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leilões em NúmeRos Raças leiteiRas Jersey comemora novo posto E fecha 2012 com 1.226 animais vendidos por R$ 4,2 milhões m 2012, a raça Jersey ultrapassou Lotes vendidos em leilões a marca dos 1.000 lotes comer- Ecializados, condição há muito al- 2012 2011 2010 2009 mejada pelos criadores, que em anos Regiões Lotes Média Lotes Média Lotes Média Lotes Média anteriores chegaram a comandar os SUDESTE 324 3.615 691 5.303 303 4.334 691 3.509 pregões leiteiros na dobradinha com C-OESTE 571 3.165 190 3.550 - - 143 2.135 o Holandês. O comércio se deu em remates que NORDESTE - - - - 10 3.440 - - dividiram a pista com as raças Giro- SUL 132 4.690 38 6.757 87 2.666 52 2.377 lando, Holandês e Gir Leiteiro. Das 18 VIRTUAIS 199 3.274 41 8.654 97 2.754 109 2.908 participações de 2012, em 13 a raça foi BRASIL 1.226 3.466 960 5.157 497 3.716 995 3.187 à venda ao lado da tríade que domina o mercado leiteiro. Mesmo no papel de Fonte: Banco de Dados DBO. Valores nominais. Inclui machos, fêmeas, prenhezes e aspirações de folículos ovarianos (cada lote corresponde a um animal nascido ou a nascer). coadjuvante, os selecionadores de Jer- sey têm motivos de sobra para come- morar os resultados obtidos em 2012. Fêmeas vendidas em leilões Nunca a cobertura do Banco de Dados DBO havia registrado a marca de 1.000 2012 2011 2010 2009 lotes para a raça. Foi a maior oferta e Regiões Lotes Média Lotes Média Lotes Média Lotes Média a segunda maior fatura desde que a re- SUDESTE 324 3.615 684 5.318 300 4.351 689 3.513 vista montou esse banco, em 1994. A C-OESTE 564 3.169 188 3.560 - - 141 2.133 maior receita ocorreu em 2011, quando a fatura encostou nos R$ 5 milhões em NORDESTE - - - - 10 3.440 - - 960 animais comercializados. SUL 132 4.690 33 7.019 87 2.666 52 2.377 Do total de sete praças nas quais os VIRTUAIS 199 3.274 41 8.654 97 2.754 108 2.920 exemplares foram negociados, apenas BRASIL 1.219 3.469 946 5.172 494 3.722 990 3.192 três foram palco de remates exclusivos: Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio Grande do Sul. Juntas, elas somaram 53% do total de animais vendidos, que Reprodutores vendidos em leilões também contaram com o reforço das TVs 2012 2011 2010 2009 nos remates exclusivamente virtuais. A média geral dos remates ficou na Regiões Lotes Média Lotes Média Lotes Média Lotes Média casa dos R$ 3.500, com três leilões a pre- SUDESTE - - 4 3.693 1 3.240 2 2.270 ços superiores aos do mercado. A maior C-OESTE 19 3.122 2 2.655 - - 2 2.250 delas ficou com a estreia promovida por VIRTUAIS - - - - - - 1 1.600 Edésio e Celina Oenning, titulares da Ca- banha Canário, de Braço do Norte, em BRASIL 19 3.122 6 3.347 - - 5 2.128 Santa Catarina, onde o casal recebeu os convidados. Foram 50 matrizes tope e três prenhezes negociadas ao preço mé- Leilões promovidos por região dio de R$ 9.200. 2012 2011 2010 2009 Os outros dois eventos se deram em Vendas exposições agropecuárias: na Feileite, semestrais Nordeste - - 1 - especializada nacional realizada na Janeiro a junho: Centro-Oeste 2 3 - 4 capital paulista, o Estrelas Nacionais 10 leilões, 951 lotes, renda Sudeste 11 14 7 13 foi além dos R$ 8.000 em preço mé- de R$ 3,4 milhões dio; já na Expointer, em Esteio, RS, Julho a dezembro: Sul 3 2 6 3 o Remate Raça Jersey, ancorado pela 8 leilões, 275 lotes, Virtuais 2 1 2 5 renda de R$ associação nacional de criadores, alcan- 782.450,00 TOTAL 18 20 16 25 çou R$ 7.257. n Anuário DBO 2013 102



VIsão setorIal I InsemInaçãonsemInação Crescimento bem abaixo do esperado Custo de alimentação, seca e economia mundial frearam expansão da venda de sêmen. Ivan azevedo [email protected] Evolução do mercado de sêmen nos últimos quatro anos crescimento do mercado de inse- Segmento 2012* 2011 2010 2009 minação artificial em 2012, em Orelação a 2011, foi de 5%, se- Corte 7% 26,81% 15,58% 25,50% gundo estimativa de Lino Rodrigues, presidente da Asbia (Associação Bra- Leite 1% 19,16% 11,20% -2,55% sileira de Inseminação Artificial). A previsão antecede a divulgação ofi- Total 5% 23,55% 13,69% 11,65% cial dos dados da entidade, marcada para fevereiro, quando se apresentará *Estimativa de crescimento em número de doses (balanço oficial previsto para fevereiro). Fonte: Asbia a compilação dos relatórios das em- presas do setor. O porcentual é bem abaixo da expectativa do início do ano global dos preços de soja e milho, que Perspectivas passado, quando o setor convivia com puxou os custos da alimentação para O ano de 2012 manteve a tendên- evoluções crescentes na casa dos dois cima e inibiu o confinamento na entres- cia de predominância das vendas de _ dígitos 11%, 13% e 23%, respectiva- safra de 2012, afetando, indiretamente, sêmen de touros Angus e Nelore en- mente, em 2009, 2010 e 2011. “Quan- os investimentos em inseminação artifi- tre as raças de corte no Brasil. A par- do você está acostumado com 13%, cial. Além disso, o preço da arroba em ticipação das duas deverá ultrapassar o 15%, é natural esperar a mesma média 2012 não empolgou os pecuaristas. Ao percentual registrado em 2011, que foi que, se não alcançada, traz frustração. contrário de 2011, a cotação da arroba de 80,7%. Também houve forte deman- Porém, levando-se em conta que o PIB não ultrapassou a casa do País cresceu apenas 1%, o avanço dos R$ 100 em nenhum de 5% foi fantástico”, pondera Heve- mês do ano, desestimu- Raças de corte comercializaram rardo Carvalho, diretor-geral da Alta lando o pecuarista a in- Genetics e vice-presidente da Asbia. vestir na melhoria ge- 7,5 milhões de doses de sêmen, nética do rebanho, na 7% a mais do que em 2011. Seca na monta opinião de Rodrigues. O mercado voltado para as raças de E as centrais sentiram o corte puxou o setor para cima, regis- fraco movimento dos pecuaristas duran- da por sêmen sexado, segundo a Asbia. trando crescimento de 7%, com a co- te o ano, mas, mesmo assim, esperavam O presidente da entidade prevê que as mercialização de 7,5 milhões de doses forte demanda em dezembro, véspera da vendas do setor devem crescer pelo menos em 2012, mas longe do volume nego- próxima estação de monta. 15% em 2013. Para isso, além do atraso ciado em 2011. Mesmo assim, o resul- A alta no preço da soja e do milho da estação de monta da safra 2012/2013 e tado poderia ter sido melhor, não fosse em 2012 atingiu mais fortemente o se- da transferência da demanda de sêmen de a seca às vésperas do início da estação tor leiteiro, ao inflar os custos de pro- raças de corte para janeiro e fevereiro des- de monta da safra 2012/2013. “Foi o dução em 20%. A alimentação é o custo te ano, Lino Rodrigues aposta que o cus- pior dezembro dos últimos dez anos”, de maior peso na produção de leite, re- to de alimentação do gado não deverá pe- diz o presidente da Asbia. Ele aposta presentando 70% do total. A venda de sar na produção de carne e leite como em que a volta das chuvas tranferirá a de- sêmen de raças leiteiras cresceu apenas 2012, abrindo janela para o investimento manda por sêmen para janeiro e feve- 1%, de aproximadamente 4,8 milhões em melhoramento genético. Ele acredita reiro. para 4,9 milhões de doses. Em 2011, também que a economia mundial sairá do Além da falta de chuva, o mercado as vendas de sêmen das raças leiteiras atoleiro e ajudará o País a crescer além do de corte também sofreu com a elevação cresceram 19%. 1% registrado em 2012. n Anuário DBO 2013 104



VIsão setorIal n InsemInaçãoutrIção Trajetória de alta interrompida Inverno chuvoso e menos gado confinado retraíram demanda por suplementos minerais mônica costa [email protected] Produção de alimentos para animais no Brasil (1) epois de dois anos consecutivos Rações 2012 2011 Var.% de alta, a indústria de suplemen- por segmento Dtos minerais registrou queda de Aves de corte 31 32,2 - 3,7 17% no volume comercializado. De Aves de postura 5,2 5 + 4 acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Mine- Suínos 15,1 15,4 - 1,9 rais (Asbram), a demanda por insumos Bovinos de corte 2,6 2,7 - 3,7 para a alimentação animal caiu para 1,9 milhão de toneladas, contra 2,35 Bovinos de leite 4,8 5,1 - 5,8 milhões no ano anterior. O desem- Outros (2) 4,2 4 +5 penho foi o pior desde 2009, quando foram comercializados 1,7 milhão de Total rações 62,9 64,4 - 2,3 toneladas. Suplementos minerais 1,9 2,35 - 17 O faturamento acompanhou o mo- vimento de retração e saiu de R$ 2,7 Total geral 64,8 66,7 -2,8 bilhões em 2011 para R$ 2,1 bilhões (1) Em milhões de toneladas. Fontes: Sindirações e Asbram. Pet, aquicultura, equinos e outros (2) em 2012, recuo de 22,2%. O impacto da queda é ainda maior porque o se- tor vinha de um ciclo de alta média nacional também colaboraram para o dução de 21,6% na comparação com o de 30% nos dois anos anteriores (veja resultado negativo do setor. desempenho de 2011, quando a produ- gráfico na página ao lado). Em 2011, ção passou de 1,1 milhão de toneladas. a arroba do boi gordo ultrapassou a Vendas por segmento A maior queda foi observada na de- casa dos R$ 100,00 e o desempenho Levantamento feito pela Asbram manda por suplementos proteico-ener- da indústria de suplemento mineral entre suas afiliadas, que representam géticos, 36,1%. O proteinado, outro in- foi o melhor da série histórica. “Já em 65% do mercado nacional, mostra que sumo importante para garantir o peso 2012, os reajustes no preço dos grãos, foram comercializadas 879,3 mil tone- do gado durante a seca, recuou 16,4%. a forte seca no Nordeste, que tem um ladas de suplemento mineral, uma re- A demanda por sal mineral pronto para rebanho bovino importante e o fraco desempenho da arroba do boi gordo Vendas de suplemento minerais dos associados (1) prejudicaram a demanda por minerali- da Asbram por segmento de mercado zação”, explica Jorge Matsuda, presi- dente da Asbram. Produto 2012 2011 2010 Outro fator de importância foi o in- Concentrados 18 26,3 31,2 verno chuvoso que reduziu a necessi- dade de suplementação do gado. “De- Núcleos 69,4 66 50,9 sanimado com o fraco desempenho da Proteico-energético 115,7 181,1 149,9 arroba, o pecuarista de corte investiu Proteinado 155 185,5 154 menos. O clima também colaborou para manter os animais no pasto por Com uréia 54,7 79,8 83,7 mais tempo”, explica o médico veteri- nário Sérgio Morgulis, diretor da Mi- Para diluir 58,2 72 79,7 nerthal, uma das maiores empresas de Prontos para uso 418,3 511,6 486,4 nutrição animal do País. Os embargos Total 879,3 1.122,3 1.035,8 impostos pela Rússia à carne brasilei- ra, a crise econômica no mercado eu- (1) Em mil toneladas; Com base nos dados das empresas associadas. ropeu e a desaceleração da economia Fonte: Painel Asbram. Anuário DBO 2013 106

uso – carro chefe do setor, responden- melhora no desempenho do setor. “Há ram abaixo de 4 milhões de toneladas do por 47,6% das vendas – registrou expectativa de seca na Austrália, que de frango em 2012. O aumento do ex- uma queda de 18%, enquanto o declí- pode valorizar o nosso boi, e de safra cedente no mercado interno pressionou nio observado na produção dos suple- recorde de milho, que pode reduzir o o preço da ave para baixo e dificul- mentos prontos para mistura ficou em preço da commodity”, conclui. tou ainda mais a capacidade de aqui- 19,1%. A demanda por concentrados sição de insumos pelo produtor frente caiu 31,5% e dos suplementos minerais Rações também recuam aos reajustes dos grãos. Já no caso da com ureia, 31,4%. Apenas os núcleos A somatória de fatores como o au- avicultura de postura, a queda de 0,7% registraram pequena alta de 4,9%. mento no preço dos grãos, a crise na na produção de ovos promoveu a valo- suinocultura e o recuo nas exportações rização das exportações em 51%. Este Perspectivas de frango tiveram reflexo no consu- cenário assegurou ao produtor uma Após o fraco desempenho em 2012, mo de ração animal, ainda que suave. margem melhor para adquirir a ração, a indústria de suplementos terá que en- Segundo levantamento do Sindirações cuja demanda chegou a 5,2 milhões de carar novos reajustes já no início de (Sindicato Nacional da 2013. “Com a previsão de aumento da Indústria de Alimenta- safra agrícola, a demanda por fosfato ção Animal), foram pro- Demanda por sal mineral bicálcico – fundamental na produção duzidas cerca de 63 mi- pronto para uso, carro-chefe do do suplemento mineral – deve aumen- lhões de toneladas de tar, o que pressionará os preços”, diz ração em 2012, 2,4% setor, caiu 20% em 2012. Matsuda. “Em dezembro, fornecedo- menos do que o comer- res do fosfato anunciaram um aumen- cializado no ano ante- to médio de 12% na matéria prima, o rior. “Os setores avícola e suinícola, toneladas, desempenho 4% superior ao que deve impactar em cerca de 6% o que respondem por mais de 70% da de- observado em 2011. custo da produção do suplemento mi- manda, puxaram o mercado para bai- Na suinocultura, apesar do bom de- neral”, alerta Morgulis, da Minerthal. xo” explica Ariovaldo Zani, vice-pre- sempenho das exportações, que regis- A expectativa de valorização do dólar sidente executivo da entidade. Mas a traram aumento de 4,2% na receita e de também preocupa, porque muitos mi- receita compensou o volume menor: 12,6% no volume embarcado, o setor nerais usados na formulação do suple- aumentou 15%, para R$ 47 bilhões. terminou o ano em crise. “Muitos pe- mento são importados. Na avicultura de corte, responsável quenos e médios e produtores ficaram Embora o cenário seja preocupan- pela aquisição de 50% da ração produ- descapitalizados por causa da queda no te, a Asbram espera um crescimento zida no País, o consumo em 2012 caiu preço do animal vivo e a demanda por de pelo menos 15% em 2013. “Nossa para 31 milhões de toneladas, redução ração terminou 2012 em cerca de 15,1 meta é recuperar o volume perdido ao de 3,7% na comparação com o ano an- milhões de toneladas, recuo de 1,9% longo de 2012” diz o presidente da en- terior. A fragilidade das economias no em relação ao produzido em 2011”, tidade. O fim dos embargos e a consta- mercado europeu e a instabilidade po- apontou o executivo. tação de que não há casos de vaca lou- lítica no Oriente Médio afetaram o de- A demanda por ração na bovinocul- ca no Brasil devem colaborar para a sempenho das exportações, que fica- tura de corte recuou quase 4%, para 2,6 milhões de toneladas. “O custo eleva- Evolução do mercado de suplementos minerais do da alimentação concentrada conti- nua comprometendo a engorda ao co- cho” aponta Zani. Na bovinocultura de leite, o alto custo da alimentação e os baixos preços pagos pelo leite desani- maram o pecuarista, que reduziu os in- vestimentos em concentrados para ga- rantir alguma margem de lucro. Para o setor, foram destinados 4,8 milhões de toneladas de ração, recuo de 5,8%. Os setores de pet e aquicultura con- tinuam sendo os destaques. A produ- ção estimada de alimentos para cães e gatos cresceu aproximadamente 4% em 2012, alcançando cerca de 2,3 mi- lhões de toneladas. A demanda por ra- ção para peixes em 2012 chegou a 575 Em mil toneladas. Adaptado do painel ASBRAM. *Quantidade estimada. mil toneladas, avanço de 15%. n Anuário DBO 2013 107

vIsão setorIal I InsemInaçãondústrIa veterInárIa Desempenho menos vigoroso Vendas cresceram 5,5% em 2012, um terço do registrado em 2011. Tânia Rabello gicos” (nos quais se incluem as vacinas, setor de mediamentos veterinários”, ex- entre elas contra a febre aftosa, cujas ven- plica ele, lembrando que se o pecuarista setor de medicamentos veterinários das brasileiras batem nos 350 milhões de fica descapitalizado investe menos na sa- no Brasil deve fechar 2012 com fa- doses por ano); 25% são antiparasitários nidade do rebanho. O turamento aproximado de R$ 3,6 (carrapaticidas, por exemplo); 19% an- Por isso também, previsões mais bilhões, ou 5,5% a mais do que o de- timicrobianos (antibióticos); 11% tera- acertadas para as vendas em 2013 vão de- sempenho de 2011, que foi de R$ 3,415 pêuticos; 7% são suplementos e 13% são pender, segundo o diretor de Operações do bilhões, informa o Sindicato Nacional da “outros”, informa o Sindan. Sindan, da continuidade e ampliação ou Indústria de Produtos para a Saúde Ani- Embora dezembro de 2012 tenha sido não dos embargos à carne bovina brasilei- mal (Sindan). O setor cresceu menos, já carregado de “novidades”, diz Salani, re- ra no exterior. Segundo a Associação Bra- que desde 2010 vinha apresentando de- ferindo-se à descoberta do príon (agen- sileira dos Exportadores de Carne (Abiec), sempenho porcentual na casa dos dois te causador da Encefalopatia Espongi- porém, o impacto comercial das restrições dígitos, quando faturou R$ 2,936 bilhões forme Bovina, ou doença da vaca louca) à carne bovina brasileira por parte dos pa- _ (ou 10,8% sobre 2009). No ano seguin- em uma vaca no Paraná o que provocou íses que aderiram ao embargo é pouco re- te, novo avanço expressivo, desta vez de o embargo às exportações brasileiras de levante para os negócios brasileiros. “Em _ 16,3% em relação a 2010. “Em 2012, po- carne por parte de dez países , o dirigen- faturamento, estes mercados, juntos, re- rém, era esperado um faturamento menor, te acredita que o desempenho da indústria presentam 4,42% das exportações brasi- sobretudo por causa da questão cambial veterinária não sofrerá alterações com os leiras de carne bovina”, esclarece a Abiec. desfavorável, já que somos extremamen- dados do último mês do ano. Salani, do Sindan, acredita que o gover- te dependentes de matérias-primas im- “O mês mais importante para efetiva- no federal está empenhado em esclarecer as portadas”, esclarece o diretor de Opera- mente fechar as vendas de medicamentos dúvidas dos importadores e que nem mes- ções do Sindan, Emílio Salani, embora a veterinários é novembro, quando ocorre mo 2013 será afetado pela situação. “Embo- expectativa fosse de um crescimento um a última etapa de vacinação contra a fe- ra toda esta questão deixe o mercado apre- pouco maior do que efetivamente ocor- bre aftosa”, explica o diretor. “Em dezem- ensivo, acho que teremos 2013 dentro da reu, de 7%. bro as vendas já não são tão significati- normalidade”, diz o diretor do Sindan. Entre as vendas totais de medicamen- vas para a indústria veterinária, sobretudo Segundo Salani, os fabricantes de tos veterinários no País, os ruminantes, a ligada ao setor de bovinos, nosso for- medicamentos veterinários estão também incluindo bovinos de corte e de leite, ab- te em vendas. Além disso, os embargos à de olho no comportamento de preço do sorveram 53% do total comercializado carne brasileira ocorreram praticamente milho e da soja, matérias-primas de gran- em 2012, mesmo porcentual do ano an- quando dezembro já estava fechado.” Sa- de peso nos custos de produção da avi- terior. Em seguida, vêm aves e suínos, lani destaca a importância de acompanhar cultura, da suinocultura e da bovinocul- com 16% cada; cães e gatos, com 14%, os mercados interno e externo de carnes tura de corte e leite. Em 2012, a elevação e equinos, com 1%. Em relação à classe bovinas, suínas e de aves, “pois a perfor- no preço desses dois grãos levou à queda de medicamentos, segundo o sindicato, mance desses segmentos econômicos afe- na produção de carnes de frango e de su- 25% dos produtos vendidos são “bioló- ta diretamente o desempenho de todo o ínos e afetou os confinamentos. n Anuário DBO 2013 108



ViSão Setorial S SementeSementeS Preço baixo e seca afetam mercado Após 2011 na casa do bilhão, setor esgota estoques, registra queda de 15% e prevê alta de preços para 2013. Ivan azevedo cipada da safra, inflacionando o merca- trou na exportação, cuja receita cres- [email protected] do. “Para 2013 espera-se menos semen- ceu 33% em relação a 2011, atingindo tes à disposição do mercado porque as aproximadamente US$ 100 milhões. alor da semente 10% abaixo do ve- empresas de sementes de forrageiras en- Em 2012, foram embarcadas 8.000 to- rificado em 2011 e atraso do pe- frentam forte concorrência dos produ- neladas de sementes de plantas forragei- V ríodo de chuvas foram os princi- tores de soja e dos demais grãos pelas ras. O maior comprador foi a Venezuela, pais fatores que derrubaram o fatura- áreas de produção. Se houver avanço que, para importar 1.400 toneladas (23% mento do setor em 15% no ano passado, das lavouras sobre áreas de produção do total), gastou US$ 22,7 milhões. em comparação com 2011, chegando a de sementes de forrageiras a safra deve Países africanos elevam a demanda a R$ 850 milhões, segundo Marcos Rove- cair”, prevê o diretor comercial da JC cada ano, mas ainda são mais promes- ri, diretor executivo da Associação para Maschietto, Murilo Nahas. sas do que realidade, segundo o presi- o Fomento à Pesquisa de Melhoramento Itamar Alves de Oliveira Júnior, di- dente da Unipasto. “Apesar das perspec- de Forrageiras Tropicais (Unipasto). Em retor comercial da Soesp-Sementes do tivas positivas de países como Angola, a 2011, o setor faturou R$ 1 bilhão. Oeste Paulista, sediada em Presiden- demanda é muito pequena se comparada A queda média de 10% nos preços te Prudente, SP, é outro executivo que com a América Latina”, pondera Itamar em 2012 em relação a 2011 decorreu de está preocupado com a expectativa de Junior, da Soesp. erro na leitura dos estoques, superesti- diminuição da área plantada e com a Projetando um futuro próximo para mados no início do ano e que, segundo corrida das empresas para a compra a exportação, Murilo Nahas, da JC Roveri, acabaram não atendendo à de- antecipada de sementes de forrageiras Maschietto, aposta na potencialida- manda. Segundo o diretor executivo, tal para se prevenir de eventual falta do de de Angola para os próximos anos, erro mostrou a necessidade do aperfei- produto em 2013. já que é um país de tamanho parecido çoamento do processo de mensuração Segundo Marcos Roveri, a expecta- com o Estado do Pará e produz apenas dos estoques. Além da produção da sa- tiva é que a área plantada em 2012/2013 8% de toda a carne bovina consumi- fra corrente, é preciso monitorar os es- seja a mesma de 2011/2012, de 150.000 da. “O problema político foi solucio- toques em mãos de revendedoras e tam- hectares, o que poderia resultar em uma nado no país e a tendência é de uma bém dos compradores para obter dados produção final semelhante à última, de grande revolução na criação de gado, mais precisos do volume disponível para 42.000 toneladas (a produtividade mé- já que estão importando animais em pé a comercialização anual. dia dos últimos dois anos foi de 290 kg/ do Brasil e da África do Sul e precisa- Além disso, o atraso da estação chu- ha e 280 kg/ha, respectivamente). Para rão formar boa pastagem para esse re- vosa contribuiu para a queda no preço a safra 2012/2013, ele prevê queda na banho de alta qualidade.” das sementes. Em 2012, quem planeja- produtividade. A razão é o aumento dos va reformar ou formar novos pastos não custos. “A elevação do preço dos insu- Nova cultivar contou com as chuvas que normalmente mos aumentou os riscos econômicos da O ano também marcou o lançamento chegam a partir de outubro. Sem a umi- atividade e deve levar os produtores a da nova cultivar da Embrapa, a braqui- dade no solo, os fazendeiros adiaram as reduzir os tratos culturais, afetando, as- ária BRS Tupi, voltada principalmente compras. “Nesta safra, a temporada chu- sim, a produtividade”, pondera Roveri. para áreas com alagamentos temporá- vosa começou em dezembro e provo- A informação positiva para o setor rios, como o norte do Mato Grosso e o cou uma corrida às revendas de semen- de sementes de forrageiras se concen- sul do Pará. Segundo a Embrapa Gado tes. Com a grande procura, de Corte, de Campo Gran- o preço de algumas varieda- Recuo nos indicadores do segmento de, MS, a oferta de 40 tone- des, como o braquiarão, subiu Indicador 2012* 2011 Variação ladas esgotou-se rapidamen- 60%”, diz Roveri. Área (mil ha) 150 150 0% te. Para 2013, a entidade vai Além do estoque baixo, ofertar 70 toneladas da BRS outro fator que impulsionou o Produtividade (kg/ha) 280 290 -3,5% Tupi. Para o fim de 2013, a preço rapidamente no fim de Produção (mil toneladas) 42 43 -2,3% Embrapa promete outra cul- 2012 foi a expectativa de bai- Exportação (milhões R$) 200 150 33% tivar de braquiária brizanta, xa produção em 2013, desper- Faturamento (milhões R$) 850 1.000 -15% destinada a fazendas que en- tando o interesse das grandes frentam a síndrome da morte empresas para a compra ante- *Estimativa. Fonte: Unipasto do braquiarão. n Anuário DBO 2013 00 110

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