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Published by kaneson.alves, 2016-03-31 19:38:38

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revistaestacao.com.br ANO VI - Edição 43 Outubro de 2015JIMMY CYGLER INDUSTRIAAmericano deixa as guerras israelenses Brasil-Colômbia - Acordopara começar vida nova no Brasil automotivo válido por 8INTERNACIONAL anos e vai zerar tarifas de importação já em 2016Senado aprova ICMS sobre leasing debens importadosROBSON BRAGA DE ANDRADE 1 ESTAÇÃO O BRASIL HOJE É MAIS MADURO

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EDITORIAL ANO VI - EDIÇÃO 43 - OUTUBRO 2015 crise Diretor Geral Jorge Alberto de Sá Todas as situações que vivemos têm no mínimo dois lados. [email protected] Um positivo e outro negativo. O que faz a diferença é a maneira Diretor Comercial como lidamos com essas situações. Marcelo A. Silva [email protected] Todo momento de crise, seja financeira, familiar ou pes- Gerente Comercial soal é uma oportunidade, uma ocasião favorável para o Antonio Gomes da Silva aprendizado. [email protected] Diretor Financeiro Crises representam momentos especiais para renovação, Alberto Villa de Sá para se desfazer do velho que não funciona mais. albertosá@revistaestacao.com.br Diretor Executivo E para que surja o novo. Marcus A. Estevam Podemos olhar a situação como vítimas das circunstâncias, [email protected] com um olhar pessimista… Diretor de Marketing Ou entender que podemos agir e tirar o melhor proveito da Fabiano de Paula situação. [email protected] A crise é a oportunidade que temos para refletir, repensar Gerente de Logística agir e reposicionar. Pedro Guedes Algumas pessoas só têm esse tipo de atitude em situações [email protected] como essa, quando são arremessadas de uma zona de conforto Editor Geral para a zona de pânico. Jorge Neto A questão não é a crise e sim o que fazemos com ela. MTB 581172/SP Que aprendizado podemos tirar desses momentos. [email protected] A pior é sempre aquela que a gente está vivendo agora. Editor de Gastronomia As que já passaram, bem ou mal, já foram superadas. Rogério Lisboa Ficar sentado, reclamando da vida, não vai mudar nada [email protected] mesmo! Diretor de Arte & Diagramador É preciso ter coragem de sacudir a poeira do conforto, Thiago Álvares encarar o pânico e começar a agir! [email protected] Conselho Editorial Heitor Humberto de Andrade [email protected] Consultor Jurídico Fernando José Motta Ferreira Representante Comercial Fernando Andrade (61) 8245-8489 Enviados Especiais Antoni Salani e Caroline Leal www.revistaestacao.com.br [email protected] Matriz Brasília (61) 3024-16386 ESTAÇÃO DiretoBreGtoerSaál BRASÍLIA E REGIÃO CONVENTION & VISITORS BUREAU

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SUMÁRIO 16 20 12 28 32 30 Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. 12 NEGÓCIOS10 ESTAÇÃO Turismo movimenta 2,7 bilhões 16 ENTREVISTA 20 INFRAESTRUTURA no feriadão Cristiane Deucher Oportunidades de investimento do setor elétrico 28 BRASIL 30 S AÚDE Balanço das obras Rio 2016 é Brasil avança no diagnóstico do 32 CAPA positivo câncer de mama Entrevista Robson Braga de Andrade - Presidente CNI

INTERNACIONALMigrações: ONU e BancoMundial prometem apoiofinanceiro ao Oriente MédioAOrganização das Nações Unidas (ONU) e o Os donativos serão desbloqueados pela “comu- 11 ESTAÇÃO Banco Mundial (Bird) anunciaram hoje (10), nidade internacional” para o empréstimo de fundos em Lima, Peru, apoio financeiro aos países do a taxa zero, direcionados aos países que acolhem “aOriente Médio e do Magrebe (Noroeste da África), maioria dos refugiados” na região, segundo o comu-desestabilizados pelo afluxo de refugiados, em parti- nicado que, no entanto, não precisa os montantes emcular, provenientes da Síria. jogo nem os países abrangidos. “É nossa responsabilidade coletiva apoiar a re- “É importante que o Banco Mundial, enquanto par-gião do Oriente Médio neste momento crítico, e ceiro da ONU, e outras instituições, trabalhe em con-isso requer importantes recursos, superiores àqueles junto e invista nos estados atingidos pelos conflitos”,que os países e organizações podem fornecer por si declarou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.próprios”, afirmou em comunicado o presidente doBird, Jim Yong Kim. Diversos países da região, incluindo Jordânia e Líbano, apelaram esta semana ao Fundo Monetá- A iniciativa prevê que os países doadores forneçam, rio Internacional (FMI) para conceder empréstimosde início, garantias sobre empréstimos, que deverão per- com taxa de juro baixa, designadamente para acele-mitir aos países da região levantar o dinheiro nos merca- rar um apoio “mais rápido e apropriado da comuni-dos “para financiar a retomada econômica e os projetos dade internacional”.de reconstrução”, explica o comunicado conjunto. Fonte:Agência Brasil

NEGÓCIOS Foto: Divulgação Turismo movimenta R$ 2,7 bilhões no feriadão12 ESTAÇÃO Círio de Nazaré em Belém (PA) movimenta o tu- em homenagem à Padroeira do Brasil, Nossa Senho- rismo religioso. ra Aparecida. No feriado prolongado, o turismo vai acres- centou R$ 2,7 bilhões à economia do país, com mais Outro destaque é o Círio de Nazaré, realizado no de 2 milhões de viagens nos três dias de folga dos segundo domingo do mês de outubro, uma das prin- brasileiros, de acordo com projeção feita pelo Mi- cipais manifestações católicas do país. A devoção à nistério do Turismo. Esta é a maior movimentação santa, que dá nome ao evento, acontece no próximo entre os seis feriados nacionais estendidos no calen- dia 11, em Belém (PA). A procissão recebeu 82 mil dário de 2015. turistas em 2014, e neste ano, a estimativa é que o evento mobilize 84,4 mil visitantes, de acordo com a Para fazer o cálculo, o Ministério do Turismo Secretária de Turismo do Pará. considerou as datas de 21 de abril (Tiradentes, terça- feira), 1º de maio (Dia do Trabalho, sexta-feira), 4 de A festa de Aparecida também deve movimentar junho (Corpus Christi, quinta-feira), 7 de setembro o turismo em diversas cidades durante o feriado. A (Independência do Brasil, segunda-feira), 12 de ou- celebração mais famosa ocorre no Santuário de Nos- tubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira sa Senhora da Conceição Aparecida no interior de do Brasil, segunda-feira) e 2 de novembro (Finados, São Paulo, considerado um dos principais atrativos segunda-feira). Foram excluídos o Carnaval, a Se- turísticos do país para os viajantes motivados pela mana Santa, o Natal e o Réveillon, feriados estendi- fé. Com capacidade para 35 mil pessoas, uma torre dos, porém previstos todos os anos. com mirante e um centro de apoio com lojas e res- taurantes, a basílica da padroeira do Brasil recebeu Entre os principais motivadores para as viagens no ano passado mais de 12,2 milhões de visitantes. neste feriado estão o Dia da Criança e as romarias Fonte: MTur

MUNICÍPIOSPrefeitura iniciaconstrução de Centro deEventos em Aral MoreiraAprefeitura local deu início a construção de um completo e moderno Centro de Eventos com Essa conquista só será possível graças as parcerias 13 ESTAÇÃO capacidade para 165 lugares, em Aral Moreira. e os políticos preocupados com o desenvolvimento O recurso, no valor de R$ 682.500,00, foi viabi- da nossa cidade” salientou o prefeito, ressaltandolizado pelo Senador Moka, fruto de uma emenda de que com o novo espaço o município poderá realizarbancada apresentada, junto ao Ministério do Turis- atividades culturais, cursos, palestras, feiras, exposi-mo. O município entrará com uma contrapartida ções, entre outros.de R$ 27.815,54, totalizando um investimento de R$710.315,54. O prefeito Edson de David agradeceu ainda ao empenho do Senador Moka sempre sensível aos an- Parte desse recurso, no valor de R$ 341.250,00 seios da comunidade.correspondente a primeira parcela da obra, já foicreditado pela Caixa Econômica Federal na conta daprefeitura e já foi aplicado para o início da obra. Nesta terça-feira, dia 6 de outubro, operários daempresa Roncone, empresa responsável pela execu-ção do empreendimento, trabalhavam na parte defundação do Centro de Eventos, que está sendo edifi-cado ao lado do novo Terminal Rodoviário, tambémem fase de execução, na entrada da cidade.   Obra – Com uma área construída total de389,71m² o Centro de Eventos terá capacidade para165 lugares. O empreendimento ainda será com-posto por salas menores para pequenas exposições,os chamados Foyer, além de sala de administração,copa, sanitários, palco e camarim. O prefeito Edson de David destacou a conquis-ta do empreendimento e ressaltou a importância daobra para o município. “O nosso município careciade um espaço adequado para a realização de diver-sos tipos de eventos promovido tanto pela prefeitu-ra como por outras entidades do nosso município.

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ENTREVISTA Christiane Deucher Fun Science Apoiar projetos sociais e culturais promove a marca da empresa, que também pode se beneficiar dos incentivos fiscais16 ESTAÇÃO Ouve-se falar muito em leis de incentivo que vados por empresas. Christiane explica que, em li- promovem projetos sociais e culturais, mas, nhas gerais, o processo para a concretização de um na prática, poucos empreendedores sabem, de projeto é simples. fato, como proceder para apoiar algum projeto e, ao mesmo tempo, receber benefícios fiscais. Para se ter De um lado está a organização ou empresa que su- uma ideia, de acordo com uma pesquisa do Sistema gere a realização de uma ação social ou cultural e de de Apoio à Lei de Incentivo (Salic) menos de 1%, cerca outro lado estão as pessoas físicas ou jurídicas que gos- de 60 mil empresas, fazem ou fizeram uso de leis de tariam de viabilizar financeiramente o projeto. O mais incentivo para apoiar projetos culturais no Brasil. O conhecido e principal mecanismo de incentivo à cul- estudo foi realizado com mais de 10 milhões de insti- tura é a Lei Rouanet. Entretanto, existem outras inú- tuições atuantes no País. Esse baixo número de em- meras leis estaduais e municipais que estão disponíveis presas participantes pode ser explicado por diversos para a sociedade fazer uso e se beneficiar com isso. motivos, e um deles é a falta de informação e divul- gação de como proceder para apoiar projetos sociais Uma vez que toda a parte burocrática avance, e culturais. destaca Christiane, a grande vantagem para as em- presas que apoiam financeiramente algum projeto é A diretora da franquia Ciência Divertida, Chris- promover a sua marca, demonstrando que é engajada tiane Deucher, conhece sobre essa sistemática e co- em causas sociais e ainda colabora com o crescimento menta que a sua marca, especializada em ativida- do País. Confira abaixo a entrevista completa com a des científicas interativas para crianças entre 4 e 17 diretora da franquia máster do Brasil da Fun Science anos, desenvolve projetos culturais que são incenti- sobre a importância para as organizações em apoiar projetos sociais e culturais.

ENTREVISTA EB - De que maneira as leis de incentivo a proje- EB - De acordo com sua vivência, quais são os 17 ESTAÇÃOtos sociais trazem benefícios às empresas? maiores benefícios desse processo para as pessoas Christiane Deucher – Uma empresa que incen-tiva projetos sociais e culturais entrega a seus con- e comunidades que recebem algum projeto social?sumidores/clientes a mensagem de que se preocu-pa com a sociedade, com um futuro melhor, mais Christiane – Podemos falar dos projetos culturaissustentável, mais consciente. Incentivar um projeto que temos levado a muitas comunidades, realmentesocial é fazer marketing social de maneira inteligen- carentes. Essas comunidades muitas vezes não temte e construtiva. Muitas empresas patrocinam essas nenhum acesso à cultura e levar nossos projetos é re-ações com o objetivo de fortalecer a imagem das suas almente gratificante, e as comunidades reconhecemmarcas. Porém, esse não é o único objetivo das com- muito, sobretudo, a empresa que lhes está proporcio-panhias quando apoiam algum projeto. Algumas vi- nando isso.sam privilegiar comunidades carentes, levar cultu-ra, esporte e ações à sociedade com mais facilidade EB - Qual dica ou mensagem você poderia dei-e com o intuito de promover um futuro melhor aonosso País. Vejo isso como algo primordial. Todos xar aos empresários sobre incentivar projetos so-têm o direito de assistir a uma ópera ou a um teatro,ter acesso a atividades físicas e participar de ações ciais?que falem sobre bullying, drogas, sustentabilidade,entre outros. Christiane – Os empreendedores podem investir em projetos culturais aprovados pelo MinC na Lei EB - Quais são os caminhos existentes para as Rouanet empresas tributadas em lucro real, deduzin-empresas aderirem a estas leis? do até 4% do IR devido. O investidor deve depositar o valor desejado para o patrocínio na conta bancária Christiane – As empresas que forem tributadas do projeto (aberta e supervisionada pelo MinC) atépelo lucro real podem investir em projetos incenti- o último dia útil do ano corrente. Após o depósito,vados via Lei Rouanet, que é uma lei de incentivo à a entidade ou pessoa que propôs o projeto irá emi-cultura a nível federal. Além disso, muitos estados tir um recibo e enviar ao patrocinador, sendo quepossuem leis de incentivo à cultura a nível estadu- este servirá como comprovante para que a renúnciaal, como, por exemplo, as de incentivo à cultura via fiscal se efetue. O ressarcimento do patrocínio feitoICMS. virá no ano seguinte, na forma de restituição ou aba- tendo do valor do IR a pagar. Ou seja, é um proces- EB - Por que o número de empresas participan- so muito simples e claro, que pode ser realizado portes é tão baixo? qualquer empresa tributada no Lucro Real, que real- mente se beneficia muito ao revelar à sociedade que Christiane – Acredito que falte conhecimento e, se importa em proporcionar à comunidade que estásobretudo, maior divulgação e incentivo para que as inserida acesso à cultura. Esperamos que a mídia, deempresas entendam realmente os benefícios de uti- uma forma geral, participe mais da divulgação e es-lizar a Lei de Incentivo à Cultura, como forma de clarecimento de como incentivar projetos culturais.levar sua marca às comunidades onde sua empresa Pois realmente gera valor agregado. É importanteestá inserida, ou seja, de promover marketing social que cada vez mais empresas invistam no incentivocom o valor agregado que realmente gera. à cultura e, que em alguns anos mais, esse número seja inverso e que, ao invés de 1%, o número seja de 99% de empresas que invistam em projetos culturais em nosso País para que mais pessoas tenham acesso à cultura e ao entretenimento.

EMPREENDEDORISMO Jimmy Cygler O americano As vivências e experiências do empreendedor18 ESTAÇÃO deixou as guerras Jimmy Cygler demonstram que ele não tem israelenses para medo. Pelo menos, medo de começar de novo. começar vida Depois de ter mudado de país algumas vezes na vida nova no Brasil, e ter lutado em quatro guerras em Israel, Cygler veio onde enfrenta para o Brasil ser empresário. Aos 65 anos de idade, com resiliência as Cygler comanda a empresa Proxis, especializada em dificuldades de contact center multicanal. Mas, até conquistar essa empreender posição, Cygler percorreu um caminho cheio de adversidades, chegou ao Brasil nos anos 1990 com dinheiro suficiente para comer e dormir por apenas 30 dias. Mais tarde, aprendeu português assistindo à novela Tieta, tornou-se professor do MBA Executi- vo ESPM e ainda escreveu o livro “Quem Mexeu na Minha Vida”, editado pela Campus/Elsevier. Com ousadia e resiliência, valores que acredita que inspi- raram sua vida, Cygler fez a sua empresa ser uma das que mais cresce no País.

EMPREENDEDORISMOA vida de Cygler era mesmo para ser intensa. Fi- estar totalmente fora da sua zona de conforto, nãolho de pai polonês e mãe brasileira, ele nasceu em conseguia ver riscos, mas somente perspectivas deNova York (EUA) e chegou a morar cinco anos no crescimento. Com esse pensamento, Cygler partiuBrasil durante a sua infância. Quando completou 13 para a ação e rebatizou a empresa com o nome Re-anos, seu pai revelou que tinha origem judia e man- solve! e difundiu o lema de uma gestão democráti-dou Cygler a Israel para trabalhar e juntar dinheiro. ca, na qual tinha somente dois cargos: resolvedorNo país, Cygler fez faculdade de administração de ou rua. E até hoje todos os funcionários da sua atualmarketing pela Universitá Haptuhá, foi empresário, empresa, a Proxis, têm no cartão de visitas o cargocasou duas vezes, teve filhos e lutou em quatro guer- de “resolvedor” registrado. Inclusive, Cygler fala queras. Cansado dos conflitos, decidiu deixar Israel e o funcionário tem a liberdade de escolher entre sercomeçar uma vida nova no Brasil. resolvedor ou ir para rua. Com essa atitude, CyglerCygler lembra que chegou ao Brasil em janeiro comanda a Resolve! com êxito e, em 2005, comprade 1990 em uma situação totalmente desfavorável. outra empresa. Desta vez, a Proxis, empresa de re-Ele não tinha diploma universitário expressivo, fa- lacionamento de contact center. E hoje, a Proxis porlava muito pouco português e dispu- três anos consecutivos figura entrenha de dinheiro suficiente para comer as empresas que mais crescem noe dormir por 30 dias. Mesmo assim, O que um Brasil.Cygler – que diz que a necessidade é a empreendedor deve Cygler atribui a sua história de“mãe” de todas as soluções – foi pedir fazer: acreditar no sucesso à ousadia e visão. Alémemprego a uns empresários que havia sonho, persistir e disso, ele acredita em trabalharconhecido quatro anos antes, quando duro e ter capacidade de execu-veio de visita ao Brasil. Esses empresá- saber pivotar. ção. “Se existe uma fórmula é esta,rios eram donos da Dynacom, empre- não conheço atalhos”, afirma osa de videogame e eletrônicos, e tam- empresário. Em média, ele reali-bém de uma subdivisão desta empresa O que não deve za 35 reuniões semanais e contachamada Dynasoft, especializada em fazer: não desanimar que várias vezes acorda entre trêssoftware. E, assim, Cygler começou a jamais, não relaxar e e quatro horas da madrugada paratrabalhar nesta empresa, mesmo sem não permanecer na trabalhar. Cygler, que se consideraentender nada de software. um empreendedor nato, garanteEle conta que os empresários con- zona de conforto. que empreender só por necessida-fiaram a ele a gestão desta microempre- de não é uma boa ideia. Pois, se-sa apenas por ele ser judeu e por isso entender muito gundo ele, o empresário precisa ter muita resiliênciabem de negócios. Os empresários estavam certos, e, para isso, necessita ter um espírito empreendedor.pois após 16 meses na empresa, Cygler conseguiu Especialmente, se for empreender no Brasil, queelevar o número de clientes de 22 para 70. Porém, no conceito de Cygler é como “dançar o samba domesmo com os resultados positivos, os donos da crioulo doido”, demonstrando completa compre-Dynasoft decidiram fechar a empresa. Diante disso, ensão da língua e cultura do País. Para Cygler, oCygler fez uma oferta e comprou a empresa. Como empresário no Brasil vive duas situações, uma boaempregado da Dynasoft, Cygler recebeu dinheiro da e outra ruim. De um lado, existem grandes oportu-rescisão do contrato de trabalho e com esse dinhei- nidades para quem é bom e sério e de outro existe aro deu “entrada” na compra da empresa e pagou o gigantesca carga tributária que obriga o empreende-restante em 17 parcelas. Dessa maneira, começou a dor a fazer um esforço enorme para pagar todos ostrajetória empresarial de Cygler no Brasil em 1991. impostos e se manter dentro da lei. “EmpreendedorO empreendedor lembra que nessa época, quan- brasileiro que consegue ter sucesso corretamentedo começou o negócio no País, ele só via oportuni- passa por uma via dolorosa e só tendo muita resili-dades. Ele acredita que pelo fato de ser imigrante e ência”, destaca. 19 ESTAÇÃO

INFRAESTRUTURA Oportunidades de investimento no setor elétrico brasileiro são apresentadas nos EUA20 ESTAÇÃO Em Washington, ministro de Minas e Energia des- O leilão das hidrelétricas, que conta com conces- tacou respeito a contratos e realismo tarifário do sões de usinas nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Pa- País raná, Santa Catarina e São Paulo, com capacidade total Leilão das hidrelétricas, marcado para o dia 6 de de 6gigawatts (GW), permite que participem da dis- novembro deste ano, poderá contar com investimentos puta proponentes brasileiros ou estrangeiros, isolada- estrangeiros mente ou em consórcios,  com experiência em opera- ção de  hidrelétricas  de porte similar à que seja objeto O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, do leilão.  Se o proponente participar de um consórcio apresentou em Washington, Estados Unidos, as pers- no papel de operador, terá de deter pelo menos 20% do pectivas de investimentos no setor elétrico brasileiro. capital votante. Braga exibiu dados da matriz energética brasileira e as oportunidades no setor a representantes de empresas “Esse leilão é uma grande oportunidade de inves- de energia e de outros segmentos da economia norte timentos para brasileiros e estrangeiros. Todas essas -americana. Falou, por exemplo, do leilão das hidrelé- usinas estão no centro de carga, localizadas no sudeste tricas amortizadas, marcado para o dia 6 de novem- brasileiro”, destacou o ministro aos convidados. bro deste ano, que poderá contar com investimentos estrangeiros. As grandes oportunidades de investimentos no setor elétrico nos próximos anos estarão na geração “O Brasil, neste momento, não tem restrições a in- solar, eólica, gás natural e biomassa, apontou o minis- vestimentos estrangeiros no setor elétrico. Todas as tro. Em todo o setor energético, Braga afirmou que o restrições foram retiradas. O Brasil tem tradição de mercado de gás natural será um dos que mais devem cumprimento de contratos, e vive momento de realis- crescer no País. mo tarifário, de grande atratividade e oportunidades para o capital estrangeiro”, afirmou. Tais característi- Segundo o ministro de Minas e Energia, a energia cas tornam o setor elétrico uma “ilha de possibilidade solar vai crescer cerca de sete vezes até 2024, e a capa- de investimentos” dentro de um grande mercado de cidade instalada em energia eólica irá triplicar, dentro investimentos muito maior, que é o mercado brasileiro, do compromisso brasileiro de entregar 20% de sua ma- afirmou o ministro. triz com energia renovável não hidráulica até 2030.  Fonte: Ministério de Minas e Energia

Cidadania e Justiça 21 ESTAÇÃO

IENNFTORREMVIESTPUABLICITÁRIO Fotos/Ilustração: Divulgação Iate de 60 pés fabricado no Brasil é entregue no Uruguai AAzimutYachts do Brasil abre a temporada náu- frente ao dólar, a exportação – que já era uma es-22 ESTAÇÃO tica expandindo a sua atuação no exterior. Na tratégia que vinha sendo estudada antes mesmo da última semana, o iate da marca de 60 pés foi crise - se torna ainda mais viável para a empresa, es- oficialmente entregue para o Uruguai, em Punta Del pecialmente aos países da América do Sul e Estados Este. Paraguai e Colômbia, no mar caribenho, estão Unidos, este último, um dos maiores mercados do entre as rotas das próximas entregas. Já em novem- Grupo. A alta qualidade de nossos produtos e ser- bro nos Estados Unidos, durante o salão náutico em viços aliada aos valores competitivos demonstram Fort Lauderdale, o fabricante apresenta pela primei- os benefícios nas negociações”, explica o CEO da ra vez ao mercado internacional o modelo Azimut Azimut do Brasil DavideBreviglieri. 42, que passa a ser comercializado para as Américas e outros continentes, através dos revendedores da Breviglieri ainda declara que a comercialização matriz italiana. de iates de alto luxo da marca ao Brasil seguirá em crescimento. “No Brasil, nosso foco é a venda de ia- “Com o cenário econômico que o Brasil vem tes de maiores dimensões, especialmente entre 60 atravessando e as significativas diferenças cambiais e 83 pés, destinados a um público triplo A que não

INFORME PUBLICITÁRIOsente tanto os reflexos da crise quanto o perfil de paradisíacos do país e suas vias navegáveis tantoconsumidor de barcos menores. Por isso, nesta últi- por mar quanto por rios e lagos, tornam ainda maisma temporada náutica (set/2014 a set/2015) tivemos perfeita a experiência”, conta o diretor comercial daum aumento de mais de 30% nas dimensões de iates AzimutYachts do Brasil Francesco Caputo.relacionado à ao mesmo período do ano anterior”. A embarcação de mais de 18 metros de compri- Ao todo, foram produzidas 35 embarcações na mento, conta com áreas externas privilegiadas atra-última temporada náutica pela marca italiana com vés do espaço gourmet na plataforma de popa (comunidade de produção brasileira e a previsão é um direito à churrasqueira adicional e área para refei-aumento de 20% na produção. “Nossa estratégia é ções) e pelo maior flybridge da categoria.seguir trabalhando com força total o mercado bra-sileiro e expandir para o exterior. Dessa forma, na O deck principal integra o living, a área de jantar,temporada de 2016/ 2017 pretendemos quase dobrar a cozinha e o posto de comando principal. No decka nossa produção”, informa o executivo. inferior são três cabines, sendo uma do proprietário, outra VIP e cabine com duas camas de solteiro para Azimut 60 agora no Uruguai convidados ou crianças. Luminosidade, mobiliário e acabamentos de alto padrão e tecnologia de ponta O que já era sucesso absoluto no Brasil desde são mais diferenciais.2010, quando a unidade de produção da AzimutYa-chts foi instalada no território, agora vem atraindo o AZIMUT YACHTSmercado internacional. Punta Del Este, no Uruguai,é palco de embarcações ancoradas nos iates clubes Instalado no Brasil em 2010, o estaleiro Azimu-ou nos trapiches do porto que se misturam com a tYachts vem lançando novidades ao mercado náuti-beleza de suas praias, cassinos, comércio e restau- co ano a ano. Atualmente a fábrica que ocupa umarantes de alto padrão. área de 16 mil m² na cidade de Itajaí, SC, conta com produção de iates de 42, 50, 56, 60, 70 e 83 pés. É o “O design diferenciado da Azimut 60, agregado único estaleiro do Brasil a receber a certificação ISOao seu desempenho, sua tecnologia, amplitude e ex- 9001.celência construtiva italiana em todos os detalhescombinam muito bem com o perfil e o gosto exigen- AzimutYachts é uma marca do Grupo italianote do público do Uruguai. Além disso, os cenários Azimut|Benetti com matriz em Avigliana, Itália, o maior e mais importante construtor de iates de luxo. 23 ESTAÇÃO

ECONOMIA Gastos obrigatórios explicam alta no custeio este ano Despesas para manter máquina púlbica não têm pressionado contas públicas, diz TesouroArquivo, Agência Brasil24 ESTAÇÃO Um dos principais fatores que têm pressionado custeio teria caído 6%, descontada a inflação oficial as contas públicas, as despesas com custeio pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Am- (manutenção da máquina pública) não estão plo (IPCA). subindo este ano por causa da administração das re- partições públicas e sim por causa dos gastos obriga- Em valores corrigidos pela inflação, os gastos de tórios. Segundo o Tesouro Nacional, os desembolsos custeio passaram de R$ 158,4 bilhões, de janeiro a com gastos obrigatórios, que não podem ser corta- agosto de 2014, para R$ 162,6 bilhões no mesmo pe- dos pelo governo, explicam a expansão real de 2,7% ríodo deste ano. As despesas com o FCDF subiram (acima da inflação) do custeio de janeiro a agosto. R$ 4,2 bilhões, os gastos com a desoneração da folha saltaram R$ 5,2 bilhões e o pagamento da comple- De acordo com o Tesouro, a alta deve-se ao paga- mentação do FGTS aumentou R$ 3,6 bilhões. Caso mento da compensação pela desoneração da folha de esses gastos fossem excluídos, o custeio teria caído pagamento, ao reconhecimento de uma dívida com R$ 8,7 bilhões em 2015. o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e à mudança de rubrica do Fundo Constitucional do “Os números mostram que o governo está aper- Distrito Federal (FCDF), que complementa o salário tando o cinto e cortando na carne. Os gastos com de servidores da saúde, da educação e da segurança custeio estão subindo, na verdade, por causa de des- da capital federal. Sem essas despesas, o gasto com pesas obrigatórias”, disse o secretário do Tesouro, Marcelo Saintive, ao comentar o resultado das con-

ECONOMIAtas do Governo Central (Tesouro, Previdência Social nistério do Planejamento, o recuo nos gastos admi-e Banco Central) em setembro. nistrativos chega a 7,5% descontada a inflação de janeiro a agosto. O cálculo inclui despesas com ser- Os gastos com a desoneração da folha decorrem viços de apoio, limpeza, água e esgoto; energia elétri-do fato de o Tesouro ser obrigado a cobrir a queda ca; locação, manutenção e conservação de imóveis;de receita da Previdência Social com o novo regime, material de consumo; diárias e passagens e serviçospelo qual empresas de 56 setores da economia con- de comunicação.tribuem para a Previdência com base num percen-tual do faturamento, em vez de desembolsar 20% da Trajetória do custeiofolha de pagamento. A inclusão de novos setores no preocupa investidorano passado e a queda no faturamento das empresas,provocada pela crise econômica, fizeram a despesa Para o economista-chefe da Austin Rating Con-aumentar este ano. Somente a partir de dezembro, sultoria, Alex Agostini, o fato de as despesas obri-entrará em vigor a lei que reduz pela metade a deso- gatórias pressionarem as de custeio mostra que oneração da folha. governo está assumindo as consequências da po- lítica expansionista de gastos dos últimos anos. Em relação ao FGTS, o governo está pagando Para Agostini, não adianta a equipe econômica se-a dívida com o adicional de 10% na multa por de- parar as despesas obrigatórias dos demais gastosmissões sem justa causa. Durante anos, o governo porque o investidor está preocupado com a trajetóriaembolsou a arrecadação da multa adicional cobrada do custeio no médio e no longo prazos.das empresas para cobrir perdas durante os planosVerão (1988) e Collor (1990), sem repassar o dinhei- “As despesas obrigatórias vêm subindo nos últi-ro ao fundo. No caso do FCDF, a alta é provocada mos tempos, principalmente a partir de 2014. Porpor um efeito estatístico. O governo, que antes re- mais que as demais despesas de custeio tenham ca-gistrava os gastos com o fundo na conta de despesas ído, o governo e os investidores continuam preocu-de pessoal, passou a contabilizar o fundo na rubrica pados porque o leite derramou. O problema agora éde custeio. a consistência para o longo prazo. O governo precisa do Congresso [Nacional] para mudar leis e reduzir Quando se leva em conta apenas o custeio ad- os gastos obrigatórios”, disse Agostini.ministrativo, a queda real chega a ser ainda maior.Segundo levantamento recente divulgado pelo Mi- 25 ESTAÇÃO

26REeSvTiAsÇtaÃOEstação4

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BRASIL Foto: Divulgação Foto: Divulgação Balanço das obras para Rio 2016 é positivo28 ESTAÇÃO As delegações esportivas que participaram prazos para garantir tanto a realização dos even- dos Jogos Pan-Americanos em Toronto, Ca- tos-teste quanto dos Jogos. “Estamos falando de nadá, entre 10 e 26 de julho, vão conheceram um grande desafio para o Estado brasileiro, ou as medidas adotadas pelo Brasil para viabilizar as seja, garantir a entrega de um projeto conjunto de Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. No dia 11 grande complexidade. Acho que o resultado tem de julho, em entrevista coletiva, será apresentada sido muito positivo, porque temos conseguido a Matriz de Responsabilidades das Olimpíadas e manter tudo dentro das expectativas de entrega Paralimpíadas de 2016. para a realização desses eventos”. As soluções são definidas pelas três esferas Durante a viagem ao Canadá, Marcelo Pedroso de governo dentro do planejamento e diante de pretende fazer contatos institucionais e observar situações que possam surgir antes dos Jogos, dis- de que forma os canadenses estão se preparando se o presidente da Autoridade Pública Olímpica para garantir o uso do legado das instalações es- (APO), Marcelo Pedroso. “Não descartamos a portivas de Toronto depois dos Jogos. “Para nós, necessidade de adoção de medidas complemen- isso é de grande interesse, porque é o nosso foco tares para permitir a realização de algumas com- de atenção no momento.” Caberá aos entes públi- petições.” cos definir o que é legado e o que estará no Plano de Política Pública e o que entrará na Matriz de Segundo ele, todas as obras das Olimpíadas es- Responsabilidades das Olimpíadas. tão caminhando de forma adequada, dentro dos

29 ESTAÇÃO

SAÚDE Brasil avança no diagnóstico do câncer de mama No primeiro semestre deste ano foram realizados 1,8 milhão de mamografias, sendo 1,1 milhão na faixa etária de maior incidência (50 a 69 anos) do câncer de mama30 ESTAÇÃO Desde a década 90, o mês de outubro tem sido ça tem sido ampliado gradativamente. De janeiro a dedicado ao trabalho de conscientização sobre junho de 2015 foram realizados 1,8 milhão de ma- o câncer de mama, tipo mais letal entre as mu- mografias no país, 31% a mais que no mesmo perí- lheres e que afeta, por ano, mais de 57 mil brasilei- odo de 2010 (1,4 milhão de exames). O crescimento ras. Este ano, a campanha do Ministério da Saúde e é ainda maior, de 51%, quando comparados os exa- o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes mes realizados entre mulheres de 50 a 69 anos (faixa da Silva (INCA), “Câncer de mama: vamos falar so- etária prioritária) nos primeiros semestres de 2010 bre isso?”, tem como objetivo desconstruir os mitos (724.409) com 2015 (1.092.577). associados à doença. Entre os alertas, a importância da detecção precoce, a partir da orientação do médi- As Regiões Norte e Nordeste foram as que mais co e da realização da mamografia. registraram crescimento, quando comparado o pri- meiro semestre deste ano com o mesmo período Nos últimos anos, o acesso a exames no Sistema dos últimos cinco anos. Na Região Norte o aumento Único de Saúde, assim como tratamento da doen- foi de mais de 100%, tanto no geral quanto na faixa

SAÚDEprioritária, passando de 29.114 para 63.745, no geral, saúde feminina. Em Brasília, o prédio Central doe de 14.376 para 33.963, na faixa prioritária. No Nor- Ministério da Saúde, o Congresso Nacional e outrosdeste, o principal aumento foi na faixa prioritária, monumentos públicos estão iluminados com luzesampliando em cinco vezes o número de mamogra- cor-de-rosa. O movimento também está presente emfias realizadas, passando de 124 mil para 629.517. No várias partes do país.geral, o número de exames saltou de 261.341 para401.421. INCA - Para estabelecer e fomentar a comunica- ção com as mulheres e a população sobre o câncer Na comparação com anos fechados, o total de de mama, a campanha do INCA deste ano vai con-mamografias realizadas na faixa etária prioritá- tar com cartaz, filipeta, e hotsite (www.inca.gov.br/ria aumentou 61,9% entre 2010 (1.547.411) e 2014 outubro-rosa), além de inserções nas mídias sociais(2.506.339). Já em números totais desses exames, o do Ministério da Saúde (facebook, twitter e Blog daaumento foi de 41,8% entre 2010 (3.035.421) e 2014 Saúde).(4.304.619). Outra ação de comunicação promovida pelo Ins- O Sistema Único de Saúde (SUS) garante a oferta tituto é a exposição “A Mulher e o Câncer de Mamagratuita de exame de mamografia para as mulheres no Brasil”, que aborda aspectos históricos, médicosbrasileiras em todas as faixas etárias. A faixa dos 50 e culturais das mamas, com atenção especial ao cân-aos 69 anos é definida como público prioritário para cer e à evolução das ações para o seu controle noa realização do exame preventivo pela Organização Brasil. Iniciativa do INCA e da Fundação OswaldoMundial de Saúde (OMS) e seguida pelo Ministério Cruz (Fiocruz), a mostra é composta por 22 painéisda Saúde baseado em estudos que comprovam maior que serão dispostos no Terminal Alvorada, na Barraincidência da doença e maior eficiência do exame. da Tijuca, no Rio de Janeiro em parceria com o Con- sórcio BRT. O rastreamento é uma estratégia de detecção pre-coce utilizada em políticas públicas para populações A exposição também conta com uma versão di--alvo específicas a fim de reduzir a mortalidade por gital que pode ser exibida em eventos e iniciativas deuma determinada doença. Essas diretrizes visam mobilização. Os interessados devem entrar em con-aprimorar a política de atenção ao câncer, garantin- tato com o INCA pelo e-mail atencao_oncologica@do também que todas as mulheres, independente da inca.gov.br e fazer a solicitação do material.idade, com pedido médico, façam o exame. Destaforma, o Ministério da Saúde tem garantido inves- 31 ESTAÇÃOtimento crescente na assistência oncológica, comampliação de 45% dos recursos nos últimos quatroanos, totalizando R$ 3,3 bilhões em 2014. MOBILIZAÇÃO – Neste Outubro Rosa, a campa-nha vai enfatizar para as mulheres que buscar infor-mações confiáveis constituem importante estratégiapara a detecção precoce e o controle do câncer demama. Há consenso científico atualmente sobre ainfluência de fatores comportamentais no desenvol-vimento de diversas doenças, inclusive o câncer demama. Manter uma alimentação saudável, praticaratividade física regularmente e evitar o consumo debebidas alcoólicas podem contribuir para a reduçãodo risco de desenvolver câncer de mama. O movimento popular Outubro Rosa é interna-cional. Em qualquer lugar do mundo, a iluminaçãorosa é compreendida como a união dos povos pela

CAPA Robson Braga de Andrade Presidente da CNI ENTREVISTA Governo está no caminho errado, mas não defendo impeachment, diz Robson Braga de Andrade Em entrevista o presidente da CNI falou sobre o atual momento político e econômico do país. Segundo ele, a falta de força política do governo é uma das maiores dificuldades para sair da crise32 ESTAÇÃO O Brasil hoje é Da Redação/Foto: Divulgação mais maduro. Na época do Collor, A falta de força política do governo para aprovar vínhamos de uma mudanças é hoje uma das maiores dificuldades na inflação superior busca de um rumo para a saída da crise, segundo a 200% ao ano, o presidente da CNI, Robson Andrade. O executivo tivemos planos afirma ser contrário à possibilidade de impeachment econômicos que da presidente Dilma Rousseff, mas que o governo não deram certo está em um “caminho errado” em relação ao ajuste fiscal. O empresário diz ainda que, durante a crise que derrubou o ex-presidente Collor, o país tinha um Congresso mais estruturado e lideranças polí- ticas expressivas. A seguir, os principais trechos da entrevista.

CAPA EB - A situação ainda vai piorar ou chegamos Escolhemos 33 ESTAÇÃOao fundo do poço? em outubro a liderança que Robson Braga de Andrade - Não acredito que gostaríamos de ter,chegamos ao fundo do poço, mas precisamos mas escolhemoscomeçar a ver resultado. Só medidas pontuais, em cima de umnão resolvem. programa de governo em que EB - Se medidas de ajuste tivessem passado acreditávamos,teriam trazido alívio? de gestão, de crescimento. Por Mesmo que as desonerações tivessem sido uma série deaprovadas pelo Congresso, não resolveriam o fatores econômicosproblema do deficit. O governo contava com uma e políticos, não sereceita tributária inexistente porque a atividade efetivoueconômica está caindo. sistema político que temos, com a liderança que EB - Como compara essa crise com a de Collor? escolhemos. Mas é necessário também que ela O Brasil hoje é mais maduro. Na época do tome as decisões que o país precisa, não podemosCollor, vínhamos de uma inflação superior a ficar à mercê de problemas políticos.200% ao ano, tivemos planos econômicos quenão deram certo. Hoje, há mais estabilidade. EB - O sr. é a favor do impeachment daTínhamos um Congresso estruturado e uma certa presidente?organização política. Temos condições de ter umaliderança adequada. Não sou a favor. Temos mecanismos da Justiça que têm de avaliar essas questões. Não acho que EB - A liderança foi escolhida nas últimas simplesmente o impeachment resolverá. O queeleições. O que seria pior para a indústria, a vai resolver é ajudarmos a construir um Brasilsaída da presidente ou um governo fraco por trêsanos? Escolhemos em outubro a liderança quegostaríamos de ter, mas escolhemos em cima deum programa de governo em que acreditávamos,de gestão, de crescimento. Por uma série de fatoreseconômicos e políticos, não se efetivou. Temosagora de ajudar a construir um país diferente. Asinstituições têm de ser respeitadas. Foi eleita, temde respeitar e ajudar a construir o país dentro do

CAPA diferente do que temos hoje. Não estou falando que Não tenho visto. Mas há alguns anos, tem de apoiar a presidente, mas que nós temos de conversando com um secretário da Fazenda, achar um caminho para que nossos representantes, ele me disse: “Primeiro temos o pagamento de principalmente o Congresso, aprovem as despesas obrigatórias, depois os salários, as medidas necessárias. A eleição despesas correntes do Estado, da presidente é mais visível, aí, se sobrar dinheiro, a gente mas, em 2014, as promessas dos Acho um absurdo paga os empresários que nos candidatos aos governos, ao ideias de que forneceram”. Isso deveria valer Senado e à Câmara, foram as aumentar imposto também na iniciativa privada. mesmas, de que vão melhorar Pagar primeiro salários, [o país]. Estamos esperando por isso e acho que temos de dar as resolve a situação. fornecedores, despesas, tirar o mãos e ajudar a construir. Se Acabar com o lucro lucro do investidor e, se sobrar a economia melhorar e o país presumido não dinheiro, pagar os impostos. voltar a crescer, a tendência é Os governos não concordam que a [impopularidade] mude completamente. significa que quem com isso e têm mecanismos de não pagava imposto, pressão que nós não temos. EB - Quais os efeitos da passará a pagar. Há a EB - O sr. acredita que poderá operação Lava Jato sobre a proposta do ministro haver aumento de imposto? Afif Domingos [da Não acredito porque não tem indústria? Algumas empresas são de Secretaria da Micro e mais onde aumentar. Pequena Empresa] de EB - Há sugestão de fora do grupos grandes, com outras reduzir impostos para governo de acabar com o lucro atividades além da construção uma certa faixa presumido. O que o sr. acha? pesada. Vão se reestruturar e sair Acho um absurdo ideias de que dessa situação melhores, com mais governança e transparência. Não aumentar imposto resolve a situação. sei se terão interesse em participar de negócios com Acabar com o lucro presumido não significa que quem governos. Empresas [não envolvidas na Lava Jato] não pagava imposto, passará a pagar. Há a proposta se mostram reticentes em trabalhar para o governo do ministro Afif Domingos [da Secretaria da Micro e com receio de serem ligadas a irregularidades. Pequena Empresa] de reduzir impostos para uma certa faixa. Haverá queda de receita. Será suprida com alta de EB - O ministro Joaquim Levy disse que tributação sobre as empresas acima desse limite?34 ESTAÇÃO empresas atrasam o pagamento de impostos, o Robson Braga de Andrade é empresário e presidente que contribui para derrubar a arrecadação. Isso da Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem ocorrido?

EVENTOSPrêmio FINDES de Jornalismo 2015recebe 468 trabalhos Fonte: CNIEm sua 2ª edição, o prêmio contemplará os au- Repórter Cinegrafista, com 76; Fotojornalismo, com 35 ESTAÇÃO tores das melhores reportagens nas categorias 68; Webjornalismo, com 54; e Radiojornalismo, com Jornalismo Impresso, Telejornalismo, Radiojor- 29 reportagens.nalismo, Webjornalismo, Fotojornalismo e RepórterCinegrafista PREMIAÇÃO - Os vencedores receberão diplomas, troféus e dividirão R$ 105 mil, sendo R$ 15 mil para O Prêmio Findes de Jornalismo, da Federação das o Grande Prêmio Rubem Braga de Jornalismo 2015,Indústrias do Estado do Espírito Santo bateu recor- R$ 10 mil para os primeiros colocados de cada umade de inscrição em 2015. Ao todo, 468 materiais irão das outras categorias, R$ 3 mil para os segundosconcorrer aos prêmios no dia 4 de dezembro, em Vi- lugares e R$ 2 mil para os terceiros colocados. Ostória. Em comparação ao ano passado, a premiação vencedores receberão os valores líquidos, livres deteve um aumento de 275% no número de inscrições, qualquer imposto.com 343 trabalhos a mais. Em 2014, o Prêmio Findesde Jornalismo contabilizou 125 trabalhos inscritos. Para o presidente do Sistema Findes, Marcos Guer- ra, o reconhecimento dos trabalhos jornalísticos é Em sua 2ª edição, o prêmio contemplará os auto- fundamental para o desenvolvimento do Estado. “Osres das melhores reportagens veiculadas entre 2 de profissionais de comunicação promovem o debate deoutubro de 2014 e 4 de outubro de 2015, nas catego- questões importantes para a vida do cidadão, comorias Jornalismo Impresso, Telejornalismo, Radiojor- educação, economia e meio ambiente. É preciso reco-nalismo, Webjornalismo, Fotojornalismo e Repórter nhecer e valorizar os profissionais que, com criativida-Cinegrafista. Além disso, o concurso premiará o me- de e clareza, divulgam bons exemplos e jogam luz sobrelhor trabalho entre todos os inscritos com o Grande assuntos tão essenciais para a sociedade”, explica.Prêmio Rubem Braga de Jornalismo. O Prêmio Findes de Jornalismo é uma iniciativa Em 2015, a categoria mais disputada é a de Te- do Sistema Findes e conta com o patrocínio da Ar-lejornalismo, com 140 reportagens inscritas. Em celorMittal, Fibria, Samarco e Vale.seguida, aparecem Jornalismo Impresso, com 101;

CIDADES Arantes é contra, mas projeto de Pimentel que aumenta impostos está sendo discutido no Plenário da Assembleia Deputado acredita que oposição ainda pode derrotar o governo e salvar a economia mineira de um colapso36 ESTAÇÃO OProjeto de Lei do governador Fernando Pi- deputados, mas, por ter maioria, o governo acabou mentel que aumenta impostos em mais de conseguindo aprová-lonas comissões. 20 itens  passou pela comissão de Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), e Participaram da audiência conjunta, vários líde- agora está pronto para ser votado em 1º turno pelo res empresariais e dezenas de comerciantes quevie- Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais ram manifestar indignação, repudio e preocupação (ALMG). O projeto do governador não poupa nem com a decisão do governo. Apaes, asilos, santas casas, cheches ou escolas; câ- maras municipais e prefeituras. O vice-presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Lincohn Gonçalves Fer- Antes, na primeira audiência conjunta das comis- nandes, considerou o projeto absurdo. “O setor pro- sões de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperati- dutivo não tem capacidade de absorver a inflação e vismo e de Minas e Energia, presidida por Antônio muito menos um aumento de impostos. A Fiemg é Carlos Arantes(PSDB), o projeto foi rejeitado pelos contra qualquer tipo de aumento de impostos, seja municipal, estadual ou federal”, garantiu.

CIDADES Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lo- Valentino, deu os números da crise: “Até agora, 12jistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Bruno Falci, o mil empresas fecharam as portas em 2015”, resumiu.setor de comércio e de serviços precisa que o gover-no dê a eles energia para sobreviver à crise, e não que O aumento dos impostostire a energia que ainda resta. “Nós não suportamosmais impostos. Isso vai acarretar o fechamento de As alíquotas do ICMS serão aumentadas em 27%empresas e de inúmeros postos de trabalho”, afir- sobre produtos considerados supérfluos, como bebi-mou. das alcoólicas, cigarros, armas, refrigerantes, ração tipopet, perfumes e cosméticos, alimentos para atle- O presidente da Federação das Associações, tas, telefones celulares, câmeras fotográficas e de ví-Comerciais e Empresarias (Federaminas), Frank deo, equipamentos para pesca esportiva e aparelhosSinatra foi enfático: “Socorro! Não estamos de som e vídeo para uso automotivo. E passará deaguentando mais. Hoje eu tenho vergonha de ser 25% para 27% sobre serviços de comunicação, comolojista, tenho vergonha de entrar no banco e pe- telefonia, internet e TV por assinatura. No caso dadir empréstimo. Estamos, oprimidos, sofridos e água e da energia elétrica para consumidores comer-deprimidos com a irresponsabilidade do gover- ciais, a alíquota passará de 18% para 25%, até 31 deno. Se vocês deputados não tomarem uma atitu- dezembro de 2019.de, nós vamos fechar as portas. Hoje, em Conta-gem (Região Metropolitana de Belo Horizonte), E por fim, passarão a pagar IPVA veículos dis-cinco estabelecimentos comerciais fecham as pensados de licenciamento por não trafegarem emportas por dia”, desabafou. via pública (offroad), como os usados em minerado- ras. A elevação do imposto valerá a partir de 1º de E o gerente-executivo da Federação dos Emprega- janeiro de 2016.dos no Comércio e Congêneres (Fecomercio), Allan 37 ESTAÇÃO

IENNTTERRENVAISCTIAONAL38 ESTAÇÃO Senado aprova tituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Um acordo de lideranças permitiu o calendário especial de trami- ICMS sobre tação da PEC. Em primeiro turno, foram 61 votos favoráveis e nenhum contrário. Já em segundo tur- leasing de bens no, a matéria conquistou um voto a mais. A PEC, de autoria da senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), altera o importados artigo 155 da Constituição — relativo aos impostos de competência dos estados — e segue agora para Proposta promove o equilíbrio exame da Câmara dos Deputados. financeiro dos estados ao passo em que favorece arrecadação. Texto - Acredito que todos os estados serão recom- segue para análise da Câmara pensados por esse esforço do Congresso Nacional – disse a senadora. OPlenário do Senado aprovou, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 107/2015. A O presidente do Senado, Renan Calheiros, des- PEC estabelece que o Imposto sobre Circula- tacou que a PEC alcançou “grande convergência” ção de Mercadorias e Serviços (ICMS) poderá ser no Senado. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PS- cobrado sobre operações de leasing de bens im- DB-SP) disse que a alteração favorece o equilíbrio portados com ou sem possibilidade de transferên- financeiro dos estados. O relator, senador Lindber- cia de propriedade. gh Farias (PT-RJ), elogiou a iniciativa da senadora Lúcia Vânia e agradeceu o apoio dos colegas sena- A medida, que favorece a arrecadação dos esta- dores, que viabilizaram a tramitação da matéria dos, foi aprovada pela manhã na Comissão de Cons- de forma mais ágil. Para o relator, trata-se de uma PEC de extrema importância, principalmente em um momento de dificuldade financeira dos estados. - Todos os governadores do Brasil se mobiliza- ram pela aprovação da PEC – apontou Lindbergh.

GOVERNO39 ESTAÇÃO

INDUSTRIA40 ESTAÇÃO Foto: Roberto Stuckert Filho/PRAcordo automotivo Brasil-Colômbiavale por 8 anos e vai zerar tarifas deimportação já em 2016Brasil e Colômbia fecharam diversos acordos importantesD,adReudarçaãno/tFoetoa: Dpivruilgmaçãeoira visita de Estado da presidenta Dilma Rousseff ao país. Um deles é o acordo automotivo de oito anos, que vai antecipar de 2018 para 2016 a tarifa zero para a importação de veículos entre os dois países.Segundo a presidenta Dilma , os acordos fir- de 4% neste ano e já é o terceiro maior mercado mados hoje entre Brasil e Colômbia vão gerar da América do Sul. No entanto, o país ocupa uma mais renda e emprego para os dois países. modesta sétima colocação em termos de parcerias O acordo estabelece que a tarifa de importação comerciais com o Brasil – situação que agora deveserá de zero para até 12 mil veículos em 2016. Em começar a mudar já que, segundo a presidenta, os2017, a taxa zero valerá para 25 mil e abrangerá 50 acordos firmados hoje vão gerar mais renda e empre-mil unidades a partir do terceiro ano. A presidenta go para os dois países.Dilma destacou, na ocasião, que o comércio bilateralentre Brasil e Colômbia vem crescendo acelerada- “Em 2014, o intercâmbio comercial bilateral pas-mente. sou de US$ 1,5 bilhão a US$ 4 bilhões. São 165% de A Colômbia tem expectativa de crescer acima crescimento. Acredito que é apenas o início de um processo que, sem sombra de dúvida será vantajoso

INDUSTRIApara os povos e para a economia de nossos países. Vai Outros acordosgerar mais emprego, vai gerar mais renda”. Dilma e o presidente colombiano Juan Mano- Ela acrescentou que as iniciativas são importan- el Santos assinaram nesta sexta-feira uma série de acordos bilaterais em áreas como cooperação in-tes principalmente em um quadro em que a situação dustrial e de serviços bancários, investigação cien-dos países do mundo é de dificuldade. tífica, cooperação policial, comunicação, esportes, tema de interesse indígenas e transportes fluviais. “Principalmenteporque vivemos o fim do Firmaram ainda o primeiro Acordo de Coopera- chamado supercíclo das ção e Facilitação de Investimentos, para promover o commodities. Todos os investimento mútuo e criar mecanismos de preven-nossos países dessa região ção de conflitos, permitindo também que o Brasil e ao Mercosul avancem nas relações com a Aliança foram afetados”, lembrou. Pacífico. Brasil e Colômbia divulgaram uma declaração conjunta sobre mudanças no clima, com vistas à 21ª Conferência das Partes da Convenção das Na- ções Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), que será realizada em dezembro, em Paris. O ob- jetivo de Dilma e Santos é o de proteger a megadi- versidade da Amazônia, que é compartilhada pelos dois países. 41 ESTAÇÃO

ESPORTE Pela primeira vez no Brasil, Tocantins sedia III Encontro Pan-Americano de Jogos e Esportes Autóctones e Tradicionais42 ESTAÇÃO Com a evolução tecnológica, muitas crianças Encontro mal conhecem os jogos que foram sucesso na época dos pais. Para Piaget, o jogo possui O evento é uma das ações da Associação Pan-A- estreita relação com a construção da inteligência. mericana de Jogos e Esportes Autóctones e Tradicio- Porém, as atividades lúdicas tem sido cada vez mais nais que objetiva formar uma rede de diálogo con- deixadas para trás. Com o intuito de resgatar tal tra- tinental em tornos dos jogos tradicionais; estimular dição e valorizar a cultura dos jogos tradicionais, a criação de Associações Nacionais de Jogos Tradi- acontece o III Encontro Pan-Americano de Jogos e cionais nos diferentes países da América; dar visibi- Esportes Autóctones e Tradicionais. lidade e angariar o reconhecimento dos jogos como manifestação lúdica da humanidade, entre outros. Neste ano, a capital tocantinense foi escolhida como palco da atividade, que acontece de sexta-fei- Histórico ra, 23, a domingo, 25, no auditório Cuica – Centro Universitário Integrado de Ciência e Arte e no CTG Esta é a primeira vez que o evento é sediado no – Centro de Tradições Gaúchas Nova Querência. A Brasil e o Tocantins foi escolhido por já receber uma programação é organizada pela Universidade Fede- grande quantidade de turistas neste períod, em vir- ral de Santa Maria em parceria com a Universidade tude dos Jogos Indígenas. O primeiro evento ocorreu Federal do Tocantins e vai contar com a participa- no México na cidade de Veracruz, em julho de 2012, ção de representantes nove países – Argentina, Chi- com a participação de quatro países (representantes le, Colômbia, Guadalupe, Haiti, Honduras, México, do país sede, do Brasil, da Guatemala, de Honduras Panamá e Peru - e ainda 21 estados brasileiros. e dos Estados Unidos da América). No período de 4 a 8 maio de 2013, Honduras/São Marcos sediou se- O evento contará com reuniões de trabalho, de gundo encontro, reunindo oito países (representan- troca de informações e de planejamento de ações co- tes do país sede, da Argentina, do Brasil, do Chile, da letivas em torno dos jogos tradicionais de povos das Guatemala, do México, do Panamá e da Nicarágua). Américas. De acordo com uma das organizadoras do evento, a professora Elizara Carolina, a marcha é um movimento mundial para reconhecer a importância dos jogos tradicionais dos diferentes povos. Partici- pam pesquisadores de diversas Universidades do país, representantes de Associações e de Museus ligados aos Jogos Tradicionais, bem como, jogadores.

EVEESNPTOORSTE 43 ESTAÇÃO

GOVERNO Governo limita uso de carros oficiais e de viagens em primeira classe44 ESTAÇÃO Restrição tem como objetivo reduzir gastos pú- ículos sejam organizados para utilização integrada blicos e faz parte dos ajustes anunciados pela pelas referidas autoridades”, cita o decreto. O docu- presidenta Dilma Rousseff mento também proíbe o uso de carro oficial para ir O governo decidiu restringir o uso de carros ofi- a locais de embarque e desembarque de viagens a ciais por autoridades do governo federal, assim como serviço quando o servidor estiver recebendo verba a compra de passagens aéreas de primeira classe. A de deslocamento para custear o deslocamento nesses medida busca reduzir gastos públicos e faz parte do trechos. conjunto de ações de melhoria da gestão anunciado pela presidenta Dilma Rousseff no começo de outu- Primeira classe bro. As novas regras estão presentes em decreto pu- blicado no Diário Oficial da União desta quarta-fei- Para as passagens aéreas de viagens a serviço na- ra (14) e valem para a administração pública federal cionais e internacionais, o decreto limita a emissão direta, autarquias e fundações. de bilhetes na primeira classe à presidenta e ao vi- ce-presidente da República. Ministros, secretários O decreto limita o uso de carro oficial de repre- de Estado e comandantes das Forças Armadas, que sentação, que será de uso exclusivo da presidenta da antes detinham o direito, agora viajarão na classe República, vice-presidente, ministros, comandantes executiva. da Forças Armadas e ex-presidentes da República. Para os demais cargos, a regra é fazer o uso com- Aos demais cargos, a regra é a compra de passa- partilhado de veículos oficiais. Antes, tinham direito gens na classe econômica, inclusive para os titulares a carro exclusivo os dirigentes de autarquias e fun- de representações diplomáticas brasileiras, presiden- dações da administração pública federal, chefes de tes de estatais, oficiais-generais e outras categorias gabinete e dirigentes de órgãos federais nos estados, que antes tinham direito a voar na classe executiva. entre outros cargos. As regras entram em vigor imediatamente. O “(Essa medida) destina-se à otimização do uso texto prevê que o Ministério do Planejamento pode- da frota, no âmbito dos órgãos e das entidades da rá adotar medidas complementares para garantir o administração pública federal, de modo que os ve- cumprimento do decreto. Fonte: Portal Brasil

POLÍTICAMinistro afirma que tropolitanas, por isso são prioridades do governo fe- 45 ESTAÇÃOsoluções coletivas deral no que diz respeito às intervenções e parceriassão mais baratas e com o Ministério”. Ele afirmou ainda que as regiõesracionais para regiões metropolitanas demandam grandes investimentos emmetropolitanas mobilidade, saneamento e habitação. “Essa é a razão de precisar pensar as cidades como um todo para queOministro das Cidades, Gilberto Kassab, afirmou possamos ter investimentos que sejam estendidos para durante abertura do Seminário Internacional sobre todos os municípios”, completou. Governança Metropolitana, em Curitiba, que as so-luções coletivas são mais eficientes para as grandes cidades. Segundo Kassab, o planejamento urbano nos dias“As regiões metropolitanas têm nos seus grandes proble- de hoje é o principal instrumento do crescimento orga-mas soluções coletivas, que são mais baratas, racionais e nizado de uma cidade, e seminários são meios eficien-que mais facilmente podem ser apoiadas pelo poder públi- tes de troca de informações entre as regiões. “É ondeco estadual e federal”, disse. pode haver uma sinergia entre as políticas públicas para que possamos conhecer o que é aplicado em ou- Gilberto Kassab explicou que o Ministério das Cidades tras cidades como melhores políticas para fazer o cres-foi criado para estabelecer parcerias com municípios, pre- cimento com qualidade tão desejado”, lembrou Kassab.feitos, governadores, às vezes, de maneira direta e outras,em conjunto com governos estaduais. “A minha presença A mudança no Estatuto da Metrópole foi lembra-aqui é para reafirmar a nossa disposição de continuar as da pelo ministro das Cidades como nova forma de de-parcerias e consolidá-las no plano dos estudos, seminários senvolver as regiões metropolitanas. “O novo estatutoe investimentos para atingir os nossos objetivos”. parte do princípio que é fundamental a integração me- lhor entre as cidades”, finalizou. Em seu discurso, o ministro declarou que as regi-ões metropolitanas são prioridades do governo federal O Seminário foi promovido pelo Governo do Esta-por abrigar maior parcela da população. “Se a maior do do Paraná, Secretaria do Desenvolvimento Urbanoparte da população está concentrada nas regiões me- - por intermédio da Comec e pelo Banco Interameri- cano de Desenvolvimento (BID), e teve debates sobre experiências nacionais e internacionais na gestão me- tropolitana, financiamento e instrumentos de desen- volvimento regional integrado e o Estatuto da Metró- pole. O evento é voltado a gestores públicos que atuam nas regiões metropolitanas de todo o Brasil.

ECNUTLRINEÁVRISITAA Naroa Nadales Para empreender não há limites, basta querer.46 ESTAÇÃO Apesar de muito clichê, ao falar de Naroa Nada- alimentar bem, com alimentos nobres, saborosos e les não existe sentença melhor. A espanhola che- saudáveis, sem perder muito tempo”, ressalta. A em- gou ao Brasil em 2011 e montou, ao lado do seu ma- preendedora está indo no caminho certo, uma vez rido, a Piadina Tree, primeiro comércio de São Paulo que a piadineria foi premiada por dois anos conse- especializado no tradicional sanduiche italiano. cutivos pelo melhor sanduíche no voto popular da Veja Comer e Beber. Toda a história começa com o romance do casal. Naroa conheceu o sul coreano Hoon Chong quando Hoje, já com quatro anos de funcionamento, a fazia um mochilão pela Europa. Formada em En- Piadina Tree comporta 84 pessoas e fatura, em mé- genharia Aeronáutica, a espanhola estava na Itália dia, R$110 mil por mês. “Apostamos alto por ser uma fazendo uma especialização, quando Hoon a pediu ideia inovadora e diferente. Se abríssemos uma pizza- em casamento. Além do estado civil, Naroa também ria, por exemplo, não teríamos como nos diferenciar. mudaria de cidade e de profissão. Queríamos trazer algo realmente novo para o Brasil”, lembra Naroa. Para 2015, a expectativa é crescer entre Antes de vir para o Brasil, ela aproveitou sua es- 30 e 40% e abrir uma nova unidade até o final do ano. tadia em Pisa para trabalhar em um restaurante e Ao que tudo indica, a meta será batida. Em média, são aprender a receita original da piadina. Após aceitar vendidas cerca de 5 mil piadinas/mês. o pedido de Hoon e se mudar, não demorou muito para seus amigos perceberem o talento da espanhola Sobre a Piadina Tree na cozinha. Nascia assim, a Piadina Tree. A piadina foi criada numa região chamada Emi- lia-Romagna, ao norte da Itália. Foi lá também que O prato, originário da região de Emilia-Romag- nasceram receitas mundialmente conhecidas, como na, é um sanduíche, em formato semelhante ao taco, raviolli, tortelli, cappelletti e fettuccine. O prato é um porém caracterizado por apresentar uma massa cro- sanduíche, em formato semelhante ao taco, porém ca- cante por fora e macia por dentro. A receita feita à racteriza-se por apresentar uma massa crocante por base de farinha, água, sal e um fiozinho de azeite, fora e macia por dentro. Feita à base de farinha, água, não era muito popular entre os brasileiros. “As pes- sal e um fiozinho de azeite, a piadina é assada direto soas achavam que era um beirute ou um wrap. Edu- na pedra sabão. A receita nasceu entre as famílias do camos o público aos poucos e todos que experimen- meio rural e foi a base da comida daquela região, de- tavam pela primeira vez voltavam com a família ou pois popularizando-se por todo o país. com os amigos”, comenta Naroa. Serviços:(11) 3628 7316 www.piadinatree.com O grande diferencial do sanduiche deve-se a le- veza da massa artesanal somada ao recheio diferen- ciado, composto por ingredientes nobres, frescos e de alta qualidade. A ideia é ser um fast food, sem ser junk food. “Estamos provando que é possível se

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