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Published by filipamarttins, 2017-10-03 15:08:51

Description: empatia

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ALDEIA GALEGA DA MERCEANA PROPOSTA

PROPOSTAIntrodução1// 2// Propomos uma visita que… • … é conduzida, comentada e explicadaO objectivo do presente documento é aproposta de um modelo de visita ao território pelos próprios habitantes e comunidadee à comunidade da União das Freguesias de Aldeia através das suas memórias e experiênciasGalega da Merceana e Aldeia Gavinha implicando registadas em entrevistas e imagens antigas.a criação de um conjunto de instrumentos depromoção da visita e de orientação do visitante. • … não isola este território e comunidade, antes promove pontes e ligações com outras localidades e regiões vizinhas ao chamar ao discurso e às narrativas temas históricos e contemporâneos que concretizam essas relações como a organização municipal antiga, os itinerários das rainhas, o culto do Espírito Santo, as procissões de lugares distantes ao Santuário da Merceana, a distribuição dos conventos franciscanos ou a ordenação das regiões vinícolas.

3// Área de intervenção 4// Produtos a CriarCentra-se sobre o território da União das 1. Visita virtualFreguesias de Aldeia Galega da Merceana e 2. Percurso pedestre com pontos de apoio à visitaAldeia Gavinha. Esta circunscrição administrativa dos locaisrecupera os limites do antigo município de Aldeia 3. Espaço de acolhimento e interpretação noGalega da Merceana que, desde a concessão da Convento de Charnaiscarta de foral pelo Rei D. Dinis, em 1305, havia- 4. Publicação monográficase autonomizado do termo da Vila e Castelo deAlenquer assegurando aquele estatuto até àdefinitiva reintegração no concelho de Alenquerem 1855, no contexto das reformas administrativasliberais. O passado histórico de autonomiamunicipal confere desde logo a este território umvalor e uma densidade patrimonial que se constituicomo um dos pontos de partida do discurso devalorização e visita proposto.

PRODUTOSA CRIAR1. VISITA VIRTUAL da Piedade de Merceana, Passos da Paixão, Convento de Charnais).A Visita Virtual destina-se a permitir a visitados lugares do percurso proposto através • Será concebido um percurso de visita parade uma ligação internet não implicando destemodo a deslocação à Aldeia Galega da Merceana. orientação do visitante articulando os três núcleosO objectivo é promover e complementar a visita urbanos da Aldeia Galega, Merceana e Conventoque se pode fazer no local. de Charnais bem como outros locais do território e envolvente rural.• Será criada uma página web dedicada.• A conceção de um interface gráfico baseado • A partir de pontos assinalados no percursonum modelo 3D da área a visitar com morfologia poderá aceder-se aos seguintes recursosdo terreno, cobertura e ocupação, núcleos urbanos disponibilizadores de conteúdos:e edifícios marcantes permitirá aceder a todos - Fotos e vídeos incluindo fotos a 360 graus (paraos conteúdos. Este modelo será construído sobre visita do interior dos edifícios marcantes, pora plataforma Google Earth. Será concebida uma exemplo);modelação 3D simples para o tecido urbano e - Visualização tridimensional de edifícios ou deuma modelação 3D pormenorizada para edifícios objectos (através da construção de modelos 3Dmarcantes (Igreja Matriz da Aldeia Galega, Capela dos principais edifícios estes poderão serdo Espírito Santo, Casa da Rainha, Igreja de observados de todos os ângulos e perspectivas;Misericórdia, Santuário de Nossa Senhora o mesmo em relação às principais peças do espólio

da Santa Casa da Misericórdia bem como outras • O Percurso proposto da Visita Virtual tempeças de arte ou etnográficas relevantes paraa visita) início num ponto com domínio visual sobre - Infográficos estáticos ou dinâmicos que a globalidade do território a visitar, e em particulartrabalham sobre os registos visuais os três núcleos urbanos que constituem o seuexplicando-os (por exemplo para a explicação centro, ao mesmo tempo com elevado significadodos limites dos municípios antigos comparados histórico para a antiga autonomia municipalaos actuais; localização e limites das principais daquele território, o alto da colina do Cabeço daquintas de vinho; antigo percurso dos Passos Forca (Ponto 1). De seguida, percorrem-se os trêsda Paixão) núcleos urbanos que constituem o eixo central- Comentários áudio ou legendas texto; do mesmo território: a Aldeia Galega, antiga- Entrevistas (também em substituição dos sede do município (Ponto 2), a Merceana, antigocomentários áudio ou legendas texto); santuário de peregrinação com irradiação regional- Fotos, filmes ou desenhos antigos; (Ponto 3), e o Convento de Charnais, antiga casa- Reconstituições virtuais 3D de edifícios conventual que integrava uma exploração agrícola,desaparecidos. actualmente autonomizada, e sede no presente do campus da Santa Casa da Misericórdia (Ponto 4). Por último, acede-se à paisagem vinhateira envolvente nucleada nas quintas centenárias e nos lugares e aldeias distribuídas pelo território (Ponto 5).

Ponto 1: Cabeço da Forca Ponto 2: Aldeia Galega como sedeSerá explorado o significado do “Cabeço da Forca” do antigo municípiocomo testemunho de uma antiga autonomia Será descrito o urbanismo radio concêntrico nomunicipal. âmbito do qual se constituíram dois largos noSerão explicados os antigos limites do município alargamento de duas das ruas que convergem parade Aldeia Galega da Merceana no contexto da o centro físico.organização municipal antiga na região comparada Serão apresentados aqueles dois largos como oscom a actual. dois pólos cívico e religioso fortemente marcadosSerá apresentada a implantação do território da pelo carácter monumental das suas edificações.Aldeia Galega no contexto do Alto Concelho de Será descrito o Largo do Pelourinho com oAlenquer. respectivo Pelourinho, a Casa da Rainha e a AntigaSerá explorado a relação deste território com a Igreja da Misericórdia.Serra de Montejunto e as regiões vizinhas. Será descrito o Largo do Espirito Santo com aSerá apresentado o centro deste território como Igreja Matriz, a Capela do Espírito Santo e a Casaconstituído por três núcleos urbanos articulados com varanda alpendrada.ao longo de um eixo. A Capela de São Sebastião como local de saída em direcção à Merceana e significado das capelas dedicadas a São Sebastião a partir do século XVI implantadas nos lugares de entrada/saída das vilas e sedes de concelho.

Ponto 1: Cabeço da ForcaPonto 2: Aldeia Galega como sede do antigo municípioPonto 3: Merceana como local de santuário e de peregrinaçãoPonto 4: Convento de CharnaisPonto 5: Paisagem do vinhoPonto 3: Merceana como local de santuário Misericórdiae de peregrinação Será descrita a Quinta de Santo António com aSerá descrito e explicado o conjunto monumental sua exploração agrícola enquanto tento feito partedo Santuário de Nossa Senhora da Piedade, sua da antiga cerca do convento e como introdução àhistória e vivências. Paisagem do Vinho.Serão descritas e comentadas as tradições da Ponto 5: Paisagem do vinhodevoção, as romarias, procissões e círios que Será explorada, descrita e comentada a paisagemtestemunham da sua irradiação regional. envolvente como fortemente influenciada pelaSerá descrita e comentada a evolução urbana exploração vitivinícola de vinhos de qualidadeantiga, o rossio da feira e a expansão urbana mais tendo como pontos de apoio no território asrecente. quintas centenárias, os lugares e as aldeias com osPonto 4: Convento de Charnais seus habitantes e vivências.Será explorado o percurso dos Passos da Paixão naligação entre a Merceana e o convento de Charnais,descrito, explicado e comentado com recurso aentrevistas, fotos e filme antigos.Será explorada a reconstituição dos limites daantiga Cerca do Convento.Será descrito e explicado o conjunto arquitectónicomonumental.Será descrito e explicado o actual campus da

2. PERCURSO PEDESTRE E VARIANTE COM estática em pontos escolhidos do percursoPERCURSO DE CARRO complementará o sistema digital de comunicaçãoO percurso proposto para a Visita Virtual constitui de informação.a base para a construção de um percurso pedestre Para além dos recursos anteriormentee da sua variante de automóvel. A transposição mencionados, este tipo de visita fará usos dada visita virtual para a visita no local procurará exibição de conteúdos em Realidade Aumentada.potencializar os efeitos e valores cénicos e do pesoda materialidade.Será utilizado o mesmo interface gráfico commodelo 3D do território concebido para a visitavirtual sobre o qual, com recurso a sinal GPSde posicionamento e/ou IBeacons, será semprepossível ao visitante reconhecer a sua localizaçãoe caracterizar o enquadramento envolventeque normalmente não é facilmente visualizáveldo ponto de vista do indivíduo no solo. Aqueleinterface gráfico permitirá também aqui acederao conjunto de recursos anteriormentedescriminados disponibilizadores de conteúdos.Uma rede de painéis físicos com informação

3. ESPAÇO DE ACOLHIMENTO E INTERPRETAÇÃO 4. PUBLICAÇÃO MONOGRÁFICANO CONVENTO DE CHARNAIS As publicações constituem outro tipo de acçãoA concepção e instalação de espaços complementar, nomeadamente a publicaçãomusealizados e de exposição dentro de portas “objecto” sobre a forma de álbum profusamentesão complementares do tipo de intervenções ilustrado, permitindo erguer fora do local, numdisseminadas pelo território. É nesses contextos tempo anterior ou posterior à visita, um contextoe ambientes interiores que é possível expor mais relaxado e receptivo à aquisiçãoe valorizar a maior parte do que constitui o de informação.património móvel ao mesmo tempo que permitem Propõe se a concepção de um álbum ilustradopotencializar a visita dos edifícios e monumentos de arte e história mas que também sirva parano interior dos quais se localizam. Este espaço terá apresentar a comunidade actual residenteuma função de ponto de chegada ou de ponto de e a do passado recente permitindo ao visitantepartida a articular com os percursos de visita no e leitor aceder à memória da comunidade.território.

LINGUAGEME DISCURSOARTICULADORPrincipais Temas articuladores do discurso no entendimento e interpretação de muitose das narrativas a construir. dos lugares e das suas características queSendo a visita materializada através dos só com recurso ao testemunho dos mais velhospercursos e dos lugares a visitar, elegemos um é possível colmatar. Paralelamente, ao promoverconjunto de temas cuja referência recorrente na a colaboração dos mais velhos, estáestruturação da narrativa de explicação daqueles a promover-se uma dinâmica extremamentepercursos e lugares permite com mais eficácia positiva de participação e inclusão de que muitocriar um discurso motivador e interessante carece essa franja da comunidade.ao relacionar e articular entre si o que poderia LUGARES DE ITINERÂNCIA RÉGIAapresentar-se como peças soltas, isoladas Aldeia Galega da Merceana partilha come descontextualizadas. outras localidades e lugares da região do OesteQUOTIDIANO E VIVÊNCIAS DA COMUNIDADE a proximidade e a acessibilidade facilitadasO tema que procurará constituir o principal motivo à cidade de Lisboa que lhes trouxeram ao longoarticulador é o das vivências e experiências do da história da Monarquia Portuguesa uma fortequotidiano dos lugares da comunidade relatadas ligação à Corte e a presença frequente nosna primeira pessoa por quem as viveu ou ouviu percursos da itinerância do Rei e da Rainha.contar. As profundas alterações nos modos de vida Releva-se em particular os percursos daa partir das décadas de 1950 e 1960 criaram hiatos itinerância das Rainhas que sempre tiveram na vila

de Alenquer e na região envolvente das Rainhas, as muitas paragens da comitivaum importante centro do respectivo senhorio. da Rainha nesta localidade quando se dirigiaDestaca-se o protagonismo das figuras da Rainha para as Caldas de Óbidos, que depois passariaSanta Isabel, mulher do Rei D. Dinis e da Rainha a ser conhecida por Caldas da Rainha, povoaçãoD. Leonor, mulher do Rei D. João II, ambas e hospital termal por ela fundada (a partir de 1485),fortemente relacionadas com iniciativas ou as intervenções de sua iniciativa no Santuáriode carácter assistencial. da Senhora da Piedade da Merceana.Em relação a D. Isabel refira-se a instituição Esta itinerância das Rainhas revela o antigoda primeira festa do “Império do Espírito Santo”, posicionamento da Aldeia Galega da Merceanarealizada no Convento de São Francisco de no âmbito dos locais de seu senhorio queAlenquer, cerca de 1323, culto que depois se asseguravam a articulação entre os percursosdifundiria pela região dando origem às numerosas de subida do rio Tejo com a região litoral a Nortecapelas do Espírito Santo que actualmente de Peniche até Óbidos, onde as Rainhas possuíramexistem (desde logo na Aldeia Galega, na Aldeia também fortes interesses, encontrando-seGavinha e no Arneiro entre outras). o maciço da Serra de Montejunto de permeio.Em relação a D. Leonor, que é precisamente Interessaria valorizar estas característicasa promotora inicial das Irmandades das acentuando as ligações históricas entre asMisericórdias, citam-se a doação pelo Rei do diferentes regiões referidas mediadas pelosenhorio da Aldeia Galega em 1482, que passaria imaginário da itinerância régia e em particulardesde então a fazer parte do património da Casa pelo da itinerância das Rainhas.

O tema das Rainhas como mentoras da devoção matriz e a capela do Espírito Santo enquadrandoe sensibilidade assistencial, através do culto um fontanário central. Em todos estes elementosdo Espírito Santo, da devoção a Nossa Senhora patrimoniais fortes domina o século XVI.da Piedade ou a criação das Irmandades da Imediatamente a Norte, o núcleo urbano daMisericórdia permite interessantes pontes para Merceana cresceu em torno do Santuário de Nossafocar a génese e o processo histórico das Casas Senhora da Piedade. Com origem numa Ermidada Misericórdia. que celebra um milagre medieval, a cuidadaPROXIMIDADE E ARTICULAÇÃO DOS TRÊS PÓLOS arquitectura renascença e maneirista do séculoURBANOS DA CABEÇA DO ANTIGO CONCELHO XVI do santuário é demonstrativa do prestígioA paisagem mostra uma ocupação agrícola e alcance de que gozou nessa época em que terámuito densa dominada por vinhedos com quintas, sido muito acarinhado pela Rainha D. Leonor quecasais, lugares e aldeias mas em que se destacam nele promoveu a fundação da confraria da Realos três núcleos edificados da Aldeia Galega, da Casa de Nossa Senhora da Piedade. A continuidadeMerceana e o do Convento de Santo António de da fama e projecção do santuário no século XVIIICharnais, todos próximos entre si, que concentram exibe-se ainda na possante mole da nova frontariao principal património edificado e arquitectónico. alpendrada de duas torres adossada à anterior,O núcleo urbano da Aldeia Galega, como antiga nas extensas pinturas dos novos tectos de madeirasede do desaparecido concelho, não só concentra da nave e capela-mor e no profuso preenchimentoo património edificado e arquitectónico como exibe interior com azulejaria e talhas. Naqueles séculos,um tecido urbano diferenciado que, ainda que a confraria tornou-se uma abastada congregaçãomuito penetrado pela envolvente rural das quintas sendo o santuário objecto de muitas peregrinaçõesprodutoras de vinho, se diferencia com os seus ou círios que, em datas determinadas ao longo dodois amplos largos: o Largo do Pelourinho, cabeça ano, se deslocavam desde lugares distantes comodo município em que se localizam o pelourinho e Alhandra (Vila Franca de Xira, junto ao rio Tejo)as antigas casa de câmara e igreja da misericórdia; e Santarém ou Atouguia da Baleia e Geraldes (noo Largo do Divino Espírito Santo, com a igreja litoral junto a Peniche). O desenvolvimento urbano da Merceana guarda estreita relação com o santuário tendo-se estruturado um largo diante

da fachada principal com o casario mais antigo unitária e de conjunto em que cada um dosna envolvente imediata. edifícios ou construções possa ser percebidoA subordinação toponímica da Aldeia Galega nas relações que estabelece com todos os outrosà Merceana (Aldeia Galega “da” Merceana) mediada pela ideia, imagem, vivências e valores deé bem demonstrativa do antigo prestígio e um pequeno concelho ou autonomia municipalreconhecimento do lugar sede do santuário ainda de Antigo Regime tal como se estrutura noque coubesse à primeira o estatuto de sede do momento reconfigurador dos séculos XVI, XVIIextinto município. Ambos os núcleos urbanos e XVIII.se implantam no sopé de um pequeno cabeço PAISAGEM ENVOLVENTE DAS QUINTASactualmente coberto com campos de vinha, o VITIVINÍCOLAS CENTENÁRIASqual exibe o topónimo da Forca que reenvia para O território em apreço mantêm actualmente umao antigo estatuto de autonomia municipal. intensa actividade agrícola com destaque paraIsolado mas a pouca distância da Merceana, a viticultura que imprime uma marca hegemónicacom o percurso de ligação pontuado pelas na paisagem e deu origem a um patrimóniopequenas construções dos Passos da Paixão, arquitectónico constituído pelas muitas quintasde que resistem pelo menos duas, surge o com edificações seiscentistas e setecentistasterceiro núcleo urbano originado pela fundação disseminadas pela região.do Convento de Santo António de Charnais na Não sendo uma realidade facilmente acessívelpassagem do século XVI para o XVII. Actualmente, pelo visitante que se encontra limitado a olhara envolvente encontra-se densamente ocupada da estrada os campos de vinhas que cobrem todocom o extenso cemitério da freguesia e com os o terreno disponível, ou, quando muito adquirirmúltiplos e amplos edifícios que compõe o campus alguns exemplares das pequenas produções deda Santa Casa da Misericórida. quinta, interessaria facilitar o acesso a uma leituraInteressaria articular num único circuito de mais profunda e completa desta paisagem comovisitação estes três polos fortes do património constituída por uma comunidade de gentes e comoarquitectónico e urbano. Promover uma leitura construção histórica várias vezes secular.

PLANO DETRABALHO1. ACÇÕES E TAREFAS A DESENVOLVER 2. INVENTÁRIO E INVESTIGAÇÃO O plano de intervenção terá necessariamente de• inventário e investigação basear-se no conhecimento, isto é, no inventário,• conservação e requalificação investigação, avaliação e caracterização dos• criação de modelos e aplicações digitais valores e recursos patrimoniais em presença.• materialização do percurso com pontos de apoio Esta produção de conhecimento exige múltiplas abordagens e disciplinas de modo a abarcara uma leitura patrimonial no território a arquitectura e o urbanismo mas também o património móvel, a documentação e os arquivos• museografia do espaço de acolhimento e ainda a memória das populações através de• edição gráfica de publicação um programa de entrevistas e inquéritos orais,• organização de eventos principalmente às gerações de maior idade. Esta última mostra-se particularmente elucidativa no resgate das realidades prévias às grandes rupturas nos modos de vida das populações que tiveram lugar após as décadas de 1960 e 1970 e cujo conhecimento fornece as chaves de leitura para muitas das realidades que ainda hoje se observam na paisagem e no edificado. É este trabalho de investigação que irá permitir

a construção ou elaboração dos conteúdos 3. CONSERVAÇÃO E REQUALIFICAÇÃOa comunicar. Inclui-se aqui uma forte componente O plano de intervenção deve considerarde investigação histórica, arquivística e a implementação de acções de conservação,arquitectónica. Deverá igualmente incluir-se restauro e requalificação sobre os elementosa investigação de iconografia e imagens em patrimoniais. Pequenas e pontuais intervençõesmovimento antigas, em colecções públicas ou sobre elementos patrimoniais disseminadosprivadas. Este tipo de investigação liga-se de na paisagem que, articuladas com outras deperto com a implementação de um programa maior envergadura, já programadas ou em faseestruturado de entrevistas e registo da memória de implementação, permitem tecer um discursodas populações. É nesta componente do trabalho de valorização patrimonial que se estende numde investigação que é possível promover com mais contínuo sobre o território e a paisagem.eficácia um projecto de criação participativa coma comunidade, nomeadamente com o conjunto depessoas mais velhas e com forte ligação ou a cargoda Santa Casa da Misericórdia. Para a realizaçãodesta componente do trabalho contamos coma proximidade e colaboração do projecto doArquivo de Memória (http://arquivodememoria.pt) que desenvolve há quase uma década nasregiões interiores dos vales do Côa e Douro umametodologia adequada a este tipo de trabalho coma comunidade.

4. CRIAÇÃO DE MODELOS E APLICAÇÕES DIGITAIS 5. CRIAÇÃO DO PERCURSO COM PONTOS DEA comunicação dos conteúdos que resultarem do APOIO A UMA LEITURA PATRIMONIAL NOtrabalho de inventário e investigação necessita TERRITÓRIOda criação de vários modelos e aplicações digitais O plano de intervenção opta por trabalharque permitem relacionar e integrar todo o tipo de sobre o território e a paisagem, seja ela rural ouinformação texto, áudio ou imagem estática ou urbana, rejeitando uma visitação pontualizadavídeo e deste modo o seu acesso e manipulação apenas sobre os elementos monumentais epelo visitante seja através de uma ligação pela sustentando em contrapartida uma percepçãointernet (na visita virtual, por exemplo) ou com integradora destes com a paisagem mediadarecurso a smartphones e tablets (no percurso pelas representações, o imaginário e as narrativasde visita local) ou ainda pela utilização de decorrentes dos temas e linhas estratégicasequipamento de visualização imersiva 3D de escolhidas.realidade virtual (a instalar no espaço de recepção A tecnologia mais adequada ao modo de visitaçãoe acolhimento). que propomos consiste em disponibilizar informação texto, imagem, áudio ou vídeo bem como a possibilidade de sobrepor conteúdos de realidade virtual à realidade física (Realidade Aumentada), em qualquer local do território seleccionado para o efeito, através de smartphones ou tablets e da instalação de códigos QR e IBeacons.

6. MUSEOGRAFIA DO ESPAÇO DE ACOLHIMENTO 8. EVENTOSO plano de intervenção inclui o projecto e a A apresentação e lançamento de cada um dosexecução museográfica para o espaço de recepção quatro produtos que se propõe conceber ee apoio a instalar no Convento de Charnais. executar darão origem a eventos promocionais.Deverá ser concebido o programa e projectados São os eventos que melhor conseguem reavivaros suportes expositivos e a iluminação. Deverá ser e reactualizar periodicamente o interesse e aseleccionada uma colecção de peças e criadas atenção dos potenciais visitantes.as condições adequadas à sua exposição. Nesteespaço será possível fazer instalar equipamentode visualização imersiva 3D de realidade virtual.7. EDIÇÃO GRÁFICA DE PUBLICAÇÃOO plano de intervenção inclui a coordenaçãoe elaboração de textos e conteúdos de umapublicação monográfica bem como o projecto e aexecução gráfica da mesma.

Rua José Falcão, 6134400-192 Santa MarinhaVila Nova de GaiaTlf. +351 22 374 44 77E-mail [email protected] [email protected]


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