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O enigma - Contos de Misterio - Revista Year 8

Published by Gardhenia Fujii, 2018-10-21 22:38:01

Description: O enigma - Contos de Misterio - Revista Year 8

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O enigmaOUT UBRO, 2018 VOLUME 1 CONT OS DE MI ST ÉRI O AAlluunnooss ddoo YYeeaarr 88 ccrriiaamm aass mmaaiiss aarrrreeppiiaanntteess hhiissttóórriiaass ddee eenniiggmmaa Maple Bear Canadian School Brasilia Escola Canadense de Brasília 1

FI CHA O e n i g m aSOBRE A REVISTA T ÉCNI CA Colaboraram Quem nunca assistiu a um filme no qual pessoas se reúnem em nesta edição volta de uma fogueira para ouvir histórias de suspense? Elas costumam prender a atenção e provocam sustos e emoções. Direção Editorial Imagine-se nessa arrepiante roda de histórias... Pois saiba que Karla Anjos você não precisa esperar por uma noite fria e uma fogueira para Revisão de Texto Karla Anjos Deborah Villeth Sylvia Tzemos Coordenação Pedagógica se entreter com esse tipo de contos. Deborah Villeth O enigma o levará a vivenciar essa experiência em qualquer lugar onde estiver. Basta abrir a revista para iniciar sua Diagramação jornada pelo universo do mistério. Karla Anjos O projeto de contos de enigma no Middle Years é Gardhenia Fujii trabalhado no Year 8 e muito indicado nessa (Ferramenta: LucidPress) etapa. Ao ler textos que atraem sua atenção, os alunos demonstram maior interesse e Fotos e Ilustrações imagens sem copyright de uso livre (fontes: pixabay e unsplash) Impressão Pigmento Gráfica Tiragem o aprendizado se torna mais prazeroso, 1000 exemplares o que os leva a estruturar seus textos Textos Amanda Mousinho - Ana Luiza Valente - Ana Vitória com maior facilidade, consolidando, Malcher - Eduardo Bessa - Eduardo Tokarski - Felipe assim, os objetivos da prática da Resende - Luis Lima - Gabriel Carelli - Enzo Petrillo - Luís Nunes - Juliana Lopes - Letícia Miti - Rafael Takaki - Maria escrita. Pinheiro - Marcela Elesbão - Mário Oliveira - Natália Marques Agora que já sabe um pouco Natalie Tanoff - Nicole Tanoff - Carolina Arentz - Henrique sobre o projeto, está na hora Caffé - Daniel Mendes - Enzo Stancioli - Daria Mykhailenko Gabriel Ribeiro - Isadora Rebello - Igor Ferraz - Ingrid Sproesser de conhecer os mais Lucas Torres - Theo Paim - Marcella Cabral - Maria Eduarda Paganini misteriosos contos de Mariana Rodrigues - Rafael Resende - Sylvia Sobreira - Victor Cabral Wanda Santos enigma. Tenha uma Outubro, 2018 boa e horripilante leitura! Maple Bear Canadian School Brasília Escola Canadense de Brasília SIG QD 8 lote 2225 parte F, Brasília, DF, 70610-480, Brasil Telefone: (61) 3961-4350 Website: http://www.maplebear.com.br/brasilia/ Instagram: @maplebearbrasilia Twitter: maplebrasilia Facebook:https://www.facebook.com/Maple-Bear-Canadian-School-Bras%C3%ADlia- 792018820837904/ Youtube: https://www.youtube.com/user/MBCanadianSchool2

SUMÁ 2RIOYea r 8A Yea r 8B O incêndio José Speurder Atenciosamente, Maria Conexão Aérea 4 5 6 13 Juliana Lopes EnzoPetrillo Maria Eduarda Paganini Igor FerrazAna Vitória Malcher LuisEduardo Marcella Cabral Rafael Miguel Eduardo Bessa Rafael Takaki Vingança Tardia Assassinato na Casa Branca A s A venturas de 14 Josesvindir ilo 9 Carolina Arentz 8 Letícia Mitti T heoBezerra Marcela Oliveira IngridSproesser Maria Pinheiro Wanda Santos Boa noite, Cinderela Depois da cidade 22 17 Natália Marques Isadora Messenberg A Última Pousada O armazém número 13 Café da tarde 30 23 24 Amanda Mousinho Mariana Siqueira Daria Mykhailenko Ana Luiza Valente Sylvia SobreiraApagando o crime Por que na pilastra? Roubo ao Banco Nacional 39 32 28 Gabriel Carelli LuisN unes N atalie Tanoff Gabriel Ribeiro N icole Tanoff Assassinato na cidade O sorriso amaldiçoado sem valor 42 35 EduardoTokarski H enrique C affé Felipe M onteiro M ário Augusto O assassinato inesperado LucasTorres Victor Cardador 37 Daniel Mendes Enzo M edina 2 3

O incêndio Juliana Lopes A Ana Vitória Malcher Eduardo Bessa Sra. Marlie olhou pela janela de seu domicílio e percebeu que o abrigo ao lado estava pegando fogo, e que o incêndio só piorava. Marlie chamou os bombeiros, mas quando eles chegaram, já não havia fogo nenhum. Não havia ninguém perto da casa quando o fogo se apagou. Logo após o acontecimento, Sra. Marlie estava procurando suspeitos que poderiam ter causado o incêndio. Uma semana depois, uma mulher passou andando pela rua, com uma maleta. Senhora Marlie não tinha ideia do que poderia ter lá dentro. Então saiu da sua casa e foi até a rua. Inventou uma desculpa para começar a conversar com a mulher e, de repente, percebeu que havia caído um papel da maleta. Havia um cheque de pagamento. O nome era desconhecido, e não havia rastros, apenas o telefone de um escritório. Senhora Marlie decidiu descansar e esperar até o outro dia para ligar. No dia seguinte, ligou para o escritório. Perguntou onde ficava e o que faziam lá. Eles disseram que era um escritório de venda de casas e que tinha uma vaga de trabalho sobrando, pois um homem havia deixado de trabalhar lá há uma semana sem ao menos avisar nada. Marlie lembrou que fazia uma semana que a casa ao lado tinha pegado fogo. Então suspeitou da senhora que tinha passado pela rua com a maleta. Desde o acontecimento, ninguém mais entrara naquela casa, só aquela senhora. Então Marlie a interrogou, e ela admitiu que, depois de uma briga com o marido, tacou fogo no abrigo, matando-o. Depois, apagou o fogo para entrar na casa e pegar suas coisas intactas, pois as havia colocado na maleta. Aquela estranha foi condenada a vinte e nove anos de prisão, e a casa foi reformada e vendida para estrangeiros.4

4José Speurder Enzo Petrillo Luis Eduardo Rafael Takaki Certo dia, num voo da Flórida para a Alguns passageiros como Samuel Barbosa,China, os passageiros e os pilotos tiveram Hogan Paul, Brasimovisk e Ivana Lamouros,uma discussão que os fez pousar em uma estavam muito quietos. Por causa disso oscidade chamada Salalah, em Omã. Quando outros passageiros começaram a desconfiarchegaram lá, encontraram um grupo de deles. Quem poderia ter feito isso? Entãonativos que os atacaram, pois eles haviam José Speurder começou a interrogar ospousado em suas terras sem permissão. passageiros, um a um, para descobrir quem havia ajudado Ching-Chong-Un. Logo ele A sorte foi que Ching-Chong-Un descobriu que Hogan Paul era o culpado econseguia conversar com os nativos em seu estava tentando incriminar Samuel Barbosaidioma e conseguiu sair sem ser atacado por para escapar da cadeia.eles. Os outros passageiros voltaram para oavião para tentar fugir. Logo que decolaram, José Speurder conseguiu ligar para a políciadescobriram que uma tranca fora colocada no e contou o que havia acontecido. Os policiaismotor do avião, e o fez cair. Muitos não deram-lhe permissão para agir. Alguns diastiveram ferimentos graves, mas ficaram depois, José conseguiu seguir o rastro dedemasiadamente eufóricos por causa do Ching-Chong-Un e o prendeu junto comacidente. Hogan Paul. 4 5

Atenciosamente, Um belo dia estavam lá, brincando de pique-pega, e mamãe, sem querer, empurrou Maria João direto para a fogueira. Ele padeceu ali mesmo. Maria nunca a perdoou e após alguns Maria Eduarda Paganini e Marcella Cabral dias, não foi mais vista. Sua casa fora abandonada. Até hoje não há ninguém Oi, meu nome é Anna. Antes de tudo, morando lá. não espero que acreditem nesta história; sinistra, abissal e trágica; nem que gostem Nos meus primeiros dias com minha dela. avó, não me adaptei às amizades, até porque tinham poucas opções. Mas logo depois de Nada pior que a tortura de viver sem os uns dias, conheci umas garotas mais ou seus pais, por isso fui morar com minha avó. menos da minha idade. Uma delas, Marie, a Cristina já estava idosa, para tudo precisava líder do grupinho, era meio arrogante. Uma de ajuda e morava em uma vila um pouco ruiva de olhos azuis, um tanto pálida. Ela afastada da cidade, onde vivia há muitos sempre dava ordens e disse que para andar anos. com elas, teria que passar a noite naquela casa abandona há anos, onde Maria, amiga Toda noite ela me contava histórias de mamãe, um dia havia habitado. Aceitei o sobre sua filha, minha mãe. Entre elas uma desafio. Seria apenas uma noite. história ilustre e significativa, que dizia que mamãe, quando pequena, gostava muito de Ao abrir a porta, ouvi um ruído temível. brincar com seus vizinhos, João e Maria, os Os pisos de madeira velha já estavam quais moravam em uma ampla casa ao nosso descolando do chão, e toda vez que pisava, lado, a maior do bairro. Maria tinha os cabelos fazia um barulho. A casa estava coberta de curtos e pretos, pele branquinha e seus olhos poeira, o teto, infestado de teias de aranha e tão escuros quanto seu cabelo. Saíam para os móveis, cobertos com um pano branco. brincar no bosque atrás das casas e lá acendiam uma fogueira para se aquecerem.6

Uma coisa que me chamou a atenção foram 6 maneiras, mas estava trancada, e euos espelhos, que estavam por toda a casa. amedrontada. Decidi sair pela janela, e comoMuitos quartos estavam trancados, e decidi a parede já estava destroçada, decidi encaixarentrar no mais próximo, que por sorte estava meus pés e mãos naqueles buracos. Foiaberto. Ao entrar, a porta não fez ruído algum, horrível, mas agora posso andar com aquelascomo se tivesse sido usada há pouco tempo. meninas.Senti algo estranho, como um calor humano,ou uma espécie de vento, como se alguém Toda vez que passava por aquela casaestivesse me rondando. e olhava para a janela, via aquela menina. Não aguentava mais e tinha que saber o que As paredes brancas estavam pichadas estava acontecendo. Então voltei à casa,com sangue. Havia algo escrito que não pude contudo a menina não estava mais nodecifrar. E um espelho no qual não via minha espelho, mas sim escrevendo algo na paredeface refletida, ao olhar para ele. Tinha uma com seu próprio sangue. Não conseguia ler,cama muito velha. Mesmo assim, foi lá que pois não estava escrito da esquerda para adormi. Acordei cedo, já ansiosa para sair de direita, e sim da direita para a esquerda.lá, porém a porta estava trancada. Surtei! Não Precisei pegar um pedaço de espelhoaguentava mais nem um minuto naquele quebrado para ler a imagem refletida. Quandoquarto. terminei de ler, a menina virou totalmente sua cabeça, com um olhar fixo para mim. Deu Me olhei no espelho novamente e vi tempo de ler o que estava escrito: apenasuma menina. Ela parecia estar presa dentro AUS È APLUC A? (Ahhhhhhhhhhhh)do espelho. Estava enrolada em um panobranco. Seu cabelo era curto e preto, sua pele Graças a sua mãe, eu fiquei presa aera tão branquinha e seus olhos tão escuros essa maldição, e graças a você, não sereiquanto seus cabelos. Me pareceu familiar, mais eu quem estará presa nela.mas deixei pra lá. Atenciosamente, Maria. Tentei abrir a porta de todas as 6 7

As Aventuras de certo medo de que nosso detetive descobrisse seu segredo. Segundos antes, a mãe de Coxa Josesvindirilo havia chegado para buscá-lo. E o detetive disse: Ingrid Sproesser e Wanda Wright ? Eu acho que o garoto está liberado, ele Em uma noite, não tão escura nem sombria, nunca foi meu suspeito mesmo. um detetive chamado Josesvindirilo caminhava por sua cidade esperando algo ou ? Isso, seu guarda. - disse a mãe de Coxa alguém a quem ele pudesse ajudar, quando de longe, escutou um choro e foi ver o que havia ? Sou detetive - responde. acontecido. ? Tá, tá, tá? - fala irritada, pois não gostava A vítima era uma menina chamada Neide, uma de ser corrigida - Tudo a mesma coisa. Então menina magra de dentes tortos. A família de ele está liberado ou não, afinal, você é o Neide era bem amiga de Josesvindirilo, e ele detetive. queria muito ajudá-la. Então perguntou: ? Está. ? Olá Neide. Por qual motivo você está chorando? ? Ok, beijo! Gente, tô indo - disse Coxa ? Eu perdi minha boneca, Barbie, da nova ? Tchau. Mas agora, continuando? a coleção da Barbie Fashion Week, sabe? Pode mochila? me ajudar a investigar o que aconteceu com ela? Josesvindirilo olha para Leoleola, e ela fica nervosa novamente. Ele a abre bem ? É claroooooo! Posso investigar sua casa? lentamente, quando Neide grita: ? Pode? mas eu estou dando uma festa? ? ESPERA!!!!!!! ? Ótima dica! ? O que foi dessa vez? ? Como assim? ? É que eu queria tomar leite, mas eu quero ver quando você abrir a mochila. Então, ? Algum de seus convidados pode ter pego espera eu preparar meu leite. sua Barbie. Alguns momentos depois, Neide retorna com ? Faz sentido... seu leite. Josesvindirilo entrou na festa e analisou cada Josesvindirilo finalmente abriu a mochila e um dos convidados de Neide: pegou uma boneca, mas não uma boneca qualquer, era uma BARBIE!!!!! Leoleola ? Só convidou eles? levanta desconcertada e grita: ? Sim - respondeu Neide. ? Eu confesso!!!!!! ? Ok, pode me dizer quais são os nomes, por ? Ótimo? - responde o detetive. favor? ? Eu confesso, eu prefiro Barbie a Monster ? Claro! A da Esquerda se chama Dandira, as High, ok?! meninas do meio se chamam Curisani e Leoleola, e por último, o menino que se chama ? Não era isso que eu esperava ouvir, mas Coxa. tudo bem. ? Ok. ? Calma! - grita Dandira - Acho que eu sei quem pegou? O detetive pensou que como havia três meninas, a probabilidade de ter sido Coxa era ? QUEM???? - grita Neide desesperada mínima. Então o descartou da investigação. ? Quem foi a única pessoa que Josesvindirilo Começou a pegar as mochilas e olhar dentro. não revistou? Primeiro a de Dandira, onde somente havia um diário. Depois abriu a mochila de Curisani, ? O Coxa!!!!!! - todos dizem em sincronia. onde havia uma muda de roupa, pois ela iria dormir na casa de Neide. Na mochila de ? É né? agora já era? - diz o detetive Leoleola havia algo com formato de boneca. Josesvindirilo olhou para Neide e logo depois ? Como assim? - Neide pergunta chorando - para sua amiga. Ela parecia nervosa, com um Eu nunca mais vou ver a minha boneca? ? Não, mas eu fiz meu trabalho, descobri quem a roubou. Agora eu quero meu pagamento?8

ASSASSINATO8NA CASA BRANCALet íc ia M it i, M a r c el a O l iv eir a e M a r ia Pinh eir o Há muito tempo não recebo casos cômodo próximo à cozinha. Napara solucionar, pois hoje em dia mesma hora percebi que onão contratam mais detetives como criminoso nem se deu ao trabalhoantigamente. Contam com os de esconder o corpo. Ele, muitopoliciais para resolverem crimes e provavelmente, não era especialistamistérios em geral. Até que um dia, ou não tinha força física oquando já estava muito entediado, suficiente.sentado em meu escritório, lendoclássicos da literatura, fui De qualquer forma, sabia que eramsurpreendido por um telefonema necessárias mais pistas parainesperado de uma pessoa pouco solucionar o caso. Então contatei oprovável. Era o presidente. Sua voz presidente o mais rápido possível eestava trêmula e assustada. Houve perguntei o que havia ocorridoum assassinato na Casa Branca. anteriormente, antes do crime ser cometido. Ouvi a seguinte história:? Sr. Joseph Charles, sei que você Roger Smith estava concorrendo àé um dos melhores detetives do presidência. Ele e seu oponente,país, preciso muito de você. Por Phill Woods, estavam em umafavor me ajude, estou desesperado, disputa acirrada por votos, ambosmeu filho foi assassinado e preciso com vontade de ganhar, um maisdescobrir quem foi o culpado. que o outro. Com as eleiçõesVenha para cá o mais rápido que encerradas, o vencedor foi Rogerpuder, disse o presidente aos Smith, que por poucos votos deprantos. diferença, logo ocupou o cargo. Algumas semanas depois, para Fui imediatamente para a Casa demonstrar seu espírito esportivo eBranca. O clima lembrava uma cena bom caráter, seu oponente, Phillde filme de terror. Todos estavam Woods, o convidou para uma jantarchocados, ninguém conseguia de comemoração. Mas como oacreditar, nem eu. Não fazia presidente havia viajado com suasentido, o fato de o presidente estar esposa, não pôde comparecer.há tão pouco tempo na Casa Então pediu para que seu filhoBranca e já ter passado por algo tão fosse em seu lugar ao jantar nafatídico e aterrorizante. Casa Branca. Foi difícil entrar, o local estava Apenas consegui essastotalmente cercado por policiais e informações, pois nem o presidenteseguranças. Eu estava sob pressão, sabia mais do que isso. Para acharpois a notícia do assassinato já mais pistas, entrevistei um doshavia corrido por todo o mundo. E é principais suspeitos, o viceestranho pensar que uma presidente.residência tão segura havia sido opalco de um crime tão devastador. Pois fiquei sabendo que ele tinhaOu o assassino era um gênio do muita inveja do filho do presidente ecrime ou alguém de dentro da Casa de todos os privilégios que oBranca. mesmo tinha. Para fortalecer minha hipótese, soube que os dois haviam Quando me identifiquei como entrado em uma enorme briga umdetetive, fui direcionado ao local do pouco antes do jantar.crime. Minha atenção foidiretamente ao corpo, que estavaensanguentado no chão 8 de um 9

Durante a minha entrevista com o suspeito, provavelmente, não aguentava mais e tinha percebi que ele era um homem bom, de ótima muito rancor, o que a teria levado a criar um natureza, como Phill Woods: plano para matá-lo. Eu poderia estar delirando. Talvez aquele ? Senhor vice presidente, o senhor pode me sangue fosse de uma carne que ela estava dizer quem estava na residência no dia do cortando pela manhã. Contudo, recolhi a crime? evidência para fazer um exame e descobrir se o sangue da faca era compatível com o da ? Sim, senhor. Estavam a cozinheira; Pamela vítima. Quando estava examinando a lâmina, Taylor; Phill Woods; eu, o vice presidente; e percebi que o sangue era compatível e que no James, o filho do presidente. canto inferior da faca havia as iniciais da Com essa afirmação, pude concluir que esses cozinheira. Então a faca era, sem dúvida, dela. eram os suspeitos, incluindo James, pois ele Tinha certeza de que a Sra. Pamela Taylor, a poderia ter se suicidado. Quem sabe? Não cozinheira, era a assassina. Todas as pistas satisfeito continuei: indicavam que ela havia cometido o crime. Mas onde ela estava? Provavelmente havia ? Hmmm... Como posso saber que não foi fugido para não ser pega. Comecei a pensar e você o assassino? lembrei que tinha esquecido de investigar a cozinha. ? Senhor detetive, nunca em um milhão de anos teria coragem de cometer um crime, ainda mais com a vítima sendo o filho de meu melhor amigo. Declarou o vice presidente, chorando de medo. Como saber se ele estava falando a verdade? Nem todos são o que aparentam ser, mas seus argumentos eram válidos, e ele parecia amar o presidente e sua família. Mesmo não parecendo ser o assassino, ainda mantive meus olhos nele. A entrevista foi de grande ajuda, mas ainda eram necessárias mais evidências, então fui dar uma olhada no resto da residência. Fui olhar os outros aposentos da casa e não vi nada que me parecesse estranho. Então voltei ao quarto, no qual se encontrava o corpo, para fazer uma autópsia, e pedi para que ninguém tocasse em nada ou entrasse no cômodo. Mas antes mesmo de conseguir chegar ao cadáver, me deparei com um objeto que poderia acabar com esse mistério e desvendar o crime imediatamente: uma faca de cozinha, normalmente usada para cortar carne, toda ensanguentada, largada no canto do aposento. Provavelmente era a arma do crime. Ao ver aquele objeto, a primeira coisa que veio à minha mente foi a cozinheira. Para fortalecer a hipótese, soube que James e Pamela, um tempo atrás, haviam entrado em uma briga muito feia, pois ele sempre a xingava e a maltratava. Pamela, muito10

Como a cozinheira passava grande parte do 10Eu sei que foi você que o matou! ? dissetempo lá, sem dúvida haveria pistas. Quando histérico.entrei na cozinha, logo de cara não me deparei ? Eu não! Foi um homem que o matou! Vi comcom evidências, ou algo que aparentava ter meus próprios olhos, mas não me lembro dosido usado numa cena de crime. nome.No canto do cômodo, bem escondida, havia ? Mentira! Foi você! Está tentando disfarçar euma porta pequena, que parecia ser da desviar a atenção da verdadeira criminosa:dispensa. Somente olhos de detetives eram Você! Não sabia que além de cozinheira eracapazes de notá-la e saber que lá tinha algo. atriz.Com nervosismo e apreensão, abri a porta.Levei um tremendo susto, meu coração quase ? Eu juro, eu estou falando a verdade! ? Seguranças! Prendam-na! Depois de resolver o caso, estava muito aliviado. Precisava retirar o corpo, para depois ligar para o presidente, e contar a notícia. Adentrei o cômodo, me aproximei do cadáver e com ajuda de várias pessoas, o carreguei. Então reparei que embaixo do corpo havia um objeto estranho de forma arredondada. Me abaixei para pegá-lo e quando me aproximei, descobri o que era. Era um broche eleitoral, mais especificamente o broche eleitoral de Phill Woods. Me perguntava porque teria um broche embaixo do cadáver de James? Será que a cozinheira estava falando a verdade? Será que Phill Woods havia matado o filho de seu concorrente? Só existia uma maneira de realmente descobrir se ele tinha cometido o crime. Analisei as digitais que estavam na faca e as comparei com as do broche. Se fossem compatíveis, já saberia que não era mais o melhor detetive dos Estados Unidos. Talvez seria esse o motivo pelo qual não recebo nem um caso há séculos. Ficaria muito desapontado se minha afirmação estivesse errada. O que seria da minha reputação? Pois a notícia de que Pamela Taylor era a criminosa já tinha separou. Me deparei com um humano, ou melhor, espalhado pelo mundo inteiro. Estava muitouma mulher. A cozinheira. Mas porque estava nervoso para analisar as digitais. Poderia terlá dentro? Havia uma grande chance de ter se acertado na minha afirmação de que aescondido. Mas por que em um lugar tão cozinheira era a assassina, ou poderia estaróbvio? Afinal, era a cozinha dela... Sem perder enganado esse tempo todo, e a cozinheira falando a verdade. Para a minha surpresa, astempo comecei um interrogatório: digitais eram compatíveis. As digitais eram de? Sra. Pamela, o que você está fazendo aí? Phill Woods!Se escondendo né? 10 11

Mesmo sabendo de como minha reputação iria acabar, tinha que revelar a todos que Pamela Taylor não era a assassina, e sim, Phill Woods, o concorrente do presidente Roger Smith nas eleições. Precisava entender o assassinato. Então interroguei a testemunha Pamela Taylor mais uma vez: ? Sei que você estava presente no momento do crime. O que aconteceu? ? Sr. detetive, isso é tudo que eu sei. Aparentemente estava correndo tudo bem, pelo que eu conseguia ouvir da cozinha. Até que Phill entrou desesperado na cozinha e me trancou na dispensa. Foi só isso que vi, mas ouvi gritos de desespero e dor e, logo em seguida, passos muito rápidos em direção à porta dos fundos da casa. Analisando os depoimentos e a situação, pude concluir que Phill Woods, na verdade, estava com inveja e rancor de não ter sido eleito e queria matar o presidente. No entanto, como ele não comparecera ao jantar, Phill decidiu matar seu filho. Por isso marcou um jantar para parabenizá-lo, que na verdade era uma cilada. Phill disfarçou durante todo o jantar, mas ao falar que iria pegar algo na cozinha, trancou a cozinheira na dispensa e pegou a arma do crime, a faca de cozinha. Voltou à mesa e matou James por trás. Largou a faca e deixou cair o broche. Depois fugiu pela porta dos fundos. Acionei a polícia para acharem e prenderem Phill. Pouco tempo depois, revelei em rede nacional que o assassino tinha sido ele. Os momentos seguintes foram de nervosismo, pois iria ligar para o presidente para informá-lo de que cometi um erro: ? Sr. presidente, sei que cometi um erro, mas trago notícias verdadeiras. Já sei quem matou seu filho. ? Diga quem o matou, então! ? Phill Woods é o assassino.12

12 Conexão Aérea Igor Fer r az e Raf ael M igu elNuma noite tranquila no aeroporto aqueles dois caras que vi node Denver, um avião que acabara aeroporto de Denver. Depois de umde aterrisar teve o pneu estourado. tempo, pude ver que algumas malasO avião iria à Rússia, fazendo que estavam embarcando emconexão em Genebra, Suíça, para Denver, não foram despachadas, eabastecer. Para não terem o voo as vi separadas na pista 1. Nesseperdido, os passageiros optaram momento percebi que tinha algo depor ir em outro avião. Nesta troca errado acontecendo. O outro avião,não pude deixar de notar algumas que iria terminar a viagem atécoisas suspeitas na pista. Uma Moscou, já tinha partido, e as malasdelas eram duas pessoas, que por ficaram. Fingi não ter visto nada esinal eram trabalhadores. Eles fui embora do aeroporto. Quandoinseriram cinco malas junto às entrei no meu carro, liguei para umoutras bagagens. Os vigias funcionário que conheço e pedisuspeitaram, mas não interviram informaço?s sobre as malas. Elenas ações. Nesse meio tempo, os me disse que elas seriam levadaspassageiros reclamaram com a por dois funcionários que estavamtripulação sobre a demora da troca, no voo e não tinham saído domas em dez minutos já estavam no aeroporto. Voltei para o aeroporto eavião. as malas já não estavam mais lá. Então decidi ir encontrá-las. Durante as primeiras horas do voo,tudo estava correndo bem e Na minha busca por elas, acheinormalmente, até o piloto anunciar meus dois amigos. Eles já estavamque haveria algumas turbulências. com as malas em mãos, preparandoImagino que fora por causa da o plano para nossa fuga. Porém, eutempestade pela qual nós sabia que, infelizmente, em algumestávamos passando. O resto do momento, seria preso. Tentamosvoo correu mais do que bem, e fugir pela tubulação. Conseguimos irnada interrompeu a viagem para até o final do aeroporto, perto doGenebra. Na conexão, todos os meu carro, mas quando cheguei,passageiros desembarcaram. E das tudo foi por água abaixo, e comojanela do aeroporto, eu fiquei sempre, fui preso. Mas não pudeobservando a pista. Não ocorreu deixar de reparar em dois carasnada de peculiar, e as malas foram levando as minhas coisas.despachadas por pessoas que,imagino, não tinham nada a ver com 12 13

Vin gan ça Tar dia Carolina Arentz e Theo Bezerra Lá estavam dois corpos gelados e sem vida. deu muitas pistas. Então voltei ao salão para Me pergunto o porquê do assassino matá-los, procurar mais. pareciam tão inocentes. Uma loira de olhos escuros e outra morena, as duas bem pálidas. Procurei no salão inteiro e no banheiro A morena com um corte profundo feminino. Achei estranho o fato de o banheiro no lado esquerdo do peito. estar limpo, muito limpo, ? Morreram ontem à noite. comparando com o Uma esfaqueada, outra, masculino. Resolvi investigar provavelmente envenenada ? disse o policial Toddy. melhor. Achei um pouco de sangue no cantinho da Logo depois o policial Bob parede. Além disso, não complementou: achei mais nada. Agora estava claro: o assassino ? Joana e Liza eram seus tentou limpar seus rastros. nomes, tinham mais ou menos Encontrei com o George trinta anos, estavam em uma na saída. festa da vizinhança. Nós ? O que está fazendo aqui? perguntamos para todos que estavam Você não pode estar aqui ? na festa, mas ninguém sabia quem as ele disse. matou. ? Como assim? Percebi vários cacos de vidro no chão e um pouco de vinho derramado. Me agachei para ? Ah! Detetive! Perdão, achei que fosse enxergar melhor. outra pessoa ? disse entre risadas nervosas. ? O veneno estava no vinho. ? falei. ? Eu já vou indo ? falei. Um dia depois, fui interrogar todos os conhecidos da vizinhança que estavam na ? Ok! Adeus. festa, começando por George, irmão de Liza e namorado de Joana. Ele explicou Apertamos as mãos e eu voltei para casa. que o vinho era dele, não da Joana. Então aquela era pra ter No dia seguinte, George foi até sido sua morte, não de Joana. minha casa carregando uma O resto da vizinhança não bolsa pequena.14

14? Quero pedir desculpas por ontem à querer assassinar os dois.noite. Estava um pouco nervoso. Ontem de ? Não me lembro muito dele. Sei que elemanhã isso estava junto com a tinha problemas mentais. Ah, e foi ele quemco r r esp o n d ên cia. planejou a festa. ? George disse.Ele retirou um caderno velho de couromarrom de dentro da sua sacola e Quando Silvio foi preso, fui visitá-lo, paracomeçou a folhear as páginas. esclarecer tudo. ? Tem todo o plano do assassinato, está ? Por quê?? pergunteitudo escrito aqui. Fui procurar pistas do ? O quê? ? falou como se fosse inocente.assassino no banheiro, pois estava escritoque Liza seria morta lá.Peguei o caderno para dar uma olhada e ? Você sabe do que estou falando!estava mesmo escrito o plano. Até o tipo deveneno usado. Era verdade que o vinho era ? Liza e George eram as crianças perfeitas.dele. Era para ele estar morto. Não acreditei Todos eram amigos deles, e minha mãemuito nisso. Suspeitei que teria sido George sempre falava que queriaquem escrevera tudo para cobrir seus que eu fosse como eles. Porém eu nãorastros ou algo assim. gostava deles. Eles zombavam de mim, jogavam ovos na minha cabeça, escondiam ? Se o vinho era seu, porque Joana minhas coisas, e quando meus pais nãobebeu? estavam em casa, jogavam papel higiênico no meu quintal.? Ela pegou da minha mão e bebeu,estava muito bêbada. ? E por que você mandou o caderno para George? - perguntei.? E porque deixou ela beber, ainda maissabendo que já havia bebido demais? ? Não queria que descobrissem que fui eu? Eu não deixei, ela só pegou da minha que cometi o crime, mas também nãom ão. queria destruir o caderno. Então mandei para ele como presente, sem saber que ele teria coragem de me entregar à polícia.? Ok! Então levarei o caderno à polícia. ? Achei que ele estaria muito depressivo parafalei, ainda suspeitando. isso.Um tempo depois descobrimos de quem ? Espera, por que não quis destruir oera o caderno. Pertencia a Silvio Miguel. caderno? - minhas perguntas não paravam.Quando avisei ao George, ele falou queSilvio era vizinho dele e da Liza quandocrianças, mas não sabia a razão de ele 14 15

? Por que eu destruiría aquela obra? Comecei a imaginar tudo acontecendo: Liza e George fazendo bullying com Silvio. Silvio Miguel planejando o assassinato deles e anotando tudo em seu caderno. Sr. Miguel matando Liza McFoil no banheiro e colocando veneno no vinho. Joana pegando o vinho da mão do George e tomando. Silvio mandando o caderno ao George. George tentando achar pistas de quem escreveu o caderno no banheiro. Silvio sendo preso, e agora, eu conversando com ele. Foi como se eu tivesse saído do meu corpo por um momento e visto tudo isso acontecendo. Adoro o final de um mistério quando todas as peças do quebra cabeça se encaixam e tudo faz sentido. Foi por isso que virei d et et ive.16

DepoisdaCidade16 Isadora Messenberg Saudações! Meu nome é Valorie e tenho 16 ? Tia Maryyyyyyyyy!!!!!!!! ? Eu gritei.anos. Senti a necessidade de compartilharminha história com vocês. Moro em, não? . ? Já vou! ? Ela respondeu carinhosamente.morava em Seattle, em uma casa, digamos E atendeu, alegremente, por estarmos lá.que grande. Lá vivia minha mãe, meu pai emeu querido irmão, Jonah, de 12 anos. A casa era bem velha, tudo cheirava a mofo. A casa do vizinho mais próximo ficava a No último dia de aula nossos pais nos deram uns vinte minutos de lá. À frente da casa haviaa notícia de que iriam viajar para uma cidade uma cachoeira junto com um lagopróxima, por três dias, por conta do trabalho. incrivelmente grande. Estava fazendo um frioDurante esse período ficaríamos com nossos desagradável quando chegamos.tios, opa... nossa tia Mary. No dia seguinteacordamos bem cedo para pegarmos a Após dois dias, houve uma mudança climáticaestrada, pois ela morava distante de nossa radical. O sol estava fortíssimo. Entãocidade. Chegamos depois de duas longas decidimos entrar no lago pela primeira vez.horas, pegamos nossas malas e batemos à Nós três fomos nos trocar para nadar.porta. 162 17

Chegando lá, meu irmão e eu fomos para mortes do mesmo tipo tinham acontecido em o fundo, enquanto nossa tia ficou apenas lagos próximos. Disseram, ainda, que aquilo observando. Notei que a correnteza estava não tinha sido sequer um fenômeno natural, bem forte. Depois de uma de nossas mas sim um assassinato. Com essa notícia, brincadeiras de baixo d?água, notei que meu todos de casa ficaram paralisados e sentiram irmão estava demorando muito para levantar. a necessidade de vingar-se do culpado pela Percebi que a água ao meu redor estava morte de meu irmão. avermelhada, como se fosse sangue. Do nada senti uma mão puxando o meu Algumas horas depois dessa chocante calcanhar. notícia, fomos para a casa de minha tia. Tínhamos quase certeza de que algum animal Quando afundei, vi meu irmão com o rosto estava à solta naquela floresta, pois já havia todo roxo e os olhos de total desespero. Notei tido algumas reportagens mostrando a que havia uma pedra enorme esmagando a biodiversidade daquele local. E com certeza perna dele contra o chão. Não podia fazer haveria um animal forte o bastante para mais nada, o tempo foi contra mim. Me assassinar alguém. Falei para minha tia que levantei para chamar tia Mary. Ela não estava iria ao banheiro e, para ter a certeza de que lá. Nesse momento me desesperei totalmente. ela não tinha nada a ver com o crime, passei Quando virei minha cabeça, a vi saltitando em em seu quarto a procura de alguma coisa que minha direção. Estava trazendo framboesas a incriminasse. Mas por sorte não achei nada. para a sobremesa. Nesse momento gritei Agora a única pessoa que tinha que verificar freneticamente, chorando muito: ? Jonah era o vizinho. Eu realmente não sabia como está morrendooo!!!!!!! ? fazer isso, mas tinha que achar alguma forma. Então fui à casa do vizinho para avisar sobre Ela correu para me abraçar, e tudo parecia o animal. Pedi um copo d?água e, enquanto que estava em câmera lenta. Depois de ele buscava, aproveitei para dar uma olhada alguns minutos de consolo, peguei meu na sala. Até que me deparo com uma picareta celular e liguei para meus pais, soluçando, atrás do sofá. Rapidamente peguei meu falando para virem o mais rápido possível, celular, tirei uma foto e mandei para as pois havia acontecido uma tragédia. Quando autoridades. Eles foram até a casa do chegaram, eu lhes expliquei apavoradamente suspeito com um mandado de busca. Quando tudo o que havia acontecido. Minha mãe ficou chegaram lá, investigaram mais em choque e não parava de chorar. Ela profundamente a casa, porém não gritava, e meu pai a consolava. Momentos encontraram mais nada além da picareta. depois, perguntei aos meus pais: Interrogando o suspeito, os policiais ? O que faremos agora? Devo chamar a descobriram que ele trabalhava em uma mina, polícia e a ambulância? Eles assentiram com por isso utilizava aquele instrumento. Na a cabeça. A polícia local chegou poucos mesma hora eliminaram-no da lista de minutos depois, com a ambulância. Retiraram suspeitos. o corpo do meu irmão, que estava debaixo d'água e o levaram para o necrotério, para Enquanto os policiais interrogaram os outros fazer uma autópsia. vizinhos próximos, fui à casa de minha tia buscar minhas coisas e as de Jonah, pois Após alguns dias de luto, os cientistas do havia esquecido de ter feito isso local onde meu irmão estava, ligaram para anteriormente. minha casa e informaram que sua morte não havia sido uma coincidência, e que algumas18

Chegando lá, avistei minha tia balançando em18sua cadeira, silenciosamente. Falei com eladiversas vezes, porém ela nem sequer merespondeu. Fui até o seu quarto para pegarminhas coisas, quando percebi que perto dobanheiro havia uma tora de madeira do pisosolta. Então fui ver o que havia embaixo. Eraum quarto no subsolo! Tirei as outras toras e viuma escada. Com muito medo, desci devagar,e cada passo meu ecoava. Senti que nãodeveria continuar, mas a curiosidade era maior.Quando aterrissei meus pés nesse assustadorporão, me deparei com um grande muralcoberto por um pano velho e corposensanguentados do lado dele. Levantei o panoempoeirado, com cuidado, e vi várias fotos decrianças marcadas por uma caneta vermelha. No canto tinha uma foto de Jonah. Medebrucei no chão e comecei a chorar. Nessemomento senti uma mão gelada no meuombro, virei devagar e vi uma silhueta escuraque parecia um homem. Pedi que viesse paraa luz e ele recusou. Começamos um brevediálogo, e descobri coisas impressionantes.? Olá, Valorie! ? o assustador homem disse. ? C-c-c como você sabe meu nome? ?Respondi.? Ah, minha cara, você não sabe nem ocomeço da história. He He He. ? Ele riu.? V-v-venha para luz...Pedi novamente? Para me revelar você vai ter que fazer umacoisinha para mim.? Depende do que for?? É apenas um pedido simples. Mate suaquerida tia, é apenas isso, o resto pode deixarcomigo.? Queeee!!!! Como assim? Eu não possofazer isso.. Pensei mais um pouco. E afirmei com acabeça. 18 19

? Eu tenho um plano em mente, sua tia já eu ter mais cuidado e se retirou do meu está sobre efeitos dos remédios que coloquei q u ar t o . em sua comida. Daqui a uns três dias ela morrerá por conta própria, mas teremos que Fui dormir cedo, pois depois de um dia adiantar o processo. tão aterrorizante, precisava descansar. Ouvi um barulho no andar de baixo e me assustei. ? Antes que eu vá cometer o crime, revele-se Para não ficar com medo, fui até lá para ter certeza de que eram apenas os meus pais. ? Agora não, só vou me revelar quando você Porém percebi que eles já tinham ido fizer e terminar. dormir. Senti uma leve respiração atrás de mim. Olhei para trás e vi um cara com uma ? Então vou agora. máscara de palhaço e um capuz preto, o mesmo de hoje cedo. Tentei gritar, mas ele ? Quanto antes melhor. foi mais rápido. Colocou um pano em meu nariz com um pó para eu desmaiar. Assim, ele me deu uma faca mediana para matar minha tia. Subi as pequenas escadas e Acordei em um lugar escuro com muita abri a porta. Percebi que ela estava deitada dor de cabeça. Ouvi uns assobios na cama, então corri para o outro lado para cantarolando. Nesse momento eu gelei! sair pela porta da frente. Então pensei em fugir correndo, mas não conseguia identificar onde estava a saída. Corri o mais rápido possível. Percebi que ele Ouvi passos, cada vez mais pertos. Comecei estava atrás de mim. Mas mesmo a chorar, fazendo o menor barulho possível. desesperada, eu continuei correndo, não consegui ver seu rosto, apenas continuei. ? Porque está chorando? Podia me avisar Entrei em uma pequena floresta e avistei que estava acordada. ? O homem meus pais entrando no carro. Para encapuzado disse. alcançá-los, cortei caminho, peguei uma tora de madeira e coloquei por cima de uma ? Me diga quem é você. brecha um tanto grande que separava uma margem da outra. ? Ainda não. Quando cheguei ao carro, abracei ? O que você quer? alegremente meus pais e avistei de longe alguém com um casaco preto e uma ? O que eu quero? Você não me obedeceu, máscara assustadora no meio das árvores. e saiu correndo. Você acha que eu ia deixar No caminho até minha casa ninguém disse você escapar sem nenhum arranhão para os nada, eu não podia dizer para eles o que bracinhos de seus pais? Você não tem ideia realmente tinha acontecido. Quando de quem realmente sou. chegamos em casa, subi para meu quarto, e meu pai me perguntou o que eu havia feito o dia inteiro. Eu simplesmente respondi que tinha dado uma volta na floresta. Ele pediu para20

20? O que vai acontecer comigo?? Nada que você deva se preocupar agora.? Por favor, me diga quem você é.? Não posso arriscar.? O que você fez com a tia Mary?? Me livrei dela.? E o que vai fazer comigo?? O pior. Você não deveria ter fugido Ele rapidamente me pegou no colo e me levoupara perto da cocheira. Mesmo tentando medebater e chutá-lo, estava fraca demais e nãoconsegui. Ao chegar lá, ele me atacou no chão. Tirourapidamente um facão que estava em seu bolsoe enfiou em meu estômago com muita força.Estava morrendo aos poucos e, enquanto isso, ovi escrevendo em sua faca com um objetopontudo. Essa foi a dor mais agonizante eduradoura que já tive. Ele tirou aquela máscara,e avistei um homem que parecia meu tio Josh.Meu tio que havia morrido quando eu tinhaapenas nove anos. Meu tio que era tão carinhosoe agora, meu tio que tirou minha vida. Agoraaqui estou, apenas observando meus pais eminha família sofrendo, lendo o que meu tioescreveu em sua faca, sem poder fazer nada. Eudeveria ter lhes avisado, agora é tarde demais.Mas saiba que eu sempre vou amar vocês.De sua querida filha, Valorie 20 21

BOA NOITECINDERELA NATÁLIA MARQUES encontrou um vidro transparente contendo um líquido que ele não conseguira Em um sábado à noite, Larissa, uma identificar. Então o levou para um menina de dezessete anos, foi encontrada laboratório para descobrir o que tinha em uma casa abandonada em Santa dentro. Depois de muito tempo analisando Maria, DF. Ela estava completamente o líquido, descobriram que continha uma tonta, fora de si e nua. Foi levada para o droga que era conhecida por Boa noite hospital e ouvida, mas não se lembrava de Cinderela, que na maioria das vezes é quase nada que tinha acontecido no dia utilizada em bares e festas para tirar uma anterior. Apenas que tinha ido para um bar pessoa de si. Quem utiliza essa droga com seus amigos e que tinha acordado pode ficar até 24 horas inconsciente. O em uma casa estranha. detetive viu que Larissa apresentara os mesmos sintomas provocados pela droga. Então descobriram que Larissa estava Também viram que as digitais que com sífilis e HIV, que são doenças estavam no vidro coincidiram com as do sexualmente transmitidas. Mas de acordo amigo que havia saído com ela do bar. Por com Larissa, ela ainda era virgem, o que isso ela ficara tão inconsciente e havia significa que ela, provavelmente, tinha sido drogada e estuprada. sido estuprada e não lembrava de nada. O detetive, que já sabia quem tinha Por isso um detetive decidiu analisar e cometido o crime, foi até a casa do interrogar todos que estavam no local culpado, mas ele não estava. Em seguida com ela. Primeiro interrogou seus cinco supôs que o culpado tinha fugido. Por isso amigos, e eles afirmaram que não tinham entrou em contato com a polícia para fazer visto ninguém sair do bar com Larissa. uma pesquisa de todas as passagens Então o detetive deduziu que, aéreas que tinham sido compradas provavelmente, ela tinha saído do bar com naquele período. Descobriram que o um de seus amigos. culpado tinha fugido para Nova York. Avisaram a Interpol, polícia internacional, Ele foi até o bar onde Larissa estava e que um fugitivo brasileiro estava no perguntou ao gerente se poderia analisar território americano. o local, ver se encontrava alguma pista e olhar as câmeras de segurança. Ele não A polícia internacional ficou dias e dias encontrou nenhuma pista que pudesse ser procurando o culpado por Nova York e útil para descobrir quem, provavelmente, a cidades vizinhas. Depois de muito tempo tinha estuprado. Olhou em várias câmeras procurando, descobriram que ele estava de segurança e, depois de muito tempo disfarçado de outra pessoa, usando uma procurando, descobriu que Larissa tinha identidade falsa. Encontraram-no saído do bar com um de seus amigos. trabalhando em uma fábrica e o Reconheceu o rapaz por tê-lo interrogado prenderam. no dia anterior. O detetive resolveu interrogar alguns vizinhos, que moravam perto do local onde Larissa tinha sido encontrada. Apenas dois deles puderam afirmar que tinham visto o menino apresentado na foto. Depois de horas e horas procurando,22

O ar m azém nú22 m ero 13Sylvia Sobreira e Mariana Siqueira Era uma noite maravilhosa. Silêncio momento, todos puderam ver, atrás de nós,nos corredores e nos dormitórios. A chuva um armazém com um treze escrito com tintaforte do lado de fora parecia uma canção de vermelha!ninar. Apesar da pouca iluminação, eu lia atétarde no meu quarto. O fato de o prédio Eu corri. Eles correram. Eu pensavaparecer vazio me animava para estudar. Eu em como aquilo era possível, a existência deodiava o barulho nas manhãs. Era quando um armazém número treze. E o pior de tudo:todos os outros alunos acordavam para as aqueles idiotas estavam certos. Talvez... euaulas. Mas minha felicidade durou pouco. não era de desistir. Ao chegarmos nosBateram à porta. Os três entraram no quarto dormitórios eu disse: ?Vamos voltar lá.? Edesesperados e gritando, de forma que seu obriguei-os a me seguir.sentimento de pânico foi um tanto contagioso. Chegamos rapidamente ao mesmo Nem adiantou pedir para que se local, mas dessa vez eu estava armado. E láexplicassem. A justificativa triplicou o barulho estava, no mesmo lugar do armazém treze,na sala. ?Calem a boca!?, gritei. O mais novo, um outro armazém, o armazém B. Os trêsabaixou e agarrou minha perna, pedindo para covardes começaram a correr e gritar.que eu os ajudasse. Dei-lhe um chute. O mais ?Parem!?, gritei. Foi aí que descobri o tolo quealto entre eles fez um resumo do que havia eu tinha sido. O armazém era marcado comacontecido. De acordo com ele, os três tinta vermelha, pois continha objetosvoltavam do jantar, quando, de repente, caiu inflamáveis. E o número treze era, naum raio por perto. E com a luz, puderam ver o verdade, um B, só que a letra fora escrita comarmazém número 13. Já não sabia se ria ou a linha separada do resto, fazendo assim comse lhes dava uma surra. Mas fiquei curioso e que se parecesse com o número treze.sabia que eles não me deixariam em paz seeu não fosse dar uma olhada. Eu nunca mais abri a porta do meu quarto à noite. No caminho para os armazéns me veioà cabeça o seguinte: como é possível aexistência de um armazém número 13? Sóexistem doze. Algum infeliz inventou isso paraesses covardes ficarem com medo. E alémdisso, os armazéns já não são maismarcados com números e sim com letras.Deviam estar embriagados, esses três, comcerteza.Chegando no terreno baldio onde o suposto?armazém número 13? estaria, caiu um raio,que liberou uma luz clara e branca. Naquele 22 23

Café da tarde Daria Mykhailenko Muita atenção, entender, estudar, prestar atenção nos mínimos detalhes, observar, analisar, cuidar, intimidar? descobrir. Era uma tarde ensolarada, cuja temperatura variava entre uns cinco e dez graus, devido às finas camadas de vento que passavam em direção ao sul, quase uma brisa. Era uma quarta-feira do ano de 1912, um dia próximo ao ano novo japonês. Um homem muito rico, influente e parcialmente vaidoso foi encontrado morto e coberto de sangue em sua luxuosa casa, que se localizava em um bairro nobre e escudado. O sangue não parava de escorrer de seu peito, encobria o chão do repartimento e encharcava seu cabelo. Uns quinze a vinte minutos depois do crime, as autoridades chegaram para analisar o caso da misteriosa morte do homem, considerado tão nobre, porém, perturbado e estressado. Ninguém sabia como as autoridades ficaram cientes, mas acreditavam que a vizinha maldizente havia ligado para a polícia ao ouvir choros. Decidiram, então, entrevistar todos os presentes na casa no átimo do ocorrido. Começaram pela esposa, uma mulher atraente, esperta, ousada, arrebatadora e relativamente nova em relação ao marido. Na hora da entrevista a esposa falou:24

24? Não sou culpada; pausou ? na hora doassassinato estava brigando com aempregada, pois ela havia esquecido dearrumar a minha cama.A empregada, mulher rabugenta, de jeitobrusco e injurioso, no entanto, contrariou aesposa na hora de sua entrevista:? Eu tenho certeza que arrumei a cama,tanto que na hora da ocorrência eu estavalavando a louça.A filha mais nova, bem parecida com o paifalecido com um jeito meiguinho, querençosoe carinhoso, confirmou seu argumento:? Sim, na hora da morte do meu pai euestava entregando a louça para aempregada.Depois entrevistaram o cozinheiro, umhomem alto, jovem, com um olhar não muitogenuíno e não com muito estereótipo decozinheiro:? Na hora do crime eu estava preparandocafé da manhã. ? disse ele e voltou para acozinha pisando duro, como sempre. Ascostas dele estavam tensas.A última pessoa a ser entrevistada foi o filhomais velho, um menino com jeito gananciosoe com um olhar traiçoeiro e hipócrita, igualao de sua mãe. Preferiu não comentar sobreo ocorrido, pois estava muito triste. Enquantofalava isso, enxugava lágrimas no canto doolho, mas quando virou, seu olho brilhou comuma crueldade imensa e deu um sorrisinhocom o canto da boca para sua mãe, o quefez com que ela virasse a cabeçaimediatamente, ignorando-o.Depois de muitas análises, as autoridadeschegaram a uma dedução. Do lado de forada cozinha as autoridades discutiam, e foramescutadas as seguintes palavras:? Foi de tarde, de tarde! 24 25

Então foram definidos os suspeitos. Levaram em consideração o fato de o cozinheiro estar preparando café da manhã em uma tarde. Porém a mulher havia dado uma informação que não era válida. Ela havia mentido sobre sua situação na hora do ocorrido. E o filho não comentou, mas agiu de um modo perspicaz. As autoridades chamaram os três suspeitos para entrarem em uma sala vazia, onde havia uma mesa e algumas cadeiras de madeira maciça, a iluminação era escassa, composta somente por velas que estavam moderadamente derretidas, não havia janelas e a única porta havia sido bloqueada por uma das autoridades. Com a intimidação das autoridades para cima dos suspeitos, o cozinheiro e a mulher estremeceram. O único que aparentava não sentir nada além do infortúnio pela morte do pai, era o filho. Ele estava imóvel no canto da sala, com o olhar misterioso dirigido para as velas no lustre, que pareciam apagar a cada onda de vento, mas não apagavam. Então as autoridades hesitaram... pensavam que já sabiam quem era o culpado, mas depois observaram-nos de novo. Cada um parecia conservar muitos segredos. Os rostos dos três sob a luz das velas se cobriram com um tom escuro e nada prazeroso de ser observado. Como o filho parecia estar distraído e desatento, as autoridades focaram a atenção nele. O menino acabou admitindo e contou toda a história desde o começo. Ele contou que havia visto sua mãe e o cozinheiro juntos, enquanto o pai estava de viagem. Ele sabia que se o pai estivesse ciente sobre o ocorrido, processaria o cozinheiro e a mãe por motivos de própria satisfação, e a sua mãe perderia a parte do dinheiro que se destinava a ela.26

26Então o menino poderia se apoderardaquele dinheiro também. Essa foi adecisão inicial do garoto, mas depois elepensou mais? Como a mãe era umamulher muito enervada, e o filho sabiabem disso, ele planejou com cuidadotodos os detalhes da revelação ao pai esuas possíveis consequências. Então,decidido, foi ao quarto do pai numa noiteescura, com o vento ululando e tirandoas folhas das árvores. Ele não teve ocuidado de ver se alguém o estavaseguindo, ou se todos estavamdormindo, além do pai, é claro. Entrou noquarto e fechou a porta sem fazer som. Opai estava sentado na beira da camalendo um livro muito grosso e velho, acapa era vermelha-escarlate, com letrasdouradas e adornos de pedras preciosas.Sua cama era grande e almofadada. Ascortinas que a cobriam eram de seda e acor era fúcsia. Eles começaram aconversar. O filho contou tudo sobre osegredo da mãe e do cozinheiro e, então,ouviu um barulho na porta. Depoisdesejou boa noite ao pai e saiu. Quemestava na porta, como ele descobriudepois, era o cozinheiro. Tudo ocorreucomo planejado? Ele esperava seapoderar de toda a riqueza, como direitode herança. Sua mãe o matara, nãosozinha, com ajuda do cozinheiro.As autoridades ficaram boquiabertas.Duas semanas depois, os três culpadosforam julgados e presos.Fim...ou não? 26 27

O Rou bo ao Banco Nacional Gabriel Ribeiro Era um dia chuvoso em Park Hills, no ano de 1934. Tinha muita névoa. Mas por trás dessa névoa havia algo mais obscuro? .. Bandidos planejavam um assalto enorme ao banco nacional de Núrian, o país mais populoso e desenvolvido do mundo. Estavam fortemente armados, ambos com M4s modernas, metrancas antigas e explosivos. Planejaram o assalto para o dia 25 de maio e estimaram que o lucro era de aproximadamente N$350.000, o que na época valia muito. Enfim, chega o grande dia. Anthony e Buck se preparam. Entram em seu Ford Modelo A, totalmente discreto. Pararam em um estacionamento ao lado do banco e foram silenciosamente à entrada dos fundos. O banco não tinha alarmes, então seria fácil. A segurança não era tão reforçada, pois nada do tipo havia acontecido antes. Entraram. Facilmente, assassinaram o guarda e usaram seus maçaricos para arrombar a imensa porta do cofre. Contudo, não conseguiram arrombá-la. Então usaram os explosivos. Eles tinham que ser rápidos, pois em dez minutos a polícia chegaria. Levaram tudo em cinco minutos. Saíram rápido e escaparam de uma blitz. Chegaram ao seu refúgio na cidade vizinha, Bergland. Contaram o dinheiro, e o total foi de N$ 249.934.28

28Passou um dia, e a polícia já fazia rondas, além de terchamado a polícia nacional. Começaram a fazer suasinvestigações. Primeiro começaram pelos rastros dasnotas de dinheiro que haviam caído. Seguiram epararam no estacionamento.Acharam que, obviamente, haviam fugido de carro,então, seguiram os rastros de pneu. Acabaram na saídado estacionamento. Estudaram as marcas edescobriram que o pneu era de um Modelo A. Mas omodelo A era o carro mais popular nas ruas, então seriauma tarefa muito difícil. Montaram blitz em todas assaídas de cidades do país. Porém, não os acharam.Havia passado um mês, e os bandidos já haviamcomprado outros carros.Os policiais chegaram a Bergland e questionaramalguns moradores. Enfim, chegaram a uma casa einterrogaram a mulher que lá habitava. Ela disse quedois homens a haviam abordado e a arrancaram desua casa, para usá-la como refúgio. Falou também quehaviam acabado de fugir para Núrian City, em umChevrolet de placa XT660. Um dia depois começaramas buscas, e os encontraram na estrada. Começaramuma perseguição intensa. Quatro horas mais tarde ospegaram. Os bandidos foram presos e, depois de umtempo, executados. .28 29

A Ú LTIMA POUSADA A ma n d a M o usin h o e A n a Luiz a Va l en t e Era época de primavera. Thais, Thainara e Larissa Então ele lhes perguntou o que aconteceu para haviam combinado um fim de semana juntas em estarem tão desesperadas. um hotel, mas no caminho avistaram uma pousada. Thais já estava cansada de tanto dirigir. Foi então ? Encontramos Thainara, nossa amiga, que decidiram passar a noite naquela pousada. desmaiada e com cortes profundos, sangrando. Quando entraram ficaram arrepiadas com a vista Falou Thais para o detetive, que logo em seguida assustadora, mesmo assim, continuaram com a fez outra pergunta: ideia de ficar lá. Quando tudo estava arrumado, e já estavam deitadas, uma senhora com roupas ? Vocês têm alguma ideia de quem possa ser a escuras e um rosto pálido bateu à porta pessoa que fez isso a Thainara? desesperada, dizendo que todos aqueles que visitaram a pousada morreram, e era para elas ? Não. saírem dali o mais rápido possível. As meninas ficaram desesperadas e não sabiam o que fazer. Ambas respondem. Mas os minutos se passaram, e elas foram ficando mais calmas. De madrugada, Thais e Larissa Larissa sugeriu que todos fossem dormir e que no acordaram com berros. Foram chamar Thainara, dia seguinte, logo de manhã, fossem procurar por mas ela não estava em sua cama. Quando pistas. Thais e John aceitaram a sugestão de desceram as escadas, Thainara estava desmaiada, Larissa e, logo em seguida, foram para seus sangrando, com cortes profundos. Sem entender a quartos. situação, ligaram para um hospital para que Thainara fosse cuidada e, logo em seguida, ligaram No meio da noite alguém bate em seus quartos, também para John, o detetive. então, abrem a porta para verem quem estava batendo. Quando abrem veem um homem John foi o mais rápido que pôde para a pousada. parecendo um cozinheiro, lhes avisando: Quando chegou, viu Thais e Larissa desesperadas, querendo saber o que acontecera com sua amiga. ? Saiam daqui antes que mais alguém fique igual àquela menina. Depois não diga que não avisei. Mesmo receosos com o alerta que receberam, voltaram a dormir. Na manhã seguinte, vão perguntar para aquele homem por que ele disse aquilo. Ele responde: ? Misteriosamente, alguém pega as pessoas à noite e as tortura até morrerem. Isso acontece com quem passa a noite na pousada. ? Você tem alguma ideia de quem possa ser essa pessoa? Perguntou John ao homem. ? Não. Quando ouço o barulho, meu quarto está trancado, mas não sou eu quem o tranca.30

Respondeu o homem 30 Já era noite, então todos foram para o? Mesmo que você não saiba quem foi, obrigado quarto de John esperar o barulho da porta. Quandomesmo assim. ouviram o barulho, pularam em cima do suspeito, fazendo-o cair no chão, assim como planejado.Falou John ao homem. Depois de terem tirado a máscara do suspeito,Depois de terem perguntado ao homem, foram descobriram que era a mesma mulher que asanalisar tudo que tinham de informação até agora. alertou para saírem da pousada. Pelo fato de terem pulado em cima dela, a mulher acordou e? Sabemos que o suspeito pega as pessoas à perguntou:noite e que, provavelmente, tranca o quartodaquele homem para que ele não saiba quem está ? O que está acontecendo?matando as pessoas. ? Foi a senhora quem torturou nossa amiga.Falou Larissa aos outros. Respondeu Larissa, brava.? Também tem aquela mulher que falou para a ? Por que fez isso?gente sair daqui o mais rápido possível, mas nãoligamos para o que ela disse. Perguntou Thais.Complementou Thais. Depois de todos terem se acalmado, a mulher respondeu:? Vocês não me falaram nada sobre essa mulher. ? Sou sonâmbula. Quando estou dormindo, trancoIndagou John. a porta do quarto do cozinheiro e depois entro no quarto de um novo hóspede para pegá-lo e torturá-lo. Já fiz tratamento, mas ainda não consegui superar isso. Bem na hora que Larissa ia falar, Thainara chegou do hospital. Thais e Larissa foram correndo abraçar a amiga. Logo em seguida, Tainara perguntou: ? Quem é aquele homem e aquela mulher?? Me desculpe, esqueci totalmente de te contar. ? Aquele homem é o detetive que nos ajudou aFalou Tais arrependida. descobrir quem te torturou e aquela mulher foi quem te torturou. Mas ela não fez com a intenção de te machucar, ela é sonâmbula.? Já sei! Respondeu Thais.Falou John, empolgado com sua ideia. ? O que vocês vão fazer com ela?? O quê? Perguntou Thainara.Perguntaram as meninas. ? Vamos levá-la ao lugar que faz seu tratamento e solicitar que fique internada, devido à gravidade dos? Aquele homem disse que esse suspeito só pega fatos.as pessoas à noite. Então podemos fazer umaarmadilha para pegá-lo. Ficamos em meu quarto, Respondeu Larissa.que é em frente ao seus quartos. Quando a porta E assim, pelo menos a vida de Thainara foifizer um barulho, o agarramos pelas costas poupada, e ninguém mais no futuro será atacado.fazendo-o cair no chão. Essa vai ser nossa Mas lamentamos que as vítimas anteriores nãooportunidade para ver quem é. Concordam? tenham tido a mesma sorte.? Concordamos 30 31

PORQUENA PILASTRA? Nat a l ie & Nic o l e Ta nof f Chovia muito. Tanto interrogado apenas metade dos clientes que que a eletricidade estiveram na loja no dia do crime, e por isso acabou em uma certa joalheria. O que não Marcos estava muito preocupado. ajudava Marcos, dono da joalheria, pois justo O dia também não estava sendo bom para neste dia sua ajudante na loja não pôde vir, cinco crianças do sétimo ano em uma escola pois seu filho estava muito doente. Por local. Isabela, João, Sofia, Larissa e isso Marcos pediu a seu irmão gêmeo, Henrique, uma ajuda na loja. ? Lucas estavam na detenção. Não porque haviam feito algo muito errado, mas a Henrique chegou o mais rápido possível escola era muito rígida e era fácil ir para e foi bem eficiente. Ajudou com a a detenção. vigilância e cuidou de algumas poucas Havia se passado duas longas horas compras. Até que, quando seu irmão insuportáveis, até que a professora falou: voltou do banheiro, ele disse que precisava ir embora, pois era diretor de uma ? Vocês estão comportados o suficiente, escola e tinha um problema para resolver. eu vou ao banheiro. Mas isso não quer dizer que vocês estão livres para conversar ou para No o ut r o d ia ... fazer qualquer outra coisa. O dia seguinte foi bem movimentado, cheio de E então Lucas e João começaram a gente, e todo mundo que entrava, comprava jogar uma bolinha de borracha de um lado a algo. Marcos estava satisfeito e bem feliz com outro da sala. Porém quando João a jogou de o rendimento. Porém, quando conferiu seu volta, acertou a pilastra, que estava no meio cofre, sua jóia mais valiosa não estava lá. Ela da sala, e acabou fazendo um buraco nela. fora roubada! Marcos ligou para a polícia e Quando foi ver como estava, viu que tinha contou o que acontecera. ?Minha joia mais uma joia lá dentro, e exclamou: preciosa foi roubada hoje! Eu não sei quem foi, mas hoje muitas pessoas estiveram em minha ? Gente! Tem uma jóia aqui dentro! loja, e uma delas tem que ser a culpada!? A Olha só! polícia disse que iria investigar os suspeitos e que Marcos não precisava se preocupar. Em seguida Larissa respondeu, Então Marcos ficou calmo e até decidiu que enquanto João e quem achasse o suspeito, iria ganhar uma boa Jo ia enc o nt r a da Lucas tentavam recompensa. tapar o buraco: Alguns dias haviam se passado e ninguém ? Calma! Eu vi no noticiário que uma encontrou o criminoso. A polícia havia jóia muito valiosa foi roubada e que quem achar o culpado ganha uma boa recompensa! Mas eu não sei como achar o culpado.32

? Vamos ver o dono da joalheria. Larissa 32 ? Na nossa escola. Uma escola local.você lembra onde foi? ? Interessante?Desapontada, Larissa respondeu:? Não? ? Então, o que aconteceu no dia do crime?Porém Sofia exclamou: ? Nada demais. Foi apenas um dia normal. Não houve nada fora do normal, excluindo o? Mas eu sei! Vamos lá ho? roubo da jóia, claro.Nesse momento a professora estava abrindo ? Mas qual tinha sido a última vez que oa porta, então todo mundo se calou, porém senhor conferiu o cofre?Sofia continuou, só que com um tom maisbaixo: ? Dois dias antes do crime.? Depois eu falo. ? E como foi o dia anterior ao crime? Algo fora do normal?Depois disso as ? Sim. Acrianças passaram o eletricidade acabou eresto da detenção minha ajudante nãoagoniadas, pois pôde vir, por issoqueriam ir à joalheria o pedi que meu irmãomais rápido possível. viesse para ajudar.Quando a detenção Depois disso tivemosacabou, eles um dia normal econversaram e produtivo até que,decidiram ficar com a quando voltei dojóia até que banheiro, meu irmãodescobrissem o me avisou queculpado. E também precisava ir resolverdecidiram ir até o local um problema nado roubo. Já dentro da escola em que é ojoalheria, Larissa diretor.perguntou ao dono:? Com licença.Podemos conversarcom o senhor umpouquinho?E então Marcos respondeu:? Claro! Sobre qual assunto?? Sobre o roubo que ocorreu nestajoalheria.? Acharam o suspeito?E então Larissa interrogou Marcos,mostrando a jóia.? Não? Mas achamos que esta é a joiaroubada. Não é?-É sim! Onde encontraram? 32 33

? Quem é o seu irmão? ? Certo. Responderam ? Ele se chama Henrique de E Sofia continuou. Oliveira, diretor da escola, onde suponho que vocês estudam, não é ? Vamos investigar Henrique, por exemplo. Nesse mesmo? mesmo dia a eletricidade acabou na joalheria, por isso esse seria o dia perfeito para o roubo, já que as ? Sim. Podemos ver as imagens câmeras não funcionavam. E ainda, para sua sorte, ele das câmeras de segurança dos dois foi convidado para ajudar na loja. Então era apenas dias? esperar um momento em que o joalheiro fosse ao banheiro, por exemplo, e roubar. Tanto que o joalheiro ? Sim! disse que quando voltou do banheiro, seu irmão falou que ia para a escola fazer algo, o que seria a tal E então Marcos mostrou as imagens reforma que estava ocorrendo na tarde daquele dia na do segundo dia, mas falou: sala de detenção. E quando perguntei por que estavam reformando, ele não quis me responder, e nem os ? Não tenho do primeiro dia por trabalhadores me responderam. Isso não parece uma causa da falta de energia. Desculpa. coincidência? ? Está tudo bem, acho que isso está bom. Muito obrigada pelo seu E então João respondeu. tempo. Até! ? E para colocar a joia onde nós achamos, foi, ? Tchau! Obrigado a vocês, que provavelmente, necessário reformar, nem que seja uma querem me ajudar, e tenham um reforminha boba. bom dia. ? Só pode ser o diretor. Nem investigamos todo No dia seguinte, todos foram à casa mundo, mas tudo se encaixou! -Larissa concluiu de João e lá conversaram bastante decidida. sobre o crime. ? Tive uma ideia! -Exclamou Isabella- Que tal pedirmos ? O que vocês acham? Perguntou para ver as gravações das câmeras de segurança da Sofia. escola desse dia, para ter provas? E em seguida, Lucas, sabiamente, ? Bora! -Todos gritaram. respondeu. Depois do longo final de semana, os cinco amigos se ? Olha, sabemos que o crime reuniram na escola para obter provas contra o diretor. O também pode ter sido no dia plano era que Lucas ia pedir para a secretária mostrar anterior, porque o joalheiro só as gravações do dia em que o diretor escondeu a jóia conferiu o cofre dois dias antes do na sala de detenção, com a desculpa de ter esquecido suposto dia. sua lancheira na escola. E então Isabela completou. Ao falar com a secretária, ele teve que insistir um pouco, mas conseguiu. Então comprovou sua teoria. ? E o roubo também pode ter tido Em seguida, ele salvou em um pendrive as evidências. parte na nossa escola, pelo fato de ter sido o lugar em que o criminoso Após a aula, as crianças foram à delegacia, entregaram escondeu a jóia. as provas e explicaram seu raciocínio. E então a polícia chamou Marcos e Henrique para encerrar o caso. No Depois disso veio um silêncio, que fim das contas, Henrique confessou que foi ele quem em seguida foi quebrado pelo roubou a jóia e que fez isso para ganhar dinheiro. As raciocínio de Sofia. crianças ganharam a recompensa, e o joalheiro recebeu sua joia de volta. A história só não teve um final feliz ? Ok, vamos pensar em ordem para o diretor, que foi preso. cronológica? No dia em que a energia acabou, quem estava na loja? O joalheiro, o irmão dele, que é nosso diretor, e compradores, certo?34

34Assassinato Na Cidade Sem Valor Henrique, Lucas, e Victor Quarta, 18 de novembro de 1923, noite Falo com meu amigo, Alex, do bar onde minhasombria. Minha irmã foi assassinada a sangue irmã trabalhava, e pergunto com quem elafrio hoje à noite. E eu não vou dormir até trabalhou recentemente. Ele cita nomes que eudescobrir quem fez isso. Meu nome é Jack desconheço, como John Wilder e DonnieNapier e eu vingarei minha irmã. Dupre. Mas também cita nomes que todo mundo conhece em Chicago: os dos chefesNão vale a pena falar para a polícia, eles não rivais Phillip Hamilton e Jim Creel.ajudam ninguém nessa cidade. Isso seriasimplesmente perda de tempo. Eu pego minha Vou falar com o Phillip primeiro, pois elearma. Todo mundo na cidade tem uma. Então vem todas as noites ao bar. Por isso adquiricomeço minha jornada para vingar minha irmã. conhecimento sobre ele e sua personalidade. Ele foi para a parte do cassino hoje e, como sempre, está com seus guarda-costas ao seu lado. Os guarda-costas sempre entram em brigas, e noto uma cicatriz em um deles. Eu pergunto para Phillip quando foi a última vez que ele viu a minha irmã. Ele só me ignorou. Pergunto novamente. Ele vê que não vou parar, então responde que não se lembra. Eu imploro e digo que minha irmã morreu. Ele diz que a viu três dias antes e quando saiu, viu que ela estava preocupada. É tudo que ele sabia. Eu digo que sua memória está tão ruim quanto a sua aparência. Ele ri de um jeito falso, um pouco ameaçador. Nesse momento eu vou embora e o vejo conversar com o homem da cicatriz. Vou até Jim depois, que está no museu de arte de Chicago. Ele tem afinidade com as artes. 34 35

Vejo os leões na porta e sinto como se eu Naquele momento, penso que ele estivesse entrando na boca de um. Tinha um estava lá, no mesmo beco, para me matar por clima suspeito no ar. Ele estava em uma das causa do insulto brincalhão que joguei para exposições. Era o único na sala, além dos cima do chefe dele. E, então, ele ironiza sobre seus sete seguranças, que seguram seus o fato de eu ser morto pelo mesmo assassino cassetetes no momento em que entro. de minha irmã, enquanto procuro por ele. Um surto de adrenalina me acomete, e eu dou um Jim pergunta para um de seus seguranças soco que o derruba. Começo a bater nele sem quem sou eu, e lhe respondem que sou só um perdão, mas paro para perguntar o porquê. Ele bartender. Eu pergunto se ele conhecia minha responde que foi minha irmã que lhe causou irmã, Joyce Napier. Jim, que tem uma memória aquela cicatriz. E que ela era uma porca, que fotográfica, fala que interagiu com ela quatro merecia morrer. Eu bato da maneira mais dias atrás, porém ficou profundamente violenta possível e estou a segundos de contrariado quando soube que ela trabalhou matá-lo. Ele implora pela vida e diz que tem com Phillip. E enquanto dizia que a desculpou, uma família, mas eu respondo que ele matou a um sorriso cresceu no seu rosto. Nesse minha única. momento o acuso de matar minha irmã e aponto minha arma para a sua cabeça. Mas Sento no chão, exausto. A esse ponto já antes de eu poder atirar, um segurança bate na sangrei demais e se não for para um hospital, minha cabeça violentamente. E por um a morte é certa. Porém, não levanto. Já perdi momento sou incapacitado e levado para um favor com os dois maiores chefes de Chicago. beco do lado de fora. Levo uma grande surra, Perdi minha irmã, matei um homem que, com mais alguns golpes que poderiam me quando a matou não pensou que também tinha levar à morte. Quando Jim chega, ordena que uma família. Eu a perdi. E agora estou pronto. me deixem vivo, pois já tinha sofrido o Meu nome é Jack Napier, eu vinguei minha bastante. Eles vão embora, e, finalmente, noto irmã. E agora eu posso morrer em paz. o homem da cicatriz no mesmo beco que eu.36

36O assassinato inesperado Daniel e Enzo Era um dia comum na escola de EnsinoFundamental. O sinal tocou, indicando o início da aula. No recreio?Erik e Bruno subiam as rampas Todos os alunos saíram da sala rápida econversando: animadamente para o recreio. Bruno e ? Eu estou muito animado para o meu Rodrigo foram os últimos. Eles estavamacampamento logo após a aula. conversando. Bruno se dirigiu a sua mochila para pegar a lancheira e guardar ? Vai ser aqui em Brasília? seu material, porém ele estava tão distraído com a conversa, que acabou ? Sim, mas estou preocupado com uma esquecendo a mochila aberta.coisa. No final da aula? ? Com o quê? Fernando se dirigiu ao banheiro. Lá ele ? Eu estou com um canivete na mochila, encontrou Silvio, Rodrigo e Henri.pois precisarei dele no acampamento. Quando todos desceram para ir embora, Leo se lembrou que havia esquecido uma? Ah, relaxa! É só deixar na sua mochila, pulseira no banheiro. Foi correndo pegá-laque ninguém vai ver. e encontrou o corpo de Fernando sem vida, escondido em um dos boxes. SaiuCom isso subiram para a parte superior da assustado, mas não contou para ninguém,escola, onde encontraram seus amigos e com medo de que, se contasse, seria acumprimentaram cada um. Logo depois próxima vítima.deles, chegou Carlos: No dia seguinte?? E aí, Michel! Suavidade? Leo chegou correndo e descobriu que a? Suave, Carlos! notícia já rolava pela escola. Então foi encontrar com seus amigos, Erik e Michel, ? E aí baleia!!! E essas banhas aí, hem? que pelo visto, tinham pistas e suspeitas deComo é que tão? quem fora o assassino. Fernando falou enquanto batia na barrigade Rodrigo. Rodrigo não respondeu, magoado com ocomentário de Fernando. Michel não se surpreendeu com o diálogonada pacífico entre eles, pois isso já haviaacontecido várias vezes antes.? Genteeeeeeeeee! Entrem na sala!Todos os alunos entraram, com preguiça. 36 37

? Gente, ficaram sabendo do assassinato? ? E acho que esse bullying acontecia há tanto tempo, que para ele, o único jeito de Falou Erik. pará-lo, seria matando o causador. ? Pois é! Ontem vi o corpo de Fernando no ? Também há o fato de que, quando o banheiro. incidente aconteceu, no banheiro havia apenas o Fernando, o Silvio, Rodrigo e Henri. E os Exclamou Leo. outros dois não tinham motivos para matá-lo, ou no mínimo machucá-lo. Então Rodrigo ? Acho que tenho algumas pistas de quem esperou que se retirassem para entrar em foi. ação. Falou Michel. Disse Leo. ? Eu também tenho algumas. ? E quando fui ao banheiro, pude ver que no pescoço de Fernando havia cortes finos mais Disse Erik. fundos, características do canivete. ? Vamos conversar sobre elas para ver se ? Ok, meninos, vamos tomar uma chegamos a uma conclusão de quem foi. providência, podem ficar tranquilos. Eles dialogaram muito sobre o assunto e No outro dia ? chegaram a uma conclusão de quem seria o assassino. Então dirigiram-se à coordenação Os três alunos foram para a escola e para apresentar as evidências. receberam a notícia de que Rodrigo havia sido expulso e seria encaminhado a uma instituição. ? Apresentem as suas suspeitas. Então ficaram mais tranquilos, porque um deles poderia ter sido a próxima vítima. ? Muito bem, como dissemos, todas as evidências apontam que o culpado é o Rodrigo. Isso porque, quando chegamos ontem, segundo Erik, ele estava conversando com Bruno... ? Eu e Bruno estávamos conversando sobre o fato de depois da aula ele ter um importante acampamento e trazia com ele um canivete, para utilizar no evento. Na hora do recreio, quando Bruno conversava com Rodrigo, este percebeu que quando aquele guardava seu material, havia um canivete na sua mochila. E aí estava a arma do crime. ? Apenas esta evidência? ? Não! Há mais? ? Quando cheguei à escola, enquanto cumprimentava meus amigos, escutei Fernando maltratando Rodrigo, fazendo bullying. Relatou Michel.38

A pagando o Crime 38 ? Senhor, temo que não posso deixá-lo entrar e ver tais informações privadas. Surpreendendo seu parceiro, Santiago falou: ? Entendo perfeitamente. Luís Nunes e Gabriel Carelli Ele vira as costas para o policial e para seu parceiro, sai pela porta e entra no carro.Certa vez, em uma noite de nevasca forte, Pega uma fantasia ridícula de mulher no portahouve um blecaute na cidade de Nova York. luvas e joga na cara de seu parceiro, dizendo:Logo após a energia da cidade voltar, oalarme soou, e todos souberam que o banco ? Vista-a!de Hermes, o mais seguro de todo o mundo,havia sido roubado. A noite chega, e um dos policiais sai da central. O detetive, silenciosamente, liga oLogo, detetive Santiago de Souza foi carro e começa a seguir o policial pelasconvocado para resolver o caso. Quem havia sombras. Ele morava perto, a menos de umroubado o banco? Como? E qual a relação do quilômetro da delegacia. O policial entra emroubo com o blecaute da cidade? um apartamento velho. O detetive para o carro e espera até que o tira esteja em sono? Bom, meu caro Jonathan, nosso primeiro profundo.passo para a resolução desse horrível crime édescobrir o local onde o blecaute ocorreu. Santiago acorda seu parceiro, queAcredito que não foi uma mera coincidência. havia dormido de tédio. Ele cochicha:Falou o detetive para seu assistente. ? Entre lá e lembre-se: você é a nova namorada do Miguel Silva. A face de Santiago se enche de expressão,seus olhos brilham de excitação para resolver Jonatan olha o detetive com uma carao caso. Ele rapidamente entra em seu carro, de raiva, mas fala calmamente:com destino para o departamento de políciacentral. ? Ótima ideia sua de gravar a fala do policial, senhor. O detetive concorda ao acenar com a cabeça.? Sabe Jonatan, tu andas muito calmo O assistente sai do carro e, por causaultimamente. do salto alto, caminha desajeitadamente até a recepção do prédio. O porteiro era um caraJonatan não fala nada e continua a mexer em gordo, com uma barba mal feita e possuía umseu celular. cheiro horrível de vinho velho. Jonatan mexe em seu cabelo loiro falso e fala com uma voz Depois de alguns minutos no veículo, o fina:detetive e seu assistente chegam aodepartamento. Logo um homem os recebe. ? Oi! Estou aqui para ver o Miguel.? Boa tarde, senhores. Em que posso O porteiro, com mal humor, pega oajudá-los? telefone e tenta ligar para o policial, mas é interrompido por JonatanO detetive saca seu distintivo e fala:? Detetive Santiago de Souza. Exijo o vídeode segurança dos satélites de ontem à noite.O detetive liga um gravador e olha para o .crachá do policial, guardando o nome Miguel 38Silva. 39

? Não precisa disso, estou ligando para Santiago olha para a alavanca ele agora. responsável pelo blecaute e diz: O porteiro desliga o telefone. ? Tenho certeza! Alguém ativou essa alavanca, cortando a energia da cidade, ? Oi, posso entrar? fazendo com que todas as câmeras de segurança se desativassem? Hum, muito Jonatan fala, passando o telefone ao inteligente, para falar a verdade, mas não tanto porteiro. assim. Vamos checar quem desativou a energia. Jonatan, pegue o adesivo para o Um áudio alterado da fala do policial reconhecimento das impressões digitais. toca: Lembre-se de não tocar em nada. ? Senhor, posso deixá-lo entrar. ? Sim, senhor detetive. ? Pode passar moça. Assim, Jonatan pega a ferramenta e prega o adesivo na alavanca. De repente sua Jonatan começa a subir as escadas. Ao expressão de autoestima passa para uma chegar ao quarto de Miguel, abre sua bolsa e expressão decepcionada. saca ferramentas para abrir a porta. Ele a abre, lenta e silenciosamente, entra e rouba o cartão ? Senhor, sinto muito, temo que estavam de acesso do policial. Missão comprida. Volta usando luvas quando ativaram isto. para o carro, e eles vão diretamente para o departamento, agora já vazio. ? Hum, mais inteligente ainda? Okay, Jonatan, obrigado de qualquer forma. Vamos ver se Saem do carro e, sem nenhum barulho, existe alguma outra marca onde possamos ter destrancam uma das janelas. Jonatan saca o impressões digitais. cartão de acesso e o passa na máquina. A porta se abre. Lá dentro há vários vídeos ? Já sei! Vamos utilizar o pó! ? diz Jonatan gravados em fita de vídeo cassete. Santiago fala: Achei! Dia 20/8. Ele coloca a fita recém ? Ah, não, Jonatan, vamos tentar outras gravada no vídeo cassete e consegue ver uma formas d? sombra desativando a energia na companhia de energia da cidade. Finalmente, as informações e imagens de satélite são adquiridas e, logo, o detetive as coloca no mais recente computador do século XX. As informações começam a rodar. Um vídeo surge na tela do computador, imagens de satélite da cidade de Nova York. De repente, ocorre um apagão. ? Aí! Volte o vídeo e coloque em câmera lenta ? diz o detetive. O vídeo foi voltando alguns minutos e revelando o lugar onde a energia acabou primeiro na zona de energia, onde ela havia sido cortada. Assim, o detetive Santiago e seu parceiro, Jonatan, partem para a cena do crime. Quando chegam, tudo está normal. O sol acaba de se pôr, e a luz solar está acabando pouco a pouco. Logo as luzes elétricas se acendem.40

40 De repente o confiante Jonatan pega seumais novo pó para o reconhecimento de digitais eassopra nele, fazendo com que um pó brancosaia voando por todos os lados, deixando tudo àsua volta branco. ? Ai, Jonatan? Pelo menos parece quefuncionou, olhe ? diz o detetive, apontando parauma marca de impressões digitais da palma damão de alguém na parede, perto da alavanca. ? Eu sabia! Sempre foi uma ótima ideia,além disso gosto de ter diferentes experiências,como essa. ? Jonatan, você é animado demais? Fala detetive Santiago, com um pequenosorriso no rosto ? Pegue o adesivo parachecarmos as digitais na delegacia. Assim, o detetive e seu parceiro voltam ? Como desejar.para a delegacia em busca de pistas do donodaquela digital. Assim, bem grande, na tela do computador, aparece o nome de um Ao passar pela porta, liga um imenso procurado nível 5, Jhonnatan Junior decomputador e coloca a amostra da digital. O Winter.computador começa a processar?? Senhor Santiago, faça um favor para ? Foi bom enquanto durou.mim, vá para a porta e fique de guarda, enquanto Foram as últimas palavras queeu pego as informações. Santiago ouviu antes de desmaiar. De repente, o detetive acorda preso a uma cadeira dentro de um grande e abandonado container. ? Você era o único que possuia a lógica para descobrir todos os rastros que eu deixei. Por isso, lhe agradeço. Você me possibilitou apagar todas as provas e fazer com que esse crime se tornasse impune. Um cara gordo entra no container, dá uma maleta para Jonatan e fala: ? Sua parte do acordo, senhor. ? Apodreça, esquecido pela sociedade, detetive. Fala Jonatan ao sair e trancar o container. Santiago foi encontrado morto de fome um mês depois, e a mídia o acusou de ter 40 roubado o banco. 41

Eduardo Tokarski, O SORRISO Felipe Monteiro e AMALDIÇOADO Mário Augusto No interior da Europa, uma pequena cidade não ?Th e Cu r sed Sm ile? muito conhecida e muito violenta, cujo nome era Bukovina, entre a população parcialmente cortar as vítimas. Depois de um tempo ele pequena, havia um detetive chamado Robert, que encontrou uma navalha quebrada e uma adaga. estava aposentado, pois como ele era o único detetive no local, não conseguia resolver tantos Em seguida, Robert teve a brilhante ideia de fazer casos tão perigosos e enigmáticos e, já que ele não um sistema de câmeras em volta do esgoto para era bem remunerado, não aceitava casos por mais descobrir como os corpos sumiam tão simples que fossem. repentinamente. Durante a noite, todas as imagens das câmeras eram reproduzidas em seu Robert tinha uma esposa, com quem era casado há multimonitor. E, então, Robert ficava encarando sua mais de vinte anos, porém nunca conseguiram ter tela durante a noite inteira, esperando para que um filho. Então decidiram adotar uma criança, um algo de diferente aconteça e para que conseguisse filho, chamado João, que estava na família há oito identificar o assassino e saber o motivo de tal anos. Ocorreu que na cidade estava surgindo um acontecimento. caso um tanto peculiar. Partes de corpos de crianças estavam sendo encontrados nos Quase dormindo, o detetive subitamente avistou banheiros de suas casas, na privada, como se o um vulto de um humanóide estranho, que começou assassino matasse a vítima e a cortasse em partes a mexer nos restos dos corpos como se tivesse para que fosse possível jogar pelo vaso sanitário. E fazendo uma seleção de diversas partes. em toda a cena do crime, o criminoso deixava a Impressionado, depois daquela visão, o detetive marca de uma cara com um sorriso mal desenhado não foi capaz de fazer nada naquela situação, além em uma parede do local. de observar. O indivíduo, em seguida, foi adiante, ao local onde se localizavam as duas armas que Um dia Robert estava indo acordar o filho, foi até o Robert havia encontrado mais cedo. Após perceber quarto e viu que ele não estava lá. Começou a que suas duas armas não estavam mais lá, ele chamá-lo pela casa, mas ele não respondia. Então, desesperadamente olhou em volta de sua área, ao entrar no banheiro, viu a cena que muitas outras quando, por fim, encontrou a câmera que Robert vítimas relataram: um banheiro ensanguentado e a utilizara para captar a cena. Em seguida, cara com sorriso mal desenhada, além de restos do arrancou-a da parede, interrompendo a filmagem. corpo do filho. Isso despertou um enorme interesse em resolver esse caso e vingar-se do assassino. Tentando restabelecer a conexão com a câmera e Ele, então, conversou com diversas famílias de descobrir o que o indivíduo estava fazendo, Robert outras vítimas, e todas descreviam a mesma coisa, analisou calmamente a gravação que tinha e mas não percebiam nada. Uma das pessoas reparou que o ser estava selecionando partes dos relacionadas às vítimas, trabalhava com esgoto e corpos de diversas crianças, formando, assim, uma comentou que lá, foram encontradas diversas nova criança. Pasmado com o que tinha visto e por partes de corpos de crianças, e que no dia estar extremamente cansado, não conseguia seguinte, desapareciam. pensar adequadamente em uma estratégia e soluções. Decidiu, então, dormir sem acreditar na Robert pediu para o homem, que se dizia ser terrível cena que tinha presenciado pelo monitor. vítima, para ver a cena do crime e tentar encontrar algumas pistas para sua resolução. Ao chegar, No dia seguinte, Robert fez uma cópia da filmagem, encontrou sangue espalhado e só pequenas partes a transferiu para um pen drive USB e foi para o de corpos, já se decompondo e flutuando pelo centro policial de uma cidade próxima, onde teria o esgoto. Curioso em saber que objeto ele usava equipamento específico que o ajudaria a analisar a para assassinar as crianças, teve a ideia de utilizar cena novamente. um detector de metal para ver se encontrava algum item metálico que poderia ter sido usado para42

Dessa vez, foi possível identificar a 42vestimenta do suspeito, e ele percebeu sua vestimenta. Procurou no pescoçoque era um tanto incomum, de um pela marca, contudo não havia nada, epalhaço alto, com uma maquiagem em deduziu que essa pessoa tinha sidoseu rosto, que tornava o processo de vítima do assassino.reconhecimento quase impossível.Contudo, um fato lhe chamou a Robert lembrou que não tinha checadoatenção. O palhaço tinha em seu se o palhaço do circo possuía o símbolopescoço a mesma cara com sorriso mal no pescoço. Saiu correndodesenhado que havia em todas as desesperadamente em direção ao circocenas dos crimes. e, ao chegar, viu o palhaço retirandoIntrigado com a sua descoberta, soube sua vestimenta e colocando no palcoque havia um circo nas proximidades da algo que parecia uma bomba. Ocidade, e pensou que o palhaço da detetive, preocupado, pulou em cima doatração poderia ser o criminoso. Foi palhaço para tentar pará-lo. O palhaçopara o local onde convenceria o dono o olhou com os olhos cinzas, como sedo circo a realizar um interrogatório com sua alma não estivesse presente noos participantes do evento, incluindo o momento. Então abriu sua boca epalhaço. começou a falar o que eram, provavelmente, suas últimas palavras:Ao ver o vídeo que Robert haviagravado de seu monitor, o dono do circo ? Você não sabe nada sobre mim!não conseguia acreditar e ficava Tudo o que eu amava foi morto narepetindo que seus empregados eram minha frente! Meu nome é Canéki, e háconfiáveis, que trabalhavam com ele há muito tempo fui um pai. Mas minha filhaanos e nada tinha acontecido. Mesmo foi assassinada bem na minha frente.achando que seria inútil, permitiu que Eu não tinha com quem ficar, não tinhaRobert entrasse, deixando-o realizar a quem amar, não tinha outra razão paraentrevista. Logo que entrou, Robert se viver, a não ser para me vingar de todosdeparou com o palhaço da atração, os que me fizeram sofrer e de todosapresentou-se e começou a fazer que nem ligaram para o que aconteceu.diversas perguntas relacionadas ao Precisava de alguém para me fazerterrível crime que estava acontecendo. companhia, uma nova filha, a quemEsclareceu os detalhes e tentou ver se pudesse amar.o palhaço deixava alguma pistaescapar. No entanto, o palhaço O detetive, emocionado com a históriaconseguiu ser mais convincente do que de Canéki, disse:o próprio detetive. ? Mas você não precisa fazer todasRobert, ainda desconfiado, questionou essas façanhas, tão cruéis?os outros artistas, como o malabarista,o mágico, entre outros. Depois de ter ? Realmente não era a mesma coisa.gastado muito de seu tempo, apenas Meu fantoche não tinha umalhe restou uma dúvida pertinente em consciência, não tinha uma alma, atérelação ao palhaço. Ele estava a agora não apresentou reação alguma,caminho de casa, quando passou por como se não lembrasse mais de mim.um container de lixo com muitos insetos Hoje cumprirei meu objetivo de mesobrevoando e viu um braço pendurado juntar novamente a ela em outra vida.ali, com o símbolo da cara sorridentedesenhada. Foi até o local e viu que era A bomba se ativa. Por um momento oum palhaço que estava morto. tempo parece estar mais lento. CanékiParecia-se muito com o palhaço do dá seus últimos suspiros com umcirco, porém tinha mais acessórios em sorriso no rosto, semelhante à cicatriz de seu pescoço. 42 4431

O enigma Acesse também a versão digital: M aple Bear Can adian Sch ool Br asília Escola Can aden se de Br asília SIG QD 8 lote 2225 parte F, Brasília, DF, 70610-480, Brasil Telefone: (61)3961-4350


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