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Apostila_Curso_Basico_Dirigente_Institucional_cursante

Published by Patricia Ferman, 2016-12-28 12:14:13

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Keywords: escotismo

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ANEXO | DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA ANUAL Grupo Escoteiro .............................. Período: __/__/____ a __/__/____ Itens Orçado R$ Realizado R$ RECEITAS Mensalidades Taxas de Inscrição Doações Cotas de Atividades Registro na UEB Campanhas Financeiras Aplicações Financeiras Loja do Grupo Cantina Patrocínios Receitas Diversas TOTAL DAS RECEITAS PREVISTAS DESPESAS Serviços de terceiro Material de escritório Manutenção e Reparo sede Correios Tributos Atividades Material para reuniões Distintivos e Certificados Literatura Escoteira Formação de Escotistas e Dirigentes Registro na UEB Material de Campo Material de Naútica Conservação de embarcações Encargos Financeiros Material para a loja ÁguaESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 51

Telefone Luz Despesas Diversas Investimento: Compra de Terreno Construção / Reforma da sede Compra de EquipamentosTOTAL DAS DESPESAS PREVISTAS DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO DEMONSTRATIVO ANUAL DE RECEITAS E DESPESAS Grupo Escoteiro .............................. Ano de: ............. Itens Valor R$ RECEITAS Mensalidades Taxas de Inscrição Doações Cotas de Atividades Registro na UEB Campanhas Financeiras Aplicações Financeiras Loja do Grupo Cantina Patrocínios Receitas DiversasTOTAL DAS RECEITAS PREVISTAS DESPESAS Serviços de terceiro Material de escritório Manutenção e Reparo sede Correios Tributos Atividades Material para reuniões Distintivos e Certificados Literatura EscoteiraFormação de Escotistas e Dirigentes52 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL ESCOTEIROS DO BRASIL

Registro na UEB Material de Campo Material de Naútica Conservação de embarcações Encargos Financeiros Material para a loja Água Telefone Luz Despesas Diversas TOTAL DAS DESPESAS PREVISTAS _____________ ______________ ____________ Contador Dir. Financeiro Dir Presidente BALANCETE MENSAL BALANCETE MENSAL Grupo Escoteiro .............................. Mês: ............ Ano: ............ Saldo Inicial R$ Débitos Créditos Saldo Final ATIVOAtivo Circulante: Caixa Conta CorrenteAplicações FinanceiraAtivo Permanente: Imóveis Veículos BenfeitoriasEquipamentos MóveisESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 53

PASSIVO ESCOTEIROS DO BRASIL Passivo Circulante: Contas a pagar Patrimônio Líquido: Resultados Acumulados Resultado do Exercício RECEITAS Mensalidades Taxas de Inscrição Doações Cotas de Atividades Registro na UEB Campanhas Financeiras Aplicações Financeiras Loja do Grupo Cantina Patrocínios Receitas Diversas TOTAL DAS RECEITAS PREVISTAS DESPESAS Serviços de terceiro Material de escritório Manutenção e Reparo sede Correios Tributos Atividades Material para reuniões Distintivos e Certificados Literatura Escoteira Formação de Escotistas e Dirigentes Registro na UEB Material de Campo Material de Naútica Conservação de embarcações Encargos Financeiros Material para a loja54 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL

Água Telefone Luz Despesas Diversas Investimento: Compra de Terreno Construção / Reforma da sede Compra de EquipamentosTOTAL DAS DESPESAS PREVISTAS Assinatura do Diretor Financeiro __________________________ Assinatura do Diretor Presidente __________________________ BALANÇO PATRIMONIAL Valor Balanço financeiro encerrado em __/__/____ Descrição ATIVO Ativo Circulante: Caixa Conta Corrente Aplicações Financeiras Ativo Permanente: Imóveis Veículos Benfeitorias Equipamentos MóveisESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 55

PASSIVO Passivo Circulante: Contas a Pagar Patrimônio Líquido: Resultados Acumulados Resultado do Exercício_____________ ______________ ____________ Contador Dir. Financeiro Dir PresidenteANOTAÇÕES56 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL ESCOTEIROS DO BRASIL

PLANEJAMENTO É o conjunto de planos, a serem executados, para 1. Aumentar em 30%, durante o período, o númeroa obtenção de objetivos específicos, definidos por de adultos na participação de Cursos Preliminares;metas, dentro de diretrizes propostas por uma Política.Planejamento é a previsão e o ordenamento lógico de 2. Aumentar em 10% a arrecadação de recursosações segundo um objetivo a ser alcançado. financeiros;INSTÂNCIAS DO PLANEJAMENTO 3. Atualizar e/ou revisar e publicar dois manuais de Ramos, durante o período.POLÍTICA OBJETIVOS Define as intenções e princípios para a elaboraçãodo planejamento. Exemplo: ampliar a participação do Definem, detalham e especificam as metas ou parteEscotismo na formação dos jovens brasileiros. (UEB-DN). delas. (Nível de formulação: UEB/DN, maior ênfase nas Regiões e nos Grupos) Exemplos:ÁREAS ESTRATÉGICAS 1. Promover a realização de um curso preliminar Áreas ou setores das atividades que devem ser bimestralmente, durante o primeiro semestre;abordadas com as ações de planejamento. Exemplo:Gestão de Adultos, Recursos Financeiros,Comunicação, 2. Condicionar o ingresso de jovens no Movimento àModernização, Crescimento etc. participação prévia dos Pais e responsáveis no Curso Preliminar;DIRETRIZES 3. Produzir e vender 150 camisetas, com motivos Caminhos e direções que o planejamento deve escoteiros.seguir. Exemplos: INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO 1. Na área estratégica de Gestão de Adultos: melhoria da formação de escotistas e dirigentes; São documentos executivos que estabelecem as condições gerais ou particulares para a obtenção de 2. Recursos Financeiros: buscar alianças, parcerias, um ou vários resultados. Podem ser utilizados para o convênios que possibilitem recursos para o planejamento pessoal, coletivo ou institucional público, Escotismo; etc. 3. Métodos Educativos: Revisar e atualizar a Listas, relações, roteiros, check-list, calendários, bibliografia escoteira; agenda, programas etc: são relações que ordenam ou não tarefas, ingredientes, relacionados à obtenção de um 4. Comunicação: Popularizar, através de campanhas determinado objetivo. Exemplos: programas, calendários, publicitárias, o Método Escoteiro. (Nível de listagem atualizada de jovens e adultos, etc. formulação: UEB/DN, Região Escoteira, já se leva em conta as características regionais). Projetos: estabelecem os caminhos, as condições, os recursos e ordenam as ações na realização de um objetivo.METAS São o conjunto de documentos técnicos e/ou normativos que viabilizam a construção de um produto concreto. Definem os alvos a serem atingidos a médio e longo Exemplos: projeto de construção de uma sede (projetoprazo, normalmente quantificadas em percentuais (Nível de arquitetura projeto de instalações/elétrica/hidráulica/de formulação: UEB-DN, Região Escoteira, já se leva em telefone); Projeto de viabilidade-econômica etc.conta as características regionais). Exemplos:ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 57

Programa: grupos de projetos semelhantes com mesmo Curto prazoobjetivo, executados repetidamente durante certo De 1 semana até 3 meses (Planejamento Semanal/ Mensal)período. Exemplo: Programa de Formação de Adultos Médio prazoPlano: definem grupos de projetos, agrupados ou não De 1 mês a 3 meses (Planejamento Mensal/Trimensal) –em programas, para serem executados durante um Ciclo de Programadeterminado período, para a obtenção de objetivospreviamente definidos. Longo prazo De 6 meses a 12 meses (Planejamento Semestral/anual)Observação: constitui ainda instrumento de planejamentoos documentos normativos tais como circulares normas, QUANTO À COMPLEXIDADEdecretos, leis, etc. Pouca complexidadeCARACTERÍSTICAS E TIPOLOGIA DO PLANEJAMENTO Agendas, relações, lista de compras, etc.a) Quanto à autoridade: Alguma complexidade Relação de prioridade Autocrático: Quando um ou poucos definem o que deve ser feito. Média complexidade Projetos executivos, planos parciais Democrático: Quando todos definem o que deve ser feito. Complexo Planos Globaisb) Quanto à tomada de decisão: QUANTO À INSTÂNCIA (CONTEÚDO X DURAÇÃO – REFERÊNCIA Centralizado: Quando um ou poucos tomam decisões GRUPO ESCOTEIRO) Descentralizado: Quando as decisões são diluídas Planejamento Anual com vários entre várias pessoas. Define as ações e atividade no plano geral.c) Quanto à participação Estabelece: os princípios gerais do planejamento, as áreas e setores a serem abordadas, temas datas etc. Não participativo: Quando não há participação quer na definição e ou na tomada de decisões Subsídios: Participativo: Quando há participação de todos quer Documentos de planejamento Nacionais e Regionais, nas definições, quer na tomada de decisões. Calendários Nacionais e Regionais, Relatórios de Congressos, Seminários e Indabas Nacionais, RegionaisPLANEJAMENTO: CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO e do Grupo, Atas da Assembleia do Grupo, documentos normativos (POR, Estatuto da UEB. Regimento Regional, Considerando a vida do Grupo, depende do contexto Regimento do Grupo, etc) e a agenda com datas festivasou da complexidade da realidade onde se efetivam as e cívicas.ações de planejamento: Produtos: • definição de objetivos a serem atingidos; • definição de áreas temáticas, ligadas ao objetivo principal (exemplos: a) objetivo administrativo: obter fundos para a construção da sede; tema: construindo58 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL ESCOTEIROS DO BRASIL

nosso teto . b) objetivo educativo: Trabalho com a • Obtém as autorizações necessárias para a realizaçãoComunidade Tema: O Próximo: Quem é?) dos trabalhos • Produz os documentos necessários à realização do• Calendário reunindo os eventos Nacionais, empreendimentoRegionais, do Grupo (eventos do Grupo que contamcom a participação de todo o Grupo) e eventos Planejamento Semanale datas festivas e cívicas (dias das mães, dia doDescobrimento, Dia do Escoteiro etc.) Subsídios:Planejamento Semestral • Documentos de planejamento do Grupo; • Avaliações das atividades iguais já realizadasTem um maior detalhamento. Define: datas e responsáveispelas ações e/ou atividades, durante o período. São Produtos:discutidas possíveis programações. • Programas, roteiros, vistorias, fichas médicas, mapasSubsídios: de localização, plano de segurança, autorizações, listas de participações, etc.Calendário do Grupo, Documentos de Planejamento • Relação de participantesdo Grupo (Objetivos Administrativos e Educacionais • Checagem do material a ser utilizadodefinidos para o período) ETAPAS DE PLANEJAMENTOProdutos: 1. Diagnóstico • definição de responsáveis pelas atividades Conhecimento da realidade que se pretende intervir, • duração e datas finais das atividades verificação dos problemas que afetam. Definição e • definição dos resultados parciais do(s) objetivo (s) descrição dos problemas. • programas, roteiros preliminares 2. PrognósticoPlanejamento Mensal Descrição da realidade problemática, se não houver intervenção. Relacionamento das possibilidades de Define as programações de cada uma das atividades, intervenção e coleta de subsídios.define equipes e responsabilidades de cada uma delas naexecução da atividade. 3. Proposta Definição e seleção das ações e instrumentos que poderãoSubsídios: mudar positivamente a realidade problemática.Calendários (Nacional, Regional e do Grupo), documentos 4. Execuçãode planejamento do Grupo, as avaliações das atividades Implementação das ações selecionadas.já realizadas. 5. AvaliaçãoProdutos: Verificação se os instrumentos utilizados e as ações escolhidas foram eficientes e eficazes na obtenção dos • Promove a avaliação das atividades realizadas no resultados pretendidos. período. • Promove se necessárias modificações no PLANEJAMENTO EDUCATIVO NOS RAMOS planejamento semestra • Define os projetos a serem realizados na área 1. RAMO LOBINHO administrativa • Avalia os resultados obtidos na área administrativa O planejamento é de inteira responsabilidade da equipe de escotistas, entretanto é desejável que consultasESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 59

sejam feitas, de modo formal através da Roca de Conselho 5. Quando vai ser feito?ou informal entre os Lobinhos, para coleta de subsídios. Data e hora2. RAMO ESCOTEIRO 6. Onde vai ser feito? Local, acesso, mapa A responsabilidade do planejamento da TropaEscoteira é da Corte de Honra apoiado pela equipe 7. Como vai ser?de escotistas. A Corte de Honra é responsável pela Programação, roteiros, autorizações, materiais a seremadministração interna da Tropa e serve como ponto utilizadosde encontro para onde convergem os interesses dasPatrulhas que, mediante a democrática negociação, se REGRAS PARA UM BOM PLANEJAMENTOconvertem em interesses da Tropa, como um todo. Aspropostas são apresentadas na Assembleia de Tropa que 1. Simplicidadeelege as atividades que deseja realizar, numa ordem de Os planos devem ser simples e capazes de seremprioridade. entendidos por todos os envolvidos e ainda, fácil de serem executados.3. RAMO SÊNIOR 2. Objetividade A responsabilidade do planejamento da Tropa Sênior Capaz de atingir com facilidade os resultados pretendidos.é da Corte de Honra apoiado pela equipe de escotistas. ACorte de Honra é responsável pela administração interna 3. Flexibilidadeda Tropa e serve como ponto de encontro para onde Pode ser mudado com facilidade sempre que necessário.convergem os interesses das Patrulhas que, mediante ademocrática negociação, se convertem em interesses da PLANO DE GRUPOTropa, como um todo. As propostas são apresentadas naAssembleia de Tropa que elege as atividades que desejam É uma ferramenta que ajuda o Grupo a organizarrealizar, numa ordem de prioridade. todos os seus recursos para passar do estado atual para o estado desejado.4. RAMO PIONEIRO Melhorar a vivência dos valores do Escotismo, O planejamento no Ramo Pioneiro é de inteira oferecer aos jovens programações atraentes, dispor deresponsabilidade dos membros juvenis. A proposta dirigentes capacitados, possuir tradições firmes, dirigirda programação anual é elaborada normalmente pela com eficácia, ampliar recursos financeiros, reforçar oComissão Administrativa do Clã e submetida a aprovação papel do Grupo na comunidade, aumentar seu efetivo,do Conselho do Clã. são tarefas em que não se pode improvisar.CHECAGEM DO PLANEJAMENTO ESCOTEIRO Por isso, é necessário Planejar. E planejar significa encarar uma situação e modificá-la para melhor por meio1. O que vai ser feito? de uma ação organizada. Deve-se saber exatamente ondeDescrição de atividade se quer chegar, como fazê-lo, quando e com quem.2. Quem vai fazer? Com a ajuda do Plano, o Grupo percorre um caminhoResponsável pela atividade que leva da situação atual à situação em que se deseja estar, no futuro.3. Por que vai ser feito?Objetivos Por isso, o plano começa revisando a situação atual, com o objetivo de identificar os principais problemas que4. Para quem vai ser feito devem ser enfrentados.Público-alvo Em seguida, deve-se encontrar uma proposta concreta que signifique uma mudança na situação existente, isto é uma meta. Mas a meta não se cumprirá por si só. É preciso definir ações para executar a proposta, para atingir à meta com prazo: curto, médio e longo.60 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL ESCOTEIROS DO BRASIL

E as ações necessitam responsáveis para que sejam 7. Estabelecimento de um sistema de avaliação eexecutadas. Por isso é necessário distribuir tarefas entre os acompanhamento ( Indicador de desenvolvimento).dirigentes e os organismos do Grupo. Só assim se começa Desenvolver um sistema de avaliação que permita corrigira executar um Plano. e reforçar o plano, estimular e apoiar os participantes e verificar se foram alcançados os resultados esperados. Por último, durante e após a execução do Plano, énecessário avaliar se estão sendo ou se foram alcançados Para saber mais sobre Plano de Grupo,os resultados esperados. consulte o documento Façamos um Plano de Grupo Esquema de montagem de um Plano de Grupo está disponível no site dos Escoteiros do Brasil.(passo a passo): ESTABELECENDO CALENDÁRIO DO GRUPO ESCOTEIRO1. Determinação do Estado AtualDirigentes e escotistas devem fazer um diagnóstico CALENDÁRIOda situação atual que permite identificar os principaisdesafios que deverão ser enfrentados. A confecção de um calendário anual das atividades do Grupo é fundamental importância para organização e2. Descrição da Visão planejamento da Diretoria e das seções do Grupo. O idealDescrever a situação onde todos gostariam de estar é fazer este calendário antes do término do ano, época emdentro de um curto tempo(não mais que três anos) e que que os calendários dos Eventos Nacionais e Regionais járepresentará uma alteração para melhor do que a situação estão disponíveis em seus sites.atual. Na confecção do Calendário do Grupo devem ser3. Estabelecimento de Metas observadas as datas já utilizadas pelo Calendário NacionalÉ o que se pretende alcançar num período determinado, e Regional, para que não ocorram duas atividades naem direção à visão: Devem ser: factíveis, clara e concreta. mesma data.As metas podem ter prazos: curto, médio e longo. Alguns grupos fazem um calendário agrupado com4. Projetos de Ações todas as atividades Nacionais, Regionais e do Grupo,São atividades que devem ser desenvolvidas para avançar facilitando a visualização de todas as atividades do ano. Adesde o estado atual até a meta proposta. As ações devem Diretoria também possui uma rotina de atividades duranteser: precisas ( em que consiste e a quem se destina) e o ano, esta rotina deve ser observada para confecção dopossuir prazo. calendário anual.5. Designação de Responsáveis A seguir, apresentamos um exemplo de Calendário.São pessoas que deverão ser designados para odesenvolvimento de projetos de ação e/ou execução daação.6. Confecção de um calendárioProcesso de organização em um calendário das açõescom seus respectivos responsáveis seguindo suas datasde realização.ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 61

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DATA ATIVIDADE RESPONSÁVEL OBSERVAÇÃO Janeiro Férias ~ ~10 a 17 de janeiro ~ ~ Jamboree 07 de março Diretoria Entrega dos Lenços Festa do retorno Daniele e Cássia Comemorativos 04 de abril 80 anos 11 de abril Assembleia de Grupo Diretoria 26 de abril Feriado - Semana Santa ~ Edital de Convocação Grande Jogo Regional ~ Todos Providenciar transporte09 de maio Festa - Dia das Mães Cássia gratuito11 a 14 de junho Acampamento de Grupo Diretor de Programa Lanche Coletivo Apresentação das Seções04 de julho Festa Junina Lopes Presente 16 a 21 de junho Mutirão Nacional Escoteiro Todos Definir tema, local e cota de Ação Ecológica Patrícia 02 de agosto Todos Festa 2 ambientes (domingo) Festa - Dia dos Pais Todos Música ao vivo Diretoria Barracas13 de setembro (domingo) Desfile Cívico e Torneio Gastronômico Todos ~ 17 a 22 de setembro Todos Mutirão Nacional Escoteiro Feijoada com Bingo 07 e 08 de novembro de Ação Comunitária ~ (sábado e domingo) ~ Indaba de Grupo (Reunião de Planejamento) ~11 de novembro Lançamento do ~ (quarta) Livro da História do Grupo Verificar possibilidade de19 de dezembro Missa e Festa - 80 anos coquetel para o lançamento22 de dezembro Aniversário - 80 Anos do livro ~ ~* Para saber mais sobre Planejamento, consulte o documento POR.62 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL ESCOTEIROS DO BRASIL

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO seu propósito e como pretende atuar no seu dia a dia. Cria um clima de comprometimento dos dirigentes em seus O planejamento estratégico representa o processo diferentes níveis, bem como da equipe de colaboradores,de tomada de decisão em termos dos rumos de uma com o trabalho que a organização realiza.instituição frente às mudanças que sempre ocorrem emseu ambiente interno, assim como no ambiente externo. A missão dos Escoteiros do Brasil é:Esta decisão implica em definir para onde se queravançar, em que horizonte temporal e com quais valores “Contribuir para o desenvolvimento integral de criançasinstitucionais. e jovens por meio do Método Escoteiro, para a vivência da cidadania e construção de um mundo melhor”. O processo de formulação do planejamentoestratégico é sempre desenvolvido por iniciativa VISÃO DE FUTUROdas instâncias superiores de uma instituição. A suaimplementação eficaz, entretanto, somente se dá com o A visão é a idealização de um futuro desejado paraenvolvimento de todos os níveis da instituição. a organização. Ela deve ser clara e estar em permanente visibilidade para a sociedade. Transmite a essência O planejamento estratégico na União dos Escoteiros da organização em termos de seus propósitos e ado Brasil (UEB) teve início por iniciativa do Conselho de maneira pela qual deseja ser reconhecida em um futuroAdministração Nacional (CAN), que estabeleceu, de determinado.forma consensual e mediante orientações gerais daWorld Organization of the Scout Movement (WOSM), as Difunde um lema motivacional que mobiliza ebases estratégicas, as linhas de ação, objetivos, metas, desafia para a conquista do pretendido. Assim, ficouindicadores e ações estratégicas para que os demais níveis definido como visão de futuro para 2015 para os Escoteirospossam operacionalizá-las. do Brasil: As Diretorias Regionais devem desenvolver seu “Ser referência por seu método de desenvolvimentotrabalho em realidades específicas, havendo da mesma integral de crianças e jovens que os leva a desempenharforma situações ligadas aos seus ambientes internos e papel relevante na construção de uma sociedade justa,aos contextos externos a serem analisados. Desta forma, fraterna e solidária, orientados por adultos capacitadosé necessária a elaboração de planejamentos estratégicos e comprometidos”.regionais para definição de objetivos e resultados aserem alcançados por meio das instâncias vinculadas, VALORES INSTITUCIONAISsempre de forma alinhada à base estratégica definida e aoplanejamento estratégico nacional. Valores Institucionais são as ideias fundamentais em torno das quais se constrói uma organização. O planejamento estratégico não é estático. Deveser entendido como instrumento dinâmico de gestão Representam as convicções dominantes e as crençasque contém decisões antecipadas sobre a linha de básicas que norteiam a atuação da organização, sendoatuação para o cumprimento da missão da organização. É um compromisso institucional. Muito além de umaelaborado com base em uma visão de futuro e alicerçado declaração de princípios, os valores institucionais sãoem valores institucionais, que demandam a escolha elementos motivadores, e que induzem comportamentoscuidadosa de estratégias para o alcance de objetivos e atitudes das pessoas envolvidas. Os atributos de valorestratégicos. estabelecidos devem se constituir em temas transversais em todas as ações da UEB. Na elaboração de um plano estratégico institucionalé necessário ter claros alguns referenciais que se São valores institucionais dos Escoteiros do Brasil:constituem na sua base estratégica. São eles: a missão, avisão e os valores institucionais. • Ética em todas as ações e relações; • Participação e transparência na gestão da organizaçãoMISSÃO e dos recursos; • Valorização do trabalho em equipe; A missão é a declaração de propósito ampla e • Respeito à diversidade humana e defesa de iguaisduradoura que individualiza e distingue o negócio e a razão oportunidades de acesso à educação e inserção social;de ser da instituição em relação a outras organizações domesmo tipo. A missão define o que é a organização hoje,ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 63

As ações nacionais estabelecidas no planejamento O planejamento estratégico nacional é umaestratégico são ações de nível nacional que provocam ferramenta para que as ações desenvolvidas na unidadedesdobramentos nos níveis regionais e locais. local, Região Escoteira e pelo nível nacional não se desvirtuem e estejam embasadas na missão, visão e Podemos citar como exemplo a produção dos valores da instituição. Desta forma, possibilita que amateriais do programa educativo. Esta ação estava prevista instituição concentre suas forças com foco no mesmono planejamento estratégico nacional. A confecção deste objetivo.material subsidia o trabalho desenvolvido dentro dosgrupos escoteiros, contribuindo no trabalho desenvolvidopelo escotista aos jovens.ANOTAÇÕES64 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL ESCOTEIROS DO BRASIL

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHOMETODOLOGIA DE AVALIAÇÃO: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E d) Progressão dos membros juvenisTRABALHO O progresso dos membros juvenis pode ser verificado A responsabilidade final pela qualidade do trabalho por meio da avaliação pessoal, do uso dos distintivos, dosrealizado nas Seções do Grupo Escoteiro é da Diretoria do jogos, etc. Todos os jovens devem ter oportunidade deGrupo Escoteiro e dos Escotistas. progredir de acordo com as suas características pessoais. Cabe aos Escotistas da Seção estimular cada um deles de Em primeiro lugar, a Diretoria deve criar uma acordo com suas necessidades, interesses e habilidades.atmosfera especial, contando com o senso de arrumação,limpeza e conservação, já que despertamos nos jovens a e) Planejamento anual, trimestral, mensal e semanalvontade de se autoeducar e devemos apresentar o Grupocom um ambiente agradável e organizado, como em, Sem planejamento nenhum trabalho será eficiente.qualquer empresa que prima pelo melhor. As Seções devem possuir seus planejamentos, assim como o Grupo como um todo.AVALIAR NO DESEMPENHO E O TRABALHOa) Ambiente físico f) Fichas dos membros juvenis Local, limpeza, arrumação, decoração característica; As fichas contendo a vida escoteira dos membrosou seja “atmosfera escoteira”. juvenis devem estar sempre atualizadas, assim como os controles no SIGUE.Comentários: espera-se, de uma sede escoteira, ou doslocais utilizados pela Seção, limpeza, asseio e organização, g) Relacionamento entre Escotistas e membros juvenislugares certos para os materiais utilizados ( de campo, dejogos, de reuniões, individual -mochilas trazidas para as O relacionamento entre os Escotistas e os membrosreuniões ). Deve-se observar se os jovens desenvolveram juvenis das Seções deve ser amistoso, cordial, fraterno,o hábito de manter limpo o local, se não jogam coisas no sincero. Os escotistas devem se colocar ao nível doschão, se guardam o que tiram, se fecham o que abrem, se jovens, ser acessíveis e demonstrar interesse pelos gostostêm a iniciativa de corrigir coisas erradas, etc., etc. deles.b) Disciplina consciente h) Formação dos Escotistas e Dirigentes Rapidez e disposição com que os jovens entram Os Escotistas e os Dirigentes devem ter interesse emem forma ao chamado dos escotistas, o comportamento sua formação pessoal, participar de eventos de formaçãodurante as formaturas, a maneira de tratar os demais e atividades informais de formação. A Diretoria devemembros do Grupo, a atenção e o silêncio durante as incentivá-los, e quando for o caso patrocinar , enfim, darexplicações e cerimônias, etc.. todo apoio.c) Uniforme ou vestuário escoteiro i) Qualidade das Atividades Um ponto a se observar é o uso correto do uniforme/ A qualidade das atividades dependerá de umvestuário escoteiro, com os distintivos conquistados, o bom planejamento, uma boa programação, materiaisgarbo, o cuidado. adequados e uma boa preparação dos chefes para a realização das atividades.ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 65

j) Evasão a) Quando avaliar: sempre, constantemente, regularmente; Importante ter avaliações periódicas para b) Quando estiver observando algo, evitar tomar notas;identificação dos problemas, dificuldades e ações queestejam relacionadas com evasão de jovens e adultos. c) Não assumir ares de fiscal, dono do Grupo, etc.; procure fazer com que a sua presença seja considerada normal; Dada a idade dos jovens em questão, o papel dosEscotistas para resolverem as situações de conflitos d) A maneira de avaliar, de comunicar, de questionar é umexistentes demonstrou-se relevante e, portanto, seu ponto muito delicado num Movimento de “voluntários”.preparo adequado é indispensável. São poucas as pessoas que aceitam receber críticas, mesmo sendo as mais construtivas ao seu trabalho; assim, A elevada rotatividade dos Escotistas, seu inadequado qualquer observação que implique em algo que devepreparo e a falta de conhecimento das características dos ser mudado ou corrigido deve ser colocada de maneiramembros dos Grupos, peculiarmente nessa fase de vida, positiva e com espírito de cooperação;bem como das atividades do Movimento, contribuem paraque os membros do Grupo percam o vínculo emocional e e) Elogios devem ser proferidos em público, críticas, emfiquem desmotivados a permanecerem no Movimento particular;Escoteiro. f ) Se o problema for causado por desconhecimento, No tocante a má aplicação do Método Escoteiro, ignorância, etc., proponha leitura, curso de formação, etc.;no conjunto dos seus 5 pontos, vemos nitidamente odesinteresse da criança e do jovem, neste momento, g) Estimular o trabalho de acompanhamento do APF.observamos as necessidade de uma aplicação planejadae sistematicamente avaliada, de forma a não deixarmos AUTOAVALIAÇÃOestes afastarem-se do Movimento. Nossa proposta é que você se avalie, atribuindo A falta de interesse dos pais é outro fator relevante, notas de 0 a 10 às suas condições em cada um dos itenspor não saberem o que efetivamente trata o Escotismo, abaixo. Considere 7 como sendo uma média adequada,acabam levando seus filhos para outras atividades. e indique com valores inferiores os pontos em que você sente deficiências pessoais, tomando consciência deCOMO AVALIAR que precisa trabalhar para melhorar. Sugerimos que você conserve esta ficha e volte a preenchê-la mais O trabalho de avaliação deve ser constante e regular. duas vezes, com intervalos de 3 meses, para verificarA Diretoria deve se fazer presente no dia-a-dia das Seções. os progressos alcançados. Assim, marque sua situaçãoÉ melhor corrigir falhas no início do que deixar o tempo atual na coluna A, deixando as colunas B e C para futuraspassar para “ver como fica”. O resultado da avaliação reavaliações.deve ser transmitido sob forma de elogios e/ou críticasconstrutivas. Lembrar dos seguintes pontos:Tarefa bem feita > ElogioTarefa mal feita > Crítica construtiva - refazer66 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL ESCOTEIROS DO BRASIL

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃODATAS DAS AVALIAÇÕES ABC _________ de ________ / ________ _________ de ________ / ________ _________ de ________ / ________ Propósito do Escotismo Princípios do Escotismo Método Escoteiro A B C A BC AB C1. Compreende2. Aceita3. AplicaTem capacidade de: Atividades de Sede Atividades ao Ar Livre Outras Atividades4. Planejar ABC A BC AB C5. Organizar6. Executar7. AvaliarESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 67

Crianças e Jovens Com outros Escotistas Com pais e dirigentes ABC A BC AB C8. Exerce liderança9. Sabendo respeitar10. Ouvir11. Incentivar12. Cooperar13. Desenvolve suaautocapacitação14. Tem capacidade deautocrítica15. Tem capacidade deaceitação a crítica dosoutros16. Tem capacidade defazer crítica de formapositiva e sem chocar17. Está atualizado com oPrograma de Jovens18. Está atualizado coma situação da sociedadebrasileira19. Utiliza sua criatividade20. Tem postura deeducador21. Tem humildade22. Tem capacidade deobservação23. Tem bom humor68 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL ESCOTEIROS DO BRASIL

24. Propicia aautoeducação dascrianças/jovens25. Orienta os jovens abuscar outras fontes deinformação26. Tem responsabilidade27. Tem perseverança28. Possui um Plano deTrabalho na função29.Tem participado deeventos de formação ANOTAÇÕESESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 69

ANOTAÇÕES70 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL ESCOTEIROS DO BRASIL

ESCOTISMO E VOLUNTARIADO Além dos ganhos já reconhecidos com o trabalho Segundo Setor. Há projetos ou atividades onde participamvoluntário como: Liderança, Autoconfiança, Iniciativa, Visão organizações ou agentes ligados aos três setores acima,de mundo ampliada, Responsabilidade, Sensibilidade com mediante regras e funções consensualmente definidas.os problemas sociais, o Movimento Escoteiro proporcionaaos pais, um canal de comunicação na relação entre Pais e Várias organizações do Primeiro Setor (governo)Filhos, fortalecendo o relacionamento e convivo familiar e mantêm instituições, fundações ou projetos sem finsauxiliando diretamente no desenvolvimento saudável do lucrativos ou governamentais; da mesma forma, o setorjovem. privado pode manter ou apoiar organizações e projetos com finalidade social.TERCEIRO SETOR: UMA NOVA ESFERA PÚBLICA E CIDADÃ Estas atividades e organizações estão se(Carmen Barreira) desenvolvendo no mundo inteiro e, no Brasil, desde os anos 70, representam uma força social, econômica, política Na história do desenvolvimento humano e social, há e cultural importante. Elas se multiplicaram nos anostrês espaços onde se produzem riquezas, bens e serviços: 80 e, nesta virada de milênio, estão sendo eleitas peloso espaço social-privado, mais conhecido como Mercado; governos, empresariado e instituições internacionais,o espaço público-estatal, mais conhecido como Governo; como parceiras privilegiadas para desenvolver projetos dee o espaço da Sociedade Civil, das organizações sociais desenvolvimento sustentável e ampliação da cidadania ecivis, não governamentais e não lucrativas, chamado Nova da democracia.Esfera Pública. No dia 23 de março de 1999, o Presidente da O “Primeiro setor” é representado pelo governo, República sancionou a Lei n.º 9.790, que dispõe sobre asetor público responsável pelas políticas públicas e qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, semobrigatoriedades do Estado, tais como segurança, saúde e fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil deeducação; o “Segundo setor” é conhecido também como Interesse Público, institui e disciplina o Termo Parceria.o mercado e pode ser representado pelas organizações Por esta nova lei podem ser qualificadas as organizaçõesprivadas (ou empresas estatais) com fins lucrativos; a que realizam: promoção da assistência social; promoçãosociedade civil, conhecida como “Terceiro Setor”, é o da cultura; defesa e conservação do patrimônio históricoespaço por excelência da cidadania e das Organizações e artístico; promoção gratuita da educação; promoção dada Sociedade Civil de Interesse Público, instituições não- segurança alimentar e nutricional; defesa, preservaçãogovernamentais e sem fins lucrativos. São as chamadas e conservação do meio ambiente e promoção doONGs. Além dessas instituições, existem as empresas desenvolvimento sustentável; promoção do voluntariado;do Terceiro Setor, geradoras de serviços e projetos. São promoção do desenvolvimento econômico e social einstituições privadas com finalidades públicas, sociais, combate à pobreza; experimentação, não lucrativa, decientíficas, culturais ou filantrópicas. Estas empresas ou novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativosinstituições, de caráter privado, cumprem uma função de produção, comércio, emprego e crédito; promoçãosocial-pública. de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de caráter suplementar; O Terceiro Setor corresponde à esfera social, pública, promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitoscivil e cidadã, cujos agentes e organizações se regem humanos, da democracia e de outros valores universais;por princípios não-governamentais e sem fins lucrativos. estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologiasIsto não que dizer que as Organizações e agentes sociais alternativas, produção de informações e conhecimentosligados ao Terceiro Setor não se relacionem com os técnicos científicos.demais. Pelo contrário, quase sempre as relações, projetose atividades socialmente relevantes, são desenvolvidas ora Na pauta de discussões doTerceiro Setor, atualmente,em parceira com o Primeiro Setor, ora em parceira com o a grande atração é a promoção ao voluntariado. Tanto no Rotary, no Movimento Escoteiro e em outras tantas instituições as pessoas doam tempo, trabalho e talento em favor de outras. Novidade, pelo menos no Brasil, é considerar gestos voluntários como uma participaçãoESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 71

responsável e solidária dos cidadãos em iniciativas de DIREITOS E DEVERES DO VOLUNTÁRIOcombate à exclusão social e melhoria da qualidade devida. Todo voluntário tem DIREITO a: Voluntariado não é mais só o trabalho assistencial • Desempenhar uma tarefa que o valorize e que seja umde apoio aos grupos mais vulneráveis da população. desafio para ampliar habilidades ou desenvolver outras;Inclui múltiplas iniciativas dos cidadãos nas áreas decultura, defesa de direitos, meio ambiente, esporte e lazer, • Receber apoio no trabalho que desempenhaentre tantas outras. Sensível a estas mudanças, e para (capacitação, supervisão e avaliação técnica);ajudar a erradicar males históricos, como o paternalismo,assistencialismo, exploração política, o Conselho da • Ter a possibilidade da integração como voluntário na UELComunidade Solidária propós uma ampla sensibilização e onde atua;organização da sociedade civil. • Receber as mesmas informações e descrições claras de Considerando o potencial e as oportunidades do suas tarefas e responsabilidades;voluntariado brasileiro o Conselho da ComunidadeSolidária decidiu criar o programa Voluntários em 1996. • Participar das decisões;Este programa desencadeou a iniciativa de criação deCentros de Voluntariado em diversas capitais e cidades • Contar com os recursos indispensáveis para o trabalhobrasileiras. Atualmente, estão em funcionamento: São voluntário;Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Florianópolis, Curitiba, PortoAlegre, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Fortaleza, Limeira • Respeito aos termos acordados quanto à sua dedicação,e Palmas. tempo doado, etc Outro exemplo mais antigo é o Movimento Escoteiro, • Ter reconhecimento e estímulo;que desde 1907 promove atividades educativas paracrianças e jovens do mundo inteiro com a colaboração • Ter oportunidades para o melhor aproveitamento dede adultos voluntários. No Brasil, temos mais de 70.000 suas capacidades, recebendo tarefas e responsabilidadesjovens e adultos participando ativamente do Escotismo e de acordo com os seus conhecimentos, experiências ecolaborando com o crescimento de uma sociedade mais interesse;participativa e mais justa.ATUAÇÃO DE VOLUNTÁRIOS A relação entre o voluntário e o Grupo Escoteiro deve • Ambiente de trabalho favorável por parte dos outrosser de forma transparente e madura desde o seu início. membros da UEL.Deve haver clareza dos objetivos do trabalho, no que seespera como resultado e nas tarefas a serem executadas. Todo voluntário tem a RESPONSABILIDADE de:Reconhecer um bom trabalho desempenhado é de sumaimportância quando envolve-se voluntários. O trabalho • Conhecer a instituição e/ou comunidade onde prestavoluntário não é gratuito pois as moedas de remuneração serviços (a fim de trabalhar levando em conta essasão outras – reconhecimento, carinho e satisfação pessoal. realidade social) e as tarefas que lhe foram atribuídas;Os voluntários são imprescindíveis e somente por meiodeles é possível oferecer Escotismo para as crianças e • Escolher cuidadosamente a área onde deseja atuar,jovens. conforme seus interesses, objetivos e habilidades pessoais, garantindo um trabalho eficiente; Apesar da atuação do voluntário ser voluntária,o Grupo Escoteiro e seus membros contam com a sua • Ser responsável no cumprimento dos compromissosatuação efetiva nos dias e horários estabelecidos no Acordo assumidos livremente como voluntário. Só sede Trabalho Voluntário. O descomprometimento em sua comprometer com o que de fato puder fazer;atuação irá prejudicar a aplicação e o desenvolvimentodas atividades previstos no Programa Educativo.. • Respeitar valores e crenças das pessoas com as quais trabalha;72 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL ESCOTEIROS DO BRASIL

• Aproveitar as capacitações oferecidas, através de uma Com a entrada em vigor da lei acima, os Gruposatitude aberta e flexível; Escoteiros, que são instituições privadas sem fins não lucrativos, são obrigados a celebrar um termo de adesão• Trabalhar de forma integrada e coordenada com a (Acordo de Trabalho Voluntário) entre a entidade (Grupoinstituição onde presta serviço; Escoteiro) e o prestador de serviço voluntário (Escotista ou dirigente).• Manter em absoluto sigilo assuntos confidenciais; Os elementos essenciais ao Termo de Adesão ao• Acolher de forma receptiva a coordenação e supervisão Trabalho Voluntário são:de seu trabalho; • O cargo específico que o adulto desempenhará.• Usar de bom senso para resolver imprevistos, além de • O período de exercício do cargo. Recomenda-se o prazoinformar os responsáveis. de 6 meses a 1 ano, ou que, coincida com o final do ano em curso.LEGISLAÇÃO E TERMO DE ADESÃO • As condições básicas em que serão desempenhadas e asLei nº 9.608 – Lei do Serviço Voluntário tarefas do cargo: metas para os períodos, pessoa a quem se reportará, adultos que dependem do seu desempenhoArt. 1º. Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, e o tempo estimado de dedicação.a atividade não remunerada, prestada por pessoa físicaa entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição • As diferentes ações de apoio na tarefa que a pessoaprivada de fins não lucrativos, que tenha objetivos receberá, ou terá à sua disposição, durante o desempenhocívicos, cultural, educacional, científicos, recreativos ou de do cargo.assistência social, inclusive mutualidade. • Os métodos de avaliação que serão utilizados e osParágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo momentos em que ocorrerão as avaliações.empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista,previdenciária e afins. • As condições a serem observadas para a renovação no cargo, a recolocação ou afastamento. O serviço voluntário será exercido mediante acelebração de termo de adesão entre a entidade, pública • O Acordo de Trabalho Voluntário é assinado pelo adultoou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele que atuará como voluntário e pelo responsável do níveldevendo constar o objeto e as condições de seu exercício. institucional ao qual o voluntário atuará.ANOTAÇÕESESCOTEIROS DO BRASIL CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL 73

ANOTAÇÕES74 CURSO BÁSICO - DIRIGENTE INSTITUCIONAL ESCOTEIROS DO BRASIL

CONTRIBUÍRAM NA ELABORAÇÃO DESTE MATERIAL Ailton Carlos Santos Alessandro Garcia Vieira André Luiz Corrêa Gomes André Luiz Assi Ângelo Ernesto Antônio César Oliveira Carmen V. C. Barreira Daniel Hackbart Fábio Conde Hugo Sales Ilka Denise Gallego Juliana Oliveto Leonardo Weihrauch Líria Romero Dutra Luiz César de Simas Horn Luíza Flávia Almeida Marcos Carvalho Maria Soares Mariana Bastos Marjorie Friedrich Megumi Tokudome Paulo Cabello Renato Eugênio Ricardo Kontz Rodrigo Valentim Rogério Assunção Rubem Suffert Rubem Tadeu Cordeiro Perlingeiro Sônia Jorge Theodomiro Rodrigues Vitor Augusto Gay Wilham Bonalume

2015União dos Escoteiros do Brasil - Escritório NacionalRua Coronel Dulcídio, 2107 - Água VerdeCEP 80250-100 | Curitiba | ParanáTel.: 41. 3253 4732 | Fax: 41. 3353-4733www.escoteiros.org.br


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