ISSN 2179 - 2046 RAZÃO EMOÇÃO PRAZER DEVANEIO 34 #34 9 772179 204008 Eurobike magazine PB | 1
PRAZER
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RAZÃO ENTREVISTA
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COLABORADORES Editorial: Eduardo R. da Cunha Rocha, Heloisa C. M. Vasconcellos Direção de arte: Eduardo R. da Cunha Rocha Coordenação e produção gráfica: Heloisa C. M. Vasconcellos Administração: Nelson Martins Publicidade: Marcelo Sousa – [email protected] Preparação e revisão: Denis Araki Produção: Custom Press Comunicação Tiragem desta edição: 11.300 exemplares Impressão: Pancrom Distribuição: Eurobike Proibida a reprodução, total ou parcial, de textos e fotografias sem autorização da Eurobike. As matérias assinadas não expressam, necessariamente, a opinião da revista. Eurobike magazine é uma publicação do Grupo Eurobike de concessionárias Audi, BMW, Jaguar, Land Rover, MINI, Porsche e Triumph. Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 1600, CEP 14021-630 - Ribeirão Preto - SP Tel.: 16 3965 7000 Website: www.eurobikemagazine.com.br e-mail: [email protected] Ouvidoria:www.eurobike.com.br/ouvidoria – 11 2192 3740 Ana Augusta Rocha Juan Esteves Eurobike na internet www.eurobike.com.br André Rosa Lalo de Almeida Augusto Tomasi Oscar Pilagallo instagram.com/eurobikeoficial/ César Cini Percy Faro facebook.com/eurobike Eduardo R. C. Rocha youtube.com/eurobikenet Av. Amarilis, 95 Cidade Jardim - São Paulo - SP CEP - 05673-030 Tels.: 11 99250-6160 www.custompress.com.br [email protected]
EDITORIAL Caro leitor, Quando olhamos para o cenário econômico que se apresenta, no Brasil e no mundo, uma certeza nos faz confiantes com relação à solidez do nosso negócio: a de termos como premissa básica que um bom atendimento pós-venda é tão ou mais importante quanto a própria venda. É na relação que construímos com nossos clientes que nos fortalecemos. Portanto, continue contando com nossos serviços de oficina, peças e acessórios genuínos. Essa confiança na parceria “por prazo indeterminado” faz toda a diferença para o usuário das nossas marcas. Para este trimestre, anunciamos os lançamentos Jaguar F-Pace e Novo XF; edições limitadas dos modelos Land Rover Discovery Sport, Evoque, Discovery – Black Editions; Discovery RAW 2 e Evoque Cabrio; Audi A4 e Q3; Triumph Street Twin; BMW Série 7 e M2 e Porsche 718 Boxster. Conversamos com Frank Wittemann, o novo presidente da JLR (Jaguar Land Rover) para a América Latina, que inaugurará a primeira fábrica fora do Reino Unido, no estado do Rio de Janeiro. Frank está muito otimista diante do grande potencial de crescimento das marcas. Falando em confiança, a revolução tecnológica do novo Audi Q7 aparece nas páginas centrais – majestoso, embora mais leve e econômico, Lalo de Almeida retrata em ensaio fotográfico toda sua esportividade e sofisticação. Passamos por São Roque de Minas para saborear e acompanhar a fabricação do Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro: o queijo canastra. Um queijo forte e encorpado, denso e meio picante, vale conferir esta história! E, para finalizar, uma experiência de viagem impactante. Namíbia, um país da África Austral, onde céu e terra se fundem em um caleidoscópio de cores intensas. Boa leitura. Um grande abraço, Henning Dornbusch CEO Eurobike magazine 6 | 7
#34 ABR|MAI|JUN 2016
8. RAZÃO 10 . JAGUAR LAND ROVER ACELERA NO BRASIL 14. EUROBIKE PCD 15. MOVIDOS POR ENERGIA SOLAR 16. EMOÇÃO 18. AUDI Q7 31. OPCIONAIS E ACESSÓRIOS 32. NOVA REFERÊNCIA 36. A MARAVILHOSA FÁBRICA DE PILOTOS 46. PORSCHE 356 SC 52. PRAZER 54. O TESOURO DA CANASTRA 64. ACHADOS E IMPERDÍVEIS NA EUROBIKE 66. DEVANEIO 68. NAMÍBIA, O HORIZONTE A SEU DISPOR Eurobike magazine 8 | 9
RAZÃO ENTREVISTARAZÃO
10. “O Brasil é um mercado prioritário para a Jaguar Land Rover global, assim como os demais países da América Latina e Caribe, que o escritório localizado em São Paulo coordena.” 14. “Os clientes com deficiência podem encontrar condições especiais de compra em duas marcas alemãs: Audi e BMW.” 15. “Vamos conversar com essas pessoas e conhecer histórias inspiradoras de como a energia solar transformou essas vidas.” Eurobike magazine 10 | 11
RAZÃO ENTREVISTA Divulgação
Jaguar Land Rover acelera no Brasil Frank Wittemann, o novo presidente, chega a tempo de testemunhar aumento nas vendas, enquanto aguarda inauguração da primeira fábrica Por Oscar Pilagallo A Jaguar Land Rover se prepara para uma nova fase no português.” O envolvimento cultural com a cidade passa Brasil. Na esteira de um crescimento nas vendas do primeiro também pela atividade da esposa, Marina Wittemann, que trimestre, em meio à profunda recessão, a nova fábrica em é pintora. Itatiaia, no Rio de Janeiro, ganha os últimos retoques, antes de ser inaugurada, ainda neste semestre. Depois de passar uma temporada na Rússia e na China, quais os desafios de dirigir a Jaguar Land Rover para América Latina O cenário é uma espécie de cartão de boas-vindas ao novo e Caribe? presidente da Jaguar Land Rover para a América Latina e Caribe, Frank Wittemann. Aos 46 anos, Wittemann Este é um desafio realmente gratificante. A região da América vem de experiências bem sucedidas na China e na Rússia. Latina e Caribe possui imenso potencial de desenvolvimento “Toda a experiência que adquiri nesses mercados irá com no segmento de carros premium. Por meio das marcas certeza contribuir para a minha gestão aqui na América Jaguar e Land Rover vamos dar andamento ao nosso plano Latina e Caribe”, afirma o executivo recém-chegado a São estratégico ao lado dos nossos parceiros comerciais, as Paulo. redes de concessionárias da região. Wittemann ainda está reconhecendo o terreno. “Acabei de Além disso, o momento no Brasil é especialmente chegar e estou andando bastante para descobrir o máximo interessante, uma vez que inauguraremos em breve a nossa que eu posso do Brasil”, diz o alemão nascido quase na primeira fábrica totalmente própria fora do Reino Unido, no fronteira com a França. “Infelizmente cheguei logo depois estado do Rio de Janeiro. do Carnaval, mas não vejo a hora de participar da festa no ano que vem.” Os três mercados são bem diferentes entre si. É possível usar alguma dessa experiência para lidar com os desafios no Brasil? O novo país de residência não lhe é totalmente desconhecido. “Já passei férias no Brasil, visitando amigos no Rio de Janeiro Sim, toda a experiência que adquiri nesses mercados irá e em São Paulo. Também já fui a Manaus, para conhecer a com certeza contribuir para a minha gestão aqui na América Amazônia.” Latina e Caribe. A Rússia, apesar de culturalmente diferente do Brasil, é um mercado muito similar ao brasileiro. Lá Wittemann, que se vira no idioma de Cervantes, começa a o mercado já está um pouco mais maduro: o segmento interagir com os brasileiros na língua de Machado de Assis. premium atingiu 10% de participação. Aqui, onde o índice “Já falo um pouco de espanhol e estou fazendo aulas de varia de 2% a 3%, há muita oportunidade. Eurobike magazine 12 | 13
RAZÃO ENTREVISTA Divulgação No Brasil, há uma fábrica nova a ser administrada. E na América Então a mesma concessionária comercializará as duas marcas? Latina e Caribe, quais são as suas prioridades? Sim, a Jaguar Land Rover iniciou no ano passado um projeto Nessas regiões atuamos com uma rede de importadores. de tornar dual brand todos os concessionários que atuam Há, assim como no Brasil, enorme potencial de mercado no Brasil. O mesmo processo está ocorrendo nas 49 lojas para atuação da indústria automotiva de luxo. Vamos seguir importadoras da América Latina que são representantes com todos os lançamentos de produtos previstos para este das duas marcas, Jaguar e Land Rover. Já atingimos mais ano nesses países, onde estarei presente frequentemente. da metade delas e até o final deste ano, todas as 35 concessionárias no Brasil venderão e prestarão serviços aos O número de concessionárias deverá aumentar? Quais as clientes das duas marcas. projeções para Brasil e demais países? O Brasil de hoje está muito diferente do Brasil de quando foi Este é o momento de padronização do que chamamos de 3S: tomada a decisão de construir a fábrica de Itatiaia. Como vê essa sales, services e spare parts. Ou seja, estamos padronizando nova realidade? as vendas de carros, os serviços e as vendas de autopeças no Brasil e nos 17 países da América Latina em que atuamos. Decidimos fazer esse investimento de R$ 750 milhões Aqui, a padronização será aplicada à nossa rede de em meados de 2012, depois de 25 anos inseridos no concessionários. Nos outros países, o processo se estenderá mercado brasileiro. A pedra fundamental foi lançada em aos importadores. É a solidificação dos processos que vêm dezembro de 2014 e a fábrica — a primeira da Jaguar sendo desenvolvidos na área de vendas e pós-vendas ao Land Rover totalmente própria fora do Reino Unido — longo dos últimos anos. abre ainda neste semestre. Dessa maneira, a Jaguar Land
Rover vem contribuindo para a economia brasileira, com Land Rover está confortável na contramão? o compromisso de produzir nacionalmente nossos carros, A Jaguar Land Rover não está na contramão. Ela continua gerar quatrocentos empregos diretos, trazer inovações para normalmente com seus planos de investimentos no país o mercado e trabalhar a comunidade das cidades próximas e está muito confiante de ter tomado a melhor decisão há à fábrica. dois anos. Agora a empresa está muito satisfeita em poder concretizar esse plano de oferecer carros nacionais aos O primeiro carro a ser produzido será o Range Rover Evoque. consumidores brasileiros. Fabricaremos também o Discovery Sport, o mais versátil e compacto SUV premium do mundo. A capacidade total da Qual a maior preocupação da matriz que o senhor identifica? O fábrica é de 24 mil unidades por ano, voltada ao mercado que mais preocupa a Jaguar Land Rover? nacional. Como ainda a maioria dos nossos veículos é importada, a Mas a fábrica será inaugurada em meio à maior recessão da valorização cambial é um fator ao qual estamos sempre história do Brasil. Esse fato, talvez não previsto quando a decisão atentos para que possamos estudar cuidadosamente os foi tomada, altera as previsões de vendas? A recessão afeta o preços que iremos praticar no mercado e não impactar nos mercado de carros de luxo? valores para nossos consumidores. Nós visamos ao longo prazo. As estatísticas indicam que A empresa já tem unidade fabril na China, além de uma linha a indústria automotiva brasileira total alcance, até 2025, de montagem na Índia. Por que considera a do Brasil a primeira aproximadamente 5 milhões de veículos. O segmento fábrica totalmente própria fora do Reino Unido? premium, no qual a Jaguar Land Rover atua, também deve acompanhar esse crescimento. As produções na China são uma joint-venture com a Chery. Na Índia o que temos é uma operação de montagem. Nesse Hoje, como disse, a participação das marcas de luxo está sentido, a fábrica no Brasil será a primeira totalmente em até 3%, mas em mercados mais maduros o segmento própria fora do Reino Unido. Recentemente anunciamos automotivo premium representa cerca de 10%. Ou seja, a uma nova unidade fabril com nível global prevista para ser Jaguar Land Rover tem uma grande oportunidade no Brasil. inaugurada em 2018 na Eslováquia, na cidade de Nitra. O crescimento não é apenas uma expectativa, ele já vem O Brasil ocupa posição secundária nas vendas da Jaguar Land ocorrendo. No primeiro trimestre, por exemplo, nosso Rover: 9 mil carros vendidos aqui em 2015, em comparação a volume de vendas aumentou 4% em relação ao mesmo 487 mil no mundo. Com a fábrica de Itatiaia esse quadro muda? período do ano passado. O Brasil é um mercado prioritário para a Jaguar Land Rover Que leitura faz da atual crise política e econômica do Brasil? global, assim como os demais países da América Latina e Caribe, que o escritório localizado em São Paulo coordena. O mercado brasileiro está sensível. Permanecemos atentos Tanto que a matriz definiu que a primeira fábrica totalmente aos movimentos do setor automotivo geral e do setor de controlada por ela seria construída no Brasil. O compromisso luxo em particular. Dessa forma, contar com resultados com o país é no longo prazo, graças ao potencial que tem. tão expressivos como os obtidos no primeiro trimestre nos faz acreditar ainda mais na recuperação da economia e no A empresa pensa, no futuro, em exportar para a América Latina aquecimento gradual do mercado. parte da produção de Itatiaia? Os carros que recentemente introduzimos no mercado A fábrica atenderá inicialmente a demanda do mercado — o sedã médio XE e o SUV compacto Discovery Sport — interno. Estudos sempre estão vigentes na companhia, mas já refletiram nas vendas deste ano. Esses lançamentos neste momento não há planos de exportação. chegaram com maior volume no final do ano passado e estamos com expectativas positivas para os próximos meses. Temos também um programa de financiamento, plano de seguro, plano de revisão e recompra garantida bastante atraente aos nossos consumidores. Mas o ambiente de incerteza atrapalha os negócios? De um modo geral, tem havido retração dos investimentos. A Jaguar Eurobike magazine 14 | 15
RAZÃO NOSSO NEGÓCIO Veículos premium para pessoas com deficiência (PcD) na Eurobike. Como funciona essa compra? Por Débora Barioni A sigla PcD, que significa pessoas com deficiência, é usada para quem possui limitações permanentes (pessoas com deficiência visual, auditiva, física ou intelectual), sejam essas de nascença ou adquiridas no decorrer da vida. Porém, o que muitos ainda desconhecem é que pessoas com certos tipos de deficiência têm benefícios na hora de comprar um carro. O que antes para alguns parecia ser um processo burocrático, e que em alguns casos culminava na desistência da compra, hoje, montadoras e concessionárias já se adequaram às normas que tornam essa compra muito mais simples, desde que o cliente esteja com todos os documentos exigidos em mãos. As concessionárias Eurobike possuem equipe treinada e cliente terá isenções de impostos e valor especial na venda, especializada em todos os tipos de vendas, que pode auxiliar desde que apresentada toda documentação exigida por lei. os compradores em relação ao processo de escolha dos As adaptações são de responsabilidade do cliente. veículos. Dentro do portfólio de marcas comercializadas pela Eurobike, os clientes com deficiência podem encontrar Eurobike BMW Brasil condições especiais de compra em duas marcas alemãs: Audi e BMW. Com o início da produção local, a BMW Brasil tem a possibilidade de comercialização direta de veículos novos Existem dois grupos que podem conseguir os benefícios. aos consumidores com necessidades especiais. A marca O primeiro são o dos condutores, que permite que o oferece benefícios tributários na compra de veículos novos de comprador dirija o carro, observando que dependendo fabricação nacional, devido à isenção de IPI. Já a isenção do da deficiência pode existir a necessidade de adaptação IPVA varia de acordo com requisitos próprios da Secretária do veículo; e o dos não-condutores, que permite que um da Fazenda de cada estado, portanto tal isenção deve ser terceiro dirija o carro, já que a deficiência pode impedir essa validada regionalmente. No caso da BMW, o ICMS não se tarefa. Dependendo do grupo que a pessoa se encaixar e aplica, uma vez que o valor dos carros está acima do limite da marca que escolher, pode haver isenção de IPI (Imposto liberado pelo CONFAZ. sobre Produtos Industrializados), IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), ICMS (Imposto sobre Operações Os menores de 18 anos com deficiência física, visual, relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de mental (severa ou profunda) ou autistas também podem Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de adquirir um veículo de passageiros para conduzir ou ser Comunicação), IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos transportado com isenção de impostos, seja diretamente ou Automotores) e liberação do rodízio da capital paulista. por intermédio de seu representante legal. Eurobike Audi Os modelos BMW disponíveis para pessoas com deficiência Os clientes podem adquirir o Audi A3 Sedan nas versões são o BMW Série 1, nas versões 120i Sport ActiveFlex, 120i 1.4 Attraction, 1.4 Ambiente, 2.0 Ambition e os modelos Sport GP ActiveFlex e 125i M Sport ActiveFlex; o BMW Série 3 Audi Q3 nas versões Attraction 1.4 T e Ambiente 1.4 T, com nas versões 320i Sport ActiveFlex, 320i Sport GP ActiveFlex, condições especiais. 328i Sport GP ActiveFlex; o BMW X1 nas versões Sdrive 20i GP ActiveFlex, Sdrive 20i X-Line e Sdrive 25i; e o BMW X3 A Audi não produz veículos adaptados ao segmento de nas versões X3 xDrive20i, X3 xDrive20i X-Line, X3 xDrive35i pessoas com deficiência, mas realiza um processo onde o M Sport.
EMPRESÁRIO VAI PERCORRER 3.500 KM COM VEÍCULO ELÉTRICO PARA GRAVAR O DOCUMENTÁRIO #MOVIDOSPORENERGIASOLAR Viagem por 23 cidades do Sudeste brasileiro teve início em 18 de março e BMW i3 é abastecido em pontos que contam com sistemas para geração de energia solar fotovoltaica Por Paula Yokoyama O empresário Luis Otávio Colaferro, sócio da Blue Sol – Energia Solar (www.blue-sol.com), empresa pioneira e especializada na capacitação, desenvolvimento de projetos e instalações na área de energia solar fotovoltaica, inova mais uma vez no setor e vai colocar no ar, em breve, o web documentário: #MOVIDOSPORENERGIASOLAR. As gravações tiveram início em 18 de março e já passaram “A ideia é visitar residências e empresas que geram a sua pelas cidades de Ribeirão Preto, Catanduva e Andradina, própria energia por meio de um sistema de energia solar todas localizadas no interior do estado de São Paulo. De fotovoltaica e abastecer nosso carro com a energia elétrica acordo com Colaferro, o objetivo do documentário é mostrar produzida por esses sistemas. Além disso, vamos conversar a força da energia solar e conscientizar mais de 1 milhão de com essas pessoas e conhecer histórias inspiradoras de brasileiros sobre o poder de gerar sua própria energia. como a energia solar transformou essas vidas”, explica Colaferro. Para isso, o próprio empresário vai percorrer cerca de 3.500 km, passando por mais ou menos 23 cidades dos estados A previsão é de que as gravações sejam finalizadas no mês da região Sudeste do Brasil a bordo de um BMW i3, veículo de dezembro deste ano. Então, Luis Otávio Colaferro e a elétrico concedido para o projeto por meio de uma parceria Blue Sol – Energia Solar vão reunir um material composto com a Eurobike, que será recarregado sempre em pontos por 36 mini capítulos de 5 minutos cada; 12 capítulos com onde a energia é produzida em sistemas solares fotovoltaicos, 20 minutos; um hotsite dedicado ao web documentário; dois daí o nome #MOVIDOSPORENERGIASOLAR. canais no YouTube e dois canais no Facebook. Eurobike magazine 16 | 17
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18. Audi Q7 31. Opcionais e acessórios 32. “Nenhum outro modelo do segmento oferece tantos sistemas de assistência ao motorista como o novo Q7.” 36. “Como dois apaixonados por motos criaram um programa de coaching para quem quer levar suas motos speed para a pista – com técnica, segurança e velocidade.” 46. “Diante de toda aquela corte de admiradores do Porsche 356 e com certeza de que se tratava de um carro em bom estado, não pude resistir: comprei.” Eurobike magazine 18 | 19
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QAu7di POR LALO DE ALMEIDA Eurobike magazine 20 | 21
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EMOÇÃO ENSAIO Agradecimentos: Hospedaria Casa da Pedra - http://www.hospedariacasadapedra.com.br/
OPCIONAIS E ACESSÓRIOS Pedaleiras em aço escovado Estribos em aço inox Para-barros dianteiros e traseiros Rack de teto Rack de bike Suporte interno de bicicleta Tapetes de carpete ‘premium floor mats’ Tapetes de borracha dianteiros Tapete reversível de revestimento do porta-malas, com proteção para para-choques Roda aro 20” em alumínio fundido com design de 10 Bandeja de proteção para o porta-malas Película de proteção da linha do porta-malas raios duplos Eurobike magazine 32 | 33
EMOÇÃO ENSAIO NOVA REFERÊNCIA Por Percy Faro A marca dos quatro anéis entrelaçados opera em mais Uma inovação no segmento do Q7 é a direção nas quatro de cem países, emprega mais de 80 mil pessoas e sua rodas. O Audi drive select tem até 12 módulos tecnológicos estratégia é focada no princípio da sustentabilidade em que resultam em eficiência e conforto. O eixo traseiro seus produtos e processos. Com respeitáveis referências no dinâmico (opcional), por exemplo, permite a direção nas mundo do automóvel, acaba de desembarcar no Brasil mais quatro rodas, ao esterçar as traseiras em até 5 graus na um representante do grupo alemão, o Q7, nova geração do mesma direção ou em oposição às dianteiras, dependendo modelo topo de linha da gama de utilitários esportivos da da situação. Com este recurso extra o SUV fica mais ágil e Audi. o raio de curva diminui em um metro, o que é claramente percebido pelo motorista ao manobrar e estacionar. Importado apenas na versão Ambition, é ligeiramente menor externamente e com maior espaço interno em relação ao Externamente, o novo Q7 está mais esguio, com linhas modelo anterior. Também ficou mais leve, ganhando em harmoniosas e imponentes colunas do teto para reforçar a economia, eficiência ambiental, dinamismo e dirigibilidade. percepção de estabilidade e espaço. Internamente oferece Conta com tração integral permanente quattro, associada um dos interiores mais espaçosos do segmento de SUVs à transmissão automática Tiptronic de oito marchas e ao premium. Em termos de espaço para joelhos, ombros novo motor V6 3.0 TFSI com compressor e injeção direta de e cabeça, o Q7 supera até mesmo as dimensões de seu combustível. Por isso, o maior SUV da Audi está mais esperto. antecessor, apesar de como um todo ser ligeiramente mais Acelera de 0 a 100 km/h em apenas 6,1 segundos e atinge compacto. Os passageiros podem embarcar confortavelmente velocidade máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente. em razão das amplas portas com aberturas altas. Com potência de 333 cv e 28% mais econômico em comparação ao antecessor, incorpora como item de série o Opcionalmente, a Audi fornece a configuração de sete lugares sistema start-stop inteligente — quando o motorista deixa o para o Q7. Todos os bancos da segunda e terceira filas têm carro rolar ao chegar a um sinal vermelho, por exemplo, ele fixação Isofix para cadeirinhas infantis. Até seis cadeirinhas desliga o motor antecipadamente, antes que a parada seja para crianças podem ser instaladas no novo Q7, inclusive no completa. banco do passageiro da frente. A tecnologia avançada é marcante no novo Q7. Outro exemplo O Q7 revela também um novo item no portfólio de conexão é o revolucionário Audi Virtual Cockpit, um painel totalmente da Audi. A nova interface para smartphones traz o Apple configurável pelo usuário, que mostra as informações à altura Car Play e o Android Auto. Se o motorista se conectar com dos olhos do motorista por meio do head-up display. Com um telefone móvel iOS ou Android à porta de acesso USB, sistemas mais práticos de informação e entretenimento do o sistema se abre na interface. Ambos são integrados à que a versão anterior, o sistema conecta o usuário à internet filosofia de operação da Audi — as aplicações podem ser e todos os seus recursos. controladas pela voz, pelo botão rotativo e de pressão e pelo volante multifuncional. Nenhum outro modelo do segmento oferece tantos sistemas de assistência ao motorista como o novo Q7. Entre os Uma nova experiência sonora também está presente no itens de série há o assistente de atenção, que analisa o carro. Para felicidade dos fãs sofisticados da alta fidelidade, comportamento do motorista e emite um alerta quando é disponibilizado o sistema Bose 3D, com som tridimensional houver indicação de que ele esteja perdendo a concentração. cujo coração é um amplificador de 558 watts com 15 canais Outros itens incluem o hold assist (assistente de parada), que utiliza 19 alto-falantes. limitador de velocidade ajustável, sensor de estacionamento traseiro e o sistema de segurança Audi pre sense básico, que O novo Q7 chegou, portanto, para reafirmar que a história da interage com diferentes recursos do carro e, caso detecte Audi é e continuará a ser sempre fundamentada na filosofia uma condição de direção instável, pode iniciar medidas “Na vanguarda da técnica”. preventivas para proteger os ocupantes do veículo.
Audi Q7 3.0 TSFI MOTOR A gasolina, dianteiro, longitudinal, seis cilindros, quatro válvulas por cilindro. Injeção direta de combustível e turbo compressor com intercooler. Cilindrada (cc): 2.995 cm³ Potência máxima: 333 cv disponíveis entre 5.500 e 6.500 rpm Aceleração de 0 a 100 km/h: 6,1 segundos Velocidade máxima: 250 km/h Torque máximo: 44,9 kgfm entre 2.900 e 5.300 rpm Transmissão: Câmbio automatizado de oito velocidades à frente e uma a ré. Tração integral. Oferece controle eletrônico de tração. Suspensão: Dianteira independente com molas helicoidais e triângulos de alumínio. Traseira independente com barra de direção e eixo estabilizador. Controle de estabilidade de série. Pneus: 255/60 R 18. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Comprimento: 5,05 m Largura: 1,97 m Altura:1,74 m Entreeixos: 2,99 m de distância. Peso: 2.045 kg Capacidade do porta-malas: 890 litros, podendo chegar a 2.095 litros com o rebatimento dos bancos traseiros. Capacidade do tanque de combustível: 85 litros. Eurobike magazine 34 | 35
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EMOÇÃO EXPERIÊNCIA A MARAVILHOSA FÁBRICA DE PILOTOS Como dois apaixonados por motos criaram um programa de coaching para quem quer levar suas motos speed para a pista – com técnica, segurança e velocidade Por Betto D’Elboux Fotos André Rosa
Eles se conheceram há pouco tempo, por meio de um amigo em comum, de um grupo de track days. Em comum, a raiz do nome e a paixão pelas duas rodas. Alexandre Muniz e Alexander Borges iniciaram, no ano passado, uma rica parceria com a Eurobike BMW para desenvolver o projeto BMW Private Team. Trata-se de uma marca que tem três objetivos bem montados: mantê-los competindo nos principais campeonatos de moto do país – e, a médio prazo, do mundo –, ter um grande representante do motociclismo esportivo, um nome forte e internacional para representar a marca e, o maior deles, dar consultoria para todos aqueles donos de motocicletas, BMW principalmente, que querem aprender a obter o melhor desempenho de seus equipamentos, tanto na rua quanto nas pistas. Eurobike magazine 38 | 39
EMOÇÃO EXPERIÊNCIA “Eu não quero que um cliente da BMW, ou de qualquer tipo conta, revelando como, da noite para o dia, começou a de moto, passe pelo que eu passei. Porque se for assim – e acreditar que poderia ser um piloto de competição. eu era um louco! – ele vai desistir, ou vai cair e, pior, pode se machucar”, diz Borges, complementando que “eu era um Borges, o mais “acelerado” dos dois, adorava carros turbo, louco! E se um cliente BMW sair da rua para a pista sem uma mas, convencido por um amigo, decidiu comprar uma base, uma orientação, não vai dar certo. Não dá mais para Kawasaki ZX6, de 600 cc. “Adorava correr na rua, fazer andar de speed na rua”, diz, convicto. bobagem mesmo. Fazia vídeos, colocava no YouTube. Tudo errado”, confessa. Claro que, daquela maneira, um dia algo As histórias desses dois amigos, e agora sócios, são bem poderia acontecer. E aconteceu. “Raspei em uma Land Rover diferentes. Muniz, empresário da área de Tecnologia da e bati, a quase 200 km/h, em plena rodovia Ayrton Senna. Informação, é o mais calmo dos dois. “Eu andava de moto Quase morri. Por sorte, não me machuquei muito.” como qualquer pessoa. Mas, em 2006, eu ainda não tinha uma moto speed e tinha vontade de comprar uma. Foi quando Muniz, após sua experiência com o curso de pilotagem a Harley-Davidson lançou uma moto diferente e eu fui ver. conquistado na promoção da Harley, foi mais cauteloso. Mas não esperava comprar. Achei bonita, mas não queria Começou logo a procurar os cursos e teve em Luiz Carlos comprá-la, pois achava que deveria custar uns R$ 70 mil. Cerciari um mestre e um coach para o início de sua carreira Curioso, perguntei o valor e o vendedor me disse: R$ 50 mil. nas pistas. Mas você paga metade de entrada, financia o restante em 25 vezes e ainda faz um treino e participa de um campeonato”, “É um esporte que exige muito estudo, muita concentração.
Tem de pensar em toda a física, tem de ter calma, cabeça isso, ajudou bastante no meu desenvolvimento”, diz Muniz. boa. Não é para chegar e acelerar como um louco na Quando o campeonato acabou, em 2007, ele terminou pista, que não vai resolver nada. E o legal é que essas na terceira colocação, mas teve uma alegria e felicidade características que você acaba praticando na moto, acabam indescritíveis. Tanto que colocou a moto como objeto de te desenvolvendo como pessoa”, diz Muniz. decoração na sala da casa dele, como uma relíquia e uma referência dos momentos incríveis vividos com ela. Para ele, não ser um motociclista profissional e não depender do motociclismo para ganhar dinheiro é uma vantagem. Conhecendo os equipamentos Muniz acredita que se tivesse se dedicado a uma carreira Em 2010 a BMW apresentou um projeto que estava guardado quando era garoto, com 15 anos, provavelmente hoje não a sete chaves, top secret, a S1000 RR. Detalhe: Muniz sempre poderia mais estar fazendo o que mais gosta, que é andar foi fã da marca, inclusive dos carros. Quando viu a moto, de moto. “Certamente já teria parado, como muitos que não aguentou e acabou comprando. “Ela era muito além começam e param”, acredita. de qualquer outra, um projeto revolucionário, mesmo. Foi quando decidi começar a planejar a minha volta às pistas, Feliz com a possibilidade de acelerar nas pistas, Muniz foi aos poucos. Coloquei na minha cabeça que voltaria devagar, participar da Daytona Cup. Das quatro temporadas que o já que tudo isso é um hobby pra mim”, diz. campeonato durou, ele correu três. Eram provas apenas em São Paulo, em Interlagos, disputadas com uma Daytona Naquela mesma época, conheceu Alexander Borges em 955 da Triumph. “Uma moto arcaica, pesada e que, por um track day. E Muniz começou a andar com a moto nova, Eurobike magazine 40 | 41
EMOÇÃO EXPERIÊNCIA tanto na rua quanto na pista, para ir conhecendo bem o e ainda com um design maravilhoso”, diz ele, que chegou a equipamento e as suas reações. Quando acreditou que importar toda a carenagem de fibra de carbono – mesmo estava pronto para voltar a correr, saiu a HP4, no fim de com os colegas de pista sugerindo que fizesse de fibra de 2013. “Acredito que eu tenha sido o primeiro a comprar este vidro adesivada, para parecer fibra de carbono. modelo, mas acabou que dei um passo para trás, pois tive de voltar com o meu plano de me adaptar à moto, bem devagar. Agora, de 1000 cc Fui me apresentar à moto e deixei ela se apresentar para Naquela época, Alexander Borges ainda estava na fase mim. Andava com ela na rua para amaciar, mas também em “desbielada”. Agora de BMW S 1000 RR, ele continuava Interlagos. E ia evoluindo aos poucos, andava com cuidado acelerando na rua, e fazendo bobagens. “Mas já naquela para não cair, procurando baixar o meu tempo de volta. Tudo época, eu sentia que me faltava técnica. Eu tinha a empáfia com muita calma”, diz Muniz. para acelerar, mas só”, diz Borges. Foi quando ele resolveu fazer alguns cursos. “Fiz os da Motor School, da Motors O projeto volta às pistas ia muito bem e, quando terminou Company e o da Motor&Cia. Mas eu continuava aprontando: o prazo de garantia da moto, ele acreditava que havia ia acelerando a moto para o curso e voltava do curso chegado o momento de correr com ela. A ansiedade era acelerando. Eu fazia isso e as pessoas me diziam, ‘vai andar tanta que Alexandre chegou até a fazer duas corridas com a na pista. Para de acelerar na rua’”, diz. carenagem original. O resultado foi tão bom que ele só teve elogios para o equipamento. “A HP4 é uma moto que tem A decisão de disputar o Campeonato Paulista de Motociclismo muita tecnologia: controle de largada, suspensão semiativa, de 2003, promovido por Leandro Mello, parecia acertada. controle de tração, enfim, tudo o que você possa imaginar, Tanto que Borges foi campeão, ainda que usasse a mesma
moto do dia a dia dele na rua, com a configuração original, piscas, farol e tudo, para correr na pista! Em 2014, mais um tombo feio e Borges foi obrigado a ficar “A nossa meta estava toda focada na nossa paixão pelas parado quase um ano, até que um amigo dele, que corria no corridas, pela marca BMW e pelas motos”, Alexandre Muniz Supermoto, o chamou para conhecer. “Aquilo é uma loucura! Terra e asfalto, tudo junto. Achei bom para desenvolver mais A premissa, para Muniz, que trabalha como executivo em a habilidade e, ao mesmo tempo, fazia track days de motos uma empresa que tem grandes clientes no segmento de no Velo Città, além de treinos de speed junto com o Muniz, tecnologia, era que um projeto para uma pequena empresa, em Interlagos.” uma pequena equipe de motociclismo, poderia ser mais simples. “No meu dia a dia profissional, lido com grandes A paixão, tanto de Borges quanto de Muniz, por acelerar multinacionais, equipes de 100 pessoas, negociações e motos é tamanha que, no ano passado, com o Autódromo projetos estressantes que chegam a durar um ano, todos de Interlagos longamente fechado para as reformas exigidas com prazos e metas... Aí, quando pensamos em uma equipe pela Fórmula 1, eles chegaram a pensar até em comprar um de motociclismo, tudo é proporcional e relativamente mais caminhão baú para subir as motos e ir atrás de pistas, fora fácil. Aqui, o segmento é praticamente um hobby. Então de São Paulo. “Foi quando decidimos que era hora de montar fazer algo que seja planejado e organizado passou a ser um projeto voltado às pistas e com a marca BMW, criando viável”, pensou o executivo de TI. uma equipe que fosse diferente das demais. Foi assim que nasceu a ideia do BMW Private Team”, diz Muniz. Eurobike magazine 42 | 43
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EMOÇÃO EXPERIÊNCIA Assim, em 2015, a BMW Private Team teve o seu primeiro Nova temporada, novos planos ano de trabalho e, desde o início, com uma parceria muito Este ano, o projeto da BMW Private Team, principalmente boa com a Eurobike. Com a expertise de planejamento depois de tudo de positivo que aconteceu em 2015, é ampliar conquistada na experiência do mundo corporativo, pensando as metas. até mesmo no momento de descanso durante os treinos, os “Nós sabemos que tem muita gente que compra uma moto resultados apareceram, com corridas memoráveis, entre speed, mas não tem onde usá-la na cidade. Aí, ele tem de outras vitórias. “O Alexander Borges foi o campeão e eu fiquei colocá-la em um caminhão, marcar um ponto de encontro na terceira colocação do campeonato. Além disso, fomos a com amigos no interior de São Paulo, para só então conseguir única equipe de motociclismo que teve um estande no Salão fazer um track day que seja minimamente prazeroso. Mas é das Duas Rodas. Tudo isso foi uma experiência muito boa. um sacrifício enorme, e ainda tem os riscos da estrada”, diz Tanto na pista quanto na organização, no planejamento, Borges. nas estratégias, e por todas as amizades que fizemos, principalmente com toda a equipe da Eurobike”, comemora Pensando nisso, o que a BMW Private Team quer pro- Muniz. porcionar aos proprietários de motos speed é que essas pessoas tenham o mesmo prazer que Muniz e Borges E isso porque, curiosamente, o objetivo deles para a primeira têm, mas com mais segurança, principalmente. O projeto temporada era... apenas conseguir correr, sem sequer se de coaching visa não apenas ajudar a encurtar o cami- preocupar muito com os resultados de pista ou mesmo com nho de quem quer chegar às pistas, como, também, ensiná- algum eventual retorno financeiro. “A nossa meta estava toda las a pilotar em trajetos urbanos, e levá-las para track days focada na nossa paixão pelas corridas, pela marca BMW e organizados. Ou seja, dar uma consultoria que simplifique pelas motos”, diz Muniz. e encurte o trabalho que eles tiveram, com um custo até mais baixo do que eles gastaram em todo esse percurso de aprendizado, mas, certamente, em muito menos tempo
e com toda a segurança. Assim, qualquer pessoa poderá A opinião de Alexandre Muniz & Alexander Borges sobre apenas aproveitar o prazer de pilotar. os pilotos “Alex Barros é um amigo. Fomos juntos para Valência, no ano E não para por aí. Pela BMW Private Team, Muniz e Borges passado, ver a última corrida do Moto GP e é impressionante pretendem continuar correndo e, de quebra, constituir como ele é conhecido lá! Até mais do que aqui...” uma equipe vencedora, que possa ainda ser formadora de “Valentino Rossi é uma lenda, um exemplo, uma referência. Um novos talentos e, também, ter um nome de destaque do grande ídolo.” motociclismo mundial. “Queremos um nome de referência “Eric Granado está bem, está no começo, e certamente deverá no nosso time”, diz Muniz. chegar no Moto GP.” “Leandro Mello, Bruno Corano, Geraldo Tite Simões, Luiz Carlos Ao mesmo tempo, eles planejam dar consultoria para Cerciari, Alexander Borges... Todos esses professores são proprietários de equipes de motociclismo. “Muitas vezes, importantes para qualquer motociclista. Eles sabem demais! E vemos que há mecânicos que têm as suas oficinas e que não são apenas técnicos, como muito didáticos.” lutam para manter os seus times vivos na pista. Porém, eles não têm visão de negócio. No nosso projeto, a ideia é fazer O case do puff de descanso com que tudo isso se perpetue”, promete Muniz. Uma das coisas que chamou a atenção para a BMW Private Team logo no começo de 2015 foi a colocação de vários puffs infláveis Então, pode-se acreditar que, a médio prazo, a BMW Private no box. Alexander Borges conta que, em um dia de treino de Team poderá criar track days, cursos de pilotagem e, talvez, moto, depois de quatro ou cinco saídas de 20 minutos na pista, até campeonatos de motociclismo? “Jamais”, dizem, e de andar muito nos boxes para lá e para cá, conversando com quase em uníssono, os dois sócios! “A nossa ideia é dar o várias pessoas, ele acabava ficando muito cansado. “Um dia, coaching para ajudar a transformar clientes da BMW em achei um puff, uma poltrona inflável, em uma loja no centro da pilotos melhores, mais responsáveis e, se eles quiserem, cidade e decidi comprar. No começo achei que não seria legal, até competitivos. Mas não pretendemos criar track days, ou eu podia ser mal visto (risos). Mas quando levei para a pista, todo cursos de pilotagem. Nós vamos, sim, encurtar os caminhos mundo achou o máximo! Hoje, já comprei uns dez desses, porque e as possibilidades, indicando as melhores escolas, os bons vários pilotos também quiseram. Enfim, esse é nosso conceito, cursos, os melhores track days etc. Cada um faz aquilo que de planejar e organizar até mesmo o descanso no dia de treino. sabe fazer melhor e todos se divertem mais”, conclui Muniz. A nossa estrutura de box é toda bem pensada, bem montada.” Eurobike magazine 46 | 47
EMOÇÃO CLÁSSICO PORSCHE 356 SC Um caso de paixão Por César Cini Fotos Augusto Tomasi Quando comecei a adquirir carros especiais e raros, há uns 8 anos, minhas iniciativas eram mais voltadas para os chamados “carros populares” de épocas passadas, principalmente dos tempos que se seguiram à Segunda Guerra, quando a falta de recursos em um planeta exaurido pelas batalhas colocou a inventividade para trabalhar e produziu carros pequenos e leves com design muito interessante. Para resumir, esse início da minha coleção era só uma coletânea de peque- nos carros italianos — muito simpáticos — e alguns “micro- carros” alemães, entre eles modelos muito curiosos. Junto à estes vieram aos poucos outros raros Volkswagen alemães. Mas, de verdade, não havia nenhum daqueles nomes que fazem os olhos brilharem com intensidade: Cadillac, Ferrari, Maserati, Porsche... Estava tranquilo nas minhas buscas de colecionáveis até o dia em que conheci Pebble Beach, na Califórnia, e todos os encantos daquela semana automotiva que considero hoje o maior “concentrado” de veículos raros, novos e antigos, muita história e emoção em movimento, tudo isso reunido no mesmo local durante loucos e exaustivos sete dias. Em Pebble Beach encontrei um grupo de brasileiros apaixonados pela marca Porsche. A sonoridade do nome da marca estava constantemente no ar. No ano seguinte a esse primeiro impacto em Pebble e o olhar para o mundo Porsche, fui novamente à semana automobilística californiana e o grupo de porschistas brasileiros era ainda maior. Prossegui com eles numa espécie de “peregrinação” pelos lugares adorados por essa turma. Começamos em São Francisco, visitando comerciantes de peças, desmanches (só de Porsche, obviamente),
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EMOÇÃO CLÁSSICO comerciantes de automóveis, mecânicos especializados, num roteiro que se encerrava em Los Angeles. Lá pelo meio da viagem havia tomado a decisão interna de comprar um Porsche modelo 356, de longe o mais apreciado pelo grupo. Meses antes, havia feito algumas pesquisas na internet e encontrado algumas ofertas, sempre na região de Los Angeles. Depois que nossa peregrinação acabasse eu me dedicaria a ver os modelos dos anúncios selecionados ainda no Brasil. Foi então que, visitando um dos habituais comerciantes tido como programa obrigatório pelo grupo, me chamaram para ver um carro que estava embaixo de uma lona. Segundo o vendedor, estava precisando de uma pintura, mas ao mesmo tempo era todo original e muito íntegro. A tentação final: me disse que para fazer negócio naquele dia, era possível ter um pequeno desconto. Consultei a pesquisa que havia efetuado e lá estava o anúncio deste carro e suas fotografias. Era um dos três que havia selecionado. Coincidência? Destino? Diante de toda aquela corte de admiradores do Porsche 356 e com certeza de que se tratava de um carro em bom estado, não pude resistir: comprei. Depois de quatro meses o carro estava no Brasil e já rumando para o interior de São Paulo, para as mãos do maior especialista no assunto do Brasil, o hoje amigo Guenter Henning Sandtfoss, ou simplesmente Henning.
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