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Published by alenuska_18, 2018-06-09 08:08:30

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Comando de OperaçõesNavais18 DE JUNHO DE 2018EDIÇÃO ÚNICA E ESPECIALMeioséculodaOrganizaçãoMilitarquecomanda oSetor Operativoda Marinha doBrasil. THE BRIGHT BILLIONAIRE GURU P.78



ExpedienteEsta Revista é uma publicação comemorativa, alusiva aos 50º Aniversário do Comando de Operações Navais.Areprodução total ou parcial desta publicação está autorizada desde que citada a fonte.Tiragem: 100 exemplares.Edição especial. Volume único.Comandante de Operações Navais: Almirante de Esquadra Paulo Cezar de Quadros KüsterJornalista Responsável: Primeiro-Tenente (RM2-T) AlenuskaExpedição: Assessoria de Comunicação SocialImagens: Acervo da Marinha do BrasilColaboração:Organizações Militares subordinadas ao ComOpNav e Diretoria de Patrimônio Histórico e Documentação daMarinha. 3

Sumário5 - Comando de Operações Navais completa 50 anos6 - Aunião e a desvinculação da Diretoria-Geral de Navegação7 - Estrutura Organizacional8 - Missão11 - Organizações Militares subordinadas41 - Principais Operações50 - Visão de Futuro52 - 50 anos 4

ComandodeOperações Navais completa 50 anosO Comando de Operações Navais (ComOpNav) nasce O Almirante de Esquadra Antoniofundamentado no Decreto 62.860, de 18 de junho de 1968, Borges da Silveira Lobo, primeiroque estabeleceu a Estrutura Básica da Marinha do Brasil (MB)durante o governo do Marechal Arthur da Costa e Silva, sendo Oficial General a exercerMinistro da Marinha o Almirante de Esquadra Augusto exclusivamente o cargo deHamann Rademaker Grunewald. Comandante de Operações Navais.Até então, o órgão responsável pelas funções operativas em 5alto nível na Marinha era o Estado-Maior da Armada. Assim,essas funções passaram a ser atribuídas a nova OrganizaçãoMilitar, embora o seu Comandante tenha acumulado o cargocom o de Chefe do Estado-Maior da Armada durante algumt em p o.A criação do ComOpNav decorreu da mudança da cúpulanaval para a recém-inaugurada capital federal do Brasil. Coma transferência da estrutura administrativa da Marinha paraBrasília, nasceu a necessidade do estabelecimento de umComando Operativo junto ao contingente principal daEsquadra, sediada no Rio de Janeiro, configurando um dosatos de descentralização administrativa da Marinha deGu er r a.Assim, uma das premissas desse processo foi a continuidadede uma Marinha de Guerra permanentemente operando,preparando e empregando suas Forças Navais, Aeronavais ede Fuzileiros Navais, sob o controle e supervisão do novoCom an d o.Esse princípío também norteou outra atribuição doComOpNav, a criação do Serviço de Busca e Salvamento daMarinha (SALVAMAR), em 20 de fevereiro de 1970. Assim, erapreciso estar em permanente disponibilidade para garantir asegurança do tráfego marítimo e fluvial nas ÁreasJurisdicionais Brasileiras (AJB).

A uniãoea desvinculaçãoda Diretoria-Geral deNavegaçãoA Diretoria-Geral de Navegação (DGN) também foi criadapelo Decreto 62.860, de 1968. A DGN foi, durante muitosanos, classificada como Organização Militar semautonomia administrativa, apoiada em pessoal, material efinanças pelo ComOpNav e sendo, por muitas vezes aolongo de sua história, comandada pelo mesmo Almirantede Esquadra.Em 1º de junho de 2015, o Comandante da Marinhaconcedeu automia à DGN, tendo suas atividades eorganização aprovadas pelo Chefe do Estado-Maior daArmada. A cerimônia de Transmissão de Cargo foi realizadano dia 3 de agosto e marcou um momento histórico para aMB, com a passagem de comando da DGN do Almirante deEsquadra Elis Treidler Öberg para o Almirante de EsquadraPaulo Cezar de Quadros Küster. O Almirante Öberg que atéentão acumulava os cargos de DGN e de CON, passou aficar à frente exclusivamente do ComOpNav.A reestruturação da DGN foi proveniente, dentre outrosaspectos, da necessidade de atender às crescentesdemandas referentes à Autoridade Marítima, como oaumento da movimentação de navios nos portos, dospedidos de pesquisas científicas em Águas JurisdicionaisBrasileiras, bem como o incremento da navegação decabotagem e dos levantamentos hidrográficospós-dragagens. 6

Estrutura Organizacional Principais temas relativos ao tipo de assessoria prestada pelasSubchefias do ComOpNav. O ComOpNav tem como titular um Comandante, cargo exercido por um Almirante de Esquadra, auxiliado por um Chefe do Estado-Maior, um Chefe de Gabinete e quatro Subchefias: de Organização, de inteligência Operacional, de Operações e de Logística e Plano Diretor. 7

MissãoSua missão é aprestar e empregar as Forças Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais subordinadas, afim de contribuir para a defesa da Pátria; para a garantia dos poderes constitucionais e da lei e daordem; para o cumprimento das atribuições subsidiárias previstas em Lei; e para o apoio à PolíticaExt er n a.Defesa da Pátria Implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas interioresÉ no período de paz que as Forças Armadas Ocorre em coordenação com outros órgãos do(FFAA) se preparam para o emprego nos períodos Poder Executivo, federal ou estadual, quando sede crise ou conflito, vislumbrando os cenários em fizer necessária, em razão de competênciasque poderão ser aplicadas e elaborando seus específicas. Para desempenhá-la, a MB dispõe deplanejamentos decorrentes. É também nesse dois instrumentos: as Patrulhas e as Inspeçõesperíodo que se busca obter os meios necessários Navais.para respaldar as ações planejadas. No entanto, o A Patrulha Naval tem a finalidade de implementaradestramento, atividade recorrente e diuturna, é e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos,a que exige maior esforço, de modo a capacitar o em águas jurisdicionais brasileiras, na Plataformapessoal e os meios para conduzirem as operações Continental brasileira e no alto-mar, respeitadosprevistas na Doutrina Militar Naval. os tratados, convenções e atos internacionais ratificados pelo Brasil.Garantia dos poderes constitucionais e da lei e Já a Inspeção Naval consiste em uma atividadeda ordem administrativa voltada exclusivamente para a fiscalização da Lei de Segurança do TráfegoA legislação exige, além da autorização do Aquaviário (LESTA), englobando a segurança daPresidente da República, o atendimento de navegação, a salvaguarda da vida humana no maralgumas condicionantes para o uso das FFAA em e a prevenção da poluição hídrica causada porGarantia da Lei e da Ordem (GLO), tais como: em b ar cações.emprego episódico; ocorrer em área previamentedefinida; ser da menor duração possível; além de 8estarem esgotados os instrumentos destinados àpreservação da ordem pública e da incolumidadedas pessoas e do patrimônio, conforme previstono artigo 144 da Constituição Federal.Cooperar com o desenvolvimento nacional e adefesa civilEnquadram-se nas ações de cooperação com odesenvolvimento nacional toda participação emcampanhas institucionais de utilidade pública oude interesse social, abrangendo, portanto, muitasatividades empreendidas pelo Governo.

O Serviço de Busca e SalvamentoDentro da estrutura da Subchefia deOperações, o Serviço de Busca e Salvamento,mais conhecido como Salvamar Brasil ou,internacionalmente, MRCC Brazil, mereceespecial destaque.O Salvamar Brasil, localizado no ComOpNav,está organizado dentro das regras balizadasem convenções e regulamentadas pelaOrganização Marítima Internacional (IMO). Aregião de Busca e Salvamento Marítimobrasileira compreende uma extensa área doOceano Atlântico.Casos marcantesAir FranceUm dos episódios mais marcantes da atuação do Salvamar, desde a sua criação, foi a participação daMB no resgate dos destroços referentes ao acidente com a aeronave comercial Airbus A330-200, da AirFrance.O voo AF 447 fez seu último contato entre os dias 31 de maio e 1º de junho de 2009, caindo no OceanoAtlântico durante o trajeto que fazia do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, para oAeroporto Internacional Charles de Gaulle, em Paris.Os Navios-Patrulha Goiana, Guaíba e Grajaú, subordinados ao Comando do 3º Distrito Naval, foramempregados na missão e atuaram com o Rebocador de Alto Mar Triunfo, na época subordinado aoComando do 2º Distrito Naval, além das Fragatas Constituição e Bosísio, do Navio-Tanque AlmiranteGastão Motta, das Corvetas Caboclo e Jaceguai, do Navio de Desembarque-Doca Rio de Janeiro e doNavio-Patrulha Bocaina. A MB também contribuiu com seis aeronaves: um helicóptero Super Puma, umhelicóptero Lynx e quatro helicópteros Esquilo.Destroços recolhidos do AF 447 pela 9 Fragata Constituição.

Resgate de refugiados pela Corveta BarrosoNa tarde do dia 4 de setembro de 2015, cerca de 13h30 hora de Brasília - 18h30 na Itália - aCorveta Barroso encontrava-se navegando no Mar Mediterrâneo, a 170 milhas da terra maispróxima, Sicília, Itália, com destino à cidade de Beirute, no Líbano, quando recebeu umcomunicado do Centro de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) italiano sobre a existênciade uma embarcação com risco de afundar, cujo destino era a Europa, contendo cerca de400 imigrantes a bordo.Dois Navios-Patrulha italianos de pequeno porte orgulho do que faço perante o Brasil. Nada dese juntaram à cena de ação e, tendo em vista a heroísmo, apenas a nossa função de salvaguarda daimpossibilidade de receberem os imigrantes a vida no mar, como somos treinados desde os bancosbordo, a Guarda Costeira italiana solicitou o apoio escolares (...)?, declarou o Comandante do Navioda MB para efetuar o resgate e o posterior na época, Capitão de Fragata Alexandretransporte para o porto italiano de Catânia. O Amendoeira Nunes.Comandante da Marinha do Brasil prontamenteautorizou a prestação desse apoio, a fim de 10salvaguardar a vida daquelas pessoas.O navio resgatou 220 refugiados e a maioria daspessoas salvas era composta por mulheres ecrianças, dentre elas quatro bebês, todosbastante debilitados. ?Me sinto apenas um cidadão,um servidor da Marinha do Brasil. Sinto muito

Organizações Militares SubordinadasForça deFuzileirosda Esquadra?A Força que vem do mar ?. Assim é conhecida a Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), cuja data de 1957.Sua criação foi inspirada no sucesso dos desembarques anfíbios realizados pelos aliados durante aSegunda Guerra Mundial. A FFE tem como missão ?organizar e preparar Grupamentos Operativos deFuzileiros Navais (GptOpFuzNav) para realizar operações anfíbias, ribeirinhas e terrestres de caráternaval?.De acordo com a Estratégia Nacional de Defesa, os Fuzileiros Navais devem estar ?em permanentecondição de pronto emprego?. Para isso, as tropas da FFE seguem um rigoroso Ciclo de Adestramentoanual que permite sua prontidão para atuar em diversos conflitos, desde os armados até em operaçõesde caráter humanitário e de paz.As Operações Anfíbias são a verdadeira vocação da FFE. Bastante complexa, ela é uma operação navallançada do mar sobre região litorânea hostil ou potencialmente hostil, assegurando à Marinha suacapacidade de projeção do poder sobre terra. A END também caracteriza o Corpo de Fuzileiros Navaiscomo uma ?força de caráter expedicionário por excelência?. Esse caráter expedicionário permite o seuemprego para cumprir missões por tempo limitado e em área operacional distante de suas basesterrestres. Portanto, as atividades operativas da FFE buscam atender sua vocação anfíbia, sua prontidãooperativa e seu caráter expedicionário.Para tal, os exercícios da FFE são organizados em uma escala crescente de complexidade ao longo doano, configurando o que se conhece como o Eixo Central de Adestramento. Tem início com oadestramento no nível de equipes (Adest-EQ), na Marambaia, no nível de subunidades (SUBEX-INF), emItaóca (ES), de coordenação de Apoio de Fogo, em Três Corações (MG), de nível Unidade Anfíbia,também em Itaóca, culminando com um exercício de nível Brigada Anfíbia, a Operação Dragão. 11

Fatos históricosO principal exercício: a Operação Dragão Transbordo realizado durante a Operação Dragão IV, em 1973.Com a criação da Força Aeronaval, no início dadécada de 60, e com o aumento dos meios navais Operação Dragão, em 1978.vocacionados para a realização de desembarques,teve início uma operação anfíbia que, por suacomplexidade, serviria para coroar o ano deadestramento de todo o setor operativo da MB.Essa operação, conhecida como Dragão, teve suaprimeira edição em 1964.Na região conhecida como Ponta da Fruta,localizada ao sul da cidade de Vitória, EspíritoSanto, um Grupamento de Desembarque deBatalhão realizou a Primeira Operação Dragão. AOperação contou com a participação doNavio-Aeródromo Ligeiro (NAeL) Minas Gerais(então Capitânia da Esquadra), do CruzadorTamandaré, do Contra-Torpedeiro Paraíba, dentreoutros. Além disso, foram utilizadas aeronaves do1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral eembarcações do então Grupo Anfíbio, conhecidonos anos 80 como Grupo de Embarcações deDesembarque (GED). Consolidava-se, assim, oemprego de tropas da FFE em Operações Anfíbias. 12

Ao longo dos anos, a Dragão ganhou volume e notoriedade,tornando-se uma das mais famosas e complexas operaçõesda MB por incluir todas as fases de uma Operação Anfíbia:planejamento, embarque, ensaio, travessia e assalto,mobilizando Meios Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais,sendo realizadas 36 edições até o ano de 2001.Após quinze anos de interrupção, a Operação Dragãoretornou em 2016, em sua 37ª edição, e contou com aparticipação de cerca de 2 mil militares, com a estreia doNavio Doca Multipróposito (NDM) Bahia e com as viaturasblindadas sobre rodas ?Piranha?.O exercício ocorreu em conjunto com o Comando em Chefeda Esquadra e foi realizado na área marítima compreendidaentre o Rio de Janeiro e Espírito Santo. Já em 2017, aOperação aconteceu entre 30 de novembro e 9 de dezembroe envolveu 2.200 militares. Desembarque de Carro-Lagarta Anfíbio (CLAnf) durante a Operação DRAGÃO XXXVIII, em 2016.. 13

Operação READEXEm janeiro de 1977, embarcados no NDCC Duque de Caxias (G-26), um Grupamento de FuzileirosNavais sob o Comando do Capitão de Mar e Guerra (FN) Coaraciara Bricio Godinho participou daOperação READEX-I/77. Na ocasião, unidades das Marinhas dos EUA, Canadá, Holanda e Brasilrealizaram exercícios na área maritima do Caribe ? Porto Rico. Além do Grupamento de FuzileirosNavais e o do Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) Duque de Caxias, faziam parte dogrupo de trabalho brasileiro os Contra-Torpedeiros Marcílio Dias (D-25) e Mariz e Barros (D-26) e oSubmarino Humaitá (S-20). Cabe ressaltar a participação do Cruzador Nuclear USS Truxtun - CGN 35 daMarinha americana.Missão no exterior Carro Lagarta AnfíbioPela primeira vez em sua história, o então Em 1986, a Marinha do Brasil adquiriu dozeNúcleo da 1ª Divisão (atual Divisão Anfíbia) ?Assault Amphibian Vehicle? (AAV7A1) queparticipou de uma missão no exterior. Em 24 desembarcaram no Píer da Praça Mauá e, aode maio de 1965, militares do Batalhão serem incorporados ao acervo do Corpo deRiachuelo e um Pelotão de Polícia da Guarnição Fuzileiros Navais, foram rebatizados de Carrosdo Quartel General constituíram uma Lagarta Anfíbios (CLAnf). Do total de veículos, dezCompanhia Reforçada comandada pelo Capitão unidades eram para o Transporte de Pessoal, umade Corveta (FN) Paulo de Oliveira Reis, tendo a versão Comando e uma versão Socorro. Foramtarefa de integrar a Força Armada profícuos anos, até 1989, planejando eInteramericana Brasileira (FAIBRAS), com executando os lançamentos estáticos de CLAnf, adestino à República Dominicana. Os Fuzileiros partir do NDCC Duque de Caxias. No início daNavais participaram da missão de pacificar o década de 90, os Navios Desembarque Docapaís da América Central, compondo uma Força possibilitaram o aprimoramento da doutrina deda Organização dos Estados Americanos (OEA). lançamento de CLAnf, realizando a transição para os lançamentos dinâmicos a partir de navio em m ovim en t o. 14

Viatura tipoPiranha durante GLO.Viatura Blindada Especial Sobre Rodas Piranha IIICA aquisição da Viatura Blindada Especial Sobre Rodas Piranha IIIC 8x8 está relacionada com aparticipação dos Fuzileiros Navais na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti(MINUSTAH).Com o intuito de não degradar ainda mais a precária malha viária existente no país caribenho, foidecidido que não seriam levadas Viaturas Sobre Lagartas para a Área de Operações. Não existiam,naquele momento, Viaturas Blindadas Sobre Rodas com sistema de tração 8x8 e dotadas de tecnologiaatual, para que fossem comercializadas e fornecidas por qualquer fabricante nacional.Como os engajamentos na Missão no Haiti ainda eram bastante frequentes, foi identificada a prementenecessidade de aquisição de viaturas que proporcionassem segurança à integridade física de nossastropas. Nesse contexto, em novembro de 2005, teve início o processo de obtenção de uma ViaturaBlindada Sobre Rodas para o CFN, moderna tecnologicamente, com disponibilidade de rápida entrega,cujo emprego fosse reconhecidamente aprovado por outros países e, principalmente, capaz de atenderàquela iminente demanda operacional. Assim, em 2006, foi adquirido junto à empresa suíça MOWAG, oprimeiro lote de Viaturas Blindadas Especiais (VtrBldEsp) SR 8x8 PIRANHA IIIC, sendo quatro detransporte de Pessoal e uma de Socorro, objetivando seu emprego imediato no Haiti, razão pela qualfoi entregue com a pintura branca característica da ONU. Em 20 de agosto de 2007, as quatro VtrBldEspSR 8x8 PIRANHA IIIC TP foram incorporadas ao Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais(BtlBldFuzNav), passando à subordinação temporária da Companhia de Viaturas Blindadas. No início de2008, chegou ao Brasil a VtrBldEsp SR 8x8 PIRANHA IIIC SOC. Hoje, o BtlBldFuzNav possui vinte e cincoVtr TP, duas Viaturas Comando, duas Viaturas Socorro e uma Viatura Ambulância. 15

ComandoemChefeda Esquadra A origem da Esquadra brasileira remete à data de 10 de novembro de 1822. Criada para combater as forças navais portuguesas que se opunham à independência do País, é dever do Setor Operativo exaltar as gerações de marinheiros que atuaram de maneira decisiva nas campanhas do Império e nas duas grandes Guerras Mundiais, determinantes para a formação da alma, cultura e tradições da nossa Esquadra. A Força de Superfície O Comando da Força de Superfície, usualmente chamado de FORPER, tem como propósito contribuir para a eficácia do emprego dos meios navais subordinados, na fase de aplicação do Poder Naval.Ilha de Mocanguê, em 1973 Mostraremos a seguir, uma breve história de alguns dos principais meios da Esquadra, começando pelos da FORPER: Fragata Niterói Incorporada em 20 de novembro de 1976 em cerimônia realizada no cais 47 do porto de Southampton. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão de Mar e Guerra João Baptista Paoliello.Fragata Defensora Lançamento ao mar da Fragata Niterói.Incorporada em 5 de março de 1977, foi asegunda de uma série de seis navios daclasse Niterói ordenadas em 20 de setembrode 1970 como parte do Programa deRenovação e Ampliação de Meios Flutuantesda Marinha. Naquela ocasião, assumiu oComando o Capitão de Mar e GuerraHaroldo Basto Cordeiro Júnior.Fragata ConstituiçãoIncorporada em 31 de março de 1978.Naquela oportunidade, assumiu o Comandoo Capitão de Mar e Guerra Heitor AlvesBarreira Júnior.Fragata LiberalIncorporada em 18 de novembro de 1978, 16assumindo o Comando o Capitão de Mar eGuerra Hilton da Silva Sobrinho.

Fragata IndependênciaA primeira construída pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Foi submetida à Mostra deArmamento e incorporada em 3 de setembro de 1979, pela portaria do Chefe do Estado-Maior daArmada, Almirante de Esquadra Carlos Auto de Andrade. Seu primeiro Comandante foi o Capitão deMar e Guerra Jorge Cardoso de Mendonça.Fragata UniãoA segunda Fragata construída pelo Arsenal de Marinhado Rio de Janeiro (AMRJ). Teve sua quilha batida emcerimônia conjunta com a da Fragata Independência em11 de junho de 1972, foi aceita e incorporada em 12 desetembro de 1980, tendo como primeiro Comandante oCapitão de Mar e Guerra Nelson Ceriani Bragança.Fragata GreenhalghSua incorporação ocorreu em junho de 1995.Fragata RademakerPrimeiro navio a ostentar esse nome na MB, emhomenagem ao Almirante Augusto Hamann RademakerGrünewald. A F49 foi incorporada à MB em 30 de abrilde 1997.Navio-Escola BrasilConstruído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, foiincorporado à MB em 21 de agosto de 1986. ONavio-Escola Brasil foi o terceiro navio a ostentar essenome. O primeiro foi um encouraçado movido a vapor,construído na França em 1864, que teve destacadaatuação na Guerra da Tríplice Aliança. O segundo foi umnavio mercante incorporado à Esquadra comotransporte, também na segunda metade do século XIX.Corveta JaceguaiConstruída no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, suaincorporação ocorreu em 2 de abril de 1991.Corveta Julio de NoronhaSua incorporação ocorreu em 1995.Lançamento da Fragata Independência ao mar. 17

Corveta Barroso Navios de Assalto AnfíbioA Corveta Barroso foi transferida para o Setor (Incluem Navios Desembarque de Docas e NaviosOperativo no dia 23 de novembro de 2009, em de Desembarque de Carros de Combate).cerimônia realizada no Arsenal de Marinha do Riode Janeiro, tornando-se o mais novo escolta da - Mattoso MaiaEsquadra. O projeto contribuiu para o resgate da - Garcia D'Avilacapacidade e da tecnologia da construção naval - Almirante Sabóiamilitar brasileira. A Barroso é o resultado doaperfeiçoamento do projeto das Corvetas Classe Navio-TanqueInhaúma, construídas anteriormente no Brasil, eincorporou melhorias e desenvolvimentos - Almirante Gastão Mottatecnológicos que aprimoraram o desempenho doNavio.Navio de Desembarque de Carros de Combate Garcia D´ Avila emmissão no Haiti, em 2011. 18

Navio-Doca Multipropósito BahiaAdquirido pela MB no segundo semestre de 2015, da Marinha Nacional Francesa onde operava desde oano de 1998 com o nome SIROCO, o NDM Bahia é muito mais do que um vetor anfíbio. Suascaracterísticas e capacidades o tornam apto para uma gama variada de atividades, o que justificou suaclassificação como ?multipropósito?.Embora planejado para operações chamadas de alta intensidade, como transporte de tropas, veículos,helicópteros, equipamentos, provisões e munições diretamente à área de operações, o NDM Bahia étambém preparado para as de baixa intensidade como as missões de caráter humanitário.O navio possui capacidade para carregar e descarregar, pelo mar ou pelo ar, bem como operar comembarcações de desembarque em mar aberto, além do horizonte, sem necessidade de fundeio. Dessaforma, além de atuar em operações anfíbias, o NDM Bahia é também capaz de nuclear o Comando eControle e prover Apoio Logístico Móvel para forças navais operando longe de suas bases. 19

Fatos históricosPrimeira docagem de uma Fragata Classe Niterói na Base Navaldo Rio de JaneiroEm 21 de dezembro de 1999, após solucionar dificuldadestécnicas, a Base Naval do Rio de Janeiro (BNRJ) realizou a primeiradocagem de uma Fragata Classe Niterói, a Fragata União. Talrealização, superando dificuldade que restringia, até então, acapacidade de reparo da BNRJ, abriu caminho para aquelaOrganização Militar Prestadora de Serviços (OMPS) realizardocagens do Navio Escola Brasil para cumprimento dos seusPeríodo de Manutenção Geral (PMG) completos. Docagem do Casco do ex-CT Pernambuco Em 21 de novembro de 2014 a BNRJdocou o casco do ex-CT Pernambuco e, no decorrer do primeiro bimestre de 2015, foi realizado, pela primeira vez no Brasil, o desmanche total de um navio de guerra em dique seco. 20

Capitânias da EsquadraO Navio Aeródromo Ligeiro Minas Gerais - A 11 - foi o terceironavio da MB a ostentar esse nome em homenagem ao Estado deMinas Gerais. Foi construído pelo estaleiro Swan Hunter, emWallsend-on-Tyne, Reino Unido. Foi adquirido em 13 dedezembro de 1956 e incorporado em 6 de dezembro de 1960, emcerimônia realizada em Rotterdam. Naquela ocasião, assumiu ocomando o Capitão de Mar e Guerra Hélio Leôncio Martins.O Navio Aeródromo São Paulo - A 12,ex-Foch - R 99, foi construído peloChantier de l'Atlantique, em St. Nazaire,França. Em agosto de 2000, depois demais de um ano de negociações, foiassinado um acordo entre o Brasil e aFrança, para a sua compra. 21

Esquadra amplia sua capacidade de operações aéreasnoturnas no BrasilO NDM Bahia, em Vistoria de Segurança de Aviação realizadaem setembro de 2017, foi homologado para a condução deoperações aéreas noturnas com helicópteros, em condições devoo visual e por instrumentos.O primeiro pouso noturno a bordo ocorreu no dia 12 desetembro, por uma aeronave AH-11A Super Lynx. No dia 14 desetembro, uma aeronave UH-15 participou da campanha dehomologação, realizando o primeiro pouso noturno doEsquadrão HU-2 em navios da MB em operações no mar.A capacitação do meio para operações aéreas noturnas e aqualificação das primeiras equipagens de helicópteros foi umevento coordenado entre o Comando da Força Aeronaval e oComando da Força de Superfície, sob a supervisão doCom em Ch . 22

Antiga e atual fachadas do CAAML. Centro de Adestramento Almirante Marquês de Leão completa 75 Anos Em 2018, o Centro de Adestramento Almirante Marquês de Leão (CAAML) completa 75 anos. A OM, cujo propósito é contribuir para a capacitação de pessoal para o exercício de cargos e funções previstos nos meios navais da MB, foi criada em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, em consequência da decisão alemã de estender a campanha submarina ao Atlântico Sul. Seu nome inicial foi Centro de Instrução de Guerra Anti-Submarino (CIGAS), passando depois a ser chamado de Centro de Instrução de Tática Anti-Submarino (CITAS). Somente em 22 de junho de 1951 recebeu o nome de Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão, em homenagem ao Almirante Joaquim Marques Baptista de Leão. No decorrer do tempo, à sua tarefa inicial de desenvolver táticas antissubmarino, muitas outras se somaram, tais como: tática aérea e de superfície, informações de combate, socorro e salvamento, controle de avarias, combate a incêndio, comunicações e outras, procurando desempenhar cada vez melhor sua missão, acompanhando o rápido e contínuo desenvolvimento tecnológico e divulgando novas t écn icas. 23

A Força AeronavalCriada em 5 de junho de 1961, a Força O ano de 1971 marcou a passagem da Força AeronavalAeronaval nasceu a partir da para São Pedro da Aldeia (RJ).necessidade de uma organizaçãológica dos meios aeronavais. Naquelaépoca, a MB vivia dois eventossignificativos de reestruturação daaviação naval: a instalação do Centrode Instrução e AdestramentoAeronaval Almirante José Maria doAmaral Oliveira (CIAAN), em 1957, naAvenida Brasil (RJ), com a formaçãodas primeiras turmas de mecânicos eaviadores navais, posteriormentetransferido para a cidade de São Pedroda Aldeia, a partir do segundosemestre de 1971; e a aquisição echegada do NAeL Minas Gerais.Inicialmente, o antigo Comando daForça Aérea Naval foi exercido,cumulativamente, pelo Comandanteem Chefe da Esquadra, sediado abordo daquele NAeL, composto pelopróprio navio, com seus aviões ehelicópteros orgânicos, pelo 1ºEsquadrão de Helicópteros deEmprego Geral (EsqdHU-1) e pelo 2ºEsquadrão de HelicópterosAntissubmarino (EsqdHS-2).Em 1965, o Decreto Presidencial 55.627 estabeleceu normas para o emprego de meios aéreos para asoperações navais e alterou profundamente a Aviação Naval. Em virtude da nova situação criada com aentrada em vigor desse Decreto, foi emitido o Aviso Ministerial 830, também em 1965, reorganizando aForça. O Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav) passou a ser exercido por um Oficial-Generaldo Corpo da Armada, subordinado ao ComemCh. Em 15 de junho de 1971, a sede da Força Aeronavalpassou do Rio de Janeiro para a cidade de São Pedro da Aldeia.O ComOpNav é responsável pelas unidades operacionais da Aviação Naval as quais, por sua vez, sedistribuem entre a Força Aeronaval, parte integrante da Esquadra, e os Esquadrões Distritais, cada umsubordinado ao Distrito Naval correspondente. Todo o conjunto é apoiado tecnicamente pela Diretoriade Aeronáutica da Marinha, parte integrante da Diretoria-Geral de Material da Marinha. 24

Fatos historicosAmpliação de pista de vooEm julho de 1984, após aprovação do projeto originário daDiretoria de Obras Civis da Marinha (DOCM), foi iniciada aampliação da pista de pouso e decolagem, a fim de permitirmanobras de aeronaves de maior porte. Também foiconstruído o heliporto nº 2, com acesso a partir do pátio deestacionamento e manobra. Ampliação da pista de voo em São Pedro da Aldeia ocorreu em 1984.Marinha adquire Aeronaves de Asa Fixa: SkyhawksEm dezembro de 1997, foi assinada uma carta de intenção para a compra de vinte aeronavesmonoplace A-4KU e três biplace TA-4KU. Em abril de 1998, o Decreto 2.538 estabeleceu que ?A Marinhadisporá de aviões e helicópteros destinados ao guarnecimento dos navios de superfície e dehelicópteros de emprego geral, todos orgânicos e por ela operados, necessários ao cumprimento desua destinação constitucional?.O Decreto também instituiu as bases para a cooperação com a Força Aérea Brasileira (FAB) na formaçãodos pilotos da Marinha. Dessa forma, a MB efetivou a compra dos aviões. Os Skyhawks chegaram aArraial do Cabo em setembro de 1998, transportados pelo cargueiro Clipper Ipanema e foram levados àBase Aérea Naval de São Pedro da Aldeia para iniciar seu recondicionamento. Nessa data, oalongamento da pista e a construção de novas instalações já estava em andamento. O treinamento depilotos em pouso a bordo de navio-aeródromo foi realizado no exterior, com o apoio da ArmadaArgentina e da Marinha Norte-Americana. 25

Aquisição de Helicópteros na HelibrasEm 1979, a MB se tornou a primeira operadora militar de um helicópteromontado no Brasil, ao encomendar seis Aerospatiale Ecureuil, aqui designadosHelibras HB 350 BA Esquilo (Esquilo Mono Turbina), que operam até os diasat u ais.Recebimento de Helicópteros AS 332F1 (UH-14)Em abril de 1987, aterrissou no aeródromo de São Pedro da Aldeia umLockheed C-130-L da Companhia SFAIR carregando em seu bojo o primeiro AS332F1, o Super Puma da Aviação Naval. Logo após, outros dois LockheedC-130-L da mesma Companhia desembarcaram dois Super Puma.Em fevereiro de 1988 foi a vez da chegada dos derradeiros AS 332F1 para oNúcleo do Esquadrão HU-2, totalizando seis Super Puma.Transferência da Aeronave UH-15 para o Setor OperativoEm abril de 2011 foi realizada, na Base Naval do Rio de Janeiro, a cerimônia detransferência da 1ª Aeronave Super Cougar EC-725BR ao Setor Operativo daMarinha do Brasil. Por ser a primeira aeronave da série recebida pela Marinhado Brasil, passou a ter o indicativo visual N-7101. 26

Metralhadoras para as Aeronaves da MBQuando a Administração Naval decidiu pela instalação de umametralhadora nas aeronaves UH-14 Super Puma, ficou implícitoque a premissa básica do projeto era a segurança de vôo.Até o ano de 2010, a Força Aeronaval carecia de metralhadorasembarcadas que pudessem apoiar as aeronaves UH-14 emmissões do tipo Combate SAR e em proveito de frações de tropado Corpo de Fuzileiros Navais e do Grupamento deMergulhadores de Combate. Dessa forma, preceitos deengenharia que norteariam a segurança de vôo seriam desafiostotalmente novos para a Marinha do Brasil.A solução foi instalar experimentalmente metralhadoras MAG7,62 mm nos AH-11 A e depois fazer a homologação para asaeronaves UH-14. A experiência adquirida no projeto dainstalação nos AH-11 A permitiu uma significativa redução nocronograma do projeto. 27

Força deSubmarinosA história da Força de Submarinos remonta ao ano de 1910, quando o AlmiranteMarques de Leão, em cumprimento ao Programa de Construção Naval de 1904 - deautoria do então Ministro da Marinha Júlio Cezar de Noronha - encomendou trêssubmarinos à Itália, tida à época como construtora de destaque de submersíveis.Em 1911, criou-se a Subcomissão Naval na Europa, em La Spezia, Itália, parafiscalizar a construção dos submersíveis classe ?Foca? ou ?F?, cujas quilhas forambatidas em 1912. Foi nomeado para o cargo de chefe dessa subcomissão o Capitãode Corveta Felinto Perry. As unidades foram incorporadas entre o final de 1913 einício de 1914, quase às vésperas da Primeira Grande Guerra Mundial.Em 17 de julho de 1914 foi criada a Flotilha de Submersíveis, administrativamentesubordinada ao Comando da Defesa Móvel, com base na Ilha de Mocanguê Grande,na Baía de Guanabara (RJ). Operativamente, a Flotilha era subordinada ao Chefe doEstado-Maior da Armada. Em 1917, foi incorporado à Flotilha o Navio-Tender Ceará,a fim de servir de base de apoio móvel e como sede da então criada Escola deSubmersíveis que, em 1915, formou no Brasil a primeira turma de oficiaissu b m ar in ist as.Ao passarmos para os dias de hoje, o Comando da Força de Submarinos tem,dentre outras, a responsabilidade de exercer as funções de Diretoria Técnica desubmarinos, estabelecer normas e procedimentos e exercer o controle dasatividades de mergulho na MB.Ao longo desses mais de cem anos de história, diversas Classes de submersíveisfizeram parte da Força de Submarinos, dentre elas as Classes Guppy II e III, aOberon - incluiu o Humaitá (S-20), ativo na MB entre os anos de 1973 e 1996, eprimeiro submarino de origem inglesa na MB ? além das Classes Tupi e Tikuna quefazem parte atualmente da frota da MB. O destaque fica para o Submarino Tamoio,o primeiro construído no Brasil.Caça-Submarino Guaporé recebendo 28 óleo em alto mar de navio tanque.

Classe Tupi Tupi (S-30) Na década de 80, o contrato assinado com o estaleiro alemão HDW iniciou a capacitação técnica brasileira para a construção do primeiro submarino no Brasil. Fruto desse contrato que estabelecia a construção de um submarino IKL, na Alemanha, e um segundo no Brasil. Engenheiros e técnicos de diversos setores realizaram estágios no HDW, acompanhando a construção do Submarino Tupi, incorporado em 6 de maio de 1989.Tamoio (S-31)A década de 90 foi marcada pela construção e incorporação do primeiro submarino totalmenteconstruído no Brasil, pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, o Submarino Tamoio, incorporado em12 de dezembro de 1994.Timbira (S-32)Ainda na década que consolidou a capacitação brasileira na construção de submarinos surge, em 16de dezembro de 1996, o segundo submarino construído no País, o Timbira.Tapajó (S-33)O terceiro submarino da mesma classe, o Tapajó, também totalmente construído pelo AMRJ, foientregue à Esquadra brasileira em 21 de dezembro de 1999. Classe Tikuna Tikuna (S-34) Consolidados os conhecimentos e a capacidade para a construção de submarinos, a Marinha decidiu incrementar o seu Programa de Reaparelhamento com a construção de um quinto submarino. A Força de Submarinos, neste início do século XXI, viu nascer o Submarino Tikuna. 29

Navio de Socorro Submarino FelintoPerry (K-11)Único Navio na América do Sulcapacitado a realizar resgate detripulações de submarinos sinistrados.Seu comprimento é de 78,21 metros,sua velocidade máxima de 14 nós ecomporta uma tripulação de 100militares. Integra o setor operativodesde 1988.Fatos históricosAtivação do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) como Organização Militar (OM),com semi-autonomia administrativa, em 10 de março de 1998. 30

Comemoração do centenário da Força de Submarinos.A Força de Submarinos completou 100 anos de criação no dia17 de julho de 2014, data em que também se comemora o ?Diado Submarinista?. Para celebrar o centenário, foram realizadasuma série de eventos alusivos à data histórica, com aparticipação de delegações de Marinhas de 24 países. 31

Distritos NavaisDurante o período Imperial, os chamados Presidentes de Província superintendiam as atividades deapoio às unidades navais localizadas fora da capital federal. Em cada porto, o comandante de navio daArmada mais antigo presente exercia o comando superior das unidades nele sediadas, com o título deComandante do Porto. Em ambos os casos, essas autoridades navais regionais se dirigiam diretamenteao Ministro ou ao Quartel-general, sediados na capital federal.Até o segundo decênio do século XX, a MB dispunha de uma Capitania de Porto em cada estado e, emalguns deles, de Arsenal de Marinha e de Escola de Aprendizes-Marinheiros, além de alguns navios, empequeno número, concentrados em determinados portos.O primeiro estímulo para a criação dos DistrItos Navais surge em 1932, quando o então MinistroProtógenes, comentando a necessidade de dividir o litoral brasileiro em prefeituras ou distritos navais,disse: ?(...) precisamos acostumar a nossa gente ao exercício da descentralização administrativa, aohábito da responsabilidade devidamente fiscalizada (...)?.Em decorrência, em 10 de junho de 1933, o Decreto 22.811 criou os Distritos Navais, no litoral, e oComando Naval de Mato Grosso, em Ladário. Nesse Decreto constava que as novas organizaçõesmilitares manteriam a cooperação e o entendimento com o Estado-Maior da Armada e com as demaisDiretorias da Administração Naval.Contudo, mesmo com o regulamento aprovado para a criação dos Distritos Navais, as intenções nãosaíram do papel. Tanto que, em 1941, um novo decreto revogou a criação dos Distritos, mantendoapenas o item que se referia ao Comando Naval de Mato Grosso que foi então instalado.No final de 1941, devido ao conflito da relação entre Peru e Equador, por questões de fronteiras ?culminou na guerra que fez com que o Equador deixasse de ter fronteira com o Brasil - o Decreto-Lei3.726 criou o Comando Naval do Amazonas, subordinado ao Estado-Maior da Armada e destinado aexercer o comando superior das forças navais, de fuzileiros navais e da Base Naval localizada na regiãofluvial dos Estados do Pará e Amazonas.Comando do 4º Distrito Naval. 32

Em 1942, já inserido no contexto da Segunda Guerra Mundial e após o reconhecimento do estado deguerra, o Decreto 10.359 finalmente instituiu os Comandos Marítimos do Norte, do Nordeste, do Leste,do Centro, do Sul, além do Mato Grosso, e delimitou a zona territorial de cada um deles, ossubordinando ao Estado-Maior da Armada. No mesmo ano, foi aprovado o regulamento para osComandos Navais que dividiu o litoral e os rios navegáveis do Brasil, dentre outras determinações.Prédio do Comando do Com6ºDN.Ao fim da Guerra, a divisão do território nacional em Distritos Navais foi reformulada da seguintem an eir a:1º Distrito Naval: com sede na cidade do Rio de Janeiro, abrangia o antigo Distrito Federal (Guanabara),os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e parte de Goiás, além das Ilhas deTrindade e de Martim Vaz.2º Distrito Naval: com sede em Salvador, abrangia os Estados da Bahia, de Sergipe e o Arquipélago dosAbrolhos.3º Distrito Naval: com sede na cidade do Recife, abrangia os Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba,Rio Grande do Norte e Ceará, o território de Fernando de Noronha, as Ilhas Rocas e os Penedos de SãoPedro e São Paulo.4º Distrito Naval: com sede na cidade de Belém, abrangia os Estados do Amazonas, Pará, Maranhão,Piauí e parte de Goiás, além dos territórios do Acre, Guaporé, Rio Branco a Amapá.5º Distrito Naval: com sede na cidade de São Francisco do Sul (em agosto de 1946 transferida paraFlorianópolis) e abrangendo os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além doterritório de Iguaçu. Este Distrito seria instalado quando julgado conveniente pelo Ministro da Marinha. 33

6º Distrito Naval, com sede em Ladário, abrangia o estado do Mato Grosso e o território de Ponta Porã.O Decreto nº 2153, de 20 de fevereiro de 1997, extinguiu o Comando Naval de Brasília e criou, pelomesmo ato, o Comando do 7º Distrito Naval (com sede em Brasília). Em 25 de março de 1997, oComando do 7º Distrito Naval foi ativado por meio da Portaria nº 0043.Pelo mesmo Decreto, a cidade de São Paulo voltou a ser sede de um Distrito Naval, tendo sidodenominado Comando do 8º Distrito Naval (Com8ºDN).No ano de 1994, o Decreto n° 1137, de 03 de maio, criou o Comando Naval da Amazônia Ocidental comsede em Manaus, estando subordinado ao Comando do 4º Distrito Naval. Tal subordinação durou atéo ano de 2005, quando, através do Decreto nº 5349, de 20 de janeiro, foi criado o Comando do 9ºDistrito Naval (com sede em Manaus). 34

Os nove Comandos dos Distritos Navais subordinados ao ComOpNav são responsáveis porexecutar Operações Navais, Aeronavais, de Fuzileiros Navais e Terrestres de caráter naval;apoiar as Unidades e Forças Navais, Aeronavais, de Fuzileiros Navais, subordinadas ou não;cooperar com os órgãos federais e da Defesa Civil, quando determinado; e exercer asatribuições do representante da Autoridade Marítima, a fim de contribuir para ocumprimento das tarefas de responsabilidade da Marinha, na sua área de jurisdição.As atividades desenvolvidas pelos ComDN incluem ações de patrulha naval, polícia naval,defesa de porto, socorro e salvamento marítimo, operações de minagem e contraminagem,operações fluviais, defesa de Bases e instalações navais e operações de segurança interna.Em situação de conflito, crise, estado de sítio, estado de defesa, intervenção federal e emregimes especiais, também cabem aos ComDN a implementação de planos de segurançaespecíficos e as tarefas concernentes à mobilização e à desmobilização que lhe forematribuídas pelas Normas e Diretrizes referentes à mobilização marítima e emanadas peloComandante de Operações Navais. Na área do Com1ºDN, a imagem mostra a ativação do Grupamento de Fuzileiros Navais, por ocasião dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Navio-Patrulha Guaratuba, 35 subordinado ao Com2ºDN, emação de Patrulha Naval entre os estados de Sergipe e Alagoas.

Navio-Patrulha Grajaú, subordinado ao Com3ºDN, em operação no Rio Potengi (RN), durante a ação de GLO ?Potiguar?. O importante trabalho realizado pelosmilitaressubordinados ao Com4ºDN, na cobertura de eixo sendo realizada em embarcação artesanal. Aação evita a ocorrência de um acidente recorrente na região Norte do País, o escalpelamento causado por motor. 36

Em 2009, o Rebocador de Alto Mar Tritão, subordinado ao Com5ºDN, realizou patrulha e operação de segurança da navegação no entorno da área do sinistro do Navio Graneleiro \"Düden\", de bandeira da Turquia, que foi atingido por um incêndio de grandes proporções, quando encontrava-se a cerca de 140 milhas de Tramandai-RS, durante a sua travessia de Port Harcourt (Nigéria) para Rosário (Argentina). Também realizou o reboque do casco para o porto de Rio Grande. NasH Tenente Maximiano, subordinado ao Com6ºDN,navegando no Rio Paraguai. Militares subordinados ao Com7ºDN realizam Inspeção Naval no Rio Araguaia (GO). 37

Meios subordinados ao Com8ºDN durante uma ação de fiscalização do tráfego aquaviário. Navio de Assistência Hospitalar Oswaldo Cruz,subordinado ao Com9ºDN, é um dos \"Navios da Esperança\" da MB, que levam atendimento de saúde a diversascomunidades riberinhas da região amazônica. 38

ComandodoControledoTráfegoAquaviárioApós a Segunda Guerra Mundial, as Marinhas aliadasconstataram que para garantir a segurança dosnavios mercantes, em caso de conflito, havia anecessidade de um sistema de controle que pudesseevoluir rapidamente, a partir de uma situação de paz,assegurando o emprego e a movimentaçãonecessária da Marinha Mercante. Nasce, assim, oconceito de Controle Naval do Tráfego Marítimo(CNTM) como um sistema integrado por váriospaíses.Em 1959, a Junta Interamericana de Defesa emitiu oatualmente chamado Plano para a Coordenação daDefesa do Tráfego Marítimo Interamericano(CODEFTRAMI), que prevê em sua estruturaorganizacional um componente civil e outro militarque devem ser implantados em cada paísparticipante. A estrutura militar, por conveniência deuniformização, é chamada em todos os países deComando Local de Controle Operativo (COLCO).O Brasil, ciente da importância do CNTM, tambémaderiu ao Plano e implantou o COLCO BRASIL, naÁrea Marítima do Atlântico Sul (AMAS). Assim, a MB,através do mesmo Decreto de criação do ComOpNav,decidiu criar uma Organização Militar responsávelpor essa atividade, o Comando do Controle Naval doTráfego Marítimo (COMCONTRAM), estruturada àsemelhança de outras organizações internacionais.Ao longo de sua existência, o acompanhamento dotráfego marítimo mais eficiente e eficaz culminoucom o desenvolvimento do Sistema de Informaçõessobre o Tráfego Marítimo (SISTRAM), atualmente emsua 4ª versão. O COMCONTRAM opera também oCentro de Dados Regional LRIT (CDRL) Brasil,reconhecido pela IMO como parte do Sistema deIdentificação e Acompanhamento de Navios a LongaDistância, sendo uma eficiente ferramenta deacompanhamento do tráfego marítimo e de apoioaos eventos de busca e salvamento (SAR). 39

Inauguração do CGEM.CentrodeGuerra Eletrônicoda MarinhaO Centro de Guerra Eletrônica da Marinha (CGEM), com sede na Ilha de Mocanguê, Niterói (RJ), foicriado em 23 de outubro de 2009 com o propósito de contribuir para elevar a capacidade de GuerraEletrônica da Marinha. Sua ativação foi realizada em 28 de julho de 2011, em cerimônia presidida peloComandante de Operações Navais.Sob o lema ?Inovar para vencer ?, a breve história do CGEM contrasta com sua atuação intensa emdiversos momentos, tais como, a realização do primeiro curso especial de guerra eletrônica paraOficiais, em 2016. A primeira turma foi composta por quatro Oficiais de Superfície, um OficialSubmarinista, quatro Oficiais Aviadores Navais, um Oficial Fuzileiro Naval, três Oficiais da Força AéreaBrasileira e dois Oficiais do Exército Brasileiro.O curso pioneiro foi conduzido nas dependências do Centro de Adestramento Almirante Marques deLeão, em Niterói (RJ), com o propósito de qualificar os participantes a prestarem assessoria sobre asações de guerra eletrônica, abordando o seu contexto atual e desdobramentos tecnológicos nas áreasde radar, Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE), Medidas de Ataque Eletrônico (MAE), Medidasde Proteção Eletrônica (MPE), Guerra Eletrônica de Comunicações (GE-COM), Inteligência de Imagens(IMINT), dentre outros.O destaque de 2018, por sua vez, está no fato do CGEM ser o responsável por organizar o Encontro deGuerra Eletrônica da Defesa (EGED), importante evento promovido anualmente pelo Ministério daDefesa, com a participação das três Forças, visando promover a discussão sobre projetos e temasatinentes à Guerra Eletrônica. 40

Principais OperaçõesSin gu lar esAspirant exRealizada com o propósito deadestrar os navios da Esquadra,suas tripulações e, principalmente,motivar os Aspirantes da EscolaNaval para a carreira e a vida nomar. A atividade contribui para aorientação dos aspirantes quantoà opção do corpo (Armada,Intendência e Fuzileiros Navais) ena escolha da habilitação militar(mecânica, eletrônica e sistemasde armas). Primeira Operação Aspirantex e Aderex, realizada em 2001.Aspirantex 2018. 41

AderexA Operação, que não era realizada desde 2014, foi retomada em 2017 com a participação das FragatasConstituição, Independência e Rademaker, da Corveta Barroso e do Navio Tanque Almirante GastãoMotta. Os exercícios, realizados em uma área marítima compreendida entre o Rio de Janeiro (RJ) eSantos (SP), foram importantes para o adestramento das tripulações, tendo o destaque ficado para arealização de ?Trânsito com Oposição de Submarino?, envolvendo os meios de superfície, doishelicópteros SH-16 e, pela primeira vez, um avião P3-AM da FAB, simultaneamente.MissilexConsiderada aquela que vem coroar o adestramento da Esquadra, por envolver o emprego dearmamento real, bem como pelo apelo motivacional para as tripulações. A Operação desenvolve oemprego coordenado de mísseis, torpedos, bombas, canhões e metralhadoras. Operação Missilex. 42

Ribeirex Operação Ribeirex na região de Porto da Manga, em Corumbá (MS).Maior Operação realizada na regiãoAmazônica. Incorpora exercícios de controle do Operação Celeiro Sul.tráfego fluvial no rio Amazonas e desembarquede fuzileiros navais para adestramento datropa em Operações Ribeirinhas.Incursex OPESPRealizada na Ilha da Marambaia com opropósito de adestrar grupos de ComandosAnfíbios na realização de uma Incursão Anfíbia,nucleando a Força de Incursão, empregandomeios navais, aeronavais e da Força AéreaBrasileira para infiltração.Celeiro Sul e Fronteira SulAs Operações, que acontecem sob a jurisdiçãodo Comando do 6º Distrito Naval, envolvemexercícios de Operações Ribeirinhas, a fim deincrementar o nível de adestramento dasOrganizações Militares envolvidas em suaexecução. Foram realizadas Patrulhas eInspeções Navais, levantamentos hidrográficose ações de assistência hospitalar.BodóEssa Operação visa prevenir e reprimir delitostransfronteiriços e ambientais na área defronteira do Comando do 9º Distrito Naval. Noano de 2017, foram empregados 1.508militares, embarcados nos Navios-PatrulhaFluvial Pedro Teixeira, Raposo Tavares,Rondônia e Roraima. Foram inspecionadas 329embarcações e apreendidos 1.725kg dedrogas, bem como armamento e munição deuso restrito das Forças Armadas. 43

Con ju n t asAt lânt icoTem como propósito promover a defesa da soberania marítima e dasgarantias da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Sãorealizados exercícios de proteção da infraestrutura portuária e de áreasprodutivas, tanto em regiões costeiras como em águas profundas,inclusive no desembarque e na escolta de navios mercantes. As açõestambém visam à proteção de estruturas estratégicas como portos,refinarias e usinas hidrelétricas e nucleares.LaçadorSimula missões de garantia da integridade territorial, manutenção depatrimônio e proteção de infraestruturas estratégicas em uma área queabrange os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ágat a O exercício dá continuidade à realização das operações na faixa de fronteira do Brasil, a fim de intensificar as operações interagências, preventivas e repressivas já executadas. A Operação conta com militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira e faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, realizando missões táticas destinadas a coibir delitos como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, imigração e garimpo ilegais. 44

Com bin adasFrat ernoRealizada em parceria com a Marinha da Argentina. Permiteum melhor relacionamento e conhecimento profissionalentre as Marinhas envolvidas e procura aprimorar o nível deadestramento das unidades de cada país. Corveta Jaceguai na Operação Fraterno 2009. BRACOLPER Realizada há 43 anos pelas Marinhas do Brasil, Colômbia e Peru, essa Operação tem como propósito incrementar o nível de treinamento e a integração das unidades fluviais, aeronavais e de fuzileiros navais dessas nações, em prol da segurança comum da Região Amazônica. Durante a operação, são realizados exercícios navais combinados nas águas de diversos rios, dentre eles o Solimões, o Amazonas e o Negro. 45

Operação BinacionalTem a missão de realizar Assistência Hospitalar, Patrulhas eInspeções Navais nos Rios Solimões, Içá e Javari, em conjunto commeios da Marinha de Guerra do Peru.AcruxOperação ribeirinha realizada entre o Brasil, Argentina e Uruguai,com o propósito de contribuir para o aprestamento dos meiosnavais, aeronavais e de fuzileiros navais, bem como ainteroperabilidade entre as Marinhas participantes. Durante osexercícios, são desenvolvidas ações de Controle de Tráfego Fluvial,Assalto Ribeirinho, Operações Especiais, Proteção ao Avanço deForça-Tarefa Ribeirinha e Defesa de Base de Combate Ribeirinha. Navios do Comando da Flotilha do Mato Grosso atracados durante a Operação Acrux 2017. 46

Mult inacionaisPanamaxExercício multinacional instituído em 2003 pelos Estados Unidos, Panamá eChile. Um cenário fictício de crise é gerado nas proximidades do Canal doPanamá, pela ameaça de ataques oriundos de uma organização extremistaviolenta, afetando a livre navegação e comércio. No contexto, o Conselhode Segurança da Organização das Nações Unidas promulga uma resoluçãoestabelecendo uma Força Multinacional para restabelecer a segurança danavegação na área marítima adjacente ao Canal.FelinoConcebida para oferecer treinamento unificado às Forças Armadas dosnove países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP):Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique,Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Foi instituída como ForçaTarefa Conjunta e Combinada (FTCC), e objetiva o adestramento integradodos militares para atuação em missões de paz e de assistênciah u m an it ár ia. Obangame Express Realizada na costa da África com o objetivo de preparar as Marinhas da República do Congo e de Angola contra as atuais ameaças globais que incidem na região do Golfo da Guiné, como pesca ilegal, tráfico de drogas e armas, sequestro de embarcação e tráfico humano. 47

De PazMissão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH)No período de 2004 a 2017, a MB esteve presente na Missão das Nações Unidas para Estabilização doHaiti (MINUSTAH) que teve início a partir da Resolução 1.542, de 2004, do Conselho de Segurança daOrganização das Nações Unidas (ONU). No transcorrer da missão foram empregados 26 contingentesda MB, nucleados em Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, realizando rodízios a cada seismeses. Também, foram empregados durante a missão navios da Esquadra para o cumprimento detarefas de apoio logístico aos contingentes. Por meio da Resolução 2.350, de 2017, a ONU encerrou asatividades do componente militar em agosto do mesmo ano.A estratégia militar da MINUSTAH pautou-se na manutenção de uma constante presença docomponente militar em zonas de maior risco, a qual foi concretizada por meio da assunção do controledo terreno, o estabelecimento de postos de controle e a realização de patrulhas motorizadas e a pé.Além disso, foram desencadeadas ações de caráter cívico social, que incluíam: atendimento médico eodontológico; distribuição de alimentos e roupas; e a manutenção de escolas, visando a conquistar aconfiança da população local e contribuir para o processo de pacificação, com especial atenção aoapoio prestado às vítimas do Terremoto em 2010 e do Furacão \"Matthew\", em 2016. 48

Fragata União em missão no Líbano.Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL)A Força-Tarefa Marítima (FTM) da United Nations Ínterim Forces in Lebanon (UNIFIL) foi criada no ano de2006 e, atualmente, é composta por navios de seis países (Brasil, Alemanha, Bangladesh, Grécia,Indonésia e Turquia). A FTM cumpre as tarefas de impedir a entrada de armas ilegais nos portoslibaneses por meio das Operações de Interdição Marítima (MIO) e capacitar a Marinha Libanesa paraassumir o controle de suas águas jurisdicionais. A MB participa dessa Missão desde fevereiro de 2011,quando o Comando da FTM foi assumido por um Contra-Almirante brasileiro.Dentre as principais ocorrências desde que o Brasil assumiu a liderança da FTM-UNIFIL, podemos citar:- Apreensões de dois carregamentos de armas e munições ilegais, conduzidas pela Marinha do Líbano,no porto de Trípoli, em março e maio de 2012;- Em setembro de 2015, em razão de uma rápida ação da Corveta Barroso foi possível o salvamento de220 pessoas, e conduzi-las em segurança a um porto italiano; e- Em junho de 2016, a Fragata Independência, enquanto conduzia patrulha ao largo do porto de Saida(Sidon), na costa sul do Líbano, detectou a presença de uma embarcação suspeita. Posteriormente foiverificado que transportava 2,5 toneladas de drogas, incluindo cocaína, haxixe e captagon. 49

VisãodeFuturoO ComOpNav, como Órgão de Direção Setorial da Marinha do Brasil, será capaz de assegurar asoberania nas AJB e estar pronto para atuar nas áreas de interesse do Brasil onde se faça necessário,de forma efetiva e contínua, em operações singulares, conjuntas ou combinadas. O f u t u r o é h oje: n ovos r u m os da at u ação do Com Opn av. Delegacia de Polícia Ju diciár ia M ilit ar Durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, militares, meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais foram empregados em ações de GLO, realizando atividades de segurança pública ostensiva. A fim de garantir o respaldo jurídico das ações da tropa, o ComOpNav ativou uma Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), estrutura destinada a exercer as atividades de polícia judiciária militar durante as ações de GLO, executando a lavratura de Auto de Prisão em Flagrante Delito (APFD), em caso de crime militar, e Registro de Ocorrência (RO), em caso de crime comum. Nesse contexto, com intuito de regular a ativação da DPJM e de estabelecer um grupo permanente de militares com conhecimento atualizado e aptos a exercerem as funções da atividade de polícia judiciária, foi aprovada, em 6 de junho de 2017, a COMOPNAVINST nº 10-05. Com a atual ação de GLO no Rio de Janeiro, a DPJM tem sido ativada quando a MB está efetivamente em operação, nos mesmos moldes da tropa. 50


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