Em indivíduos de raça negra, a cianose pode ser detetável apenas quando a saturação de oxigénio da hemoglobina desce para valores próximos de 75%. (pág. 248, col. 2, par. 8, lin. 4) 3. Acerca da semiologia cardíaca, assinale a afirmação FALSA: 1. O sopro de Austin-Flint ocorre na regurgitação aórtica crónica grave. (pág. 1449, col. 2, par. 2, lin. 20) 2. Os sopros do coração esquerdo aumentam de intensidade com a expiração. (pág. 1450, col. 1, par. 1, lin. 1) 3. O sopro de regurgitação mitral aumenta de intensidade com os esforços isométricos. (pág. 1450, tab. 267-1) 4. O atrito pericárdico associado à pericardite pode diminuir de intensidade com o aumento de volume do derrame pericárdico. (pág. 1450, col. 2, par. 2, lin. 10) 5. A intensidade da maioria dos sopros cardíacos aumenta com a manobra de Valsalva. (pág. 1450, tab. 267-1) diminui 4. Acerca da auscultação cardíaca, assinale a afirmação FALSA: 1. O 3º som (S3) ocorre na diástole, durante a fase de enchimento ventricular rápido. (pág. 1448, col. 1, par. 2, lin. 1) 2. O desdobramento do 1º som (S1) pode ser fisiológico em jovens, ou na presença de bloqueio de ramo direito. (pág. 1447, col. 1, par. 5, lin. 3) 3. Num defeito do septo auricular do tipo ostium secundum a duração do desdobramento A2-P2 é variável em função do ciclo respiratório. (pág. 1447, col. 1, par. 6, lin. 8) fixo 4. Em doentes com insuficiência mitral grave o desdobramento fisiológico A2-P2 torna-se mais pronunciado. (pág. 1447, col. 1, par. 6, lin. 3) 5. Na fibrilhação auricular não é possível detetar o 4º som (S4). (pág. 1448, col. 1, par. 3, lin. 5)
PNS 2016 5. Acerca da eletrocardiografia, assinale a afirmação FALSA: 1. Os antidepressivos tricíclicos podem prolongar a duração do potencial de ação ventricular. (pág. 1455, col. 2, par. 2, lin. 13) 2. O enfarte da aurícula pode originar desvios no segmento PR, e alterações na morfologia da onda P. (pág. 1451, col. 1, par. 4, lin. 6) 3. A onda J (Osborn) está descrita na hipotermia sistémica. (pág. 1457, col. 2, par. 1, lin. 11) 4. A hipocaliemia prolonga o período de repolarização ventricular. (pág. 1457, col. 2, par. 1, lin. 2) 5. Na hipocalcemia o intervalo QT fica mais curto. (pág. 1457, col. 2, par. 1, lin. 13) longo 6. Acerca dos valores normais de pressão no estudo hemodinâmico, assinale a afirmação FALSA: 1. O valor médio de pressão de encravamento capilar oscila normalmente entre 4 mmHg e 12 mmHg. 2. A pressão sistólica de pico na artéria pulmonar oscila normalmente entre os 17 mmHg e os 32 mmHg. 3. A pressão média da aurícula direita pode ser igual a 0 mmHg. 4. A pressão média da aurícula esquerda é normalmente superior a 20 mmHg. 4 a 12 mmHg 5. A pressão telediastólica do ventrículo direito oscila normalmente entre 1 mmHg e 7 mmHg. (pág. 1461, tab. 272-2) 7. Acerca das bradiarritmias, assinale a afirmação FALSA: 1. No enfarte agudo do miocárdio pode ocorrer bloqueio aurículo-ventricular (BAV) transitório em cerca de 10% a 25% dos doentes. (pág. 1472, col. 1, par. 3, lin. 4) 2. A artéria que irriga o nódulo sinusal tem origem na artéria coronária direita em menos de 5% dos casos. (pág. 1466, col. 2, par. 5, lin. 9) 55-60% dos casos 3. O hipotiroidismo pode ser causa de disfunção extrínseca do nódulo sinusal. (pág. 1467, col. 2, par. 2, lin. 6) 4. A cardite associada à doença de Lyme pode provocar BAV em 10% dos casos. (pág. 1471, col. 2, par. 1, lin. 2) 5. A fibrose progressiva idiopática do tecido de condução é uma das causas mais comuns de BAV. (pág. 1471, col. 2, par. 2, lin. 1) 8. Acerca de fármacos antiarrítmicos, assinale a afirmação FALSA: 1. A prevenção da fibrilação auricular constitui a indicação mais comum para a utilização da dronedarona. 2. A adenosina é geralmente utilizada no tratamento da taquicardia paroxística supraventricular com mecanismo de reentrada no nódulo aurículo-ventricular. 3. O diltiazem é metabolizado principalmente por via hepática. 4. A semivida da propafenona por via oral varia entre duas e oito horas. 5. O sotalol pertence à classe II de fármacos antiarrítmicos. classe III (pág. 1480, tab. 276-4)
PNS 2016 9. Acerca da insuficiência cardíaca, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. Na insuficiência cardíaca aguda descompensada, a terapêutica inotrópica a longo prazo diminui a mortalidade. (pág. 1509, col. 2, par. 2, lin. 13) aumenta 2. Os fármacos beta-bloqueantes estão contraindicados quando a fração de ejeção do ventrículo esquerdo é inferior a 40%. (pág. 1511, col. 1, par. 1, lin. 2) são a pedra basilar [da insuficiência cardíaca com fração de ejeção diminuída (<40%)] 3. A espironolactona está associada a um aumento da mortalidade na insuficiência cardíaca sintomática, com diminuição da fração de ejeção ventricular, e em classe IV da classificação New York Heart Association (NYHA). (pág. 1511, col. 2, par. 2, lin. 1) uma diminuição; classes II-IV 4. A existência de um 4. º som não é um indicador específico de insuficiência cardíaca, embora esteja habitualmente presente em doentes com disfunção diastólica. (pág. 1504, col. 2, par. 2, lin. 12) 5. A hipocaliémia é um dos efeitos secundários mais frequentes do tratamento com antagonistas da aldosterona. (pág. 1511, col. 2, par. 2, lin. 9) A hipercaliémia (...) é um problema, especialmente em doentes com doença renal crónica (...). 10. Acerca das cardiopatias congénitas, assinale a afirmação FALSA: 1. A estenose aórtica supravalvular constitui a cardiopatia congénita mais frequente na síndrome de Williams-Beuren. (pág. 1525, col. 1, par. 3, lin. 9) 2. A anomalia de Ebstein pertence ao grupo das cardiopatias congénitas simples do adulto. (pág. 1521, tab. 282-3) complexas 3. A gravidez está contra-indicada na presença de uma síndrome de Eisenmenger. (pág. 1522, col. 2, par. 1, lin. 12) 4. O encerramento cirúrgico da comunicação interventricular (CIV) de grandes dimensões deve ser efetuado precocemente na evolução da doença, antes da instalação de hipertensão arterial pulmonar grave e irreversível. (pág. 1522, col. 1, par. 3, lin. 2) 5. Na coartação da aorta o eletrocardiograma mostra habitualmente sinais de hipertrofia do ventrículo esquerdo. (pág. 1525, col. 1, par. 5, lin. 15) 11. Acerca das cardiopatias valvulares, assinale a afirmação FALSA: 1. A estenose da válvula pulmonar pode ocorrer na presença de um tumor carcinóide. (pág. 1549, col. 1, par. 2, lin. 4) 2. Em adultos normais a área do orifício da válvula mitral varia entre 4 cm e 6 cm . (pág. 1539, col. 2, par. 2 2 2, lin. 1) 3. Na estenose valvular aórtica grave a área do orifício valvular é inferior a 1 cm . (pág. 1531, col. 2, par. 2 2, lin. 7) 4. As causas não reumáticas de estenose da válvula tricúspide constituem uma raridade. (pág. 1547, col. 1, par. 3, lin. 8) 5. A colocação de um balão de contrapulsação intra-aórtico constitui a terapêutica de eleição na regurgitação aórtica aguda, permitindo adiar a intervenção cirúrgica até 72 horas depois do diagnóstico. (pág. 1536, col. 2, par. 4, lin. 3) está contraindicado na regurgitação aórtica aguda
PNS 2016 12. Na estenose aórtica, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. Considera-se estenose aórtica grave quando a área valvular é inferior a 1cm . (pág. 1531, col. 2, 2 par. 2, lin. 7) 2. O sopro cardíaco na auscultação é tipicamente diastólico. (pág. 1531, col. 1, par. 7, lin. 1) sistólico 3. Na estenose aórtica grave não existe desdobramento do 2.º som cardíaco (S2) com o ciclo respiratório. (pág. 1531, col. 1, par. 6, lin. 4) O fecho da válvula aórtica pode ocorrer depois do da válvula pulmonar, causando desdobramento paradoxal de S2. 4. No efeito de Gallavardin, o sopro de estenose aórtica distingue-se facilmente do sopro de regurgitação mitral. (pág. 1531, col. 1, par. 7, lin. 7) pode ser confundido com o sopro sistólico da regurgitação mitral 5. Existe uma correlação direta entre as alterações no ECG e a gravidade hemodinâmica da obstrução. (pág. 1531, col. 2, par. 1, lin. 4) Não existe uma correlação próxima 13. Relativamente às miocardiopatia, assinale a afirmação FALSA: 1. Na miocardiopatia restritiva as aurículas são habitualmente de dimensões normais. (pág. 1566, col. 1, par. 2, lin. 4) estão aumentadas, por vezes massivamente 2. A hereditariedade explica cerca de 30% dos casos de miocardiopatia dilatada sem etiologia definida. (pág. 1553, col. 2, par. 2, lin. 3) 3. O protozoário Trypanosoma cruzi pode ser causa de miocardite infeciosa. (pág. 1557, col. 1, par. 2, lin. 8) 4. Tal como os picornavírus, os herpesvírus também podem originar processos de miocardite. (pág. 1560, col. 1, par. 3, lin. 2 | pág. 1560, col. 1, par. 3, lin. 6) 5. A sarcoidose pode associar-se a miocardite granulomatosa. (pág. 1561, col. 2, par. 3, lin. 1) 14. Relativamente às doenças do pericárdio, assinale a afirmação FALSA: 1. Na pericardite aguda, a terapêutica com anticoagulantes deve ser evitada. (pág. 1573, col. 1, par. 2, lin. 19) 2. A presença de atrito pericárdico na auscultação cardíaca pode ocorrer em cerca de 85% dos casos de pericardite aguda. (pág. 1571, col. 1, par. 5, lin. 1) 3. O derrame pericárdico é uma ocorrência rara na infeção a vírus da imunodeficiência humana (VIH). (pág. 1574, col. 2, par. 5, lin. 8) comum 4. A pericardite associada à uremia (pericardite urémica) pode ocorrer em um terço dos doentes com uremia crónica. (pág. 1575, col. 1, par. 9, lin. 1) 5. A fibrilhação auricular crónica está descrita num terço dos doentes com pericardite constritiva crónica. (pág. 1576, col. 1, par. 5, lin. 2) 15. Acerca da cardiopatia isquémica, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. A utilização de verapamil associado a beta-bloqueante constitui opção terapêutica de primeira linha no tratamento da cardiopatia isquémica. (pág. 1589, col. 2, par. 2, lin. 1) não deve ser utilizada 2. A utilização diagnóstica de arteriografia coronária não tem interesse diagnóstico na suspeita de doença de Kawasaki. (pág. 1586, col. 1, par. 6, lin. 1) Tem interesse em causas de isquemia miocárdica não-aterosclerótica. 3. A idade do doente não constitui fator prognóstico na cardiopatia isquémica. (pág. 1586, col. 1, par. 8, lin. 1) Os principais indicadores prognósticos em doentes com doença cardíaca isquémica são a idade, o estado funcional do ventrículo esquerdo, a localização e gravidade da estenose e a gravidade da isquémia miocárdica. 4. Um nível elevado de proteína C-reativa de alta sensibilidade constitui um fator de risco independente para a ocorrência de cardiopatia isquémica. (pág. 1582, col. 1, par. 2, lin. 13) 5. A utilização de fibratos não tem interesse no tratamento da cardiopatia isquémica. (pág. 1588, col. 1, par. 1, lin. 10) Pode ser usada para aumentar o colesterol HDL e diminuir os triglicéridos.
PNS 2016 16. Relativamente à angina instável (AI) e enfarte agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (EAM-SSST), assinale a afirmação FALSA: 1. Na angina variante de Prinzmetal a presença de vasoespasmo coronário focal é mais frequente na artéria coronária direita. (pág. 1598, col. 2, par. 5, lin. 4) 2. Em doentes com AI ou EAM-SSST, a angiografia coronária revela doença de três vasos coronários em menos de 5% dos casos. (pág. 1594, col. 1, par. 2, lin. 1) 35% 3. Um quadro de angina de peito com um padrão “em crescendo” deve ser considerado como AI. (pág. 1594, col. 1, par. 3, lin. 2) 4. A utilização de beta-bloqueantes por via intravenosa está contraindicada em doentes com isquémia coronária grave e insuficiência cardíaca. (pág. 1596, col. 1, par. 2, lin. 2) 5. A utilização de prasugrel pode estar indicada em certos doentes com AI ou EAM-SSST que respondem ao clopidogrel de maneira deficiente. (pág. 1596, col. 2, par. 4, lin. 12) 17. Relativamente ao enfarte agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (EAM-CSST), assinale a afirmação FALSA: 1. Na maioria dos doentes com EAM-CSST transmural a pressão arterial sistólica aumenta cerca de 15 mmHg a 20 mmHg relativamente à pressão arterial pré-enfarte. (pág. 1600, col. 1, par. 4, lin. 14) diminui aproximadamente 10-15 mmHg relativamente ao estado pré-enfarte 2. A ocorrência de diaforese num doente com dor subesternal durante mais de 30 minutos é fortemente sugestiva de EAM-ST. (pág. 1600, col. 1, par. 3, lin. 4) 3. Os níveis de troponina I podem permanecer elevados até 10 dias após a ocorrência de um EAM-CSST. (pág. 1600, col. 2, par. 3, lin. 22) 4. A presença de hipertensão arterial não controlada, com pressão arterial sistólica superior a 180 mmHg e/ou pressão arterial diastólica superior a 110 mmHg, constitui contraindicação formal para a utilização de terapêutica fibrinolítica na fase aguda do EAM-CSST. (pág. 1605, col. 1, par. 5, lin. 1) 5. O controlo rigoroso da glicemia contribui para uma diminuição da taxa de mortalidade do EAM-CSST em doentes diabéticos. (pág. 1607, col. 1, par. 7, lin. 4) 18. Acerca da hipertensão arterial (HTA), assinale a afirmação FALSA: 1. Em doentes com deficiência de 17 alfa-hidroxilase a síntese de hormonas sexuais e de cortisol encontra-se diminuída. (pág. 1620, col. 2, par. 2, lin. 7) 2. A angiotensina II é o principal fator regulador da síntese e secreção de aldosterona. (pág. 1614, col. 1, par. 4, lin. 1) 3. O risco de doença renal de etiologia hipertensiva está mais relacionado com a pressão arterial diastólica do que com a pressão arterial sistólica. (pág. 1615, col. 2, par. 6, lin. 9) sistólica; diastólica 4. Indivíduos com “hipertensão de bata branca” apresentam um aumento do risco de virem a desenvolver HTA persistente. (pág. 1616, col. 2, par. 3, lin. 3) 5. A HTA está presente em mais de 80% dos doentes com insuficiência renal crónica. (pág. 1617, col. 2, par. 2, lin. 3) 19. Acerca da aortite, assinale qual a condição que NÃO a provoca: 1. Sífilis. 2. Síndrome de Cogan. 3. Espondilartropatia associada ao HLA-B27. 4. Síndrome de Marfan. 5. Síndrome de Behçet. (pág. 1638, tab. 301-1)
PNS 2016 20. Relativamente à transplantação cardíaca, assinale a afirmação FALSA: 1. A ciclosporina pertence ao grupo de imunossupressores inibidores da calcineurina. (pág. 1517, col. 1, par. 4, lin. 8) 2. A utilização de sirolimus está contraindicada durante e após a transplantação cardíaca dada a frequente ocorrência de diabetes mellitus. (pág. 1517, col. 1, par. 4, lin. 8) Sendo um inibidor da proliferação e diferenciação de células T, é utilizado na maioria dos programas de transplantação. 3. O diagnóstico da rejeição pós-transplantação cardíaca é geralmente estabelecido por biópsia endomiocárdica. (pág. 1517, col. 2, par. 2, lin. 1) 4. A ocorrência de doença linfoproliferativa constitui uma das complicações mais frequentes pós-transplantação cardíaca. (pág. 1518, col. 1, par. 2, lin. 3) 5. Doentes submetidos a transplantação cardíaca raramente referem sintomas sugestivos de angina de peito. (pág. 1517, col. 2, par. 4, lin. 23) 21. Sobre as anemias, assinale a alínea FALSA: 1. A maioria das anemias hipoproliferativas deve-se a deficiência de ferro ou inflamação. (pág. 398, col. 2, par. 2, lin. 4) 2. As anemias hipoproliferativas cursam com índice reticulocitário baixo. (pág. 398, col. 1, par. 2, lin. 3) 3. As anemias hemolíticas cursam com índice reticulocitário baixo. (pág. 398, col. 1, par. 2, lin. 1) aumentado 4. A anemia de doença inflamatória cursa com ferritinémia normal ou elevada. (pág. 398, col. 2, par. 2, lin. 23) 5. Nas anemias por défice de folato observa-se um índice reticulocitário baixo. (pág. 398, col. 2, par. 3, lin. 7) 22. Relativamente ao esfregaço de sangue periférico, é FALSO que: 1. Na anemia ferropénica grave os eritrócitos são frequentemente microcíticos e hipocrómicos. (pág. 394, fig. 77-4) 2. As células em alvo podem ser observadas na talassémia. (pág. 395, fig. 77-8) 3. Na uremia podem ser observados equinócitos. (pág. 395, fig. 77-10) 4. Os corpúsculos de Howell-Jolly associam-se a esplenomegalia hiperfuncionante. (pág. 395, fig. 77-6) ausência de um baço funcionante 5. Os dacriócitos (células em lágrima) podem ser observados na mielofibrose. (pág. 395, fig. 77-7) 23. Relativamente à anemia ferropénica, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. Queilose e coiloníquia são sinais de deficiência avançada de ferro tecidual. (pág. 627, col. 1, par. 4, lin. 8) 2. Nas formas graves e prolongadas a hipoproliferação medular é mais habitual que a hiperplasia eritróide. (pág. 627, col. 1, par. 2, lin. 6) desenvolve-se hiperplasia eritróide em vez de hipoproliferação 3. O doseamento de ferro sérico é o exame mais apropriado para estimar as reservas de ferro. (pág. 627, col. 2, par. 2, lin. 10) A ferritina 4. O índice de distribuição eritrocitária (RDW) está geralmente reduzido. (pág. 628, col. 2, par. 1, lin. 3) aumentado 5. A contagem reticulocitária começa a aumentar dentro de 4 a 7 semanas após início de ferro oral. (pág. 629, col. 1, par. 3, lin. 2) dias
PNS 2016 24. Relativamente às hemoglobinopatias, assinale a afirmação FALSA: 1. A injeção endovenosa de azul de metileno é a terapêutica de emergência na metemoglobinemia. (pág. 637, col. 1, par. 8, lin. 2) 2. Nas variantes instáveis de hemoglobina, são manifestações frequentes a presença de úlceras da perna ou de doença prematura da vesícula biliar. (pág. 636, col. 2, par. 1, lin. 5) 3. Deve-se suspeitar de variantes de hemoglobina de alta afinidade em doentes com eritrocitose. (pág. 637, col. 1, par. 4, lin. 1) 4. A β-talassemia minor cursa geralmente com microcitose e hipocromia profundas mas anemia ligeira. (pág. 638, col. 2, par. 2, lin. 1) 5. Apenas raros doentes com talassémia desenvolvem deficiências endócrinas. (pág. 638, col. 1, par. 6, lin. 12) Muitos doentes desenvolvem deficiências endócrinas como resultado da sobrecarga de ferro. 25. Sobre as anemias macrocíticas apenas uma afirmação é FALSA. Assinale-a: 1. A presença de neuropatia e anemia megaloblástica associada a deficiência de vitamina B12 constitui indicação para o início de terapêutica com cobalamina. (pág. 648, col. 1, par. 5, lin. 6) 2. O metotrexato e o trimetoprim são alguns dos fármacos que inibem a di-hidrofolato redutase. (pág. 647, col. 1, par. 8, lin. 1) 3. A anemia perniciosa é muito rara em doentes com doenças autoimunes específicas de outros órgãos. (pág. 644, col. 1, par. 5, lin. 9) Ocorre mais frequentemente (...) em pessoas com outras doenças autoimunes órgão-específicas. 4. Anticorpos antifator intrínseco foram detetados no suco gástrico de cerca 80% dos doentes com anemia perniciosa. (pág. 645, col. 1, par. 3, lin. 10) 5. A profilaxia com cobalamina deve ser iniciada imediatamente após uma gastrectomia total. (pág. 648, col. 1, par. 5, lin. 15) 26. Todas as seguintes condições são causas intracorpusculares hereditárias de anemia hemolítica, EXCETO uma: 1. Hemoglobinúria paroxística noturna. adquirida 2. Hemoglobinopatias. 3. Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase. 4. Esferocitose hereditária. 5. Eliptocitose hereditária. (pág. 649, tab. 129-1) 27. Relativamente à hemoglobinúria paroxística noturna, indique a afirmação FALSA: 1. A hemoglobinúria ocorre por hemólise predominantemente intravascular. (pág. 660, col. 1, par. 3, lin. 1) 2. A hemólise deve-se a uma anomalia dos eritrócitos que os torna suscetíveis ao complemento ativado. (pág. 660, col. 2, par. 3, lin. 1) 3. Evolui frequentemente para leucemia mieloide aguda (mais de 30% dos casos). (pág. 660, col. 1, par. 6, lin. 5) Raramente (1-2% dos casos) evolui para leucemia mielóide aguda. 4. Pode originar síndrome de Budd-Chiari. (pág. 660, col. 1, par. 5, lin. 11) 5. A citometria de fluxo evidência distribuição celular bimodal de população CD59 negativa e CD55 negativa. (pág. 660, col. 2, par. 2, lin. 9)
PNS 2016 28. Sobre a policitemia é VERDADE que: 1. Os hepatomas e leiomiomas uterinos não produzem eritropoietina. (pág. 400, col. 2, par. 2, lin. 16) são neoplasias produtores de eritropoietina 2. A esplenomegalia afasta o seu diagnóstico. (pág. 399, col. 2, par. 6, lin. 2) favorece o diagnóstico de policitemia vera 3. Níveis de eritropoietina indetetáveis excluem policitemia vera. (pág. 400, col. 1, par. 3, lin. 8) Se os níveis de eritropoietina forem baixos ou indetetáveis, o doente tem provavelmente uma policitemia vera. 4. Os doentes com policitemia vera podem ter prurido aquagénico. (pág. 399, col. 2, par. 5, lin. 10) 5. As tromboses de vasos abdominais são raras na policitemia vera. (pág. 399, col. 2, par. 5, lin. 8) são particularmente comuns 29. Relativamente a adenopatias, assinale a afirmação FALSA: 1. A coexistência de adenopatias e esplenomegalia sugere a presença de uma doença sistémica. (pág. 408, col. 2, par. 4, lin. 9) 2. A localização mais habitual das adenopatias regionais é o pescoço. (pág. 408, col. 2, par. 2, lin. 4) 3. A maioria das adenopatias da região do pescoço tem etiologia maligna. (pág. 408, col. 2, par. 2, lin. 4) benigna 4. As adenopatias supraclaviculares podem corresponder a metástases de tumor maligno do testículo. (pág. 408, col. 2, par. 2, lin. 14) 5. As adenopatias retroperitoneais volumosas são geralmente malignas. (pág. 409, col. 1, par. 2, lin. 1) 30. Todas as seguintes condições podem originar esplenomegalia por infiltração, EXCETO uma. Assinale-a: 1. Metástases de melanoma. 2. Síndrome de Felty. tem como causa uma desregulação autoimune 3. Amiloidose. 4. Doença de Gaucher. 5. Trombocitemia essencial. (pág. 412, tab. 79-2) 31. Relativamente aos distúrbios dos granulócitos e monócitos, assinale a afirmação FALSA: 1. A neutropenia de longa duração está associada a maior risco de infeção do que a neutropenia aguda. (pág. 417, col. 2, par. 1, lin. 9) A neutropenia aguda está mais associada a aumento do risco infecioso do que a neutropenia de longa duração. 2. Numa reação leucemóide os neutrófilos são geralmente maduros e sem origem clonal. (pág. 419, col. 1, par. 1, lin. 1) 3. O defeito funcional mais comum dos neutrófilos é o défice de mieloperoxidase. (pág. 419, col. 1, par. 4, lin. 1) 4. A síndrome de Löeffler é uma das síndromes hipereosinofílicas mais dramáticas. (pág. 422, col. 2, par. 6, lin. 16) 5. Os doentes com doença granulomatosa crónica apresentam elevado número de infeções por micro-organismos catalase-positiva. (pág. 419, col. 2, par. 4, lin. 18)
PNS 2016 32. Relativamente às leucemias mieloides agudas, assinale a afirmação FALSA: 1. Em doentes com mais de 65 anos de idade, a utilização de daunorrubicina em alta dose (90 mg/m ) 2 não mostrou benefícios devido à sua elevada toxicidade. (pág. 683, col. 2, par. 2, lin. 11) 2. A infiltração gengival, cutânea e meníngea por blastos é característica dos subtipos monocíticos. (pág. 681, col. 2, par. 3, lin. 8) 3. A maioria dos doentes tem anemia e trombocitopenia na altura de diagnóstico. (pág. 681, col. 2, par. 4, lin. 1 | pág. 681, col. 2, par. 6, lin. 1) 4. Doentes com t(6;9), inv(3) ou -7 têm um excelente prognóstico. (pág. 679, col. 2, par. 5, lin. 8) Prognóstico muito reservado. 5. Cerca de metade dos doentes apresenta hiperuricemia ligeira ou moderada na altura do diagnóstico. (pág. 681, col. 2, par. 9, lin. 1) 33. Todas as seguintes condições são frequentes no momento do diagnóstico de leucemias mieloides agudas, EXCETO uma. Assinale-a: 1. Anemia. (pág. 681, col. 2, par. 4, lin. 1) 2. Fadiga. (pág. 681, col. 1, par. 7, lin. 1) 3. Anorexia. (pág. 681, col. 1, par. 7, lin. 2) 4. Esplenomegalia. (pág. 681, col. 2, par. 3, lin. 1) 5. Sarcoma mieloide. (pág. 681, col. 2, par. 2, lin. 1) Raramente os doentes podem apresentar-se com sintomas de sarcoma mielóide. 34. No que respeita à leucemia mieloide crónica, assinale a afirmação FALSA: 1. A crise blástica pode ser definida pela presença de pelo menos 30% blastos a nível medular ou no sangue periférico. (pág. 690, col. 2, par. 1, lin. 9) 2. A trombocitopenia é frequente na altura do diagnóstico. (pág. 689, col. 2, par. 3, lin. 6) rara 3. É provocada pelo produto quimérico dos genes BCR-ABL1, resultado da translocação entre os cromossomas 9 e 22. (pág. 687, col. 1, par. 5, lin. 2) 4. A esplenomegalia é um achado frequente no exame físico. (pág. 689, col. 2, par. 2, lin. 1) 5. A contagem de blastos no sangue periférico é habitualmente inferior a 5% na altura do diagnóstico. (pág. 689, col. 2, par. 3, lin. 2) 35. Dos seguintes fatores da coagulação, todos podem ser avaliados pelo tempo de tromboplastina ativada (aPTT), EXCETO um. Assinale-o: 1. Fator II. 2. Fator XI. 3. Fator IX. 4. Fator VIII. 5. Fator VII. (pág. 405, col. 2, par. 7, lin. 1)
PNS 2016 36. Relativamente às várias formas de trombocitopenia, assinale a afirmação FALSA: 1. Na forma imune, a presença de lesões hemorrágicas na boca e na retina podem prenunciar a ocorrência de hemorragia potencialmente fatal. (pág. 728, col. 1, par. 5, lin. 7) 2. A medula óssea deve ser analisada nos doentes com trombocitopenia isolada e mais de 60 anos. (pág. 726, col. 1, par. 1, lin. 11) 3. A forma associada a fármacos resolve geralmente 7 a 10 dias após remoção do fármaco. (pág. 727, col. 2, par. 1, lin. 7) 4. Os doentes com elevados níveis de anticorpo anti-heparina/FP4 têm elevado risco hemorrágico. (pág. 728, col. 1, par. 2, lin. 3) trombótico 5. A hepatite C e o lúpus eritematoso sistémico são causas frequentes de púrpura trombocitopénica imune secundária. (pág. 728, col. 1, par. 4, lin. 8) 37. A síndrome que caracteriza a púrpura trombocitopénica trombótica compreende todas as seguintes alíneas, EXCETO uma. Assinale-a: 1. Alterações neurológicas. 2. Leucopenia. 3. Trombocitopenia. 4. Falência renal. 5. Febre. (pág. 729, col. 1, par. 4, lin. 4) 38. Relativamente à doença de von Willebrand (DvW), assinale a afirmação FALSA: 1. Todos os doentes com baixos níveis de fator de von Willebrand apresentam sintomas hemorrágicos. (pág. 730, col. 2, par. 5, lin. 1) Nem todos 2. Na DvW tipo 1, os doentes têm predominantemente hemorragia das mucosas. (pág. 730, col. 2, par. 4, lin. 5) 3. A DvW adquirida pode estar associada à síndrome de Heyde. (pág. 731, col. 2, par. 3, lin. 8) 4. A DvW adquirida pode ocorrer nas gamapatias monoclonais de significado indeterminado. (pág. 731, col. 2, par. 3, lin. 1) 5. Uma hemorragia menstrual que provoque anemia deve justificar uma investigação de DvW. (pág. 730, col. 2, par. 4, lin. 12) 39. Relativamente à coagulação intravascular disseminada, assinale a afirmação FALSA: 1. O teste mais sensível para diagnóstico é o doseamento de produtos de degradação da fibrina. (pág. 737, col. 2, par. 4, lin. 4) 2. O mecanismo central é a geração descontrolada de trombina por exposição do sangue a níveis patológicos do fator tecidual (tissue factor). (pág. 737, col. 1, par. 3, lin. 1) 3. Na sua forma crónica, os sintomas de hemorragia são discretos e restritos à pele e mucosas. (pág. 737, col. 2, par. 2, lin. 5) 4. Achados frequentes incluem esquizócitos e níveis aumentados de produtos de degradação da fibrina. (pág. 737, col. 2, par. 4, lin. 1) 5. Achados frequentes incluem a presença de esquizócitos e níveis indetetáveis de produtos de degradação da fibrina. (pág. 737, col. 2, par. 4, lin. 1) aumentados
PNS 2016 40. Sobre as doenças da coagulação, indique a afirmação FALSA: 1. Níveis reduzidos de fator V podem ser indicadores de falência hepatocelular. (pág. 739, col. 2, par. 1, lin. 1) 2. A presença de anticoagulante lúpico está associada a trombose mas não a hemorragia. (pág. 740, col. 2, par. 4, lin. 2) A hemorragia também ocorre na presença de anticoagulante lúpico. 3. Na hemorragia persistente em doentes sob antagonistas da vitamina K é necessária reposição de plasma fresco congelado ou concentrado de complexo protrombínico. (pág. 738, col. 2, par. 3, lin. 28) 4. Na púrpura trombocitopénica trombótica não há consumo de fatores da coagulação. (pág. 738, col. 1, par. 3, lin. 3) 5. O prolongamento do tempo de protrombina é o achado mais precoce da deficiência de vitamina K. (pág. 738, col. 2, par. 3, lin. 22) 41. Sobre situações de tosse crónica isolada em doentes sem alterações na radiografia torácica, assinale a resposta VERDADEIRA: 1. Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) podem causar tosse crónica numa percentagem relevante de casos, que pode atingir de 5% a 30% dos doentes medicados. (pág. 244, col. 1, par. 5, lin. 7) 2. O tratamento sintomático e/ou empírico é desaconselhado. (pág. 244, col. 2, par. 5, lin. 1) O tratamento de doentes com tosse crónica na presença de uma radiografia torácica normal é empírico. 3. A bronquite crónica eosinofílica pode causar esta situação e cursa habitualmente com broncoespasmo. (pág. 244, col. 2, par. 4, lin. 2) sem obstrução da via aérea 4. Nenhum dos opiáceos narcóticos tem utilidade no tratamento da tosse crónica não produtiva. (pág. 245, col. 1, par. 3, lin. 7) Os supressores da tosse mais eficazes são narcóticos, como a codeína ou a hidrocodona. 5. Os IECAs causam tosse crónica de modo dependente da dose. (pág. 244, col. 1, par. 5, lin. 7) não dependente 42. Assinale a afirmação FALSA sobre as hemoptises: 1. São consideradas hemoptises maciças as que apresentam perdas de sangue superiores a 200 ml-600 ml em 24 horas. (pág. 246, col. 2, par. 1, lin. 8) 2. Ocorrem frequentemente como primeira manifestação do carcinoma broncogénico do pulmão. (pág. 245, col. 2, par. 8, lin. 1) É o sintoma de apresentação em apenas em 10% dos doentes. 3. As neoplasias do pulmão envolvendo as vias aéreas proximais têm maior probabilidade de causar hemoptises. (pág. 245, col. 2, par. 8, lin. 3) 4. A endometriose pulmonar pode ser uma causa de hemoptises recorrentes. (pág. 246, col. 2, par. 1, lin. 3) 5. A radiografia simples do tórax é um exame de primeira linha na investigação de hemoptises. (pág. 246, col. 2, par. 4, lin. 1) 43. Relativamente aos exames complementares de diagnóstico na doença respiratória, assinale a afirmação FALSA: 1. A ecografia torácica pode auxiliar no diagnóstico de lesões pleurais, com septação. (pág. 1663, col. 2, par. 4, lin. 6) 2. A presença abundante de macrófagos numa colheita de expetoração indica a sua origem nas vias aéreas inferiores. (pág. 1667, col. 1, par. 2, lin. 5) 3. O diagnóstico de pneumonia por Pneumocystis jirovecii requer geralmente a colheita de expetoração, induzida ou provocada, e a utilização de coloração imunofluorescente. (pág. 1667, col. 1, par. 3, lin. 4) 4. A broncoscopia flexível é habitualmente realizada sem sedação. (pág. 1667, col. 2, par. 4, lin. 1) Num doente acordado mas sedado (sedação consciente). 5. A avaliação do lavado broncoalveolar tem um papel importante no diagnóstico de infeções por Pneumocystis jirovecii em doentes com infeção VIH. (pág. 1667, col. 2, par. 5, lin. 6)
PNS 2016 44. Relativamente aos exames complementares de diagnóstico na doença respiratória, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. O exame citológico da expetoração com coloração de Papanicolaou tem utilidade na investigação da neoplasia do pulmão. (pág. 1667, col. 1, par. 3, lin. 11) 2. A tomografia de emissão de positrões com fluoro-desoxiglucose (FDG-PET Scan) não tem utilidade no estadiamento da neoplasia do pulmão. (pág. 1666, col. 2, par. 1, lin. 3) tem 3. A tomografia computorizada (TC) de alta resolução tem sido amplamente substituída pela utilização da cintigrafia de ventilação-perfusão no diagnóstico do tromboembolismo pulmonar. (pág. 1664, col. 1, par. 3, lin. 17) substitui a avaliação cintigráfica em doentes com suspeita de embolia pulmonar 4. A broncoscopia rígida não permite a simultânea ventilação do doente através do canal do broncoscópio. (pág. 1667, col. 2, par. 3, lin. 2) permite 5. A mediastinoscopia é habitualmente realizada por abordagem paraesternal. (pág. 1668, col. 2, par. 4, lin. 6) supraesternal 45. Qual das seguintes afirmações sobre asma é VERDADEIRA? 1. A presença de hipertiroidismo condiciona habitualmente uma melhoria sintomática da asma. (pág. 1671, col. 2, par. 6, lin. 5) A tireotoxicose (...) pode agravar a asma. 2. A rinite alérgica ocorre em menos de 20% dos casos de asma. (pág. 1669, col. 2, par. 5, lin. 2) mais de 80% dos asmáticos 3. Os alergénios que geralmente causam sensibilização são proteínas com atividade de protease. (pág. 1670, col. 1, par. 1, lin. 3) 4. A dermatite atópica raramente se encontra associada. (pág. 1669, col. 2, par. 5, lin. 2) Doentes com asma sofrem frequentemente de outras doenças atópicas, como a (...) dermite atópica (eczema). 5. A maioria dos doentes sofre da chamada asma intrínseca que cursa com elevação de anticorpos IgE. (pág. 1671, col. 1, par. 3, lin. 1) concentrações séricas de IgE normais 46. Qual dos seguintes fatores NÃO se encontra associado a uma maior probabilidade de ocorrência de asma? 1. Infeções virais. (pág 1670, tab. 309-1) 2. Existência de alguns polimorfismos no cromossoma 5. (pág. 1670, col. 1, par. 2, lin. 13) 3. Paracetamol. (pág 1670, tab. 309-1) 4. Obesidade. (pág 1670, tab. 309-1) 5. Exposição a endotoxina em idade pediátrica. (pág. 1670, col. 2, par. 2, lin. 7) Crianças expostas a altos níveis de endotoxina têm menor probabilidade de desenvolver sensibilização alérgica. 47. Qual dos seguintes fármacos DEVE ser considerado terapêutica de primeira linha no controlo dos sintomas da asma ligeira persistente? 1. Montelucaste. 2. Beclometasona. (pág. 1679, col. 1, par. 2, lin. 4) 3. Prednisolona. 4. Hidrocortisona. 5. Brometo de ipratrópio.
PNS 2016 48. Qual das seguintes afirmações sobre a forma de apresentação clínica das pneumonites de hipersensibilidade é VERDADEIRA: 1. A apresentação crónica sob a forma fenotípica enfisematosa ocorre tipicamente na exposição a antigénios de pássaros. (pág. 1682, col. 1, par. 2, lin. 26) A doença pulmonar fibrótica é uma potencial complicação da pneumonite de hipersensibilidade crónica por exposição a antigénios de pássaros. 2. A forma de apresentação aguda caracteriza-se principalmente por pieira, prurido nasal e exantema cutâneo. (pág. 1682, col. 1, par. 2, lin. 7) sintomas sistémicos, incluindo febre, calafrios e mal-estar, acompanhados de dispneia 3. A forma aguda manifesta-se habitualmente cerca de 24 a 48 horas após a exposição a um antigénio precipitante. (pág. 1682, col. 1, par. 2, lin. 6) 4-8 horas 4. A forma de apresentação subaguda caracteriza-se por uma evolução gradual ao longo de várias semanas. (pág. 1682, col. 1, par. 2, lin. 10) 5. As formas de apresentação aguda e subaguda progridem habitualmente para uma forma crónica, mesmo quando removido o antigénio provocador. (pág. 1682, col. 1, par. 2, lin. 14) A evicção dos antigénio geralmente resulta na resolução dos sintomas. 49. Sobre doenças pulmonares ambientais e ocupacionais, assinale a afirmação FALSA: 1. A doença pulmonar relacionada com exposição a asbestos pode ocorrer em pessoas que não manusearam diretamente asbestos. (pág. 1689, col. 1, par. 1, lin. 1) 2. A exposição a poeiras orgânicas ou inorgânicas pode provocar um padrão de doença pulmonar restritiva. (pág. 1687, col. 2, par. 5, lin. 1) 3. A inalação de gases contendo produtos solúveis em água como a amónia causa geralmente um quadro clínico de fibrose pulmonar generalizada. (pág. 1688, col. 1, par. 3, lin. 2) irritação do trato respiratório superior e broncoconstrição 4. Este grupo de doenças pode provocar diminuição da capacidade de difusão pulmonar. (pág. 1687, col. 2, par. 5, lin. 1) 5. O quadro clínico e as doenças respiratórias associados à poluição ambiental atmosférica são muito semelhantes aos desencadeados pelo tabagismo. (pág. 1693, col. 1, par. 6, lin. 1) 50. Qual dos seguintes antibióticos NÃO é adequado ao tratamento de pneumonias associadas a cuidados de saúde, em doentes sem fatores de risco particulares para infeção por organismos multirresistentes: 1. Ertapenem. 2. Ceftriaxone. 3. Levofloxacina. 4. Moxifloxacina. 5. Claritromicina. (pág 812, tab. 153-9) 51. Qual dos seguintes NÃO constitui um fator de risco importante para desenvolver bronquiectasias: 1. Aspiração recorrente. 2. Síndrome de Marfan. 3. Défice de alfa-1-antitripsina. 4. Fibrose quística. 5. Artrite reumatoide. (pág 1694, tab. 312-1)
PNS 2016 52. Em relação à fibrose quística, é FALSO que: 1. Existe evidência radiológica de sinusite na maioria dos doentes. (pág. 1697, col. 1, par. 4, lin. 17) 2. A infeção por Burkholderia cepacia encontra-se associada a pior prognóstico do quadro pulmonar. (pág. 1697, col. 1, par. 2, lin. 16) 3. O Haemophilus influenza, o Staphylococcus aureus e a Pseudomonas aeruginosa são habitualmente os agentes isolados nas secreções respiratórias dos doentes. (pág. 1697, col. 1, par. 2, lin. 4) 4. A infertilidade masculina ocorre em cerca de 15% dos casos. (pág. 1697, col. 1, par. 4, lin. 9) 99% dos homens 5. A diabetes mellitus ocorre em cerca de 30% dos doentes. (pág. 1697, col. 1, par. 3, lin. 11) 53. Em relação à doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), é FALSO que: 1. É frequente o aumento do volume residual e da relação volume residual/capacidade pulmonar total. (pág. 1701, col. 2, par. 5, lin. 2) 2. Após um episódio de pneumonia é frequente haver redução significativa e permanente da função pulmonar. (pág. 1703, col. 1, par. 3, lin. 2) Não é típica a redução significativa a longo-prazo da função pulmonar. 3. O uso de tabaco pode levar à metaplasia pavimento-celular dos brônquios. (pág. 1701, col. 1, par. 8, lin. 5) 4. O efeito do tabaco sobre a função pulmonar depende da intensidade e do momento da exposição ao tabaco durante a fase de crescimento. (pág. 1703, col. 2, par. 8, lin. 1) 5. A PaO permanece próxima do normal até uma diminuição do FEV1 para valores inferiores a 50% do 2 previsto. (pág. 1702, col. 1, par. 4, lin. 3) 54. Em relação à doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), é VERDADE que: 1. Durante as exacerbações agudas deve administrar-se oxigénio para assegurar saturações arteriais superiores a 90%. (pág. 1707, col. 2, par. 4, lin. 1) 2. A existência na gasimetria de pCO superior a 35 mmHg define a presença de insuficiência respiratória. 2 (pág. 1707, col. 2, par. 5, lin. 2) 45 mmHg 3. O uso de anticolinérgicos inalados diminui a velocidade de declínio do FEV1. (pág. 1705, col. 2, par. 4, lin. 4) não demonstrou influenciar a taxa 4. A ventilação não invasiva nos doentes com insuficiência respiratória não altera a mortalidade durante as exacerbações agudas da doença. (pág. 1707, col. 2, par. 5, lin. 2) resulta numa significativa redução da taxa de mortalidade 5. A N-acetilcisteína diminui a frequência de exacerbações agudas. (pág. 1706, col. 1, par. 6, lin. 2) não demonstrou nenhum benefício na prevenção de exacerbações 55. Na avaliação do doente com queixas do foro respiratório, assinale a opção VERDADEIRA: 1. Os fervores são habitualmente sinais de lesão dos brônquios de médio calibre. (pág. 1662, col. 2, par. 2, lin. 1) doença alveolar 2. Na fibrose pulmonar ocorre egofonia na auscultação pulmonar. (pág. 1662, col. 2, par. 3, lin. 4) não ocorre 3. A existência de estridor indica obstrução da via aérea superior. (pág. 1662, col. 1, par. 9, lin. 4) 4. No pneumotórax o murmúrio vesicular encontra-se habitualmente mantido em todas as áreas de auscultação pulmonar. (pág. 1662, col. 2, par. 4, lin. 3) ausente numa determinada área 5. Nas zonas de derrame pleural deteta-se habitualmente um aumento do frémito. (pág. 1662, col. 1, par. 7, lin. 3) uma diminuição
PNS 2016 56. Em relação às doenças da pleura são verdadeiras todas as seguintes frases, EXCETO: 1. Derrames pleurais associados a infeção por anaeróbios podem manifestar-se por perda ponderal e anemia ligeira. (pág. 1717, col. 2, par. 1, lin. 3) 2. Cerca de 50% dos doentes com pneumotórax primário espontâneo terão uma recorrência do mesmo. (pág. 1719, col. 1, par. 3, lin. 6) 3. A presença de um rácio proteínas no líquido pleural/proteínas séricas superior a 0,5 favorece o diagnóstico de exsudado. (pág. 1716, col. 2, par. 4, lin. 3) 4. Nas primeiras semanas após cirurgia de bypass coronário pode surgir derrame pleural que é habitualmente direito, sem conteúdo hemático, e com predomínio de pequenos linfócitos. (pág. 1718, col. 1, par. 6, lin. 6) à esquerda e hemático, com uma grande quantidade de eosinófilos 5. Na embolia pulmonar o derrame pleural é quase sempre um exsudato. (pág. 1717, col. 2, par. 12, lin. 4) 57. Relativamente às condições associadas a hipoventilação, é FALSO que: 1. O uso crónico de narcóticos ou hipotiroidismo grave podem originar hipercapnia crónica. (pág. 1722, col. 1, par. 1, lin. 7) 2. A hipoventilação por doença parenquimatosa pulmonar cursa com diminuição da tolerância ao exercício. (pág. 1721, col. 1, par. 1, lin. 4) 3. A apneia de sono central resulta geralmente de uma diminuição da sensibilidade à PaCO . (pág. 2 1727, col. 2, par. 3, lin. 3) um aumento 4. A ventilação com CPAP é o tratamento mais eficaz no tratamento da síndrome de apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS). (pág. 1727, col. 1, par. 2, lin. 1) 5. A elevação do bicarbonato plasmático na ausência de depleção volémica é sugestiva de hipoventilação. (pág. 1721, col. 2, par. 3, lin. 1) 58. Em relação às doenças da ventilação, é FALSO que: 1. O uso noturno de ventilação não invasiva com pressão positiva associa-se a um aumento da sobrevida nos doentes com hipercapnia diurna comprovada. (pág. 1722, col. 1, par. 3, lin. 4) 2. Parestesias e tonturas podem ser sintomas de hiperventilação. (pág. 1722, col. 2, par. 4, lin. 4) 3. Nas doenças neuromusculares, a instalação recente de ortopneia pode ser um sinal de diminuição da força de contração dos músculos respiratórios. (pág. 1721, col. 2, par. 1, lin. 4) 4. O pacing diafragmático pode ser uma opção nos doentes com traumatismo medular cervical alto. (pág. 1722, col. 1, par. 5, lin. 1) 5. A ocorrência de hipocapnia crónica está sempre associada a ansiedade. (pág. 1723, col. 1, par. 1, lin. 7) não é sinónimo de hiperventilação 59. No que diz respeito a fatores de risco para a síndrome de apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) todas são verdadeiras, EXCETO: 1. Hipertiroidismo. Hipotiroidismo 2. Obesidade. 3. Sexo masculino. 4. Acromegalia. 5. Síndrome de Down. (pág. 1724, col. 1, par. 4, lin. 1-7)
PNS 2016 60. No que diz respeito às doenças pulmonares intersticiais associadas às doenças autoimunes do tecido conjuntivo, é FALSO que: 1. A síndrome de Sjögren pode associar-se a pneumonite intersticial linfocítica. (pág. 1714, col. 1, par. 9, lin. 3) 2. As doenças pulmonares intersticiais constituem até 20% das manifestações pulmonares na artrite reumatoide. (pág. 1713, col. 2, par. 8, lin. 1) 3. A capacidade difusão do monóxido de carbono (CO) está muitas vezes alterada nos doentes com lúpus eritematoso sistémico. (pág. 1714, col. 1, par. 2, lin. 10) 4. Cerca de metade dos doentes com esclerose sistémica progressiva têm evidência clínica de doença intersticial pulmonar. (pág. 1713, col. 2, par. 5, lin. 2) 5. A pneumonite lúpica aguda é a forma de envolvimento pulmonar mais comum nesta doença. (pág. 1714, col. 1, par. 2, lin. 2) Pleurite, com ou sem derrame 61. Relativamente à diarreia crónica, qual das seguintes afirmações é FALSA? 1. A obstrução linfática adquirida associa-se habitualmente à diminuição da absorção de aminoácidos e hidratos de carbono. (pág. 269, col. 2, par. 5, lin. 6) preservação 2. A má absorção idiopática de ácidos biliares é responsável por cerca de 40% dos casos de diarreia crónica de causa não esclarecida. (pág. 268, col. 1, par. 6, lin. 10) 3. A diarreia de causa osmótica tipicamente cessa com o jejum ou com a descontinuação do agente causal. (pág. 269, col. 1, par. 4, lin. 4) 4. A diarreia secretória caracteriza-se por diarreia aquosa, tipicamente sem dor abdominal associada, que persiste durante o jejum. (pág. 268, col. 1, par. 4, lin. 2) 5. O consumo crónico de álcool pode provocar lesões nos enterócitos e acelerar o trânsito intestinal. (pág. 268, col. 1, par. 5, lin. 6) 62. Relativamente à endoscopia digestiva, assinale a afirmação FALSA: 1. A taxa de incidência de complicações da colocação endoscópica de sonda de gastrostomia percutânea pode chegar aos 15%. (pág. 1884, col. 2, par. 3, lin. 1) 2. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) urgente diminui a taxa de morbilidade da pancreatite litiásica com retenção de cálculos nas vias biliares. (pág. 1893, col. 2, par. 3, lin. 1) 3. A laceração de Mallory-Weiss com coágulo aderente não sangrante necessita habitualmente de terapêutica endoscópica. (pág. 1891, col. 2, par. 1, lin. 7) raramente volta a sangrar pelo que não precisa 4. Na suspeita de disfagia de causa mecânica, a endoscopia digestiva alta deve ser um dos primeiros exames complementares na investigação diagnóstica. (pág. 1895, col. 2, par. 2, lin. 1) 5. Após CPRE, a pancreatite poderá ocorrer em até 30% dos doentes com disfunção do esfíncter de Oddi. 63. Relativamente à avaliação do doente com patologia esofágica, assinale a afirmação FALSA: 1. Os doentes com anel de Schatzki tipicamente têm mais de 40 anos, sugerindo origem adquirida e não congénita. (pág. 1902, col. 2, par. 1, lin. 7) 2. A sensibilidade do estudo radiográfico do esófago com bário para detetar estenose esofágica é inferior à da endoscopia. (pág. 1901, col. 2, par. 2, lin. 6) superior 3. O estudo radiográfico do esófago com bário tem o inconveniente de raramente dispensar a necessidade de se efetuar endoscopia. (pág. 1901, col. 2, par. 2, lin. 17) 4. A monitorização do pH esofágico pode ser útil nos doentes com doença de refluxo que apresentam sintomas atípicos. (pág. 1902, col. 1, par. 1, lin. 9) 5. A hérnia do hiato do tipo I (por deslizamento) pode aumentar com um aumento da pressão intra-abdominal. (pág. 1902, col. 1, par. 2, lin. 9) 6.
PNS 2016 64. Em relação à doença de refluxo gastroesofágico (DRGE), qual das seguintes afirmações é FALSA? 1. Na presença de eosinofilia esofágica está indicado efetuar inicialmente prova terapêutica com fluticasona dada a ausência de resposta aos inibidores de bomba de protões. (pág. 1909, col. 1, par. 2, lin. 2) inibidores da bomba de protões para excluir a existência de DRGE a contribuir para a inflamação da mucosa 2. O relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior é responsável por pelo menos 90% do refluxo em indivíduos normais ou em doentes com DRGE sem hérnia do hiato. (pág. 1906, col. 2, par. 3, lin. 19) 3. A hipersecreção de ácido no suco gástrico não é habitualmente o fator dominante no desenvolvimento de esofagite em doentes com DRGE. (pág. 1907, col. 1, par. 2, lin. 2) 4. A incidência de metaplasia de Barrett está associada a um aumento do risco de adenocarcinoma esofágico. (pág. 1907, col. 2, par. 4, lin. 5) 5. A gastrite crónica por Helicobacter pylori poderá ter um papel protetor relativamente ao refluxo gastroesofágico ao induzir atrofia gástrica. (pág. 1907, col. 1, par. 2, lin. 6) 65. Relativamente às manifestações hepatobiliares de doença inflamatória intestinal (DII), qual das seguintes afirmações é FALSA? 1. Os doentes com DII e colangite esclerosante primária (CEP) têm maior risco de neoplasia do cólon e deverão efetuar rastreio anual com colonoscopia e biópsias. (pág. 1958, col. 2, par. 2, lin. 10) 2. A colelitíase ocorre em 10% a 35% dos doentes com doença de Crohn com ileíte ou ressecção ileal. (pág. 1958, col. 1, par. 6, lin. 5) 3. A CEP ocorre com maior frequência na doença de Crohn, sendo particularmente rara na colite ulcerosa. (pág. 1958, col. 1, par. 7, lin. 5) é menos frequentemente 4. Cerca de 50% a 75% dos doentes com CEP têm concomitantemente DII. (pág. 1958, col. 1, par. 7, lin. 1) 5. A CEP pode manifestar-se antes do diagnóstico de DII ou anos após proctocolectomia devido a complicações de DII. (pág. 1958, col. 1, par. 7, lin. 5) 66. Em relação à avaliação da função hepática, todas as seguintes afirmações estão corretas, EXCETO uma. Indique-a. 1. O grau de elevação sérica da fosfatase alcalina não tem utilidade na distinção entre colestase intra-hepática e extra-hepática. (pág. 1997, col. 2, par. 6, lin. 1) 2. A presença de bilirrubina não conjugada na urina é um sinal muito sugestivo de hemólise. (pág. 1996, col. 1, par. 3, lin. 2) Toda a bilirrubina encontrada na urina é bilirrubina conjugada. 3. Em doentes com icterícia em resolução, a bilirrubina urinária desaparece antes da normalização da bilirrubina sérica. (pág. 1996, col. 2, par. 1, lin. 2) 4. Existe uma fraca correlação entre a gravidade de encefalopatia aguda e a elevação da amónia sanguínea. (pág. 1996, col. 2, par. 2, lin. 11) 5. A passagem de um cálculo pela via biliar principal pode provocar um aumento de transaminases para valores entre 1000 U/L a 2000 U/L. (pág. 1997, col. 1, par. 7, lin. 2)
PNS 2016 67. Em relação à hepatotoxicidade por fármacos, indique a afirmação FALSA: 1. A hepatotoxicidade por fármacos não é habitualmente mais frequente em doentes com doença hepática crónica, com algumas exceções (aspirina, metotrexato, isoniazida, e alguns antirretrovirais). (pág. 2025, col. 2, par. 2, lin. 1) isoniazida em algumas experiências, antiretrovirais para infeção HIV e fármacos usados no transplante de medula óssea se hepatite C 2. O ácido ursodesoxicólico é particularmente eficaz na hepatotoxicidade com padrão colestático, sendo a sua utilização recomendada na generalidade destes casos. (pág. 2025, col. 2, par. 3, lin. 10) Nunca mostrou ser efetivo no tratamento da hepatotoxicidade com padrão colestático, pelo que não é recomendado. 3. Na hepatotoxicidade direta, o período de latência entre exposição e lesão hepática é habitualmente curto (algumas horas), embora o aparecimento das manifestações clínicas possa tardar entre 24 e 48 horas depois. (pág. 2023, col. 1, par. 3, lin. 5) 4. Manifestações extra-hepáticas de hipersensibilidade incluindo artralgias, febre e leucocitose ocorrem em cerca de um quarto dos doentes com hepatotoxicidade idiossincrática. (pág. 2023, col. 2, par. 1, lin. 14) 5. A hepatotoxicidade por fármacos pode estar associada ao aparecimento de autoanticorpos incluindo anticorpos contra a enzima do citocromo P450. (pág. 2023, col. 2, par. 1, lin. 30) 68. Relativamente à doença hepática alcoólica (DHA), qual das seguintes afirmações é FALSA? 1. Nas formas mais graves de DHA (com um fator discriminante superior a 32) poderá estar indicada terapêutica glucocorticóide. (pág. 2053, col. 2, par. 2, lin. 13) 2. A gordura tende a acumular-se nos hepatócitos perivenulares. (pág. 2053, col. 1, par. 2, lin. 3) 3. Os aspetos histológicos de hepatite alcoólica incluem infiltrado polimorfonuclear e fibrose perivenular e perisinusoidal no espaço de Disse. (pág. 2053, col. 1, par. 3, lin. 2) 4. A hepatite alcoólica é um precursor do desenvolvimento de cirrose mas é potencialmente reversível com abstinência alcoólica. (pág. 2053, col. 1, par. 3, lin. 7) 5. As mulheres com encefalopatia hepática no contexto de hepatite alcoólica grave habitualmente não respondem à terapêutica glucocorticóide. (pág. 2053, col. 2, par. 2, lin. 17) são boas candidatas 69. Relativamente à pancreatite aguda, qual das seguintes afirmações é FALSA? 1. O carcinoma do pâncreas pode apresentar-se como pancreatite aguda. (pág. 2097, col. 2, par. 7, lin. 16) 2. Cerca de 25% dos doentes que tiveram um episódio de pancreatite aguda terão uma recorrência do quadro. (pág. 2097, col. 2, par. 7, lin. 1) 3. Na presença de pancreatite litiásica, doentes com evidência de colangite ascendente beneficiam da realização de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) entre 24 e 48 horas após a admissão. (pág. 2096, col. 2, par. 2, lin. 1) 4. A pancreatite aguda autoimune, habitualmente, não responde à terapêutica glucocorticóide. (pág. 2096, col. 2, par. 4, lin. 4) é responsiva 5. Aproximadamente dois terços dos doentes com pancreatite aguda recorrente sem causa óbvia apresentam patologia litiásica biliar oculta com microlitíase. (pág. 2097, col. 2, par. 7, lin. 9)
PNS 2016 70. Na pancreatite aguda, qual das seguintes afirmações é FALSA: 1. A pancreatite aguda grave é caracterizada pela persistência da falência de órgão para além das 48 horas. (pág. 2094, col. 2, par. 5, lin. 1) 2. A deficiência de apolipoproteína CII está associada ao aumento de incidência de pancreatite. (pág. 2091, col. 2, par. 2, lin. 8) 3. Não existe correlação definitiva entre a gravidade da pancreatite aguda e o grau de elevação dos níveis séricos de amilase e lipase. (pág. 2092, col. 2, par. 4, lin. 3) 4. O tabagismo poderá constituir fator de risco para a ocorrência de pancreatite aguda. (pág. 2091, col. 2, par. 1, lin. 4) 5. A utilização de antibioterapia profilática é mandatória na pancreatite aguda necrotizante. (pág. 2096, col. 2, par. 7, lin. 5) Não existe um papel para a antibioterapia profilática na pancreatite necrotizante. 71. Qual das seguintes causas de hemorragia digestiva baixa em adultos é MENOS frequente? 1. Colite isquémica. 2. Adenocarcinoma do cólon. 3. Ectasias vasculares do cólon (angiectasias). 4. Divertículos do cólon. 5. Úlceras ou colite induzidas por anti-inflamatórios não esteróides (AINEs). (pág. 277, col. 2, par. 7, lin. 3) 72. Relativamente às potenciais complicações do tratamento cirúrgico da doença ulcerosa péptica, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. Na gastropatia por refluxo biliar pós-gastrectomia parcial há tipicamente inflamação crónica intensa no exame histológico da mucosa do coto gástrico. (pág. 1926, col. 2, par. 7, lin. 4) mínima 2. A anemia ferropénica pós-gastrectomia com gastrojejunostomia Billroth II geralmente é resistente à suplementação oral com sais de ferro. (pág. 1927, col. 1, par. 4, lin. 3) tem uma boa resposta porque a absorção de sais de ferro é normal nesses doentes 3. A osteomalacia é uma complicação rara após gastrectomia parcial, ocorrendo em menos de 1% dos doentes. (pág. 1927, col. 1, par. 5, lin. 3) até 25% dos doentes 4. A incidência de adenocarcinoma do coto gástrico aumenta 15 anos após uma gastrectomia parcial. (pág. 1927, col. 1, par. 6, lin. 1) 5. A síndrome de dumping (esvaziamento rápido), de gravidade variável, ocorre em menos de 5% dos doentes submetidos a vagotomia e drenagem (procedimento de Billroth), e tende a agravar-se numa fase mais tardia. (pág. 1926, col. 2, par. 4, lin. 3) 50%; melhorar 73. Relativamente aos distúrbios da absorção intestinal, assinale a afirmação FALSA: 1. Na síndrome de sobrecrescimento bacteriano a resposta à antibioterapia é rápida, geralmente com remissão dos sintomas nas primeiras 48 horas após o início do tratamento. (pág. 1944, col. 2, par. 3, lin. 17) ocorre geralmente em 2-3 semanas 2. Os doentes com doença de Crohn, com envolvimento limitado do íleon distal, apresentam tipicamente um teste de D-xilose urinária normal. (pág. 1941, tab. 349-7) 3. Quase todos os doentes com dermatite herpetiforme apresentam alterações histológicas no intestino delgado compatíveis com doença celíaca. (pág. 1942, col. 2, par. 2, lin. 4) 4. A ressecção cirúrgica do íleon e, especialmente, da válvula ileocecal, está frequentemente associada a diarreia mais grave comparativamente à ressecção jejunal. (pág. 1943, col. 2, par. 4, lin. 3) 5. A combinação de um nível sérico baixo de cobalamina (vitamina B12) com um nível elevado de ácido fólico sugere o diagnóstico de síndrome de sobrecrescimento bacteriano. (pág. 1944, col. 2, par. 2, lin. 1)
PNS 2016 74. Relativamente à doença diverticular do cólon, assinale a afirmação FALSA: 1. Após um episódio agudo autolimitado de hemorragia diverticular, o risco de recidiva hemorrágica ao longo da vida é de 25%. (pág. 1971, col. 1, par. 3, lin. 6) 2. Na doença diverticular não complicada, a terapêutica com rifaximina diminui a frequência da recorrência dos sintomas. (pág. 1972, col. 2, par. 3, lin. 9) 3. Na abordagem a longo prazo da doença diverticular não complicada, a terapêutica com probióticos não demonstrou qualquer benefício na redução da incidência das crises. (pág. 1972, col. 2, par. 3, lin. 5) demonstrou 4. Na abordagem da diverticulite complicada, os abcessos diverticulares inferiores a 3 cm de diâmetro podem regredir com a utilização de antibióticos, sem necessidade de drenagem percutânea. (pág. 1973, col. 1, par. 4, lin. 7) 5. A colonoscopia pode ser realizada cerca de 6 semanas após o episódio agudo de doença diverticular. (pág. 1972, col. 1, par. 3, lin. 6) 75. Relativamente à insuficiência vascular mesentérica, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. No tratamento da isquemia mesentérica crónica, a angioplastia com colocação de próteses endovasculares associa-se a uma taxa de sucesso a longo prazo de apenas 20% dos casos. (pág. 1981, col. 1, par. 3, lin. 6) 80%. 2. Na isquemia mesentérica oclusiva cardioembólica, os êmbolos alojam-se preferencialmente nos pontos de Griffith ou Sudeck. (pág. 1979, col. 2, par. 2, lin. 3) Na artéria mesentérica superior, distalmente à origem da artéria cólica média. 3. A colonoscopia está contraindicada na suspeita de colite isquémica, dado o risco de perfuração. (pág. 1980, col. 2, par. 2, lin. 1) indicada; para avaliar a integridade da mucosa 4. Na isquemia mesentérica não oclusiva está indicada a terapêutica com antibióticos de largo espectro. (pág. 1980, col. 1, par. 3, lin. 16) 5. Nos doentes com colite isquémica com necessidade de intervenção cirúrgica, o procedimento consiste preferencialmente na ressecção do intestino necrosado com anastomose primária. (pág. 1980, col. 2, par. 3, lin. 5) A anastomose primária não deve ser feita na isquemia aguda. 76. Relativamente à apendicite aguda, assinale a afirmação VERDADEIRA: 1. A abordagem cirúrgica da apendicite aguda por laparoscopia apresenta menor risco de abcessos intra-abdominais. (pág. 1988, col. 2, par. 5, lin. 4) maior 2. A incidência de apendicite aguda é menor nos países ocidentais. (pág. 1985, col. 2, par. 4, lin. 1) maior 3. O sinal de Rovsing está descrito na apendicite aguda. (pág. 1987, col. 2, par. 1, lin. 6) 4. A ecografia endovaginal tem pouco interesse na identificação de patologia pélvica dada a grande variabilidade de resultados entre diferentes operadores. (pág. 1988, col. 1, par. 1 lin. 1) tem interesse na identificação de patologia pélvica em mulheres 5. No caso particular de apendicite complicada com um abcesso de 5 cm, deve-se iniciar antibioterapia de largo espectro e realizar apendicectomia de urgência. (pág. 1988, col. 2, par. 4, lin. 9) 6-12 semanas depois quando a inflamação tiver diminuído 77. Em qual dos seguintes grupos populacionais considerados NÃO está recomendado o rastreio da infeção pelo vírus da hepatite C (VHC)? 1. Indivíduos que utilizaram drogas ilícitas por vias injetáveis. 2. Doentes em hemodiálise. 3. Indivíduos com elevações inexplicadas dos níveis de transaminases. 4. Parceiros(as) sexuais de indivíduos com infeção pelo VHC. 5. Indivíduos nascidos após 1988. entre 1945-1965 (pág. 2015, tab. 360-4)
PNS 2016 78. Acerca do tratamento da hepatite C crónica, assinale qual a opção em que NÃO existe diminuição da resposta à terapêutica: 1. Doença de longa duração. 2. Presença de polimorfismo do alelo T no locus IL28B. 3. Imunossupressão. 4. Idade inferior a 40 anos. superior 5. Diabetes mellitus tipo 2 com resistência à insulina. (pág. 2046, tab. 362-7) 79. Relativamente à esteato-hepatite não alcoólica (EHNA), assinale a afirmação FALSA: 1. A medicação com estatinas deve ser evitada em doentes com valores persistentemente elevados de transaminases. (pág. 2057, col. 2, par. 2, lin. 2) Não existe evidência que sugira que as estatinas causem falência hepática em doentes com qualquer doença hepática crónica. 2. O doseamento sérico das queratinas 8 e 18 pode ser útil na confirmação diagnóstica. (pág. 2056, col. 1, par. 1, lin. 23) 3. Pode evoluir para cirrose e carcinoma hepático. (pág. 2054, col. 2, par. 2, lin. 4) 4. Não existe melhoria histológica com a utilização de ácido ursodesoxicólico. (pág. 2057, col. 1, par. 3, lin. 22) 5. O risco de evolução para fibrose hepática grave é superior em doentes com diabetes mellitus tipo 2. (pág. 2054, col. 2, par. 3, lin. 18) 80. Relativamente à colelitíase e à colecistite aguda, assinale a afirmação FALSA: 1. A colecistectomia laparoscópica eletiva precoce constitui o tratamento de escolha para a maioria dos doentes com colecistite aguda não complicada. (pág. 2082, col. 1, par. 4, lin. 8) 2. Em doentes com colelitíase assintomática, o risco a longo prazo de complicações com indicação cirúrgica é muito elevado. (pág. 2080, col. 1, par. 2, lin. 3) 60-80% continua assintomático por períodos de 25 anos (...) a incidência anual de complicações é de 0,1-0,3%. 3. Na colecistite aguda, a ecografia abdominal documenta a presença de cálculos em 90% a 95% dos casos. (pág. 2080, col. 2, par. 5, lin. 8) 4. A taxa de recidiva da colecistite aguda submetida unicamente a tratamento conservador (não cirúrgico) é de 60% aos 6 anos. (pág. 2080, col. 2, par. 6, lin. 5) 5. A taxa de complicações na colecistite acalculosa é mais elevada do que na colecistite calculosa. (pág. 2081, col. 1, par. 3, lin. 7) 81. Em relação à poliúria, indique a afirmação VERDADEIRA: 1. Diabetes mellitus mal controlada com glicosúria é uma causa rara de “diurese de solutos”. (pág. 295, col. 1, par. 2, lin. 3) a causa mais frequente 2. A formação de grandes volumes de urina diluída é geralmente devida a estados de polidipsia ou diabetes insípida. (pág. 295, col. 1, par. 3, lin. 1) 3. Define-se como a produção de volume de urina superior a 2 litros por dia. (pág. 294, col. 2, par. 3, lin. 2) 3 litros 4. O doseamento da osmolalidade urinária não tem utilidade na caracterização diagnóstica. (pág. 294, col. 2, par. 3, lin. 7) tem utilidade para distinguir uma diurese de solutos de uma diurese de água e para determinar se a diurese é adequada às circunstâncias clínicas 5. Resulta sempre da promoção ativa da excreção de sódio. (pág. 295, col. 1, par. 2, lin. 1) A filtração excessiva de solutos pouco absorvíveis como a glucose ou o manitol podem diminuir a reabsorção de NaCl e água no túbulo proximal.
PNS 2016 82. São causas de hipercaliémia todas as seguintes, EXCETO uma. Indique-a: 1. Insuficiência cardíaca congestiva. 2. Depleção de volume. 3. Doença de Addison. 4. Alcalose metabólica. acidose 5. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECAs). (pág. 309, tab. 63-5) 83. Em relação à lesão renal aguda, indique a afirmação FALSA: 1. A lesão renal aguda não oligúrica ocorre em mais de 80% dos doentes tratados com aminoglicosídeos, mesmo quando os níveis plasmáticos se encontram dentro do intervalo terapêutico. (pág. 1803, col. 2, par. 3, lin. 3) em 10-30% das utilizações de aminoglicosídeos 2. Microangiopatias trombóticas, esclerodermia e doença ateroembólica são causas microvasculares de lesão renal aguda. (pág. 1803, col. 1, par. 3, lin. 1) 3. A hipoalbuminémia pode aumentar o risco associado a algumas nefrotoxinas. (pág. 1803, col. 1, par. 4, lin. 11) 4. As causas mais frequentes de lesão renal aguda intrínseca são sépsis, isquemia e nefrotoxinas. (pág. 1800, col. 2, par. 3, lin. 1) 5. Cisplatina e carboplatina acumulam-se nas células do túbulo proximal e provocam necrose e apoptose. (pág. 1804, col. 1, par. 2, lin. 1) 84. Todas as seguintes opções fazem parte do grupo de principais etiologias de doença renal crónica, EXCETO uma. Indique-a: 1. Glomerulonefrites. 2. Nefropatia hipertensiva. 3. Rim esponjoso medular. 4. Doença poliquística autossómica dominante. 5. Nefropatia diabética. (pág. 1813, tab. 335-2) 85. Em relação às vasculites de pequenos vasos associados à presença de anticorpos anti-citoplasma do neutrófilo (ANCA), indique a opção VERDADEIRA: 1. Na biópsia nasal, a presença de granulomas é essencial para confirmar o diagnóstico de poliangeíte microscópica. (pág. 1840, col. 2, par. 3, lin. 3) a distinção é feita através da biópsia, onde a vasculite na poliangeíte microscópica não tem granulomas 2. A terapêutica de indução inclui habitualmente algum tipo de combinação de plasmaferese, metilprednisolona e ciclofosfamida. (pág. 1840, col. 2, par. 1, lin. 1) 3. Os anticorpos anti-mieloperoxidase (MPO) são mais frequentes na granulomatose com poliangeíte (granulomatose de Wegener). (pág. 1840, col. 1, par. 3, lin. 16) na poliangeíte microscópica ou Churg-Strauss 4. Os pulsos endovenosos mensais de ciclofosfamida são mais eficazes na indução de remissão do que a administração de ciclofosfamida oral diária. (pág. 1840, col. 2, par. 1, lin. 3). tão eficazes na indução de remissão como a administração de ciclofosfamida oral diária 5. A hipogamaglobulinemia ocorre com muita frequência na vasculite de Churg-Strauss. (pág. 1840, col. 2, par. 4, lin. 4) A hipergamaglobulinemia (...) por vezes acompanha o estado alérgico.
PNS 2016 86. São consideradas causas secundárias de nefropatia membranosa todas as seguintes, EXCETO uma. Indique-a: 1. Mercúrio. 2. Hepatite C. 3. Vírus BK. 4. Neoplasia do esófago. 5. Tiroidite de Hashimoto. (pág. 1843, tab. 338-6) 87. Em relação à nefropatia IgA, indique a opção FALSA: 1. Tem um pico de incidência na segunda e terceira décadas de vida. (pág. 1839, col. 2, par. 2, lin. 5) 2. Ocorre com maior frequência no sexo feminino. (pág. 1839, col. 2, par. 2, lin. 5) masculino 3. É classicamente caracterizada por hematúria episódica associada a depósitos de IgA no mesângio. (pág. 1839, col. 2, par. 2, lin. 2) 4. Foi descrita pela primeira vez por Berger. (pág. 1839, col. 2, par. 2, lin. 1) 5. É uma das formas mais comuns de glomerulopatia em todo o mundo. (pág. 1839, col. 2, par. 2, lin. 3) 88. Em relação à síndrome de Alport, assinale a afirmação FALSA: 1. A proteinúria ocorre precocemente na evolução da doença e é geralmente superior a 3 gramas na urina de 24 horas. (pág. 1847, col. 1, par. 3, lin. 1). Classicamente, doentes com síndrome de Alport desenvolvem (...) proteinúria ligeira (<1-2 g/24 h), que ocorre tardiamente na evolução da doença. 2. A hematúria é uma manifestação frequente desta síndrome. (pág. 1847, col. 1, par. 3, lin. 1) 3. Pode associar-se a uma forma de retinopatia. (pág. 1847, col. 1, par. 3, lin. 6) 4. Existe transmissão hereditária associada ao cromossoma X em mais de 85% dos casos. (pág. 1847, col. 1, par. 3, lin. 7) em 85% 5. Nalguns doentes é possível estabelecer a presença da mutação alfa-5 (IV) do colagénio através de biópsia cutânea. (pág. 1847, col. 1, par. 5, lin. 3) 89. De acordo com a classificação da doença renal crónica, segundo a Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO), indique a opção FALSA: 1. No estádio G2, o débito filtrado glomerular estimado é superior a 60 ml/min/1.73 m e inferior a 89 2 ml/min/1.73 m . 2 2. A classificação da doença renal crónica encontra-se definida de acordo com o débito filtrado glomerular estimado e a quantificação da proteinúria. 3. No estádio G5, o débito filtrado glomerular estimado é inferior a 15 ml/min/1.73 m . 2 4. No estádio G4, o débito filtrado glomerular estimado é superior a 30 ml/min/1.73 m . inferior a 30 2 ml/min/1.73 m e superior a 15 ml/min/1.73 m 2 2 5. No estádio G3a, a presença de albuminúria grave (estádio A3) corresponde a um risco mais elevado de progressão da doença renal crónica. (pág. 1812, fig. 335-1) 90. São causas de anemia na doença renal crónica, todas as opções, EXCETO uma. Indique-a: 1. Diátese hemorrágica. 2. Deficiência relativa de eritropoetina. 3. Deficiência de ferro. 4. Inflamação crónica. 5. Hipoparatiroidismo. Hiperparatiroidismo (pág. 1818, tab. 335-3)
PNS 2016 91. Em relação à microangiopatia trombótica, assinale a afirmação FALSA: 1. A síndrome de Upshaw-Schülman é uma forma hereditária de púrpura trombocitopénica trombótica (PTT) que pode manifestar-se nas primeiras semanas de vida. (pág. 1863, col. 2, par. 5, lin. 7) 2. A PTT manifesta-se tradicionalmente por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia, febre, insuficiência renal, e pela presença de sintomas neurológicos. (pág. 1863, col. 2, par. 3, lin. 1) 3. A PTT é provocada por uma atividade plasmática excessiva da enzima ADAMTS13. (pág. 1863, col. 2, par. 3, lin. 3) ausência ou diminuição marcada (<5-10%) da atividade da ADAMTS13 4. Sem tratamento, a mortalidade da PTT pode exceder os 90%. (pág. 1863, col. 2, par. 4, lin. 6) 5. Mesmo com o tratamento atualmente recomendado, a mortalidade da PTT pode chegar aos 20% no primeiro mês. (pág. 1863, col. 2, par. 4, lin. 8) 92. Em relação às complicações durante a hemodiálise, indique a afirmação VERDADEIRA: 1. As reações anafilactoides do tipo B, ao dialisador, consistem na ocorrência de exantema cutâneo cerca de 24 horas após o final da sessão de hemodiálise. (pág. 1824, col. 2, par. 1, lin. 10) dor torácica e dorsal inespecífica (...) que ocorre tipicamente alguns minutos após início da diálise 2. A hipotensão é uma complicação rara. (pág. 1824, col. 1, par. 3, lin. 1) a complicação aguda mais comum da hemodiálise 3. A hemodiálise com bicarbonato é mais cardiodepressora do que com a utilização de acetato. (pág. 1824, col. 1, par. 3, lin. 11) Desde a introdução do dialisante com bicarbonato, a hipotensão associada à diálise tornou-se menos comum [face ao acetato que tem efeitos vasodilatadores e cardio depressores] 4. A incidência de reações anafilactoides ao dialisador diminuiu significativamente com a utilização de membranas de celulose. (pág. 1824, col. 2, par. 1, lin. 1) As reações ao dialisador (...) são mais frequentes com as membranas bio-incompatíveis contendo celulose. 5. As reações anafilactoides do tipo A, ao dialisador, são mediadas por IgE. (pág. 1824, col. 2, par. 1, lin. 4) 93. Em relação à doença renal poliquística (DRP), indique a afirmação FALSA: 1. Muitos doentes com DRP dominante poderão permanecer assintomáticos até à quarta ou quinta década de vida. (pág. 1851, col. 2, par. 3, lin. 7) 2. A DRP autossómica recessiva afeta sobretudo a população pediátrica. (pág. 1850, col. 1, par. 2, lin. 5) 3. O carcinoma de células renais é uma complicação frequente da DRP autossómica dominante. (pág. 1852, col. 1, par. 1, lin. 15) rara 4. A DRP autossómica dominante é uma doença sistémica que resulta de mutações no gene PKD-1 ou PKD-2. (pág. 1850, col. 2, par. 1, lin. 8) 5. A DRP autossómica dominante pode afetar todos os grupos étnicos. (pág. 1851, col. 1, par. 2, lin. 3) 94. Em relação à transplantação renal no tratamento da doença renal crónica, indique a afirmação FALSA: 1. Alguns anticorpos naturais contra antigénios do sistema HLA classe I (A, B, C) e classe II (DR) podem provocar perda do enxerto por rejeição hiperaguda. (pág. 1826, col. 2, par. 6, lin. 4) 2. Virtualmente todos os doentes que recebem um transplante apresentam maior sobrevida relativamente aos doentes de risco comparável que permanecem em diálise. (pág. 1826, col. 2, par. 4, lin. 1) 3. A taxa de mortalidade é maior no primeiro ano após transplante e está relacionada com a idade. (pág. 1826, col. 2, par. 2, lin. 1) 4. O candidato a transplante renal deve ter uma esperança de vida superior a 5 anos. (pág. 1826, col. 2, par. 4, lin. 9) 5. A incompatibilidade sanguínea do sistema Rh entre dador e recetor faz parte das contraindicações imunológicas absolutas à transplantação renal. (pág. 1826, col. 2, par. 6, lin. 1) Anticorpos anti-HLA classe I (A, B, C) ou classe II (DR); sistema Rh não expresso no enxerto
PNS 2016 95. Em relação às complicações da transplantação renal, indique a afirmação FALSA: 1. A necrose asséptica da cabeça do fémur deve-se provavelmente à existência de hiperparatiroidismo previamente ao transplante, agravada pela terapêutica com corticoides. (pág. 1831, col. 2, par. 3, lin. 2) 2. A anemia é rara no período pós-transplantação. (pág. 1831, col. 2, par. 4, lin. 1) comum no período pós-transplante 3. A hipercalcemia após transplantação pode indiciar ausência de regressão da hiperplasia das glândulas paratiroideias. (pág. 1831, col. 2, par. 3, lin. 1) 4. O linfoma não-Hodgkin é uma das neoplasias mais frequentes. (pág. 1831, col. 1, par. 6, lin. 3) 5. Os doentes transplantados têm uma elevada prevalência de doença arterial coronária e de doença vascular periférica. (pág. 1831, col. 2, par. 1, lin. 3) 96. São causas de glomerulonefrite membranoproliferativa todas EXCETO uma. Indique-a: 1. Nefropatia aterosclerótica. 2. Lúpus eritematoso sistémico. 3. Hepatite B. 4. Neoplasia da mama. 5. Endocardite bacteriana subaguda. (pág. 1841, tab. 338-4) 97. Quanto à glomeruloesclerose focal e segmentar, indique a afirmação FALSA: 1. Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina estão contraindicados na forma primária da doença. (pág. 1842, col. 2, par. 3, lin. 6) O tratamento da glomerulosclerose focal segmentar primária deve incluir inibidores da enzima de conversão da angiotensina. 2. É caracterizada pela presença de um padrão de cicatriz glomerular segmentar que atinge alguns glomérulos, mas não todos. (pág. 1842, col. 2, par. 2, lin. 1) 3. A nefropatia de refluxo é uma causa de glomeruloesclerose focal e segmentar secundária. (pág. 1842, tab. 338-5) 4. Pode estar associada à infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH). (pág. 1842, tab. 338-5) 5. As alterações histológicas de glomeruloesclerose focal e segmentar são mais proeminentes nos glomérulos localizados na junção corticomedular. (pág. 1842, col. 2, par. 3, lin. 1) 98. Todos os seguintes fatores constituem causa de necrose papilar, EXCETO: 1. Uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides. 2. Diabetes com infeção urinária. 3. Drepanocitose. 4. Nefropatia gotosa. 5. Analgésicos. (pág. 1861, tab. 340-3)
PNS 2016 99. Em relação às alterações hidroeletrolíticas, indique a afirmação FALSA: 1. A concentração de solutos ou partículas num fluido é conhecida como a sua osmolalidade e é expressa em unidade de miliosmóis por quilograma de água (mOsm/kg). (pág. 295, col. 2, par. 2, lin. 1) 2. A água contribui para cerca de 50% do peso corporal na mulher, e 60% no homem. (pág. 295, col. 2, par. 1, lin. 1) 3. A água corporal total encontra-se distribuída 55% a 75% pelo compartimento intracelular, e 25% a 45% pelo compartimento extracelular. (pág. 295, col. 2, par. 1, lin. 2) 4. Mais de dois terços do cloreto de sódio filtrado pelo glomérulo são absorvidos no túbulo renal distal. (pág. 296, col. 2, par. 4, lin. 1) Cerca de dois terços do cloreto de sódio filtrado é reabsorvido no túbulo contornado proximal. 5. A semivida da vasopressina na circulação sanguínea varia entre 10 a 20 minutos. (pág. 295, col. 2, par. 4, lin. 14) 100. Em relação ao equilíbrio ácido-base, indique a afirmação FALSA: 1. Os aniões plasmáticos não mensuráveis incluem proteínas aniónicas (como a albumina), fosfato, sulfato e aniões orgânicos. (pág. 317, col. 1, par. 3, lin. 4) 2. Num doente com acidose metabólica e uma concentração de bicarbonato próxima dos 12 mmol/L é expetável que apresente uma PaCO entre 24 mmHg e 28 mmHg. (pág. 316, col. 1, par. 1, lin. 2) 2 3. A acidose metabólica devida ao aumento de ácidos endógenos (cetoacidose) reduz a concentração de bicarbonato no fluido extracelular diminuindo o seu pH. (pág. 315, col. 2, par. 6, lin. 6) 4. Um doente com cetoacidose diabética (acidose metabólica) pode desenvolver um problema respiratório independente (por exemplo: pneumonia) conduzindo a acidose ou alcalose respiratória. (pág. 316, col. 1, par. 2, lin. 4) 5. O hiato aniónico, anion gap (AG), representa os aniões plasmáticos não mensuráveis e é obtido através da soma do sódio com o cloro e o bicarbonato (AG=Na +Cl +HCO ). (pág. 317, col. 1, par. 3- + - 3, lin. 1) AG=Na -(Cl +HCO ) - 3- +
PNS 2016 CHAVE 1. 1 21. 3 41. 1 61. 1 81. 2 2. 3 22. 4 42. 2 62. 3 82. 4 3. 5 23. 1 43. 4 63. 2 83. 1 4. 3 24. 5 44. 1 64. 1 84. 3 5. 5 25. 3 45. 3 65. 3 85. 2 6. 4 26. 1 46. 5 66. 2 86. 3 7. 2 27. 3 47. 2 67. 1, 2 87. 2 8. 5 28. 4 48. 4 68. 5 88. 1, 4 9. 4 29. 3 49. 3 69. 4 89. 4 10. 2 30. 2 50. 5 70. 5 90. 5 11. 5 31. 1 51. 2 71. 5 91. 3 12. 1 32. 4 52. 4 72. 4 92. 5 13. 1 33. 5 53. 2 73. 1 93. 3 14. 3 34. 2 54. 1 74. 3 94. 5 15. 4 35. 5 55. 3 75. 4 95. 2 16. 2 36. 4 56. 4 76. 3 96. 1 17. 1 37. 2 57. 3 77. 5 97. 1 18. 3 38. 1 58. 5 78. 4 98. 4 19. 4 39. 5 59. 1 79. 1 99. 4 20. 2 40. 2 60. 5 80. 2 100. 5
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