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Janelas da Alma

Published by D'Almeida ©, 2017-06-26 04:16:25

Description: Editor: Edição de Autor * Autor: Milu Carmelo Dias © * Capa: GMoura © (fotografia) * Tipografia e técnica de capa: D'Almeida Ateliê * Grafismo, paginação e arte final: D'Almeida Ateliê

Keywords: autores portugueses,livros de poesia,poesia portuguesa,edição de autor,publicar livro,diva almeida,d'almeida

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TRÓIAQuem vê nossa Tróia belaTão maravilhosa telaNo rio azul a brilharFica preso na magiaDo encanto que irradiaJamais o pode olvidar.Do outro lado do rioEnfrenta a nossa cidadeNamoram há muitos anosJá desde os tempos romanosTróia conta a sua históriaDesde essa idade com brioE nos enche de vaidade.Beijada por dois rivaisO Oceano e o rio SadoSuas dunas, seus areaisE as camarinhas docinhasNas horas de calmariaSão delícia dos banhistasE assim a todos conquistasÉs um tesouro encantadoAdmirado, cobiçadoLinda pérola de poesia.- 2004 Janelas da Alma 99

NOITE DE NATAL Noite de Amor, Paz e Esperança Tudo nos diz vamos amar Que o bom Jesus feito criança Vem dar o exemplo, vem-nos salvar Nos corações há mais amor Esqueceu-se o ódio e a má vontade Pois veio ao mundo o Deus de Amor Pequeno e pobre em humildade Tremia de frio a Estrela Maior Para nós nasceu, aos homens se deu Sob o olhar de Céu da Virgem Sua Mãe Como é possível alguém esquecer Lá no Presépio sua presença E haver guerra fria descrença Quando ele por nós se deixou morrer Oh! Homens! Pensem nesta verdade Não há no mundo valor maior Partilha paz fraternidade O sonho, o bem que gera o Amor. - 2004100 Maria Só

AS MÃOSAs mãos são eloquentes transmissorasPodem esculpir, pintar, ninarAmassar pão, semear floresEm cada gesto, tanta beleza criar.Mas também há mãos monstruosasQue torturam crianças inocentesMãos dementes, criminosas, repelentesQue só merecem algemas.E graças a Deus há mãos de GlóriaQue em carícias escrevem a vitóriaDo amor sobre o egoísmo e a indiferençaMãos que abençoam, que perdoamSuaves, doces, serenasSão MÃOS POEMAS.- 2004 Janelas da Alma 101

FUI EU Fui eu que pelo sonho altiva e forte Fui eu desafiando a própria sorte Fui eu que então errei na vida Fui eu que chorei arrependida Fui eu que a minha dor gritei ao vento. Fui eu que senti Deus nesse momento Fui eu ao mergulhar bem fundo em mim Fui eu de cardos e tojo fiz jardim Fui eu que sem medida então me dei Fui eu que enfim humilde a paz ganhei. - 2004102 Maria Só

A BOCAGEFoi decerto o rio SadoCom seu azul tão cantadoQue o nosso vate inspirouE Bocage e seu talentoDe poeta afamadoSetúbal tão bem honrou.Pelo mundo foi notadoE em Macau, Timor, BrasilDas musas enamoradoDepois de aventuras milDeixou seu nome gravado.Figura mor da Cultura PortuguesaA membro da Arcádia se guindouPor mérito genuíno com certezaTornou-se Elmano SadinoE a cidade o consagrou.Setúbal onde nasceuTem seu nome numa praçaOnde uma estátua lhe ergueuComo preito à sua raçaDigno orgulho da cidadeFicou para a posteridadeManuel Maria Barbosa du Bocage.- 2005 Janelas da Alma 103

PERGUNTEI Perguntei ao vento Para onde levara a minha ilusão Perguntei ao mar Porque pôs em minha alma sua tempestade Perguntei ao sol Porque não aquece o meu coração Perguntei à lua Porque não me ilumina sua claridade Perguntei ao céu O que fizera de anseios meus O céu respondeu Ama, reza e confia Eu rezei, amei, ai se amei e confiei E o que mais aspirei a vida me negou Porquê? Não sei aonde errei Na solidão do meu desencanto Calo o meu pranto Se eu visse nos olhos seus Um pedacinho sequer Do imenso amor que há nos meus Então, eu tocaria os Céus - 2005104 Maria Só

SESe eu fosse uma flor em perfume e corPétalas de seda luminosasBelas, atraindo abelhasQue o néctar sugando transformam em melQuem sabe levariam também o felQue está morando no meu coraçãoSe eu fosse uma folha dourada de OutonoTão bela e caída no chão ao abandonoLevada pelo vento e sem um lamentoIria pelo ar, quem sabe lá deixarEste meu tormentoSe eu fosse uma nuvem rosadaTransparente, iluminadaDeslizando sobre o mar até o vento mudarQuem sabe se a chuva é o prantoQue há no meu desencantoE se vai perder no marSe eu fosse uma ave lindaVoando em liberdadeBem alto no azul dos céusTrinasse mais alto aindaQuem sabe tão altoQue Deus pudesse escutá-laE à minha prece- 2005 Janelas da Alma 105

SE HOUVESSE DEGRAUS NA TERRA Creio que há degraus na Terra Que nos conduzem ao Bem Subida dura que encerra Risos, prantos, mel e dor Escolhos que a vida tem. Sem vermelha passadeira Nem plantas ornamentais É rude, tem degraus falsos, percalços Pisando espinhos de mais Subo-a com o abismo à beira. Vencida pelo cansaço A esperança me dá o braço Alcanço outro patamar Coragem não vai faltar Para um dia a meta alcançar. E quase ao fim da jornada Para baixo digo adeus Meu Credo é o amor, e então Com ele no coração Numa ânsia desmedida Pela paz apetecida Meus olhos procuram Deus. - 2005106 Maria Só

IDADESSer jovem é viver em plenitudeAlvorada de sonhos e de esperançaNão há limites para a fantasiaFestival de adrenalina e alegriaCantam-se hinos ao amor, à confiança.Juventude é a Glória.Falta-lhe porém a experiênciaQue na minha já longa existênciaNos baldões da vida fui ganhando…Saber envelhecer é uma virtudeEm qualidade de vidaDia a dia construídaEm serena atitude.Não é viver apenas de saudade,Dos fracos não reza a história,É construir, ser útil, sorrir, sonharSentir na alma ainda juventudeEscrever numa nuvem, paz, coragemE à andorinha que voa em liberdadeCantar essa mensagem.E eis a verdade, é a Vitória.- 2005 Janelas da Alma 107

MOCIDADE Jovens da minha Nação Tendes missão a cumprir Com valor no coração Na justiça e na união Fareis a esperança florir. E se no vosso caminho Surgir uma encruzilhada Olhai o alto e confiai O timoneiro que é Pai Vos dirá qual é a estrada. Segui nela com coragem Não olheis a tentação Do comodismo que ilude Lutai com fé e a virtude Vos guiará na viagem. Tereis para vos aquecer Sol em orgasmos de luz E miríades de estrelas Virão ao anoitecer Iluminar noites belas O farol que vos conduz. Sois o vento de mudança Na paz e na liberdade Fareis um mundo melhor Com mais partilha e amor Alcançareis felicidade Assim confiamos nós. Mocidade, mocidade Nossa esperança está em vós. - 2005108 Maria Só

A NOSSA AULA DE POESIAQuem é atento e nos animaA fazer desabrochar?O sonho que se vive em cada rimaE nesta aula cada momentoLivre o pensamentoCom a beleza anda no ar?Flores tímidas, hesitantesQuem ajudou a despontar?Professor Paulino e AlexandrinaCom carinho vigilantesA Poetisa, com seu sorriso a recordarTeve o condão de tornar a nossa aulaNum perfumado jardimE assim lembraremosCom gratidão e alegria no coraçãoNeste jardim das floresAs cores são a emoçãoCavalo à solta, dia após diaE o seu perfume é a essência da Poesia- 2005 Janelas da Alma 109

UMA DÁDIVA DE AMOR Quantas vezes desfeitas pelo vento As nossas ilusões, perdida a esperança Em busca de um porto de bonança Enfrentam mar bravio, violento O mal de que sofremos não tem cura Sem fé, fugida a alma p’ra lutar Numa agonia iremos naufragar Como presas fáceis da loucura Mas eis que surge ainda um novo dia Quando tudo é perdido, por magia Volta a bater o coração com ardor Foi apenas um gesto, um beijo, um olhar E eis o milagre que se vai chamar Uma dádiva de Amor - 2005110 Maria Só

A NOSSA CASAEnquanto a vida corre em turbilhãoEnfrentam-se angústias e ansiedadesEncontra-se no lar, na sua intimidadeRefúgio para todas as tempestadesQue adoça e pacifica o coração.Nele uma família foi criadaBerço de filhos, sonhos e afectosUm gato a ronronar numa almofadaFlores na mesa, na gaiolaCanta um passarinhoE numa moldura douradaO carinho e o encantoDo sorriso dos netos.Lar, ternura aconcheganteColo a sarar penas do dia a diaViveiro de valores, e a poesiaDo Amor a vibrar em cada instanteA nossa casa, o lar idealO nosso ninho, o nosso CéuA nossa Catedral.- 2005 Janelas da Alma 111

MEU RIO AZUL O rio que amo é tão azul, tão belo O céu lhe deu aquela cor sem par Nasci, cresci a vê-lo A banhar-me na sua luz ao luar. No sonho me deixo embarcar E navego a um golfinho abraçada Com o sol ou as estrelas sobre mim No Sado me sinto deslumbrada Cruzeiro de magia sem ter fim. - 2005112 Maria Só

QUERO APRENDER CONTIGOÉs exemplo de coragemE caminhas pela vidaNão uma causa perdidaMas antes bela mensagemDe esperança mal contida.Se fico triste por ti, por nósÉ que me falta a tua valentiaPois sempre que amanhece um novo diaSoltas um grito, sem ter vozEm que há lições de força e alegria.Não te chamo deficienteApenas… diferente!Enfrentas com bravuraA vida que é duraCom rasgos de doçura e de valorE porque muito te respeito, amigoQuero aprender contigoA aceitar-te como és, com amor!- 2005 Janelas da Alma 113



D E S P E RTA RNuma nuvem baloiçandoFui sonhando, fui sonhandoE era lindo o meu sonharO arco íris tão beloVerde, azul, rosa, amareloEra luz a deslumbrarA nuvem desfez-se em chuvaPor pouco não me afogueiAi Jesus, Avé Maria!Dei um salto e acordeiComeçava um novo dia.- 2005 Janelas da Alma 115

PESCADOR DE TRISTE FADO Oh pescador! Pescador de triste fado Nas ondas azuis do Sado À faina buscas teu pão Mas o mar teu companheiro Às vezes é traiçoeiro E arriscas a vida então. Tua mulher em aflição Sente triste o coração Reza à Senhora do Cais Para que afaste os vendavais Mas tu, na sina que é dura Metes-te ao mar com bravura E um dia não voltas mais. - 2005116 Maria Só

SIMSim, eu creio no amorMoram no meu coraçãoEsperanças belas e entãoRemo contra a indiferençaMaré alta, que não vençaRemo com todo o ardor.Como o mar altivo e forteQuisera ser para vencerInvestidas da má sorteA amizade meus irmãos, é a sementeA espalhar urgentementeNeste mundo conturbado.Das cinzas renasçam vidasSe os homens derem as mãos lado a ladoA Paz volta de mansinhoA sarar todas as feridasDo presente e do passado. Janelas da Alma 117

Olhai só a natureza Que Deus criou com certeza Para os mortais deleitar O Sol dourado a brilhar As estrelas e o luar. As aves a chilrearem As fontes a murmurarem Uma tarde doce e calma Que penetra nossa alma Sim, apetece cantar. E as crianças a brincar Nos jardins em flor Um rosto franco a sorrir Rosas vermelhas a abrir Tanta evidência para amar Sim, eu creio no AMOR! - 2005118 Maria Só

GLÓRIAO apóstolo da paz que sempre defendeuSem desfalecer, peregrinou, lutou, sofreuPela justiça e humana dignidadeNa liberdade e união, pediu perdãoAgigantou-se em humildade e amorDevoto de Fátima, a seus pés orouE na juventude que o seguiaConfiou a esperançaDe um amanhã melhor.João Paulo II nos deixouMas a Aura deste Papa não se esvaiCreio que quando sua alma se elevouJesus o acolheu e conduziu ao PaiFace a face, João Paulo ajoelhouE Deus com o Sinal da Cruz abençoouOuve-se dos Anjos o seu cantoAleluia! No Céu há mais um Santo.- 2005 Janelas da Alma 119

A MINHA RUA Minha rua é uma avenida Longa, bela e colorida Vai do Estádio do Bonfim Até perto à nossa Igreja… Pequeno jardim de vida! Tem vivendas floridas E um Centro Comercial Frente ao antigo Liceu A seguir, a Academia Música, sons e harmonia Alegram o espaço seu. Bancos, cafés, restaurantes Servem bem minha avenida Ela se agita e palpita Há pregões, carros, peões E grupos de estudantes Passam estuantes de vida. Mesmo em frente aonde moro Há uma loja de flores Cuja beleza namoro Festival de aroma e cores.120 Maria Só

Mas a nota de ternuraVem do infantário, a meioDonde saem a passeioComo bando de avezinhasBibes presos nas mãozinhasNum palrar todo doçura.Pardalitos a saltarDe manhã no meu jardimVão à tarde a esvoaçarPara os ninhos, anunciarQue o dia chegou ao fim.Quando chega a noite e eu vouFechar as minhas janelasOlhando o céu e as estrelasAo bom Jesus eu imploroPaz e Bem e lhe agradeçoMais um dia que passouNesta rua aonde moro.- 2005 Janelas da Alma 121

AMIGOS Se nos pesa a solidão e a vida castiga Ai como o coração pede voz amiga Calor de amizade o maior tesouro Escrito em letras de ouro no livro da vida Amigos que tenho será que os mereço? Não têm, não têm preço Em sentida prece minha alma agradece E a Jesus peço: “Põe-nos de mim perto que a vida sem eles é como um deserto gelado e sem luz” - 2005122 Maria Só

POEMA DA MINHA ESPERANÇAQuando se é criança vive-se na esperançaDe tudo alcançarMas se o ocaso chega, se instala e se negaA colaborarProcura-se um esteio para resistir.Meu pássaro azul não sejas miragemFaz que o Sol brilhe no meu horizontePara iluminarA ponte que eu quero encontrarPara a outra margem.Onde há sons de crianças a rirRosas vermelhas a abrirOnde há sonhos, promessas e esperançaVou contornar saudades que a memória trazQuero cantar, sorrir, sentir, vibrar em mimComo outra vez criançaA vitória do Amor e da Paz.- 2006 Janelas da Alma 123

IGUAIS E DIFERENTES Eles vão pela vida Não causa perdida Mas luta e coragem Valente e audaz Também sou capaz É sua mensagem. Bem fundo no coração Têm sonhos, ilusões Companheiros de aventura Mas seguem olhando em frente Dizendo sempre presente Na caminhada que é dura. Com empenho e sem cansaço Só precisam de um abraço Forte de apoio constante. Não lho neguem por favor Que seu olhar confiante Dá-nos lições de valor E apenas nos pede amor. - 2006124 Maria Só

PÉS DESCALÇOS DA MEMÓRIAPé ante pé, silenciosamenteEla penetra em nós, é a verdadeVai ao fundo do nosso conscienteJulga-nos sem dó nem piedadeQuanto havia p'ra fazer e não foi feitoPela justiça, pela paz, pela verdadeQuantas vezes negamos o direitoA que vingasse o bem e a felicidadeE esse torpor que foi nosso pecadoAmarrando-nos à cómoda indiferençaÉ varrido como por um tornadoE o arrependimento é já presençaUma nova madrugada faz promessaDe luta, de coragem e valorDe agora em diante nada nos impeçaDe defender os ideais belos do amorOs pés descalços da memóriaConquistaram a vitória?Que queremos afinal neste Natal?Para mim para ti, p'ra todos vós?Que nos tenha abanado bem a sua vozGrite bem alto o vento de mudançaSemeando a justiça, a paz, a esperançaE haja no mundo Natal de AmorTodos os dias com Jesus, o Bem Maior.- 2006 Janelas da Alma 125

SOLIDARIEDADE Aos que vão pela vida sem ninguém, sem pão No pó da estrada já perdido o Norte E se entregam sem luta à própria sorte Eugénio da Fonseca abre o coração E a força que Deus lá pôs na sua mão. Aponta caminhos à dignidade Na luta contra a adversidade Em busca de um mundo mais capaz Suas mãos generosas e bondosas Emprestam coragem, esperança e paz. Com seu abraço amigo se vai despertar Num rosto tristonho o nascer de um sorriso Se um ser se levanta e luta pela vida Mais uma vitória e é quanto é preciso Para que ele sinta a missão cumprida. Espalhando em redor sementes de amor É este o seu prémio, Professor Eugénio Esquece o cansaço e dá-se num abraço Que Deus o ajude e lhe dê saúde. - 2006126 Maria Só

MULHERFilha, irmã, tia, avó, esposa ou mãeÉs o ombro amigo que a família temMesmo incompreendidaMal amada ou mãe sofridaÉs o esteio do larSempre pronta a ajudar.E até cá foraSe o dever te chamaDeixas os filhos e o calor da camaE cumpres porque és um pilarAtenta para actuarMédica, professora ou costureiraTelefonista, operária ou engenheiraÉs toda doaçãoA vitória do amorNa palma da tua mão.Hoje é o teu diaMas a luz que irradiasÉ renúncia, paz, perdãoSorriso, beijo, florDádiva de amorMULHER, todos, todos os dias.- 2006 Janelas da Alma 127

ADEUS AOS AÇORES Com saudades na lembrança digo adeus Aos Açores de encantar, ai, ai, ai, Levo na alma a luz da esperança e a fé em Deus Em que um dia hei-de voltar, ai, ai, ai, Paisagens de maravilha, encantos em cada ilha Que nos fazem deslumbrar ai, ai, ai, Olhando tanta beleza, milagre da natureza A Deus tenho de louvar. Adeus amigos, foi bom estar convosco Em franca amizade Adeus amigos, digo-vos com gosto Já levo saudade. O azul maravilhoso desse mar Que há no Pico e no Faial, ai, ai, ai, Vinhas nascidas em pedra de vulcão São a nossa admiração ai, ai, ai, Lagoas, furnas, caldeiras e os tapetes de conteiras Em S. Miguel são magia ai, ai, ai, As hortênsias em orgia, plantas raras de encantar E um cozido a recordar. Adeus amigos, foi bom estar convosco Em franca amizade Adeus amigos, digo-vos com gosto Já levo saudade. (Para ser cantado com a música da Maria Papoila) - 2006128 Maria Só

A TEUS PÉSNo silêncio da tardeContemplo Tua cruzE a dor que em mim ardeTe ofereço, Jesus.Faz que ela se torne oásis em florNo deserto enormeDos sós sem amor.Se só em Ti esperamosA Paz e o PerdãoPenas Te ofertamosPor reparaçãoA Teus pés, JesusQue através da cruzFoste Redenção.- 2006 Janelas da Alma 129

RESSURREIÇÃO Um dia, meu Senhor, foste julgado Condenaram-te à morte numa Cruz E tu nem sequer tinhas um pecado Só sabias amar, amar, doce Jesus Ninguém merece, eu não mereço Um preço tão cruel p'ra nos julgar E num último gesto que não esqueço Ao Pai pediste p'ra teus verdugos perdoar Nesta Páscoa a teus pés vou implorar Perdão por todo o mal que suportaste E depois do Credo de Amor que nos deixaste Os homens continuam a odiar Venceste a morte e toda a tua Glória Jesus, Jesus te louvo em devoção Hossana a tão grande vitória Na nova Aurora da Ressurreição - 2007130 Maria Só

SAUDAÇÃO À UNISETIA menina Unisetifaz hoje uns bons 5 aninhos…Merece, então, parabénse também muitos carinhos.É briosa, é caprichosacomo bem se pode ver:tem mais salas p’ra cantar, p’ra pintar…P’ro ano, se Deus quiser,mais surpresas vai haver.Nesta linha de progresso e de sucessoqueremos continuar sem parar…ReitorProfessoresAlunosColaboradoresQue família tão unidaestá hoje em dia de festa…Para ela Parabénse muitas Felicidades.Viva a UNISETI!- 2008 Janelas da Alma 131

G RAT I D Ã O Esperança é chama A ter sempre acesa Hora a hora, dia a dia Não nos deixemos vencer Mesmo que surja tristeza A dor ou melancolia Lá estão para vos acolher As fadas boas, as tais Florinhas amarelas Animosas, carinhosas Que vos apoiam e guiam Para o fundo nunca mais… Dão-vos ajuda e então Venha um abraço e magia A esperança lá está florindo Bem fundo no coração Em gratidão e alegria. - 2008132 Maria Só

ANO NOVONa alvorada da esperançaDeste Ano ainda criançaO que nos vamos propor?Com fé, com garra e valorNada, nada nos impeçaFique aqui nossa promessaDe lutar, sempre lutarPara um mundo com amor.É só seguirmos JesusE o seu Rasto de LuzOlhando à nossa voltaCom olhos de coraçãoNa partilha, na uniãoO Bem andará à soltaE em vez de fazer guerraSe trabalhará a terraQue dá o ouro do pão.Que os homens dêem as mãosComo irmãosE o mundo será capazDe acolher na sua mãoA doce pomba da PazE na justiça e na verdadeO Novo Ano será lindoComo criança sorrindoDe Amor e Felicidade.- 2008 Janelas da Alma 133

POEMA DE JANEIRO Em Janeiro as manhãs são tão geladas Que parece esse gelo entrar em nós Não consegue, porém, não estamos sós Vive ainda no nosso coração a Luz E o doce calor que nos deixou Jesus E ao chegar da rua fria Que bom ligar o aquecedor Sentir este conforto, este calor Mas lembro os sem abrigo nesse dia E um frio diferente entra comigo Neste Ano Novo a despontar Urge ainda tanto para mudar Mãos nas mãos, temos de lutar Meu Jesus, que Teu Natal seja luzeiro Que acenda os corações do mundo inteiro Em justiça, paz e Amor verdadeiro É este o meu Poema de Janeiro - 2008134 Maria Só

TRISTEZAComo são tristes as pessoasQue não sabem amarCujas vidas nunca deram florNem foram iluminadasPelo rasto luminosoDe uma amizade verdadeira, nobre e bela…A tristeza de nunca ter sidoEnvolvido num abraço de um amigo…A tristeza de nunca ter sido absorvidoPelo mistério impenetrável do amor…Porque um momento de verdadeiro amor… vale uma vida.Não há dúvidas de queA ciência de viver é a arte de amar.Como são vazias estas vidas sem amorEstes corações áridos, secosCheios de espinhosSem uma única flor que neles abraE perfume o ambiente…Sem a maravilhosa sensaçãoDe experienciar um louco amorPela humanidadeMergulhado no oceano da vida…Do espírito …Da vibração…E da comunhão…- 2008 Janelas da Alma 135

QUEM SOU EU Que importa aquilo que sou Se tudo o que me resta É esquecer o que não presta E usar a minha pena Escrevendo no papel, serena Medos que habitam em mim Pedaços de sofrimento Entre farrapos de esperança. Os sonhos são só quimera Terei alma de criança? É tão gostoso sonhar Ter cheiro de primavera Açucenas e jasmim E ver surgir numa tela O sol risonho a brilhar. Ter estrelas e o luar E madrugada e sol-pôr Um rio correndo para a foz E um barco baloiçando Com as velas bem erguidas A minha tela é tão bela Ela tem alma, tem luz Tem tudo que me seduz. Ser poeta é erguer a voz Contra o ódio, contra a dor Então eu serei poeta Essa é a minha meta Paz, Amor e seus ideais Quem sou eu? Poeta e nada mais! - 2008136 Maria Só

PA RT I L H A (QUADRAS SOLTAS)Na partilha em alegriaSe cimentam amizadesEis o amor e a harmoniaNa vida as grandes verdades.Em cada rosto sorrindoHá uma mensagem de amorTal como flores abrindoEm aroma, luz e cor.Vão versos de mão em mãoNuma risonha viagemAbram bem o coraçãoPara captar a mensagem.Se nos pesa a solidãoBasta um abraço, um sorrisoE nada mais é precisoPara aquecer o coração.O sol é para todos nósEu sei daquilo que faloBrilha em mim e em todos vósÉ preciso é agarrá-lo.São cravos, são rosas, benditas criançasHoje em botão, amanhã florSão sóis, os faróis da nossa esperançaDádiva de amor. Janelas da Alma 137

Venham para a festa Ponham de parte a tristeza É esquecer o que não presta Num abraço à Natureza. Sonha minha alma cheia de esperança A Paz, o Bem, o Amor e a Alegria Não cortem as asas aos sonhos da criança E surgirá em pleno a Poesia. A fonte quando não canta Menos cruel que tu é Que possuis frescura tanta E eu morro de sede ao pé. Às ondas do mar profundo Eu comparo os olhos teus Verde abismo, lá no fundo Estão afogados os meus. Procuro fazer sorrir Alguém que me procurou Para que possa partir Mais feliz do que chegou. Não há maior vitória Que mesmo em horas más Vivermos a glória Do coração em paz.138 Maria Só

Com dois palmos de tecidoVestem-se as Evas de agoraPorque não? Se para vestidoBastou a folha à de outrora.Lembras jovem viuvinhaSem amor e sem carinhoUma andorinha sozinhaPousada triste no ninho.Quanto mais doce é o vinhoMais fica a cabeça loucaNão hei-de eu andar doidinhoSe bebo da tua boca.Em negar fazes questãoMas sei que gostas de mimNão digas que não, que nãoSe os teus olhos dizem sim.Uma lágrima, uma dorLogo após beijos trocadosSão artes do Deus AmorArrufos de namorados.A razão e o coraçãoDevem sempre equilibrar-seSe só impera a razãoO coração vai fechar-se.- 1950 / 2009 Janelas da Alma 139



JANELAS DA ALMAMeus poemas têm sido vida foraJanelas da alma a revelarSe o meu coração dorido choraOu se alegre esperança o faz vibrar.O Credo que me rege é o amorSem princípio nem fim, é tudoMesmo quando amar me cause dorContinuo a amar, não mudo.Vai-se escoando o tempoVirá o momentoQuando o longe do meu serFor só saudade.Ao chegar a paz serena e friaTudo valeu a penaPorque na fonte da poesiaEu bebi minha verdade.- 2008 Janelas da Alma 141



ÍNDICE5 AGRADECIMENTO7 DEPOIMENTOS15 PREFÁCIO25 MIRAGEM26 MENINA27 UM SONHO28 PELA PAZ30 A FLORISTA31 A AMIZADE32 SAUDADE33 MAGIA34 AJUDA-ME, JESUS35 EU VOU PELA VIDA36 MINHA FILHA37 CRIANÇA38 OBRIGADA, MEU DEUS39 MÃE40 TE ESPERAREI41 SONHO DE ABRIL42 PENSAMENTOS43 A VER O MAR44 MARIA SÓ45 A PRIMEIRA COMUNHÃO46 ESTADOS DE ALMA47 TESTEMUNHO DE UMA CATEQUISTA49 QUE É DO MEU SONHO?50 ATÉ QUANDO?51 POESIA52 TALVEZ53 SÓ54 POEMA A SETÚBAL56 A POESIA SABE QUE A PROCURO57 ETAPAS58 SER MULHER Janelas da Alma 143

59 A PALAVRA 60 ACÇÃO DE GRAÇAS 62 A VIDA 63 PROVAVELMENTE ALEGRIA 64 ESCREVO PORQUÊ E PARA QUÊ? 65 NUVENS ROSADAS 66 SOMOS PEREGRINOS 67 SEBASTIÃO DA GAMA 68 MÃOS DO POVO 69 SONHOS 70 O MAR 71 QUEIXUMES 73 O QUE NOS MOVE 74 UMA SEARA SE AGITA 75 POETA 76 SETÚBAL EM POESIA 77 SILÊNCIOS DENTRO DE NÓS 78 UMA VIDA 79 O ARQUITECTO DIVINO 81 O LIVRO 82 MULHER MÃE 83 À DISTÂNCIA 84 NAVEGANDO 85 CAMINHANDO 86 AVOZINHOS 87 A TI 88 VOLUNTARIADO 89 SEPARAÇÃO 90 O AMOR 91 NAMORADOS 92 QUEM ÉS TU? 93 LOGO QUE NASCI 94 UM CORAÇÃO PRECISA DE SOL 95 QUERO CANTAR 97 FLAMINGOS 98 ARRÁBIDA 99 TRÓIA144 Maria Só

100 NOITE DE NATAL101 AS MÃOS102 FUI EU103 A BOCAGE104 PERGUNTEI105 SE106 SE HOUVESSE DEGRAUS NA TERRA107 IDADES108 MOCIDADE109 A NOSSA AULA DE POESIA110 UMA DÁDIVA DE AMOR111 A NOSSA CASA112 MEU RIO AZUL113 QUERO APRENDER CONTIGO115 DESPERTAR116 PESCADOR DE TRISTE FADO117 SIM119 GLÓRIA120 A MINHA RUA122 AMIGOS123 POEMA DA MINHA ESPERANÇA124 IGUAIS E DIFERENTES125 PÉS DESCALÇOS DA MEMÓRIA126 SOLIDARIEDADE127 MULHER128 ADEUS AOS AÇORES129 A TEUS PÉS130 RESSURREIÇÃO131 SAUDAÇÃO À UNISETI132 GRATIDÃO133 ANO NOVO134 POEMA DE JANEIRO135 TRISTEZA136 QUEM SOU EU137 PARTILHA (QUADRAS SOLTAS)141 JANELAS DA ALMA Janelas da Alma 145






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