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clipping 8 de março 2018

Published by Fundação Florestan Fernandes, 2018-03-09 10:18:19

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CLIPPING ELETRÔNICO ano II – número 161 – quinta-feira, 08 de março de 2018Palestra e Música na abertura do Mês da Mulher em DiademaPor: Iago Martins demais áreas. Quero parabenizar as mulheres por esta data tãoNesta quarta-feira, 7/03, ocorreu a significativa”, comentou o vice-abertura oficial do Mês da Mulher prefeito, Márcio da Farmácia.no anfiteatro do Quarteirão da Mês da MulherSaúde. O evento, organizado pelaCoordenadoria da Mulher de As atrações em comemoração aoDiadema, contou com a Mês da Mulher vão ocorrer duranteapresentação e palestra das todo o mês de março. Amanhã, nocantoras Sueli Vargas e Sharylaine, Dia Internacional da Mulher, 08/03,do Coletivo Amigas do Samba. No o Terminal de Diadema contará comrepertório, tocaram músicas de a exposição “Bonecas Silenciosas”,Cartola e João Nogueira, entre intervenções com megafone eoutras, que tratam da violência panfletagem. No mesmo dia, o Cinecontra a mulher. Eldorado exibirá filmes comO Coletivo Amigas do Samba existe menos uma pessoa, já valeu a representantes de diversas protagonistas femininas como instituições do município. As Valente, às 14h. No dia 15/03, ohá 7 anos e conta com a presentes foram homenageadas grupo de Teatro da Casa Beth Loboparticipação de 12 mulheres, que pena”, afirmou Sueli. com flores. apresentará o espetáculo “As Diversas Facetas da Violência Contratratam sobre violência doméstica e O evento contou com a presença do “A Coordenadoria da Mulher vem a Mulher”, na Praça Céu das Artes,machismo. Sueli e Sharylaine se vice-prefeito, Márcio da Farmácia, desenvolvendo um ótimo trabalho às 14h.apresentaram com o tema das secretaria Regina Gonçalves na cidade. A administração não tem“Experiências através da música (Habitação e Desenvolvimento medido esforços para oferecer A tradicional caminhada com aspara o Empoderamento da Mulher”. Urbano), que também representou prestação de serviço com mulheres da cidade acontecerá no“Essa parceria é importante porque a primeira-dama, Caroline Rocha; acolhimento à mulher na Saúde, na dia 17/03, na Praça Redondão, aatingimos pessoas que podem ter Tatiana Capel (Meio Ambiente), Assistência Social e em todas as partir das 8h.problemas em casa ou em outro Tatiane Ramos (Educação), Carlaambiente que frequenta. Se Dualib (Comunicação) econseguirmos alcançar e ajudar aoExposição “Mulheres em canto” traz fotografias de cantoras feitas por professor da Florestan(ABCdoABC) A exposição dos musicais, nomes como Baby do feminino um de seus eixosfotógrafos Adriana Horvath e Marco Brasil, Gal Costa Maria Bethania, temáticos, incluindo o seuAurelio Olimpio chega ao Shopping Beth Carvalho, Paula Lima, novo projeto de fotografiaPraça da Moça, em Diadema, Wanderléia, Maria Rita, Fafá de (intitulado \"Invisivelmente Belém, Liniker e tantas outras Belas\").celebrando a força feminina atravésdo canto. No total, 40 fotografias entoam suas canções de guerra, Exposição “Mulheres emnas medidas 1,0 x 1,50 e 1,50 x 2,20 paz, protesto, liberdade ou apenas Canto” no Shopping Praçamostram grandes cantoras, que celebram a alegria por cantar. da Moçapodem ser vistas na essência de seuofício e sem perder a condição de Com curadoria do coletivo Imagens Até 27 de março, no Piso Musicais, a exposição destaca os 26 Araucária anos de carreira do fotógrafo Marcomulheres, mães, companheiras ou Aurelio Olimpio, especializado na Entrada gratuitafilhas. fotografia de shows e autor do livro Álbum Imagens Musicais, além doRegistradas pelas lentes de Horvath trabalho da fotógrafa Adrianae Olimpio, durante apresentações Horvath, que tem no universo

A HISTÓRIA DE UM DOS MAIORES SÍMBOLOS FEMINISTAS“Rosie” tornou-se um símbolo feminista. Inspirou gerações. Mas durante décadas ninguém soube quem ela era(Público) Olhar determinado, punho O nome atrás da “Rosie”cerrado e manga da camisaarregaçada. A imagem da mulher da Natural da cidade de Tulsa, nobandana vermelha com bolas Oklahoma, Fraley nasceu a 26 debrancas e do braço flectido ao alto, Agosto de 1921. Começou anum gesto de força e coragem,tornou-se num dos mais famosos trabalhar com 20 anos nasímbolos do movimento feminista. Base Aeronaval de Alameda,A mensagem “Nós podemos fazer” o que a tornou numa das(“We Can Do It”, no original em primeiras mulheres operáriasinglês) propôs-se a inspirar umgrupo de trabalhadores numa norte-americanas a juntar-sefábrica dos EUA durante a Segunda ao esforço de guerra dosGuerra Mundial e acabou por se Estados Unidos e a adotartornar um símbolo maior decombate ao patriarcado, ao um papel até a datamachismo e à ideia da mulher representado pelos homens,enquanto sexo frágil.A personagem que representou e assumindo funções em captava uma operária norte- O renascimentoinspirou mulheres em todo o estaleiros e fábricas, emundo tinha uma protagonista. A americana em exercício demulher que ficou para a história responsáveis pela produção funções, com um fato- Esquecido durante décadas, foi noscomo a “Rosie, a rebitadeira” anos 1980 que o cartaz foichamava-se Naomi Parker Fraley e de armas, munições etinha 96 anos. Morreu em 18 de macaco, e de sapatos de recuperado num artigo sobre ajaneiro de 2018. suprimentos. A transformação, consequência da diminuição de tacão baixo, com uma colecção dos arquivos nacionais, homens disponíveis para trabalhar intitulado Poster Art for Patriotism’s em virtude do seu destacamento bandana a proteger o cabelo. Sake, e que foi publicado para o combate, marcou um período de virada na sociedade Inicialmente, a imagem foi na Washington Post Magazine, em norte-americana. 1982. Foi então que a imagem foi desenhada com o objetivo de se adoptada como um símbolo da tornar um elemento de propaganda força de trabalho feminina durante interna da empresa Westinghouse e O fenômeno não era isolado. não pretendia ser comparada a uma o esforço de guerra, tornando-se Durante essa época, muitos ferramenta de recrutamento, como uma das representações mais governos utilizaram cartazes de a que foi utilizada no cartaz de usadas pela luta feminista. Foi só propaganda para estimular as James Flagg durante a Primeira nesta altura que nasceu a mulheres ao trabalho voluntário nas Guerra Mundial, com o “Tio Sam” a personagem “Rosie, a rebitadeira”, que representou uma geração de fábricas. Criado em Fevereiro apontar o dedo e, com um olhar mulheres e tornou a sua imagem de 1943 pelo artista J. assertivo a dar a ordem: “Eu quero num ícone. você no Exército dos EUA” (em Howard Miller, o cartaz inspirou-se numa fotografia a inglês: “I Want You for U.S. Army\"). A “Rosie” foi uma geração e todas preto-e-branco de um Do mesmo modo, tampouco tinha quiseram ser Naomi pretensões de se tornar um símbolo feminista. A verdadeira identidade de “Rosie” fotógrafo da United Press De acordo com os registos e foi, durante décadas, oraummistério testemunho da própria Naomi, o ora falsamente atribuída. Em 2010, International. A imagem cartaz tinha uma vertente por exemplo, o New York Times puramente pedagógico e noticiava a morte da norte- motivacional, para levar as americana que teria alegadamente mulheres a adotarem um vestuário inspirado o cartaz. Geraldine Doyle seguro e a terem cuidados como a foi erradamente identificada como a proteção do seu cabelo, evitando mulher representada no cartaz acidentes de trabalho, e também durante anos. No entanto, Doyle pretendia ser um incentivo para não só não era a mulher fotografada que inspirou o cartaz como apenas todos os operários trabalharem trabalhou na fábrica durante duas mais intensamente. semanas, até descobrir que uma colega se tinha magoado nas mãos com um fixador mecânico. Como

Wyn Loy, e uma terceira operária a história”, contou Kimble ao World- caminharem lado a lado nas Herald. imediações da Base Aeronaval de Alameda e foi o início da luta pela Em 2016, a sua ligação ao recuperação da identidade da cartaz tornou-se pública pela verdadeira “Rosie”, mas não é claro primeira vez. À revista que resultados teria conseguido. Mais ou menos pela mesma data, People, Fraley explicava que em 2010, e depois da morte de não queria fama ou dinheiro, Doyle, o professor universitário mas sim reclamar a sua James Kimble, da Seton Hall, decidiu dedicar-se a uma investigação para própria identidade. Ao jornal determinar se a identidade de World-Herald, no mesmo ano, “Rosie” dedicada nos obituários de quando lhe perguntaram como Doyle tinha sido alguma vezera violinista, receava um ferimento 2009 foi com a sua irmã a uma verificada. é que se sentia por ter sidoque a impedisse de tocar e acabou convenção das operárias norte- Na sua investigação, que durou reconhecida como apor se despedir, regressando à vida americanas homenageadas pelo seu quase seis anos, acabou por se verdadeira Rosie, Fraley terádoméstica pouco tempo depois, trabalho durante a Segunda Guerra cruzar com uma das cópias da declarado “vitória” entrecontou ao jornal norte-americano a Mundial. Foi então que Naomi fotografia que acrescentava a data efilha da mulher que durante anos Parker Fraley viu a sua fotografia no localização do momento captado, lágrimas.adotou a imagem da heroína Memorial Rosie, no Museu Nacional com uma legenda: “Parece que ofeminista. de História em Richmond, na nariz da bonita Naomi Parker pode Califórnia, e percebeu que o retrato ser apanhado pelo torno mecânico associado ao cartaz identificavaSoube-se depois que, à data em que Geraldine Doyle como a mulher enquanto está a trabalhar. Asa fotografia foi captada na fábrica, fotografada. mulheres usam vestuário seguro eem Março de 1942, Doyle ainda não roupas femininas. E as moçasestava a estudar. Mas Geraldine No regresso a casa, Naomi Parker não se importam. Estão a fazer oDoyle não foi a única a usufruir da Fraley e a sua irmã procuraram uma seu trabalho. O glamour éfama de “Rosie”. Escreve agora o outra fotografia capturada no secundário neste momento”. KimbleNew York Timesque Fraley “era mesmo dia, pelo mesmo fotógrafo. tentou encontrar familiares dequem tinha o testemunho mais Na altura, a fotografia foi capa em Fraley e foi quando a Sociedadelegítimo, mas a sua história acabou alguns jornais. Fraley tinha Genealógica lhe disse que não podiapor ser eclipsada por outras guardado um desses exemplares fornecer informações de pessoasmulheres, o que fez com que fosse durante todos estes anos e enviou-o que ainda estivessem vivas. Oignorada durante mais de 70 anos”. ao Museu Nacional de História para investigador viajou até à casa deO erro foi reconhecido pela própria provar a sua identidade. A capa do Fraley com um ramo de flores. “ElaNaomi Parker Fraley, quando em jornal mostra Fraley, a sua irmã, Ada ficou maravilhada por alguém querer ouvir a sua versão da Clipping Eletrônico da Fundação Florestan Fernandes Setor de Comunicação – Marco Antonio – 3198-3983 [email protected] - www.florestan.org.br


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