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Revista AGIR 24° Edição

Published by AGIR, 2015-04-24 14:40:42

Description: Revista AGIR 24° Edição

Keywords: agir,crer,hds,hugo2

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ANO 6 # 24 GOIÂNIA | FEVEREIRO - ABRIL 2015 www.agirgo.org.br Revista Publicação da AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação Organização Social Gestora do CRER, HDS e HUGO 2 AGIR e FGV juntas para contribuir na capacitação profissional das empresas mantenedoras REVISTA AGIR 1

2 REVISTA AGIR

CARTA AO LEITOR Nova parceria que valoriza grandes parceirosSérgio Daher Caro leitor, como pode ser constatado muda- dimento domiciliar, CRER em Casa. Sobre o HDSSuperintendente mos o estilo de capa da Revista AGIR. Também destaque para o ambulatório de feridas que,Executivo o conteúdo da matéria referente, que antes tra- após passar por uma reforma, conseguiu dobrar zia entrevista com uma personalidade, sofreu sua capacidade de atendimento. alteração. Nesta edição, em um novo formato, apresentamos a promissora parceria entre AGIR No Perfil do Colaborador, Bárbara Posse, servi- e Fundação Getúlio Vargas (FGV), que resultou dora do estado lotada no HDS, que presenciou a no AGIR Empresas, um programa de educação mudança da gestão do hospital, atesta os investi- corporativa. O principal objetivo deste projeto mentos realizados na unidade. Do universo dos é retribuir às empresas mantenedoras, que con- pacientes, compartilhamos um pouco da histó- tribuem com nossa organização social na manu- ria da jovem Nicolly Rosceli Lopes Silva. tenção das unidades hospitalares, a confiança e apoio. A cada edição, caro leitor, empreendemos o esforço para levar até você um pouco do que a Dentre as outras seções, alguns dos serviços AGIR, através das unidades que administra, re- disponibilizados pelo CRER e HDS. Relativos ao aliza a favor da sociedade. Centro de Reabilitação apresentamos o uso de videogames como recurso lúdico no processo Sérgio Daher terapêutico e a importância do serviço de aten- Superintendente Executivo da AGIRAGIR EXPEDIENTEEstrutura AdministrativaSUPERINTENDÊNCIA Joaquim Caetano de Almeida Netto Paulo César da Veiga JardimSérgio Daher Paulo Afonso Ferreira Ruy Rocha de MacedoSuperintendente Executivo Pedro Daniel Bittar Valéria Jaime Peixoto Perillo Sizenando da Silva Campos Junior Valtercy de Melo (in memorian)João Alírio Teixeira da Silva Júnior Vardeli Alves de MoraesSuperintendente Técnico de Reabilitação REVISTA AGIR CONSELHO FISCAL – TITULARES Supervisão geral, ediçãoClaudemiro Euzébio Dourado Cyro Miranda Gifford Júnior Anna Luiza RucasSuperintendente Adm. e Financeiro Marley Antônio da Rocha Gerência Coorporativa Paulo César Brandão Veiga Jardim de Marketing – AGIRDivaina Alves Batista Superintendente Multip. de Reabilitação CONSELHO FISCAL – SUPLENTES Jornalistas Marcos Pereira Ávila Mayra Paiva – JPGO – 01802Fause Musse Valtercy de Melo Thaís FrancoSuperintendente Relações Externas Naicléia Silva (estagiária) ASSOCIADOS FUNDADORESDIRETORIA Alcides Luís de Siqueira Designer GráficoDom Antônio Ribeiro de Oliveira Dom Antônio Ribeiro de Oliveira Chafic Rebehy FilhoDiretor-Presidente Elias Bufaiçal (in memorian) Lúcio Fiúza Gouthier FotografiaJosé Alves Filho Maria Paula Curado Eduardo CastroVice-Diretor Milca Severino Pereira Nabyh Salum Colaboradores AGIRRuy Rocha de Macêdo Paulo Afonso Ferreira Olívia Lacerda (secretária júnior)Diretor-Tesoureiro Marianne Carrijo (contato comercial) ASSOCIADOS BENEMÉRITOS Rodrigo Rocha (contato comercial)CONSELHEIROS Cyro Miranda Gifford Júnior Cecília Raquel (contato comercial)Alberto Borges de Souza Gláucia Maria Teodoro Reis Vinícius Basílio (contato comercial)César Helou Helca de Sousa Nascimento Hugo Miranda (analista de sistemas)Fernando Morais Pinheiro José Alves FilhoHelca de Sousa Nascimento Marley Antônio da Rocha Impressão: Stylo GráficaJosé Evaristo dos Santos Marcos Pereira ÁvilaRevista AGIR é uma publicação dirigida da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, gestora do CRER, HDS e HUGO 2. Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - Fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 E-mail: [email protected] Site: www.agirgo.org.br Endereço: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás REVISTA AGIR 3

ÍNDICE Capa 10 Parágrafo Único 10 Resumo AGIR EMPRESAS Empresas 6 19 Mantenedoras Espaço do 21 Artigo Paciente 23 Terceiro SetorNicolly Rosceli Lopes Silva 24 AGIR em Foco 26 É Bom Saber 28 Superação CRER em Casa 34 Pesqiusa 37 Perfil do 30 Colaborador HDS em Pauta 38 Agenda e Ambulatório de feridas Parcerias 324 REVISTA AGIR

Canal Aberto www. agirgo.org.br / [email protected] Eu sempre digo que o CRER - Centro de que nossa filha pudesse fazer este implante eReabilitação e Readaptação Dr. Henrique San- um dia pudesse ouvir e falar. (...)tillo é um oásis na área de saúde pública deGoiás, e referência nacional. Desde a porta de Por incentivo de toda equipe do CRER nósentrada, com os maqueiros, pessoal do aten- corremos atrás, sem medir esforços, passan-dimento, o corpo médico e seus assistentes - do por cima das dificuldades, embora fos-nota 10!!! sem muitas, pois moramos em outra cidade, e esse sonho foi realizado. E hoje, olhamos Cláudio Pagliarani, a cada dia para trás e reconhecemos que va- via facebook. leu a pena correr atrás de todos os recursos que o CRER tem e coloca à nossa disposição, Hoje, especialmente, estou muito feliz e pois vivenciamos diariamente o crescimentogostaria, através dessas simples palavras, de e desenvolvimento da Alice que tem evoluídoagradecer a toda equipe do CRER que muito muito bem com os acompanhamentos. (...)me ajudou, ajuda e sei que muito ajudará amim, ao meu esposo, Augusto, e minha filha Fica aqui toda minha gratidão, respeito equerida, Alice. amor por cada um de vocês e agradecerei a DEUS, todos os dias, por tudo que fazem pela Alice nasceu com uma síndrome chamada minha pequena Alice, que é a razão do meuWaardengurg, onde a criança nasce com al- viver e motivo de toda minha luta.gumas sequelas e, a maior delas, a deficiênciaauditiva e por este motivo foi que nós conhe- Obrigada a todos e que DEUS abençoe seuscemos este lugar tão bom e que tem muito trabalhos, família e projetos!contribuído com a reabilitação da minha filha. Fernanda J. Santos, Quando chegamos a este centro de reabi- mãe da pequena Alice,litação, estávamos totalmente inseguros, sem via carta, Jaraguá, GOsaber como agir mediante a deficiência danossa filha Alice, pois não tínhamos nenhum Quero agradecer a cada colaborador pelocontato com outras pessoas com esta defici- atendimento prestado ao meu esposo, Natair,ência e não sabíamos como agir com a comu- nesses mais de 5 anos de tratamento. Aqui nonicação da nossa filha. (...) Chegamos muito CRER nós só recebemos amor, carinho e cui-sensibilizados e com muito medo de toda a dados. Muito Obrigada!situação, até que fomos informados de quehavia um implante coclear que poderia ser Luzia,feito nela para que ela conseguisse um dia fa- esposa do pacientelar e ouvir. Nós ficamos muito felizes com esta Natair Lelis Ferreira,notícia e enchemos o coração de esperança de via ouvidoriafacebook.com/crerhospital twitter.com/CRER_GO youtube.com/user/CrerHospital REVISTA AGIR 5

CAPAParceria – uma via de mão dupla AGIR e FGV juntas para contribuir na capacitação profissional das empresas mantenedorasPor: Mayra PaivaA AGIR, organiza- cia em trauma e neurologia. de conteúdos especializados para o Nesses anos de atuação, a AGIR mundo empresarial, será realizadoção social gestora do CRER, HDS e circuito de capacitações, ambos pro- recebeu e recebe o apoio de impor- movidos por especialistas da FGV.HUGO 2, ao longo de sua trajetória tantes parceiros – sociedade civil organizada, instituições represen- A partir de agora, nossos par-conta com a parceria atuante de em- tativas, governo, setor empresarial. ceiros terão acesso a publicações Quanto a esse último segmento, há exclusivas voltadas para o sucessopresas comprometidas com as ques- o projeto Empresas Mantenedoras, de- no ambiente corporativo, através da senvolvido pela AGIR, em que em- Revista AGIR. Além disso, entre ostões sociais. Em 12 anos de serviços presas firmam uma parceria com meses de abril e outubro serão re- a organização social de tal forma alizadas quatro grandes noites dedo CRER, a AGIR com uma admi- a contribuir com a manutenção e conhecimento com a abordagem ampliação dos serviços oferecidos de temas como Liderança de Altanistração responsável e eficiente fez pelas unidades hospitalares por ela Performance e Comunicação Eficaz, administradas. que será abordado no primeiro en-com que o Centro de Reabilitação contro, com data para 14 de abril. A Percebendo a importância da participação será exclusiva e gratui-se tornasse uma referência nacional contribuição das empresas ao ade- ta aos colaboradores das Empresas rirem a esse projeto, a AGIR buscou Mantenedoras conveniadas - super-no atendimento prestado à pessoa uma forma de retribuir a confiança visores, gerentes, dirigentes institu- que lhe é investida. Nesse esfor- cionais, profissionais que atuam nacom deficiência – física, auditiva, ço conta agora com a parceria da multiplicação de conteúdos, comu- Fundação Getúlio Vargas (FGV), nicação e marketing.intelectual e visual. reconhecida nacional e internacio- nalmente pela qualidade e excelên- Para iniciar esta grande parceria,Há um ano à frente do Hospital cia ao produzir e difundir conheci- a equipe da Empz Educação/Funda- mento. Desta parceria surge o AGIR ção Getúlio Vargas (FGV) apresentade Dermatologia Sanitária e Reabi- Empresas, um programa de edu- nesta edição da Revista AGIR um cação corporativa que vai impul- rico material sobre “Liderança delitação Santa Marta – HDS, a AGIR sionar ainda mais os negócios das Alta Performance e Comunicação mantenedoras. Além da publicação Eficaz”, tema do primeiro encontro.vem alterando positiva e gradativa-mente a vida dos pacientes inter-nos, ampliando e aprimorando osserviços ambulatoriais oferecidos àcomunidade, ao mesmo tempo emque traça novos projetos para o fu-turo do hospital.Aguardando a conclusão dasobras de construção do HUGO 2, aAGIR por meio de um chamamentopúblico foi selecionada para admi-nistrar o que será o maior hospitalde urgências de Goiás, e que irá alémdos serviços de urgência e emergên-6 REVISTA AGIR

Comunicar-se bem é uma questão de autoconhecimento Apesar de cerca de 75% das falhas em projetos serem relacionadosà má gestão da comunicação nas empresas, especialista aponta que os gargalos podem ser sanados com alinhamentos simples na estratégia de comunicação das empresas. Conhecer e adequar seu modo de falar com a equipe pode ser uma das melhores alternativas nesse processo.Por: Assessoria de Comunicação FGV Segundo a professora da Empz exemplo, o que a pessoa entendeu Educação/Fundação Getúlio Vargas do que foi dito”, avalia. SegundoS aber se comunicar bem (FGV), Aline Castro, a falta de uma Aline, duas falhas comuns nesse comunicação eficaz pode trazer ru- ponto: querer que o outro entenda aé hoje uma das premissas funda- ídos de todos os tipos, que vão des- sua “língua”, ao invés da pessoa sementais para o bom desempenho de problemas de relacionamentos adaptar à linguagem do receptor; edas atividades dentro de uma em- à falta de alinhamento entre a co- a falta de controle emocional ao res-presa. A comunicação nos últimos municação formal e a informal, por ponder um e-mail ou falar com al-anos passou de mero coadjuvante exemplo. No entanto, a especialista guém de cabeça quente. “Deixar ospara uma protagonista das relações ressalta que o retrabalho é um dos ânimos se acalmarem para só entãode poder na empresa, cumprindo aspectos mais comuns da falta de se comunicar evita uma série de ar-papéis cada vez mais estratégicos comunicação eficaz. rependimentos – já que não apaga-dentro das organizações. Segun- mos aquilo que já foi comunicado”,do levantamento feito pelo Project A professora aponta ainda que complementa.Management Institute Brasil (PMI), o principal aspecto a ser avaliadopara 76% das empresas o principal é que o sucesso da comunicação O PAPEL DOmotivo para seus projetos fracas- depende do que o outro entende e LÍDER NA COMUNICAÇÃOsarem são falhas na comunicação. não simplesmente daquilo que lhe éE as causas apontadas pelo estudo dito. “É responsabilidade de quem Não só é estratégico que a comu-indicam que o mau relacionamen- está falando adaptar o conteúdo da nicação esteja bem alinhada entreto entre as partes envolvidas em mensagem ao perfil do ouvinte e todos os setores da empresa, comoum ambiente de projeto, incluindo depois se certificar de que a comu- é papel do gestor atuar como lídero não escrever bem ou falar bem o nicação ocorreu, perguntando, por de sua equipe, sabendo transmitirque queremos, é a principal premis-sa a ser considerada nesse cenário. REVISTA AGIR 7

CAPAmensagens eficientes e bem estru- por fim, a confiança, que é a base, u PARA FALAR MELHORturadas. Para a professora da FGV o chão, o alicerce e a fundação de A professora da Empz Educação/FGV, AlineAline Castro, para se manter uma tudo. Ou seja, a boa comunicação, Castro dá algumas dicas preciosas que po-boa comunicação com toda a equipe de uma forma ou de outra, está pre- dem melhorar a comunicação interna nasé necessário, primeiramente, que o sente em todas as características. empresas, especialmente entre o gestor egestor se conheça bem. “Ao conhe- seus colaboradores:cer meu perfil comunicativo e com- QUANDO A EQUIPE 1. Fale a mesma língua de sua equipeportamental, posso adotar estraté- NÃO COLABORA É importante para o gestor conhecer a suagias mais eficazes. Por exemplo, se equipe e saber se comunicar com ela nasou uma pessoa mais impaciente, No entanto, Aline Castro alerta língua dela. A comunicação está mais emque gosta de resultados rápidos e que o líder também pode encontrar quem entende e em como entende.tenho tendência a ter uma comuni- dificuldades dentro da equipe, no 2. Keep calmcação mais agressiva numa situação processo de comunicação. Ela res- A especialista aponta que é importantede stress, cabe a mim vigiar e con- salta que é importante entender as manter a calma antes de dar qualquer res-trolar minhas emoções antes de me fases de desenvolvimento e matu- posta a situações dentro da empresa. Res-comunicar”, pondera. Depois de ter ridade da equipe para estabelecer o ponder de cabeça quente só piora o cenárioessa autoconsciência, que permite tipo de comunicação mais estratégi- e você pode acabar gerando uma complica-o controle emocional, a especialis- co. “Há momentos de maior conflito ção ainda maior.ta aponta que é fundamental co- em que a comunicação é realmente 3. Tenha um nortenhecer as características da pessoa complicada, mas o desenvolvimento Saber o rumo para onde a empresa vai ecom quem se está comunicando: do da equipe e do próprio líder depen- como chegar lá deve ser uma das premissasperfil comportamental ao grau de de disso. Cabe ao líder se adequar a serem assimiladas pelos colaboradores.maturidade dela dentro da organi- a cada fase e defender o propósito E toda a comunicação deve ser construídazação. “Ao desenvolver essas habi- daquela equipe – qual é o objetivo para que eles entendam e executem isso.lidades, terei mais chances de esta- final. Focar na solução é o melhor 4. Foque na soluçãobelecer uma conexão autêntica com remédio para qualquer problema”, Se existem problemas na empresas, é im-quem estou me comunicando e isso salienta. portante que o líder/gestor assuma seu po-facilitará muitíssimo a transmissão sicionamento diante dos fatos e comuniqueda mensagem”, pontua. isso aos seus colaboradores de modo com que fique claro a solução a ser tomada. Aline Castro explica ainda queas características que revelam aboa comunicação de um líder estãomuito ligadas ao chamado senso depropósito, que é quando todos osintegrantes de uma equipe sabembem para onde estão indo – e por-que estão indo –, o que significa quehá um líder que soube se comunicarbem. “Costumo dizer que a geniali-dade está na simplicidade. Um bomcomunicador consegue transmitiralgo que é difícil de modo simples eclaro. Além disso, é sempre impor-tante se certificar de que a mensa-gem foi passada”, enfatiza. De acordo com Peter Drucker,uma das maiores autoridades emAdministração moderna, são carac-terísticas comuns aos líderes a dis-posição e autodisciplina para ouvire se comunicar; o fato desse lídernão procurar desculpas, mas simsoluções; ele compreender que astarefas e as pessoas são muito maisimportantes do que ele próprio; e,8 REVISTA AGIR

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Resumo Autoestima A Academia Su Beauty de Cabe- leireiros realizou no dia 11 de no- vembro, a ação social “Dia da Bele- za”. Serviços gratuitos de corte de cabelo, coloração, hidratação e es- cova foram oferecidos gratuitamen- te aos pacientes, acompanhantes e colaboradores do hospital. Chikungunya “ O projeto Os colaboradores do CRER, intervenção da reabilitação nos AGIR Empresas Eduardo Carneiro (Supervisor pacientes vítimas da febre. Com é uma ação Multiprofissional de Internação) a presença de representantes do inovadora e Leandro Côelho (Terapeuta Ministério da Saúde e Secretaria da AGIR Ocupacional) estiveram entre Estadual de Saúde, foram discu- em prol os dias 11 e 15 de novembro na tidas e finalizadas as diretrizes dos seus cidade de Feira de Santana – de tratamento de Reabilitação parceiros, Ba, região de epidemia da febre desses pacientes nas Fases Agu- visando Chikungunya, junto com uma das e Subagudas/Crônicas, para oportunizar equipe médica do Ministério da serem inseridos no manual Clí- a geração de Saúde. nico do Paciente com Febre Chi- relacionamento, kungunya, junto ao Ministério negócios e de No dia 27 de novembro, Edu- da Saúde, e ser disseminado em conhecimento ardo Carneiro ministrou pales- nível nacional. para sua equipe tra no CRER, sobre a proposta deParágrafo Único “ Anna Luiza Rucas da Silva Lourenço, jornalista, gerente coorporativa de marketing da AGIR. Sobre o novo projeto em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. 10 REVISTA AGIR

Aperfeiçoamento profissional Sistema de Gestão da Qualidade O Programa de Aperfeiçoamen- novembro a 5 de dezembro, passa-to Profissional do CRER/2015 ofe- do, e as provas foram realizadas no O CRER realizou a 11ª Audito-rece vagas em: Enfermagem, Fisio- dia 21 de janeiro. ria Interna do Sistema de Gestão daterapia, Fonoaudiologia, Imagem Qualidade (SGQ) de 18 a 21 de no-e Diagnóstico, Psicologia, Serviço Trata-se de um treinamento teóri- vembro, tendo como auditor líderSocial, Terapia Ocupacional, Edu- co-prático, com duração de nove me- o colaborador Jeandro Marques. Ocação Física, Pedagogia e Hotelaria. ses, que permite aplicar conhecimen- hospital possui seu SGQ certificadoAs inscrições aconteceram de 13 de tos por meio da vivência no exercício conforme a norma NBR ISO 9001, da profissão nas áreas oferecidas. desde 2006, o que garante a padro- nização dos processos da Institui-Cirurgias de joelho ção e facilita o acesso e controle das informações pelos usuários, colabo- O CRER realizou na tarde do de Cirurgia do Joelho, que recebe radores e clientes.dia 17 de novembro duas cirurgias profissionais convidados. As cirur-de artroplastia total do joelho com gias, para substituição da articula-videotransmissão em tempo real. ção do joelho por uma prótese, e aCerca de 30 médicos especialistas transmissão foram realizadas pelaem cirurgia de joelho acompanha- equipe médica composta por: Hel-ram o procedimento no próprio der Rocha da Silva Araújo, MarceloHospital. Torres, Halley Paranhos Filho, Sér- gio Piedade (Unicamp - SP), Roger O evento faz parte do calendá- Badet (Lyon - França), que partici-rio anual do Clube de Joelho de pou também como palestrante.Goiânia, da Sociedade BrasileiraControle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar Empresário Sombra por Um Dia As colaboradoras Tatiane Bar- Congresso Brasileiro de Controle debosa e Sorreylla Paulla Silva, enfer- Infecção e Epidemiologia Hospitalar. No dia 19 de novembro, o CRERmeiras e integrantes da Comissão participou do Programa Empresá-de Controle de Infecção Hospitalar O evento realizado durante os rio Sombra Por Um Dia, promovi-do CRER, Adriana Oliveira Guilar- dias 19 a 22 de novembro contem- do pela Junior Achievement Goiás.de e Ariana Rocha Romão, médicas plou 130 atividades dinâmicas, Algumas áreas do hospital – jurídi-infectologistas do CRER, e Mônica como conferências, mesas redondas, ca, médica, de fisioterapia e de en-Ribeiro Costa, médica infectologista debates, encontros com especialistas fermagem - receberam jovens estu-e diretora técnica do HDS, partici- e simpósios satélites. O Congresso dantes, que vivenciarem a rotina deparam da Expo Unimed Curitiba - teve 176 palestrantes nacionais e in- trabalho experimentada pelos pro- ternacionais. fissionais. O programa é realizado em todo o país para fazer com que jovens tenham uma visão realista do mercado de trabalho.(Esq.) Ariana Romão, Tatiane Barbosa, MônicaRibeiro, Sorreylla Silva e Adriana Guilarde REVISTA AGIR 11

ResumoTratamento de feridas Enfermeiros e colabo- (SOBENF e E), abordou oradores do CRER e HDS tema: Atualização em Trata-participaram, ao longo do mento de Úlcera por Pressão.dia 22 de novembro, do ICurso de Atualização em O curso aprimorou oTratamento de Feridas. O conhecimento dos profis-curso, ministrado pela en- sionais de enfermagem,fermeira Mara Blanck, , fortalecendo as estratégiasvice-presidente da Socieda- de tratamento de úlcerade Brasileira de Enferma- por pressão, gerando maiorgem em Feridas e Estética qualidade na assistência especializada ao paciente.Saúde do homem A AGIR apoiou a campanha “NovembroAzul”, dedicada às ações relacionadas ao cân-cer de próstata e à saúde do homem. Colaboradores do CRER e HDS, hospitaisadministrados pela AGIR, aderiram e abraça-ram a campanha e vestiram uma peça de rou-pa na cor da campanha.Fachada do CRER durante a campanha 12 REVISTA AGIR

Conselho da AGIR Os conselheiros da AGIR, gesto-ra do CRER, do HDS e do HUGO2se reuniram em novembro, 26, parafazer um balanço das ações desen-volvidas frente às respectivas uni-dades hospitalares e também paradefinir o planejamento estratégicodo ano 2015.Jornada Científica do HDS os cuidados com a pele, entre outros. Saúde A diretora técnica do HDS, Môni- A 1ª Jornada Científica do HDS Representantes das Instituições- Hospital de Dermatologia Sani- ca Ribeiro Costa, pontuou o elevado de Saúde e Sindicatos de Classetária e Reabilitação Santa Marta nível científico do evento. “O suces- reuniram-se no Auditório Valériaaconteceu no dia 28 de novembro. so da 1ª Jornada Científica do HDS é Perillo, CRER, na manhã de 26 deO evento, destinado a estudantes e resultado do trabalho que vem sen- novembro, para um fórum de dis-profissionais da área da Saúde e Re- do desenvolvido pela AGIR à frente cussão sobre a jornada de trabalhoabilitação, contou com palestras de da Instituição, além de reafirmar o e outros assuntos de interesse dosdiversos temas relacionados à saúde compromisso com o ensino, pesqui- empregados.do idoso na sociedade contemporâ- sa e desenvolvimento”.nea. A primeira edição da Jornada A programação discutiu assun- Científica do HDS reafirma o com-tos de grande relevância, como os promisso da AGIR com o ensino,desafios para nova geração de ido- pesquisa e desenvolvimento do seusos, hanseníase nos dias atuais, en- quadro de colaboradores, com focovelhecer com saúde e qualidade de na contínua melhoria do atendi-vida, reabilitação de pacientes com mento ao paciente.incapacidade, prevenção de quedas, Resíduos Sólidos A Comissão de Gerenciamen- to de Resíduos Sólidos da Saúde (CGRSS) do CRER promoveu uma campanha sobre segregação dos resíduos sólidos, envolvendo os co- laboradores de todos os setores do hospital. A ação aconteceu no perí- odo de 25 de novembro a 11 de de- zembro, passado.Darlan Dias Santana, Coordenador Administrativo do HDS, Cintya Louza Gondim, Supervisora de Reabilita-ção, João Alírio Teixeira, Superintendente Técnico de Reabilitação da AGIR, e Mônica Ribeiro Costa, DiretoraTécnica do HDS. REVISTA AGIR 13

ResumoOuvidoria Esclerose Múltipla quanto a partir de uma mutação de genes. As ouvidoras Ivana San- A Associação Goiana de Escle-tos (CRER) e Dilvana Nunes rose Múltipla (Agem) realizou no O tratamento gira em torno da(HDS) participaram no dia 02 CRER, em 28 de novembro, o VI Se- melhoria da qualidade de vida, porde dezembro do 4º Encontro da minário “Esclarecendo e Divulgan- ser uma doença que não tem cura, eOuvidoria do SUS do Estado do a Doença Esclerose Múltipla”. é específico a cada indivíduo.de Goiás. Com o tema: “Quali-dade no Processo de Trabalho O objetivo do evento é infor-de Ouvidoria”, o curso foi mi- mar as pessoas sobre doenças rarasnistrado pela gerente de ouvi- e ajudar os portadores a buscar odoria Alessandra Rodrigues tratamento precoce. Estima-se quede Almeida. Promovido pela cerca de 6% a 8% da população sejaGerência de Ouvidoria da Se- portadora de doenças raras. Só nocretaria de Estado da Saúde, Brasil, o número chega a 30 mil pes-em parceria com a Superinten- soas.dência de Educação em Saúdee Trabalho, o evento possibili- A Esclerose Múltipla é uma do-tou a integração dos Ouvidores ença inflamatória, de degeneraçãoe Interlocutores da rede de Ou- progressiva. A causa ainda é des-vidoria do SUS. conhecida, mas acredita-se que ela possa ser genética, tanto hereditária Já no período de 09 a 12 dedezembro, em Brasília, as ouvi- Dia da Pessoa com Deficiênciadoras Ivana e Dilvana partici-param da III Semana Nacional O CRER preparou uma progra- voluntários, colaboradores das áre-de Ouvidoria do SUS, promovi- mação especial em alusão ao Dia as multiprofissionais e do setor deda pelo Departamento de Ouvi- Internacional da Pessoa com Defi- odontologia.doria-Geral do SUS, unidade da ciência, celebrado no dia 03 de de-Secretaria de Gestão Estratégi- zembro. Na tarde do mesmo dia, o Várias atividades lúdicas, educa-ca e Participativa do Ministério psicólogo Jorge Antônio Monteiro, cionais e terapêuticas foram reali-da Saúde, com o objetivo de ali- do Instituto Olhos da Alma Sã, mi- zadas no local como: Balet Infantil,nhar as práticas das Ouvidorias nistrou a palestra: “Sou Diferente, Alongamento, Muay Thai, dicas deque fazem parte do Sistema Na- qual o problema? - As formas de higiene e saúde bucal, dentre outras.cional de Ouvidorias do SUS, convívio da pessoa com deficiên-visando seu fortalecimento por cia”. Antecipando a palestra houve A equipe de odontologia esta-meio de concepções e ações in- uma atração cultural de expressão va toda fantasiada, o que alegroutegradas, além de promover o corporal, apresentada por pacientes a criançada e contribuiu para umbalanço das atividades de 2014 do CRER evento especial e inclusivo. O cantore as propostas para o planeja- Adalto Bento Leal apresentou belasmento de 2015. Na manhã do dia 04, no Parque músicas e contagiou os presentes. Lago das Rosas, aconteceu um even- Aos participantes foi oferecido um to de conscientização com a presen- saboroso café da manhã pela equi- ça de pacientes, população em geral, pe do grupo voluntário Coletando Sorrisos. Ivana Santos (ouvidora do CRER) e Dilvana Treino de Muay Thai Nunes (ouvidora do HDS).14 REVISTA AGIR

Acreditado Pleno Harvard O CRER recebeu no dia 03 de foco na segurança do paciente. Uma equipe de profissionaisdezembro, passado, o certifica- A organização tem por objetivo do CRER, liderados pela diretorado de Acreditação Plena - Nível promover um processo constan- multiprofissional de reabilitação,2 concedido pela Organização te de avaliação e aprimoramen- Sônia Helena Adorno de Paiva, par-Nacional de Acreditação (ONA). to nos serviços de saúde, tendo ticipou de 04 a 06 de dezembro doA entrega foi realizada pela Ge- como foco a melhoria da quali- curso Clinical Assessmentes andrente Corporativa de Qualidade dade da assistência no País. Intervention Updates in Neuro-Janaína Ogando Cherubin, re- rehabilitation na Universidade depresentante do Instituto Qualisa A finalidade da análise pela Harvard em Massachusetts, Esta-de Gestão (IQG), instituição acre- qual o CRER passou, em setem- dos Unidos. A participação, queditadora credenciada. bro deste ano, seria para Nível teve por objetivo estabelecer parce- 1. No entanto, a avaliação feita ria técnica científica entre as insti- O evento foi realizado no au- pelo IQG verificou que, além de tuições, partiu de um convite feitoditório Valéria Perillo, na insti- atender aos critérios de seguran- pela equipe organizadora do eventotuição, com a presença do gover- ça estabelecidos pelo nível 1 da depois de conhecer os trabalhos de-nador Marconi Perillo, do então ONA, o CRER apresenta uma senvolvidos pela Clínica de Neuro-secretário de saúde Halim Gira- gestão integrada com os proces- modulação do CRER.de, dos colaboradores e pacien- sos e plena comunicação entretes do hospital e conselheiros da as atividades. Concluiu-se então A equipe goiana, além da parti-AGIR. Com essa certificação, o que o CRER é apto a Acreditação cipação no curso também foi con-CRER se tornou o primeiro hos- Plena - Nível 2. vidada a fazer uma visita técnica,pital de Goiás acreditado pleno. ao longo de dois dias, no hospital A solenidade contou com da Escola de Medicina de Harvard, A ONA é uma entidade não apresentação do músico e com- para estreitar mais o contato comgovernamental, sem fins lucrati- positor Marcus Biancardini, um profissionais americanos e apre-vos, que certifica a qualidade do dos principais nomes virtuosos sentar alguns trabalhos científicosserviço da saúde no Brasil, com da viola brasileira. desenvolvidos no centro de reabili- tação goiano.Final de ano Carvalho arrancou gargalhadas de u NOSSOS AGRADECIMENTOS pacientes, colaboradores e amigos, AOS PARCEIROS QUE Pelo terceiro ano consecutivo, o no dia 17, e, no dia seguinte, o con- NOS APOIARAM:Serviço de Voluntariado do CRER sultor Wesley Amaral ministrou a Boutique do Sapatocolocou à disposição de interessados palestra motivacional “Desafiando Buriti Shoppingcartinhas escritas pelos pacientes, Gigantes”. Para encerrar a semana, Casas Goianitacom pedidos ao Papai Noel. A en- no dia 19, foi realizado o tradicional Ceasatrega dos presentes, com a presença Culto Ecumênico de Natal do CRER, Espaço Feminino La Rosédo “Bom Velhinho” aconteceu no com a participação do Coral Crer em Jorge e Mateusdia 22 de dezembro, no auditório do Canto e colaboradores palestrantes, JR SalgadosCRER. Além da participação de cola- que representaram as religiões cató- Lagoa Thermas Parqueboradores e voluntários na “adoção” lica, espírita e evangélica. Livraria Nobeldas cartas, a empresa Musical Roriz Los Piccolosaderiu à campanha e realizou o so- Já no HDS-Hospital de Dermato- Musical Roriznho de 10 pacientes que pediram um logia Sanitária e Reabilitação Santa Nilton Pinto e Tom Carvalhoviolão. Marta, uma Missa Especial de Natal Pousada dos Pirineus foi celebrada, no dia 23 de dezembro, Refrescos Bandeirantes Antecipando a entrega de presen- pelo Padre Hélio Pereira para agra- Saga Citroentes, a programação de final de ano foi decer as conquistas de 2014 e fazer Santarém Bar e Restaurantemarcada por uma série de apresenta- votos para 2015. Ao final da celebra- Snow Bowlingções. No dia 16, o músico Tom Chris ção, pacientes apresentaram belíssi- Spa Jaóabriu o calendário festivo com seu mas canções natalinas emocionando Tom Chrisshow. A dupla Nilton Pinto e Tom todos os presentes. Tudo Chevrolet Wesley Amaral REVISTA AGIR 15

ResumoPasseio e presentes Os pacientes do HDS fizeram atroca dos presentes de amigo se-creto no dia 23 de dezembro. A ati-vidade fez parte da programaçãode final de ano do hospital. Para apsicóloga Clédma Ludovico, super-visora de reabilitação psicossocial,a brincadeira trouxe integração ealegria para os pacientes. Para a compra dos presentes,acompanhados por uma equipemultiprofissional, os pacientes in-ternos fizeram um passeio, no mêsde dezembro, ao Shopping Flam-boyant. Encantados com a decora-ção de Natal, tiraram fotos ao ladodo Papai Noel e fizeram um lanchena praça de alimentação oferecidopelo McDonald’s.Natal de pacientes Virada Representantesinternados do CRER da Alta Direção Pacientes, acompanhantes e co- O Natal é uma data cheia de sig- laboradores que estiverem no CRER Em janeiro, foram nomeados osnificados. O nascimento de Jesus nos na virada do Ano desfrutaram de novos representantes da Alta Dire-remete a sentimentos de esperança e um cardápio especial, balanceado e ção do CRER para a Comissão darenovação. Mesmo em um ambiente saudável. Qualidade. O grupo é responsávelhospitalar, os pacientes internados por certificar que os processos ne-no CRER comemoraram o Natal e Entre os pratos preparados pelo cessários para o Sistema de Gestãoseu verdadeiro significado. Priman- Serviço de Nutrição do CRER, ser- da Qualidade sejam estabelecidos,do pela humanização dos serviços vidos na “Ceia da Virada do Ano”: implementados e mantidos; anali-prestados, a equipe Multiprofissio- lombo suíno recheado; arroz com sando as ações de qualidade, gestãonal de Reabilitação proporcionou lentilha; feijão de caldo; farofa doce de riscos e segurança do paciente.aos pacientes e seus acompanhantes com bacon e saladas diversas. Paraatividades lúdica para que todos pu- a sobremesa, a Nutrição preparou A equipe de Qualidade da Alta Direção do CRER édessem vivenciar o clima natalino. uma farta mesa de frutas. formada pelos colaboradores: (esq. p/ dir.) Renata Miashiro Borges (secretária geral); Paula Franciel- No dia 25 de dezembro, o gru- Para a nutricionista Moara Jaime le Tavares (enfermeira do Núcleo de Segurança dopo Encontro Especial de Natal, com- de Pina, supervisora de Nutrição Paciente – NUSP); Viviane de Queiroz (gerente deposto por psicólogos, enfermeiros, Dietética do CRER, esta é uma for- enfermagem); Jeandro Marques (assistente da qua-assistentes sociais, fonoaudiólogos, ma de proporcionar bem-estar ao lidade); Juliana Xavier ( gerente de RH – CRER);fisioterapeutas e terapeutas ocupa- paciente, acompanhante e colabo- Veruska Ariadna da Silva (gerente de RH– AGIR); ecionais, realizou um amigo secreto rador e oferecer um ambiente mais Thaís Nasser (gerente de fonoaudiologia).de “Desejos para 2015”, onde os pa- próximo de sua casa.cientes fizeram votos de feliz natal eAno Novo. Para alegrar o encontro, Como não poderia deixar de sera dupla Montana e Rafael e o sanfo- a chegada do novo ano também foineiro Pedro cantaram e tocaram di- comemorado pelos colaboradores eversas canções. Para a psicóloga do pacientes internos do HDS. A festi-CRER Natália Graziani, a atividade vidade, promovida pelos colabora-foi um momento de integração e ale- dores do hospital, contou com umagria para todos os presentes. mesa farta de doces e frutas, além de taças e refrigerantes em que brinda-16 REVISTA AGIR ram 2015 de muita paz, saúde, har- monia e muitas alegrias.

Secretário da Saúde O secretário de Estado da Saúde, Serviço de Odontologia do HDSLeonardo Vilela visitou, no dia 22 No CRER, o secretário também conhece os serviços Oficina da Oficina Ortopédicade janeiro, o Hospital de Dermatolo-gia Sanitária (HDS). Acompanhadopelos superintendentes da AGIR,Fause Musse, de Relações Externas,e Sérgio Daher, Executivo , e pela Di-retora Técnica do hospital, MônicaRibeiro Costa (foto), ele elogiou o es-forço da AGIR para adaptar as anti-gas instalações e garantir condiçõesde trabalho aos profissionais de saú-de até que seja construído, no local,o complexo que vai contar tambémcom o Hospital do Idoso e o Hospi-tal do Homem. As obras fazem partede compromisso firmado durante acampanha eleitoral pelo governadorMarconi Perillo. No dia 23, Leonardo Vilela vi-sitou pela primeira vez o CRER eafirmou que a unidade é prova deque o Governo de Goiás encontrouo modelo adequado para gerenciar aSaúde pública. “Eis a prova de queo Estado acertou”, disse o secretário.Esta foi a primeira visita do secretá-rio ao CRER desde que tomou possecomo titular da pasta da Saúde, emjaneiro deste ano. “Impressiona o es-tado de conservação da parte maisantiga do prédio, que já tem 12 anos.Se fosse naquele modelo antigo degestão, já teriam começado a apa-recer goteiras, infiltrações e equipa-mentos quebrados, amontoados nocanto”, disse. Música no HDS O cantor Gustavo Rocchi apresentou-se no HDS, em 16 de janeiro, fazendo a alegria dos pacientes in- ternos do hospital com tradicionais modas de viola. O evento faz parte do calendário de ações promovidas pelo hospital, com o objetivo de proporcionar momen- tos de descontração aos pacientes e colaboradores. REVISTA AGIR 17

ResumoMétodo PECS Redes socais Colaboradores do setor multi- O curso, que visa capacitar os Por questões institucionais,profissional do CRER participa- profissionais da área multipro- a página no Facebook do CRERram, em 27 de janeiro, do curso fissional de reabilitação, foi mi- passou, desde janeiro, a serde capacitação PECS - Sistema de nistrado pela palestrante Soraia AGIR, publicando posts referen-Comunicação por Troca de Figu- Vieira. Fonoaudióloga, Mestre tes não somente ao Centro deras, que consiste em um método em Estudos Linguísticos pela Reabilitação, mas também com-capaz de auxiliar pessoas com Universidade de Londres, Soraia partilhando as principais açõesdificuldade de comunicação ou tem mais de treze anos de expe- do HDS e do HUGO2, ambascom autismo a se comunicar de riência trabalhando com crian- as unidades hospitalares sob aforma funcional, por intermédio ças e adultos com dificuldades gestão da AGIR – Associaçãoda troca de figuras. de comunicação. Goiana de Integralização e Rea- bilitação. Nosso objetivo é fortalecer nossos canais de comunicação com toda a sociedade e pres- tar contas dos nossos serviços oferecidos aos 246 municípios goianos e de outros estados da federação. A AGIR, personalidade ju- rídica de direito privado, com fins não econômicos, é qualifi- cada como Organização Social pelo decreto estadual nº 5591/02 e reconhecida como entidade de utilidade pública e de interesse social por força do artigo 13 da Lei Estadual 15.503/05, certifica- da como Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) pelo Ministério da Saúde. Nossos canais de comunica- ção na rede são: www.agirgo.org.br; facebook.com/agir.go; twitter.com/twitter.com/agir_go. Informativo AGIR A AGIR agora tem o bole- tim informativo online que, quinzenalmente, divulga as principais notícias do CRER, HDS e HUGO 2. Quer re- ceber e ficar por dentro do que acontece nas unidades administradas pela AGIR? Acesse no site: www.agirgo.org.br18 REVISTA AGIR

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ARTIGOAtendimento precoce e humanizado através de umaabordagem holística: uma parceria da odontologia com o setor multiprofissional de reabilitação Educar e prevenir para um sorriso saudável e expressivo.Aatuação conjunta da do complexo oromiofuncional. Com A visão da integralidade do in- isso, o CRER atesta sua excelência divíduo no trabalho em equipeequipe Multiprofissional de Rea- no que diz respeito aos atendimen- multidisciplinar é de fundamentalbilitação do CRER e da Odontolo- tos clínicos, pois atua de maneira importância no tratamento dos pa-gia iniciou em 2013, quando então, integral e multidisciplinar. cientes. Portanto, os benefícios sãofoi selado um compromisso com garantidos com uma atuação quea equipe de Estimulação Precoce, Nos dias de hoje é de extrema transpassa a teoria e, de fato, favo-para juntos realizar uma atuação importância a atuação interdiscipli- rece o indivíduo no seu meio sóciohumanizada, lúdica e contextuali- nar, que inclui profissionais da saú- cultural. No entanto, a partir dozada desde os primeiros passos dos de de diferentes áreas integrados momento em que se realizam ati-pacientes na Instituição. Surgiu, as- em um propósito único de benefi- vidades de orientação, em relaçãosim, um trabalho interdisciplinar ciar e melhorar a qualidade de vida ao processo de higienização e defundamentado nos princípios da vi- do paciente e de seus familiares. desenvolvimento das estruturas dovência, que tem contribuído, de for- sistema estomatognático (conjuntoma significativa, para a promoção A assistência interdisciplinar de estruturas bucais que desenvol-do desenvolvimento global do indi- tem se tornado cada vez mais rele- vem funções comuns, tendo comovíduo, envolvendo a estimulação de vante, especialmente nos diagnós- característica constante a partici-linguagem e a motricidade para um ticos precoces e em planejamentos pação da mandíbula), promove-sesorriso saudável e expressivo. terapêuticos, minimizando as pos- a dessensibilização deste sistema a sibilidades de agravos e de perdas fim de garantir a adequação no fun- Essa parceria tem ampliado a funcionais, difíceis de serem solu- cionamento da respiração, sucção,integração e comunicação entre as cionadas. mastigação, deglutição e fala.áreas de saúde: Odontologia, Fo-noaudiologia, Fisioterapia, Terapia Dentre as áreas da saúde que Camilla Luiza Rodrigues Costaocupacional, Psicologia dentre ou- desenvolvem papéis importantes, Fernanda Barbosa Afonsotras. estão a Odontologia e a Fonoau- Letícia de Paula Cauhi diologia, que, em conjunto com os Todo este trabalho visa orientar os profissionais: técnica de saúde Márcia Rodrigues Pinto Soaresa família com palestras, dinâmicas, bucal, terapeuta ocupacional, fisio- Divaina Alves batistavivências corporais e atividades lú- terapeuta, psicólogo dentre outros,dicas que enfatizam o desenvolvi- podem proporcionar tratamentos Sônia Helena Adorno de Paivamento da linguagem, motricidade, completos ao considerar seu pacien- Thaís Nasser Sampaiomotor oral, crânio facial e o proces- te no contexto ambiental, psicosso-so de higienização das estruturas cial e econômico. Vilma Inutuka Pereira Rocha REVISTA AGIR 21

ARTIGO Apoio da família na reabilitação auditivaA deficiência auditiva estão ocorrendo cada vez mais pre- criança realizou a cirurgia; o tipo cocemente. Para crianças com idade de implante; o tempo de surdez ecaracteriza-se pela privação senso- entre zero a cinco anos é fundamen- a estratégia de codificação de fala;rial que afeta o desenvolvimento tal que a reabilitação esteja centra- a etiologia da surdez; o tempo deda função auditiva e da linguagem da no contexto familiar. Como já foi uso do dispositivo e o envolvimen-oral, podendo trazer implicações dito, o papel dos pais e dos familia- to da família. Por tal complexidade,emocionais, educacionais, sociais res na reabilitação da criança com orientam os pais sobre aspectose culturais, principalmente na po- deficiência auditiva é de fundamen- relacionados à deficiência auditivapulação infantil, o profissional da tal importância para o sucesso de e fornecem material atualizado deárea de reabilitação deve considerar qualquer proposta educacional ou leitura, visando aumentar o conhe-fatores que podem influenciar nos terapêutica. cimento sobre a área, ampliando aresultados. participação completa no processo No dia 01 de junho de 2012, o terapêutico Desta forma, em relação ao en- CRER foi habilitado junto ao Minis-volvimento da família, é de extrema tério da Saúde a realizar cirurgia A criança que recebe afeto eimportância entender seu papel e de implante coclear, procedimento orientação direcionada poderáidentificar as mudanças e dificul- de alta complexidade que se mostra aprender a se comunicar por meiodades na vida diária, descrever as altamente efetivo no tratamento de da audição e fala. Pais com resistên-estratégias de enfrentamento e os pacientes com perda auditiva neu- cia em aceitar a criança com defi-elementos facilitadores, conhecer os rossensorial de grau severo e/ou ciência auditiva podem apresentarsentimentos que permeiam o con- profundo bilateral. Logo após a ha- dificuldade para estimulá-la, preju-viver com a deficiência auditiva na bilitação, já em 29 de junho do mes- dicando assim seu desenvolvimen-infância, e conhecer a estrutura e mo ano, o hospital realizou as duas to. Famílias que aceitam a criançaa dinâmica do funcionamento fa- primeiras cirurgias. com a deficiência auditiva e conse-miliar, para promover o sucesso no guem internalizar as estratégias,processo de habilitação auditiva e O implante coclear torna possí- aproveitando as situações do diade linguagem. vel à criança viver no mundo com a dia para construir um ambiente menor dificuldade, independente adequado para a linguagem, conse- É imprescindível conscientizar e com mais chances de um futuro guem minimizar as dificuldades daa família a participar do desenvol- pessoal, social, acadêmico, e pro- deficiência auditiva gerando resul-vimento linguístico da criança, e fissional de sucesso como qualquer tados positivos neste processo.trabalhar as habilidades de comu- outra.nicação, porque seu papel como Fernanda Barbosa Afonsoprincipal ator no processo de rea- Os profissionais envolvidos na Giane Passos Lozi de Andradebilitação e constante estimulação se reabilitação de crianças usuáriasmostra evidente. de implante coclear consideraram Divaina Alves Batista que este processo é complexo pela Sônia Helena Adorno de Paiva Com os avanços tecnológicos e interação de variáveis que podema conscientização da população, o interferir no desempenho da crian- Thaís Nasser Sampaiodiagnóstico e a intervenção, junto ça implantada como: a idade que aàs pessoas com deficiência auditiva22 REVISTA AGIR

TERCEIRO SETORA solidariedade que busca coletar sorrisosPor: Naicléia Silva se envolveu em um grave acidente. realização de eventos beneficentes, O caminhão que ele dirigia colidiu na distribuição de brinquedos, en-P rojeto social é um exer- com duas carretas, Rodrigo ficou tre outros. preso nas ferragens em um penhas-cício de cidadania que permite a co e teve vários ferimentos. Após o PRIMEIRO EVENTOtransposição de barreiras em be- acidente, ficou 16 dias na UTI, pas-nefício do outro. Exemplo disso é o sou por 11 cirurgias. Hoje, mesmo Foi no CRER – Centro de Reabi-projeto Coletando Sorrisos, um tra- com dificuldades para andar tem litação e Readaptação Dr. Henriquebalho voluntário desenvolvido pelo disposição para ajudar a esposa nas Santillo, que o Coletando Sorrisoscasal Wanessa Souza, 34, e Rodrigo atividades voluntárias. realizou a primeira ação beneficen-Gonçalves Dias, 30. Com esforço e te. Em outubro de 2014, Rodrigodedicação, eles ajudam aqueles que Wanessa e Rodrigo são um casal estava internado no hospital paravivem em situação de vulnerabili- de fé, mesmo com todos esses acon- realizar uma cirurgia e ficou saben-dade social. O trabalho teve início tecimentos não deixaram de acredi- do que a instituição realizaria umem maio de 2014, inúmeras pesso- tar em Deus. Após tudo isso, con- evento especial em comemoraçãoas já foram contempladas com as solidaram a iniciativa, criaram uma ao Dia das Crianças. Foi então quedoações. De acordo com Wanessa, página no Faceook, onde é postado Wanessa se dispôs a ajudar, postouaproximadamente 20 pessoas são os pedidos de ajuda e o interesse pedidos de ajuda nas redes sociais,beneficiadas por mês. das pessoas em doar. Wanessa vai conseguiu arrecadar vários man- ao encontro dos interessados e rece- timentos, lanches, refrigerantes e O Coletando Sorrisos é uma be as doações, em seguida faz uma assim contribuiu com o evento doiniciativa que tem como propósito triagem na qual identifica quais são CRER.ajudar moradores de rua, família as reais necessidades daquelas pes-e crianças carentes, ajudando a di- soas, grupo ou organização social Há um ano o Coletando Sorrisosminuir as desigualdades sociais. que receberá a ação voluntária. distribui doações em várias partesWanessa conta que a vontade de de Goiânia, sendo que os desafiosajudar o próximo surgiu na infân- A equipe conta com dez pessoas, ultrapassam a difícil tarefa de arre-cia. “Desde pequena tinha um dom incluindo os filhos do casal, Camila cadação. “O maior desafio foi apren-de ajudar as pessoas. Eu não tinha Amanda, 10 e Guilherme Henrique, der a lidar com a tristeza que sentimuito, ou melhor, quase nada, mas 14. Quem recolhe as doações e dis- ao conviver com a realidade dosmesmo assim eu queria fazer algo tribui é Wanessa, juntamente com o moradores de rua. Me lembro quepara ajudar alguém. Sempre vascu- esposo e os filhos (foto). Os outros no primeiro dia que eu e meu espo-lhava as minhas gavetas a procura voluntários da equipe ajudam na so saímos com um grupo de amigosde algo que estivesse ocupando es- para distribuir comida pelas ruas depaço, algo que não usava mais e que Goiânia, quando terminamos as en-poderia servir em alguém”. tregas, a caminho de casa, não conti- ve as lágrimas,” relata Wanessa. O nome do projeto surgiu apósvárias pesquisas feitas por Wanes- Valorizar, estimular e reconhe-sa. “Queria um nome que combi- cer ações de voluntariado são gestosnasse com a ideia, um nome acolhe- que promovem o comprometimen-dor. Foi aí que surgiu o Coletando to. A doação é um ato que muda aSorrisos”, conta. O Coletando Sorri- realidade de uma sociedade Inte-sos não é apenas um projeto a mais, ressados em ajudar o projeto podemmas sim uma ação de apoio e mo- acessar a página www.facebook.bilização promovendo interação e com/coletandosorriso para conhe-assistência social. cer melhor sobre o Coletando Sor- risos e identificar as maneiras que A idealização e execução do pro- podem contribuir.jeto surgiu após um acontecimentoinesperado na vida do casal. No dia REVISTA AGIR 2306 de novembro de 2010, Rodrigo

ESPAÇO DO PACIENTE JOVEM DE GARRA Conheça a história da jovem carismática e de bem com a vidaPor: Naicléia Silva dada pela família, que oferece todo to, ainda no hospital. Foram as pa- apoio necessário para que Nicolly lavras do marido que acalmaram o“S ou feliz, alegre e possa alcançar seus objetivos. coração de Vanusia. Quando ligou para o esposo e falou sobre a sín-amo meu Deus, vim a este mundo Nicolly nasceu em 14 de outu- drome da filha, ouviu as seguintespara brilhar e fazer a diferença!” bro de 2001, na semana das crian- palavras: “Amém por isso, pois paraPalavras que descrevem a persona- ças. “Foi meu presente enviado por mim não importa, eu vou amá-lalidade e o estado de espírito da doce Deus”, afirma a mãe. Nick, apelido ainda mais”. “Após ouvir as pala-Nicolly Rosceli Lopes Silva, 13 anos. carinhoso dado pela família, nasceu vras do meu marido, percebi queUma jovem extremamente carismá- com Síndrome de Down, um distúr- Deus tinha um propósito em nos-tica e de bem com a vida, que entre bio genético causada pelo cromos- sas vidas e que nesse propósito osorrisos e empolgação contou a sua somo 21, Os portadores da síndro- Senhor estava incluindo a Nicolly”,história de vida. É paciente desde me, em vez de dois cromossomos afirma a mãe, que lembra com lágri-o primeiro ano de vida do Centro no par 21, possuem três. “Fiz todo mas nos olhos.de Reabilitação e Readaptação Dr. o pré-natal perfeitamente e nada foiHenrique Santillo - CRER. constatado”. diz a mãe. A síndrome Durante os primeiros meses da de Nicolly só foi diagnosticada após Nicolly eram os pais quem ensina- Como todo adolescente, vive cada o nascimento, fato que gerou sur- vam pequenos aprendizados paraminuto de forma intensa. “Adoro ir presa para a mãe, já que durante o a filha. “Ensinávamos tudo o queao cinema, conversar com os ami- pré- natal não havia suspeita de ne- podíamos e sabíamos”, conta a mãe.gos,” afirma Nicolly. Quem ajuda a nhuma alteração. Nicolly começou a fazer terapias nocontar a trajetória de vida da jovem CRER com um ano e dois meses. Elaé a sua mãe, Vanusia Lopes de Oli- Vanusia não tinha conhecimen- recebe acompanhamento de fono-veira, 41, uma mulher guerreira que to sobre a Síndrome, e uma aflição audiólogos, fisioterapeutas e realizatem a filha como principal compa- tomou conta dela naquele momen-nheira. O dia a dia da jovem é rega-do de muito amor, carinho e atenção24 REVISTA AGIR

“ Sou feliz, “ alegre e amo meu Deus, vim a este mundo para brilhar e fazer a diferença!vários tipos de atividades, como, para universidade. Ela se divide en- de manifestar o reconhecimento eequoteparia, tereapia ocupacional, tre a vontade de ser professora de gratidão. “Queremos agradecer aosestimulação precoce, estimulação educação física e ser atriz. nossos familiares e a todos os pro-oral e gráfica. “Graças ao atendi- fissionais do CRER que cuidarammento recebido no CRER, minha TRATAMENTO NO CRER e cuidam da Nick. Que Deus os fa-filha tem evoluído, foi na institui- São mais de 11 anos fazendo tra- çam sempre homens e mulheres deção onde Nicolly deu os primeiros sucesso, que vocês sejam muito feli-passos sem apoiar em nada”, diz tamento no CRER. Os pais, gratos à zes”, são palavras de agradecimen-Vanusia. família e aos profissionais que con- to de Vanusia Lopes e José Ricardo, tribuíram e contribuem na evolução pais de Nicolly. Com a assistência recebida do e sucesso da filha, fazem questãoCRER, Nicolly ultrapassou seusobstáculos, conseguiu com o passardos anos vencer as dificuldades decognição, consegue interagir comos amigos na escola e com a família.Um acontecimento inesquecível navida da jovem foi a primeira viagemde avião para Fortaleza no mês deférias. “Lembro o tempo todo, foiuma viagem maravilhosa!”, afirmaNicolly. Hoje, aos 13 anos, Nicolly faz o7° ano do Ensino Fundamental e sedefine como uma aluna exemplar.“A matéria que mais gosto é LínguaPortuguesa, já Matemática é a ma-téria que mais tenho dificuldades”,confessa. A jovem tem algumas pai-xões na vida, entre elas jogos eletrô-nicos, praticar esportes, jogar vôlei,tênis e basquete. “Sou bem eclética,gosto de fazer várias coisas”, diz Ni-colly. Como toda menina tem seulado vaidoso, gosta de maquiageme não sai de casa sem batom. Entreseus sonhos, está o desejo de entrar REVISTA AGIR 25

É BOM SABERSobre duas rodas: sequelas da imprudência Estatísticas evidenciam que motociclistas são os mais afetados pela falta de segurança no trânsito.Adaptação de texto do site Goiás AgoraO rivaldo Fernandes, vatório da Mobilidade Urbana, um lisão. “A última imagem que tenho órgão estadual, instituído por decre- registrada do acidente é a da UTIe Diego Oliveira não se conhecem, to em 2012, e que congrega ações das Móvel chegando para me socorrer. Secretarias da Saúde (SES); das Cida- Depois disso, eu desmaiei devido àestão vivendo diferentes fases na des, Infraestrutura e Região Metro- quantidade de sangue que perdi no politana (Sicam); Universidade Esta- asfalto”, relata.vida, mas possuem um fato mar- dual de Goiás (UEG) e Detran Goiás. Criado para embasar estudos que Passados 14 dias do acidente,cante em comum: são vítimas de proponham melhorias no trânsito Diego acordou do coma na Unidade nos quesitos segurança e mobilidade de Terapia Intensiva do Hospital deacidentes de trânsito envolvendo urbana, o Observatório tem pautado Urgências de Goiânia (Hugo), sem suas ações estabelecendo parcerias saber exatamente onde estava, e semmotos, e hoje se dedicam à recupe- com os poderes públicos munici- a sua perna esquerda, amputada no pais. Segundo explica a coordenado- segundo dia de internação com au-ração dos movimentos que foram ra de vigilância de violências e aci- torização de seu pai, devido à gravi- dentes, Maria de Fátima Rodrigues, dade dos ferimentos. “Meu pai nãocomprometidos; esforçam-se dia- dados levantados no sistema do se- teve escolha, era a minha perna ou guro DPVAT mostram que 60% dos minha vida”, recorda o jovem. Apósriamente para vencer as sequelas envolvidos em acidentes no Brasil o choque de realidade, Diego ainda ficam inválidos. “Conseguimos tra- levou mais um mês na UTI, e outrosque mudaram completamente suas çar o perfil das maiores vítimas dos dois meses de internação na ala co- acidentes de trânsito e concluímos mum até conseguir alta para retor-vidas. Aquilo que, a princípio, po- que eles são jovens do sexo mascu- nar para casa, com seus sonhos de lino, na faixa etária dos 20 a 39 anos, vestibulando interrompidos brusca-deria ser entendido como uma coin- motociclistas e em plena fase produ- mente. (Sobre o motorista da carre- tiva de suas vidas”, evidencia Maria ta… sabe-se que fugiu do local docidência, tornou-se uma estatística de Fátima. acidente, não assumindo a culpa).preocupante nas grandes cidades MUDANÇA Hoje, aos 27 anos, Diego é um dos BRUSCA DE PERCURSO pacientes que semanalmente bus-brasileiras. Nos últimos dez anos, cam tratamento no CRER, onde pra- Aos 18 anos, Diego Henrique Oli- tica basquete adaptado, academia ecompreendidos entre 2003 a 2012, veira foi atropelado por uma carreta hidroterapia. Para canalizar a ener- enquanto percorria o caminho ha- gia natural da juventude, Diego en-os acidentes de trânsito ocuparam bitual que o levava da casa para o controu no jiu-jitsu um alento, além cursinho, em sua motocicleta. O ra- de um desafio constante. Adaptoua segunda colocação entre as prin- paz, que à época se preparava para os golpes que utilizam as duas per- o vestibular em Direito, estava de nas para aplicá-los com auxílio doscipais causas de mortes provocadas capacete e dirigia prudentemente braços. Treinou, se aprimorou e tem em sua via quando o caminhoneiro conquistado diversos títulos, inclu-por fatores externos, ceifando mais apareceu repentinamente pela con- sive internacionais, nos campeona- tramão, atingindo Diego e o arre- tos que participa. Detalhe: semprede 393 mil vidas. Em Goiás, no mes- messando 30 metros do local da co- em combates com lutadores que possuem as duas pernas. “Ouço dosmo período, 16.846 pessoas perde-ram suas vidas em decorrência dagravidade dos acidentes.Quando conseguem superar oimpacto das colisões, as vítimas pas-sam a depreender uma nova energiaem suas vidas; a de superação, emum verdadeiro processo que refazcompletamente sua existência e a detodos ao seu redor. Segundo dadosdo Instituto de Pesquisa EconômicaAplicada (Ipea), apenas em 2001 fo-ram gastos R$ 5,3 bilhões com custosde saúde gerados pelos acidentes detrânsito, o que, à época, foi equiva-lente a 0,4% de todo Produto InternoBruto Nacional.Dados como esse integram o Bo-letim Epidemiológico de Acidentesde Trânsito, produzido pelo Obser-26 REVISTA AGIR

ACERVO PESSOALmeus adversários o quanto me res- Diego Oliveira encontrou na luta uma nova motivaçãopeitam pela minha deficiência, masque não me pouparão no tatame. E CRER, frequenta a unidade quatro ÂNGELA SCALONsaio da luta vencedor. É indescrití- vezes na semana onde faz fisiotera-vel saber que consegui vencê-los pia, terapia ocupacional e aguarda Orivaldo Fernando Borges se dedica à reabilitaçãode igual para igual, apenas com a uma vaga para a fonoaudiologia. dos movimentos comprometidos pelo acidenteminha técnica e força de vontade”, “Seus avanços são celebrados dia-confessa. riamente por todos da família. Lem- para debater sobre o teor das infra- bro quando os médicos convocaram ções mais comuns, sobre psicologia Diego se considera muito novo a todos para que despedíssemos do no trânsito, conduta consciente dopara se aposentar, mas recebe um meu pai, pois ele tinha apenas 1% motociclista visto que ele é o maisauxílio doença do INSS que lhe per- de chance de vida. Portanto hoje exposto diante de um acidente, ul-mite suprir o básico. Seu sonho de reafirmamos a vitória em cada um trapassagens seguras, entre outrosser advogado foi substituído pelo dos seus avanços”, alegra-se a filha. detalhes importantes. Vimos quede ser professor de Educação Física. 95% dos condutores que passam“Não tenho direito a ter dó de mim. Nem ela, nem os seus outros três por esse curso não voltam a come-Não é essa a resposta que espero da irmãos foram atrás do motociclista ter infrações no trânsito”, calculasociedade. Apenas busco me adap- responsável por transformar radi- Horácio.tar à minha nova condição de vida calmente a vida de um homem pro-e descobrir o que de melhor posso dutivo e cheio de vida. “Resolve-tirar disso”, ensina. mos não saber nada sobre ele. Isso não diminuiria o sofrimento queUM RECOMEÇO DIÁRIO causou à nossa família, não traria meu pai de volta com sua consci- No dia 10 de março de 2012, Ori- ência plena, só causaria ainda maisvaldo Fernando Borges, um empre- revolta”, reflete.sário do ramo hoteleiro, atravessavaa rua na companhia de amigos para No entanto, segundo atesta o di-tomar um caldo antes de encerrar retor técnico do Detran Goiás, Ho-a noite. Foi quando uma moto des- rácio Mello e Cunha Santos, os con-governada, com o farol apagado e o dutores, quando responsabilizadosmotorista visivelmente alcoolizado por seus erros no trânsito, tendemo atingiu arremessando-o 50 metros a melhorar sua conduta futura, peloadiante, justo quando faltava ape- menos na maioria dos casos obser-nas um passo para alcançar a calça- vados. “Ao atingirem mais de 20da. O relato desse dia fatídico é feito pontos na carteira, eles são obriga-pela sua filha Rosana Borges, pois o dos a fazer um curso de reciclagem,próprio Orivaldo não consegue se momento este que aproveitamoslembrar do acidente que lhe causoupolitraumatismos cranianos, a per-da de grande quantidade de massaencefálica, o levou a ficar 32 dias naUTI e a apagar por completo a suamemória passada e recente. “Na-quela noite eu perdi meu melhoramigo, meu conselheiro, a pessoaque me apoiava. Hoje, eu cuido delediariamente, com todo amor queposso dedicá-lo, mas me dói cons-tatar que ele não se lembra que sousua filha”, desabafa Rosana. A luta do senhor Orivaldo pararecuperar as funções básicas comoandar sozinho, trocar uma peçade roupa e se alimentar por contaprópria virou a motivação de suafamília. Como um dos pacientes do REVISTA AGIR 27

SUPERAÇÃO Recursos lúdicosna reabilitação de pacientesOSite Goiás Agora cientes. O CRER adotou o método Diferente dos aparelhos antigos, s jovens Pablo Aze- há dois anos e, desde então, vem que só recebiam comandos por bo-vedo, Thiago Siade e Vitor Fidélis colhendo resultados bastante posi- tões do controle, os novos videoga-possuem histórias parecidas. Eles tivos. mes possuem sensores que leem osforam vítimas de acidentes de moto movimentos. Dessa forma, os joga-e tiveram comprometimentos na USO DO VIDEOGAME dores não ficam mais sentados dian-mobilidade e sensibilidade dos bra- te do televisor, mas precisam fazerços. Hoje, como pacientes do CRER, Segundo explica o terapeuta ocu- os movimentos compatíveis aos doos três se conheceram e comparti- pacional Leandro Coêlho de Almei- personagem do jogo para passar aslham a reabilitação de forma lúdica da Freire, o videogame começou a fases. São esses modelos de videoga-e divertida. Os jovens participam do ser utilizado de forma terapêutica mes que foram inseridos como com-laboratório de gameterapia – uma como um recurso de simulação da plementares nas terapias.forma complementar de promover a realidade, principalmente em pa-melhoria de pacientes com compro- cientes que possuíam certos tipos No CRER, a gameterapia foimetimentos neurológicos ou ortopé- de fobias, como a de altura ou medo adotada para atender a dois gruposdicos utilizando videogames. de voar. Conforme a tecnologia foi distintos de pacientes, os que apre- evoluindo e surgindo novos mo- sentam comprometimento neuroló- Considerados vilões no passado delos de videogames foi possível gico e os que estão em reabilitaçãopor roubarem a atenção exacerbada adotá-los de forma complementar ortopédica, caso dos jovens perso-de crianças, o videogame evoluiu às terapias tradicionais. “A game- nagens dessa matéria. “Os pacien-para uma versão mais saudável que terapia não é utilizada de maneira tes neurológicos, como os diag-permite ao jogador se exercitar en- exclusiva como recurso terapêutico, nosticados com Mal de Parkison,quanto joga. E a área de saúde não mas atuando em conjunto com as conquistam ganhos na reabilitaçãose manteve indiferente à essa inova- outras terapias aplicadas ao pacien- cognitiva, promovendo a melhoração. Logo buscou meios de inseri-la te”, comenta o terapeuta. no esquema corporal e na percep-na promoção da reabilitação de pa-28 REVISTA AGIR

ção que possuem da lesão que apre-sentam. Além disso, os jogos aindaajudam a melhorar a atenção, me-mória, concentração, raciocínio e anoção de organização. No caso doParkison, que é uma doença neuro-degenerativa progressiva, é possí-vel retardar os sintomas, auxiliandopacientes a realizar atividades dodia a dia”, evidencia Leandro.RESULTADOS COMPROVADOSCom apenas dois meses de trata-mento no CRER e sendo submetidoa sessões de terapia ocupacional ede gameterapia duas vezes por se-mana, Pablo Azevedo, de 23 anos,tem conseguido recuperar a mobi-lidade e a sensibilidade do dedo damão direita. Vítima de um acidentede moto, o jovem precisou ser sub- Terapeuta ocupacional Leandro Coêlhometido a uma cirurgia por conta deuma fratura exposta no braço di-reito, o que ocasionou na perda dasensibilidade do dedo. Hoje, bas-tante satisfeito com os resultados, ojovem comemora o retorno da mo-bilidade e se empenha para recupe-rar a força da mão lesionada.Já o estudante de Direito ThiagoSiade, 26, teve comprometimentonos dois braços ao se acidentar demoto. “Sofri uma luxação no braçodireito e tive uma fratura expostano esquerdo. O resultado foi per-da óssea e de força nos membros. Paciente Pablo AzevedoNão conseguia mais fechar a mão efirmar as coisas. O braço esquerdo 19 anos, perdeu parte da mobili- advindos do pós-operatório com lesões ortopédicas são avaliadosnão esticava mais. Foram necessá- dade do braço direito. No ano se- em outras terapias antes de serem aprovados para a gameterapia. “Érias oito cirurgias para reparar o guinte buscou tratamento em ou- importante identificar se eles vão conseguir realizar os movimentosdano causado aos meus braços”, tras clínicas, até ser encaminhado pedidos durante os jogos”, comen- ta. Além de trabalhar a socializaçãorecorda. Há cinco meses o estu- ao CRER em 2013. Desde então, e integração entre os grupos, a te- rapia com uso do videogame aindadante é paciente do CRER e, nesse tem sido submetido à terapia ocu- aflora a competitividade saudável entre jogadores e entre si mesmos.período, já conquistou boa parte da pacional , gameterapia e academia, “Percebemos que eles querem se superar a cada partida para bate-mobilidade e força dos braços. Por que lhe possibilitaram recuperar o rem o recorde do jogo e ainda supe- rar, de forma saudável, os colegas.duas vezes na semana ele se dedica movimento das mãos e a boa par- Uma competitividade que beneficia a todos os envolvidos”, avalia.à terapia ocupacional, gameterapia te da mobilidade do braço afetado.e à academia. Tudo acompanhado “Hoje sinto que minha recuperaçãode perto pelos terapeutas da uni- está sendo efetiva”, reflete. Sobre adade. “Estou me preparando para gameterapia, o jovem diz contribuirretomar a faculdade no próximo para a reabilitação de forma diver-semestre. Hoje já consigo escrever tida. “É uma das terapias que maisnovamente”, comemora. gosto”, declara.Ao se acidentar de moto em O terapeuta ocupacional Lean-2010, Vitor Fidelis da Silva Santos, dro Coêlho explica que os pacientes REVISTA AGIR 29

AGIR EM FOCOCRER em Casa humaniza tratamento Equipe visita casa de pacientesSite Goiás Agora Equipe visita uma vez por semana casa de pacientes conquista para a equipe.M ariusa Alves da casa e ensina os cuidadores a cuidar COMODIDADE do paciente a partir da nova realida-Costa, de 61 anos, recebe em casa, no de dele. Além disso, o paciente sai Filha da idosa, a cabeleireiraSetor Norte Ferroviário 2, uma vez do ambiente hospitalar, onde corre Márcia Alves Ferreira conta que apor semana a visita de uma equipe risco de infecção hospitalar e passa mãe estava no banco do passagei-de profissionais de saúde do Centro a receber o atendimento mais próxi- ro de uma pick-up que foi colhidade Reabilitação e Readaptação Dr. mo da família”, afirma. por uma carreta na rodovia. Ela foiHenrique Santillo (CRER). A idosa submetida a uma cirurgia em umsofreu um acidente de trânsito há O terapeuta ocupacional Alberi- hospital particular da capital e de-pouco mais de um ano em Aragua- co Jayme Silva tem a missão de re- pois encaminhada ao CRER. Márciaína (TO), onde morava, e teve uma adaptar o paciente, de acordo com aprendeu a cuidar da mãe, que estálesão na medula espinhal que a dei- suas limitações, no ambiente domi- acamada, com a orientação dos pro-xou tetraplégica. Ela e a família, que ciliar. “Nós da terapia ocupacional fissionais que fazem a visita regular-viviam em uma chácara naquele tentamos tornar esse indivíduo o mente. “Todos são carinhosos e dãoEstado, se mudaram para Goiás em mais independente possível na sua atenção o máximo que podem. To-busca do tratamento especializado realidade. No caso da Dona Mariu- das as dicas que eu preciso eles mede referência. Após ficar internada sa, ela é cadeirante com uma lesão passam. Quando eles não vêm, eupor quatro meses no CRER, a pacien- alta, e trabalhamos com adaptações faço todos os curativos. É bem me-te teve alta e passou a contar com a para que consiga comer sozinha, es- lhor quando eles vêm aqui porqueassistência do programa CRER em covar os dentes, fazer coisas simples não tenho o trabalho de me deslocarCasa. do seu dia a dia, locomover-se com até lá. Antes eu pegava táxi. Para nós a cadeira de rodas, por exemplo”, facilitou bastante”, avalia. “É mara- A equipe é multidisciplinar, for- comenta. Graças aos esforços desta vilhoso. (Eles) Cuidam direitinho demada por médicos, enfermeiros, técnica e também da fisioterapia, ela mim. Eu não comia, não mexia asfisioterapeutas, terapeutas ocupa- conseguiu recuperar o movimento minhas mãos, hoje estou quase fe-cionais, técnicos em enfermagem, de parte dos membros superiores chando elas de novo”, diz Mariusa.nutricionistas, psicólogos e assis- e hoje é considerada paraplégica. Atentes sociais. O serviço é indicado evolução da função motora é umapara os pacientes que possuem de-mandas clínicas, mas que não pre-cisam de internação, uma vez que otratamento pode ser domiciliar. Deacordo com a médica Jackeline Go-mes Borges, os pacientes atendidospelo programa são os que tiveramsequelas neurológicas graves e tam-bém as úlceras de pressão, conhe-cidas popularmente como escaras,que é o caso de Dona Mariusa. O tratamento é humanizado e aparticipação da família é fundamen-tal para a recuperação. “Cada profis-sional tem um papel fundamentalna adaptação do paciente em sua30 REVISTA AGIR

Atendimento proporciona qualidade de vida A segunda visita do dia é na casa Profissionais aferem pressão do paciente esse atendimento porque depen-de Augustinho Pereira Lima, de 68 demos de alguém para dirigir paraanos, na Vila Redenção. Ele é porta- com a família. No caso dele, por se irmos até o hospital. Então, ter essedor de Esclerose Lateral Amiotrófi- tratar de uma doença progressiva, atendimento do CRER em Casa paraca (ELA), doença neurodegenerati- os fisioterapeutas sabem que não há mim é muito importante. Eles seva que ganhou fama recentemente, avanços na função motora, portan- tornaram uma família pra gente”,depois que artistas aderiram à cam- to a estagnação do quadro é o ob- assinala. Ao longo da entrevista,panha de divulgação nas redes so- jetivo. Em função da traqueostomia Seu Augustinho se emocionou al-ciais, desafiando uns aos outros a realizada para o uso do ventilador gumas vezes. Mas conseguiu de-jogar um balde de água fria na ca- mecânico, é preciso ter um maior finir o que a “turma”, que o visitabeça. A ideia era angariar doações cuidado em relação à higiene brôn- desde o dia 7 de junho de 2014, re-para ajudar os doentes. O diagnós- quia e à limpeza de secreções. presenta na vida dele. “Essa equipetico de Seu Augustinho veio há cer- foi Deus que mandou, é muito es-ca de dois anos. Ele e a mulher, Vera Para o fisioterapeuta Renato So- pecial”, diz.Lúcia da Silva Inácio, moravam em ares de Melo e Lima, o CRER emJussara e também se viram obriga- Casa é um diferencial. “Se não tives- PROGRAMAdos a mudar para a capital. se esse serviço, eles poderiam estar em UTIs, é um estímulo totalmente Criado em março de 2014, o Com as funções motoras com- diferente para o paciente porque, programa atende 42 pacientes porprometidas, o paciente não conse- cercado da família, ele se sente mais mês, com capacidade para chegargue andar, está perdendo a força confortável e a recuperação é até a 60 atendimentos. Com o CRERdas mãos e respira 24 horas com a mais acelerada, às vezes”, pontua. em Casa, o paciente tem significa-ajuda de um aparelho mecânico, tiva redução do risco de complica-que só é retirado durante o banho. CUIDADOS ções decorrentes de longa interna-O equipamento é doado pelo Mi- ção, como infecção hospitalar, pornistério da Saúde. Jackeline diz que A enfermeira Ananda de Oli- exemplo. Outro importante benefí-ele tem conhecimento de que a ELA veira orienta os familiares sobre os cio da desospitalização é a aberturaé progressiva. Sendo assim, como cuidados com a higiene pessoal, de leitos para novos pacientes queressalta Jackeline, a maior preocu- feridas, traqueostomia, curativo, necessitam do tratamento especia-pação da equipe é oferecer-lhe qua- higiene oral, manutenção e limpe- lizado e de alta complexidade quelidade de vida. “Nosso trabalho é za de aparelhos, entre outros. Ela o CRER oferece. Como impactotentar dar o máximo de qualidade acredita que, em casa, os pacientes social, há uma otimização na filade vida possível a ele, além do su- se sentem mais satisfeitos e mais de espera daqueles que aguardamporte psicológico. Quando ele pede confiantes. “Pra gente é muito gra- vaga para atendimento. A iniciativapara sair, tentamos viabilizar para tificante. Acho que o programa está também resulta em desoneração doque possa aproveitar o máximo atingindo a sua meta, que é a desos- Sistema Público de Saúde e reduçãopossível. O Seu Augustinho queria pitalização”, analisa. dos custos hospitalares.pescar e autorizamos. A família foiorientada a lidar com o respirador”, A esposa de Seu Augustinho, REVISTA AGIR 31relata. O aparelho funciona à base Vera Lúcia da Silva Inácio, é a suade energia elétrica, mas também cuidadora. “Está sendo muito bompode ser ligado a uma bateria e,caso a carga acabe, a alternativa éutilizar o balão portátil de oxigênio.Ele foi até Matrinchã, a 244 quilô-metros de Goiânia, em agosto de2014 e pescou na beira do rio. Além da adaptação para a pesca-ria, Alberico também fez um supor-te de mesa para que o idoso pudessejogar baralho, outro de seus hob-bies, e assim garantir que ele possater momentos de lazer e interação

HDS EM PAUTAAmbulatório de feridas é reformadoe dobra capacidade de atendimentoR ecém-reformado, oambulatório de feridas crônicas doHDS – Hospital de DermatologiaSanitária e Reabilitação Santa Martaagora conta com quatro salas paracurativo e um consultório médico.Atualmente, são realizados em mé-dia 4,1 mil atendimentos mensais,mais que o dobro do mesmo períodoem 2014, em que eram feitos 1,9 mil.Os pacientes atendidos, externose moradores, são encaminhadospela regulação para o tratamento deferidas crônicas, que na maioria dasvezes demandam mais tempo paraa cicatrização. O primeiro atendi-mento é agendado pela regulação e,a partir de então, passa a ser feitopela unidade, de acordo com a de-manda do paciente.Morador de Trindade, EurípedesPires de Moreira, 61, vai ao HDS Eurípedes Pires recebe tratamento da técnica de enfermagem Adriana Santanatrês vezes por semana para os cui-dados com os curativos. “Quando A diretora técnica do HDS, Mô- – Sistema Único de Saúde. nica Ribeiro, explica que todo o am- “A nossa preocupação é cuidarcheguei, há sete meses, o meu esta- biente foi reformado e reestrutura- do para oferecer mais conforto aos da saúde geral do paciente, comdo era bem grave. Eu estava quase pacientes, melhorar as condições de orientações para tratar não apenas trabalho dos colaboradores e, tam- as feridas, mas também a doençaperdendo as duas pernas, devido à bém, para atender todas as normas como um todo. Por isso, contamos da vigilância sanitária. Além disso, com médicos experientes nesse tipohanseníase. Em seis meses, percebi segundo a diretora, o ambulatório de atendimento e investimos na me- de feridas conta com insumos de lhoria desta estrutura, que é difíciluma evolução muito positiva, pra- maior tecnologia e qualidade, que ser encontrada para serviços como dificilmente são encontrados em esse, devido aos resultados lentos eticamente 100% de melhora”, diz. outros serviços oferecidos pelo SUS demorados”, destaca Mônica.O trabalhador autônomo percorre O sapateiro Edvaldo Quintino,mais de 30 quilômetros para rece-ber atendimento no HDS e garante:“venho satisfeito. O atendimentoaqui é muito bom, é o local onde en-contrei minha recuperação”.32 REVISTA AGIR

42, é paciente do HDS há um ano e oito técnicas de enfermagem e uma cuidados com a ferida, como a im-acompanhou toda a mudança com a enfermeira, por dia. Além da estru- portância da limpeza, alimentação,reforma do ambulatório de feridas. tura do consultório médico e en- controle da pressão, diabetes, entre“Eu trato a minha perna (úlcera va- fermagem, é oferecido suporte da outras recomendações”, esclarece aricosa) há 10 anos e, nesse tempo, já equipe multiprofissional, que inclui diretora técnica.passei por muitas unidades de saú- fisioterapeuta, nutricionista, psicó-de. Há um ano eu venho dia sim, loga e serviço social. AMBULATÓRIO MÉDICOdia não no HDS e vejo o tratamentodiferenciado. A estrutura de traba- Para que o paciente conheça O ambulatório médico do HDSlho aqui é muito boa”, elogia. mais sobre sua respectiva doença, também foi reformado e ampliado, e tenha mais controle e cuidados em 2014. O espaço conta com oito Eurípedes e Edvaldo são dois adequados, o HDS realiza cursos consultórios que atendem as espe-dos 65 pacientes que, em média, que envolvem toda a equipe médica cialidades de endocrinologia, der-diariamente recebem algum aten- e multiprofissional com encontros matologia, ortopedia, psiquiatria,dimento. O ambulatório de feridas semanais e duração de seis sema- geriatria, oftalmologia, cardiologia ecrônicas funciona todos os dias da nas. O primeiro aconteceu em julho cirurgia geral. Em outro consultóriosemana, das 7h às 19h, com horá- de 2014. “Os cursos abordam todos funciona o atendimento odontológi-rio agendado, com uma equipe de os aspectos referentes à doença e os co, com duas estações de trabalho. REVISTA AGIR 33

PESQUISA CRER avança na área de ensino e pesquisa Profissionais da Instituição lançam publicação científica sobre reabilitação e paralisia cerebralÉ missão do CRER, Todos os programas são reconhe- os procedimentos adotados no dia a cidos e credenciados pelo Ministé- dia de cada um dos profissionais dadesde sua fundação, oferecer ex- rio da Educação (MEC). O hospital área, no que tange à reabilitação e também realiza eventos científicos readaptação. O livro partiu da idea-celência no atendimento à pessoa anuais, desde o primeiro ano de lização do médico ortopedista e su- atividades, em 2002, além de cursos perintendente executivo da AGIR,com deficiência, fundamentado no de aperfeiçoamento profissional e Sérgio Daher, e da médica fisiatra especialização médica. Ângela Maria Costa de Souza, doensino e pesquisa. Como reconheci- CRER. Como Hospital de Ensino, omento deste trabalho, a instituição é CRER busca cada vez mais imple- A obra tem o propósito de ser um mentar as atividades de formação e instrumento de consulta para pro-certificada como Hospital de Ensino de pesquisa e, principalmente, pro- fissionais da área multiprofissional, mover o conhecimento por meio de no sentido de assessorá-los no trata-pelos Ministérios da Saúde e Educa- publicações científicas. O livro Rea- mento individualizado do paciente bilitação - Paralisia Cerebral, dividido com paralisia cerebral. Também pre-ção, conforme a portaria nº 1.687, de em 44 capítulos, conta com reflexões tende auxiliar na formação e capaci- dos profissionais da área multipro- tação dos diferentes profissionais12 de agosto de 2014. fissional do CRER, composta por de reabilitação, ao mesmo tempo médicos, terapeutas e técnicos com em que busca estimular a produçãoPara tanto, vários requisitos fo- formação variada na área da saúde, científica na área. e também de outros estudiosos daram analisados pela comissão de área reconhecidos em todo o País. O livro, publicado pela editora Cânone/ janeiro de 2015, será lança-Certificação, sobretudo a existência Reabilitação - Paralisia Cerebral do no dia 29 de abril de 2015, às 19h, contempla temas básicos relaciona- no auditório Valéria Perillo (CRER)de estagiários de diferentes cursos dos à paralisia cerebral e às várias com a presença de autores, estudio- dimensões em que se desdobram sos da área e acadêmicos.da área de Saúde, residência médica,publicações científicas, instalações eequipamentos e, ainda, o número deprofissionais titulados com especia-lização, mestrado e doutorado.O CRER oferece programas deresidência médica em MedicinaFísica e Reabilitação (Fisiatria), Ra-diologia e Diagnóstico por Imagem,Anestesiologia, Otorrinolaringo-logia e área Multiprofissional emSaúde Funcional e Reabilitação.34 REVISTA AGIR

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PERFIL DO COLABORADOR“O trabalho em equipe resulta em tratamento de qualidade para os pacientes”S ervidora efetiva da Se- investimentos feitos na estrutura ge- de Bárbara, como resultado da ges- ral da antiga Colônia Santa Marta. tão da AGIR no HDS é a implanta-cretaria Estadual de Saúde, Bárbara “No que diz respeito à Farmácia, por ção de comissões específicas como aPosse é farmacêutica e trabalha no exemplo, foi feita a regularização, de Controle de Infecção Hospitalar,HDS – Hospital de Dermatologia informatização do estoque e pro- Núcleo de Segurança do PacienteSanitária e Reabilitação Santa Marta gramação para abastecimento, de e Gerenciamento de Resíduos Sóli-desde dezembro de 2010. Três anos modo que o paciente não fique sem dos, das quais ela faz parte, dentredepois, no final de 2013, a unida- os medicamentos necessários”, ex- outras.de teve a gestão transferida para a plica. A farmácia, segundo Bárbara,AGIR, que assumiu o gerenciamen- abastece com medicamentos apenas “A participação de todos os pro-to, operacionalização e a execução os 25 moradores do HDS e fornece fissionais nessas comissões é muitodas ações e serviços do HDS. todos os insumos necessários para o positiva, porque permite o trabalho atendimento de procedimentos rea- interdisciplinar e ações em conjunto “Tivemos um grande receio de lizados nos ambulatórios e ginásios. que refletem diretamente na quali-como seria o tratamento com os ser- dade do atendimento prestado aosvidores que já trabalhavam no HDS, Outro ponto positivo, na opinião nossos pacientes”, declara Bárbara.mas com o tempo fomos perceben-do que o interesse não era dispensar REVISTA AGIR 37ninguém e, sim, somar. Sentimos,desde o início, que houve um gran-de respeito com relação aos servido-res”, diz Bárbara. A principal preocupação e inter-venção da AGIR, após o diagnósticoinicial, foi referente à reorganizaçãoadministrativa do ponto de vistade recursos humanos. À época, osuperintendente administrativo daAGIR garantiu que todos os servi-dores interessados seriam mantidose uma relação de respeito, compro-metimento e profissionalismo foiestabelecida. Bárbara é uma dos 187 servidorespúblicos que trabalham atualmenteno HDS e somam com os 123 colabo-radores celetistas da AGIR para ofe-recer aos pacientes um tratamentode qualidade. “O objetivo de todosé atender bem os pacientes, por issoo trabalho em equipe é imprescindí-vel”, considera. A farmacêutica destaca ainda os

AGENDA Parcerias Novembro de 2014 a Janeiro de 2015Abril >>>Lançamento do Livro Academia Su Beauty de Cabelereiros Junior Achievement Goiás“Reabilitação - Paralisia Cerebral”Data: 29 de abril de 2015 Adalto Bento Leal Kinderen FestHorário: 19hLocal: Auditório Valéria Perillo - CRER AGEM - Associação Goiana de Esclerose Lagoa Thermas ParqueInformações: 62 3232-3082 Múltipla Livraria Nobel17º Congresso Brasileiro de Medicina eCirurgia do Tornozelo e Pé AMP Propaganda Los PiccolosData: 30 de abril a 02 de maio de 2015Local: Minascentro - Belo Horizonte - MG Associação dos Lojistas do Buriti McDonald’s FlamboyantInformações:(35) [email protected] Shopping Ministério da SaúdeMaio >>> Baiano Folhagens Ministério Público de GoiásHospitalar 201522ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Belcar Veículos Musical RorizServiços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios,Farmácias, Clínicas e Consultórios. Casas Goianita Nilton Pinto e Tom CarvalhoData: 19 a 22 de maio de 2015Local: Expo Center Norte – São Paulo – SP Catral OVG – Organização das Voluntárias deInformações: www.hospitalar.com Ceasa GoiásSetembro >>>I FEAD CRER CESAM – Centro Salesiano do Menor Paz Universal Serviços PóstumosFestival de Esporte Adaptado do CRERData: 19 de setembro de 2015 Cevel PiracanjubaLocal: Clube da Saneago – Goiânia – GOInformações: (62) 3232-3138 Cical Pousada dos Pirineus Cicopal Quick Logística Ltda Coca-Cola Refrescos Bandeirantes Saga France – Citroen Coletando Sorrisos Saneago Cristália Prod. Quim. Farmacêuticos Santarém Bar e Restaurante Espaço Feminino La Rosé Secretaria Estadual de Saúde Espaço Harmonia Shopping Flamboyant Festa com Ideia Sicmol FIMTPODER Sintonia Filmes Fraldas Kisses Snow Bowling Grupo Cicopal Spa Jaó Grupo Coletando Sorrisos SSA – São Salvador Alimentos Gustavo Rocchi Tom Chris Hot Park Tudo Chevrolet Instituto Olhos da Alma Sã Unicom Shopping da Saúde IQG - Instituto Qualisa de Gestão Unimed Goiânia Irmãos Soares Wesley Amaral Jaepel Papéis e Embalagens Zema Indústria Metalúrgica38 REVISTA AGIR

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