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Jundiá - 40 Anos

Published by fabio, 2019-10-24 14:59:25

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ÍNDICE I HISTÓRIA DO SORVETE PÁGINA 8 II NOSSA HISTÓRIA PÁGINA 18 III LINHA DO TEMPO PÁGINA 36 VI CONHEÇA A JUNDIÁ PÁGINA 42 V NOSSOS SUCESSOS PÁGINA 64

O saboroso Crianças apreciando um gelato italiano, Paris, 1962- Arquivo Gelato Museum

I HISTÓRIA DO SORVETE Sorvetes Jundiá comemora 40 anos e apresenta livro repleto de histórias e curiosidades sobre o universo do sorvete. universo do sorvete

História do Sorvete Convidados já degustavam frutas e saladas geladas com neve nos banquetes de Alexandre, o Grande O sorvete encantou cortes, ganhou sabores e foi Nos banquetes de Alexandre, o Grande, na Grécia, e nas fa- mosas festas gastronômicas do imperador Nero, em Roma, aprimorando-se à medida que o tempo passava. Deixou de os convidados já degustavam frutas e saladas geladas com ser uma iguaria exclusiva do verão e é consumido todos os neve. O imperador mandava seus escravos buscarem neve nas dias do ano. Popular, hoje é considerado alimento e pode montanhas para misturar com mel, polpa ou suco de frutas. ser apreciado em qualquer estação e horário. Sem contar os acompanhamentos, compostos por uma grande lista co- O gelo era estocado em profundos poços construídos pelo lorida, encabeçada por frutas, bolos e confeitos em geral. povo. A grande revolução no mundo dos sorvetes aconteceu com Marco Polo, que trouxe do Oriente para a Itália, em 1292, Consumido no mundo inteiro por crianças, adultos e idosos, o segredo do preparo de sorvetes usando técnicas especiais. o sorvete foi pouco a pouco conquistando o mundo. Grécia, Assim a moda dos sorvetes espalhou-se por toda a Itália, e China, Itália e França – que esses destinos têm em comum? quando Catarina de Medici casou-se na França com o futuro O sorvete. A história desse alimento é cheia de versões, uma Henrique II, entre as novidades trazidas da Itália para o ban- delas é de que os chineses misturavam neve com frutas, o que quete de casamento estavam as deliciosas sobremesas gela- resultou numa espécie de sorvete. Esta técnica foi passada aos das, que encantaram toda a corte. árabes, que logo começaram a fazer caldas geladas chamadas de sharbet, e que mais tarde se transformaram nos sorvetes Os consumidores franceses só tiveram acesso a estas espe- franceses sem leite, os sorbets. cialidades um século depois, quando Francesco Procópio abriu um café, em Paris, que servia bebidas geladas e sorvete tipo sorbet. 10

História do Sorvete Conquistando a Europa Durante todo o século XVII, as receitas de sorvetes foram guardadas, e saborear a sobremesa gelada era privilégio dos que frequentavam os eventos da rea- leza. A partir do século XVIII, o consumo aumentou e, em 1768, na França, foi publicado o primeiro livro do Ocidente a revelar receitas de sorvete, A Arte de Fazer Sobremesas Geladas, que também continha ex- plicações teológicas e filosóficas para o congelamen- to da água. Em 1770, o sorvete cruzou o Atlântico até os Estados Unidos, levado pelo italiano Giovanni Bosio. No iní- cio do século XIX, Filadélfia passou a ser conhecida como a capital do sorvete do país, devido à grande quantidade produzida e às famosas casas públicas de sorvete da cidade. Jacob Fussell abriu em Baltimore, nos Estados Unidos, a primeira fábrica de sorvetes do mundo Em 1843, a norte-americana Nancy Johnson inventou uma máquina de fazer sorvete que simplificava bas- tante o processo de produção, permitindo que qual- quer pessoa fizesse sorvete de qualidade em sua pró- pria casa. A máquina funcionava com uma manivela, girada manualmente para a mistura dos ingredientes, que ficavam em uma espécie de balde, com uma mis- tura de gelo e sal no fundo (não se esqueça de que o congelador ainda não tinha sido inventado). A partir de 1850, o sorvete começou a popularizar-se e passou a ser vendido a pessoas comuns. Em 1851, o leiteiro Jacob Fussell, procurando aproveitar o exce- dente da sua produção de leite, abriu em Baltimore, nos Estados Unidos, a primeira fábrica de sorvetes do mundo, vendendo em grande escala e a menos da metade do preço cobrado por outros vendedores. 11

História do Sorvete Veículo que transportava máquina de gelato da tradicional Carpigiani em Bolonha, na Itália, em 1958 - Arquivo do Gelato Museum Consumo sobe cada vez mais Em 1865, depois da Guerra Civil nos Estados Unidos, um Durante o século XIX aumentaram as técnicas e surgiu o primei- grande número de vendedores de sorvete de rua, chamados ro aparelho de refrigeração mecânica, criada pelo australiano Homens Hokey-Pokey surgiu nas grandes cidades. Ninguém James Harrison. Com o surgimento de geladeiras e congelado- sabe ao certo o que quer dizer Hokey-Pokey, mas supõe-se res no início do século XX, aumentou a produção e o consumo que a expressão seja derivada de algum jargão usado por de sorvete, levando ao aparecimento de novas indústrias. vendedores de sorvete italianos. Mesmo em fase de economia de leite e açúcar, durante a Se- Enfim chegou o momento de o sorvete ganhar a cremosida- gunda Guerra Mundial (1941-1945), o sorvete já era tão popu- de, quesito hoje conhecido por todos. Em 1899, o francês Au- lar que fazia parte da lista de itens essenciais para manter o gust Gaulin patenteou o homogeneizador, responsável pela ânimo das tropas americanas, chegando a ser oferecido como quebra dos glóbulos de gordura, que dava uma textura muito prêmio aos soldados. Já os civis tiveram de enfrentar o racio- mais suave ao sorvete. namento até o fim da guerra. 12



História do Sorvete No Brasil Fazendo a cabeça dos brasileiros, os sorvetes são práticos, O Brasil conta com 8 mil empresas ligadas à produção e co- gostosos e sempre têm um sabor especial. No país, a imen- mercialização de sorvetes e ocupa a sexta posição em volu- sa variedade de frutas torna a iguaria ainda mais querida. De me de mercado. Segundo levantamento realizado pela ABIS, acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de o consumo de sorvetes de massa, picolés e soft totalizou 1,1 Sorvetes (ABIS), o sorvete ficou conhecido no Brasil em 1834, bilhão de litros em 2015, com índice de 5,59 litros por habitan- quando dois comerciantes cariocas compraram 217 toneladas te ao ano. de gelo, vindas em um navio norte-americano, e começaram a fabricar sorvetes com frutas brasileiras. Basta esquentar para os brasileiros buscarem Além disso, essa indústria atende aos mais diversos paladares os sorvetes, dos picolés às massas regadas a caldas e necessidades, como os que sofrem com intolerância à lactose ou não podem ingerir açúcar. Quanto aos sabores, o céu é limi- Como não havia forma de conservar o sorvete gelado naquela te: os refrigeradores abrigam desde os tradicionais morango, época, ele tinha de ser consumido logo após o preparo. Em flocos e milho verde até os mais diferenciados, como bacalhau São Paulo, um anúncio avisava a hora exata da fabricação. O e feijão (como o Samanco Ice Waffle, de doce de feijão azuki). primeiro deles, veiculado no dia 4 de janeiro de 1878, mostrava a seguinte mensagem: “Sorvetes – Todos os dias às 15 horas, Outro fator que chama a atenção no mercado brasileiro é o con- na Rua Direita, nº 44”. sumo durante as altas temperaturas, principalmente de novem- bro a março. Basta esquentar para os brasileiros buscarem os sorvetes, dos picolés às massas regadas a caldas. 14

História do Sorvete CONFIRA NÚMEROS DO SEGMENTO DE SORVETES NO BRASIL Fonte: ABIS Consumo em milhões de litros Crescimento de 46% Consumo per capita em litros/ano Crescimento de 46% 15

História do Sorvete Produção Massa, Soft e Picolé em milhões de litros no Brasil A ABIS representante de toda a cadeia produtiva do sorvete 16

Sorvete ou sorbet? A Jundiá sabe que um dos sabores de sorvetes mais apreciados é o chocolate Quer entender a diferença entre es- sas duas delícias? O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Gelados Comestíveis, da Portaria 379/1999 da Agência Na- cional de Vigilância Sanitária (ANVI- SA), apresenta as definições para es- ses produtos. Segundo a portaria, os sorvetes são produtos submetidos ao congela- mento e incorporação de ar elabora- dos com leite e/ou derivados lácteos, além de outras matérias-primas não lácteas, como gorduras, água, açúca- res e demais ingredientes alimenta- res capazes de conferir textura, cor e sabor ao produto. Já o sorbet é um produto submetido ao congelamento e incorporação de ar, elaborados basicamente com pol- pa, suco ou pedaços de fruta, açú- cares e água, podendo ou não ser acrescido de outros ingredientes não lácteos alimentares capazes de con- ferir textura, cor e sabor ao produto.

Quarenta anos

II NOSSA HISTÓRIA Valdomiro Bergamini apostou toda sua força de trabalho numa pequena fábrica em Jundiaí, no Estado de São Paulo, criando sabores que cativam clientes de diversas regiões no Brasil. da Sorvetes Jundiá

Nossa História Em 1977 foi o início do negócio da família Bergamini soVrvaeltdeosmniarocBideardgeamdieniJcuonmdpiraoíu, iunmtearioarntdigeaSfãáobrPicaauldoe A Sorvetes Jundiá nasceu em Jundiaí, cidade com Ao longo dos anos, Jundiaí destacou-se como uma cidade estratégica no setor ferroviário, com a instalação da Ferrovia mais de 340 quilômetros quadrados situada a apenas 49 Santos-Jundiaí em 1867, da Companhia Paulista de Estradas de quilômetros da capital paulista pela Via Anhanguera. É Ferro em 1872, da Companhia Ituana em 1873, da Itatibense em do nome de Jundiaí que vem Jundiá, que também alcu- 1890 e da Bragantina em 1891. A chegada de novas indústrias nha um peixe de cor acinzentada-escura e ventre branco, foi aumentando, principalmente após a inauguração da Rodo- que habita rios com fundo arenoso e remansos de rios. via Anhanguera, em 1948. Segundo informações da prefeitura, a região era habitada por povos indígenas até o fim do século XVII, e por conta disso, o nome de origem tupi foi adotado. Jundiá significa “bagre” e “y” significa “rio”. 20

Nossa História Tínhamos algumas formas “e geladeiras antigas para guardar os picolés... ”Valdomiro Bergamini O início Depois de trabalhar na mercearia do pai, ainda na Valdomiro Bergamini adolescência, Valdomiro Bergamini se deu conta de que gostava de fazer as coisas acontecerem e ajustou seu timing como quem sabia aonde chegar. Quando saiu do quartel aos 20 anos, ainda não tinha objetivo específico de carreira. Valdomiro pôs-se a escutar sua voz empreendedora e naquele momento teve seu primeiro contato com o universo do sorve- te, por intermédio do irmão Enio, que atuava com sorvetes no Litoral Paulista. Em meados de 1977, o jovem intuitivo Valdomiro Visionário, Valdomiro enxergou uma chance de ampliar reuniu suas economias para comprar uma pequena os negócios que já havia conquistado com sorvetes, le- fábrica de sorvete chamada Jundiá. Quando sou- vando consigo a esposa Neide e o filho Sergio, nascido be da origem do nome decidiu permancer com ele dois anos antes, para morar nos fundos da fábrica. “Tí- e imprimir sua marca aos produtos. Localizada no nhamos algumas formas e geladeiras antigas para guar- bairro de Agapeama, a Sorvetes Jundiá passou ofi- dar os picolés e essa estrutura composta por casa, fábrica cialmente para as mãos de Valdomiro no dia 4 de e ponto de venda deu início ao que conhecemos hoje”, março daquele ano. comenta ao recordar seus primeiros passos. 21

Nossa História “de AgrdanmdieropoarsteeudoVsalcdoolambiororapdoorrqeuse Quando os produtos eram feito manualmente Segundo Neide Bergamini, naquela época tudo era feito ma- No início, Neide lembra que a distribuição era feita com uma nualmente: “Colocávamos os picolés nas caixas de isopor e, de- Belina e, depois, com uma Kia Besta. “Os dois veículos sem lo- pois, no carro. Saíamos para entregar os sorvetes nos pontos de gotipo davam conta, junto com os carrinhos, de uma demanda venda”. O dia a dia de Neide era bem corrido. Além de ajudar cada vez maior. Na semana do Dia das Crianças, por exemplo, Valdomiro buscando matérias-primas, limpando e mexendo muitas empresas distribuíam picolés aos filhos dos colaborado- massa, ainda cuidava de dois filhos pequenos, pois ano depois res. Nesse período o trabalho era duro e não parávamos para da mudança dera à luz Cesar. nada. Contava com a ajuda da minha mãe. No entanto, em pe- ríodos mais tranquilos, minha dedicação à fábrica não era total, Sem motorista ou ajudante, Neide faz questão de dizer que o foco eram meus filhos.” eram apenas os dois e a vontade de oferecer um produto sa- boroso. “Meus filhos viviam brincando felizes, enquanto estáva- No fim da década de 1990, a Sorvetes Jundiá crescia em média de mos ali trabalhando, e cresceram acostumados à rotina da pro- 30% a 40% ao ano. Valdomiro, de conhecida inquietude, trabalha- dução de sorvetes. Investimos em balcões e máquinas de picolé va em modificações na fábrica para atender a demanda crescente. com mais formas. Uma delas possuía um tambor que girava mexendo a massa e depois a tirávamos com uma pá. Pouco a Quando se mudaram do bairro Agapeama para Anhangabaú, tam- pouco, adquirimos carrinhos, caixas de isopor e contratamos bém em Jundiaí, a estrutura de transporte e distribuição dos sorve- mão de obra para distribuir o sorvete.” tes era composta por carros e caminhões próprios. 22

Nossa História ele é Carlinhos da Jundiá ”e essa Carlos Alexandre, conhecido téraunsmpaarqeunatel,idsaadbeeCaaordlosmnAoliemrxáaenvderel... como Carlinhos da Jundiá, sente-se em casa na fábrica Zelosos, Valdomiro e Neide deram a Sergio e Cesar o espa- de Itupeva. Ganhou o apelido ço para brincarem. “Sergio sempre foi um doce de menino, porque quando é convidado para quietinho e ao mesmo tempo brincalhão. Cresceu mostrando qualquer festa ou evento familiar re- sua preocupação com os amigos e em ajudar os outros. Ce- cebe junto um ultimato: você vai levar sar era arteiro e estava sempre se movimentando. Quando sorvete? Afinal, quem não quer ser amigo me dava conta ele já estava em frente à casa ou caminhando de alguém que trabalha numa fábrica cheia de rumo à avenida. Ambos sempre foram educados e, ao cresce- delícias? rem, envolveram-se com a fabricação dos sorvetes.” Primeiro Carlinhos trabalhou com o irmão de seu Valdomiro e so- mente em 1995 ingressou na Jundiá, ainda localizada em Jundiaí. Em 1996, Valdomiro fez uma reforma, pois o local já parecia “Comecei na área de produção fazendo picolés, quando os proces- pequeno. “Aumentamos a fábrica e mesmo assim não havia sos eram manuais. Naquela época, cerca de oito funcionários por espaço suficiente. O crescimento era inevitável e consegui- turno trabalhavam nessa área, manuseando palitos e colocando mos um galpão de uma antiga fábrica de refrigerante em a massa nas formas, entre outras funções. Quando endureciam, Itupeva. Em Jundiaí, ficamos com os pontos de venda locali- os picolés eram levados até um balcão, onde jogávamos água zados no bairro de Vila Aparecida, Agapeama e Anhagabaú.” quente na forma. Depois iam para a câmara fria e, em seguida, embalávamos todos eles. É engraçado relembrar e notar como o processo mudou. Hoje é quase 100% automatizado.” Carlinhos é um dos funcionários mais antigos da Sorvetes Jundiá e passou por várias seções. “Cheguei a aprender a mexer com a massa, com calda e até auxiliar na descarrega de matérias-pri- mas. Desde 8 de setembro de 2004, quando migrei para Itupeva, estou na área de manutenção.” Em dezembro de 2016, Carlinhos começou a desempenhar ou- tro papel, o de pai pela segunda vez. Enrico é fruto do relaciona- mento com a também colaboradora da empresa Elisângela. A esposa é operadora de máquina na Sorvetes Jundiá e juntos já têm o Marcelo. Bem-humorado, Carlinhos afirma que é graças à Jundiá que está dedicando-se mais aos estudos universitários e, sempre que pos- sível, participando de cursos que agregam valor ao seu currículo. “Admiro o seu Valdomiro porque ele é transparente, sabe o nome de grande parte dos colaboradores e essa é uma qualidade admi- rável. É como um pai para mim.” 23

Nossa História Sergio, Cesar e Valdomiro Bergamini na recepção da Jundiá, instalada em Itupeva Segunda geração Os pais admitem que Sergio e Cesar embrulhavam picolés des- Desde pequeno, Cesar Augusto Bergamini gostava de passar de pequenos e demostravam interesse em ajudar. “Valdomiro e seus dias livres na fábrica do pai. A infância foi supertranquila, eu acreditávamos que a escola era o mais importante, por isso o segundo ele, que viveu metade da sua vida em Agapeama e lá tempo na fábrica era reduzido. Sergio era criativo e desenhava fez seus melhores amigos. Conhecido como “o filho do dono da as primeiras embalagens para mostrar ao pai. E Cesar adorava sorveteria”, ele não se incomodava com o título. Ao contrário, era mexer com os picolés e só se afastou da empresa durante a gra- muito feliz vivendo com uma sorveteria na frente de casa. “Cresci duação e especialização.” num ambiente descontraído e cheio de alegria”, revela Cesar. Entre as qualidades de Valdomiro destacadas pela esposa e Quando finalizou os estudos, a participação de Cesar na Sor- transferidas à prole está a honestidade. Com planejamento e vetes Jundiá tornou-se efetiva e suas competências ajudaram pés no chão, cada passo rumo ao sucesso da Sorvetes Jundiá o pai no processo de mudança para Itupeva. “Participei bas- foi estratégico e, mesmo com a ajuda dos dois filhos, seu Val- tante dessa etapa e seguimos com um planejamento de ex- domiro ainda é o capitão do navio, atento a cada detalhe. pansão com bastante trabalho e perseverança”, pontua Cesar. 24

Nossa História Os filhos que cresceram com a Sonho realizado Jundiá ajudam seu Valdomiro, Maria Adélia Greppi ingressou na empresa o comandante deste navio como estagiária na área de qualidade, pes- quisa e desenvolvimento em janeiro de 2008. Com a ajuda dos fornecedores, a Sorvetes Jundiá acompanhou A profissional fez estágio durante o período as tendências. Entre os sucessos de venda em sorvetes de massa, de férias e retornou à faculdade no fim de a matriarca da família aponta quatro: beijinho, panetone, creme março daquele ano. Deixou o estágio devi- holandês e abacaxi caramelizado. “Eu mesma queimava o coco e do à carga horária do curso e à distância. Na caramelizava o abacaxi, picando os pedacinhos da fruta com todo ocasião cursava engenharia de alimentos na cuidado. Outro sabor interessante foi o creme holandês cor de USP em Pirassununga. rosa. Esses quatro sabores estão na minha memória afetiva.” Na época, a estudante teve seu primeiro contato com o processo produtivo de sorve- O sorvete preferido de Neide é o Grego. “Sou muito fã do tes. “Foi como realizar um sonho, pois desde Grego. Minha alegria atualmente é ver o brilho nos olhos dos criança quis trabalhar numa fábrica de sorve- meus netos e trabalhar em projetos sociais. Construí ao lado tes”, lembra. Foi só em 2013, depois de alguns de Valdomiro uma trajetória bonita. Desejo que esse homem anos de formada, que Adélia retornou à Sor- não pare de sonhar.” vetes Jundiá, desta vez assumindo o cargo de coordenadora de qualidade. “Tive a oportunidade de ajudar a estruturar o departamento de qualidade, pesquisa e de- senvolvimento da empresa, propondo e tra- zendo melhorias aos controles do processo, assim como aos próprios produtos da marca. Em 2016 fui promovida a gerente de qualida- de, atuando na gestão técnica das áreas de qualidade assegurada, controle de qualidade e pesquisa e desenvolvimento da empresa.” 25

Nossa História Foto Dona Neide Lado a lado “Conheci o Valdomiro em 1973 por meio da minha irmã, que trabalhava com ele em sua antiga fábrica. Precisava comprar leite e, nos fins de semana, grande parte do comércio fechava naquela época. Fui até ele pedir que me vendesse um litro e, assim, depois de ser apresentada, comecei a frequentar mais o local com o pretexto de encontrar minha irmã. No ano seguinte estava casada com Valdo- miro e lá se vão 43 anos de casados no ano de 2017”, diz dona Neide. A trajetória de Valdomiro não mostra o homem sonhador e quanto ele se con- centrou para realizar seus projetos. “Acompanhei de perto todos os momentos e guardo na memória um especial, quando visitamos feiras de negócios do segmento de sorvete. Os olhos do meu marido brilhavam ao se deparar com a publicidade de maquinário moderno. E ele disse: um dia vou comprar esse equipamento. Hoje ele tem dezenas deles.” 26

A Jundiá conta altualmente com mais de 500 funcionários e capacidade para produzir 2,5 milhões de litros de sorvete por mês

Nossa História Mudanças bem-vindas Logo que passou a contar com funcionários, a Sorvetes Jun- muitos empresas quebraram. “Consegui honrar meus com- diá deu mais passos rumo à expansão e se tornou conhecida promissos e muita gente me ajudou, afinal não conquistamos na região. “Passamos por várias mudanças de moeda, cruzei- nada sozinhos nessa vida.” ro para o cruzado, cruzado novo, cruzeiro real e real. Na era Collor, Em entrevista concedida à revis- quando o presidente Fernando Consegui honrar meus compromissos ta Exame PME, em julho de 2010, Collor realizou o confisco, pegou Valdomiro explicou sua vontade de surpresa muitos empresários. “ e muita gente me ajudou, afinal de mudar a ideia de que sorvete De maneira honesta, conseguimos ”não conquistamos nada sozinhos nessa vida é coisa de rico. O empresário afir- driblar esses desafios da econo- mou que sua vontade é levar pico- mia do país e iniciar novos ciclos”, lés e sorvetes de massa em potes conta Valdomiro. para o maior número de pessoas, com qualidade e preço acessível. Dinâmico, Valdomiro atribui o su- cesso da empresa a sua maneira de lidar com os funcionários “Trato todas as pessoas muito bem e quero que meus filhos e os clientes. “Sempre tive crédito e costumo brincar que os sigam o mesmo preceito, executando suas atividades com bancos não gostam de mim, já que me mantive cauteloso ao amor. Assim, dificilmente o negócio vai dar errado. Primo pela longo dos anos e nunca assumi uma dívida que não pudesse inovação, mas acima de tudo por um bom ambiente para to- pagar.” Na época a que Valdomiro se refere, década de 1990, das as equipes”, diz. 28

Nossa História Novos tempos Calda a gosto Ciente da importância da comunicação, Cesar explica que Claudemiro Xavier pisou seus pés pela a Sorvetes Jundiá se aproxima dos clientes por diversos ca- primeira vez na Sorvetes Jundiá em 1989. nais. Assim como participava de feiras e eventos, promove “Cheguei da Bahia num domingo e logo no início da semana degustacões em pontos de venda e investe fortemente em saí em busca de emprego. Passei por aquela pequena fábri- ações de marketing. “Uma parceria importante que trouxe ca de sorvetes no bairro de Agapeama e fui entrevistado pelo muitos benefícios foram os produtos licenciados Turma da próprio seu Valdemiro. Ele pediu para retornar em uma sema- Mônica. Por oito anos apresentamos para a criançada pro- na e esse momento representou a minha acolhida no Estado dutos de personagens como Chico Bento, com o sorvete de de São Paulo.” paçoca, e o Penadinho. Apelidado carinhosamente de Baianinho, o colaborador mais Atualmente, a Sorvetes Jundiá é considerada a terceira antigo tece diversas passagens de sua vida pela fábrica. “Fui maior fabricante de sorvete no país, com 25 mil pontos de contratado como ajudante geral numa época em que só havia venda. “Queremos continuar avançando em São Paulo e Rio quatro funcionários. Em 1998 saí da Sorvetes Jundiá para traba- de Janeiro, principalmente nas capitais, aumentando de 4 lhar num ponto de venda de sorvetes, mas logo resolvi voltar.” mil a 5 mil pontos de vendas ao ano. Atuamos em 90% do No retorno à fábrica, Baianinho seguiu na preparação de cal- Estado de São Paulo e estamos presentes no Rio de Janeiro das, só que dessa vez no bairro de Anhangabaú. “Novamente a e Mato Grosso do Sul.” empresa abriu as portas para mim e sou muito grato. Procuro A Sorvetes Jundiá evoluiu junto com seus produtos, distri- dar meu melhor em retribuição a essa nova chance.” buindo tanto os tradicionais picolés, à base de frutas e ou- Atualmente Baianinho é a líder no setor de caldas e reconhece tros ingredientes, como copos e massas em potes. “Temos que o sorvete mudou sua vida, em todos os sentidos. “Conheci muito orgulho de chegar aos 40 anos. Somos a segunda minha esposa numa sorveteria, mudei para Itupeva junto com geração à frente dos negócios, trabalhando o dia a dia para a Jundiá, inclusive de residência para facilitar meu acesso à fá- perpetuar o trabalho do nosso pai”, diz o primogênito, Ser- brica. A sobremesa gelada tornou-se obrigatória nas refeições, gio Renato Bergamini. festas e até em churrascos. Aprendi a apreciar e valorizo o tra- balho na Sorvetes Jundiá”, conta. Maurício de Souza participa de evento para divulgar produtos Jundiá licenciados Turma da Mônica O colaborador finaliza afirmando que tem muito a agradecer, tanto pela oportunidade que seu Valdomiro deu àquele jovem recém-chegado de outro Estado, quanto por incentivá-lo em suas escolhas. “Seu Valdomiro representa um pai e uma inspi- ração para todos.” 29

Nossa História Com sabor, qualidade e preço competitivo, o Copão de 500 ml surpreendeu mercado Divisor de águas Para Sergio e Cesar, o reconhe- cimento de marca da Sorvetes Jundiá deu um grande salto com o Copão. “Começamos a pro- duzir o Copão de 500 ml e o produto surpreendeu o mer- cado e até a nós mesmo. Na ocasião, criamos diversos sabores na versão e in- vestimos fortemente na divulgação”, explica Sergio. A Sorvetes Jundiá tem como diferencial o envolvimento dos três Bergamini no processo cria- tivo dos sorvetes. “Acompanhamos a busca por novos ingredientes em todos os projetos. Há curiosidade e vontade de fazer o melhor no nosso DNA, no nosso modo de agir pas- sado pelo seu Valdomiro”, diz Cesar. 30

Nossa História Combinação perfeita Apoio essencial Forte característica da família Bergamini, valorizar talentos e apoiar os colaborado- Foi no ano 2000 que Ricardo Tavero se res, tem sido uma maneira de inovar e crescer. O sucesso da Jundiá se faz da com- mudou para Jundiaí em busca de oportu- binação perfeita de pessoas alegres, ótimos ingredientes e histórias de emocionar. nidades. “Ainda era menor de idade, mas depois que meu pai faleceu precisei mudar A influência da família Bergamini é percebida em qualquer espaço da fábrica, de Estado. Logo que cheguei à cidade con- desde as áreas de produção aos escritórios. “A fórmula é simples: respeitando corri a uma vaga na Sorvetes Jundiá e fui e tratando bem meu colaborador, recebo de volta os mesmos valores”, reflete admitido como auxiliar de produção”, co- Valdomiro. Nada mais acertado que o departamento de recursos humanos da menta o atual líder de produção da seção companhia siga à risca as orientações de Valdomiro. de massas. Nesses quase 17 anos, Ricardo passou por Ao longo dos anos, o empresário fez questão de mostrar aos profissionais que várias seções, entre elas a área de enchi- passaram pela fábrica como são fundamentais para o sucesso dos negócios, ofe- mentos de potes de 2 litros, preparação de recendo capacitação e apoio nos estudos. E para ele existem muitas maneiras de caldas e operador de máquinas de picolés. demonstrar reconhecimento dos quais não abre mão, dos cumprimentos do dia a “Com o passar do tempo fui adquirindo dia à atenção ao monitoramento e execução de tarefas. cada vez mais experiência. Aprendi a des- congelar polpas de frutas, adoçar caldas, embalar picolés e até prepará-los para o transporte.” Para Ricardo seu Valdomiro já fez papel de pai. “Bem mais que ensinamentos sobre sorvetes, ele contribuiu muito para formar a pessoa que sou hoje. Graças às chances que agarrei no período em que trabalho na fábrica eu conquistei uma família. Sou ca- sado com a Viviane, também colaborado- ra da Sorvetes Jundiá, e tenho duas filhas, uma de 6 e outra de 1 ano.” 31



Com mais de 500 funcionários preparando sorvetes diariamente, a Jundiá comercializa seus produtos em mais de 25 mil pontos de venda no Brasil, responsáveis pela felicidade de milhares de consumidores em vários Estados do país.

Nossa História Novo ciclo Em abril de 2013, a Sorvetes Jundiá fez uma grande aposta. continua sendo a terceira maior marca de sorvetes do Brasil, Para atender o público cada vez maior, a empresa inaugurou atendendo aos mais variados paladares durante todo o ano, a planta na cidade de Itupeva, a poucos quilômetros de Jun- com combinações especiais em picolés, cones e massas. diaí. E todos os investimentos da companhia têm apresentado resultados positivos. Prova disso é que, em 2015, a Sorvetes A empresa entende que o consumidor atual está antenado. Jundiá ocupou o terceiro lugar no ranking nacional em vendas Para isso, a família de executivos Bergamini valoriza as opini- das marcas líderes no canal supermercado, de acordo com a ões dos consumidores e segue trabalhando para surpreender Pesquisa Mais Kantar (IBOPE), chegando ao primeiro posto em os paladares mais exigentes. “Queremos continuar imprimindo outros canais no Estado de São Paulo e segundo na Grande aos nossos sorvetes qualidade e alegria. Nosso slogan Prati- São Paulo em vendas. car alegria faz bem tem tudo a ver com este momento que estamos vivendo. A Jundiá quer dividir esse compromisso de Em 2017, chega a maturidade dos 40 anos da Sorvetes Jundiá. qualidade e os melhores sentimentos com os que provam os A empresa conquistou mais que consumidores, ela fez fãs e produtos”, finaliza Cesar. 34

Nossa História As cores e a alegria da Jundiá chegam a São Paulo Crédito: Charles Naseh/Divulgação Paixão pelo trabalho Loja conceito na capital paulista José Ednaldo Rocha trabalhava como entre- gador de pizza, mas não deixava de buscar Os paulistanos já podem provar mais de 70 deliciosos sabores da Sor- novas oportunidades. Depois de um acidente vetes Jundiá num endereço especial. No dia 3 de dezembro de 2016, a com sua motocicleta, Ednaldo, como é cha- empresa inaugurou sua Loja Conceito no charmoso bairro dos Jardins, mado por todos na Jundiá, se viu sem sua na capital paulista. ferramenta de entrega. Logo depois, enquan- to ainda se recuperava, foi entrevistado por Localizada na esquina da Alameda Lorena com a Rua da Consolação, a Valdomiro Bergamini para uma vaga com abertura da primeira loja física marcou o início das comemorações de seu perfil. E deu certo, Ednaldo está na Jundiá 40 anos da empresa. “Os dois andares têm um ambiente divertido, com desde setembro de 1996. as cores e a alegria que a empresa quer transmitir aos consumidores”, O sucesso da Jundiá para Ednaldo é consequ- afirma Cesar Bergamini. ência do comprometimento dos colaborado- res, desde a área de limpeza até a presidência. A loja conta com diversos tipos de produtos, desde picolés, copos e sun- “O slogan Praticar alegria faz bem descreve daes, até potes de 2 litros e 1,8 litro e embalagens de 7 litros, comerciali- tanto o prazer de tomar um sorvete com a fa- zando para o varejo e o atacado, assim como atendimento especial para mília quanto o dia a dia na fábrica e na área festas e eventos, com aluguel de freezers e carrinhos da marca. de venda, que é meu caso. Realmente gosta- mos do que fazemos, e isso só pode resultar em alegria”, diz. O relacionamento com a presidência estrei- tou-se ao longo desses 20 anos, o suficiente para que cada um saiba da necessidade do outro e, em consequência, sejam mais asserti- vos nas ações voltadas ao consumidor. “Rela- tamos para a empresa todas as movimenta- ções que identificamos no cotidiano.” 35



III LINHA DO TEMPO Saborear um sorvete pode ser uma experiência única. Aqui reunimos alguns eventos que marcaram a história desse alimento extraordinário, atualmente apreciado em todo mundo. Linha do tempo

Linha do Tempo Nos banquetes de Alexandre, o Grande, Surgiu na China uma recei- Em sua viagem à China, Quando Catarina de Medici ca- A neta de Catarina na Grécia, e nas famosas festas gastronô- ta elaborada com leite e ar- o veneziano Marco Polo sou-se em Marselha, na França, de Medici casou-se micas do imperador Nero, em Roma, os roz, que eram misturados e teria encontrado grande com o então futuro Henrique II, com Carlos I da In- convidados já degustavam frutas e saladas congelados na neve. O im- variedade de cremes con- as sobremesas geladas foram o glaterra e seguiu geladas com neve. O imperador mandava perador chinês King Tang e gelados de frutas. Ele reu- grande destaque do banquete os passos avó, in- seus escravos buscarem neve nas monta- a nobreza eram os únicos a niu as receitas e as levou de casamento. Bernardo Buon- troduzindo o sorve nhas para misturar com mel, polpa ou suco saborear a delícia. para a Itália na volta. talenti foi o responsável pela entre os ingleses. de frutas. O gelo era estocado em profun- introdução do sorvete na corte dos poços construídos pelo povo. 600 1271 francesa. 1630 330 AC 1533 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 1660 1676 1770 1776 1778 1800 O siciliano Francisco A capital francesa já Levados pelos imi- Nova York tinha o seu Publicado na França Criada pelo chef italiano Procópio abriu um café abrigava 250 fabri- grantes ingleses, os próprio salão de sorve- o primeiro livro do para o rei Carlos Alberto a em Paris que vendia sor- cantes de sorvete. sorvetes chegaram tes clássico e foi usado Ocidente a revelar famosa receita do Creme Ita- vetes. A Café Procope é aos Estados Unidos. pela primeira vez o receitas de sorvetes: liano. Trata-se de um gelato considerada a primeira termo ice cream, que A Arte de Fazer So- produzido com leite, casca sorveteria da história. derivou de iced cream. bremesas Geladas. de laranja, cacau e baunilha. 38

Linha do Tempo No Brasil, dois comerciantes Máquina percursora da pro- O leiteiro Jacob Fus- A primeira geladeira foi No dia 4 de janeiro desse Várias cidades america- cariocas compraram 217 to- dução de sorvete é inventada sel abriu em Balt- construída usando o princí- ano, o primeiro anúncio so- nas afirmam ter criado neladas de gelo, vindas em pela norte-americana Nancy more, nos Estados pio da compressão de vapor, bre o sorvete foi veiculado o sundae, como Ithaca, um navio norte-americano, Johnson. Era uma espécie de Unidos, sua primeira pelo australiano James Har- em São Paulo. A peça con- New York; Two Rivers, e começaram a fabricar sor- congelador que funcionava fábrica, começando rison, que tinha sido con- tinha a mensagem: “Sor- Plainfield, Evanston, New vetes com frutas brasileiras. com uma manivela e mis- a produzir sorvetes tratado por uma fábrica de vetes – todos os dias às 15 Orleans, Cleveland e Bu- Na época, não havia como turava os ingredientes. Na em grande escala. cerveja para produzir uma horas, na Rua Direita, nº ffalo. Nesse ano, John M. conservar o sorvete gelado e, parte de baixo existia uma máquina que refrescasse 44. O design mais parecido Scotte e Chester Platt, da por isso, tinha de ser tomado mistura de sal e gelo que aju- 1851 aquele produto durante o como a atual foi criado em cidade de Ithaca, regis- logo após o seu preparo. dava no congelamento. seu processo de fabricação. 1891 por John Standart. traram um deles. 1834 1846 1856 1878 1892 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 1899 Século XX 1903 1905 1912 O francês August Gaulin inventou um Com o surgimento de ge- Uma grande inven- Frank Epperson, um menino de 11 anos Somente anos depois Frank homogeneizador que quebrava os ladeiras e congeladores ção para o segmen- morador de São Francisco, nos Estados Epperson apresentou uma re- glóbulos de gordura e dava uma tex- no início desse século, to das sobremesas Unidos, esqueceu um copo de suco com ceita semelhante ao suco con- tura muito mais suave ao sorvete. Foi aumentaram a produção geladas: o italiano uma colher no quintal em uma noite mui- gelado dos seus 11 anos de durante o século XIX, também, que se e o consumo de sorvete, Italo Marcioni regis- to fria. Ao acordar o jovem percebeu que idade. A fórmula foi patentea- desenvolveram técnicas que abriram além do número de no- trou a patente do o suco havia congelado e estava preso na da no ano seguinte e começou caminho para a criação do primeiro vas indústrias. cone do sorvete. colher, criando uma espécie de gelo com a ser comercializada. aparelho de refrigeração mecânica. sabor de fruta. Estava inventado o picolé. 39

Linha do Tempo Para driblar a queda de venda Os direitos da criação de Frank No Brasil a produção industrial se deu por Nasce Sergio, o pri- Valdomiro Bergamini de gelados nos meses quen- Epperson foram vendidos meio da empresa U.S. Harkson do Brasil, meiro filho do casal inicia as atividades da tes do ano, iniciou-se a venda a uma companhia de Nova com o Eski-bom. Com a ameaça de guer- Valdomiro e Neide Jundiá, na cidade de com carrinhos de três rodas. York. O primeiro nome do ra entre China e Japão, a U.S. Harkson se Bergamini. Jundiaí, São Paulo. A publicidade dos carrinhos picolé foi eppsicle (de epp’s mudou de Xangai para o Rio de Janeiro. A alertava: “Stop me and buy icicle, algo como gelinho do subsidiária da norte-americana começou 1975 1977 one” (pare-me e compre um). Epperson). Logo depois mu- produzindo ovos desidratados e, para com- Tinha nascido a venda ambu- dou para popsicle (pop’s ici- pensar os períodos ociosos, no verão, ado- lante de itens gelados. cle, ou gelinho do papai). tou a milenar receita chinesa de sorvetes. 1922 1925 1941 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 1978 1978 1980 1990 1995 1996 No começo, seu Valdo- Nasce o segundo Os sorvetes mais Início da expansão Seu Valdomiro mu- A Sorvetes Jundiá reformulou seu miro vendia seus produ- filho, Cesar Augus- vendidos pela Sor- da Sorvetes Jundiá. dou parte da fábrica logo, conservando a letra jota em tos com ajuda de ape- to Bergamini. vetes Jundiá nessa para Vila Aparecida, forma de sorriso. Nesse ano a Jundiá nas 20 carrinhos. Um década foram os ainda em Jundiaí. saiu na frente da concorrência com dos primeiros sucessos picolés nos sabores o lançamento do Copão, vendido a na categoria picolé foi o coco queimado e apenas R$ 1,00. Mini Saia. creme holandês. 40

Linha do Tempo Mais uma mudança A ABIS instituiu o Dia Nacional A Sorvetes Jundiá recebeu A Sorvetes Jundiá já apresenta mais de 40 Inaugurado o Museu Gelato, em direção ao cresci- do Sorvete. Comemorado todo o Troféu Destaque do Ano sabores na cartela de produtos. Nesse ano, abrigando mais de 20 máqui- mento, desta vez para dia 23 de setembro, a data foi na categoria de Perecíveis as inovações ficaram por conta de uma nas originais, assim como barris o bairro Anhagabaú. criada com o objetivo de cele- Congelados, uma premiação edição limitada com frutas tropicais usadas de madeira usados para coletar brar o início das temperaturas concedida pelo segmento pelos brasileiros para sobremesas. Outra op- gelo raspado para os automa- 1997 mais altas do ano, quando ob- supermercadista, que elegeu ção oferecida aos consumidores foi a abacaxi tizados gelados e milhares de viamente o consumo de sorve- os melhores no varejo na 15ª com vinho, inclusive em embalagens de 7 li- fotografias e documentos his- te no país aumenta. edição do Troféu Ponto Extra. tros, utilizada em restaurantes e sorveterias. tóricos sobre o gelato. 2002 2010 2011 2012 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 2013 2013 2014 2016 Inaugurada a nova planta O empresário britânico Charlie Francis O ano em que Jundiá lançou mais produtos. Entre O logo da empresa ganhou o número 40, incenti- da Sorvetes Jundiá, com criou um sorvete que brilha no escuro, eles estava a linha Fascino Collection nas versões vando e mostrando o clima de comemoração pela capacidade para produzir 60 feito com as propriedades das águas- Pudim de Leite Condensado,Trufatine, Mousse de chegada do aniversário. milhões de litros ao ano. En- -vivas. O sorvete brilha quando lam- Maracujá, Romeu e Julieta, Trufadinho e Iogurte tre as ações da empresa nes- bido, visto que as proteínas presentes com Frutas Vermelhas. Nova York abrigou uma exposição inusitada, o te ano, também se destaca o na água-viva (jellyfish) reagem com o Museum of Ice Cream, que apresentou diversas patrocínio aos esportes. calor da boca. Produzido pela empresa O físico espanhol Manuel Linares, dono de uma atrações, como a Câmara de Chocolate, uma pisci- Lick Me, I´m delicious, custa a cerca de sorveteria na cidade de Blanes, na região da Ca- na com 5 toneladas de confeitos de sorvete falsos, 140 libras cada colher. talunha, criou um sorvete capaz de mudar de cor bem como obras de diferentes artistas relaciona- conforme é consumido. Nomeado Xamaleón, o das ao sorvete e um playground com brinquedos sorvete vai de um azul claro para um roxo forte, temáticos e sanduíche de sorvete. passando pelo rosa. 41

Fabricando

IV CONHEÇA A JUNDIÁ Delicie-se com as imagens da fábrica e conheça um conjunto de processos realizados pela Jundiá. A estrutura das instalações, a escolha dos colaboradores e até os investimentos nos equipamentos são estrategicamente organizados para garantir a qualidade do sorvete que chega às mãos do consumidor. alegria para a vida das pessoas

Conheça a Jundiá Boas práticas definem o jeito Sorvetes Jundiá de produzir sorvete. Buscando sempre diminuir o contato manual com o produto, todos os processos são realizados para produzir um sorvete saboroso e saudável, desde o armazenamento, em temperatura e condições ambientais adequadas, até os cuidados com higiene para manter a integridade do sorvete. Para entender melhor como a mágica acontece, Anderson José de Mattos, gerente industrial da empresa, conta como é o caminho do sorvete dentro da fábrica. De acordo com o executivo, os produtos que a Jundiá apresenta ao mer- cado são resultado da união de comprometimento, uso de tecnologias e vontade de toda a equipe de continuar ofe- recendo aos consumidores o ativo de mais valor da com- panhia: o sorvete. Basicamente, os insights, na maior parte das vezes, são o pontapé dos sucessos da Jundiá. O trio de executivos Val- domiro, Sergio e Cesar Bergamini, sempre atento às ten- dências e aos inúmeros ingredientes genuínos à disposi- ção no país, reconhece um sucesso de longe. Quando isso acontece, eles logo passam um briefing ao Departamento de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), que inicia um lon- go trabalho, desde a identificação das melhores matérias- -primas que serão usadas no novo produto até o processo para obter a textura, consistência, cremosidade, intensida- de do sabor e aroma. Em 2016 foram lançados mais de 20 novos produtos 44

Conheça a Jundiá Experimentação Finalizada essa etapa, chega a hora mais esperada: a expe- rimentação. Normalmente compõe-se um grupo de profis- sionais escolhidos pela diretoria da fábrica e cada um atribui uma nota àquela novidade. Essa apreciação põe em cheque a viabilidade do produto ou linha ou apenas indica se sofrerá modificações em sua composição, assim como prevê sua acei- tação no mercado. Se aprovado, chega o momento de envolver o setor de produ- ção e toda a engenharia com o objetivo de avaliar se as má- quinas têm condições de produzir determinado sorvete sendo fiel à ideia inicial. “Tivemos casos em foi necessário desenvol- ver uma nova tecnologia para alcançar um resultado próximo à ideia inicial”, explica Mattos. O desafio da equipe de produção é avaliar a viabilidade do produto, torná-lo realidade numa escala maior. Nas tempo- radas de verão, quando normalmente a Sorvetes Jundiá apre- senta novos sabores, essa cena se repete pelo menos 20 vezes. Tudo que relacionamos aqui ocorre de verdade: seleção de ingredientes, testes, avaliações, desenvolvimento e design da embalagem. São alguns dos caminhos que a ideia percorre para se transformar num novo sorvete. Em 2016 foram mais de 20 lançamentos, entre os quais mais sabores à linha Grego, que ganhou versões de massa no pote Grego Frutas Silvestres (mirtilo, framboesa, amora e morango) e Grego Frutas Amarelas (pêssego, manga, abacaxi e maracujá). 45

Conheça a Jundiá Preparo da mistura Tudo começa na área de preparação da mistura ou calda. revela que ela é enviada para as máquinas adequadas a esse Nessa etapa é realizada toda a adição de ingredientes, como formato. “Se esses sorvetes vão receber recheio, cobertura ou gordura de leite, açúcar e outras matérias-primas de acordo outro item especial – como confeitos de chocolate –, passam com a receita. Nesse local também ocorre o processo de pas- por um processo totalmente diferente antes de serem embala- teurização e o sorvete segue para o tanque de armazenagem, dos. Depois de passar pela máquina de embalar, os picolés são onde fica maturando. “Esse processo dura quatro horas em colocados em caixas de papelão. No geral todos os processos média, e é feito para que haja uma estabilização total da mis- são muito simples, mas envolvem equipamentos complexos.” tura”, detalha Mattos. Atualmente, a fábrica possui quase 90 SKUs, abreviação de Os profissionais da qualidade coletam amostras para medir e Stock Keeping Unit, que em português significa Unidade de verificar se o sorvete atingiu o ponto correto para seguir para a Manutenção de Estoque. Para chegar aos mais de 100 comer- próxima etapa, o envase. Somente após essa liberação a calda cializados, a oferta de produtos aumenta, pois os sabores per- é encaminhada para as linhas. Se a calda é para picolé, Mattos manecem, mas os tipos de embalagens e tamanhos mudam. 46

Conheça a Jundiá Supergelado Visão pioneira Num processo totalmente automatizado, os picolés entram no túnel de extrusão, geralmente usado so- Fundada em 1973, mente em empresas de larga escala. Essa máquina a Poly-Vac S/A Indústria pode ser responsável por uma dupla camada de sor- e Comércio de Embalagens, vete ou aqueles detalhes de frutas nos sabores como assim como a Jundiá, chegou aos seus 40 anos o Grego de Frutas Silvestres, por exemplo. Depois que lançando mão de tecnologia própria e inovando são colocados os palitos, os picolés vão para um túnel em seus processos para se destacar no mercado. de resfriamento a uma temperatura de -45°C para o Pioneira no processo de embalagem termoforma- endurecimento. da, a empresa está entre as líderes do segmento, atendendo as principais indústrias alimentícias e Já as massas entram numa máquina chamada pro- redes de fast food. dutora, conhecida fora do Brasil como continuous Desde 2008, a Poly-Vac e a Sorvetes Jundiá estão freezer, funcionando de forma muito semelhando à juntas para fazer da linha tradicional de Copão, da máquina de sorvete tailandês, que usa uma chapa Fascino e Sundaes produtos de sucesso em vendas. com baixíssima temperatura e vai raspando o sorvete. “Mantivemos o atendimento a essas linhas até No entanto, a produtora da Jundiá possui um cilindro 2014, quando em busca de novas opções de em- que abriga a calda do sorvete e ainda laminas de faca balagens apresentamos um processo diferenciado utilizadas para raspar a calda por toda periferia desse que conseguiu retratar ainda mais a qualidade dos tubo, resfriado a -40°C. produtos Jundiá”, explica Marco Lazini, gerente co- mercial da empresa. Depois a calda de sorvete de massa recebe uma Prova dessa sintonia em conceber embalagens ex- quantidade de ar tratado e vai para a máquina de en- clusivas a nova linha do Fascino Collection Jundiá vase. Nessa etapa ele já é um sorvete de massa e sai 1,8 litros, que conquistou o Prêmio Revista Pack – da produtora numa temperatura entre de -5°C e -8°C. Qualidade e Atendimento. “Por três anos consecuti- Dependendo do tipo de sorvete, é nesse momento vos a Poly-Vac recebeu o prêmio de melhor fornece- que ele pode ter adição de alguma fruta ou recheio, dor de embalagens no seu segmento, entre outros antes de ser embalado. reconhecimentos na área”, completa Lazini. Assim como a Sorvetes Jundiá, a Poly-Vac é uma 47 empresa brasileira e familiar. Para o executivo, além dessas semelhanças as duas empresas comparti- lham o aprimoramento contínuo e mantém uma parceria sustentável nos negócios. “Comprometi- mento de superar as expectativas dos clientes, apre- sentando produtos e serviços de qualidade são ou- tras características que preservam nossa parceria”.

Conheça a Jundiá Tempo de produção Automatização Imagine chegar à fábrica para ver o processo de produção do A planta da Sorvetes Jundiá em Itupeva abriga equipamentos Grego, um dos grandes sucessos da Jundiá. Para esse produ- modernos, compostos por máquinas nacionais e importadas. to, gastam-se em média 40 minutos na preparação de calda, Em 2016, além de investir em novas produtoras, a empresa mais 15 minutos de pasteurização, quatro horas de matura- também renovou o processo de pasteurização e adquiriu mais ção, mais o tempo de extrusão e envase. compressores de ar Atlas Copco. Entre as modificações, foi pos- sível trocar os sacos de 50 quilos de açúcar pelas bags de 1.200 Segundo Mattos, se tivesse de esperar pelo Grego versão pi- quilos, facilitando a operação e dando mais precisão à pesagem. colé, a pessoa poderia ficar entre 16 e 20 horas para tê-lo em “Com essa parte automatizada, o operador só precisa digitar mãos. Essa linha exigiu muita atenção do P&D e investimen- qual matéria-prima precisa e ela entra direitamente no tanque, tos no túnel de extrusão, pois o produto tem linhas à base de sem contar que os equipamentos têm alta capacidade de pro- frutas silvestres ou amarelas. dução com baixo consumo de energia”, diz o gerente industrial. Cada sorvete exige um cuidado especial. Se for de massa no Para Mattos, a tendência é que nos próximos anos o opera- pote, o processo é mais rápido e pode ficar pronto em até 14 dor já tenha a receita pronta na tela e apenas escolha a calda horas. O Fascino Collection Pudim de Leite Condensado tem a ser produzida. “Estamos investindo no aumento da estação como destaque sua textura e entra nessa categoria. Para esse de tratamento e refrigeração e em codificação para facilitar o produto, o aporte foi dado às novas produtoras e um equipa- manuseio no mercado e uma série de outras melhorias que só mento específico para inserir a calda no pote, capaz de girá-lo ajudarão a levar um sorvete excelente ao consumidor. Tudo isso de forma a envolver todo o conteúdo com a calda. para continuarmos no topo no quesito qualidade do produto.” 48

Conheça a Jundiá Cada sorvete Da embalagem para exige um a caixa de papelão cuidado especial A perseverança de Valdomiro Bergamini se estende às suas re- lações comerciais e impulsiona os negócios. Para ele sempre foi impor- tante estar cercado de profissionais com- prometidos, seja no quadro de colaboradores seja entre fornecedores e distribuidores. Nesse contexto, cada passo que o empresário deu ao longo desses 40 anos foi ao en- contro de sua filosofia de aproveitar ao máximo as competências de cada um. O Grupo Penha é facilmente identificado por meio das centenas de caixas amontoadas pela fábrica da Jundiá, prontas para levar os produtos Itupeva afora. Com mais de 55 anos no mercado e considerado um dos maiores fabricantes de papel ondulado do país, o grupo atende a Jundiá há mais de dez anos, quando a em- presa fornecia apenas embalagens de cartonagens. “Hoje conse- guimos conquistar a confiança da Jundiá e estabelecer uma rela- ção sólida e transparente”, diz Carlos Edson Shiguematsu, diretor presidente do Grupo Penha. As duas empresas partilham os mesmos valores na avaliação de Shiguematsu. “Temos paixão pelo que fazemos e buscamos aten- der os clientes com respeito, honestidade, qualidade e confiança. Além disso, temos o compromisso de crescer com responsabilida- de, respeitando o meio ambiente e o futuro das novas gerações.” O presidente do Grupo Penha acredita que a parceria com a Sor- vetes Jundiá no futuro só deve fortalecer-se. “Estabelecemos um clima de confiança mútua. Da nossa parte buscamos contribuir com o desenvolvimento de novas embalagens, analisando me- lhorias do processo produtivo e garantindo qualidade. Atende- mos todas as urgências, inclusive entregando com prazos dife- renciados”, relata. Recentemente, o Grupo Penha fez um projeto para reduzir o volu- me ocupado pelas caixas no estoque sem perder a funcionalidade da embalagem. “Este projeto trouxe melhorias significativas para a Jundiá, que ganhou mais espaço de armazenamento”, conclui Shiguematsu. 49

Conheça a Jundiá Por trás das delícias Todo mundo quer saber qual o segredo da Sor- Essa preocupação da Sorvetes Jundiá em apresentar um pro- duto perfeito levou seu Valdomiro a investir fortemente no vetes Jundiá para apresentar sabores tão agradáveis departamento de qualidade, atualmente gerenciado por Ma- ao paladar de quem experimenta. Há um item, em es- ria Adelia Greppi. Em primeiro lugar, a companhia segue dire- pecial, que a fabricante não esconde dos consumidores: trizes rígidas e prima pela utilização de matérias-primas pre- a qualidade. mium, compradas apenas após a aprovação dos fornecedores homologados e avaliadas durante o recebimento. Para chegar de forma certa, com a cor adequada e com aquele gosto de quero mais, estar atento a cada passo do processo “O setor de Pesquisa e Desenvolvimento trabalha com for- de fabricação é fundamental. O protagonismo da Jundiá co- mulações ricas nos principais ingredientes para elaboração meça na escolha do fornecedor, passando pela competência dos sorvetes e devidamente balanceadas para proporcionar dos seus colaboradores, investimento em maquinários e con- ao consumidor sensações de prazer e alegria e proporcionar fiança na distribuição. estabilidade ao produto durante toda sua vida de prateleira”, diz Maria Adelia. E que em vez de esperar o reconhecimento dos consumidores, a Sorvetes Jundiá carimba a dedicação do seu fundador, Val- Não basta misturar os ingredientes nas medidas corretas, me- domiro Bergamini, em cada etapa da produção dos sorvetes. xer, esperar e embalar. É preciso observar todos os aspectos. Sim, ele fica de olho em um ingrediente invisível, mas tão im- Além da preocupação com as formulações, a empresa acom- portante quanto os outros: a qualidade. panha de perto todo o processo produtivo por meio de mo- nitoramento, desde o recebimento das matérias-primas até a expedição do produto acabado. 50

Conheça a Jundiá Foto: Mikio Okamoto Chocolate 100% brasileiro Entre as melhores combinações, cho- colate e sorvete representam uma união perfeita. Ciente disso, a Sorvetes Jundiá recebe essa matéria prima da Harald, empresa 100% brasileira, conhecida por seus produtos inovadores e uma das principais fornecedoras de chocolate para o mercado interno, além de exportar para dezenas de países. Jacob Cremasco, diretor comercial da empresa, orgulha-se de co- mentar a origem da empresa: “A Harald foi fundada pela família Neu- gebauer, pioneira na fabricação de chocolates no Brasil, com a Fábri- ca de Chocolates Neugebauer, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Após vender a fábrica nesse Estado, fundou a Harald, com finalidade de fornecer produtos ao mercado de indústrias e food service.” Para aqueles que não identificam a Harald nos produtos Jundiá, ela é conhecida pelas marcas Unique (chocolate à base de cacau fino e de origem), Melken (chocolate de qualidade reconhecida e líder do segmento), coberturas fracionadas TOP e Confeiteiro, entre outros produtos à base cacau, como chocolate em pó, granulados, doces, recheios e coberturas especiais para o mercado de sorveteria, pani- ficação e confeitaria. São fornecidos para a Jundiá chocolates em todas as suas versões (ao leite, meio amargo e branco), além de outros produtos, como a linha de granulados. Enquanto a Sorvetes Jundiá completa 40 anos, a Harald chega a seus 35. “São empresas que se complementam pela história, começaram pequenas e hoje assumem grande impor- tância no cenário nacional como indústrias respeitadas e fabrican- tes de produtos de qualidade”, explica Cremasco. O diretor comercial da Harald revela que esta parceria é muito bem conduzida pela área de compras da Jundiá e pelas equipes comer- cial e técnica da Harald, sempre com foco na qualidade dos produ- tos fornecidos, respeito aos contratos e prazos de entrega. A Harald e a Jundiá têm compromisso com a qualidade dos produtos, que são devidamente testados antes da sua aprovação, com laudos téc- nicos fornecidos a cada lote enviado. 51

Fornecedores criteriosamente Conheça a Jundiá selecionados Excelência Todas as etapas de produção do sorvete, começando pela seleção dos fornecedo- Com os equipamentos, as ações fundamentais do Controle de Qualidade devem res de matéria-prima, passam pela ava- garantir o uso de material adequado, de acordo com os padrões higiênico-sa- liação interna da Qualidade Assegurada nitários estabelecidos pela legislação, bem como equipamentos em condições da Sorvetes Jundiá. Se aprovado, o ma- adequadas de higiene e conservação para produção dos sorvetes. terial é avaliado durante o recebimento Imagine se, a cada vez que o consumidor experimentasse um Grego, o formato e só é disponibilizado para utilização no e o sabor estivessem diferentes? É pensando nessa cena que seu Valdomiro dis- processo produtivo após a liberação do pensa tanta atenção aos processos de fabricação dos sorvetes, da entrada dos Controle de Qualidade. ingredientes na fábrica até a saída rumo aos pontos de venda. Todas as manhãs, logo bem cedo, ele caminha por toda a planta para conferir de perto o funcio- “Durante a fabricação, o Controle de namento de cada máquina. Qualidade atua em diversas áreas, como O desafio constante da Sorvetes Jundiá é garantir a padronização no que se no monitoramento das Boas Práticas de refere aos aspectos sensoriais, como sabor, cor, aroma e textura, e os aspectos Fabricação, responsável por assegurar a físicos, químicos e microbiológicos, conforme estabelecido pela legislação brasi- higiene, organização e padronização no leira para gelados comestíveis. Para avaliação dos produtos, a companhia investe que se refere à segurança de alimentos”, em analistas de qualidade e equipamentos específicos para as análises físicas, explica Maria Adelia Greppi. químicas e microbiológicas. Todas as manhãs Valdomiro caminha por toda a planta para conferir de perto o funcionamento de cada máquina Todas as condutas praticadas pela Jundiá garantem o fornecimento de um produ- to seguro aos consumidores. O Controle de Qualidade também abrange os parâ- metros do processo produtivo, monito- rando o tempo, a temperatura, o peso, a padronização de ingredientes, a identifi- cação, a parte sensorial e o teor de só- lidos totais e solúveis dos sorvetes. São avaliadas ainda a densidade aparente e a microbiologia, entre outras caracte- rísticas. Neste aspecto, o controle ainda checa as condições de armazenamento e distribuição dos produtos acabados, verificando periodicamente parâmetros como higiene, temperatura, organização e rastreabilidade. 52


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