CONDO R O SEU DIÁRIO DE BORDO FAVORITO EDUCACIONAL MAGAZNE EDIÇÃO ESPECIAL EDUCAÇÃO E SOCIEDADE 2022
AOS LEITORES A presente revista apresenta a intenção de ser EQUIPE: um diário de bordo a respeito da experiência estudantil, docente e vinculada ao estágio que as aulas supracitadas anteriormente apresentaram nesse semestre. Com vias a contemplar a disciplina de Frente a isso, predispõe-se a fala de Emília projeto integrador, vinculado a relação Ferreira a respeito do Espirito escolar e que educacional e social, o presente trabalho resume a nossa intencionalidade: apresenta a premissa de historicizar os acontecimentos do presente e para isso Uma newsletter é uma publicação distribuída comporta em sua confecção os seguintes regularmente que geralmente trata de um tópico de integrantes: interesse central para seus assinantes. Os jornais e folhetos são tipos de newsletters. As newsletters são AMANDA MELO; distribuídas, por exemplo, nas escolas, para informar FÁBIO MELO; os pais sobre o que acontece naquela escola. Newsletters são publicadas por clubes, igrejas, GIULIA MULLE; sociedades, associações e negócios — especialmente MARILIA VIEIRA ;e empresas — para fornecer informações de interesse a YASMIN LONDE . membros, clientes ou funcionários. A definição do Google de newsletter é: \"um boletim emitido periodicamente aos membros de uma sociedade, Esses foram os responsáveis pela formação negócio ou organização. Newsletters distribuídas estrutural da revista \"o condor\". eletronicamente, via e-mail (e-newsletters), ganharam rápida aceitação pelas mesmas razões que o e-mail ganhou popularidade sobre a correspondência impressa. Algumas newsletters são criadas como empreendimentos lucrativos e são vendidas diretamente aos assinantes. O envio de newsletters para clientes e prospectos é uma estratégia de marketing comum que pode ter vantagens e desvantagens. As organizações públicas emitem newsletters a fim de melhorar ou preservar sua reputação na sociedade. Atributos gerais das newsletters incluem notícias.
ÍNDICE QUESTÕES ESTRUTURAIS E HISTÓRICAS ................................................................7 PROPOSTA INTERVENTIVA EM SALA............................................................................14 ENTREVISTAS.................................................................................................................................19 REDAÇÕES E CARTAZES ......................................................................................................23 VAMOS MUDAR O MUNDO...................................................32 VOCÊ LEMBROU DE MIM.......................................................33 APRENDI EM CASA.....................................................................34 EDUCAÇÃO E SOCIEDADE..................................................36 RACISMO...........................................................................................37 DESIGUALDADE SOCIAL.......................................................38 QUESTÃO DE GÊNERO..........................................................39
LUZ, CÂMERA, AÇÃO ....................................................................................43 O CINEMA E A HISTÓRIA ............................................................................44 UM MÉTODO TRADICIONAL......................................................................45 LEGISLAÇÃO ......................................................................................................46 SELEÇÃO E CONEXÃO ................................................................................47 EM CAMPO ...........................................................................................................49 REFLEXOS...................................................53 ENTREVISTAS..............................................55 CONSIDERAÇÕES.......................................57 PROFESSORAS.............................................58 CONCEITUAÇÃO...........................................63 PRÉ-PANDEMIA............................................64 ESCOLA NA PANDEMIA..........................65
EDUCAÇÃO inclusiva Na sala De AULA
UM Dever Um direito UMA responsabilidade
A Questão By PcD nas Yasmin Londe escolas PcD é a sigla que remete às Pessoas com Deficiência É claro que a questão seja ela física, visual, auditiva ou intelectual, vindo com relação a tratativa como uma forma de substituir termos como PcD apresentou um inválido ou PNE (Portador de necessidades avanço e muitas melhoras especiais) com vias a desnaturalizar posturas ao logo do tempo, no capacititas (que limitam as capacidades das pessoas entanto permanecer nelas com deficiência mediante um olhar de sem ver e lutar por novas superioridade em relação a ela) e, portanto, conquistas é tornar os discriminatórias. métodos de inclusão A partir disso, cabe evidenciar que hoje em dia obsoletos em detrimento existem várias políticas públicas que visam dar as novas demandas e aporte aos PcD no processo de inclusão no lócus necessidades que vem social, todavia ainda é bastante recorrente as surgindo. questões de preconceito, exclusão, maus-tratos e humilhações vinculadas a eles. Nesse sentido, nos \"A única deficiência que conheço deparamos com a manifestação da pior das é o preconceito, o resto são deficiências, a moral. diferenças\" Jean Pereira 7
CURIOSIDADES Newsletter \"o condor\" edição limitada Algumas expressões EVOLUÇÃO TERMINOLÓGICA Capacitistas: DOS PCD”S NO BRASIL: 1.Retardado; 1.Década de 60: Incapacitado, invalido, defeituoso 2.2. Demente; e excepcional; 3.Dar mancada; 2.Década de 80:Pessoa deficiente, usando a deficiência não como um aspecto, mas sim como 4.Você está surdo? uma qualificação do indivíduo; 5. “Você não parece um autista” 3.Década de 90: PNE: Pessoa portadora de 6.“achei que você era normal” Deficiência, tratando deficiência como um acessório e não como uma condição da pessoa 7.Lesado 4.1994: Declaração de Salamanca institui o PcD, 8.Doente mental colocando a pessoa em evidencia e não a deficiência. Com essa breve explanação podemos perceber que 9.Aleijadinho os termos capacitistas que ainda hoje usamos de 10. Defeituoso forma recorrente, advém de uma tradição cultural e terminológica. Também, cabe evidenciar que a PARA MAIS INFORMAÇÕES evolução dos termos se deve as mudanças sociais e SOBREA SIGLA PCD, de estrutura da mentalidade das pessoas sobre os assuntos. ACESSE O QR CODE ABAIXO: 8
Processo histórico da tratativa PcD e da inclusão Hoje sabemos que todas as políticas públicas Curiosidade: favoráveis a causa, são conquistas oriundas de Em Roma existiam leis que movFiOmT OenDtEoMsA RsoT IcNiaOiSsI,L VpEaI RrtAindo assim de uma ação permitiam o afogamento, política e cultural que se sustenta nos direitos abandono ou a exploração de humanos. deficientes como objeto de Porém nem sempre se houve uma preocupação em entretenimento na corte ou acolher as Pessoas com Deficiência. Os Qr-codes acima enfatizam tanto a trajetória histórica dos nos circos. PcD’s como também as adaptações e tratativas em cada período Histórico que vai das atitudes greco- romanas de rejeição de crianças deficientes que Informações detalhadas sobre a foram abandonadas ou sacrificadas, da perspectiva trajetória histórica: da deficiência como uma maldição divina na Idade Média, a medida que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus fazendo dos deficientes http://www.ampid.org.br/ampid/Artig objeto de opróbrio e ridicularização, até a negação os/PD_Historia.p na idade moderna e na elaboração de debates e medidas de inserção dos PcD na sociedade (elaboração de códigos para a comunicação de http://coral.ufsm.br/edu.especial.pos/ surdos no século XVIII e a preocupação com os unidadeA_fund.html mutilados de guerra e com políticas de inclusão e atendimento aos PcD) na contemporaneidade. 9
ALGUMAS DECLARAÇÕES INTERNACIONAIS IMPORTANTES DAS QUAIS BR É SIGNATÁRIO: Fora os direitos humanos, que vem para conceder Para mais informações deixamos o direitos a todos os homens e mulheres independente QR-CODE a seguir: O 10 Informa da cor, nacionalidade, cultura, sexualidade, idioma e um pouco mais sobre os rudimentos religião e da qual o Brasil é signatário, existem p outras da definição de deficiente pela ONU, declarações internacionais que auxiliam no processo já o 20 faz um debate sobre a mesma. de inclusão e respeito aos PcD no lócus social. Essas convenções normalmente estão associadas a ONU, antes de adentrarmos a elas é de suma importância entender o conceito de deficiência MAIS SOBRE DEFINIÇÃO DA ONU estabelecida por essa entidade: “Definição da ONU “Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.” (MPPR, s.d.) 10
1. CONVENÇÃO DE GUATEMALA: Também denominada de convenção interamericana , foi realizada no ano de 2001 na Guatemala, tendo por defesa colocar fim a toda forma de discriminação contra o PcD e promover a integração destes na sociedade. Sua finalidade é reiterar que Pessoas com Deficiencia também são dotadas de liberdade, direito a vida, à dignidade e a igualdade, tendo o direito de não se submeterem a qualquer tipo de discriminação. a. Art. 1. Inciso 2, parte a: o termo “discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência” significa toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, antecedente de deficiência, conseqüência de deficiência anterior ou percepção de deficiência presente ou passada, que tenha o efeito ou propósito de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício por parte das pessoas portadoras de deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais. 2. CONVENÇÃO SOBRE O DIREITO DE PESSOAS DEFICIENTES: Assinada em 2007 e decretada em 2009, na cidade norte americana de Nova York, essa convenção reitera ao valores de igualdade, direitos inalienáveis e dignidade como fundamento da justiça e liberdade em termos globais. Proclama as premissas dos direitos humanos ao declara que todas as pessoas são dotadas dos direitos estabelecidos por tal carta independente das suas distinções. Essa convenção realiza uma série de “reconhecimentos” que vão desde reconhecimento a diversidade dos PcD até a importância de acessibilidades e demais políticas públicas. 11
3. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: A declaração de Salamanca ( Espanha), como parte do debate de educação inclusiva com a conferência mundial de educação especial, defende no ano de 1994 a promoção de diretrizes para a elaboração de politicas publicas que beneficiem a propagação de uma educação social e inclusiva. Assim, tem em seu bojo a defesa ao direito à aprendizagem e a essencialidade de todas as escolas se adaptarem as necessidades dos alunos para a existência de uma educação efetiva MAIS INFOMAÇÕES SOBRE AS DECLARAÇÕES DA ONU NO SITE: https://ampid.org.br/site 2020/onu-pessoa- deficiencia/ 4. DECLARAÇÃO DE JOMTIEN: Essa declaração em especifico não foi financiada pela ONU e si pela Unesco, na cidade tailandesa de Jomtien. Ela faz parte declaração mundial sobre educação para todos e plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem e ao lado da declaração de Salamanca faz parte de uma das mais importantes declarações sobre educação inclusiva. Foi realizada em 1990 e oferece novas abordagens a respeito daquilo que vem a ser o sustentáculo da educação como o objetivo de estabelecer mundialmente caminhos para todas as pessoas obterem o conhecimento básico para possuírem uma vida digna e justa, pregando assim uma educação para todos. 12
os pilares da educação da unesco 1. APRENDER A CONHECER REFERE-SE AO PROCESSO DE DESCOBERTA, ABERTURA E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO; 2. APRENDER A FAZER RELACIONA-SE AO ASPECTO DE SE FAZER ESCOLHAS, CRITICAS E NO PROCESSO ANALÍTICO DO ENTORNO E DAS ATIVIDADES; 3. APRENDER A CONVIVER VINCULA-SE AO RESPEITO AS DIFERENÇAS, OU SEJA, A ADESÃO À DIVERSIDADE; 4. APRENDER A SER ESTÁ ASSOCIADO A FORMAÇÃO ÉTICA, MORAL, SOCIAL E DE CONDUTA DE CADA ESTUDANTE. ESSES SÃO PRINCÍPIOS NORTEADORES DO TRABALHO DE UM PROFESSOR, LEMBRANDO QUE A INCLUSÃO É UM DEVER DE TODOS E ISSO DEVE SER TRABALHADO EM SALA DE AULA COMO PRESCRITO NA BNCC. 13
PROPOSTA INTERVENTIVA Frente a tudo que foi explicitado, de ensino, se esquecendo que a como fruto de um incomodo questão da aprendizagem é muito oriundo da minha experiência como mais do que apenas estar dentro estagiária de história da prefeitura e da sala de aula; a falta de da rede estadual de ensino em São adaptação até mesmo das provas Paulo, foi possível notar a externas é chocante e conduz ao divergência de tratativa entre as professor um desdobramento duas instancias, bem como desproporcional para atender as visualizar uma série de conquistas e necessidades que não cabem a ele de problemáticas relativas à questão em tais circunstancias. PcD. Somado a isso, por uma série de Partindo desse ponto, é necessário motivações, tais como o notarmos que por mais que despreparo acadêmico, uma carga legislativamente a causa de inclusão horaria de serviço exacerbada- tenha ganho muito respaldo e o tendo em vista que a maioria dos debate social a respeito da professores para garantirem a necessidade de uma educação de manutenção de seus lares e de qualidade como um direito para suas necessidades apresentam todos independente das nossas vínculos empregatícios em 2 ou 3 diferenças estejam ganhando escolas diferentes tanto da rede bastante espaço nos últimos anos, pública quanto privada- além de ainda sim se nota uma série de uma série de burocracias, se vê barreiras em relação a prática de majoritariamente uma realidade ensino-aprendizagem dentro da que não integra esses e outros estrutura escolar, bem como alunos com dificuldades no disparidades ideológicas sobre o processo de aprendizagem, pois assunto. com uma série de obrigações se Nesse tempo pude observar o torna extremamente difícil quanto o próprio sistema mesmo preparar atividades especificas pregando práticas de inclusão, para esses alunos. acredita ser essa somente em Nesse aspecto, encontrados a termos de acessibilidade física ao margem de questões e espaço circunstancias das quais pouco 14 p o d e m i n f l u i r , m u i t o s a d o t a m a
política do amor e carinho na ver isso observado no gráfico e tratativa com esses alunos, outros nas afirmativas a seguir de fingem não os ver como forma de professores formados que negar a sua responsabilidade como responderam algumas questões professor naquele ambiente e alguns via google forms: outros esgotados acabam adotando uma política arbitrária dando qualquer atividade para que essas crianças possam matar o tempo. Em tais termos, por mais que a educação inclusiva seja dotada de conquistas e seja uma alcunha A partir de tal percepção foi possível adotar uma proposta extremamente em voga, ainda se interventiva mínima de baixo para cima, realizando uma apercebe a realidade de exclusão conversa com os alunos a respeito da inclusão em sala de aula. dessas crianças e jovens em sala de Antes de atentarmos nessa proposta, cabe lembrar que há aula, que ficam em suas carteiras, uma grande diferença entre Educação inclusiva e especial, em silencio e muitas vezes só tendo assim nossa intervenção não se pauta na educação especializada, a companhia corriqueira e fugaz do mas na premissa de inclusão social, física, individual e de professor (Quando essa saberes dentro de sala de aula. Partindo desse princípio, foi possibilidade existe). realizado debates com os 7 anos A, B, C e 8 A, B,C,D sobre a Esse é verdadeiramente um assunto inclusão, a partir da animação latino-americana cuerdas. complicado e é extremamente difícil A pequena metragem foi apresentada em sala de aula, e conceder respostas, caminhos ou posteriormente foi realizado uma conversar com as turmas sobre a soluções para uma inclusão que se animação e sobre suas impressões a respeito da inclusão dentro de predispõe apenas de fachada, como sala. uma forma de mostrar “ele está 15 aqui”, mas sem se preocupar com seu desenvolvimento primordialmente social em sala de aula, à medida que uma das premissas basilares da psicologia da educação é que o indivíduo aprende com o meio. Também como outrora elucidado, um dos problemas evidenciados em pesquisas que fizemos é que somente a formação academia não nos auxilia a sermos aptos a lecionar aos alunos PcD, podendo
Houve uma interação muito legal e para eles, pois isso só vai te também uma maior receptividade em relação a temática e em relação atrapalhar no fim das contas” aos colegas com autismo em sala de aula. Frente ao exposto, o Oficio do A partir do debate duas propostas foram realizadas: aos 8 anos uma historiador não se limitar as redação a respeito \"do que eles fariam para promover a inclusão\"; meras sentenças maniqueístas, quais os caminhos de se incluir alunos PcD dentro de sala de aula\" ambos os aconselhamentos que e aos 7 anos, por conta das defasagens oriundas da pandemia, a ouvi se provaram verdadeiros, realização de cartazes sobre a “importância da inclusão e como visto que existem casos das quais posso promove-la?” ( 7a);se “existe educação inclusiva na minha escola? não seremos capazes de influir, O que posso fazer para incluir?” (7b) e \" caminhos para se combater mas que frente a isso, não o preconceito contra os PcD\" Após essa pequena intervenção foi devemos nos impor como possível notar uma mudança de atitude nas turmas em relação aos barreiras para esses alunos. seus colegas, bem como um olhar mais empático. Além do mais, mesmo com as Nesse sentido, gostaria de lembrar dois aconselhamentos que ouvi no múltiplas problemáticas que a início do meu estágio: “se você não consolidar um docência vem encontrado como relacionamento com seus alunos, você jamais vai ser capaz de transformar profissão nos últimos anos, algo suas vidas” e que “os alunos reconhecem quando nos importamos que a torna um oficio ou não com ele se isso pode ser usado contra você, assim não consolide uma desencorajador, pude perceber educação bancaria, mas também não se deixe levar. Equilíbrio nessa que isso depende de que tipo de profissão é tudo, se por um lado não seremos os grandes heróis, por outro pessoa você é e o quanto gosta de não tente se fazer um grande vilão ser desafiado. Em tais termos, vivemos debaixo de uma educação intensamente crítica e que também se torna reprodutora de críticas as estruturas superiores a si (macro e micro hierarquias), algo que não é um erro, mas que pode sê-lo se ao invés de você ver as potencialidades dos alunos por trás da mera qualificação da nota e de tentar ver como você enquanto indivíduo pode contribuir para que haja uma melhora no processo educacional, ficar meramente no campo da cobrança e da crítica permanecendo de braços cruzados. Nesse tempo, infelizmente vejo 16
que muitos com justificativas escola especial somente para plausíveis ou não, decidiram sentar crianças com deficiência, assim e apenas observar as crises que a como mostra a curta metragem, e educação vem passando, mas mesmo com uma fala de também pude observar aqueles que intervenção a respeito da se dispuseram, mesmo em tal caos, aprendizagem como um elemento permanecer fazendo a diferença. oriundo das consciências sociais, Muitos estudantes no processo de alguns alunos persistiram na debate mostraram sua percepção a premissa de que é melhor para a respeito de sua escola, a qual possui integridade moral e de todo um aparato de inclusão e de desenvolvimento de seus colegas ensino especializado como todas as se houvessem escolas que só escolas da rede municipal, mas que pessoas como eles pudessem não apresenta nenhum traquejo frequentar a fim de promover social com alunos PcD, deixando-os melhor seu desenvolvimento relegados a sala de aula ou aos social. corredores da escola. Nesse sentido, abarcam em suas Também os próprios alunos viram falas uma discussão que há anos que sua conduta é de promover a tem tomado forma no pensamento segregação ao não se aproximarem de inclusão de vários dos alunos com autismo e demais idealizadores da educação e da deficiências e revelaram terem medo escolarização. de fazer contando, mostrando a Posto isso, vê-se uma série de falta de intervenção e de orientação conquistas à causa PcD, mas da parte de especialistas a essas devemos ver que isso não é crianças sobre como devem suficiente para incluir e que proceder e quais são os caminhos existe a necessidade de uma nova para interagir. tratativa em relação a esses Além disso, alguns alunos com alunos. baixo ou médio grau de autismo se manifestaram sobre o assunto, Para acessar respostas do dizendo que muitas vezes se sentem questionário forms, acesse como um nada na sala de aula e demonstram como é desfavorável o o Qr-code ambiente escolar e o quanto a aceitação a diversidade é algo 17 somente Real no papel. Frente a tais experiências, muitos alunos se puseram favoráveis à uma
direitos iguais para todos!
ENTREVISTA Prof. Márcia Feitosa 2. Quais foram os avanços no Brasil, e em especial no estado de São 1. O que você acreditar ser um Paulo, sobre a tratativa da educação aluno de inclusão? inclusiva e especial nos últimos anos? Com base na bibliografia a seguir, vemos que: \"A Para fazer a inclusão de verdade e perspectiva inclusiva que direciona todo o ensino no garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso nosso país, visa a garantia do direito ao ensino a fortalecer a formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, qualquer pessoa, sem discriminação ou segregação docentes, gestores escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as independente de suas condições sociais, de saúde ou crianças com Necessidades Educacionais Especiais. No Brasil, a regulamentação econômicas. Esta ideia vem no sentido de garantir que mais recente que norteia a organização do sistema educacional é o Plano Nacional grupos historicamente privados do acesso à escola de Educação (PNE 2011-2020). Esse documento, entre outras metas e possam também frequentar qualquer modalidade de propostas inclusivas, estabelece a nova função da Educação especial como ensino. Sendo assim, quando se fala em aluno de modalidade de ensino que perpassa todos os segmentos da escolarização (da inclusão, é preciso pensar em criar estratégias de ensino Educação Infantil ao ensino superior); realiza o atendimento educacional para todos os alunos da escola. Os alunos com especializado (AEE); disponibiliza os serviços e recursos próprios do AEE e deficiência e os com Transtorno do Déficit de Atenção e orienta os alunos e seus professores quanto à sua utilização nas turmas Hiperatividade (TDAH) muitas vezes precisam de comuns do ensino regular. O PNE considera público alvo da Educação adaptações específicas, mas também alunos com especial na perspectiva da Educação inclusiva, educandos com deficiência condições socioeconômicas precárias ou alunos que (intelectual, física, auditiva, visual e múltipla), transtorno global do vivem na zona rural precisam de algumas adequações, desenvolvimento (TGD) e altas habilidades. por exemplo...Sendo assim, todos os alunos são de https://novaescola.org.br/conteudo/554/ os-desafios-da-educacao-inclusiva-foco- inclusão, ou seja, todo aluno deve ser acolhido na escola nas-redes-de-apoio/ respeitando-se suas singularidades de vida e na forma de aprender.\" https://tonainclusao.com.br/artigos/existe-aluno- inclusao/ Partindo desse pressuposto, acredito que todos os alunos devem ser incluídos no processo escolar, dentro de suas especificidades. O que acontece é que temos alunos com necessidades educacionais especiais (NEE), onde as instituições devem oferecer um atendimento especializado, com profissionais especializados, bem como os espaços dentro da UE que favoreçam esse aprendizado. 19
cont. 3. Quais as diferenças legislativas e de aplicação do processo de inclusão dentro das escolas estaduais e da prefeitura? Estado de SP: A Secretaria da Educação Prefeitura de SP: De acordo com o de São Paulo (Seduc-SP) elaborou Art. 3º da Portaria SME Nº 8.764 de documento que consolida o compromisso 23 de dezembro de 2016 (Link para do acesso, permanência e participação de um novo sítio), “os educandos e todos os estudantes do ensino regular, educandas público-alvo da Educação sem exceção, à educação de qualidade em Especial serão matriculados nas todo o Estado. A Política de Educação classes comuns e terão assegurada a Especial (PEE-SP) objetiva apresentar e oferta do Atendimento Educacional aprimorar os serviços de apoio à inclusão Especializado – AEE”. dos estudantes elegíveis aos serviços, além São considerados como público-alvo de projetar São Paulo rumo à realização da educação especial os educandos e do Desenvolvimento Sustentável (ODS) educandas com deficiência, da ONU (Organização das Nações Unidas) transtornos globais do e às metas previstas no Plano Estadual da desenvolvimento e altas habilidades Educação. ou superdotação. (Art. 2º) De forma geral, os itens asseguram a Serviços de Educação Especial educação inclusiva de qualidade, a 1.Centro de Formação e promoção de oportunidades de Acompanhamento à Inclusão – aprendizagem para todos, a CEFAI universalização do acesso à educação 2.Salas de Recursos Multifuncionais básica e ao Atendimento Educacional – SRM: Especializado (AEE) a estudantes com 3.Professores de Atendimento deficiência, Transtornos Globais do Educacional Especializado – Desenvolvimento (TGD), Transtorno do PAEE: Espectro Autista (TEA) e altas 4.Professor de Apoio e habilidades ou superdotação. Atualmente, Acompanhamento à Inclusão – a rede estadual atende 65,9 mil estudantes PAAI: na Educação Especial. 5.Auxiliar de Vida Escolar – AVE: Conduzido de forma colaborativa e 6. Estagiário participativa pelo Departamento de 7.Instituições Conveniadas de Modalidades Educacionais e Atendimento Educação Especial: Especializado (Demod), da Coordenadoria 8.Educação para Surdos: Pedagógica (Coped), o trabalho é resultado de contribuições variadas. Sou educadora da rede estadual e municipal de São Paulo, e, em relação Entre elas, de estudantes, familiares, a essa questão, vejo uma ação “mais efetiva”, dentro do atual contexto, na profissionais da educação, especialistas de rede municipal de ensino, do que na rede estadual. Lembrando que essa universidades públicas, sociedade civil, ação, dentro do que é ideal, ainda deixa muito a desejar. de associações e órgãos dedicados à pasta. 20
cont. 4. Quais os maiores entraves para a efetivação da educação inclusiva dentro da sala de Aula? \"A fim de exercer a inclusão, de fato, e garantir o Para mais informações, acesse: aprendizado de todos os alunos na escola, é necessário, primeiramente, fortalecer a formação https://blog.estudesemfronteiras.com/a- do corpo docente e incentivar uma grande rede de educacao-inclusiva-e-seus-desafios-na-sala- apoio entre alunos, professores, famílias, gestores de- escolares e profissionais de saúde que são aula/#:~:text=Os%20desafios%20da%20edu responsáveis pelas crianças com necessidades ca%C3%A7%C3%A3o%20inclusiva&text=T educacionais especiais.\" ais%20adversidades%20est%C3%A3o%20rel acionadas%20a,defici%C3%AAncia%20e%2 0necessidades%20educacionais%20especiais São muitos os entraves para a efetivação da Márcia Feitosa é professora educação inclusiva dentro da sala de aula. da rede publica tanto do Falta de professores especializados, material estado e da prefeitura, de apoio, professores auxiliares, afinal, todos lecionando aulas de história os alunos devem ser inclusos no processo de há anos. Sua perspectiva a aprendizagem, e sabemos o quão uma sala de respeito de inclusão nas duas aula é diversificada, suas especificidades. São redes é de suma importância poucos os momentos de formação que temos, para compreendermos a em relação a essa questão. Muitas famílias não tratativa burocrática e legal procuram as unidades de saúde, um serviço existente na educação especializado, de modo a saber o real publica brasileira. diagnóstico de seu filho. Enfim, atualmente, não vejo um efetivo processo, no que diz respeito as questões de educação inclusiva. Sabemos que a comunidade escolar, por muitas vezes, e pelo fato até de ser despreparada em relação a essa questão, age com preconceito, além do que, a infraestrutura escolar muitas vezes não atende às especificidades da educação inclusiva. 21
Um pouco mais sobre EDUCAÇÃO ESPECIAL professora EDINEIDE CARVALHO Formada em pedagogia, psicopedagogia, No processo de pandemia ela especialista em inclusão e cursando ABA (analista do comportamento aplicado) e também acompanhou psicologia, a professora Edi atua desde o ano de 2018 como PAEE da escola da ativamente seus alunos pelas prefeitura. Ela foi convidada a adentrar ao posto de redes e mídias sociais AEE após um trabalho de inclusão e e realizou o envio de atividades desenvolvimento com uma aluno do fundamental I. constantes para serem feitos em casa, se Atualmente ele atende 23 alunos da rede publica e possui um consultório próprio disponibilizando para atende-los e auxiliar os alunos e suas famílias por via WhatsApp . todas as suas práticas de ensino são influenciadas em grandes desenvolvedores de atividades voltadas de atendimento psicológico na região de a i n c l u s ã o e e s p e c i a l i z a ç ã o , s e n d o u m Cajamar. dele Rafael Plinio, Renata Jardine e A mesma tem uma vasta bagagem advinda C a r i n a B l a n c o . dos cursos de psicopedagogia, P a r a c o n h e c e r m a i s s o b r e a p r o f e s s o r a e psicomotricidade e em TEA, além de estar a s a t i v i d a d e s d e s e n v o l v i d a s p o r e l a , em constante formação para atender as a c e s s e o b l o g d a e s c o l a d i s p o n í v e l n o demandas de seus alunos. Qr-code a seguir, na sessão aprendendo Assim, ela adere com os alunos o seu c o m a s d i f e r e n ç a s : desenvolvimento biopsicossocial em uma sala própria, a qual se utiliza de jogos, brincadeiras e outras comunicações alternativas sensoriais e imagéticas para chamar a atenção e consolidar a desenvoltura dos alunos. 22
REDAÇÕES DÉBORA 8C Bom, a minha ideia de dinâmica seria Podemos até não entendermos fazer uma dinâmica, entre elas essas pessoas, mas também não brincadeiras para se enturmar. deveríamos excluir . As pessoas riem De acordo com minha mãe, a inclusão e zombam, mas se fosse com elas, educacional ainda é um desafio presente elas não gostariam , por isso eu em diversas escolas e isso se reflete na penso : Por que que zombam dessas sociedade de forma global, pois a pessoas? Eu não sei, talvez queiram diversidade requer construções e chamar atenção, mas não percebem desconstruções de modelos e padrões que isso faz dessas pessoas, pessoas sociais para organização das relações ruins. sociais, a resistência e o conservadorismo geralmente limitam e impedem o avanço RONICÉSAR FERREIRA 8A de politicas sociais e publicas para as pessoas com deficiência física. Eu tenho contato com crianças deficientes todos os dias e assim A minha ideia contra o bullying com tenho um pouco de experiência. Tem PcD, seria uma conversa, se não uma menina de 7 anos (mais ou resolvesse eu comunicaria a direção da menos) na minha perua escolar. Ela escola. gosta bastante de correr e quando eu chego na escola eu pego na mão dela CAMILA FABIANE 8B e saio correndo, aí ela começa a rir. É muito divertido, eu acho que não Podemos incluir essas pessoas nas deveríamos julgar o livro pela capa, conversas, brincadeiras e atividades em porque me divirto muito com ela, grupo. Nós não deveríamos zombar ou vejo muita gente xingar os implicar com essas pessoas. deficientes aqui na escola e eu fico Eles devem se sentir sozinhos e excluídos na força do ódio. das atividades e poucos alunos se preocupam com elas. As pessoas as acham estranhas, mas no fundo elas só não entendem o que se passa na cabeça delas. 23
EMILLY PEREIRA 8ª A inclusão deve estar presente tanto no As pessoas sempre se afastam deles, desenvolvimento quanto em momentos ainda mais quando eles estão de afeto e amizade, pois devemos estressados, mas você já esse perguntou entender que mesmo a pessoa tendo por que que eles ficam assim? Talvez algum tipo de deficiência como física, por serem excluídos demais? por sempre visual, auditiva e intelectual, ela deve estarem recebendo olhares assustados ser incluída de uma forma em que ela por serem especiais? Ou por causa de consiga realizar as atividades , todos esses motivos. Em uma sociedade estabelecendo critérios de inclusão, que diz que todos os direitos são iguais, desenvolver trabalhos coletivos, realizar entretanto há muito precoinceito, algo as adaptações que envolvem todos os que precisa ser urgentemente mudado. estudantes, além de investir em Todos os alunos devem ser incluídos em acessibilidade. atividades escolares, tanto em Pois ser excluído não é algo que ajuda no brincadeirasquanto em reflexões . processo de inclusão, criar uma rotina Podemos começar uma amizade pelos na escola e em sala de aula exige ensinamentos colegiais . Talvez vocês paciência e persistência. Além disso tenham gostos parecidos sem ter medo, haver uma adequação das atividades pois não são Monstros e sim crianças pedagógicas diferenciadas e focadas nas Assim como as outras. Qualquer tipo de necessidades do aluno é um bom comunicação e sem e se possível caminho. Assim, podendo ajudar no começar uma amizade básica tentar e se processo de inclusão social. esforçar e querer. KETLEY DA SILVA 8A KAUÃ DOS SANTOS 8 B Podemos r de rotina que pessoas com podemos socializar com pessoas com deficiência incluindo ela nas deficiência ou autismo são bem brincadeiras, nas conversas e também não deixá-las de lado nas salas de aula, excluídos e zombados tanto na escola ensinando mais e mais coisas, tentando quanto fora dela. 24
REDAÇÕES aproximá-las de coisas legais, divertidas e Incentivar ele e sempre ajudar no que engraçadas. Temos também que respeitá- ele precisar. Na maioria das vezes as las, entendê-las e não ficar zuando ou pessoas não gostam de deficientes brincando com ela sem ela gostar e tentar pelo simples fato de serem \"diferente entender do que eles gostam e etc. Quando dos outros\" , mas isso ( A deficiência) eles estiverem irritados sempre tentar não torna as pessoas incapazes de acalma-los e não incentivá-las a fazer fazer as coisas do dia a dia. As pessoas aquilo. são muito ruins,pois ao invés de ajudar, fixarem xingando, zombando e desrespeitando os deficientes. RAYSSA VITÓRIA 8B Podemos incluir não zombando, nem EMANUELLY NASCIMENTO fazendo bullying, além de não ser 8C capacitista ou falar frases como: \" nem parece deficiente\" ou \" você é deficiente\". Deveria haver parceria entre a escola e Respeitar e saber que ele (a) vai se sentir a família, ler história, escutar música incluído. com ele, elaborando atividades em que Então, chamar para conversas junto com ele passa a ser naturalmente incluídos, seu grupo de amigos e respeitar acima de aproximando -se do aluno por meio de tudo e se ver algo ou alguém zombando de jogos didáticos e atividades lúdicas. passo da com deficiência não passar pano Defender de ameaças como o bullying, ao agressor somente pelo fato dele ser seu protegendo os colegas. amigo. Buscar sempre compreender quais são Não usar palavras como retardado ou as dificuldades, Que tipo de soluções demente que são palavras preconceituosas funcionam melhor dentro do seu e infelizmente enraizadas na nossa contexto. sociedade. Seja legal, gentil, engraçado, carinhoso e amigo. Dê atenção, estar LETÍCIA SANTOS 8A com a pessoa e nunca excluir. Eu posso incluir eles nas brincadeiras, mas conversas e sempre falar para ele conversar com todos. 25
BRUNA SANTANA 8B RAFAELA DE OLIVEIRA 8A Na minha escola existem PcD, e as vezes é difícil saber se eles se sentem aceitos ou A deficiência é uma coisa que a pertencentes ao ambiente escolar. pessoa se sente \"excluída\" ou Eu fico pensando em como deve ser difícil \"estranha\", mas nós devemos incluir para eles não serem compreendidos ou ele (a) em qualquer coisa, *uma simplesmente ignorados pelas outras coisa que eu faria era uma escola só pessoas. Eu não gostaria de ser tratada para deficientes*, com brincadeiras assim e imagino que vocês também não. e atividades apropriadas só para eles Uma forma de tentar ajudar esses alunos é e uma coisa que não faltaria seria deixar eles se sentirem mais pertencentes a amor e muito carinho para eles se mais participativos na escola seria sentirem acolhidos. conversar com eles e saber como ajudar, Tem pessoas que ficam zoando, mas tentar incluir mais eles nas atividades do tenho certeza que se fossem eles, dia a dia o máximo possível. eles não iram gostar de ser excluído Por tanto, pode parecer difícil, mas uma ou zuado. Deveríamos pensar mais, conversa ou uma amizade tornaria as eles têm o coração tão puro e tenho coisas muito mais fáceis pata eles. quase certeza que são mais fiéis do que as pessoas \"normais\". Eles PEDRO ADISSON 8C merecem respeito, pois ninguém sabe o que eles passam. onde eu morava tinha um deficiente auditivo e todos zombavam dele, até eu. *sobre escola para crianças Mas teve um dia que eu vi um menino especiais* batendo nele, fiquei muito triste porque Acredito com certeza ! Gostaria que estava doendo em mim. Eu briguei com o eles soubessem que há outros como garoto por causa disso, aí o garoto nunca eles e ver que isso não é um defeito mais xingou ele. e sim que eles são, no caso Especiais, como todos os outros. PEDRO HENRIQUE 8C 26 Para ajudar devemos ser gentis e ter paciência. Para se ter a inclusão na sala as pessoas deveriam recebe-las com muito respeito, gentileza e bondade.
AS DIFERENÇAS NOS UNEM 1. Esse primeiro cartaz foi elaborado pelos alunos Sophia m, Maria Clara e Pietro cope, pertencentes ao 7 ano B. Tais alunos pertencem a rede da prefeitura que apresenta um aparato legal e burocrático de acessibilidade, inclusão e educação especial para alunos com deficiência, a partir disso, foi pedido para que eles observa-se a sua instituição e analisassem se a inclusão é real e o que eles fazem ou poderiam fazer para aderi-la ou melhorada, logo partimos de um questionamento mais amplo (olhar para a sua escola) e depois para um mais especifico ( o que eu como aluno posso fazer?) 2. O presente cartaz elaborado por Julia, Beatriz, Maria Eduarda, Sophia, kamila e Alana do 7 ano C e realiza a abordagem a respeito do preconceito e parte também de uma perspectiva geral em relação ao que todos podem fazer para conceder a inclusão tanto dentro como fora da sala de aula e da escola. Frente a isso, elas dialogam com esse questionamento com a animação latino-americana Cuerdas passada em sala de aula e tentam mostrar aspetos de conduta e atitude para que de fato ocorra a inclusão e o respeito as diversidades. 27
INCLUSÃO Ato de acolher e respeitar 3. Se utilizando da mesma premissa em relação ao combate ao preconceito contra os PcD, as alunos Manu, Isa, Thalita e Livia, do 7 ano C, elaboram um cartaz que traz alguns símbolos imagéticos que correspondem aos deficientes auditivos, visuais e cadeirantes e falam a respeito do bullying e como as pessoas justificam isso com a premissa de que “só foi uma brincadeira”. Somado a isso, elas realizam uma interpretação importante de que o foco não é estabelecer alguém como “culpado”, mas de mostrar que isso é uma condição cultural que perpassa nossa sociedade e que deve ser combatida sem o uso da violência. Além do mais, trazem consigo algumas alternativas que os alunos podem tomar quando observam alguns colegas praticando bullying com alunos com deficiência. 4. Os alunos Pedro Henrique, Pedro Lisboa, Kauan e Felipe do 7 ano A, fizeram um debate a respeito da inclusão como um ato de respeito e de acolhimento ao próximo, principalmente aos PcD’s, enxergando que a atuação da inclusão deve ser abarcada não só pela instância escolar e discente, mas pelas próprias famílias e pela sociedade como uma responsabilidade de todos. 28
A INCLUSÃO É um dever de Todos ... 5. Os alunos Carlos Martins, Daniel Santos, Maycon Eduardo, Alessandro Doro, Sthefany Santos e Maria Estéfany, realizaram em seu cartaz uma proposta a respeito da sua postura e da postura escolar, trazendo pesquisas e alas de especialistas sobre a essencialidade de uma prática coletiva que acessibilize todos os tipos de incersão possivel dentro da sala de aula, mostrando também que a inclsusão é um dever de todos 6. O cartaz dos alunos Rennan, Thiago, Gabriel, Bruno, Lucas, Luís e Vitor, intitulados “PAX-GAMER”, Estabelecem uma série de analogias a respeito de como combater os preconceitos, mostrando que o amo ao próximo independente de qualquer coisa e a empatia é a base para a extinção de qualquer atitude e fala xenofóbica. Além de reiterar que a única deficiência é a moral e a ética. A UNICA É A MORAL DEFICIÊNCIA 29
\"NÓS VAMOS MUDAR O MUNDO!\"
E lá vamos nós..... Durante a atuação docente na contabilizando um total de 12 salas que abordaram diferentes unidade escolar CEU Emef Vila temáticas, tais como: racismo, desigualdade de gênero e Curuçá Irene Ramalho, foi desigualdade social. A elaboração do projeto contou constatado a influência de uma com o auxílio do professor Sandro (docente de história) e série de problemáticas sociais no professor Denis (docente de artes), bem como, com a âmbito educacional, haja vista, autorização da coordenação da unidade escolar. que a escola não é um segmento *O título dessa unidade se dissociado da realidade na qual refere a fala de um aluno durante a execução da está inserida, sendo influenciada atividade. *A foto abaixo foi tirada e modificada pelos diferentes durante a realização do projeto integrador com o 6º C, que agentes sociais. Dessa forma, o possuía como temática central o racismo. projeto integrador foi desenvolvido com o objetivo de compreender como os problemas sociais já identificados na convivência entre os alunos, afetam as diferentes faixas- etárias. Assim, o projeto foi implementado no ensino fundamental II no 6º,7º,8º e 9º ano. 32
\"VOCÊ LEMBROU DE MIM!\" As fotos apresentadas nessa página demonstram a interação de um aluno autista não verbal do 7º com Tencionando a singularidade a atividade adaptada elaborada das habilidades dos alunos e visando promover a inclusão, especificamente para ele, atividades adaptadas foram elaboradas juntamente com a atendendo suas habilidades e especialista da escola para abarcar os alunos PcD’s ou competências e objetivando com algum tipo de distúrbio da aprendizagem. promover a inclusão desse ao projeto desenvolvido. Foram desenvolvidos dois modelos de atividades que mobilizaram os diferentes sentidos do educando. A primeira atividade abordou o lado lúdico e visual, já a segunda, por possuir alto relevo, incentivou o tato. Foi possível observar que o educando se interessou mais pela atividade com alto relevo, haja vista, que esse passava a mão diversas vezes sobre a atividade e a aproximava do rosto para ver melhor o motivo da elevação. 33
\"APRENDI EM CASA\" Durante a aplicação do projeto Por vezes, ao falar com seus filhos, foi possível observar que os os pais pensam que eles não estão alunos já possuíam consciência assimilando aquilo que está sendo das problemáticas tratadas, dito, mas a verdade é que eles quando questionados sobre a ouvem tudo, do jeito deles é claro, e origem do conhecimento prévio esperam o melhor momento para eles simplesmente falaram colocar o conhecimento em prática \"aprendi em casa\". Esse e mostrar que sim, eles aprenderam trabalho de conscientização em casa! não é dever apenas da escola, Acima de tudo, essa simples frase, haja vista, que os educandos demonstra que o trabalho realizado passam a maior parte do tempo por pais e professores está surtindo inseridos no ambiente efeito, está corroborando para a doméstico/familiar, assim, a constituição de um cidadão crítico e formação de um cidadão ético e consciente consciente de seus direitos e deveres, deve ocorrer através da parceria entre comunidade, pais e escola, visando proporcionar aos educandos uma base sólida para a constituição de uma sociedade mais justa e igualitária. 34
EMBARQUE NESSE CARROSSEL Uma aluna do 7ºano A ao elaborar uma redação com a seguinte temática \"As pessoas nascem racistas?\" estabeleceu uma analogia com o desenho carrossel e transcreveu uma fala da personagem Maria Joaquina para dar sustentabilidade a sua argumentação. Abaixo temos a transcrição de um trecho da redação da aluna: \"[...] No desenho carrossel, tem um episódio que a personagem Maria Joaquina fala a seguinte coisa: \"Vocês acreditam que colocaram um menino negro na minha sala? Não admito que nos juntem como se fossemos todos iguais.\" Ela não cresceu ouvindo isso, depois que ela disse isso, seu pai te deu uma bronca [...]\" A colocação dessa aluna externaliza a influência das mídias sociais na consolidação de opiniões e posicionamentos. Assim, é essencial que tanto a escola como os pais estejam sempre atentos ao conteúdos os quais as crianças e adolescentes tem acesso, haja vista, que as mídias sociais podem 35 i n t e r f e r i r n a f o r m a ç ã o m o r a l e é t i c a d o c i d a d ã o tanto para aprimorar seu senso critico quanto para propagar preconceitos.
\"ENQUANTO EU TENHO UM PS4 OS RICOS TEM UM PS8\" A turma do 6º ano A ficou responsável Essa fala do aluno demonstra pelo desenvolvimento da temática que ele não apenas entendeu a relacionada a desigualdade social que problemática trabalhada, como possuía como provocação central o estabeleceu uma relação entre o questionamento: \"Todas as pessoas têm tema e cotidiano vivenciado por os mesmos direitos?\" ele. Foi possível observar que os alunos Durante a elaboração das desviaram sua atenção dos exemplos redações os alunos perguntavam abordados e se colocaram como agentes aos demais colegas quais eram centrais da desigualdade social, ou suas colocações e opiniões sobre seja, durante a elaboração das redações o tema, o que gerou um debate eles usaram exemplo do seu cotidiano e construtivo que enriqueceu o estabeleceram comparações entre a trabalho feito pela sala. alimentação ofertada nas instituições públicas e privadas de ensino, como pode ser observado através do trecho abaixo, retirado da redação de um aluno do 6º ano A: \"[...] só para você ter uma ideia o almoço da escola de rico é arroz, feijão, carne, salada e coca-cola, enquanto, na escola pública é biscoito e suco de laranja [...]\" 36
RACISMO A aplicação do projeto objetivou Para problematizar tal narrativa, foi apresentado aos alunos a figura demonstrar aos alunos que a de Chico Rei, um rei do Congo fluente em diversas línguas, que história do Brasil foi constituída foi trazido de forma compulsória para o Brasil. Os alunos ficaram sobre o sangue e suor de surpresos com o fato de um rei ter sido escravizado em território aproximadamente 4 milhões de brasileiro. negros trazidos para o país de forma compulsória sobre o regime escravista (cabe salientar que mais de 660 mil indivíduos não chegaram vivos ao território brasileiro sendo jogados ao mar durante o trajeto). Foi perguntado aos alunos o que eles pensavam quando ouviam a palavra escravo, foi muito comum ouvir respostas que associavam a figura do escravo a uma pessoa pobre e com pouco ou nenhum estudo. Tal reação já era esperada, haja vista que durante a consolidação da sociedade brasileira a prática escravista dissociava a figura do escravo a aspectos sociais e culturais que são inerentes ao ser humano, tal prática visa justificar a escravidão, pois o escravo não era visto como uma pessoa e sim como um objeto mercadológico. 37
DESIGUALDADE SOCIAL Foi apresentado aos alunos leis presentes na Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Constituição brasileira que externalizam que todos os seres humanos possuem direitos iguais, após a leitura e debate sobre o aparato legal os alunos analisaram reportagens e notícias que externalizam a fome e miséria que acomete aproximadamente 51% da população brasileira. Os discentes se mostraram incomodados com a pobreza da população e imprimiram nas redações exemplos de seu cotidiano que demonstram como as relações de poder e o capitalismo exacerbado interferem em suas vidas. Durante a aplicação do projeto foi ofertado aos alunos a foto abaixo que é um símbolo marcante da desigualdade social brasileira. A foto representa prédio residenciais de alto padrão no Morumbi ao lado de 38 P a r a i s ó p o l i s , a m a i o r f a v e l a d e S ã o P a u l o .
QUESTÃO DE GÊNERO É muito comum ouvir os meninos falando que as meninas são frágeis e por isso precisam de cuidados, em virtude disso a aplicação do projeto sobre gênero se fez necessário. O imaginário que institui a mulher como sexo frágil precisa ser extinto, haja vista, que historicamente as mulheres são o pilar da sociedade brasileira, todavia o seu papel sempre foi colocado em segundo plano e subjugado pelas figuras masculinas que compunham as instituições de poder. 39
Ao apresentar os dados sobre violência contra a mulher e feminicídio as alunas ficaram visivelmente incomodadas e estabeleceram debates e discussões com os meninos sobre os problemas que as mulheres enfrentam diariamente. Foi apresentado aos alunos um depoimento de Marco Para acessar as redações dos 6 e 7 anos, sobre os assuntos retratados, acesse o QRCODE. Antônio, acusado de tentar assassinar 40 por mais de uma vez sua então esposa Maria da Penha, no depoimento o acusado afirma que tudo não passou de uma armação e que sua prisão foi injusta. Ao ouvirem o depoimento de Marco os alunos ficaram extremamente agitados e incomodados, externalizando opiniões e posicionamentos contrários ao posicionamento do acusado.
O USO DE FILMES EM SALAS DE AULA POR MARÍLIA VIEIRA RAMOS
LUZ, CÂMERA , AÇÃO... Não é incomum ouvir as pessoas Parece cada vez mais difícil dizerem que estudar História é chato. encontrar algo que lhes dê ânimo Por vezes, justificam a chatice dessa para estudar, principalmente em disciplina o fato dela tratar de coisas matérias que envolvem mais coisas antigas, sobre acontecimentos questões teóricas que práticas. ocorridos no passado e que, segundo apesar de representar um método essas pessoas que não gostam de antigo, a exibição de filmes ainda História, a maioria das pessoas não se segue como um forma de tentar importam. chamar a atenção do alunos Bem, é errado pontuar que esse ramo através de um recurso visual e de da ciência se trata apenas de estudos fácil compreensão. Porém, a sobre acontecimentos ocorridos no utilização de um filme na sala de passado, mas às vezes essa área do aula requer um planejamento tão conhecimento trata de assuntos que importante quanto os ditames a desagradam até aqueles que cursam a serem detalhados no plano de faculdade. Cada estudante de História aula. possui uma preferência, e há certos temas que não são tão legais de se compreender e interpretar , mesmo assim nos dedicamos a estudar questões que nos desagradam porque, acima de tudo, gostamos do curso. Agora, para os estudantes da rede básica de ensino é outra questão. 43
O CINEMA E Roteiristas não são A HISTÓRIA historiadores e não possuem obrigação de O cinema faz parte da transportar para as História, mas isso não grandes telas o que anda significa que a História faça se discutindo nas parte do cinema. É academias. Além do mais, perceptível que a indústria seria impossível cinematográfica possui representar os prioridades diversas, desde o acontecimentos de um entretenimento dos processo no qual os espectadores até a produção membros da produção de de um longa-metragem com um filme não foco na vitória das presenciaram: é principais premiações, mas impossível reproduzir o quando se trata de uma passado. produção onde o enredo se Porém, não se pode ampara em fatos ocorridos ignorar o fato de um filme em épocas anteriores – ser um documento subgênero chamado “drama histórico a ser analisado. histórico” –, a intenção Uma obra cinematográfica nunca é produzir uma obra de abordagem histórica que esteja o mais próxima possui marcas e influência possível das interpretações direta do período em que historiográficas. Seu foco foi produzida. está em como a trama de um Sendo assim, um filme é filme irá se desenrolar e um objeto a ser debatido certos acontecimentos, nas aulas, chamando a como o “grito do Ipiranga”, atenção dos alunos para as tendem a ser retratados nos qualidades e filmes como um momento problemáticas que podem épico, mesmo que os fatos apresentar. apontem que o acontecimento não foi algo marcante. 44
UM MÉTODO TRADICIONAL O conteúdo teórico de uma disciplina é essencial para o aprendizado do aluno: ele possui os subsídios necessários que legitimam a performance do professor dentro da sala de aula. Mas, se já é difícil adaptar esse material para uma linguagem acessível aos jovens da educação básica, muitas vezes o professor se vê com dificuldade em pensar em uma atividade que seja mais atrativa ao aluno. Umas das formas utilizadas para burlar a mesmice das aulas é através da exibição de filmes. Apesar de ser algo comum nas escolas, utilizar uma mídia visual como complemento do conteúdo teórico já é uma mudança significativa. A questão é que apenas exibir o filme, sem um motivo e objetivo estabelecido para tal, não é garantia de efetividade no aprendizado e, dependendo do tema e da abordagem, o aluno pode se desinteressar pelo assunto nos primeiros 10 minutos do filme. Então, como garantir a efetividade do uso de filmes dentro da sala de aula? 45
LESGILAÇÃO No § 8º do Art. 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) está estabelecido que a exibição de filmes nacionais nas escolas é um componente curricular e ela deve ocorrer por, no mínimo, 2 horas mensais dentro da proposta pedagógica de cada instituição. Bom, se as escolas apresentam ou não filmes brasileiros nas escolas é um caso a parte, mas é seguro dizer que a exibição de longas-metragens não ocorre apenas porque é algo estipulado por lei, e sim porque o próprio professor utiliza essa abordagem como complemento pedagógico ao material teórico trabalhado diariamente com os alunos. Mas, há momentos em que os filmes são utilizados como “tapa-buracos” pelas escolas, normalmente quando um professor falta ou não foi planejado algo específico para aquela determinada aula. Quando a exposição de um filme foi algo planejado pelo professor, alguns alunos acabam interpretando como um momento \"livre\", já que o filme exibido pode não ser do seu gosto pessoal, então ele se distrai facilmente, dormindo durante o filme ou fazendo outra atividade que não esteja relacionada com o propósito da aula. 46
ANALISAR PARA SELECION AR o artigo \"Cinema, educação e História: “Entender como um roteiro perspectivas em sala de aula\", Luís é escrito, as gravações e as Armando Peretti e Marcelo Magalhães tomadas de cena, os gêneros Foohs discorrem sobre a importância em que estão inseridos, do uso de filmes nas escolas como fatores técnicos como mecanismo educacional e não apenas duração, atores, diretor, como um momento de descontração. conhecimentos da obra, Os autores afirmam que “[...] o cinema permite explorar melhor as se aproxima da educação, pois temáticas desenvolvidas.” influencia a atitude das pessoas através de mecanismos fisiológicos, psíquicos e inconscientes ainda mal compreendidos, mas muito empregados”. Para isso, é importante que o professor conheça as dimensões do filme que irá ser exibido. Os autores sugerem que o professor faça uma pequena pesquisa sobre o filme: quem dirigiu, com qual abordagem esse diretor costuma trabalhar, quem fez parte da produção, e outras informações acerca da pré e pós produção da obra. Um conhecimento mínimo sobre as dimensões do mundo cinematográfico ajudará o professor no planejamento da aula e as informações obtidas podem ser usadas posteriormente, em atividades realizadas em outras aulas e com outros materiais, mesmo que não envolva uma mídia visual. 47
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