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Design Gráfico e Multimídia

Published by Aulas Cedutech, 2022-05-20 19:37:51

Description: Design Gráfico e Multimídia

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da do personagem principal, Thomas Anderson, conforme ele casa, mas ouvimos uma outra gritando da cozinha. descobre a verdade de sua situação (que ele está vivendo den- • Voice Over (V. O.): O Voice Over também é referente às tro de um programa de computador, o seu corpo verdadeiro está sendo drenado de energia por máquinas), e reivindica seu vozes na cena, mas, ao contrário do Off Screen, é inseri- poder como O Escolhido. Todo o resto seria delegado a uma do quando ouvimos a voz de alguém que não está visível importância secundária ou periférica, e excluído da sinopse. e nem presente na cena fisicamente, como um narrador, por exemplo. Roteiro Técnico • Background (BG): Em roteiros essa expressão também é mais comumente utilizada para se referir aos sons, mas O roteiro técnico difere-se do roteiro mais tradicional (também pode ser usada para cenário e outras inserções. De for- chamado de “completo” ou “literário”) por trazer informações ma bem simples, podemos dizer que background é aquilo mais pontuais sobre as especificações e técnicas necessárias que está no fundo, que tem menos destaque na cena em para a captação das imagens. Recebe em alguns casos o nome relação a outros elementos. Uma música em background, de “roteiro em T”, pois costuma-se dividir a página com duas por exemplo, é aquela que quase não se ouve e que fica linhas em cruz, dedicando um lado da folha para as descrições realmente no fundo, dando lugar de destaque para outros visuais e outro para os diálogos e informações de áudio. elementos como a voz. • SFX: Refere-se aos efeitos sonoros utilizados na cena. O modelo técnico é bom para ajudar e facilitar o trabalho da pessoa encarregada da edição, uma vez que terá, de maneira Pauta bem clara, um apoio na hora de realizar a edição. Este tipo de roteiro se utiliza de siglas e abreviações para poupar tempo, A pauta difere-se do roteiro por se dedicar mais aos assuntos e e é importante que você conheça algumas delas antes de co- temas gerais a serem abordados no vídeo que a construir uma meçar a produzir o seu texto. Além dos termos vistos anterior- narrativa tradicional com início, meio e fim. Esse tipo de plane- mente, podemos destacar: jamento dá bastante liberdade aos apresentadores, narrado- res e entrevistadores que o utilizam, por isso mesmo costuma • Off Screen (O.S.): Off Screen é uma expressão relacionada ser adotado por youtubers e podcasters. ao som de vozes em uma cena. Ela é utilizada quando no roteiro se quer marcar uma voz de alguém que não está Embora possua uma estrutura mais simplificada e confira aos visível, mas está fisicamente presente na cena. Por exem- criadores de conteúdo maior poder de improvisação, a pauta plo, quando o foco está em uma pessoa na sala de uma exige um planejamento tão dedicado quanto o roteiro tradi- cional, se não ainda maior. Afinal, de nada adianta dar ao apre- Centro de Educação Tecnológica 51

sentador a liberdade de dizer o que quiser sobre certo assunto 4. Tópico 2: discussão detalhada de seu segundo tópico/seg- se no fim das contas ele não tiver levantado informações o mento. bastante sobre aquele tema para poder formular sua própria opinião. 5. Pausa: vinheta, música ou anúncios de patrocinadores. 6. Tópico 3: discussão detalhada de seu terceiro tópico/seg- Ainda, é importante estruturar bem os diferentes momentos e segmentos de uma pauta, seguindo uma estrutura pré-esta- mento. belecida. Há infindáveis modelos e estruturas que podem ser 7. Tópico 4: discussão detalhada de seu quarto tópico/seg- aplicadas a uma pauta. O exemplo que você verá a seguir é apenas um deles. mento. 8. Últimas considerações: Encontre uma forma de fechar o 1. Intro: inclua o nome do podcast/canal e tema, seu nome e quem você é, o assunto do episódio e uma chamada tema, os tópicos e tudo que foi discutido no episódio. para ação. 9. Fechamento: agradeça os ouvintes/expectadores, os con- 2. Vinheta: repita sempre que iniciar um novo episódio para vidados, crie expectativa sobre o próximo episódio e faça que seus ouvintes/expectadores criem uma identificação uma última chamada para ação. com seu podcast/canal. 10. Vinheta final: repita sempre que finalizar um episódio para que seus ouvintes/expectadores identifiquem seu 3. Tópico 1: elabore uma visão geral sobre o tema do epi- podcast/canal. Dependendo da plataforma utilizada, é o sódio e, em seguida, traga a discussão detalhada de seu momento para solicitar que o público se inscreva, comen- primeiro tópico/segmento. te, ative notificações, etc. 52 Design Gráfico e Multimídia

Comercial Publicitário A televisão é um veículo de massa que chega aos lares de qua- se 100% dos brasileiros, logo é um forte aliado para as empre- sas aumentarem suas vendas. Os comerciais de TV são, em sua ampla maioria, uma das maiores formas de divulgação de um produto. Ou seja, por estarem em um formato acessível para a maior parte da população, a televisão, eles trazem bons retor- nos para as empresas. Apesar de a internet ter trazido novas opções de entreteni- mento, a televisão ainda é um veículo altamente relevante no Brasil. De acordo com um estudo feito pelo Reuters Institute e a Universidade de Oxford, 97% dos brasileiros têm TV em casa. Assim sendo, trata-se de um poderoso veículo de comu- nicação, capaz de impulsionar marcas no mercado. E é por isso que você deve saber como anunciar na TV. Para negócios que desejam atingir um grande volume de pessoas, os anúncios na TV podem ser uma máquina de conversão de vendas. Mas, para que isso seja possível, é necessário entender o que consi- derar e como planejar esse tipo de publicidade. Portanto, é preciso planejamento e muita criatividade para a criação de um comercial de TV. Isso porque a divulgação de um vídeo na televisão não é algo barato, então é preciso que seu comercial seja direto e eficaz em relação ao seu conteú- do. Além de um bom roteiro e produção, um comercial de TV precisa seguir alguns outros pontos importantes para alcançar Centro de Educação Tecnológica 53

resultados interessantes. Os critérios que o CONAR (Conselho popular, o ideal é anunciar na TV aberta, que atinge mais Nacional de Autorregulamentação Publicitária) impõe devem esse público. Porém, se estamos falando de um produto ser levados em consideração, visto que é a partir deles que se mais segmentado, o melhor caminho é optar pelos canais gera um filtro para que nenhuma propaganda seja realizada de fechados e condizentes com o perfil da marca. forma enganosa ou que estimule preconceitos ou negativismo • Alcance: A empresa do cliente é regional ou nacional? para os consumidores. Caso os critérios não sejam seguidos, a No primeiro caso, é necessário fazer anúncios para os es- empresa estará passível de multas e outras punições. pectadores da região em que o negócio atua, utilizando emissoras locais, enquanto no segundo o comercial será Respeitar o tempo contratado para seu comercial também é veiculado em rede nacional, em emissoras que alcançam muito importante. Ou seja, não se deve gastar com a produção todo o país. de um vídeo com tempo maior que aquele comprado na tele- • Horário: Ao comprar um anúncio na TV, é possível esco- visão. Seu vídeo precisa ser preciso em relação ao conteúdo e lher o período do dia e o horário em que a campanha vai produzido no tempo exato que será veiculado. ser transmitida. Recomenda-se incluir o anúncio entre as programações condizentes com o perfil da empresa. Com Escolher o horário que ser comercial será veiculado colabora isso, há mais chances de impactar o público-alvo. para a contenção de gastos. É importante entender seu públi- • Hábitos do público: Para que os anúncios sejam mais cer- co-alvo e, a partir dele, escolher o melhor horário. Nem sem- teiros, é crucial conhecer os hábitos do público do clien- pre o horário nobre – que é mais caro – será eficiente para seu te. Isso requer uma pesquisa para descobrir quais são as negócio. A variação de preço de comercial na TV depende se emissoras que costumam assistir, quais são os programas a veiculação será local, regional ou nacional e não é responsa- de sua preferência e quais horários preferem. Por meio bilidade das produtoras audiovisuais negociar com os canais. dessas respostas, pode-se dar um melhor direcionamento para a campanha de televisão. Cada empresa tem as suas particularidades, logo as fórmulas para criar anúncios televisivos são diferentes. Veja o que anali- Mesmo com o avanço da internet, as mídias televisivas ainda sar antes de escolher uma emissora ou o formato do anúncio. exercem grande influência na vida da população, e é capaz de contribuir na formação de opiniões. Não é à toa que as mar- • Público-alvo: Em primeiro lugar, é necessário saber com cas investem em ações de marketing com propagandas de TV. clareza qual é o público-alvo da empresa. Caso contrário, Além disso, pesquisas apontam diversas vantagens em se in- ela pode fazer um alto investimento e não obter o retorno vestir no meio televisivo em vez da internet: esperado. Se o cliente tem um produto ou serviço mais 54 Design Gráfico e Multimídia

Atenção e vendas estão fortemente correlacionadas; tradicionais continuam sendo os comerciais de 15”, 30” e 45”, • A TV gera duas vezes mais atenção ativa que o YouTube e o infomercial e o merchandising, direto ou indireto. 14 vezes mais que o Facebook; • Vinheta: Vinheta é um termo amplo que ganha caracte- • Com as mesmas execuções criativas testadas, a TV gera rísticas próprias, dependendo do meio em que é utilizado, como gráfico, tv, internet, cinema, rádio, arquitetura, etc. um maior impacto nas vendas; Na TV e na Web, o termo vinheta ganhou novas dimen- • As veiculações em programação de qualidade melhoram a sões. Para essas mídias, vinhetas são filmes de curtíssima metragem, resultado da mistura de sons e imagens sim- atenção e as vendas; bólicas dinâmicas e ou estáticas. Digamos, “a moldura” • A visão da tela de TV é de cerca de três vezes a do YouTube de uma novela ou a “moldura” de um telejornal. Quando utilizadas com fins publicitários, costumam apresentam o e de dez vezes a do Facebook; logotipo e a assinatura (muitas vezes narrada) do patroci- • O comercial veiculado em tela cheia tem maior impacto nador de um segmento de TV ou rádio. nas vendas do que os vídeos vistos em uma proporção • Comercial: Peça publicitária mais comum no rádio e na menor da tela. TV, consiste na propaganda propriamente dita. Normal- mente veiculado em 15 ou 30 segundos, ele tem como Formatos Publicitários diferenciais o uso inteligente de recursos audiovisuais e uma apresentação convincente do produto ou serviço. No A televisão, quando tratada como veículo de comunicação pu- rádio, é comumente intitulado “spot”. O vídeo comercial blicitária, pode ser programada em caráter nacional, regional, tem o objetivo claro de vender e atingir um determina- ou local, uma vez que a maioria das redes dispõem de emis- do público. É indicado quando a empresa já é conhecida soras nos três níveis, com programações que se completam. pelo mercado e tem uma imagem positiva. O foco é ba- Os departamentos comerciais das emissoras procuram criar sicamente no produto ou serviço, seja para aumentar o novas possibilidades inserção de marcas e produtos nos inter- número de vendas, para comunicar um lançamento ou valos e também dentro dos programas. Atualmente é possível alguma promoção. Para influenciar a decisão de compra, contar com uma variedade de formatos disponíveis, através é comum dar ênfase às qualidades, benefícios e diferen- dos chamados ciação. Quanto mais específica e menos generalista sua projetos de comunicação das redes, tais como: os tradicionais abordagem, melhor será a percepção do cliente. A maior comercias múltiplos de 15” (quinze segundos), as vinhetas parte das propagandas televisivas são deste tipo. E, por de abertura e encerramento, vinhetas de passagem, vinhetas de bloco, insert de vídeo, insert virtual, comercial virtual, in- fomercial, product plancement, brand placement, tie in, mer- chandising, entre outros. De maneira geral, os formatos mais Centro de Educação Tecnológica 55

este motivo, o tempo do vídeo costuma ser breve, com no tir um apresentador, que pode ser uma personalidade, ou máximo um minuto de duração. um ator desconhecido, que muitas vezes atua de frente • Institucional: O vídeo institucional demonstra a identida- para um pequeno auditório enquanto faz demonstrações de e os valores da empresa, como um todo. É indicado do produto e finaliza explicando para o telespectador quando a empresa quer mostrar ao mercado quem ela é, como se faz para adquirir o item ofertado, bem como a seja apresentando seus serviços, sua operação, seus cola- forma de pagamento. Normalmente, eles ocupam horá- boradores, sua filosofia ou o apoio à comunidade e ações rios de baixa audiência das emissoras, sejam canais aber- sociais e de sustentabilidade. Mesmo que o vídeo tenha tos ou fechados. Essa forma de propaganda configura-se um produto ou serviço específico, seu principal objetivo como um sistema de mensagem informativa sobre as ca- não é a venda em si. Os vídeos institucionais aumentam racterísticas de produtos, bem como seu funcionamento, e melhoram a percepção da marca, criando uma relação permitindo que o consumidor faça sua encomenda ime- mais próxima e humana. São utilizados na comunicação diatamente por telefone ou internet. É muito comum as- interna, em eventos e no site da empresa e redes sociais. sistirmos materiais na forma de Infomercial, de produção Por esse motivo, os vídeos não precisam ser tão sucintos americana e traduzidos para o português. e curtos. Geralmente eles são mais longos e trazem de- • Tie-In: O termo remete à ideia de “amarrar” uma coisa poimentos de clientes e colaboradores. Quando utilizados dentro da outra. Isso ganhou espaço nas discussões so- para promover um catálogo de serviços/produtos ou con- bre o aparecimento de produtos e marcas nos filmes. Na junto de ações executadas pela empresa, costumam tam- televisão brasileira e também no cinema brasileiro, nas bém ser chamados de brand vídeos. décadas de 1950 e 1960, os produtos e marcas apareciam • Testemunhal: O testemunhal é uma propaganda na qual como que por acaso, apenas como elementos das cenas uma autoridade ou personalidade faz seu próprio rela- para reprodução mais fiel da realidade. No surgimento da to do produto ou serviço, adicionando confiabilidade à telenovela, ninguém pensava na possibilidade de utilizar marca. Pode ser estrelado por uma pessoa famosa, que dentro das cenas o recurso da marca e do produto como agrega valor ao produto pela sua quantidade de fãs, ou espaço de venda e faturamento para o programa. por um especialista relacionado ao produto/serviço (ou, • Product Placement: O termo merchandising não é o mais em muitos casos, um ator representando um especialista adequado, por se tratar de ação de ponto de venda (su- naquele assunto). permercados, magazines, shoppings), mas acabou sendo • Infomercial: Criado nos Estados Unidos na década de adotado pelas redes de televisão. A origem da estratégia 1970, este é um tipo de comercial de longa duração, que de product placement ocorreu no cinema americano, de- pode chegar até 30 minutos. Neste formato costuma exis- pois da segunda guerra mundial, quando a indústria re- 56 Design Gráfico e Multimídia

solveu apostar na introdução de seus produtos e marcas ação seja assinada ou claramente identificada como pro- nas grandes produções, como forma de divulgação e in- movida pelo anunciante. São dois os tipos de programas vestimento no meio. Product Placement é uma estratégia mais evidentes - o primeiro se assemelha a um documen- de propaganda originada no Tie In e está relacionada com tário, onde existe a ideia de uma matéria e entrevistas; o a introdução de marcas patrocinadoras da programação. outro utiliza uma temática, ou história, mais O termo, utilizado para descrever a exposição de marcas, • voltada para a diversão, saúde, bem-estar, culinária, hu- com uma mensagem paga e planejada, dentro de filmes mor e paisagens atraentes. A decisão do conteúdo precisa ou programas de televisão, é uma técnica de marketing ser fundamentada em pesquisa, correta avaliação de foco cada vez mais utilizada por anunciantes, produtoras e ca- e pertinência da proposta. nais de televisão. • Merchandising: O merchandising nos programas popula- Duração res tem maior chance de funcionar quando os apresenta- dores dos programas se mostram convincentes na indica- A duração de um comercial varia de acordo com a emissora, ção do produto ou serviço anunciado. A duração varia de horário disponível e formato comercializado, sendo que são 15 segundos a 1 minuto. Sua estrutura pode contar com comuns os formatos de: 15” e 30”. Recentemente, a TV Record um VT com imagens do produto enquanto o apresentador promoveu uma inovação nos formatos, permitindo os tempos fala sobre ele. de 10” e 15” de exibição, o que auxilia na suavização de orça- • Advertainment: O termo advertainment surgiu recente- mentos. mente, mas lembra muito o conceito desenvolvido no iní- cio da televisão em nosso país, com os programas patroci- Inserção nados, que levavam o nome dos patrocinadores. A tipolo- gia advertainment é a associação das palavras advertising, Cada vez que um comercial é veiculado dentro da programa- ou seja, propaganda, com entertainment, o mesmo que ção, isto é chamado de inserção. Um orçamento publicitário entretenimento. O advertainment enquanto evolução do deve levar em conta a quantidade de inserções necessária merchandising é a somatória do entretenimento a um para impactar o público alvo e, obviamente, o custo disso. método de anunciar, ou seja, é uma ação menos cansativa para o telespectador. Com apresentações que podem va- CONAR riar de 60 segundos a 30 minutos de duração, ele possui recursos diversos. Apresenta-se como uma grande alter- O CONAR (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) é nativa na mídia, por carregar a importância de que toda uma organização que define critérios para as propagandas, Centro de Educação Tecnológica 57

garantindo que nenhum tipo de divulgação realizada por em- Se, ao final do processo, o Conselho entender que a publici- presas seja enganoso, que estimule o preconceito ou qualquer dade não está de acordo com o Código Brasileiro de Autorre- outro aspecto que seja prejudicial ou negativo para os consu- gulamentação Publicitária, ele determina a suspensão de vei- midores. A instituição é formada por representantes da socie- culação do anúncio ou alguma alteração. Há casos ainda em dade civil e publicitários, todos voluntários, e ela se mantém que a entidade divulga uma nota pública de reprovação e/ou com recursos de entidades e empresas do próprio mercado. adverte o responsável pela criação do anúncio. Apesar de não aplicar multas (isto é função da justiça e dos ór- Algumas das determinações gerais do CONAR incluem: gãos governamentais, caso as recomendações do CONAR não sejam seguidas), a organização fornece recomendações para • Esclarecer quando se trata de merchandising: Na seção o setor. É importante compreender quais são as regras espe- 6 do código, o CONAR define que todo anúncio deve ser cíficas estabelecidas e segui-las. Quando a marca não cumpre claro, seja qual for sua forma de veiculação, ou seja, não algum aspecto, corre o risco de ser denunciada por membros deve ludibriar o consumidor com efeitos subliminares em da organização, consumidores ou outras pessoas que se sen- peças jornalísticas, de publicidade ou propaganda. A ca- tirem incomodadas com a propaganda. A partir disso, a publi- racterística de merchandising (exposição comercial de um cidade está sujeita a alterações no conteúdo ou, até mesmo, produto ou serviço) deve ficar evidente, sem aparentar se à suspensão. tratar apenas de uma opinião pessoal. A atuação do CONAR é pautada por um código que contém • Não mentir sobre o produto e condições de venda: Na todas as regras a serem seguidas por publicitários. Esse do- seção seguinte, o Conselho aponta que os anúncios de- cumento é elaborado pelo próprio Conselho. Qualquer cam- vem conter uma apresentação verdadeira das soluções. panha que infringir alguma das normas pode ser denunciada As descrições e imagens precisam ser reais e não podem à entidade via site, e-mail ou carta, tanto por consumidores, levar o consumidor ao engano quanto aos produtos, autoridades, empresas e associados, quanto pela diretoria. O anunciante ou seus concorrentes. O artigo ainda explica julgamento das denúncias é feito após instauração de um pro- sobre a clareza necessária em assuntos relacionados ao cesso pelo Conselho de Ética, composto por representantes valor e condições de compra e uso de palavras como “grá- de agências de publicidade, dos anunciantes, dos veículos de tis” e expressões como “sem entrada”. comunicação e dos consumidores. Os responsáveis pela peça têm, naturalmente, total e plena garantia de direito de defesa • Respeitar a concorrência: Os anunciantes podem compa- e podem recorrer. rar marcas e produtos, mas precisam obedecer a alguns li- mites. As empresas devem ter o objetivo de esclarecer (ou proteger seus direitos) e fazer análises reais, verdadeiras, 58 Design Gráfico e Multimídia

de mesmo nível. Não podem denegrir outras companhias Publicidade no Youtube e suas soluções ou confundir o consumidor. • Não incentivar consumo exagerado de bebida alcoólica: O YouTube Ads é um serviço de mídia paga que dá às empresas As peças não podem induzir à ingestão irresponsável de a oportunidade de fazer publicidade na plataforma, inserindo bebidas alcoólicas, em qualquer tipo de comunicação. O anúncios nos vídeos aos quais o usuário assiste. Por meio de Anexo A, que dispõe sobre o assunto, determina ainda ferramentas de segmentação, você pode fazer sua marca al- que todos os modelos nas propagandas sejam e aparen- cançar pessoas que têm o potencial de se tornar clientes. O tem ter mais que 25 anos, que o principal conteúdo não grande diferencial, no entanto, são os formatos dos anúncios tenha apelo sexual nem associação à condução de veícu- veiculados que, como já é de se imaginar, acontecem dentro los, respeite os horários de veiculação, insira uma cláusula dos próprios vídeos. de advertência (como “Beba com Moderação”, por exem- plo), entre outras recomendações. • Anúncios em vídeo puláveis: Com os anúncios em vídeo • Não utilizar situações de pressão psicológica: Nos artigos puláveis, os espectadores podem fechar a publicidade de- 24, 25 e 26, o CONAR determina que os anúncios não se pois de cinco segundos. apoiem no medo (sem que haja motivo socialmente re- • Anúncios em vídeo não puláveis: O espectador precisa levante ou razão plausível), não explorem a superstição assistir esse anúncio para que o vídeo seja exibido. Têm nem indiquem nada que possa conduzir à violência. 15 ou 20 segundos de duração, dependendo dos padrões • Levar em consideração a intimidade: Anunciantes não regionais. Esse é um formato de publicidade que pode devem veicular anúncios que façam uso de imagens ou aparecer antes, durante ou depois da exibição do conteú- citações de pessoas vivas sem sua prévia e expressa au- do do parceiro. É preciso assistir o anúncio antes que o ví- torização; que ofendam convicções religiosas e outras deo selecionado possa ser exibido. Em computadores, um suscetibilidades de quem tenha relação com pessoas já anúncio menor (de 300 x 60 pixels) também pode apare- falecidas e referenciadas no anúncio; ou desrespeitem a cer ao lado de vídeos do YouTube que mostram anúncios dignidade da pessoa humana, a instituição da família e a em vídeo não puláveis. propriedade privada. • Anúncios bumper: Anúncios em vídeo curtos e não pu- • Respeitar os direitos autorais: Não poderão ser utilizados láveis de até seis segundos. O espectador precisa assistir músicas, vinhetas, trechos de composições sem autoriza- essa publicidade completamente para que o vídeo seja ção, salvo nos casos em que o material seja de domínio exibido. Os anúncios desse tipo asseguram que os usuá- público, de acordo com a legislação. A organização conde- rios vão assistir ao conteúdo por completo e resultam em na ainda a aplicação desrespeitosa de patrimônio cultural altos números na métrica de quantidade de visualizações. do país. Centro de Educação Tecnológica 59

• Anúncios overlay: Anúncios overlay de imagem ou texto podem ser exibidos nos 20% da parte inferior de um ví- deo. São exibidos apenas no computador no tamanho 468 x 60 ou 728 x 90 pixels. • Anúncios em vídeos menores: Os anúncios têm uma chance menor de aparecer em vídeos curtos. Essa práti- ca ajuda a melhorar de modo geral o envolvimento dos espectadores e a receita gerada durante uma sessão de visualização no YouTube. • Anúncios em sequência: Dois anúncios poderão ser exibi- dos em sequência se a publicidade pulável e não pulável estiver ativada no vídeo. Esse formato, também chama- do de conjunto de anúncios, só é exibido em conteúdos maiores (com pelo menos cinco minutos). Com os conjun- tos de anúncios, os espectadores terão menos interrup- ções em vídeos maiores, o que resulta em uma experiên- cia de visualização melhor. 60 Design Gráfico e Multimídia

Introdução à Comunicação Visual A Comunicação Visual está tão inserida no contexto da so- ciedade contemporânea que na maior parte das vezes passa despercebida, pois não somente a propaganda a utiliza, mas também elementos essenciais do funcionamento das cidades, como as placas sinalizadoras de trânsito e os semáforos, e os elementos indicativos culturais, como as cruzes nos topos das igrejas, etc. Todos estes são exemplos de elementos da Comu- nicação Visual, chamados signos – símbolos que partem de um significante e determinam um significado sem que seja neces- sariamente utilizado texto verbal. Mais do que apenas fazer parte da sociedade, a Comunicação Visual é parte fundamental dela, pois executa o papel de levar a informação sem demandar muito tempo do receptor, e sem perder a eficácia. Linguagem Linguagem é a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A Linguagem está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comu- nicação, há linguagem. A linguagem pode ser: • Verbal: é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo. Centro de Educação Tecnológica 61

• Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de co- ras de atingir seu público. Exemplos são os logotipos, rótulos municação, que não são as palavras. Dentre elas estão a e identidades visuais de uma marca, aplicados em postagens linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a lin- em redes sociais, panfletos, banners, diagramação de sites e guagem corporal, figuras, expressões faciais, gestos, etc. outros materiais da empresa. • Híbrida ou mista: utiliza as linguagens verbal e não-ver- Elementos da Comunicação Visual bal para produzir a mensagem. Exemplos incluem as his- tórias em quadrinhos, em que acompanhamos a história Os elementos básicos da comunicação visual constituem a por meio dos desenhos e das falas das personagens, e os substância básica do que vemos. Uma das maneiras de se ana- anúncios publicitários. lisar uma obra visual, consiste em decompô-la em seus ele- mentos constituintes para compreender melhor o conjunto. Comunicação visual é qualquer maneira de comunicação por Alguns elementos são frequentemente usados na comunica- meio de signos não verbais, ou seja, utilizando componentes ção visual, como: pontos, formas, setas, linhas, formas geomé- visuais para transmitir o que deseja. No Marketing é composta tricas, texturas e cores. por cores, imagens, fontes e elementos gráficos, como ilustra- ções ou estampas que, isolados ou em conjunto, posicionam • Ponto: Apesar de ser a unidade de comunicação visual uma marca diante do consumidor. mais básica, qualquer ponto exerce sobre nós um enorme poder de atração, independentemente de ter sido feito A expressão “uma imagem vale mais do que mil palavras” é pelo homem ou de fazer parte da natureza. Quando vis- a representação mais óbvia do conceito de comunicação por tos, os pontos ligam-se, tornando-se capazes de nos diri- meios visuais, pois ela sintetiza o impacto das imagens na co- gir o olhar. Quando em grande número e o mais justapos- municação e como, muitas vezes, o uso de imagens é capaz de tos possível, criam a ilusão de cor. A capacidade única que transmitir uma mensagem de forma mais eficiente do que a uma série de pontos tem de conduzir o olhar é intensifica- comunicação escrita ou falada. da pela maior proximidade destes elementos. O termo “comunicação visual” está muito relacionado à publi- • Linha: A linha corresponde ao percurso feito por um pon- cidade e marketing, pois essas são áreas do mercado de traba- to. Se ela for reta, é a menor distância que pode ser tra- lho que se utilizam grandemente dessa linguagem. Justamen- çada entre dois pontos distintos. Porém, também pode te por terem como propósito difundir mensagens, propagar aparecer em forma sinuosa, quebrada ou curva, garantin- ideias e gerar interesse nas pessoas, o profissional de comuni- do o máximo de versatilidade. Ela é capaz de mexer com cação visual (ou designer visual) lança mão de diversas manei- a sensação e com a percepção de formas diferentes. Se 62 Design Gráfico e Multimídia

você utiliza uma linha horizontal em sua identidade visu- mente para definir a personalidade de uma comunicação, al, vai trazer a sensação de repouso, então, isso tem que como de uma marca. As cores primárias são o amarelo, ter a ver com o que você pretende. A linha curva, por sua azul e vermelho e, delas, derivam todas as demais. Tam- vez, transmite ação, movimento e alegria, mas, ao mesmo bém há o branco, que é a presença de todas as cores, e o tempo, instabilidade. preto, que é ausência de cor. A partir disso, é possível usar • Forma: A forma consiste na união de linhas de maneira a psicologia das cores para identificar qual é o tom mais orientada para criar uma figura específica. As formas bási- adequado para a comunicação pretendida, levando-se em cas são o quadrado, o triângulo e círculo, do qual todas as conta os demais elementos. Junto desse fator está tam- outras derivam de algum modo. A principal função desse bém o elemento de tom. Ele diz respeito à comparação elemento é criar algum tipo de identificação em quem vê de nuances de uma mesma cor, o que permite a identi- o recurso visual. O quadrado traz a sensação de hones- ficação do claro e do escuro. Assim, dá para utilizar som- tidade — a expressão “ser quadrado”, por exemplo, sig- bras e efeitos de luz para compor a comunicação. Só nos nifica ser correto demais. O triângulo, por sua vez, traz a é possível ver o que é escuro porque está próximo ao que sensação de conflito — como em um triângulo amoroso é claro, da mesma forma que só vemos algo que é claro —, mas também pode ser utilizado para expressar positi- quando existe perto de algo que é escuro. Quando anali- vamente um conflito de ideias. Já o círculo não tem come- samos os elementos básicos da comunicação visual perce- ço e nem fim, transmitindo a sensação de ininterrupção e bemos que só existe verdadeira luz quando observamos a continuidade, o que leva à proteção. natureza, pois nas artes gráficas, na pintura, na fotografia • Direção: A direção representa, de certa forma, o caminho e no cinema o que existe é uma simulação do tom natural. a ser seguido. A partir das formas básicas, três direções Entre a luz e a escuridão na natureza existem centenas podem ser obtidas: a direção horizontal e vertical, do qua- de gradações tonais específicas, mas essas gradações são drado; a diagonal, do triângulo e a curva, do círculo. En- muito mais limitadas nas artes gráficas e na fotografia. A quanto as direções vertical e horizontal estão mais ligadas compreensão da cor é o mais emocional dos elementos à estabilidade e retidão, a direção diagonal se relaciona à específicos do processo visual, pois possui grande força e instabilidade. A direção curva, por sua vez, está ligada a pode ser usada para expressar e intensificar a informação algo cíclico e, por vezes, mais agradável. visual. Além do significado cromático facilmente modificá- • Cor: A cor é um dos elementos que mais possuem des- vel da cor, cada um de nós tem suas preferências pessoais taque e que são mais lembrados quando se fala em co- por cores específicas. Escolhemos uma cor porque possui municação visual. Ela é capaz de transmitir emoções e, um determinado significado e não outro. A cor tem três até mesmo, disparar gatilhos mentais, e é usada intensa- dimensões que podem ser definidas e medidas. Centro de Educação Tecnológica 63

• Matiz ou croma: é a cor em si, e existe em número a textura tanto através do tato quanto da visão, ou ainda superior a cem. Existem três matizes primários ou mediante uma combinação de ambos. É possível que uma elementares - amarelo, vermelho e azul. Cada um textura não apresente qualidades tácteis, mas apenas óp- representa qualidades fundamentais. O amarelo é ticas, como no caso das linhas de uma página impressa, a cor que se considera mais próxima da luz e do ca- dos padrões de um determinado tecido ou dos traços so- lor; o vermelho é a mais ativa e emocional; o azul é brepostos de um esboço. Onde há uma textura real, as passivo e suave. O amarelo e o vermelho tendem a qualidades táteis e ópticas coexistem, mas de uma forma expandir-se; o azul, a contrair-se. Quando estas cores única e específica, que permite à mão e ao olho uma sen- são associadas através de misturas é possível a ob- sação individual, ainda que projetemos sobre ambos um tenção de novos significados. O vermelho, um matiz forte significado associativo. provocador, é abrandado ao misturar-se com o azul, e • Escala: todos os elementos básicos da comunicação visual intensificado ao misturar-se com o amarelo. As mes- são capazes de se modificar e se definir uns aos outros mas mudanças de efeito são obtidas com o amarelo, através de um processo de escala. O grande não pode que se suaviza ao se misturar com o azul. existir sem o pequeno. Em termos de escala, os resultados visuais são relativos, pois estão sujeitos a várias modifica- • Saturação: é a “pureza” relativa de uma cor. A cor sa- ções. O que antes era pequeno pode passar a ser grande turada é simples, quase uma característica primitiva se existe uma modificação visual no ambiente que o con- e compõe-se dos matizes primários e secundários. diciona a tal. As cores menos saturadas levam a uma neutralida- • Movimento: o movimento é uma força visual que, na ver- de cromática, e até mesmo à ausência de cor, sendo dade, não pode ser representado graficamente já que não subtis e repousantes. Quanto mais intensa ou satu- é possível garantir que um desenho se mexa por si só, por rada for a coloração de um objeto ou acontecimento exemplo. Porém, é possível integrar outros elementos para visual, mais carregado estará de expressão e emoção. dar a sensação de movimento a uma comunicação gráfica, incluindo ao criar ilusões de ótica. O uso desse elemento • Cromática/Brilho: refere-se às gradações tonais ou gera, em primeiro lugar, identificação, já que uma coisa de valor, do claro ao escuro. Em outras palavras, o não pode se mover, mas uma pessoa sim. Além disso, ser- quanto se adiciona de luz (branco) ou escuridão (pre- ve para dar dinamismo e também para traduzir a ideia do to) a uma cor. negócio e criar uma identidade. O seu uso, portanto, pode gerar bons resultados para a marca, especialmente se ela • Textura: a textura é o elemento visual que com frequência serve de substituto para as qualidades de outro sentido, o tato. Na verdade, porém, podemos apreciar e reconhecer 64 Design Gráfico e Multimídia

estiver ligada ao movimento de alguma forma, Inclusive, à sinalização pública, instruções, orientações e qualquer é possível conseguir uma mensagem muito efetiva com outro meio para transmitir informações. uma representação mais simples de movimento. • Ícones: São signos que representam um modelo imitativo de um objeto, de um objeto, de uma forma, de um espaço Signos Visuais ou uma situação. É característico das artes plásticas e dos meios de comunicação de massa. Exemplos incluem as fo- A comunicação visual usa uma linguagem própria, e esta es- tografias, os mapas, diagramas, etc. trutura-se através de Signos Visuais que permitem organizar e • Índices: São signos visuais que têm origem em formas ou codificar a mensagem a se transmitir. Os signos visuais são ins- situações naturais ou casuais. Através da acumulação de trumentos dos quais a linguagem visual faz uso para transmitir experiências, devido à ocorrência de situações idênticas, uma informação ou mensagem, ou seja, para indicar a alguém indicam algo e adquirem significado, como nuvens negras alguma coisa. indicando tempestade; marcas dos pneus de um carro in- dicando frenagem brusca... Relacionamos os principais tipos de signos visuais a seguir. • Símbolos: São signos visuais que designam o objeto de uma maneira totalmente livre e arbitrária, independente- • Pictogramas: São representações de objetos e conceitos mente de semelhanças ou de uma ligação direta com ele. traduzidos em uma forma gráfica extremamente simpli- O significado é estabelecido através de normas e conven- ficada, mas sem perder o significado essencial do que se ções. Para serem entendidos, necessitam de uma prévia está representando. Seu uso geralmente está associado explicação. Centro de Educação Tecnológica 65

Produção Gráfica Design Gráfico e Multimídia A produção gráfica é um conjunto de etapas que engloba ma- teriais, serviços, custos e prazos de entrega, para que o resul- tado final do trabalho seja o pretendido. Podem ser trabalhos mais simples (um cartão de visita) a mais complexos (embala- gens com diferentes materiais e técnicas). A produção gráfica é um processo complexo, que envolve uma grande variedade de fatores, que influenciam diretamente na qualidade da impressão. Hoje, as faculdades e cursos não se aprofundam no assunto, fazendo com que o conhecimento fi- que restrito aos profissionais de gráfica e muitas agências não tenham especialização no assunto. Os designers ou criativos que desenvolvem trabalhos que en- globam o serviço de impressão necessitam saber os proces- sos de pré-impressão, impressão e pós-impressão. Bem como os diversos sistemas ou formas de impressão: digital, offset, flexografia, rotogravura, serigrafia, termografia, entre outros. Caso contrário, poderão oferecer um trabalho impossível de ser concretizado, ou pelo preço idealizado, ou pelo prazo de entrega ou por outro aspecto. Ao dominar bem este assunto, facilita-se a rapidez de entrega de um orçamento, a maquete e o trabalho final, aumentando assim, a qualidade do trabalho final e a satisfação do cliente. 66

Processos de Impressão pacitado para executar a função a fim de evitar que erros comprometam todo o resultado do trabalho. Os processos de impressão são definidos basicamente, pela • Pré-impressão: Aqui, o material gráfico é analisado a fim forma como ocorre a transferência dos elementos gráficos de constatar se atende corretamente às especificações para o papel (base): técnicas exigidas pela gráfica que fará a impressão. É nes- sa etapa que as eventuais falhas devem ser corrigidas. As- • Diretos: neste processo compreende-se que a transferên- sim, evita-se surpresas tanto para as pessoas envolvidas cia ocorre diretamente entre a matriz e o substrato e po- na produção quanto para o cliente. É a pré-impressão, demos destacar os sistemas de flexografia, rotogravura e portanto, que determina a qualidade final do trabalho, serigrafia. podendo-se, inclusive, reprovar os arquivos que estejam fora do padrão de impressão. Ela consiste na adequação • Indiretos: há a utilização de intermediários para a trans- do arquivo e na preparação dos planos de impressão. ferência, como no caso das impressões em offset, através Além disso, no caso dos processos de impressão que as das chapas. requerem, também são geradas as respectivas matrizes. Cada tipo de impressão tem especificações diferentes, Etapas da Produção Gráfica usa materiais distintos e exige procedimentos específicos. Para evitar que o seu arquivo seja reprovado pelo setor A produção gráfica consiste em 3 processos principais - a pré- de pré-impressão, é preciso ter atenção aos detalhes que -impressão, a impressão e a pós-impressão -, etapas funda- explicaremos a seguir. mentais para o processo de produção de qualquer tipo de mí- • Matriz de Impressão: A última etapa do processo de pré- dia impressa existente no mercado nos dias de hoje, porém há -impressão é a confecção da matriz de impressão. Toda outros processos a se levar em consideração, como veremos impressão se origina de uma matriz feita a partir do do- a seguir. cumento original. As matrizes podem ser físicas ou virtu- ais. As matrizes virtuais derivam de processos digitais ou • Criação visual do projeto: A primeira fase é a criação da híbridos, e as matrizes físicas se originam de processos arte, que será impressa ou reproduzida pelo designer mecânicos. Toda matriz dá origem a um tipo de impres- gráfico responsável pela organização e diagramação de são distinta, cada qual com suas características e maior textos e imagens dentro do espaço delimitado. Depois de ou menor grau de adequação ao projeto de design. A im- passar pela aprovação, o arquivo digital é fechado e en- pressão off-set, por exemplo, se utiliza de uma matriz em caminhado à gráfica para a pré-impressão. Nesse ponto, chapa metálica. Já a impressão digital se utiliza de uma é indispensável que o profissional seja devidamente ca- Centro de Educação Tecnológica 67

matriz digital. muito com a laminação fosca para criar detalhes ele- • Impressão: Essa etapa é a mais importante de todo o gantes. • Dobra: O acabamento em dobra é um trabalho grá- processo. É nela que vemos o resultado da arte virtual se fico automatizado. Ele é normalmente utilizado em materializar e ganhar vida por meio do material escolhido folders, revistas, livros e folhetos. É uma ótima opção — papel, metal ou plástico. Por isso, é tão importante dei- para quem deseja um projeto com acabamento fácil xar tudo perfeitamente alinhado e corrigido. Cada projeto e prático. demanda um tipo de volume de impressão. • Vinco: O vinco é um acabamento de marcação fei- • Acabamento/Pós-impressão: E o último processo envol- ta no papel, servindo como linha-guia para realizar vido na produção gráfica é o de pós-impressão, no qual é dobras. Essa finalização faz com que o papel não se dado o acabamento das mídias, sejam eles cortes, cortes danifique quando for dobrado, evitando que ele per- com faca, hotstamping, vernizes, laminação ou colagens, ca a qualidade. O vinco também é utilizado para criar dependendo do tipo de trabalho que for desenvolvido. acabamentos com efeito estético e uma ótima van- Essa fase pode ser executada na própria empresa respon- tagem é o seu baixo custo. Por isso, é muito aplicado sável pela impressão ou em um fornecedor especializado em cardápios, folders e convites. nesse segmento — tudo depende da complexidade do • Relevo: Esse acabamento é muito utilizado em car- acabamento. Finalmente, o trabalho está finalizado para tas, envelopes e convites, devido ao seu efeito visual ser entregue ao cliente. e ao sentido tátil que o diferencia de outros materiais • Laminação: A laminação é utilizada para proteger e gráficos. Existem dois tipos de relevo: baixo e alto. Essas características fazem com que o material ganhe conferir refinamento ao trabalho. Nessa finalização, sensações fundas e saltadas. uma película feita de plástico é colocada no papel, podendo ser brilhante ou fosca. Esse acabamento Substrato tem um custo elevado, contudo, apresenta uma alta resistência a rasgos, desgastes e desbotamentos. Ele Na indústria gráfica, substrato é todo suporte que irá receber normalmente é aplicado em cartões, catálogos, livros a impressão, seja no método convencional ou digital, como e outros materiais. por exemplo: papel, filme plástico, cartão, metal etc. A lista de • Verniz: Similar à laminação, o verniz é uma tintura potenciais substratos é quase infinita. De início, há materiais transparente aplicada a impressos, a fim de trazer um como Perspex, espelhos, cortiça, lixa, vinil, madeira, vidro, me- aspecto brilhoso e sofisticado. Esse material é mui- tal. E há também os diferentes substratos têxteis, como cami- to utilizado para detalhes e em papéis de gramatura fina, sendo chamado de UV localizado, pois combina 68 Design Gráfico e Multimídia

setas, toalhas de chá, cortinas. E isso sem esquecer os substra- panfletos de baixo custo; tos tradicionais de impressão como papel e cartões. • 120g a 150g: o papel offset de 120 g/m² é de uso muito Gramatura restrito. Já a gramatura 150 g/m² é comum para impres- são de capas de revista, folhetos, flyers, folders e panfle- A gramatura de um papel consiste na medida de peso que cor- tos de resistência maior; responde à densidade do papel – gramas por metro quadrado • 180g: as famosas cartolinas e cartões caseiros de qualida- (g/m²). Geralmente, os papéis mais leves são mais finos, já os de inferior, bem como sacolas de papel, que são os papéis papéis mais pesados costumam ser mais grossos. Mas cuidado mais típicos dessa gramatura. Normalmente, é a espessu- para não confundir gramatura com espessura, pois a espes- ra máxima suportada pelas impressoras caseiras; sura é uma medida de distância entre as duas faces do papel, • 210g a 300g: essa faixa é usada para cartões de visita, enquanto a gramatura é uma medida de peso relacionada à convites, cartões-postais, cartões de aniversário, capas de densidade do papel. livros, calendários e outros impressos que exigem mais re- sistência e durabilidade; A escolha correta da gramatura e do tipo de papel influenciam • Acima de 300g: materiais produzidos com essa gramatura totalmente no resultado da impressão. Conhecer as caracterís- são mais raros. É o caso do Fine Art, uma técnica de repro- ticas do material ideal para cada tipo de peça gráfica é o segre- dução de obras de arte com a mais alta qualidade. Nesse do para evitar problemas na hora de produzir o seu impresso. sentido, as impressões Fine Art podem durar até 100 anos sem amarelar ou perder qualidade. • 35g a 55g: são os papéis mais finos, usados principalmen- te para jornais ou bobinas de máquina de cartão. Papéis Bitmap x Vetor com gramaturas menores que essas são mais raros; Existem dois tipos de arquivos fundamentais na computação • 50g a 63g: blocos para orçamento e para notas fiscais são gráfica: bitmap e vetorial. Abaixo você confere uma descrição confeccionados com esse tipo de papel; breve de cada um deles. • 75g a 80g: papéis timbrados, panfletos, receituários em • Bitmap: Bit é a menor unidade de informação utilizada offset ou couché são frequentemente impressos com essa em computação, possuindo somente dois valores: verda- gramatura; deiro ou falso, preto ou branco, etc. Um mapa de bits é uma malha retangular de bits que representa digitalmen- • 90g a 115g: a mais comum de todas, são muito usadas te uma imagem ou foto. A quantidade de bits utilizada em escritórios e ambientes domésticos. São as populares folhas A4 utilizadas para impressão de cartazes, folhetos e Centro de Educação Tecnológica 69

para representar cor em um único pixel é conhecida como O uso do bitmap é recomendado quando há necessidade de profundidade de cor ou bits por pixel (bpp). Bitmaps, por- transmitir muito realismo, profundidade, impressão de foto- tanto, são imagens formada por pixels. Um pixel, por sua grafias, complexidade de cores, transparências, transições e vez, nada mais é do que um ponto em seu monitor, quase degradês. Para essas finalidades, o programa mais usado para imperceptível, com cor e brilho variados. Uma fotografia realizar as tarefas envolvendo bitmap é o Photoshop. digitalizada é um exemplo claro de imagem bitmap. Como os pixels não são redimensionáveis, perdemos pixels ao Os softwares indicados para criação de vetores, como o Illus- reduzirmos o tamanho da imagem. De modo oposto, ao trator ou o CorelDRAW, são projetados, também, para mapear ampliarmos uma imagem bitmap, são acrescentados pi- uma imagem bitmap e transformá-la em vetor. Assim, quanto xels (o programa INVENTA os pixels que são acrescenta- mais simples e com maior definição de contornos for a ima- dos). Por isso, por mais sofisticada que seja a interpolação gem, mais facilidade o programa terá para convertê-la. O opos- de pixels, imagens bitmaps com tamanho alterado não to também é possível e até mais fácil. Os softwares que criam apresentam qualidade muito boa, especialmente, quando vetores podem exportar a imagem vetorizada para diversos ampliamos. formatos de bitmap, como JPG e PNG. Assim, é viável conver- • Vetor: Já os chamados Vetoriais nada mais são que ima- ter para o tamanho desejado com o máximo de qualidade, já gens formadas por cálculos matemáticos executados pelo que imagens vetorizadas não são limitadas pelo tamanho. computador. Como na física, onde um vetor é uma enti- dade definida pelos atributos direção, módulo e sentido, A criação do bitmap e vetor marcaram um capítulo importan- podemos dizer que, na comunicação visual, os vetores tíssimo no início dessa era digital. Certamente, facilitaram o (imagens vetoriais) são objetos definidos, também, por trabalho de designers e outros profissionais que precisam ma- seus atributos. Cada vez que o Illustrator for carregar uma nipular imagens em seus trabalhos. Sua influência foi revolu- imagem vetorial, ele lerá, do disco, os atributos (tamanho, cionária e responsável por uma explosão no mundo da arte raio, cor, contorno, etc) e redesenhará a imagem, obten- digital. do uma idêntica à original. Portanto, ao se aumentar ou diminuir uma imagem vetorial, obtém-se a mesma qua- A principal diferença entre os dois tipos de imagem está no ta- lidade do desenho original, além de não haver mudanças manho do arquivo e nas possibilidades de manipulação. Como no tamanho ocupado pelo arquivo em disco. Dessa forma, uma imagem vetorial contém as instruções necessárias para é possível criar diversos formatos orgânicos, de todos os recriar o desenho, o tamanho de um arquivo vetorial tende tamanhos, com traços fluidos e definidos. a ser muito menor – ele depende apenas da quantidade de 70 Design Gráfico e Multimídia

objetos presentes nele, e não do tamanho do desenho em si. complexos, fotos com ou sem efeitos especiais ou mesmo E por esse mesmo motivo você pode redimensionar uma ima- desenhos e artes-finais. Mas lembre-se de que nestes casos é gem vetorial e utilizá-la em qualquer tamanho sem perda de necessário que a imagem bitmap tenha pixels suficientes para qualidade. ser impressa no tamanho correto sem que ela fique embaça- da. Já em uma imagem bitmap o tamanho do arquivo dependerá do tamanho do desenho em si – uma arte-final em tamanho DPI (Dots Per Inch) 20 x 30 cm ocupará mais espaço do que uma arte-final em ta- manho 10 x 20 cm. E como ela é formada por pontos de cores Em português significa pontos por polegada. Vocês já devem individuais, você não poderá redimensioná-la – pelo menos ter reparado que o tamanho do nosso monitor é expressado não sem que a imagem fique embaçada. É por esse motivo que através de polegadas, o DPI determina quantos pontos vamos ocasionalmente quando você manda uma foto para alguém iremos ter em uma polegada. Quando estamos trabalhando produzir um convite ou panfleto, por exemplo, o arte-finalista com imagens digitais, normalmente utilizamos a resolução diz que a “imagem tem baixa resolução”: isto significa que a com 72 DPI’s, quando vamos trabalhar com um arquivo a ser imagem bitmap que você enviou não possui pixels suficientes impresso utilizamos como padrão a resolução de 300 DPI’s. para ser impressa com qualidade no tamanho desejado. E não adianta esticar a foto ou aumentar no Photoshop: nenhum Padrões de Cores programa é capaz de criar pixels (ou seja, aumentar a resolu- ção, deixar a foto mais nítida) sem que a imagem fique emba- Os padrões CMYK e RGB são padrões de cor utilizados em de- çada, já que esses pixels nunca existiram em primeiro lugar. sign de projetos, na criação de materiais gráficos, webdesign, material destinado à publicidade impressa, e uma infinidade As imagens em vetor são ideais para logotipos, símbolos, de- de outras situações. senhos, identificação e artes-finais. Devido à possibilidade de utilizar estas imagens em qualquer tamanho, a imagem em ve- CMYK corresponde às iniciais das cores Cian (ciano), Magenta tor é mais versátil já que a mesma arte que você fez para um (magenta), Yellow (amarelo) e Black (preto). Este é um padrão panfleto, por exemplo, pode ser impressa em um banner sem de quatro cores primárias, que combinadas formam cores ili- perda de qualidade. mitadas. O padrão CMYK é mais usado para impressão em pa- pel, onde 4 cores de tinta geram uma qualidade final melhor As imagens em bitmap são ideais para apresentações fotor- do que apenas 3. realistas, imagens com efeitos de degradê excessivamente Centro de Educação Tecnológica 71

RGB corresponde às iniciais das cores Red (vermelho), Green vez o programa não pareça muito amigável. Contudo, se você (verde) e Blue (azul). Este padrão é utilizado para exibição em tem alguma experiência com algum tipo de software gráfico, monitores de computador e televisores em geral. não será muito difícil de se adaptar ao Illustrator. Devido a esta diferença de padrões é que uma mesma imagem O Illustrator começou a ganhar vida em 1987, para ser utiliza- vista no monitor apresenta leves alterações na tonalidade das do, especificamente, para a criação de logotipos. Ele era uma cores ao ser impressa. Alguns programas gráficos incorporam exclusividade dos computadores da Apple Macintosh e, só dez filtros, que tentam mostrar no monitor a imagem exatamente anos depois, seria liberado também para Windows. Apesar de como será impressa. ser indicado para desenho vetorial, é preciso esclarecer que esse é um programa bastante versátil e que pode ser utilizado Ao criar o design para um formato é preciso ter em mente qual para diferentes trabalhos, assim como por diferentes profis- o suporte será utilizado. No caso de imagens para web o pa- sões. Publicitários, designers gráficos, ilustradores etc., todos drão adotado deve ser o RGB, enquanto que, em se tratando conseguem gerar projetos bastante interessantes com a fer- de materiais impressos, deve-se utilizar o padrão CMYK ou ou- ramenta. tro de acordo com especificações técnicas do projeto adotado pelo designer. Entre outras áreas, o Adobe Illustrator é bastante indicado para: Adobe Illustrator • Design de logotipo: A ferramenta proporciona flexibi- Adobe Illustrator é um editor de gráficos, ilustrações e ima- lidade e facilidade em criar vetores e já é um programa gens vetoriais. Muito utilizado por profissionais e entusiastas padrão para os designers. Além disso, a técnica de usar de design, ele auxilia na criação de logos, fontes, desenhos e imagens vetoriais oferece uma vantagem bem grande se artes baseadas em vetores, o que permite que sejam redimen- comparada com outros tipos — ela pode ser ampliada in- sionadas para vários tamanhos sem perder qualidade. finitamente e não perde a qualidade. Esse é um fator cru- cial para quem trabalha com a criação de logotipos. O Adobe Illustrator é uma das ferramentas necessárias no dia a dia dos times de marketing, sobretudo daqueles que traba- • Layout para sites: O Photoshop e o Illustrator podem ser lham com a criação das peças visuais. Por meio do Illustrator, utilizados em complemento com outras ferramentas da é possível editar, inclusive, objetos tridimensionais e aplicar os Adobe para a criação de projetos web e mobile. Dessa mesmos efeitos oferecidos pelo Photoshop. Inicialmente, tal- forma, é possível enriquecer graficamente todas as suas criações para páginas de vendas, serviços e institucionais 72 Design Gráfico e Multimídia

para diversas empresas. para a web. Exemplos incluem cartões de visita, folders, • Animação: Trabalhando em conjunto em softwares como flyers, cartazes, banners e todo tipo de criação visual. O software possui ferramentas de guias inteligentes, mar- o Animate ou o After Effects, as possibilidades de criações gens, sangrias e permite a exportação em diversos forma- do Illustrator proporcionam a realização de trabalhos de tos, o que definitivamente facilita o trabalho do designer. animação em alto nível. Além disso, no Illustrator, tam- bém existem alguns recursos de criação de animações em Demarcadores flash. Com a possibilidade de gerar camadas, é possível separá-las como se fossem frames e salvá-las em SWF À medida que se desenha no Illustrator, uma linha chamada para que sejam executadas como um pequeno vídeo. demarcador é criada. Um demarcador é composto de um ou • Conteúdo interativo: Existem mecanismos que ajudam a mais segmentos (ou, em inglês, paths) retos ou curvados. O elaborar projetos por meio da linguagem JavaScript em início e o fim de cada segmento são marcados por pontos de conjunto com o Illustrator. O painel de interatividade SVG ancoragem, que funcionam como pinos mantendo um arame (um vetor para web) possibilita o desenvolvimento de no lugar. Um demarcador pode ser fechado (por exemplo, um imagens interativas com os mesmos fundamentos de um círculo) ou aberto, com extremidades distintas (por exemplo, desenho vetorial padrão, ou seja, podendo ser ampliado uma linha ondulada). sem perder a qualidade. Isso é ideal para quem faz tra- balhos específicos para a internet, já que será viável se É possível alterar a forma de um demarcador arrastando os adaptar a qualquer tamanho de tela. pontos de ancoragem, os pontos de direção no final das linhas • Ilustrações: Esse talvez seja o uso mais comum desse sof- de direção que aparecem em pontos de ancoragem, ou o pró- tware, até porque ele apresenta muitos recursos específi- prio segmento de demarcador. cos para quem desenha. São pincéis, cores e efeitos que facilitam muito o trabalho de quem produz ilustrações. Os demarcadores podem ter dois tipos de pontos de anco- Mesmo que alguns utilizem o Photoshop, que também ragem: pontos de vértice e pontos suaves. Em um ponto de tem algumas dessas ferramentas, o Illustrator, por gerar vértice, o demarcador muda repentinamente de direção. Em desenhos vetoriais, fornece uma qualidade muito maior um ponto suave, os segmentos do demarcador são conecta- para o trabalho da arte digital. dos como uma curva contínua. É possível desenhar um de- • Materiais gráficos: Por todos os motivos apresentados marcador usando qualquer combinação de pontos de vértice acima, o Illustrator é também um ótimo ambiente para e pontos suaves. Se você desenhar o tipo errado de ponto, é se criar materiais gráficos, sejam para a impressão, sejam Centro de Educação Tecnológica 73

sempre possível alterá-lo. Um ponto de vértice pode conectar 1. Para ocultar a caixa delimitadora, escolha Exibir > Ocultar dois segmentos retos ou curvados, enquanto um ponto suave caixa delimitadora. sempre conecta dois segmentos curvados. 2. Para mostrar a caixa delimitadora, escolha Exibir > Mos- O contorno de um demarcador é chamado de traçado. Uma trar caixa delimitadora. cor ou um degradê aplicados a uma área interior aberta ou fechada do demarcador são chamados de preenchimento. Um 3. Para reorientar a caixa delimitadora depois de girá-la, es- traçado pode ter espessura, cor e um padrão de traço. Após colha Objeto > Transformar > Redefinir caixa delimitado- criar um demarcador ou uma forma, você pode alterar as ca- ra. racterísticas do seu traçado e preenchimento. Atalhos Quando você seleciona um ponto de ancoragem que conec- ta segmentos curvados (ou seleciona o próprio segmento), os Ative os comandos a seguir pressionando apenas uma letra, o pontos de ancoragem dos segmentos de conexão exibem alças que permite executá-los rapidamente. de direção, que consistem em linhas de direção que finalizam em ponto de direção. O ângulo e o comprimento das linhas • Redimensionar: ferramenta Transformação Livre (E) e de direção determinam a forma e o tamanho dos segmentos ferramenta Escala (S). Essas duas ferramentas são essen- curvados. A movimentação dos pontos de direção remodela ciais para redimensionar os objetos selecionados. A pri- as curvas. As linhas de direção não aparecem na imagem final. meira, Free Transform, permite modificar as proporções do objeto para que ele fique distorcido em relação à sua Caixa Delimitadora (Bounding Box) forma original; a segunda, Scale, modifica seu tamanho, mas mantendo, ao mesmo tempo, o plano horizontal e o Quando você seleciona um ou mais objetos com a ferramenta plano vertical. Seleção, uma caixa delimitadora é exibida ao redor deles. Use essa caixa delimitadora para mover, girar, duplicar e dimensio- • Selecionar: ferramenta Seleção Direta (A) e ferramenta nar objetos facilmente arrastando o objeto desejado ou sua Seleção (V). A primeira permite selecionar pontos ânco- respectiva alça (um dos quadrados vazios ao longo da caixa ra ou segmentos de caminho individuais clicando neles delimitadora). ou selecionar um caminho ou grupo inteiro clicando em qualquer outra parte do elemento. Você também pode selecionar um ou mais objetos de um grupo. O segundo permite selecionar objetos e grupos clicando neles ou ar- 74 Design Gráfico e Multimídia

rastando-os. Você também pode selecionar grupos incluí- a ampla gama de ferramentas de desenho vetorial do dos em grupos e objetos contidos em grupos. Illustrator, mas trata todos os caminhos do desenho como • Ferramenta Varinha Mágica: (Y). É como uma varinha má- se estivessem na mesma superfície plana. gica que seleciona automaticamente objetos da mesma • Ferramenta Caneta: (L). Permite a criação de caminhos e cor, espessura do traço, cor do traço, opacidade ou modo formas livres, clicando em pontos âncora individuais ou de fusão, apenas clicando em um objeto. clicando e arrastando para criar curcas. • Ferramenta Rotação: (R). A rotação é usada para girar um • Ferramenta Mão: (H). É útil para mover a área visível na objeto em torno de um ponto fixo. O ponto de referência janela do documento de seu projeto. Ao trabalhar com o padrão é o ponto central do objeto. Para alterar o ponto zoom, o trabalho é muito mais fácil. de rotação, basta clicar no local em que deseja que o eixo • Ferramenta Pincel: (B). Basicamente, a ferramenta Pincel esteja. permite clicar e arrastar para criar um traço no qual uma • Ferramenta Balde de pintura em tempo real: (K). É um arte vetorial predefinida é aplicada aos traçados que você meio intuitivo de criar desenhos coloridos e permite usar criar. Centro de Educação Tecnológica 75

Logotipia Design Gráfico e Multimídia O Logos (λόγος, “palavra”), no grego, significava inicialmente a palavra escrita ou falada—o Verbo. A partir de filósofos gregos como Heráclito tem um significado mais amplo, passando a ser um conceito filosófico traduzido como razão: tanto a capacida- de de racionalização individual como um princípio cósmico da Ordem e da Beleza. • Logotipo: Refere-se à forma particular como o nome da marca é representado graficamente, pela escolha ou de- senho de uma tipografia específica. É um dos elementos gráficos de composição de uma marca, algumas vezes é o único, tornando-se a principal representação gráfica da mesma. A expressão costuma ser confundida com o termo logomarca, que, embora difundido na linguagem cotidiana é considerado por designers profissionais e acadêmicos um neologismo impreciso e incorreto (evite, portanto, o uso deste termo no seu trabalho, pois poderá acarretar em diminuição da nota final). Como toda assina- tura, o logotipo precisa seguir um padrão visual que a tor- na reconhecida onde quer que ela seja estampada. Usar corretamente o logotipo é uma das ações obrigatórias para o reforço da imagem e da personalidade da empresa. • Símbolo: O termo símbolo designa um tipo de signo em que o significante (realidade concreta) representa algo abstrato (religiões, nações, quantidades de tempo ou ma- téria, etc.) por força de convenção, semelhança ou conti- 76

guidade semântica (como no caso da cruz que represen- soas se apaixonam pelas marcas, confiam nelas, são fieis a ta o Cristianismo, porque ela é uma parte do todo que é elas, compram e acreditam na sua superioridade. A marca imagem do Cristo morto). “Símbolo” é sempre algo que é como a escrita manual. Ela representa alguma coisa. O representa outra coisa (para alguém). termo é frequentemente usado hoje em dia como refe- • Tipografia: A tipografia é a forma como as fontes são exi- rência a uma determinada empresa - um nome, marca bidas. É a combinação de diferentes tipos de letra que verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, dão hierarquia e personalidade ao seu texto. Decidir quais serviço ou a própria empresa. Quando se fala em marca, é fontes usar na sua marca tem implicações sobre a forma comum estar-se a referir, na maioria das vezes, a uma re- como a personalidade de sua marca será percebida e a presentação gráfica no âmbito e competência do designer maneira como essas fontes são tratadas (grande, peque- gráfico, onde a marca pode ser representada graficamen- no, em itálico, sublinhado, cor, por exemplo) influenciará te por uma composição de um símbolo e/ ou logotipo, ainda mais essas percepções. Não existe um número exa- tanto individualmente quanto combinados (sinal misto). to de fontes que podem ser usadas para compor o con- • Logomarca: O termo “logomarca” é um neologismo usa- junto tipográfico de uma marca, pois isso depende das do de forma empírica e genérica para designar logotipo, necessidades de aplicação que vão surgir. O mais impor- símbolo ou marca. Foi popularizado no Brasil sem que tante é escolher a tipografia que cumprirá bem sua função haja consenso nem precisão absoluta ao que ele se refere, sem interferir ou contrastar com os demais elementos da se apenas ao símbolo, ao logotipo ou ao sinal misto (com- marca. A combinação ideal deve oferecer boa leitura, se binação de ambos). Apesar de aparecer em dicionários, o adaptar bem a todos os materiais e ajudar a reforçar a termo é visto como inadequado por alguns designers por, personalidade da empresa. segundo eles, não possuir a necessária precisão. • Marca: A atribuição das marcas aos produtos é uma prá- tica que tem mais de 2 mil anos de idade. Os gregos e os Psicologia das Formas romanos, com suas sofisticadas iniciativas econômicas e comerciais, desenvolveram as “mas de fabricante” para Nosso subconsciente responde de maneiras diferentes para estabelecer a origem de determinados produtos. Isso foi diferentes formas de logotipo. Linhas retas, círculos, curvas necessário depois da expansão do Império Romano, que e bordas irregulares, todos implicam significados diferentes e interpôs uma grande distância entre o produtor e o con- assim um designer hábil pode usar a forma para inferir quali- sumidor. A marca é a promessa, a grande ideia e as expec- dades particulares sobre uma marca. Pense, por exemplo, no tativas que residem na mente do consumidor a respeito Swoosh da Nike: a combinação de curvas que terminam numa dos produtos, de um serviço ou de uma empresa. As pes- ponta afiada oferece uma forte sugestão de movimento. Centro de Educação Tecnológica 77

Quando você constrói um design, a forma do logotipo pode tendo-os com posicionamento fora de ordem ou de cores ajudar a criar conexões emocionais e psicológicas mais claras mais dinâmicas pode combater este problema e evocar entre a sua marca e os consumidores. Assim, é importante en- algo mais interessante. Os retângulos costumam ser vistos tender o que cada forma diz sobre a sua marca e compreender como um sinal de segurança e confiança, considerando como você pode efetivamente incorporá-la no seu design. que estão associados a objetos como casas, cofres e cai- xas, onde se guardam as coisas. Empresas como a Micro- Formatos particulares de logo podem enviar mensagens par- soft e a American Express, por exemplo, usam e abusam ticulares: dos quadrados no design dos seus logotipos para conferir um sentido de ordem e confiança às marcas. • Círculos, ovais e elipses: tendem a projetar uma men- • Triângulos: têm uma boa associação com o poder, a ciên- sagem emocional positiva. Um círculo pode sugerir co- cia, a religião e a lei. Estes tendem a ser vistos como atri- munidade, amizade, amor, relacionamentos e unidade. butos masculinos, então não é nenhuma coincidência que Os logotipos que usam anéis são projetados para serem triângulos terem relevância nos logos das empresas cujos acolhedores, positivos e focados em uma mensagem de produtos têm um viés masculino. Até mesmo o ângulo de união. Os anéis olímpicos são o exemplo perfeito de logo- posicionamento do triângulo pode comunicar diferentes tipos circulares, e representam cooperação, união e ami- pontos de vista. Uma forma apoiada sobre a sua base zade. Os círculos também são um sinal de continuidade mostra força e estabilidade. No entanto, colocá-la inclina- e perseverança. As imagens costumam ser associadas ao da pode transmitir uma sensação de tensão, dinamismo e tempo, aos planetas (ou ao Sol) e muitos outros símbolos. instabilidade. Além disso, podem ajudar a transmitir um senso de fe- • Linhas horizontais: causam uma influência impactante minilidade, assim como muitas outras formas curvadas, e sobre uma marca. Para a maioria das pessoas, as linhas passar um ar de mistério. Como eles tendem a ser menos horizontais representam uma sensação de estabilidade e comuns no cotidiano, os círculos também são ótimas ma- calma. As organizações que desejam apelar para o lado neiras de chamar a atenção. feminino costumam usar linhas horizontais em seus de- signs, incorporando um efeito suave em designs que de • Quadrados e retângulos: sugerem estabilidade e também outra forma seriam ousados e angulares. As linhas hori- podem ser utilizados para atribuir equilíbrio. Linhas retas zontais também podem representar dinamismo e movi- e formas precisas também transmitem força, profissiona- mento. Por exemplo, empresas de entrega podem adicio- lismo e eficiência. No entanto, e particularmente se eles nar linhas horizontais aos seus logotipos para transmitir são combinados com cores como azul e cinza, eles tam- a sensação de movimento e velocidade. Usando várias bém podem aparecer frios e pouco convidativos. Subver- 78 Design Gráfico e Multimídia

camadas de linhas horizontais, as empresas podem criar empresa. A Gatorade, por exemplo, usa uma forma de re- uma sensação de calma e tranquilidade, bem como uma lâmpago que transmite a imagem energética da empresa. imagem de comunidade. O logotipo da AT&T, por exem- • Curvas: ao contrário de linhas horizontais ou verticais re- plo, usa linhas horizontais para criar um globo que comu- tas, as curvas representam movimento, felicidade e emo- nica interconexão. ções positivas. Elas são mais adequadas em logotipos e • Linhas verticais: enquanto as linhas horizontais tendem a marcas menos associadas ao mundo dos negócios e mais estar relacionadas à calma, tranquilidade e feminilidade, focadas em laços pessoais. Além disso, como as curvas nosso subconsciente associa linhas verticais à masculini- tendem a ser vistas como femininas, são o complemento dade, força e agressividade. Os logotipos que utilizam li- ideal de um logotipo voltado ao público feminino. Portan- nhas verticais em destaque são arrojados e passam uma to, logotipos curvos são bem adequados para empresas sensação de força e estabilidade combinadas com uma com uma marca que reflete os sentimentos de felicidade abordagem mais agressiva. Elas também são excelentes e alegria. Dois dos logotipos mais famosos do mundo, o para exibir uma imagem de eficiência e confiança. As li- da Coca-Cola e o da Disney, usam curvas para transmitir nhas verticais também são versáteis, pois podem repre- as personalidades alegres das suas marcas. sentar tudo, desde as paredes de um edifício até as bor- • Espirais: podem ser um elemento de design incomum, das de um foguete, e até mesmo criar imagens maiores mas dão um toque original e podem tornar um logotipo quando são dispostas em camadas corretamente. É im- mais interessante. As espirais são uma ferramenta visual portante ter cuidado ao usar linhas verticais, pois o exces- útil e provocar sensações de hipnose, calma e até mesmo so pode fazer uma marca parecer opressiva e agressiva. fluidez. Em muitos casos, as formas espirais são usadas • Formas orgânicas: são criados para imitar a geometria que para representar um fluxo – de energia, tempo, amor –, ocorre naturalmente no mundo. Esses logotipos orgânicos bem como uma estratégia que se desenvolve lentamente. não são tão definidos como as formas geométricas, mas Talvez mais importante, as espirais são uma ótima manei- eles se valem de figuras diferentes para criar um produto ra de mostrar a criatividade da sua empresa, propensão a mais exclusivo. Como geralmente são criadas para uma ser diferente e pensar de forma inovadora. As empresas marca específica, essas formas orgânicas são mais flexí- que desejam comunicar seu crescimento e sua evolução veis naquilo que transmitem e podem cumprir essa tarefa também podem usar espirais para simbolizar sua natureza de uma maneira mais direta do que um quadrado ou um dinâmica. círculo. Em muitos casos, esses logotipos têm a função de • Tipo de letra: fontes irregulares ou angulares podem transmitir uma sensação de conforto e familiaridade, bem aparecer como agressivas ou dinâmicas. Por outro lado, como o conhecimento mais íntimo da identidade de uma fontes macias, arredondadas dão um apelo jovem. Fontes Centro de Educação Tecnológica 79

cheias de curvas e cursivas tendem a apelar mais ao públi- para os designers entender a lei da simplicidade, porque co feminino, enquanto que uma tipologia forte, corajosa, quando ela é combinada com criatividade, as duas podem tem um viés mais masculino. ser aproveitadas para produzir projetos verdadeiramente deslumbrantes. Dominar a simplicidade de design requer Gestalt que você equilibre duas considerações muitas vezes con- correntes - o uso de formas e objetos sem complicações A palavra Gestalt é alemã, e, literalmente, significa um teste e a necessidade de produzir efeitos marcantes de design. padrão, figura, forma ou estrutura que é unificado. Psicologia Essencialmente, a simplicidade é sobre ajudar o olho en- da Gestalt, um movimento que decolou em Berlim em 1920, contrar figuras “confortáveis” usadas para acionar uma procura entender como nossas mentes percebem as coisas em interpretação daquilo que estamos tentando mostrar. formas inteiras, ao invés de seus elementos individuais. • Figura-fundo: O princípio figura-fundo ajuda a explicar qual elemento em um projeto será imediatamente per- Para entender o que Psicologia da Gestalt tenta explorar, pen- cebido como a figura e qual será percebido como a base. se em como sua mente percebe automaticamente o rosto de A “figura” é o elemento em foco, enquanto a “base” é o uma pessoa que você conhece bem. Este é por isso mesmo fundo por trás da figura. Aplicado em design, a figura-fun- que o rosto é, sem dúvida, composto das mesmas característi- do pode fazer uma diferença significativa na forma como cas essenciais como qualquer outro: nariz, orelhas, olhos, etc. a sua peça comunica uma mensagem. O que faz a sua mente – a produção de sentido das caracterís- • Proximidade: Percebemos elementos como pertencentes ticas como um todo – é onde a Psicologia da Gestalt encontra ao mesmo grupo se eles estão dispostos juntos. Como seu foco. exemplo, pense em como kerning (vimos isto no módulo passado) adequado pode ajudar o olho humano a com- Ao longo dos anos, psicólogos da Gestalt tentam resumir os preender que letras formam palavras individuais. Em al- princípios básicos da percepção visual, que se tornaram fer- guns casos os espaços excessivos entre as letras podem ramentas inestimáveis para designers. Como mencionado aci- causar confusão a respeito de quando uma palavra termi- ma, estes princípios tentam explicar quando e como a mente na e outra começa. O princípio da proximidade é aplicado percebe diferentes componentes visuais como sendo parte de de forma eficaz no logotipo da Unilever. Uma vez que as um mesmo grupo. pequenas figuras são dispostas perto umas dos outras, você pode facilmente perceber o grupo como um U (em • Simplicidade: A lei da simplicidade indica que nossa men- Unilever). De acordo com o site da marca, o logotipo foi te percebe tudo em sua forma mais simples. É importante projetado para incluir “25 ícones, cada um dos quais re- 80 Design Gráfico e Multimídia

presenta algo importante para Unilever”. a distância desejada para o tamanho da forma e solte o botão • Similaridade: Percebemos elementos como pertencentes do mouse. Você pode arrastar para cima ou para baixo. Você faz o mesmo para criar um círculo ou oval usando a ferramenta ao mesmo grupo, se eles se parecem entre si. O princípio Elipse. da similaridade pode ser acionado usando cor, tamanho, orientação, textura e até mesmo fontes. Ao criar um do- Depois de criar a forma, ajuste seu tamanho e posição usando cumento de várias páginas, por exemplo, a criação de um a ferramenta Seleção. Reposicione a forma clicando no objeto regime de tipologia vai ajudar os leitores a entender que selecionado e arrastando-o. Redimensione o objeto seguran- blocos de texto são legendas, manchetes ou parte do cor- do uma alça e ajustando para dentro ou para fora. Para ajustar po do texto. dois lados juntos, segure uma alça de canto. Para redimensio- nar uma forma proporcionalmente, Shift + arraste uma alça Formas Básicas de canto. Como padrão, a única ferramenta de forma visível no painel Você cria estrelas e polígonos da mesma maneira que cria re- Ferramentas do Illustrator é a ferramenta Retângulo. Se você tângulos e elipses. Selecione a ferramenta Polígono e clique clicar e segurar essa ferramenta, poderá acessar ferramentas e arraste de um canto a outro para criar a forma padrão de ocultas, como as ferramentas Retângulo Arredondado, Elipse, polígono de seis lados. Você também pode selecionar a ferra- Polígono, Estrela e Clarão. menta Polígono e clicar uma vez na prancheta para alterar as opções da ferramenta Polígono na caixa de diálogo Polígono. Você pode retirar este conjunto de ferramentas para que não precise encontrar as formas ocultas mais tarde. Clique e se- Para criar uma forma de estrela, selecione a ferramenta Es- gure a ferramenta Retângulo e arraste até a seta na extrema trela no painel Ferramentas. (Lembre-se de que ele pode fi- direita e, a seguir, solte o botão do mouse. Essas ferramentas car oculto sob outras ferramentas de forma.) Se você clicar na agora estão em uma barra de ferramentas flutuante que você prancheta uma vez para abrir a caixa de diálogo Estrela, verá pode arrastar para outro local. três campos de texto nos quais pode inserir valores para per- sonalizar a forma de sua estrela: Retângulos e elipses são as formas mais fundamentais que você pode criar. Para criar uma forma de retângulo à mão li- • Raio 1: distância dos pontos externos ao centro da estrela vre, selecione a ferramenta Retângulo e simplesmente clique • Raio 2: Distância dos pontos internos ao centro da estrela na página onde deseja que a forma apareça. Em seguida, ar- • Pontos: número de pontos que compõem a estrela raste diagonalmente para o lado oposto, arraste o mouse até Centro de Educação Tecnológica 81

Quanto mais próximos os valores de Raio 1 e Raio 2 estiverem • Clique em uma cor no Painel de controle, no painel um do outro, mais curtos serão os pontos em sua estrela. Cor, Amostras ou Gradiente ou em uma biblioteca de amostras. Preenchimento e Traçado • Clique duas vezes na caixa Preenchimento e selecio- Um preenchimento é uma cor, um padrão ou um gradiente ne uma cor no Seletor de cores. dentro de um objeto. Você pode aplicar preenchimentos a ob- jetos abertos e fechados e a faces de grupos de Pintura em • Selecione a ferramenta Conta-gotas e, com a tecla tempo real. Um traçado pode ser o contorno visível de um ob- Alt pressionada, clique em um objeto para aplicar os jeto, um caminho ou a borda de um grupo de Pintura em tem- atributos atuais, incluindo o preenchimento e o tra- po real. Você pode controlar a largura e a cor de um traçado. çado atuais. Também pode criar traçados pontilhados usando opções de Caminhos e pintar traçados estilizados usando pincéis. • Clique no botão Nenhum para remover o preenchi- mento atual do objeto. As cores atuais do preenchimento e do traçado aparecem no painel Ferramentas, no painel Controle e no painel Proprie- 4. Para aplicar cores rapidamente a um objeto não selecio- dades. nado, arraste até esse objeto uma cor da caixa Preenchi- mento, do painel Cor, do painel Degradê ou do painel Você pode aplicar uma cor, um padrão ou um degradê a um Amostras. Arrastar não funciona em grupos de Pintura em objeto inteiro ou pode usar grupos de Pintura em tempo real e tempo real. aplicar diferentes cores a faces distintas nesse objeto. Para aplicar uma cor de traçado: 1. Selecione o objeto usando a ferramenta Seleção ou a fer- ramenta Seleção direta. 1. Selecione o objeto. 2. Clique na caixa Traçado, no painel Ferramentas, no painel 2. Clique na caixa Preenchimento no painel Ferramentas, no painel Propriedades ou no painel Cor para indicar que Propriedades, no painel Cor ou no painel Controle. Isso você deseja aplicar um preenchimento em vez de um tra- indica que você deseja aplicar um traçado em vez de um çado. preenchimento. 3. Selecione uma cor no painel Cor ou uma amostra no pai- 3. Selecione uma cor de preenchimento seguindo um destes nel Amostras, no painel Propriedades ou no painel Con- procedimentos: trole. Como alternativa, clique duas vezes na caixa Traça- do para selecionar uma cor usando o Seletor de cores. 82 Design Gráfico e Multimídia

Degradê executadas somente com a ferramenta ou o painel. Usando a ferramenta Degradê e o painel, você pode especificar várias Um degradê é uma mistura gradual de duas ou mais cores ou interrupções de cor, seus locais e distribuição. Você também de dois ou mais tons da mesma cor. Você pode usar degradês pode especificar o ângulo em que as cores são exibidas, o for- para criar combinações de cores, adicionar volume a objetos mato de um degradê elíptico e a opacidade de cada cor. de vetor e adicionar um efeito de luz e sombra ao trabalho artístico. No Illustrator, você pode criar, aplicar e modificar um Para os tipos de degradê linear e radial, ao clicar na ferramen- degradê usando o painel Degradê, a ferramenta Degradê ou o ta Degradê na barra de ferramentas, um Anotador de degra- painel Controle. dê aparece no objeto. O Anotador de degradê é um controle deslizante que mostra um ponto de partida e um ponto final, No Illustrator, é possível criar os tipos de degradês a seguir: um ponto médio e duas interrupções de cor para os pontos de início e de fim. O Anotador de degradê pode ser usado para • Linear: Use esse tipo de degradê para combinar cores de modificar o ângulo, o local, a difusão de um degradê linear e um ponto para outro em linha reta. do ponto focal, a origem e a difusão de um degradê radial. Uma vez que o anotador de degradê é exibido no objeto, você • Radial: Use esse tipo de degradê para combinar cores de pode usar o painel Degradê ou o Anotador de degradê para um ponto para outro em um padrão circular. adicionar novas interrupções de cor, especificar novas cores para interrupções de cor individuais, alterar as configurações Você pode criar ou modificar um degradê usando a ferramen- de opacidade e arrastar interrupções de cor para novos locais. ta Degradê ou o painel Degradê. Use a ferramenta Degradê quando quiser criar ou modificar degradês diretamente no tra- Para ocultar ou mostrar o anotador de degradê, selecione Exi- balho artístico e exibir as modificações em tempo real. bir > Ocultar anotador de degradê ou Exibir > Mostrar anota- dor de degradê. Para abrir a ferramenta Degradê, clique na ferramenta Degra- dê na barra de ferramentas ou escolha Janela > Degradê. A ferramenta Degradê e o painel Degradê têm muitas opções comuns. No entanto, existem algumas tarefas que podem ser Centro de Educação Tecnológica 83

Anúncio Publicitário Design Gráfico e Multimídia Anúncio publicitário (ou anúncio impresso, pois aqui trata- mos principalmente deste tipo) é uma forma de propaganda que usa fisicamente a mídia impressa, como revistas e jornais, para atingir consumidores, clientes empresariais e clientes potenciais. Os anunciantes também usam mídia digital, como banners, mídia móvel e propaganda nas redes sociais, para atingir os mesmos públicos-alvo. Com linguagem persuasiva, o anúncio publicitário ajuda a convencer o consumidor a tomar uma ação, que pode ser comprar um produto ou contratar um serviço. O principal objetivo do anúncio publicitário é chamar a atenção do consumidor e convencê-lo para a compra de uma ideia, produto ou serviço. Para atingir um público específico, as peças fazem uso de di- versos elementos, linguagens e recursos. Mas, em geral, o anúncio trabalha a função conativa ou apelativa da linguagem. Ou seja, o intuito é mesmo convencer os receptores da men- sagem que são, no caso, os consumidores. Nesse contexto, o anúncio publicitário é o veículo pelo qual as marcas dialogam com um amplo público, apresentando seus produtos e/ou ser- viços, de modo criativo e instigante. A linguagem visual — com a exploração de cores, texturas, contrastes, luz — e a lingua- gem sonora podem ser exploradas de modo significativo nos textos publicitários. 84

Um anúncio impresso só pode ser eficaz se as pessoas o virem. Hard sell é voltado ao varejo, com foco agressivo na venda. Quando as pessoas estão folheando publicações, elas tendem Ele é usado para anunciar produtos de baixo valor agregado, a ser receptivas a novas informações e a observar coisas de grande quantidade e poucos diferenciais competitivos. interesse. Já o soft sell é voltado para marca, traz um papel mais consulti- Um método de publicidade visa atrair as pessoas para produ- vo e com apelo mais emocional. Assim, identifica as necessida- tos e serviços enquanto elas leem ou digitalizam publicações. des do cliente e o conduz naturalmente para a compra. Esses anúncios são encontrados em jornais, boletins informa- tivos e revistas. Geralmente, é necessário muito planejamen- Outro tipo de anúncio a se destacar é o All Type, caracterizado to para esse tipo de publicidade, que geralmente requer uma por trazer apenas letras e palavras, sem a utilização de ima- equipe de indivíduos. gens. Num primeiro momento este tipo de anúncio pode pa- recer ineficaz ou até mesmo tedioso, mas é muitas vezes nele Depois de entender para que serve um anúncio publicitário, é que os publicitários mostram sua criatividade e poder de per- hora de conferir seus principais tipos. São eles: suasão. Além disso, pode-se considerar que eles foram a pri- meira forma de anúncio impresso utilizado pela publicidade. • Comerciais: se referem à compra e venda de produtos ou serviços ou à promoção de uma marca ou empresa Anúncio Impresso x Digital • Culturais: divulgação de peças teatrais, shows, entre ou- A publicidade impressa, seja ela promocional ou editorial, tem tros espetáculos uma tangibilidade que a internet não tem. Em uma escala mais pessoal, se juntar a solidez de impressão e a conveniência da • Institucionais: para promover uma mensagem de cunho web, você fortalece ambos os meios. Um leitor de uma revista, social, cultural ou cívico por exemplo, pode recortar a foto ou tirar uma foto de uma notícia impressa e compartilhar em sua rede social. Com o ma- • Políticos: para divulgar ideias e os próprios agentes polí- terial impresso, você divulga o digital e vice-versa. A publicida- ticos de impressa oferece a seu público materiais com toque, textu- ra e que podem ser guardados para consultas futuras, ficando • Religiosos: para mostrar ideias ou causas relacionadas ao também visíveis em casa e/ou escritório por diversos meses tema. ou até mesmo anos, o que não ocorre com a mídia online que Além dessa lista, existem ainda vários outros tipos de anúncios publicitários e formatos. Muitos dele são classificados em duas categorias: hard sell e soft sell. Centro de Educação Tecnológica 85

é muito rápida e desaparece das vistas dos clientes/prospects • Identidade visual/Assinatura: A identidade visual de um com o toque de um botão. anúncio publicitário funciona como a assinatura da em- presa anunciante. É uma oportunidade para explorar suas Mesmo podendo ser estruturado com imagens e com textos cores e sua tipografia, de inserir o slogan junto à marca, ou apenas com textos, de modo geral, toda estrutura de anún- dando sua personalidade à peça, e de oferecer alternati- cio publicitário é formada por itens comuns. vas para contato com o seu negócio. • Título/Cabeçalho: O título é um dos elementos que mais • Contato (opcional): São as informações de contato e chamam a atenção do público logo no primeiro contato identificação da empresa que comercializa o produto. Por com o anúncio publicitário. Por isso, ele é criado com o exemplo, número de telefone (serviço do consumidor), objetivo de atrair o consumidor, despertar seu interesse e-mail, página da internet e das redes sociais (facebook, e convidá-lo para que continue a leitura. Na maioria das twitter, linkedIn, tumblr, dentre outros). vezes, é escrito em letras maiores, além de ser criativo e inteligente. Para chamar a atenção do público-alvo, é co- • Convite à ação (opcional): De maneira breve, o publici- mum que contenha interrogações ou exclamações. São tário deve levar o leitor à ação, por meio de imperativos recursos para tirar o usuário da sua zona de conforto e como “compre”, “adquira”, “assine já” etc. É válido lem- estimular a ação. brar que o anúncio publicitário é geralmente imediatista, e o consumidor deve ser convencido a agir o mais rápido • Imagem (opcional): A imagem é o conteúdo que vai ilus- possível. Frases como “Por que não fazer agora ao invés trar o que a empresa quer vender, seja através de fotogra- de deixar para depois?” são muito comuns nesse tipo de fias ou de vídeos. texto. • Quanto mais inusitado e criativo for, mais se aproxima do Pen Tool (Caneta) objetivo. Mas de nada adianta se não prender a atenção do receptor, para que ele continue a consumir o anúncio A ferramenta Caneta é a mais útil e versátil para a criação de publicitário que está à sua frente. desenhos vetoriais no Illustrator, pois com ela você pode es- pecificar exatamente onde e quantos pontos âncora seu traço • Corpo de texto/Texto complementar: No corpo de texto, terá, se eles são suavizados ou vértices, e se os segmentos são a ideia sugerida no título ganha vida. Por isso, é preciso retos ou curvos. desenvolvê-la para que também proporcione interação com os interlocutores. A linguagem utilizada no texto Com um documento criado, selecione a Ferramenta Caneta deve ser adequada ao público-alvo, com frases curtas, cla- (Pen Tool, em inglês) na caixa de ferramentas do Illustrator. ras, objetivas e persuasivas. 86 Design Gráfico e Multimídia

Caso essa não seja a ferramenta padrão no botão indicado, Delete; você pode acessá-la posicionando o mouse e segurando o cli- 2. Clique novamente onde você deseja que o segmento ter- que sobre o botão até surgir o menu com mais ferramentas de caminho e então selecionar a Ferramenta Caneta no menu. mine. Clique com a tecla Shift pressionada para restringir Você também pode usar a tecla “P” do teclado para ativar a o ângulo do segmento a um múltiplo de 45°; ferramenta. 3. Continue clicando para definir pontos de ancoragem para segmentos retos adicionais. O último ponto de ancoragem Ao selecionar um objeto vetorial no Illustrator, é possível ob- a ser adicionado sempre é um quadrado sólido, indicando servar que ele é formato por pequenos pontos (brancos), que que ele está selecionado. Os pontos de ancoragem ante- podem criar linhas retas ou curvas (pontos azuis preenchidos) riormente definidos tornam-se vazados e desmarcados entre eles. Diferente das imagens do tipo bitmap, os vetores conforme mais pontos de ancoragem são adicionados; não se “destroem” com a edição. É sempre possível alterar 4. Para fechar o demarcador, posicione a ferramenta Caneta cada um dos seus pontos, resultando num controle de produ- sobre o primeiro ponto de ancoragem (vazio). Um peque- ção muito superior. A Ferramenta Caneta é capaz de criar e li- no círculo aparecerá junto ao ponteiro da ferramenta Ca- gar esses pontos, resultando no desenho que quisermos fazer. neta quando ela estiver posicionada corretamente. Clique ou arraste para fechar o demarcador; O demarcador mais simples que você pode desenhar com a 5. Para deixar o demarcador aberto, clique em qualquer lu- ferramenta Caneta é uma linha reta, feita com a seleção da gar longe de todos os objetos com a tecla Ctrl. Para sair do ferramenta Caneta para criar dois pontos de ancoragem. Se demarcador aberto, você também pode selecionar uma você continuar clicando, criará um demarcador composto de ferramenta diferente ou escolher Selecionar > Desmar- segmentos de linha reta conectados por pontos de vértice. car. Você também pode pressionar Enter para sair de um demarcador aberto. Selecione a ferramenta Caneta (P); 1. Posicione a ferramenta Caneta no local de início do seg- Curvas mento reto e clique para definir o primeiro ponto de an- Você cria uma curva adicionando um ponto de ancoragem coragem (não arraste). O primeiro segmento que você onde uma curva muda de direção e arrastando as linhas de desenhar não ficará visível até você clicar em um segundo direção que formam a curva. O comprimento e a inclinação ponto de ancoragem. Se aparecerem linhas de direção e das linhas de direção determinam a forma da curva. As curvas você tiver arrastado a ferramenta Caneta acidentalmente, são mais fáceis de serem editadas e seu sistema pode exibi-las escolha Editar > Desfazer e clique novamente, ou aperte e imprimi-las mais rápido se elas forem desenhadas usando Centro de Educação Tecnológica 87

o menor número de pontos de ancoragem possível. O uso de 9. Para tornar a editar os pontos específicos no desenho, se- muitos pontos também pode gerar saliências indesejadas em lecione a ferramenta Seleção Direta ou tecle “A” e clique uma curva. Em vez disso, desenhe pontos de ancoragem bem duas vezes no ponto desejado – somente o quadradinho espaçados e pratique a formatação das curvas ajustando o (nó) desejado deve estar preenchido/ativo. comprimento e os ângulos das linhas de direção. 1. Selecione a ferramenta Caneta; 2. Posicione a ferramenta Caneta no local de início da curva e mantenha o botão do mouse pressionado. O primeiro ponto de ancoragem aparece e o ponteiro da ferramenta Caneta muda para uma seta; 3. Arraste para definir a inclinação do segmento curvado que você estiver criando e, em seguida, solte o botão do mouse. Em geral, estenda a linha de direção a um terço da distância do próximo ponto de ancoragem que planeja desenhar (é possível ajustar posteriormente um dos lados da linha de direção ou ambos); 4. Pressione Shift para restringir a ferramenta a múltiplos de 45°; 5. Para fechar o demarcador, posicione a ferramenta Caneta sobre o primeiro ponto de ancoragem (vazio). Um peque- no círculo aparecerá junto ao ponteiro da ferramenta Ca- neta quando ela estiver posicionada corretamente. Clique ou arraste para fechar o demarcador; 6. Para deixar o demarcador aberto, clique em qualquer lu- gar longe de todos os objetos com a tecla Ctrl; 7. Pressione a barra de espaço ao fechar um demarcador para reposicionar o ponto de ancoragem de fechamento; 8. Pressione Alt para quebrar o emparelhamento das alças do ponto de ancoragem de fechamento; 88 Design Gráfico e Multimídia

Cartão de Visitas O Cartão de visita é a peça de comunicação mais procurada e João NinguémCHEFwERwuDwa.TEjgorraaTu+joap0U@no0oDt5cu,e5d3Od56ou55.tc5eo5cm5h.5c5o5m.br uma das mais utilizadas no mercado como uma forma simples e barata de transmitir informações de contato. É considerada CEEGDDURUUCAPTOCEIOCNAHL uma falha grave de comunicação entre profissionais o fato de não possuir esta peça em mãos durante uma reunião de ne- gócios ou até em um ambiente informal, afinal, nunca se sabe quando alguém poderá querer nosso contato. Alguns estudos afirmam que os primeiros cartões de visita apareceram na China durante século XV, mas outros histo- riadores também dizem que o surgimento se deu na Europa entre jogadores de cartas, que utilizavam o próprio baralho para passar informações pessoais e assegurar o pagamento de dívidas adquiridas no jogo. O formato da carta de um baralho comum já foi prelúdio do formato atual, retangular e portátil. O primeiros registros claros se deram na corte de Louis XIV da França no século XVII, na qual nobres ostentavam cartões de visita que, além de passar informações pessoais, tinham a função de elevar o status do seu dono, já que na época a im- pressão não era para todos, principalmente com a personali- zação empregada na reprodução de brasões familiares, selos, trabalhos caligráficos e ilustrações feitas à mão, entre outros. No mesmo século, na Grã Bretanha, foram popularizados os Tradecards, ou “cartões comerciais”, que além de apresentar Centro de Educação Tecnológica 89

individualmente seus portadores também serviam como su- inovadoras como a realidade aumentada (RA) e fácil direciona- porte para informações a respeito de produtos oferecidos, mento para internet com uso de QR code e até o uso de fitas mapas de localização, marcas de organizações comerciais, ca- magnéticas para armazenamento de dados e memórias flash. lendários e outros. Isto sem mencionar a grande diversidade de papéis e substra- O cartões dessa época eram feitos por carimbos de madeira tos como o PVC, acetato e látex, uso de transparências, encai- cortada, método conhecido como xilogravura. Durante o sé- xes, dobras, relevos e cortes especiais, tudo para que o pri- culo XVIII, a gravura em cobre era mais popular e, até o século meiro contato proporcione ao divulgador uma grande possi- XIX, as impressões foram ainda feitas em cores únicas ou mo- bilidade de impressionar parceiros e clientes. Neste sentindo, nótonos. Porém, por volta de 1830, a litografia foi empregada já não basta passar informações, é preciso criar uma imagem usando várias cores e tornou-se um método generalizado de inovadora, personalizada e até divertida. impressão utilizada na Europa para cartões, cartazes e até ró- tulos. Foi justamente a popularização da prensa tipográfica na Tamanho revolução industrial que marcou a quebra de regras formais na apresentação das peças e, principalmente, a difusão ainda Pensar no tamanho do seu cartão de visitas é realmente im- maior desta mídia. portante — afinal, ele não pode ser pequeno demais a ponto de ser facilmente perdido ou muito grande e não caber na car- Com o tempo, os cartões foram sendo mais disseminados e teira ou em um porta-cartões. No Brasil, há 2 formatos que são começaram a utilizar novas formas de personalização, como mais utilizados: caracteres dourados e tipografias emocionantes. Já no século XIX, os cartões de visita eram obrigatórios para qualquer pes- • Padrão internacional: formato com dimensões de 80 × 50 soa pertencente aos círculos da classe média do dia-a-dia. As mm, as mesmas de um cartão de crédito; casas tinham até bandejas de cartões ornamentadas, feitas para que aqueles que a visitassem pudessem deixar seus car- • Padrão brasileiro: formato 90 × 50 mm ou 88 x 50mm. tões. Outros países possuem ainda diferentes padrões: Do início do século XX até os dias de hoje, com a evolução tec- • Estados Unidos: 88,9 x 50,8 mm; nológica dos métodos de impressão fotográfica e digital, en- • Itália: 88 x 55 mm; contramos não só uma produção maior, como uma forte ten- • Japão: 91 x 55 mm. dência de integração dos cartões de visita com técnicas digitais 90 Design Gráfico e Multimídia

Além disso, nos últimos anos tem se popularizado o formato palmente se você pretende fazer a impressão em grande quadrado (55 x 55 mm) e o chamado formato duplo (90 x 110 quantidade. Nessa modalidade, o cartão recebe uma ca- mm ou 90 x 90 mm), que equivale à altura de dois cartões. mada de verniz em toda a sua superfície, conferindo mais Ater-se aos padrões nem sempre é sinônimo de resultado e as- durabilidade ao produto. sertividade, mas é válido lembrar que ainda é grande o núme- • Corte especial: Esse acabamento tem um recorte que ro de pessoas que utilizam os chamados porta-cartões. Estes desperta muita a atenção das pessoas, além de possibili- são confeccionados visando atingir o maior nível de compati- tar, inclusive, a aplicação de diferentes facas de contorno. bilidade possível com o mercado. Portanto, modelos maiores Varia desde simples cantos arredondados até recortes re- podem ser descartados ou guardados em locais separados, buscados. perdendo visibilidade. A não ser que o modelo de cartão de • Hot Stamp: Acabamento onde uma fita plástica é fixada visita possa ser deixado sobre a mesa ou possua característi- ao cartão por meio de uma prensa quente, e com isso ele cas extremantes inovadoras, procure não fugir do padrão de adquire detalhes com aspecto metalizado. É possível es- mercado. colher os mais variados efeitos, como prateado, dourado, azulado, entre outros. Em se tratando de acabamentos, os mais comuns são: • Relevo: O relevo é o acabamento que gera uma altera- ção na altura do papel onde é aplicado, conferindo um • Verniz localizado: Esse modelo de cartão de visita é muito aspecto tátil diferenciado ao cartão. As técnicas utilizadas popular entre os profissionais e empresas que estão em na indústria normalmente são o relevo seco – onde uma busca de alta qualidade e uma apresentação diferenciada fôrma é pressionada no papel de forma mecânica – e o e sofisticada. O verniz é aplicado apenas em algumas áre- relevo americano – que consiste em uma ativação química as do cartão, como o logo, por exemplo. por meio de calor. • Fosco: Já nesse modelo, o papel passa por um processo Criação gráfico onde ocorre a aplicação de uma laminação fos- ca, que dá uma aparência mais moderna ao material. Ao Lembre-se de que a boa aparência e a objetividade do cartão optar por esse tipo de cartão, você valoriza ainda mais o são aspectos fundamentais para o futuro cliente ou parceiro seu cartão de visita e dá um toque mais elegante ao seu começarem a ter uma boa imagem da empresa. O visual do impresso. cartão deve ser o mais limpo possível, contendo informações objetivas, na exata medida do que precisa ser comunicado. • Brilho total: Para quem está em busca de um material Deve ser confeccionado, preferencialmente, em cor clara e mais econômico, utilize o acabamento de brilho total no seu cartão de visita, pois ele tem um melhor custo, princi- Centro de Educação Tecnológica 91

com pouca imagem, para que não ocorra uma confusão visual • o nome da empresa; e o seu conteúdo se torne de difícil compreensão. • o nome do funcionário; • o cargo ocupado; A finalidade do cartão é para contato e não para divulgação da • o endereço da organização; sua marca. Essa outra etapa deve ser feita com folders ou no • os telefones corporativos; próprio site. Portanto, nada de sobrecarregar o cartão de in- • o e-mail de contato; formações desnecessárias, como produtos oferecidos, valores • o site da empresa; e promoções. Também é essencial manter os dados atualiza- • as redes sociais da empresa. dos. Caso ocorra alguma mudança, faça um novo cartão. O ideal é que os nomes do empregado e da corporação sejam Por mais belo e preciso que seja um cartão, todo o esforço bem visíveis, assim como o logotipo. pode ser em vão, caso tenha algum erro de gramática. Uma palavra escrita equivocadamente no slogan ou uma vírgula Sangria e Margens de Segurança mal colocada podem prejudicar a imagem da empresa. Antes de encaminhá-lo para a gráfica, faça uma revisão do conteúdo. Após o processo de impressão, o material será refilado (cor- tado). Devido ao posicionamento do material na máquina e O que nunca colocar em cartões de visitas: a possibilidade dele se movimentar, o corte pode ter uma va- riação de até 5mm. Por isso é importante que você deixe uma • Fotos de produtos ou da sede da empresa; margem de segurança no seu impresso. Ela garante que a to- • Sua foto pessoal; das as informações do impresso fiquem na página, sem que • Linguagem promocional e “propaganda” da empresa; haja cortes excessivos e prejudique o formato final. Também • Erros de digitação e gramática é necessário que você se atente à sangria. Ela é o excesso da • Informações desatualizadas; área impressa, que será retirada no processo de corte. • Frases religiosas. A margem de segurança é uma borda simbólica que garante No entanto, a comunicação apenas será eficiente se o cartão que nada do seu material fique de fora. Geralmente, ela conta tiver as informações que facilitem o contato. Entre as informa- com 4mm a 5mm em cada canto do projeto e organiza todas ções que podem ser incluídas no cartão, destacamos: as imagens, textos e outros elementos visuais dentro desta li- mitação. Ela não precisa estar destacada com uma linha visí- vel. É somente um limite a ser respeitado. 92 Design Gráfico e Multimídia

Já a sangria é uma borda que garante que o material não fique você deve “sangrar” os elementos que estão nas extremi- com rebarbas brancas e a margem falhada por conta do refile. dades do papel. Variando de 1 a 5 mm em cada lado, a sangria é feita expandin- • Para aplicar as margens de segurança no Illustrator do a área colorida do projeto, evitando, assim, os filetes bran- cos nas partes onde há tinta. Todo elemento que faça contato você pode criar guias individuais, arrastando-as a com as bordas do material, no seu limite, deve ser sangrado. partir da régua (selecione Ctrl + R para exibir as ré- Não se preocupe, essa área extra é retirada depois no proces- guas, se estiverem desabilitadas) ou cria-las todas de so de corte. uma só vez utilizando a ferramenta Retângulo: 4. Com a ferramenta Retângulo selecionada, clique em qual- A principal diferença entre essas duas limitações é que a mar- quer ponto da área de desenho; gem de segurança é feita do lado de dentro do material, en- 5. Na janela que se abrir, digite o tamanho da área útil do quanto a sangria se refere à extrapolação da área impressa, seu cartão (ou seja, o tamanho escolhido menos a área ou seja, tem relação com o prolongamento de imagens ou o da margem). Para este exemplo, utilizaremos o tamanho fundo. Ambas servem para garantir que o material fique com 80 x 40 mm (o que nos dará 5 mm de margem em todas a melhor qualidade possível, entretanto, a margem de segu- as direções); rança certifica que o conteúdo não será cortado. Já a sangria 6. Posicione o retângulo criado no centro da área de dese- serve para que a área cortada não tenha falhas. Não delimitar nho; as margens e a sangria pode levar a conteúdos cortados, im- 7. Selecione Janelas > Alinhar; pressos com baixa qualidade e bordas com rebarbas. 8. Na nova janela, clique em Mais Opções > Exibir Opções; 9. Clique no ícone Alinhar a e em seguida escolha Alinhar à 1. Com o seu arquivo aberto vá até o menu superior e clique Prancheta; no botão Configurações do documento; 10. Finalize o alinhamento selecionando Alinhar ao Centro Horizontalmente e Alinhar ao Centro Verticalmente; 2. Na opção Sangramento, coloque em todos os campos a 11. Ainda com o retângulo selecionado, clique em qualquer medida de 5mm; lugar da tela com o botão direito do mouse e selecione Criar Guias. 3. Feito isso, clique em OK. Seu arquivo deve ficar com uma linha externa cercando o documento, indicando até onde Centro de Educação Tecnológica 93

Flyer e Panfleto Design Gráfico e Multimídia Acredite ou não, o termo panfleto nasceu de um poema de amor! Na Idade Média, por volta do século XII, o poema Pam- philus Seu De Amore, escrito em latim, ficou muito conhecido e começou a circular por toda Inglaterra. A difusão desse poema foi tão grande que ele foi traduzido para o inglês Phamphlet (literalmente, “panfleto” ou “folheto”) e, após quase dois sé- culos, todos os impressos que não tinham o imenso tamanho de um livro manuscrito começaram a ser chamados por esse nome. Nos dias de hoje, o panfleto ainda carrega essa herança do início da imprensa, mas o conceito de o que é um panfleto é mais amplo e genérico. O material costuma ser feito em gran- de quantidade e de forma bem simples. Geralmente, o pan- fleto é produzido em folhas de papel em tamanho A5 (21×15 cm) ou A6 (15×10 cm). No Brasil, é comum vermos pelas ruas a famosa “panfletagem”, normalmente realizada em semáfo- ros, entradas de shoppings e parques. Empresas que apostam na divulgação por meio de panfletagem normalmente o fazem devido ao baixo custo e à alta efetividade dessa ação promo- cional. O panfleto é um material impresso com rapidez e sim- plicidade na produção. É uma das peças mais utilizadas em estratégias de divulgação massiva, pouco personalizada e dire- ta. O panfleto é muito usado para divulgação de promoções e lançamentos, feiras e eventos e ações para atingir uma grande massa, como campanhas políticas, inaugurações, entre outros. 94

Esse tipo de impresso pode ser feito em tons de cinza ou por gramação de uma peça, um filme, um show, uma campanha, meio da mistura desses tons de cinza com uma única cor es- entre outros eventos culturais. Além disso, podem acompa- pecífica e, ainda, ser totalmente colorido com cores vivas ou nhar produtos, informando sobre instruções de uso, garantias com cores pastéis. Ele pode conter fotografias, desenhos, for- e informações adicionais. Muitos restaurantes que operam no mas geométricas, logotipos, ícones, entre outros elementos modelo delivery optam pela filipeta para expor seus cardápios de design, que proporcionam mais charme e atratividade para e promoções. a mensagem que o impresso carregará. O artista gráfico pode trabalhar com fontes sem serifas para delinear slogans curtos Ao criar um folheto ou flyer, é fundamental desenvolver um e fontes serifadas para pequenas mensagens chamativas para texto curto, claro e direto, evitando coisas desnecessárias. um evento, produto ou serviço. Lembre-se de colocar seus dados de contato como endereço, site ou redes sociais. Deixe em evidência o que for mais impor- Os flyers são uma espécie de evolução dos panfletos e tam- tante – em fonte maior, em negrito, com uma cor diferente ou bém são utilizados para divulgação impressa em grande quan- como quiser. A escolha da tipografia também pode fazer a di- tidade. Traduzido do inglês, flyer quer dizer “voador” e, como ferença, e tente se ater a não mais que três. Cuidado também o nome já diz, a intenção é fazer uma mensagem (normalmen- com as imagens, prezando sempre por uma alta resolução te publicitária) “voar” e ser vista por um grande número de para maior qualidade. Saber escolher o papel ideal para o seu pessoas em pouco tempo. Os flyers surgiram com o avanço da impresso de campanha também faz a diferença para o sucesso tecnologia em impressão gráfica e são impressos em papéis dela. Papeis distintos trazem resultados distintos na hora da mais elaborados, como o couchê, com gramaturas maiores e impressão, e uma decisão errada pode afetar negativamente a coberturas/acabamentos que tornam o produto mais refina- qualidade do material. O ponto principal é a gramatura: quan- do. Por isso, dizemos que flyer e panfleto dizem respeito ao to menor, mais leve e, assim, também mais fácil de estragar ou mesmo material, mas com nomes diferentes. rasgar. Gramaturas mais pesadas, porém, costumam aparecer apenas em cartões, nunca em panfletos ou flyers. No Brasil, outro formato bastante popular é o das filipetas. A filipeta também é um impresso promocional, entretanto esse Pathfinder produto tem algumas particularidades: geralmente o forma- to é vertical e, da mesma forma que folhetos e flyers, possui Você pode combinar objetos de vetor para criar formas de vá- somente uma folha e sem dobras. Geralmente as filipetas são rias maneiras no Illustrator, utilizando a ferramenta Pathfin- produzidas como “informativos” para serem entregues ao der. Os caminhos ou formas resultantes diferem dependendo público de teatro, festas e eventos, informando sobre a pro- do método usado para combinar os objetos. Centro de Educação Tecnológica 95

1. Selecione Janela > Pathfinder; composta para editá-lo ou alterar seu modo de interação. 2. Use os botões da linha superior no painel para criar ca- • Caminhos compostos: permitem usar um objeto para minhos ou caminhos compostos. Para criar formas com- abrir um orifício em outro objeto. Por exemplo, você postas, use os botões nessas linhas enquanto pressiona pode criar uma forma de rosca a partir de dois círculos a tecla Alt; aninhados. Após a criação de um caminho composto, os 3. Adicionar à área da forma: Adiciona a área do componen- caminhos atuam como objetos agrupados. Você pode se- te à geometria subjacente; lecionar e manipular os objetos separadamente, usando a 4. Subtrair da área da forma: Remove a área do componen- ferramenta Seleção direta ou Seleção de grupos, ou pode te da geometria subjacente; selecionar e editar o caminho combinado. 5. Fazer intersecção das áreas das formas: Usa a área do componente para recortar a geometria subjacente, como Resumo de efeitos do Pathfinder: faria uma máscara; 6. Excluir áreas de formas em sobreposição: Usa a área do • Adicionar: Traça o contorno de todos os objetos, como se componente para inverter a geometria subjacente, trans- eles fossem um único objeto mesclado. A forma resultan- formando regiões preenchidas em orifícios, e vice-versa; te assume os atributos de pintura do objeto superior. 7. Use os botões na linha inferior no painel, chamados de efeitos do Pathfinder, para criar combinações de formas • Interseção: Traça o contorno da região sobreposta por to- finais no primeiro clique. dos os objetos. • Efeitos do Pathfinder: permitem combinar vários objetos • Excluir: Traça todas as áreas não sobrepostas dos objetos usando modos de interação. Quando você usa efeitos do e torna as áreas sobrepostas transparentes. No ponto em Pathfinder, não é possível editar as interações entre ob- que um número par de objetos se sobrepõe, a sobreposi- jetos. ção se torna transparente. No ponto em que um número ímpar de objetos se sobrepõe, a sobreposição se torna • Formas compostas: permitem combinar vários objetos preenchida. e especificar como você deseja que cada objeto interaja com os demais. Essas formas são mais versáteis do que • Subtrair: Subtrai os objetos na extremidade frontal do caminhos compostos, uma vez que oferecem quatro tipos objeto na extremidade traseira. Esse comando pode ser de interações: adição, subtração, interseção e exclusão. usado para excluir áreas de uma ilustração, ajustando a Além disso, os objetos subjacentes não são alterados para ordem de empilhamento. que você possa selecionar cada objeto em uma forma • Menos atrás: Subtrai os objetos na parte traseira do obje- to na extremidade frontal. Esse comando pode ser usado para excluir áreas de uma ilustração, ajustando a ordem 96 Design Gráfico e Multimídia

de empilhamento. genta, 40% amarelo e 10% preto. • Dividir: Separa um trabalho artístico em suas faces preen- • Mistura suave: Torna as cores subjacentes visíveis através chidas por componentes (uma face é uma área não divi- do trabalho artístico sobreposto e então divide a imagem dida por um segmento de linha). Ao usar o botão Dividir em suas faces de componentes. Especifique a porcenta- no painel Pathfinder, você poderá usar a ferramenta de gem de visibilidade desejada nas cores sobrepostas. Seleção direta ou Seleção de grupos para manipular as fa- • Trapping: Compensa as possíveis defasagens entre cores ces resultantes independentemente. Também é possível no trabalho artístico, criando uma pequena área de so- optar por excluir ou preservar objetos não preenchidos ao breposição (daí o nome trapping) entre duas cores adja- aplicar o comando Dividir. centes. • Aparar: Remove a parte de um objeto preenchido que está oculta. Remove todos os traçados e não faz a mescla- Shape Builder gem de objetos da mesma cor. • Mesclar: Remove a parte de um objeto preenchido que A ferramenta Shape Builder (Construtor de Formas) é uma está oculta. Remove todos os traçados e mescla todos os ferramenta que estreou na versão CS5 do Illustrator, criada objetos adjacentes ou sobrepostos que estão preenchidos para agilizar processos como soldar, subtrair ou fazer interse- com a mesma cor. ções entre objetos, o que, antes, só era possível através dos • Corte: Divide o trabalho artístico em suas faces preen- recursos do Painel Pathfinder. As bordas e regiões da arte chidas por componentes e, em seguida, exclui todas as selecionada são realçadas e então podem ser mescladas para partes do trabalho artístico que estão fora dos limites do formarem novas formas. Uma borda é definida como a seção objeto na extremidade superior. Também remove todos de um caminho que não faz interseção com nenhum outro ca- os traçados. minho dos objetos selecionados. Uma região é uma área fe- • Contorno: Divide um objeto em seus segmentos de linha chada delimitada por bordas. Por padrão, a ferramenta está no componentes, ou bordas. Esse comando é útil para pre- modo de mistura, que permite a combinação de caminhos ou parar um trabalho artístico que precisa de trapping para regiões. Você também pode alternar para o modo de exclusão objetos de superimposição. para excluir bordas ou regiões indesejadas, pressionando Alt. • Mistura sólida: Combina cores escolhendo o maior valor de cada um dos componentes de cor. Por exemplo, se Cor 1. Crie várias formas sobrepostas; 1 for 20% ciano, 66% magenta, 40% amarelo e 0% preto; 2. Selecione as formas que você deseja combinar; e Cor 2 for 40% ciano, 20% magenta, 30% amarelo e 10% 3. Selecione a ferramenta Construtor de formas ou pressio- preto, a cor intensa resultante será 40% ciano, 66% ma- ne Shift+M e, em seguida, clique e arraste sobre as formas Centro de Educação Tecnológica 97

selecionadas; você pode usar a ferramenta Live Paint Bucket, que está escon- 4. As formas selecionadas são combinadas em uma única dida na ferramenta Construtor de formas, para intuitivamente preencher sua forma com a cor desejada. forma. O estilo de arte herdado pela nova forma depende das seguin- A ferramenta Construtor de formas também permite mesclar tes regras: objetos, quebrando formas de sobreposição, subtraindo as áreas, e muito mais. • O estilo de arte do objeto a partir do qual o movimento de arrastar o mouse foi iniciado é aplicado às formas que 1. Crie uma outra forma que se sobreponha à sua nova for- estão sendo mescladas; ma combinada; • Se nenhum estilo de arte estiver disponível quando o bo- 2. Usando a ferramenta Seleção, selecione ambas as formas; tão do mouse for pressionado, o estilo de arte disponível 3. Selecione a ferramenta Construtor de Forma novamente; quando o botão do mouse for liberado será aplicado às 4. Mantenha pressionada a tecla Alt e clique e arraste a for- formas que estão sendo mescladas; ma recém-adicionada. Ela será subtraída da forma subja- • Se nenhum estilo de arte estiver disponível quando o bo- cente. tão do mouse for pressionado ou liberado, o estilo de arte do objeto selecionado na extremidade superior do painel Colorir preenchimentos e traçados também é mais fácil com a Camadas será aplicado. Shape Buider Tool. Quando você terminar de fazer a sua forma, 98 Design Gráfico e Multimídia

Folder O folder é um material impresso utilizado para divulgação de empresas, produtos ou serviços, e também pode ser utilizado como informativo. O folder não possui um formato padrão de- finido, podendo ter tamanhos e formatos variáveis, além de incluir dobras verticais ou horizontais. A palavra vem do inglês fold, que significa “dobra”. O folder é um dos impressos mais recomendados para otimizar as vendas e divulgar empresas, pois ele apresenta as vantagens de forma totalmente perso- nalizada, mantendo como foco a empresa, o serviço/produto e a informação. O uso de folder também é ideal para quando precisa de uma impressão de mais qualidade, porque os folders geralmente são coloridos e utilizam um papel especial e, às vezes, até apli- cações especiais para dar maior destaque, como brilho em imagens. O tamanho do folder varia de acordo com a necessi- dade da empresa. Ele pode ser totalmente personalizado com a quantidade de dobras e cortes especiais que desejar. Nor- malmente esse material é impresso no papel Couché, Triplax e offset, variando as suas gramaturas. Geralmente, um folder precisa ter uma frase chamativa na sua capa, para atrair a atenção e incentivar que o seu cliente con- tinue lendo; informações sobre os produtos ou serviços que você vai oferecer; informações sobre a empresa, apenas para o cliente saber com quem ele vai fazer negócio; e, por fim, Centro de Educação Tecnológica 99

informações de contato, para o público saber como e onde ele também o logo, assinatura de marca, slogan, endereços e pode encontrar você. mapas para facilitar a localização. Valem a pena ser desta- cados associações e prêmios de destaque para a empresa. Um folder normalmente é composto por 4 partes distintas di- vididas em capa, apresentação sobre a empresa, produtos ou Além disso, a diagramação do folder vai variar de acordo com serviços e contatos. Veja dicas de como organizar esse conte- sua quantidade e direção das dobras. Há uma infinidade de údo: dobras à disposição do designer, mas destacamos a seguir as principais. • Capa: Na capa de um folder podemos inserir como infor- mação relevante ao consumidor/cliente uma chamada, • Dobra Simples: Uma única dobra no centro do cartão, um subtítulo e uma imagem que represente o que está resulta em dois lados perfeitamente iguais. Esse é o tipo sendo divulgado. mais comumente utilizado. Também conhecida como do- bra central ou dobra ao meio, se dá exatamente no centro • Apresentação da empresa: Nesta aba do folder se tem a de um material, resultando em duas partes perfeitamente oportunidade de trabalhar conceitos essencialmente im- iguais, lado a lado. Pode ser aplicada tanto em tamanhos portantes para sua empresa. Ou utilizá-la como uma área menores como nos maiores. O interessante é que seja para a apresentação de um serviço/produto. conveniente à leitura do seu conteúdo. É comum encon- trá-la em materiais como convites e cardápios, por exem- • Produtos/serviços: Esta aba geralmente é a mais interna plo. do folder e é normalmente destinada a apresentação dos produtos ou serviços que a empresa oferece. Algumas di- • Dobra Sanfona: Permite à empresa acomodar no mesmo cas para manter essas informações mais organizadas e de espaço um número maior de informações. É ideal para fácil leitura são respeitar a ordem de leitura (seguindo o eventos, promoções e folders para o público em geral. padrão ocidental) e subdividir os textos em tópicos. Além Também chamada de zigue-zague, permite a acomoda- disso, o uso de imagens, fotos, gráficos e ilustrações faci- ção de um maior número de informações em um mesmo litam a compreensão do conteúdo e são áreas de respiro espaço de papel, que é dobrado paralelamente, duas ou para o leitor. mais vezes. Enquanto a dobra simples apresenta uma face interna e a externa (ou 4 páginas), a sanfona aumenta • Contatos: A última parte do folder deve conter as infor- essas possibilidades na frente e no verso do material. E, mações necessárias para que o consumidor consiga entrar consequentemente, o número de páginas. em contato com a empresa que está sendo divulgada no material. Essa informação pode incluir números de tele- • Dobra Carteira: Abre duas vezes para o lado externo. Na fones, e-mails ou até mesmo redes sociais. Aqui constam 100 Design Gráfico e Multimídia


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