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XI Encontro Científico - Mestrado

Published by Roberto Ferreira, 2020-08-27 16:15:29

Description: XI Encontro Científico - Mestrado - Poster

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POSTER MESTRADO

Ensaio Clínico Randomizado Avaliando a Eficácia do Tratamento Tópico com imiquimode em Lesões Intraepiteliais Cervicais de Alto Grau Bruno O Fonseca, MD, Kathleen M Schmeler, MD, PhD, Mila M. B. P. Salcedo, MD, PhD, José H. T. G. Fregnani, MD, PhD, Júlio C. Possati-Resende, MD, PhD, Marcio Antoniazzi, MD, Naitielle P. Pantano, Ms, Guilherme S. Accorsi, MD, Ms, Ricardo Reis, MD, PhD Hospital de Amor Barretos 73 RESULTADOS Tabela 1 – Evolução histológica após avaliação da peça cirúrgica da EZT. Análise por protocolo Controle Experimental Diferença de resposta P De agosto de 2017 a abril de 2019, 107 mulheres com lesão intraepitelial cervical de alto grau n (%) n (%) (95%IC) (LIEAG) foram selecionadas e 90 foram randomizadas: 49 para o grupo experimental e 41 Variável 0.001§ para o grupo controle. Na população por protocolo (n=78) foi observada regressão histológica 9(22,5) 23(60,5) 38% (18-58%)1 0.002§ da lesão em 23 (60,5%) das 38 participantes do grupo experimental e em 9 (22,5%) das 40 Regressão* 30(75) 15(39,5) 35,5% (15-56%)2 participantes do grupo controle, (p=0.001). As margens cirúrgicas foram livres em 36 (94,7%) Persistência** 1(2,5) -- das 38 participantes do grupo experimental e em 28(70%) das 40 participantes do grupo Progressão*** 40(100) 0(0) -- -- controle, (p=0.004). O imiquimode foi eficaz independente da graduação histológica da LIEAG Total 38(100) -- (NIC 2 ou NIC 3) ou do tipo de Papilomavírus humano (HPV) de alto risco pré-tratamento. Não foram observados eventos adversos graves e aqueles apresentados foram leves e bem Análise por intenção de tratamento tolerados, embora 4 pacientes (8,2%) interromperam sua participação no estudo pela persistência desses eventos. Variável Controle Experimental Diferença de resposta P CLINICAL TRIAL REGISTRATION: ClinicalTrials.gov, www.clinicaltrials.gov, NCT03233412. (95%IC) Regressão* n (%) n (%) 0.004§ Persistência** 30,8% (11-50%)1 0.008§ Progressão*** 9(22,5) 24(53,3) 28,3% (9-48%)2 Total 30(75) 20(44,5) -- 1(2,5) -- -- 40(100) 1(2,2) -- 45(100) § Qui-quadrado de Pearson OR: Odds ratio 95% IC: 95% de intervalo de confiança * Regressão: Lesão intraepitelial cervical grau 1 ou remissão completa. ** Persistência: Lesão intraepitelial cervical grau 2 ou 3 *** Progressão: Carcinoma cervical invasivo ¹ Calculada pela % de regressão do grupo experimental subtraída da % do grupo controle. ² Calculada pela % de persistência do grupo controle subtraída da % do grupo experimental. INTRODUÇÃO A LIEAG, induzida pelo HPV1, apesar de lenta evolução, é potencialmente precursora do câncer de colo uterino. Quando bem rastreada e diagnosticada, pode ser tratada, evitando a evolução para doença invasiva2. O tratamento cirúrgico excisional por lâmina fria, laser ou cirurgia de alta frequência (CAF), apesar de eficaz3, está relacionado a sequelas obstétricas como o parto pré-termo, rotura prematura de membranas amnióticas, corioamnionite, baixo peso ao nascer, admissão do recém- nascido em unidade de terapia intensiva, e consequente incremento na mortalidade perinatal4-11. Agentes tópicos para tratamento da LIEAG estão sendo estudados, dentre os quais, destacam-se, o imiquimode, o 5-fluorouracil e o cidofovir, que em recente revisão sistemática mostraram regressão da lesão variando entre 43% e 94% em mulheres com NIC 212. O imiquimode é uma imidazoquinolina amina13 que liga-se aos receptores Toll like 7 e 8 dos macrófagos, produzindo citocinas e intérferon (INF)-alfa e beta que limitam a replicação viral e estimulam células natural killer. Também estimulam as células dendríticas gerando uma proliferação de linfócitos T CD4, INF-gamma e citocinas e ativação de linfócitos T CD8, tóxicos ao vírus HPV14, 15. O objetivo foi avaliar a taxa de regressão histológica de LIEAG após aplicação tópica de imiquimode 5% creme. MÉTODOS Ensaio clínico randomizado de superioridade fase II. Pacientes com LIEAG (NIC 2/3) foram randomizadas em grupo experimental e controle. Para o grupo experimental foi administrado imiquimode 250mg 5% creme diretamente no colo uterino, semanalmente, por 12 semanas previamente ao tratamento cirúrgico com exérese da zona de transformação (EZT) do colo uterino por CAF. As mulheres do grupo controle foram tratadas exclusivamente com EZT. O desfecho primário foi avaliar a taxa de regressão histológica [Lesão intraepitelial cervical de baixo grau (NIC 1) ou cervicite] nos espécimes das EZTs. Como desfecho secundário incluímos a taxa de margens livres e a eficácia do tratamento nas diferentes graduações histológicas e nos diferentes tipos de HPV, além da análise dos eventos adversos. A amostra total contou com 90 pacientes utilizando um poder de teste de 90%. CONCLUSÃO A aplicação tópica de imiquimode se mostra como uma alternativa segura e eficaz no tratamento de lesões intraepiteliais cervicais de alto grau, com a possibilidade de, em algumas situações específicas, evitar o tratamento cirúrgico. Referências: 1. Walboomers JM, Jacobs MV, Manos MM, Bosch FX, Kummer JA, Shah KV, et al. Human papillomavirus is a necessary cause of invasive cervical cancer worldwide. J Pathol. 1999;189(1):12-9. 2. American College of O, Gynecologists. Practice Bulletin No. 140: management of abnormal cervical cancer screening test results and cervical cancer precursors. Obstet Gynecol. 2013;122(6):1338-67. 3. Martin-Hirsch PP, Paraskevaidis E, Bryant A, Dickinson HO, Keep SL. Surgery for cervical intraepithelial neoplasia. Cochrane Database Syst Rev. 2010(6):CD001318. 4. Kyrgiou M, Koliopoulos G, Martin-Hirsch P, Arbyn M, Prendiville W, Paraskevaidis E. Obstetric outcomes after conservative treatment for intraepithelial or early invasive cervical lesions: systematic review and meta-analysis. Lancet. 2006;367(9509):489-98. 5. Arbyn M, Kyrgiou M, Simoens C, Raifu AO, Koliopoulos G, Martin-Hirsch P, et al. Perinatal mortality and other severe adverse pregnancy outcomes associated with treatment of cervical intraepithelial neoplasia: meta-analysis. BMJ. 2008;337:a1284. 6. Conner SN, Cahill AG, Tuuli MG, Stamilio DM, Odibo AO, Roehl KA, et al. Interval from loop electrosurgical excision procedure to pregnancy and pregnancy outcomes. Obstet Gynecol. 2013;122(6):1154-9. 7. Martin-Hirsch PP, Paraskevaidis E, Bryant A, Dickinson HO. Surgery for cervical intraepithelial neoplasia. Cochrane Database Syst Rev. 2013(12):CD001318. 8. Spracklen CN, Harland KK, Stegmann BJ, Saftlas AF. Cervical surgery for cervical intraepithelial neoplasia and prolonged time to conception of a live birth: a case-control study. BJOG. 2013;120(8):960-5. 9. Jin G, LanLan Z, Li C, Dan Z. Pregnancy outcome following loop electrosurgical excision procedure (LEEP) a systematic review and meta-analysis. Arch Gynecol Obstet. 2014;289(1):85-99. 10. Kyrgiou M, Athanasiou A, Paraskevaidi M, Mitra A, Kalliala I, Martin-Hirsch P, et al. Adverse obstetric outcomes after local treatment for cervical preinvasive and early invasive disease according to cone depth: systematic review and meta-analysis. BMJ. 2016;354:i3633. 11. Frega A, Santomauro M, Sesti F, Di Giuseppe J, Colombrino C, Marziani R, et al. Preterm birth after loop electrosurgical excision procedure (LEEP): how cone features and microbiota could influence the pregnancy outcome. Eur Rev Med Pharmacol Sci. 2018;22(20):7039-44. 12. Mutombo AB, Simoens C, Tozin R, Bogers J, Van Geertruyden JP, Jacquemyn Y. Efficacy of commercially available biological agents for the topical treatment of cervical intraepithelial neoplasia: a systematic review. Syst Rev. 2019;8(1):132. 13. Sauder DN. Immunomodulatory and pharmacologic properties of imiquimod. J Am Acad Dermatol. 2000;43(1 Pt 2):S6-11. 14. Miller RL, Gerster JF, Owens ML, Slade HB, Tomai MA. Imiquimod applied topically: a novel immune response modifier and new class of drug. Int J Immunopharmacol. 1999;21(1):1-14. 15. Slade HB, Owens ML, Tomai MA, Miller RL. Imiquimod 5% cream (Aldara). Expert Opin Investig Drugs. 1998;7(3):437-49.

A pan-cancer analysis of chr9p22.1-21.3 locus unveils genes potentially important in the development of several tumor types Paola Gyuliane Gonçalves1, Rui M anuel Reis1, Lucas Tadeu Bidinotto1,2 1Molecular Oncology Research Center, Barretos Cancer Hospital 74 2Barretos School of Health Sciences, Dr. Paulo Prata E-mail: [email protected] Background Methodology There is a crucial demand to iden3fy molecular markers for cancer to be able to improve the TCGA2STAT personalized treatment, diagnosis and prognosis in several types of cancer. Our research group found that 50% of glioblastoma pa3ents present loss of heterozygosis (LOH) of the 22.1-21.3 region of the short arm of chromosome 9. The loss of this locus has been linked to the development of several types of cancer. SLC24MAL2L T K3 I AA1P7T9P7L AI FDN2B I 1F N WIF1N AI2F1N AIF4N AI7F NA1IF0N A1IF6N AI1F7N AI1F4N AK5L HL9IF N AI6F N A1IF3N AI2F NA8IF NAM1 TACP9 orfC1D3K4N3C 2D AK DN M2BR ETLAA1V LC29 orf134 DNA RNA Fig. 1 – Representa3on of the short arm of chromosome 9 and the genes present in chr9p22.1-21.3 PAN-CANCER – 31 TYPES PAN-CANCER – 31 TYPES Objec3ves aCGH (N=10,392) RNAseq (24 genes) To iden3fy, using in silico tools, the role of the genes present in the locus chr9p22.1-21.3 in 31 types of cancer from TCGA, as well to associate this data with clinical-pathological features •  Value < |0.1| = Loss •  Log RSEM-normalized reads number in and describe poten3ally new driver genes with clinical impact in the carcinogenesis. •  If the pacient presented loss in one of the datasets with sta3s3cally significant differences between “loss” and “no 24 genes analyzed, it was considered as loss” found in aCGH (N=11 datasets) the region was lost. •  Overall survival was analyzed using log •  For each gene the pa3ents were rank sta3s3cal analysis. categorized into high expression (\"high\") and low expression (\"low”) Results Table 1- Genes present in the locus chr9p22.1-p21.3 which the expression is associated to prognosis in the different TCGA datasets. Cancer type Gene Glioblastoma (GBM) DMRTA1 (p=0.04) Kidney clear cell carcinoma MLTT3 (p=0.035), KIAA1797 (p=0.024), KLH9 (p=1.45E-08), MTAP (p=0.01), (KIRC) CDKN2B (p=0.007), DMRTA1 (p=1.77E-07), ELAVL2 (p=0.006), CDKN2A (p=0.005) Kidney renal papillary cell CDKN2B (p=0.007) carcinoma (KIRP) Low Grade Glioma (LGG) MLLT3 (p=2.05E-07), KLH9 (p=2.80E-05), MTAP (p=0.0006), ELAVL2 (p=0.0002), PTPLAD2 (p=1.37E-05) Lung adenocarcinoma (LUAD) MLLT3 (p=0.023), KLHL9 (p=0.032), PTPLAD2 (p=0.003) Mesothelioma (MESO) SLC24A2 (p=0.043), KIAA1797 (p=0.0003), PTPLAD2 (p=0.009), KLHL9 (p=1.55E-07), CDKN2B (p=0.0001), DMRTA1 (p=0.028), ELAVL2 (p=0.007) Fig. 2- Frequency of loss in the 9p22.1-p21.3 locus in the 31 TCGA datasets. Pancrea3c adenocarcinoma ELAVL2 (p=0.011) (PAAD) HNSC GBM KIRC Pheochromocytoma and Overall survival P = 0.000848 Overall survival P = 0.0167 Overall survival P = 5.31e−06 paraganglioma (PCPG) CDKN2A (p=0.017) 0.0 0.6 0.0 0.6 0.0 0.6 Sarcoma (SARC) PTPLAD2 (p=0.0013) 0 50 100 150 200 0 20 40 60 80 120 0 20 60 100 140 Months Months Months Uterine Corpus endometrial carcinoma (UCEC) KIAA1797 (p=0.004), CDKN2A (p=0.007) KIRP Overall survival Overall survival LGG Overall survival LUAD Genes in green are associated with a beher prognosis when highly expressed and genes in red are 0.0 0.6 P = 0.000121 0.0 0.6 0.0 0.6 associated with a worse prognosis. P = 2e−15 P = 0.0245 0 50 100 150 200 0 50 100 150 200 0 50 100 150 200 Conclusion Months Months Months Overall survival Overall survival Overall survival •  Besides CDKN2A and CDKN2B, there are several other genes in chr9p22.1-21.3 that are 0.0 0.6 MESO 0.0 0.6 PAAD 0.0 0.6 PCPG possibly related to cancer development, specially in glioma, lung adenocarcinoma, kidney renal clear cell carcinoma and mesothelioma. P = 5.67e−08 P = 0.00299 P = 0.000437 •  Furthermore, the results of these studies may contribute to the development of new 0 20 40 60 80 0 20 40 60 80 0 50 150 250 therapies targe3ng specific molecules in those cancers. Months Months Months Overall survival SARC Overall survival UCEC Pa3ents with loss in the Acknowledgement 0.0 0.6 0.0 0.6 chr9p22.1-p21.3 region P = 0.019 P = 0.000413 0 50 100 150 0 50 100 150 200 Pa3ents without loss in the chr9p22.1-p21.3 region Months Months Fig. 3- Survival curves of the TCGA datasets with sta3s3cally significant differences of the Paola is recipient of FAPESP (number 2017/09749-5) and Lucas is pa3ents with losses in the region 9p22.1-p21.3 recipient of FAPESP grant (2016/21727-4).

IMPACTO NOS NÍVEIS DE ANSIEDADE DE ACORDO COM A FORMA DE CONDUÇÃO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS ATÉ O CENTRO CIRÚRGICO: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COMPARANDO TRANSPORTE ATRAVÉS DE MACA E DEAMBULAÇÃO. Oliveira, G.S. 1, Tsunoda, A. 2, Silva, B.V 1, Reis, R.1 75 Hospital de Amor, Barretos, São Paulo, Brasil1 Hospital Erasto Gartner, Curitiba, Paraná, Brasil2 INTRODUÇÃO FLUXOGRAMA DO ESTUDO O procedimento cirúrgico é uma experiência difícil para os pacientes e IDENTIFICAÇÃO DO seus respectivos familiares. Pacientes no período pré-operatório PACIENTE NA frequentemente são acometidos por sintomas psicológicos de ansiedade e depressão. O princípio de autonomia é um dos pilares da INTERNAÇÃO CIRURGICA bioética e segundo este conceito, deve ser dado ao paciente o poder de tomar as decisões relacionadas ao seu tratamento. Aumentar a Sim Paciente elegível Não autonomia do paciente no pré-operatório é uma das estratégias utilizadas para auxiliar na diminuição da ansiedade vinculada à Randomização Segue realização de um procedimento cirúrgico e pode aumentar a satisfação rotina do mesmo frente ao processo de enfrentamento. Grupo Maca Grupo OBJETIVO Deambulação Determinar os níveis de ansiedade do paciente diagnosticado com câncer de acordo com o tipo de transporte até o centro cirúrgico. MATERIAIS E MÉTODOS Identificação Transporte ao Prontuário centro cirúrgico Delineamento do Estudo: Ensaio clínico randomizado, com coleta prospectiva, que acontecerá no Hospital de Câncer de Barretos. Grupo Maca Grupo Instrumentos de avaliação: Avaliaremos os níveis de ansiedade e Deambulação depressão dos pacientes através do questionário escala HAD – avaliação do nível de ansiedade e depressão, de fácil manuseio e rápida execução Pijama + Roupa própria que foi desenvolvida para detectar estados de ansiedade e depressão Familiar + + Familiar + em pacientes fisicamente doentes, e ao Questionário de Avaliação da Maqueiro Maqueiro Satisfação com os Cuidados em Saúde em Cirurgia (Sati-Cir), inquérito este desenvolvido para o presente estudo a fim de avaliar a satisfação Realização dos Aplicação Segue rotina do paciente relacionado aos cuidados recebidos no hospital, e avaliar a questionários TCLE satisfação com a forma de condução do mesmo até o centro cirúrgico. Cálculo Amostral: Para o cálculo amostral, considerando um erro α de RESULTADOS PARCIAIS 0,05 e um poder 1 – β de 0,80 chegou-se a um tamanho amostral de 176 pacientes, sendo 88 pacientes alocados no grupo maca, e 88 pacientes Foram randomizados até o presente momento 68 pacientes, destes 34 alocados para o grupo deambulação. foram encaminhados ao centro cirúrgico deambulando, e 34 foram encaminhados ao centro cirúrgico de maca. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO Houve 2 recusas sem motivo definido pelo paciente no grupo deambulação. Pacientes com diagnóstico de câncer Houve 3 perdas que os pacientes adentraram ao centro cirúrgico sem que Idade igual ou superior a 18 anos, indo até 70 anos fosse possível realizar os questionários e TCLE, 2 delas foram no grupo Ambos os sexos maca, e 1 no grupo deambulação. Classificados em score PS 0 ou 1 Sendo assim, temos até o momento, 63 pacientes que realizaram o Pacientes que sejam classificados em Risco Zero ou Baixo Risco questionário e assinaram o TCLE. Dos pacientes vigentes no estudo, 2 não pela escala institucional de avaliação de risco de quedas seguiram a randomização, 1 paciente não foi transportado para o centro Indicação de cirurgia eletiva cirúrgico de maca conforme orientado na randomização devido a falta de leito para internação, e 1 paciente não foi transportado para o centro cirúrgico deambulando pois alteraram a ordem da cirurgia, passando o mesmo para o período da tarde e para melhor conforto do paciente para aguardar a cirurgia, optaram por interná-lo para assim aguardar o procedimento cirúrgico no leito. Ambos os pacientes que não seguiram a randomização foram avaliados o grau de ansiedade, depressão e satisfação. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Bailey RK, Geyen DJ, Scott-Gurnell K, Hipolito MM, Bailey TA, Beal JM. Understanding and treating depression among cancer patients. Int J Gynecol Cancer. 2005;15(2):203-8.3. Jenkins. 2. Kojima Y, Ina H, Fujita T, Mitono H. Relieving anxiety by entering the operating room on foot. Can J Anaesth. 2002;49(8):885-6. [email protected]

PLATAFORMA REDCap: DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO DE CAPACITAÇÃO A DISTÂNCIA DE ÂMBITO NACIONAL Marcos Alves de Lima 84 Dr. Ricardo dos Reis Hospital de Amor Barretos INTRODUÇÃO OBJETIVOS E METODOLOGIA Como o percentual de publicações brasileiras Desenvolver uma capacitação avançada do tem aumentado cada vez mais, existe uma REDCap no Brasil através de aulas on-line e grande preocupação com o tratamento dos criação de apostilas em pdf, além de divulgar a dados da pesquisa, como são coletados e onde importância da utilização de uma plataforma serão armazenados. A legislação brasileira confiável que resguarde os direitos do determina que quando uma pesquisa envolve participante de pesquisa. humanos, o pesquisador deve armazenar todos os dados coletados por um período de no Desta forma, espera-se treinar 150 pessoas mínimo cinco anos, além de garantir o direito do de diferentes estados brasileiros e mensurar o participante de pesquisa de confidencialidade conhecimento adquirido aplicando um dos dados. Sendo assim, a necessidade de meios questionário contendo perguntas sobre o de armazenamento e tratamento de dados se REDCap. torna cada vez mais importante. RESULTADOS JUSTIFICATIVA Até agosto de 2020, foram realizadas 184 Além da resolução 466/12, em 2018 foi inscrições, sendo a maioria proveniente da criada a Lei Geral de Proteção de Dados região sudeste do Brasil (48,1%). Destes Pessoais, impondo várias medidas de segurança inscritos, nota-se que a maioria (54,2%) era de dados. formada por professores/pesquisadores. A plataforma REDCap (Research Eletronic 2,6% Data Capture) fornece ferramentas de segurança de dados e compartilhamento dos mesmos 33,1% n=1 (0,5%) obedecendo diversos critérios estabelecidos n=1 (0,5%) pela Lei Geral de Proteção de Dados. Esta 7,6% plataforma ainda é pouco utilizada no Brasil e observa-se uma carência de manuais e apostilas 48,1% relacionados a boa utilização da mesma. 7,6% n=182 (99,0%) Dados do site oficial Em um pré-teste sobre conhecimentos de REDCap, a média das notas foi de 55,05 pontos do REDCap, informam com desvio-padrão de 17,81 pontos, o maior percentual de acertos foi de 85% e o menor de que atualmente apenas 0%. 2012 instituições brasileiras fazem uso do CONCLUSÃO REDCap A utilização do REDCap no Brasil ainda é baixa, além disso, o conhecimento sobre as (Fonte: https://projectredcap.org/) ferramentas que a plataforma oferece ainda é pequeno. REFERÊNCIAS 1. Harris PA, Taylor R, Thielke R, Payne J, Gonzalez N, Conde JGJJobi. Research electronic data capture (REDCap)—a metadata-driven methodology and workflow process for providing translational research informatics support. 2009;42(2):377-81. 2. RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012 3. https://www.project-redcap.org/. Acessado em 19/08/2020

Assinatura molecular de pacientes com câncer de mama triplo negativo com doença residual versus pacientes com resposta patológica completa após quimioterapia neoadjuvante Ana Julia Aguiar de Freitas1, Rhafaela Lima Causin1, Ana Carolina Neuber 2, Tatiana Takahasi Komoto 2, Iara Viana Vidigal Santana 3, Vinicius Duval 3, Ana Cecília de Oliveira Lessa 4, Ana Suellen Barroso Carneiro 4, Cristiano de Pádua Souza 4 , Marcia Maria Chiquitelli Marques Silveira1-2 1 Molecular Oncology Research Cancer, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil 2 Biobank department, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil 85 3 Pathology department, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil 4 Clinical Oncology, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil INTRODUÇÃO O câncer de mama triplo negativo (CMTN) representa cerca de 15% de todos os cânceres de mama, afeta mulheres mais jovens, e é associado a biologia tumoral e prognóstico ruim, apresentando-se com doença avançada e recorrência em até 1/3 dos casos nos primeiros 3 anos. A quimioterapia neoadjuvante é uma opção de tratamento, tendo a resposta patológica completa (RCp) como marcador de bom prognóstico. O grande obstáculo são as pacientes que apresentam doença residual após quimioterapia neoadjuvante, o que implica no prognóstico ruim. Estudos têm demonstrado o potencial uso dos miRNAs como biomarcadores para o prognóstico e o monitoramento de resposta ao tratamento. Desta forma, a caracterização das pacientes com CMTN se faz necessário. OBJETIVO RESULTADOS Identificar uma assinatura molecular do câncer de mama triplo negativo em um Tabela 1: Dados clínicos patológicos. estudo prospectivo de fase II no Hospital de Câncer de Barretos. PACLITAXEL PACLITAXEL + CARBOPLATINA MÉTODOS Idade (média IC) 46,32 (32-77) 44,32 (19-65) Status menopausal Pré-menopausa 31 (37,80) 28 (34,14) NACATRINE TRIAL Pós-menopausa 14 (17,07) 9 (10,97) (2018) Tamanho tumoral T1 C 0 123 incluídas 1 (1,20) 109 randomizadas Perfil de expressão de 92 realizaram cirurgia miRNAs (Fig. 2) T2 15 (18,07) 14 (16,86) 17 (20,48) 16 (19,27) Estudo prospectivo, fase Pacientes com T3 9 (10,84) 8 (9,63) II randomizado RCp 0 1 (1,20) T4 B 2 (2,40) 2 (2,40) QT neoadjuvante com Pacientes com 20 (23,52) 23 (27,05) Antraciclinas e Taxanos doença residual 21 (24,70) 12 (14,11) 2 (2,35) 3 (3,52) QT neoadjuvante com T4 C 1 (1,17) 3 (3,52) Antraciclinas e Taxanos 3 (3,61) 4 (4,81) associado a Carboplatina T4 D 15 (18,07) 14 (16,86) 8 (9,63) 5 (6,02) Status nodal N0 11 (13,25) 11 (13,25) N1 6 (7,22) 6 (7,22) N2 2 (2,46) 2 (2,46) N3 19 (23,45) 13 (16,04) 22 (27,16) 23 (28,39) Preparação da Hibridização Remoção do Contagem Estadiamento clínico II A 11 (12,94) 16 (18,82) excesso de sondas II B amostra Sonda de captura III A III B Sonda de repórter Barcode Contagem Identidade III C Alvo miRNA 1 miRNA 2 Grau histológico I miRNA 3 II Complexo sonda-alvo III Figura 2: Esquema metodológico do ensaio de expressão de miRNAs que será Resposta patológica realizado por meio do painel nCounter miRNA Expression Assay(NanoString Sim Technologies). completa Não 33 (38,82) 25 (29,41) PERSPECTIVA A identificação de um biomarcador atrelado aos diferentes subtipos moleculares do CMTN que possa permitir um maior conhecimento a respeito das bases genético-moleculares, capaz de predizer prognóstico e RCp, visando o monitoramento em amostras de biópsia líquida durante o tratamento padrão, associado ou não a carboplatina. Apoio financeiro: Contato do autor: [email protected] [email protected]

ASSINATURAS MOLECULARES DA EXPRESSÃO GÊNICA ASSOCIADA AO ESTADIAMENTO CLÍNICO DE PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA Mariana Balie¹; Adriane Feijó Evangelista¹; Ana Carolina Laus¹; Vinicius Duval da Silva²; Rui Manuel Reis¹; Marcia M. C. Marques¹,³. ¹Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, Brasil. 86 ²Departamento de Patologia do Hospital de Câncer de Barretos, Hospital de Câncer de Barretos, Brasil. ³Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata – FACISB, Barretos, SP, Brasil. INTRODUÇÃO O início do câncer de mama é caracterizado tanto por alterações genéticas como epigenéticas e a carga cumulativa destas alterações ainda não está bem compreendida. Quando diagnosticado precocemente sabe-se que as chances de cura são maiores. Desta maneira, existe uma necessidade de se identificar o perfil de expressão gênica de pacientes com câncer de mama em estadios mais iniciais e avançados para possíveis biomarcadores genéticos. O objetivo desse estudo é a identificação de assinaturas de expressão genica de tumores de mama em estádios iniciais utilizando um painel imuno-oncologico e correlacioná-los com as características clínicas e epidemiológicas. MÉTODOS SELEÇÃO AMOSTRAL EXTRAÇÃO DE RNA PERFIL DE EXPRESSÃO ANÁLISE DOS DADOS TOTAL GÊNICA R-project v3.2.1 N= 88 Kit QIASymphony Painel nCounter Pacientes com câncer RNA mini Kit (Qiagen) Breast Cancer 360 de mama em (776 genes) - estadiamentos I, II e III NanoString Technologies® RESULTADOS A metodologia utilizada foi capaz de identificar um cluster de 28 genes imuno-oncologicos cuja expressão é mais evidenciada em estadiamento III em relação aos estadios mais iniciais I e II. CONCLUSÃO Até o momento foi possível identificar por meio da tecnologia NanoString um grupo de 28 genes com expressão diferencial associada ao estadiamento clínico de pacientes com câncer de mama. APOIO FINANCEIRO:

Identificação das bases genéticas envolvidas no Câncer Colorretal Familial do Tipo X (FCCTX) Felipe Antonio de Oliveira Garcia1,2, Edilene Santos de Andrade1, Natália Campacci1, André Escremin de Paula2, Cristina Sábatto2, Cíntia Regina Niederauer Ramos1, Gabriela Carbalho Fernandes2, Rui Manuel Vieira Reis1,2, Henrique de Campos Reis Galvão3, Edenir Inez Palmero1 1) Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular 89 2) Centro de Diagnóstico Molecular 3) Departamento de Oncogenética INTRODUÇÃO A Síndrome de Lynch (SL) é uma síndrome de predisposição hereditária ao câncer, causada pela presença de variantes germinativas patogênicas nos genes do sistema MMR (mismatch repair), cujos portadores apresentam um risco de desenvolvimento de câncer colorretal (CCR) de até 80% ao longo da vida. No entanto, uma parcela considerável dos casos de CCR hereditário (~40%) tem sua causa genética desconhecida. Famílias classificadas como apresentando Câncer Colorretal Familial do Tipo X (FCCTX) se caracterizam por apresentar uma história familiar de câncer similar à das famílias com SL, entretanto, diferentemente da SL, não há em FCCTX o envolvimento do sistema MMR como fator causal da carcinogênese que permanece desconhecido. Pacientes identificados no METODOLOGIA Negativos para SL: Departamento de Oncogenética Critérios sugestivos de FCCTX • Estabilidade de microssatélites; (ao menos 3 dos critérios de • Imunohistoquímica normal para MMR; • Negativos para V600E do BRAF; Amsterdã I) • MLH1 não metilado; Total de 38 3 indivíduos de 1 família Sequenciamento Priorização e revisão manual Confirmação (SANGER) e pacientes de 2 indíduos de 3 famílias completo do das variantes segundo os associação das variantes com 33 famílias 29 indivíduos não aparentados exoma dados clínicopatológicos e de critérios da American College of Medical Genetics and história familiar Genomics RESULTADOS Dados clínicopatológicos e de história familiar Sexo Frequência (%) OGG1 • Enzima de excisão (BER); • HGVS: c.30dupC (p.Arg10fs). Feminino 27 (71,1) Masculino 11 (28,9) CHEK2* • Bloqueio do ciclo celular; • HGVS: c.470T>C (p.Ile157Thr). Idade ao diagnóstico (média em anos) 48,7 (34-71) Tipo histológico Frequência (%) • Endonuclease de reparo (MMR e AF); • HGVS: c.356_357del (p.Arg119fs). Adenocarcinoma (SOE) 36 (94,7) FAN1* Localização primária Frequência (%) Endométrio 3 (7,9) PRKN** • Destruição de proteínas; • HGVS: c.758G>A (p.Arg253His). Colorretal 35 (92,1) Reto 14 (36,8) SLX4** • Endonuclease de reparo (HR e AF); • HGVS: c.4259dupC (p.Pro1420fs). Sigmoide 7 (18,4) Cólon direito 6 (15,8) • Exonuclease de reparo (MMR); • HGVS: c.506G>A (p.Arg169His). Cólon esquerdo 4 (10,5) TREX1 ATR • Bloqueio do ciclo celular, ativador de apoptose e detector Cólon transverso 2 (5,3) ASXL1 de danos no DNA (AF); Ignorado 2 (5,3) • HGVS: c.3043C>T (p.Arg1015Ter). Média de familiares com câncer 5,3 (1 – 12) • Remodelagem de cromatina; • HGVS: c.1927dupG (p.Gly642fs); Média de familiares com câncer colorretal 2,1 (1 – 6) Idade média ao diagnóstico dos familiares com câncer colorretal 56,48 (28 – 90) Tumores mais frequentes nas famílias Colorretal, Mama e Gástrico BER: Reparo por excisão de base; MMR: Reparo de Mismatch; AF: Via da Anemia de Fanconi; HR: Recombinação Homóloga; * , **: mesmo paciente. CONCLUSÃO Dentre os genes com variantes patogênicas/provavelmente patogênicas identificadas, alguns deles já foram associados, previamente, à síndromes de predisposição hereditária ao câncer, e, especificamente ao desenvolvimento do câncer colorretal cabe destacar os genes OGG1, CHEK2, FAN1, PRKN e ATR. Embora a associação das variantes com o desenvolvimento dos tumores observada nas famílias avaliadas precisa ser aprofundada e confirmada por estudos adicionais, o trabalho aqui realizado representa um avanço no conhecimento acerca do FCCTX, e apresenta novos potenciais genes envolvidos com o desenvolvimento dessa síndrome. Este estudo foi patrocinado por PRONON/MS, Marcos Lúcio do Bom Conselho – Grupo Empresarial Cotemig e Hospital de Câncer de Barretos. Felipe: [email protected] Edenir: [email protected]

Identificação das bases genéticas envolvidas no Câncer Colorretal Familial do Tipo X (FCCTX) Felipe Antonio de Oliveira Garcia1,2, Edilene Santos de Andrade1, Natália Campacci1, André Escremin de Paula2, Cristina Sábatto2, Cíntia Regina Niederauer Ramos1, Gabriela Carbalho Fernandes2, Rui Manuel Vieira Reis1,2, Henrique de Campos Reis Galvão3, Edenir Inez Palmero1 1) Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular 89 2) Centro de Diagnóstico Molecular 3) Departamento de Oncogenética INTRODUÇÃO A Síndrome de Lynch (SL) é uma síndrome de predisposição hereditária ao câncer, causada pela presença de variantes germinativas patogênicas nos genes do sistema MMR (mismatch repair), cujos portadores apresentam um risco de desenvolvimento de câncer colorretal (CCR) de até 80% ao longo da vida. No entanto, uma parcela considerável dos casos de CCR hereditário (~40%) tem sua causa genética desconhecida. Famílias classificadas como apresentando Câncer Colorretal Familial do Tipo X (FCCTX) se caracterizam por apresentar uma história familiar de câncer similar à das famílias com SL, entretanto, diferentemente da SL, não há em FCCTX o envolvimento do sistema MMR como fator causal da carcinogênese que permanece desconhecido. Pacientes identificados no METODOLOGIA Negativos para SL: Departamento de Oncogenética Critérios sugestivos de FCCTX • Estabilidade de microssatélites; (ao menos 3 dos critérios de • Imunohistoquímica normal para MMR; • Negativos para V600E do BRAF; Amsterdã I) • MLH1 não metilado; Total de 38 3 indivíduos de 1 família Sequenciamento Priorização e revisão manual Confirmação (SANGER) e pacientes de 2 indíduos de 3 famílias completo do das variantes segundo os associação das variantes com 33 famílias 29 indivíduos não aparentados exoma dados clínicopatológicos e de critérios da American College of Medical Genetics and história familiar Genomics RESULTADOS Dados clínicopatológicos e de história familiar Sexo Frequência (%) OGG1 • Enzima de excisão (BER); • HGVS: c.30dupC (p.Arg10fs). Feminino 27 (71,1) Masculino 11 (28,9) CHEK2* • Bloqueio do ciclo celular; • HGVS: c.470T>C (p.Ile157Thr). Idade ao diagnóstico (média em anos) 48,7 (34-71) Tipo histológico Frequência (%) • Endonuclease de reparo (MMR e AF); • HGVS: c.356_357del (p.Arg119fs). Adenocarcinoma (SOE) 36 (94,7) FAN1* Localização primária Frequência (%) Endométrio 3 (7,9) PRKN** • Destruição de proteínas; • HGVS: c.758G>A (p.Arg253His). Colorretal 35 (92,1) Reto 14 (36,8) SLX4** • Endonuclease de reparo (HR e AF); • HGVS: c.4259dupC (p.Pro1420fs). Sigmoide 7 (18,4) Cólon direito 6 (15,8) • Exonuclease de reparo (MMR); • HGVS: c.506G>A (p.Arg169His). Cólon esquerdo 4 (10,5) TREX1 ATR • Bloqueio do ciclo celular, ativador de apoptose e detector Cólon transverso 2 (5,3) ASXL1 de danos no DNA (AF); Ignorado 2 (5,3) • HGVS: c.3043C>T (p.Arg1015Ter). Média de familiares com câncer 5,3 (1 – 12) • Remodelagem de cromatina; • HGVS: c.1927dupG (p.Gly642fs); Média de familiares com câncer colorretal 2,1 (1 – 6) Idade média ao diagnóstico dos familiares com câncer colorretal 56,48 (28 – 90) Tumores mais frequentes nas famílias Colorretal, Mama e Gástrico BER: Reparo por excisão de base; MMR: Reparo de Mismatch; AF: Via da Anemia de Fanconi; HR: Recombinação Homóloga; * , **: mesmo paciente. CONCLUSÃO Dentre os genes com variantes patogênicas/provavelmente patogênicas identificadas, alguns deles já foram associados, previamente, à síndromes de predisposição hereditária ao câncer, e, especificamente ao desenvolvimento do câncer colorretal cabe destacar os genes OGG1, CHEK2, FAN1, PRKN e ATR. Embora a associação das variantes com o desenvolvimento dos tumores observada nas famílias avaliadas precisa ser aprofundada e confirmada por estudos adicionais, o trabalho aqui realizado representa um avanço no conhecimento acerca do FCCTX, e apresenta novos potenciais genes envolvidos com o desenvolvimento dessa síndrome. Este estudo foi patrocinado por PRONON/MS, Marcos Lúcio do Bom Conselho – Grupo Empresarial Cotemig e Hospital de Câncer de Barretos. Felipe: [email protected] Edenir: [email protected]

AVALIAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE PARÂMETROS DOSIMÉTRICOS, GEOMÉTRICOS E TÉCNICOS DE PLANEJAMENTOS DE RADIOCIRURGIA DE MÚLTIPLAS METÁSTASES CEREBRAIS ¹Camargo, AV; ²Cao, M; ¹Silva, DCSA; ¹Araújo, RLC ¹Hospital de Amor Barretos ²Universidade da Califórnia Los Angeles 96 RESULTADOS INTRODUÇÃO Foram obtidas as seguintes correlações: O que é metástase cerebral? Tabela 1 – Coeficiente de correlação entre as variáveis Geométricas e Dosimétricas que tiveram significância estatística (p < 0,05) • Disseminação de um agente patogênico Variáveis Geométricas de um local inicial ou primário para um local diferente ou secundário no corpo. Variáveis Volume das Volume da Volume da Distância entre o Número lesões menor lesão maior lesão isocentro e a Radiocirurgia: lesão mais Dosimétricas distante • Opção de tratamento não invasivo. de lesões Objetivo: V5Gy 0,586 0,827 - 0,708 0,424 V8Gy 0,533 0,862 - 0,762 0,393 • Avaliar a correlação entre os parâmetros V10Gy 0,494 0,866 - 0,783 0,383 dosimétricos, geométricos e técnicos do V12Gy 0,469 0,857 - 0,777 0,375 planejamento de tratamentos de múltiplas V14Gy 0,420 0,819 - 0,738 0,341 metástases cerebrais tratadas com -0,355 -0,371 -0,373 acelerador linear com a técnica de IC - 0,325 - 0,289 - RapidArc®. IH 0,347 0,411 - 0,393 0,334 Dmáx 0,280 -0,519 -0,549 -0,554 0,313 R50 - - MÉTODOS Tabela 2 – Coeficiente de correlação entre as variáveis Geométricas e técnicas que tiveram Foram coletados retrospectivamente dados de 55 pacientes que significância estatística (p < 0,05) realizaram radiocirurgia no Hospital de Câncer de Barretos durante o período de agosto de 2017 a fevereiro de 2020. Os Variáveis Técnicas pacientes foram tratados com fração única variando a dose entre 18 Gy e 20 Gy e apresentaram de 4 - 21 metástases cerebrais. Variáveis Arcos não- Número de Número de Geométricas Número de arcos coplanares? arcos não- isocentros coplanares Número de 0,443 - -- lesões Dados coletados: Houve diferença entre Dosimétricos Volume dos 0,285 os grupos (sim x não) 0,412 - alvos em relação a variável Geométricos geométrica Volume da - - -- menor lesão • Número de lesões; • Dose; • Volume total dos alvos; Volume da - - -- • V5Gy, V8Gy, V10Gy, V12Gy, V14Gy; • Volume do menor alvo; maior lesão • Índice de conformidade (IC); • Volume do maior alvo; • Índice de heterogeneidade (IH); • Distância entre o isocentro Houve diferença • Dose máxima pontual (Dmáx); e a lesão mais distante; Distância entre os grupos entre o (1,2,3 e 4 isocentro e a - - - isocentros) em Técnicos lesão mais relação a distante variável geométrica • Número de arcos; Tabela 3 – Coeficiente de correlação entre o • Número de arcos não-coplanares; • Número de isocentros ; número de arcos e as variáveis Dosimétricas que tiveram significância estatística (p < 0,05) 1 – correlação forte positiva Variáveis Dosimétricas Variável Técnica 0 – sem correlação Número de arcos Índice de -1 – correlação forte negativa correlação V5Gy 0,300 V8Gy 0,285 CONCLUSÃO Encontrou-se que o número de lesões e o volume dos alvos são bons preditivos de índices dosimétricos de avaliação de plano e que a distância entre o isocentro e a lesão mais distante também influencia nesses parâmetros.

Prevenção do câncer cervical em mulheres da cidade de Barretos, São Paulo: aceitação e preferências de métodos de rastreamento Marcela Vieira Lordêlo*, Marcos Alves de Lima*, Clayton Zanardo Oliveira **, Adhemar Longatto-Filho*, Júlio César Possati-Resende *, Rui Manuel Vieira Reis *, 98 Fabiana de Lima Vazquez*, José Humberto Tavares Guerreiro Fregnani *,*** INTRODUÇÃO *Hospital de Câncer de Barretos – Barretos (SP), Brasil **A Beneficência Portuguesa de São Paulo – São Paulo (SP), Brasil O câncer cervical é o quarto tipo mais comum na população feminina (tanto em incidência quanto em ***A.C.Camargo Cancer Center – São Paulo (SP), Brasil mortalidade) e a principal causa de morte por câncer em países de baixa e média renda¹. As estratégias de MÉTODOS rastreamento incluem citologia cervical, teste do papilomavírus humano (HPV) e a inspeção visual com Trata-se de um estudo experimental (ensaio de comunidade) ácido acético. Mas as taxas de incidência e que ocorreu no município de Barretos (SP), no período de mortalidade permanecem altas². 01/11/2018 a 01/06/2020. OBJETIVOS A amostragem foi estratificada por setores censitários, incluindo-se moradoras dos estratos de menor renda e status  Avaliar a aceitação, completude e preferência de da citologia cervical, onde os quarteirões foram numerados e quatro métodos de rastreamento. sorteados por grupos: Grupo 1 (citologia cervical - CC no  Determinar as variáveis sociodemográficas, Hospital); Grupo 2 (CC realizada na unidade móvel); Grupo 3 conhecimento da citologia cervical e utilização dos (autocoleta de urina); Grupo 4 (autocoleta vaginal); Grupo 5 serviços de saúde. (preferência da participante entre as quatro opções). Os critérios de inclusão foram: nunca ter realizado a citologia cervical ou estar em atraso (>3 anos); possuir idade entre 25-64 anos; ser moradora das áreas de baixa renda selecionadas pela amostragem aleatória e ter a possibilidade de realizar a entrevista no domicílio. RESULTADOS Preferência da participante 39 (100%) 3.313 Residências visitadas 1067 participantes contactadas Agendamento da Citologia na Autocoleta Autocoleta citologia no hospital unidade móvel de urina no vaginal no 67 recusaram 164 incluídas 836 não elegíveis domicílio domicílio Citologia: nunca fez ou em 13 (33,3%) 11 (28,2%) 11 (28,2%) 4 (10,3%) atraso 7 (53,3%) 11 (100%) 11 (100%) 4 (100%) completaram completaram completaram completaram  135 (82,3%) ≥3 anos de atraso 29 (17,7%) nunca realizaram Figura 2 – Composição da população do estudo de acordo com a preferência da participante. Análise multivariada Agendamento Citologia Autocoleta Autocoleta Preferência Fatores de predição para aceitação da citologia cervical da citologia na unidade de urina no vaginal no da no hospital domicílio domicílio participanteB: CoefriceieanltiezdaedRaegrneassãuo;nOiRd:aRadzeão mde óChvaencle-; ICa:sIntperavarltoicdeipCaonnfitaençsa.que já tinham 30 (18,3%) móvel 29(17,7%) 35 (21,3%) 39 (23,8%) realizado o exame previamente apresentaram chance quase 31 (18,9%) 30 (100%) 29 (100%) sete vezes maior (p=0,028; Odds Ratio: 6,8) de aceitarem o aceitaram 20 (64,5%) aceitaram aceitaram 32 (91,4%) 33(84,6%) método em comparação com as que nunca haviam feito e aceitaram completaram dos métodos próximos ao domicílio - as participantes que já 16(53,3%) 18(90%) 29(100%) 30(93,8%) tinham realizado o exame de citologia cervical previamente apresentaram chance seis vezes maior (p=0,003; Odds Ratio: completaram completaram completaram completaram 6,4) de aceitarem o método de rastreamento próximo ao Figura 1 – Composição da população do estudo de acordo com as etapas da pesquisa. domicílio em comparação àquelas que nunca fizeram. CONCLUSÃO Notou-se baixa completude na realização da citologia cervical no hospital.  A realização prévia do exame, demonstrou aumento das chances de aceitação. A oferta de métodos de coleta próximos ao domicílio pode melhorar a adesão das mulheres às estratégias de rastreamento do câncer do colo do útero. REFERÊNCIAS 1. Bray F, Ferlay J, Soerjomataram I, Siegel RL, Torre LA, Jemal A. Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA Cancer J Clin. 2018; 68: 394–424. 2. WHO | Cervical cancer. <https://www.who.int/cancer/prevention/diagnosis-screening/cervical-cancer/en/ >(accessed 27 Feb2020).

Análise do custo-efetividade dos radiofármacos Azul Patente, Tecnécio-99m e Verde de Indocianina perante a biopsia do linfonodo sentinela no câncer de mama Dorion Denardi1, Antônio Carlos Pereira2, Idam de Oliveira Junior1 e Fabiana de Lima Vazquez1 Hospital de Amor Barretos1 e Faculdade de Odontologia de Piracicaba2 110 Tabela 2 – Custo de Implementação por Técnica em R$ INTRODUÇÃO Objetos Padrões Institucional Custo por Técnica Tecnécio-99m Azul Verde de Indocianina O objetivo deste estudo foi realizar a avaliação econômica de 3 2.560,00 Técnico Enfermagem 2.560,00 2.560,00 2.560,00 técnicas utilizando radiofármacos individuais padronizados, Azul 21.944,50 Patente (BD) e Tecnécio-99m (99mTc) versus não padronizado, Técnico Enfermagem 2.560,00 2.560,00 21.944,50 21.944,50 Verde de Indocianina (ICG) no procedimento de biópsia de Médico Cirurgião 21.944,50 21.944,50 21.944,50 6.835,59 linfonodo sentinela no câncer de mama na Fundação Pio XII. Médico Cirurgião Assistente 21.944,50 21.944,50 Médico Anestesista 21.944,50 21.944,50 Médico Nuclear - - Radiofármaco (1 unidade) 21,00 180,00 Hyper-Eye Medical Sytem - 155.288,00 - MÉTODOS Gama-Câmara Spect/Tc - - 2.418.584,00 Inicialmente foram estimados os custos diretos médicos, sendo Gama Probe - - 179.143,28 custos dos profissionais e equipamentos (ambos contabilizados em custos R$/min) somado ao custo do radiofármaco por Total 70.974,50 226.421,50 2.697.460,87 unidade estimada aplicada, além dos custos diretos não médicos, considerado a hora do centro cirúrgico em minutos e os custos de SPECT - Single photon emission computed tomography TC - Tomógrafo Computadorizado desperdício de cada radiofármaco. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica bottom-up ou microcusteio e para os Tabela 3 – Análise de Payback por Implementação por Técnicas em R$ desfechos econômicos foi analisado o impacto orçamentário; os custos de implementação, a análise de tempo de procedimento, Azul Patente Indocianina Verde Tecnécio 99m taxa de retorno de investimento (payback simples) e análise de custos efetividade de cada técnica. Considerado um N=15 (5 Ano Investimento Saldo a recuperar Investimento Saldo a recuperar Investimento Saldo a recuperar casos/técnica) e equipamentos padrões desta instituição. 0 - 70.974,50 - 226.421,50 - 2.697.460,87 1 - 70.974,50 - 37.613,79 - 193.060,79 - 2.664.100,16 2 - 4.253,08 - 159.700,08 - 2.630.739,45 3 29.108,62 - 226.421,50 - 126.338,38 - 2.597.377,75 ... .... ... - 2.697.460,87 - 2.427.142,91 6 - 26.247,25 7 7.118,46 - 2.393.776,20 ... ... 80 - 25.523,20 RESULTADOS 81 7.916,50 A tabela 1 apresenta a análise de microcusteio de cada Payback 2,13 anos = 6,79 anos = 80,86 anos = radiofármaco, além da estimativa de tempo médio de cada 2 anos e 1 mês e 17 dias 6 anos, 9 meses e 14 dias 80 anos, 10 meses e 10 dias procedimento, quanto a estimativa de tempo a BD e 99mTc (13’42’’ x 13’05’’) praticamente se equiparam, quanto ao custo final por Considerado um repasse mensal do SUS no Valor de R$ 33.360,71 técnica a ICG é a técnica com maior custo final por procedimento (R$ 715,21). A tabela 4 é possível verificar a estimativa de custos anual e a análise de impacto financeiro de cada técnica, comparando o custo anual da BD x ICG é possível verificar um acréscimo de R$196.534,20 para se realizar o procedimento com Verde de Indocianina. Tabela 4 – Análise de Impacto Orçamentário em R$ Tabela 1 - Estimativa em R$ de Custos e Tempo por Técnica de Biópsia de Análise de Impacto Financeiro Linfonodo Sentinela Técnica Custo Anual / Técnica Cenários ≠ Monetária das Cenário Cenário técnicas otimista pessimista Radiofármaco 42.094,27 Itens Analisados Azul Verde de BD 196.831,25 BD x 99mTc 35.078,56 28.062,85 235.841,04 Patente Indocianina Tecnécio 99m 99mTc 231.909,81 BD x ICG 196.534,20 157.227,36 Número de Procedimentos 5 5 5 ICG 393.365,45 99mTc x ICG 161.455,64 129.164,51 193.746,77 Tempo Médio da Técnica 00:13:42 00:13:05 00:21:44 O custo anual de cada técnica foi estimado pelo valor final do procedimento x 12 meses; Estimado 20% de variação para cada cenário Insumo / Técnica 15,75 19,18 27,00 Por fim, a tabela 5 apresenta a análise de custo efetividade. O valor individual de custo efetividade entre azul patente x tecnécio é de R$ 6,54 por percentual de Equipamento / min. - 4,30 0,13 detecção (unidade de efeito), entre o BD x ICG é de R$ 32,19/unidade efeito e entre o 99mTc x ICG é de R$ 209,69 /unidade efeito, se consideramos que a Equipamento / Técnica - 11,32 2,82 estimativa do INCA para incidência de câncer de mama, no ano de 2020, é de 66.280 casos novos casos e considerarmos os mesmos percentuais de detecção, o Equipe / min. 6,72 10,49 6,72 valor de vida salva será de R$ 264,10 entre BD e 99mTc; R$ 1.829,83 entre BD e ICG e R$ 12.678,13 entre o 99mTc e o ICG. Equipe / Técnica 73,01 121,88 115,39 Médico Direto / Min. Técnica 22,47 34,83 33,85 108,15 183,36 175,85 Custos Médico Direto / Técnica Não Médico Direto / Min. Técnica 17,78 17,78 17,78 Tabela 5 – Análise de Custo Efetividade das Técnicas em R$ Não Médico Direto / Técnica* 249,73 238,30 539,36 Técnica Tx Custo / Custo Custo / Estimada Custo total Valor p/ Vida detecção Procedimento Efetividade Unidade de Casos Salva Não Médico Direto - Descarte 5,25 5,68 153,00 de Efeito (%) Novos Azul Patente 86,8 357,88 BD x 99mTc 6,57 435.739,75 BD x 99mTc 264,10 Final / Procedimento Cirúrgico 357,88 421,65 715,21 Tecnécio-99m 96,5 421,65 BD x ICG 32,19 2.133.678,59 BD x ICG 1.829,83 97,9 715,21 99mTc x ICG 209,69 13.897.969,1 12.678,13 Verde de 66.280 Indocianina 99mTc x ICG Média Anual Procedimentos 550 4 Repasse Mensal SUS 33.360,71 *Estimativa de Novos casos de Câncer de Mama Feminina no ano de 2020 - https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer Na tabela 2 temos o custo que uma instituição terá que dispor CONCLUSÃO para implementar uma tecnologia. A 99mTc apresenta o maior custo de implementação, pois necessita de mais equipamentos e A técnica BD, apresenta o menor custo por procedimento e implementação, mas de alto custos. Mediante a implementação, as empresas de acordo com literatura, a mesma apresenta morbidades que agregarão custos necessitarão estimar o prazo de retorno do investimento ao tratamento sequencial. De acordo com os dados apresentados, o ideal para aplicado, e na tabela 3 é possível demonstrar essa tempo de esta instituição é manter os procedimentos com o 99mTc, devido ter o menor custo recuperação do investimento, a técnica de Azul Patente será a de de procedimento e taxa de migração similar ao ICG. O ICG será melhor indicado menor tempo (2,13 anos). para instituições sem centros nucleares, devido ao menor custos de implementação comparado ao Tecnécio-99m.

Avaliação da acessibilidade ao sistema de saúde para o diagnóstico e tratamento do paciente com melanoma no Hospital de Câncer de Barretos Renan de Jesus Teixeira1, Bruna Pereira Sorroche1, Vinicius de Lima Vazquez1,2 ¹ Instituto de Ensino e Pesquisa, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos-SP, Brasil ² Departamento de Cirurgia de Melanoma, Sarcoma e Tumores Mesenquimais, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos-SP, Brasil 116 INTRODUÇÃO RESULTADOS O melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de Entre os pacientes, 52,5% são homens e 47,5% pele, com um aumento persistente em sua incidência mulheres. 74,3% deles se autodeclarou de cor em todo o mundo. Em estágios iniciais, o prognóstico branca. A maioria dos pacientes mora em zona dos pacientes com melanoma é favorável. No urbana numa distância entre 100 a 500 Km do HCB. entanto, o diagnóstico precoce requer acessibilidade ao sistema de saúde, que pode ser impactada por IDH municipal p=0,037 Exposição solar devido à profissão p=0,016 discrepâncias socioeconômicas. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar as condições de Muito alto (0.800 - 1) Com exposição acesso ao sistema de saúde para o diagnóstico, tratamento e características socioeconômicas de Alto (0.700 - 0.799) Sem exposição pacientes com melanoma tratados no Hospital do 0% 20% 40% 60% 80% 100% Câncer de Barretos (HCB). Medio (0.550 - 0.699) 0% 20% 40% 60% 80% 100% Estadiamento Inicial Estadiamento Avançado MÉTODOS Estudo observacional transversal com coleta Estadiamento Inicial Estadiamento Avançado prospectiva de dados. Os resultados foram analisados de forma descritiva e através de testes de associação, Distância da residência até o HCB p=0,034 Meio de transporte até o HCB p=0,025 utilizando os softwares RedCap e SPSS. Mais que 332,5km Coletivo Oferecido prefeitura Ate 332,5km Veiculo proprio 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Estadiamento Inicial Estadiamento Avançado Estadiamento Inicial Estadiamento Avançado Figura 1. Associação entre as variáveis sociodemográficas e estadiamento patológico do tumor. Distância da residência até o HCB p=0,026 Cor da pele autodeclarada p=0,048 Mais que 332,5km Nao-Branco Questionário Ate 332,5km Branco 101 pacientes Condições de acesso Associação com 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% ao diagnóstico e espessura do Breslow < 2mm Breslow > 2mm Breslow < 2mm Breslow > 2mm tratamento tumor e estadiamento Figura 2. Associação entre as variáveis sociodemográficas e espessura do tumor medida por Breslow. Prontuário Dados demográficos, clínicos, patológicos CONCLUSÃO Estes resultados indicam que fatores socioeconômicos e demográficos dos pacientes com melanoma têm impacto sobre o diagnóstico e, consequentemente, as condições de tratamento.

121 Pan-Cancer in silico analysis of EGFL7 expression Cristiane de Oliveira1,2, Bruno Henrique Bressan da Costa1,3, Rui Manuel Reis1, Lucas Tadeu Bidinotto1,2,3 1 Molecular Oncology Research Center, Barretos Cancer Hospital, 2 Department of Pathology, UNESP - Univ Estadual Paulista, 3 Barretos School of Health Sciences, Dr. Paulo Prata – FACISB Hospital de Amor Barretos INTRODUCTION METHODS Studies suggest that EGFL7 expression plays an important role in tumor RSEM-normalized RNA sequencing data (n=9,081) was imported to R, progression through mediation of metastasis, proliferation and angiogenesis. using TCGA2STAT package. Number of reads of EGFL7 were log10-transformed, Therefore, we aimed at evaluating its potential prognosis in 32 TCGA datasets. and the expression was analyzed in each dataset. Additionally, Z-score was calculated for each patient, and their expression was classified in low (Z-score  -2.0), normal (Z-score between -2.0 and 2.0) or high (Z-score  2.0). Overall survival was analyzed in each dataset considering EGFL7 expression, using log rank statistical analysis. The groups were considered statistically different when P  0.05. RESULTS In general, EGFL7 expression was higher in UVM (uveal melanoma), UCS A B (uterine carcinosarcoma), THCA (thyroid carcinoma), TGCT (testicular germ cell C D tumors), KIRC (kidney renal clear cell carcinoma) and CHOL (cholangiocarcinoma). High EGFL7 expression was correlated to poor survival in COAD (colon adenocarcinoma) and LUSC (lung squamous cell carcinoma). Low expression was correlated to poor survival in KICH (kidney chromophobe) and LGG (low grade glioma). In KIRP (kidney renal papillary cell carcinoma), low and high EGFL7 expression were correlated to poor survival. Low EGFL7 expression was correlated to good survival in LUAD (lung adenocarcinoma) and high expression was correlated to good survival in PAAD (pancreatic adenocarcinoma). EF G Figure 2 – Overall survival considering EGFL7 mRNA Figure 1 – mRNA expression of EGFL7 across 32 TCGA datasets. expression in: A. colon adenocarcinoma; B. lung squamous cell carcinoma; C. kidney chromophobe; D. low grade glioma; E. lung adenocarcinoma; F. pancreatic adenocarcinoma; G. Kidney renal papillary cell carcinoma. CONCLUSION EGFL7 expression is deregulated in different tumor types with impact on patient's prognosis.

Avaliação da expressão dos biomarcadores PD-1 e PD-L1 em tumores de sítio primário desconhecido e seu microambiente tumoral. 122 João Neif Antonio Junior;¹ Priscila Neves Bernécule;² Murilo Queiroz de Almeida Bonatelli;¹ Sergio Vicente Serrano; ¹ ² Vinicius Duval da Silva;¹ Céline Marques Pinheiro;¹ ² e Flavio Mavignier Cárcano¹ ² 1. Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, São Paulo, Brasil 2. Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata – FACISB, Barretos, São Paulo, Brasil I NI NTTRROODDUUÇÇÃÃOO R E S U LTA D O S O câncer de sítio primário desconhecido é um grupo heterogêneo de tumores Tabela 1 - Expressão quantitativa dos biomarcadores PD-1 e PD-L1 para os quais a origem permanece desconhecida, apesar de detalhada investigação. A sua apresentação clínica ocorre por sintomas decorrentes da Variável Categoria N% metástase, que pode ser influenciada não somente por processos biológicos do 99 91,6 tumor, mas também decorrente de processos regulatórios no microambiente PD-1 Negativa 9 8,4 tumoral como a expressão dos biomarcadores PD-1 (programmed cell death 1) 89 82,4 e seu ligante PD-L1 (programmed cell death ligand 1), que se configuram como Positiva (> 1%) 19 17,6 checkpoints imunológicos. 89 82,4 PD-L1 (TPS) Negativa 19 17,6 OBJETIVOS Positiva (> 1 %) Avaliar a expressão de PD-1 e PD-L1 em tumores de sítio primário desconhecido e seu microambiente tumoral e suas possíveis associações com PD-L1 (CPS) Negativa características clínico-patológicaOsBeJdEesTfeIVchOosSclínicos em pacientes com este Positiva (> 1) tipo de tumor. Tabela 2 – Análise multivariada – sobrevida global em pacientes com CUP MATERIAIS E MÉTODOS Variável Categoria IC 95% p Sítio dominante de metástase no fígado Sim OR LI LS 0,00022 Um total de 2585 prontuários médicos foram recuperados de pacientes Expressão de PD-L1 Positiva 2,85 1,63 4,97 0,01585 classificados como CID-10 C80, diagnosticados entre 2002 e 2016. Após Quimioterapia Sim 0,37 0,16 0,83 0,00179 seleção cuidadosa, foram identificados 108 casos de CUP. Os aspectos clínicos ECOG 0 0,37 0,19 0,69 0,00024 e patológicos foram coletados e registrados através da ferramenta de captura 1 0,00126 eletrônica RedCap (Research Electronic Data Capture). 2 4,03 1,72 9,40 0,00003 A expressão de PD-1 e PD-L1 foi avaliada em cânceres de sítio primário 3 7,48 2,91 19,22 0,00369 desconhecido, utilizando a técnica de imuno-histoquímica e esta última 4 3,80 1,54 0,36 0,00039 confeccionada por TPS e CPS score. A sobrevida global foi analisada utilizando 15,46 3,40 70,29 o método de Kaplan MMeieArTeEcRomIApaISraçEõeMs dÉaTsOcuDrvOasS através do teste de log CONCLUSÃO rank. PD-L1 é expresso em um subgrupo de pacientes com câncer de sítio primário desconhecido e está associado a uma melhor sobrevida. É necessário explorar R E S U LTA D O S melhor o microambiente deste tipo de tumor para entender os fatores associados à sua imunobiologia e consequentes desfechos clínicos. Imunoterapia pode ter A idade média dos pacientes foi de 60 anos, variando de 20 a 88 anos, com um papel importante em mudar a sua história natural e merece ser avaliada. predomínio do sexo feminino (56,5%). A maioria era procedente da região sudeste (87 casos; 80,6%), portadores de histórico familiar de câncer e não pertencentes ao grupo de tabagistas ou etilistas. A minoria dos pacientes pertenciam a escala funcional PS-ECOG ≥ 2 (37 casos; 37,3%). O tipo histológico mais frequente foi adenocarcinoma (64 casos; 59,3%), seguido por carcinoma (33 casos; 30,6%) e carcinoma espinocelular (11 casos; 10,2%). Os sítios de metástases mais comuns foram linfonodo e fígado, sendo que este último também representou o sítio dominante de metástase mais frequente (42 casos; 38%). O tipo de tratamento mais adotado foi a quimioterapia paliativa (51 casos; 47,2%) e o principal esquema adotado a associação de carboplatina com paclitaxel (25 casos; 49%). Foram analisados 108 pacientes e a expressão de PD-L1, avaliada tanto por TPS quanto CPS, foi de aproximadamente 18%. PD-1 estava expresso em cerca de 8% dos casos. A expressão de PD-L1 é significativamente menos frequente em pacientes com predomínio de metástase hepática ou óssea e mais frequente nos pacientes com metástase em linfonodos. A sobrevida global mediana foi de cerca de 4 meses e a predominância de metástases hepáticas esteve associada a pior prognóstico, enquanto o uso de quimioterapia e baixo PS-ECOG associaram-se a melhor sobrevida. A expressão de PD-L1 associou-se curiosamente a uma melhor sobrevida global. [email protected][email protected]

Identificação de biomarcadores baseados em miRNAs para screening e detecção precoce de cancer de pulmão Giovanna Maria Stanfoca Casagrande¹, Rodrigo Sampaio Chiarantano², Rui Manuel Reis¹,³, Letícia Ferro Leal¹ 1Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil; 2Departamento de Medicina Oncológica, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil; 3; Centro de Diagnóstico Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil 124 INTRODUÇÃO  O câncer de pulmão é o câncer de maior incidência e mortalidade no mundo; Estadiamento dos casos diagnosticados com câncer de  Detecção em estágios avançados da doença (Estágio IV); I pulmão em 2018 na Instituição II  Tomografia Computadorizada de Baixa Dose (TCBD) usada no rastreio; III AACR - American College of Radiology IV  Detecção precoce = chances de cura (Younes et al., 2004); 464  Logística e complicações da biópsia convencional;  miRNAs detectáveis em fluídos corpóreos (plasma e escarro);  Promissores como biomarcadores diagnóstico de câncer de pulmão. OBJETIVO  Identificar biomarcadores diagnósticos baseados em miRNAs para rastreamento e detecção precoce de câncer de pulmão em amostras de biópsia líquida. MÉTODOS n = 54 n = 54 com - Ausência expressão (missing) saudáveis câncer - Fold change < 2 - p > 0,05 • plasma • escarro - AUC < 0,75 Contagens XDados miRNAs Brutas diferencialme Normalizados nte expressos Extração RNA Escarro • kit Sputum Liquification Buffer (Norgen Biotek) • kit Plasma/serum circulating and exosomal RNA purif (Norgen Biotek) Input 100ng de RNA Extração RNA Plasma Painel: nCounter Human v3 miRNA - 827 miRNAs, - 5 mRNAs, • kit Plasma/serum circulating and - 25 controles internos. exosomal RNA purif (Norgen Biotek) RESULTADOS ESPERADOS Espera-se definir: • Um conjunto de miRNAs específicos com alta sensibilidade e alta especificidade • Este conjunto poderá ser futuramente empregado como painel customizado no diagnóstico precoce de câncer de pulmão sem a necessidade de procedimentos invasivos Financiamento: Referências: AACR - American College of Radiology. LungRads. Disponível em: <https://www.acr.org/-/media/ACR/Files/RADS/Lung- RADS/LungRADSAssessmentCategoriesv1-1.pdf> NanoString Technologies. Tech Note: miRNA in plasma/sérum Younes RN, Deutsch F, Badra C, Gross J, Haddad F, Deheinzelin D. ORIGINAL RESEARCH NONSMALL CELL LUNG CANCER : EVALUATION OF 737 CONSECUTIVE PATIENTS IN A SINGLE. 2004;59(3):119–27

AVALIAÇÃO MUTACIONAL DOS TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS DE TESTÍCULO E CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE SUAS LINHAGENS RESISTENTES Eduardo Ramos Martins Cabral1; Marília Ferreira Pacanhella1; Luiz Fernando Lopes2; Rui Manuel Reis1; André van Helvoort Lengert1; Mariana Tomazini Pinto1; Flavio Mavignier Cárcano1 1 Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil. 2 Hospital de Câncer Infanto-juvenil de Barretos, Barretos, SP, Brasil. 135 Tabela 1 – Características dos pacientes com TCGT do Hospital de Câncer de Barretos. INTRODUÇÃO Características Pacientes n (%) Os Tumores de Células Germinativas do Testículo (TCGTs) são tumores raros e correspondem a 1,7% de todos TCGT 92 os tumores sólidos. Entretanto, são os tumores malignos mais comuns entre homens com idades entre 15 e 44 anos. Idade Atualmente, 70-80% dos pacientes com TCGTs metastáticos alcançam a cura após tratamento quimioterápico à base 58 (63,0) de platina, no entanto, 20-30% dos pacientes apresentam um prognóstico menos favorável. Tendo em vista que < 30 anos 34 (37,0) alterações moleculares podem estar associadas à resposta ao tratamento ao câncer, a busca por ferramentas ≥ 30 anos prognósticas e preditivas mais sensíveis deve ser o caminho para caracterizar e estratificar melhor os Tumores de Grupo histológico 69 (75,0) Células Germinativas (TCG) de testículo em tratamento primário e, principalmente, os casos refratários, o que iria Não-seminoma 23 (25,0) proporcionar um guia mais adequado para o manejo médico desta entidade. A compreensão molecular desta doença Seminoma pode conduzir a assinaturas que delinearão a melhor conduta para um tratamento mais específico e efetivo. Sendo Histologia 43 (46,7) assim, o estudo busca avaliar a possível associação de alterações moleculares nos TCGTs com as características Tumor misto 23 (25,0) clínico-patológicas e desfechos clínicos dos pacientes que sofrem desta enfermidade, bem como os mecanismos Seminoma 13 (14,1) relacionados à resistência. Carcinoma embrionário Tumor do seio endodérmico 5 (5,4) MÉTODOS Teratoma imaturo 4 (4,3) Teratoma maduro 3 (3,3) Estudo observacional retrospectivo e de biologia molecular dos tumores de células germinativas do testículo. Coriocarcinoma 1 (1,1) Uma coorte de pacientes com câncer de testículo, do Hospital de Câncer de Barretos (HCB), foi avaliada através de Ignorado 0 (0) dados clínicos e moleculares de acordo com os objetivos do estudo. Marcadores tumorais (AJCC) S0 17 (18,5) Pacientes Linhagem celular S1 28 (30,4) Linhagens NTERA-2P, NTERA-2R e JEG3-P S2 43 (46,7) Pacientes diagnosticados com TCGT no cultivadas em meio DMEM 10% e 1% P/S, a S3 período de Jan/2001 a Dez/2016 no Hospital 37 ºC, 5% CO2 e 90% de umidade. SX 4 (4,3) de Câncer de Barretos (N = 200). Estadio (AJCC) 0 (0,0) Estabelecimento do fenótipo de resistência I Coleta dos dados clínicos IS 11 (12,0) Estabelecimento de um modelo de II 12 (13,0) A população do estudo selecionada a partir resistência à cisplatina para a linhagem JEG3, III 22 (23,9) dos dados de Registro Hospitalar do Hospital utilizando a estratégia de exposição das Risco segundo IGCCCG* 47 (51,1) de Câncer de Barretos; considerando células à droga cisplatina, com doses Baixo documento fonte os prontuários arquivados incrementais. Intermediário 35 (50,7) no Serviço de Arquivo Médico e Estatística Alto 20 (29,0) (SAME). Extração de DNA celular Quimioterapia 14 (20,3) Extração do DNA das linhagens celulares PEB Recuperação das amostras biológicas realizada usando o Kit Extração Mini Spin EP 81 (88,0) Plus (BIOPUR), conforme as instruções do TIP 2 (2,2) Amostras biológicas recuperadas pelo fabricante. Outra 1 (1,1) número de registro no Serviço de Patologia Não aplicável 2 (2,2) do Hospital de Câncer de Barretos e todos os Análise de mutações Quimiosensibilidade 6 (6,5) casos revistos por um Patologista. Avaliação da presença de mutações Responsivo utilizando o painel TruSight Tumor 15 Refratário 43 (46,7) Extração de DNA (FFPE) (Illumina®), conforme instruções do Não aplicável 25 (27,2) A desparafinização e extração de DNA das fabricante, por Sequenciamento de Nova 24 (26,1) secções representativas das lesões tumorais Geração (NGS). * Casos aplicáveis realizada utilizando xilol e QIAamp DNA FFPE AJCC: American Joint Committee on Cancer Tissue Kit (Qiagen), seguindo as instruções IGCCCG: International Germ Cell Cancer Collaborative Group do fabricante. Estabelecemos um modelo de resistência à cisplatina, da linhagem JEG3, adquirindo um IC50 Análise de CNV para KRAS significativamente maior (p<0,05) de aproximadamente 8 vezes em relação à linhagem parental. A linhagem parental Análise de variação no número de cópias apresentou um IC50 igual a 2,45 μM (DP ± 0,5), enquanto a linhagem resistente mostrou um valor de IC50 igual a (CNV) do gene KRAS, utilizado um ensaio 18,98 μM (DP ± 5,4) (Figura 1). TaqMan específico para este gene e um ensaio de referência para o gene RNAse P, Viabilidade Celular (%) Linhagens JEG3 JEG3 - Parental IC50 Desvio Erro Intervalo de Intervalo de em uma reação de PCR em tempo real JEG3 - Resistente Padrão Padrão Confiança Confiança (qPCR). 150 Estimado (μM) (< 95%) (> 95%) 100 JEG3-P 2.44 0.5 0.2 1.5 3.3 50 JEG3-R 18.98 5.4 2.7 10.3 27.6 0 0123 Concentração (LogX) Figura 1 – Resposta das linhagens JEG3 parental e JEG3 resistente ao tratamento com cisplatina, verificada pelo ensaio de viabilidade celular. Viabilidade celular das linhagens JEG3 parental e resistente em função do log da concentração de cisplatina. Um experimento teste foi realizado para validar a técnica de qPCR para o ensaio de variação do número de cópias do gene KRAS, comparando as amostras de tecido FFPE e amostras de tecido fresco congelado de 8 pacientes de nossa coorte. Esses resultados foram ainda comparados aos do TCGA, para estes mesmos pacientes. Amostras de tecido fresco congelado apresentaram um material genético de melhor qualidade, pelo número de integridade do DNA (DIN), quando comparado ao material genético das amostras de tecido FFPE (Tabela 2). Em decorrência da qualidade das amostras, os resultados de CNV com amostras de tecido congelado mostraram-se concordantes com os resultados do TCGA (Tabela 3). Tabela 2 – Avaliação da qualidade do material genético de amostras de tecido FFPE e congelado. Amostras de tecido FFPE Amostras de tecido congelado Quantificação AMOSTRAS (ng/μl) DIN* AMOSTRAS Quantificação DIN* 472,9 (ng/μl) E09 7346 173,5 1,6 7,5 E08 0552 341,8 2,0 E09 7346 485,0 8,5 E15 3845 518,8 2,5 8,4 E11 8132 261,9 2,1 E08 0552 537,0 7,8 E12 3423 108,3 2,0 7,3 E09 2982 197,9 1,9 E15 3845 555,0 9,4 E13 8662 38,2 2,3 7,5 E11 5410 2,7 E11 8132 562,0 8,5 E12 3423 484,0 E09 2982 382,0 E13 8662 105,0 E11 5410 281,0 * DNA Integrity Number (DIN) Análise multivariada Tabela 3 – CNV das amostras de FFPE e tecido congelado comparado aos resultados do TCGA. Comparação das mutações entre os grupos de interesse e descrição das variáveis clínico- Amostras FFPE Tecido Congelado TCGA patológicas, moleculares e genéticas e E09 007346 Excluído Ganho Ganho compará-las com as mutações e E08 020552 Excluído Ganho Ganho amplificações do gene KRAS. E15 023845 Excluído Diploide Diploide E11 008132 Excluído Ganho Ganho RESULTADOS PARCIAIS E12 013423 Excluído Ganho Ganho E09 002982 Excluído Ganho Ganho Um total de 718 pacientes foram diagnosticados com TCGT no período de janeiro de 2001 a dezembro de E13 018662 Excluído Ganho Ganho 2016 no HCB; e até o momento, cerca de 215 prontuários foram revisados. Destes, 92 pacientes preencheram os E11 025410 Ganho Ganho Ganho critérios de inclusão para o estudo e tiveram seus dados demográficos e clínicos levantados. As características clínico- patológicas são apresentadas na Tabela 1. CONCLUSÃO Com os resultados obtidos até o momento, conclui-se que amostras de tecido parafinado não podem ser utilizadas para o ensaio de CNV, pela técnica de qPCR, uma vez que as mesmas apresentam baixa qualidade do material genético extraído; sendo uma alternativa a utilização de amostras de tecido congelado. A investigação da variação do número de cópias do gene KRAS e a avaliação mutacional, associados aos dados clínicos dos pacientes com esse tipo de tumor, permitirá uma melhor caraterização molecular e genética desta entidade; além de contribuir com a implementação e validação de ferramentas prognósticas e preditivas mais sensíveis, buscando uma melhor estratificação dos TCG de testículo; e com as pesquisas e protocolos translacionais já existentes.

Construção e avaliação de sistema para produção de vetores virais mini-amplicon “Helper-free”, baseado nos sistemas de recombinação sítio especifica cre/lox e Flpe/frt. 141 PELLOSO A. R. A., LOURENÇO A. T. O., PERINA L. B., SAITO V. A., MELENDEZ M. E. Hospital de Amor Barretos INTRODUÇÃO MÉTODOS Os vetores virais amplicons derivados do vírus Como prova de conceito será utilizado um da Herpes simplex humana tipo 1, são vetores plasmídeo que contenha a fluorescência azul (BFP) virais extremamente versáteis, simples de flaqueados por sequencias FRT que irá interagir produzir e apresentam a maior capacidade de com os FRT presentes no BAC gc.OPNE quando em transgenia entre os vetores e são utilizados em contato com a Flipase. Então através da diversas áreas da biologia molecular. recombinação sítio especifica será inserido o BFP, Os métodos atuais de produção apresentam substituindo o gene de resistência a neomicina. características indesejadas que impedem sua O BAC então será transfectado em uma cultura utilização em protocolos de terapia gênica, celular que apresente a recombinase cre que irá como a contaminação por partículas virais clivar as sequencias lox presentes e gerará vetores “helper” e a presença de DNA de origem amplicons puros com o transgene de interesse. bacteriano no seu genoma responsáveis pela ativação da resposta imune e pelo RESULTADOS ESPERADOS silenciamento gênico do transgene. Para sua produção apenas é utilizado duas Produção do vetor viral em grande quantidade sem sequencias virais: pac e oriS, sinal de sequencia bacteriana e que não cause resposta empacotamento e origem de replicação viral, imunológica no hospedeiro, sendo apto para respectivamente. Por se tratar de um vetor utilização em terapia gênica. defectivo é necessário sua complementação por um helper, que será o genoma do HSV-1 Estrutura do vetor amplicon em um cromossomo artificial bacteriano (BAC). Genoma do BAC gc.OPNE A. BAC.OPNE AGRADECIMENTOS Hospital de Amor de Barretos pelo apoio financeiro.

PERFIL DO MICROBIOMA E CONDIÇÃO DE SAÚDE ORAL EM ÍNDIVIDUOS COM CÂNCER DE BOCA, COM LESÕES ORAIS POTENCIALMENTE MALIGNAS E EM CONTROLES 142 FERNANDES BB, CARVALHO AC, VAZQUEZ FL, GAMA RR Hospital de Câncer de Barretos INTRODUÇÃO EXAME PERIODONTAL SIMPLIFICADO (PSR) Os cânceres de cabeça e pescoço são atualmente a sétima neoplasia maligna mais comum no mundo ≥ 3: Presença de com mais de 600.00 novos casos diagnosticados a doença periodontal cada ano, sendo o câncer de cavidade oral responsável por aproximadamente metade desses ativa; casos¹. Entre os fatores de riscos bem estabelecidos ≤ 2: Ausência de encontram-se o álcool e o tabaco. Evidências doença periodontal; sugerem uma ligação entre doença periodontal, biofilme oral e o câncer de cavidade oral². Além 0: Saudável. disso, várias espécies associadas a periodontite, induzem à expressão de genes relacionados à ÍNDICE DE BIOFILME proliferação celular, ciclo celular, apoptose, transporte, respostas imunes e inflamatórias e Consiste na determinação da presença do biofilme na muitos desses caminhos estão ligados a área gengival das faces dos dentes, com base em sua carcinogênese³. espessura e é classificada em 4 graus (0 a 3). OBJETIVO Realizar um estudo caso-controle das condições ANÁLISE MOLECULAR odontológicas (biofilme oral, doença periodontal) e microbioma oral de indivíduos que apresentam Para a coleta do materal biológico os participantes câncer de cavidade oral, lesões orais potencialmente serão instruídos a realizar bochecho da cavidade oral malignas e controles. com solução salina e, após 30 segundos, amostrar o lavado em um tubo estéril de 50 ml ³. A primeira MÉTODOS amostra será utilizada para DNA microbiano e a segunda para DNA humano. A análise da diversidade e Este estudo será desenvolvido no Departamento de abundância de microorganismos nas amostras Prevenção de Câncer Oral e no ambulatório do incluídas neste estudo será realizada através do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do sequenciamento das regiões variáveis V3 e V4 dentro Hospital de Câncer de Barretos (HCB). A análise dos da sequência que codifica a subunidade 16S do RNA dados de diversidade microbiana será realizada no ribossomal (16S rRNA) utilizando a plataforma MiSeq Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do HCB. da Illumina. As sequências geradas serão analisadas no A população do estudo será constituída por 20 casos “QIAGEN CLC Genomics Workbench” utilizando o de câncer de cavidade oral, 20 casos de lesões orais módulo “QIAGEN CLC Microbial Genomics”. potencialmente malignas e por 20 controles. Serão coletadas informações sociodemográficas e de RESULTADOS ESPERADOS condições e hábitos de vida. Em seguida será realizado exame clínico da cavidade oral pelo Considerando o que foi proposto espera-se encontrar profissional da área odontológica avaliando: índice diferenças no perfil microbiológico e da condição de de biofilme dental (Índice de Silness e Loi 4), saúde oral entre grupos. Ao encontrar biomarcadores graduação da doença periodontal (exame que diferenciem os grupos, os pesquisadores periodontal simplificado 5) e análise da condição de pretendem, no futuro, realizar uma validação em uma dentes (Cariados Perdidos Obturados-Dentes 6). população maior. AGRADECIMENTOS Hospital de Câncer de Barretos (HCB) Ministério Público do Trabalho (MPT) ¹ Bray F et al., 2018; INCA 2019. ²Li Y et al., 2020. ³Yang CY et al,. 2018. 4 Silness J et al., 1964; 5 Furuya N. 1992; 6 Petersen P et al., 2003

Caracterização Clínico Patológica de pacientes com Câncer de Mama Triplo Negativo com ausência de variantes germinativas patogênicas nos genes BRCA1 e BRCA2 Amanda Aparecida Splendor Solera1, André Escremim de Paula2, Gabriela Carvalho Fernandes2, Cristina Sabato2, Felipe Antonio de Oliveira Garcia1, Natalia Campacci1, Thais Couto Laureano1, Edilene Santos de Andrade1, Cristiano de Pádua Souza3, Edenir Inez Palmero1. 145 1 Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de câncer de Barretos, 2 Centro de diagnóstico Molecular, Hospital de câncer de Barretos. 3 Oncologia Clínica, Hospital de câncer de Barretos. INTRODUÇÃO: ▪ Câncer de Mama Triplo Negativo (CMTN): ▪ Caracterizado por não expressar receptor de estrogênio (RE), progesterona (RP) e fator de crescimento epidermal 2 (HER2) e representa 10 – 20% de todos os cânceres de mama; ▪ Possui sobrevida global de 8 a 13 meses em CMTN metastático, apresentando maior agressividade tumoral; ▪ Somente 15,4% dos CMTN apresentam variantes germinativas patogênicas nos genes BRCA1 e BRCA2. OBJETIVO: ▪ Avaliar as características Clínico Patológicas de pacientes com Câncer de mama triplo negativo com ausência de variantes germinativas patogênicas nos genes BRCA1 e BRCA2. METODOLOGIA: ▪ Foram avaliadas pacientes com CMTN estagio II e III com ausência de variantes germinativas nos genes BRCA1 e BRCA2 inclusas no estudo fase II, prospectivo e randomizado, denominado NACATRINE. ▪ As informações das variáveis foram coletadas através da revisão dos prontuários; ▪ Análises estatísticas foram realizadas através do software SPSS. RESULTADOS: Até o momento foram incluídas 81 pacientes no estudo, sendo a grande maioria mulheres jovens (pré- menopáusicas), com mediana de idade ao diagnóstico de 45 anos. No que se refere às características socio-demográficas e de fatores de risco, a maioria das participantes se auto-declarou como de raça branca (58%), com uso prévio de anticoncepcional (69,1%) e com pelo menos uma gestação prévia (86,4%). Quanto aos tumores, as suas principais características estão descritas na Figura 1. B C A Figura 1: Características Histopatológicas dos tumores. CONCLUSÃO: Os dados coletados ilustram o comportamento mais agressivo do Câncer de Mama Triplo Negativo. Em A: grau histológico dos tumores, B: o estadiamento das pacientes: C: histologia dos tumores. AGRADECIMENTOS:

Processo Nº 33158010001P0 Processo Nº 2018/08905-6 CARACTERÍSTICAS DAS PUBLICAÇÕES EM CUIDADOS PALIATIVOS DE AUTORES DA AMÉRICA DO SUL NOS ÚLTIMOS 20 ANOS: ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA DA 149 LITERATURA Crislaine de Lima1, Ricardo Costa2, Bianca Sakamoto Ribeiro Paiva3, Carlos Eduardo Paiva3,4 1 Pesquisador do Grupo de Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida (GPQual), Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, São Paulo, Brasil. 2 Faculdade de Ciências da Saúde Dr. Paulo Prata – FACISB, Barretos, São Paulo, Brasil 3 Programa de Pós-Gradução em Oncologia, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, São Paulo, Brasil. 4 Departamento de Oncologia Clínica, Divisão de Mama e Ginecologia, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, São Paulo, Brasil. INTRODUÇÃO • Do total, apenas 53 (8,3%) eram ensaios clínicos/revisões sistemáticas/coortes; 99 (15,4%) tinham financiamento e 214 (33,4%) foram • Na América do Sul (AS), o avanço dos Cuidados Paliativos (CPs) ocorreu publicados em revistas com FI e indexadas no Pubmed. O FI mais elevado foi principalmente na assistência, porém, para que os tratamentos sejam do Chile (4,409). O Brasil obteve maior índice-H. aprimorados, são necessárias pesquisas nesta área. 1,2 Tabela 4. Artigos produzidos por cada país da América do Sul em função da OBJETIVO população, PIB e número de pesquisadores. • Analisar o número e características da produção científica em CPs nos países Nº de Artigos da AS nos últimos 20 anos. Artigos Pesquisadores3(69 MÉTODOS País N (%) População1 PIB2 ) • Revisão de literatura com análise bibliométrica de estudos publicados entre Brasil 0,0093 01/01/1998 e 31/12/2017, com termos relacionados aos “CPs”, associados Argentina 389 (60,69) 1,87 0,0234 2,125 com o nome dos países da AS, nas bases de dados PubMed, EMBASE, Chile 0,0560 2,229 LILACS, SCIELO e Web of Science (WOS). Colômbia 118 (18,41) 2,67 0,0325 10,702 22,961 • As citações foram extraídas do WOS. A impacto dos estudos foi avaliado 85 (13,26) 4,60 considerando o desenho do estudo, financiamento e revista publicada. 64 (9,98) 1,31 • A tendência temporal foi mensurada correlação (r2) entre ano/número de publicações. O software Jointpoint Regression Program 4.5.0.0 (June, 2017; 1Número de artigos por milhão de pessoas; 2Número de publicações científicas por valor do Produto Statistical Methodology and Applications Branch, Surveillance Research Interno Bruto aplicado em ciência e tecnologia (em milhões); 3Número de publicações científicas por Program, National Cancer Institute), foi utilizado para determinar a pesquisador (de qualquer área da ciência) multiplicado por mil. variação percentual anual (APC) para o número de publicações sul- Tabela 12. Métricas de publicações científicas da América do Sul e de alguns 3 países mais produtivos. americanas (global e por países), no período de 1998 a 2017. • Foram calculados os fatores de impacto (FIp) e Índice-H de cada país. Métricas AS Brasil Argentina Chile Colômbia N de artigos RESULTADOS 403 260 80 44 32 WOS 626 387 113 81 60 • No total, foram identificados 641 artigos. Os países com maiores número GS 396 212 97 54 45 de publicações: Brasil (n=389, r2=0,8647, APC=16.30^), Argentina (n=119, Scopus r2=0,5241, APC=7.68^), Chile (n=85, r2=0,7141, APC=10.03^) e Colômbia Citações 2anos 790 495 155 194 60 (n=64, r2=0,6194, APC=14.58^). WOS 2992 2247 388 345 221 GS 990 543 290 234 99 Scopus FIp 1,960 1,903 1,937 4,409 1,875 WOS 4,779 5,806 3,433 4,259 3,683 GS 2,500 2,561 2,989 4,333 2,200 Scopus Índice H 24 18 15 14 9 WOS 54 48 22 20 17 GS 25 20 16 14 9 Scopus CONCLUSÃO • Houve aumento no número das publicações em CP na AS nos últimos 20 anos; principalmente em relação ao Brasil. Embora o Brasil tenha publicado mais, o impacto das publicações chilenas mostrou-se maior. . Figura 8. Análise temporal do número de artigos publicados entre 1998-2017 de cada país da América do Sul. REFERÊNCIAS 1. Carstairs S, MacDonald ML. The PRISMA symposium 2: lessons from beyond Europe. Reflections on the evolution of palliative care research and policy in Canada. Journal of pain and symptom management. 2011;42(4):501-4. 2. Kaasa S, De Conno F. Palliative care research. European Journal of Cancer. 2001;37:153-9. 3. Kim HJ, Fay MP, Feuer EJ, Midthune DN. Permutation tests for joinpoint regression with applications to cancer rates. Statistics in medicine. 2000;19(3):335-51.

O IMPACTO DAS COLABORAÇÕES INTERNACIONAIS DE PESQUISA NAS MÉTRICAS DE CITAÇÃO E NA QUALIDADE DA PESQUISA EM CUIDADOS PALIATIVOS NA AMÉRICA DO SUL Crislaine de Lima1, Bianca S. R. Paiva², Martins Fidelis dos Santos Neto², David Hui³, Pedro-Perez Cruz4, Camilla Zimmermann5, Eduardo Bruera4, Carlos Eduardo Paiva2,6 Processo Nº 33158010001P0 Processo Nº 2018/08905-6 1 Pesquisador do Grupo de Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida (GPQual), Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, São Paulo, Brasil. 2 Programa de Pós-Gradução em Oncologia, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, São Paulo, Brasil. 150 3Departmento de Cuidados Paliativos, Reabilitação e Medicina Integrativa, Unidade 414, Universidade do Texas, MD Anderson Cancer Center, 1515 Holcombe Boulevard, Houston, TX, 77030, EUA. 4 Departamento de Medicina Interna, Faculdade de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Chile, Santiago, Chile. 5Departamento de Cuidados de Suporte, Princess Margaret Cancer Center, University Health Network, Toronto, Ontário, Canadá. 6Departamento de Oncologia Clínica, Divisão de Mama e Ginecologia, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, São Paulo, Brasil INTRODUÇÃO • Além disso, foram mais frequentemente financiados (40,7% vs. 9,7%, p <0,001), publicados no Pubmed (75,4% vs. 41,7%, p <0,001) e em • Os Cuidados Paliativos (CP) vêm aumentando o número de serviços de periódicos indexados pelo WOS (69,5% vs. 29,7%, p <0,001), e com estudo atendimento nos países da América do Sul (SA). No entanto, para aumentar classificados com mais frequência como ensaio clínico (5,1% vs. 0,9%, p = a assistência e melhorar a qualidade das taxas de mortalidade, é necessário 0,002) e coorte (10,2% vs. 2,8%, p <0,001) em comparação aos artigos sem um avanço loco-regional da ciência nessa área. Uma das medidas para CIP melhorar o nível de produção científica dos países da África do Sul em CP é Tabela 3. Potencial impacto científico dos estudos através das métricas de 1,2,3 tipo de estudo, característica da revista e presença de financiamento. o estabelecimento de colaborações internacionais de pesquisa (CIP). Métricas N (%) OBJETIVO 1 Escore 0 Escore 1 • Avaliar o percentual de publicações da AS sobre CP envolvendo CIP e o 588 (91,7) 53 (8,3) impacto dessas colaborações na qualidade dos estudos e suas citações. Desenho estudo MÉTODOS Revista2 427 (66,6) 214 (33,4) 3 • Revisão da literatura com análise bibliométrica dos estudos publicados 542 (84,6) 99 (15,4) entre 01/01/1998 à 31/12/2017 nas bases Pubmed, Embase, Lilacs e Web Fomento of Science (WOS) com os termos relacionados aos CPs, combinados com o nome dos países da AS. 1 coorte, revisão sistemática ou ensaio clínico; 2 artigos publicados na Pubmed e que possuíam fator de impacto com o ISI WOS; 3 reportaram • A qualidade dos estudos foi avaliada por meio da análise do desenho do algum tipo de financiamento. estudo, características da revista e financiamento. As CIP foram subdivididas em interna (entre países da AS) e externa (com países fora da • Mapa Bibliográfico AS). Figura 14. Mapa bibliográfico de co-autoria de publicações sobre Cuidados RESULTADOS Paliativos, incluindo pelo menos um autor da América do Sul. • Dos 641 artigos, 131 (18,3%) envolviam CIP (interna: 19, 2,9%; externa: 112, 17,2%). Os artigos com CIP tiveram citações medianas mais altas no Legenda: Cada autor é representado por um círculo, com o tamanho do círculo representando o número de publicações. Quanto mais próximo, WOS (3 vs. 1, p <0,001), Scopus (4,5 vs. 1, p <0,001) e Google Scholar (5 vs. maior o relacionamento entre eles. As cores representam os anos em que os artigos foram publicados. 2, p <0,001) em comparação com artigos sem CIP Tabela 14. Associação entre colaborações internacionais e o número de citações em dois anos. Colaboração Colaboração Citações internacional dentro da p internacional fora da p Figura 15. Mapa bibliográfico de co-autoria entre os países que publicam sobre em 2 anos América do Sul valor1 América do Sul valor1 Cuidados Paliativos. Mediana (p25-p75)2 Mediana (p25-p75) CONCLUSÃO Sim Não Sim Não • Estudos com CIP, tanto internas quanto externas à AS, são mais citados e WOS 3 (2-13) 1 (0-2) <0,001 3 (1-6) 1 (0-2) <0,001 apresentam características de melhor qualidade do que estudos sem Google 5 (3-16) 2 (0-5) 0,001 5 (3-10) 2 (0-5) <0,001 colaborações internacionais. Scholar Scopus 4,5 (1,2- 1 (0-3) <0,001 3 (1-6) 1 (0-2) <0,.001 18,2) REFERÊNCIAS 1. Liu C-J, Yeh T-C, Hsu S-H, et al (2018) Bibliometric Analysis of Palliative Care-Related Publication Trends During 2001 to 2016. Am J Hosp Palliat Care 35:1280–1286 . doi: 10.1177/1049909118773751. 2. Ponomariov BL, Boardman PC (2010) Influencing scientists’ collaboration and productivity patterns through new institutions: University research centers and scientific and technical human capital. Res Policy 39:613–624 . doi: 10.1016/j.respol.2010.02.013 3. Wagner C, Leydesdorff L (2005) Mapping the network of global science: comparing international co-authorships from 1990 to 2000. Int J Technol Glob 1:

Study of the WNK2 methylation profiling in human glioblastoma tumors Ana Laura V. Alves1, Mariana Bisarro1, Isabella Gomes1, Gisele M. Gonçalves2, Caio A. Pereira2, Marcus de Medeiros Matsushita3, Thais Sobanski4, Peter Jordan5, Viviane Aline O. Silva1, Rui M. Reis1,6,7 152 1 Molecular Oncology Research Center, Barretos Cancer Hospital, Barretos, Sao Paulo, Brazil; 2 Clinical Oncology, Barretos Cancer Hospital, Barretos, Sao Paulo, Brazil; 3 Pathology, Barretos Cancer Hospital, Barretos, São Paulo, Brazil; 4 Translational Research Institute Australia, Woolloongabba, Australia; 5 Department of Human Genetics, National Institute of Health Doutor Ricardo Jorge, Lisbon Portugal; 6 Life and Health Sciences Research Institute (ICVS), School of Health Sciences, University of Minho, Braga, Portugal; 7 ICVS/3B’s- PT Government Associate Laboratory, Braga/Guimarães, Portugal. BACKGROUND AND AIM WNK2, a member of the WNK subfamily (without lysine [K]) of protein kinases, was considered regulated by its promoter hypermethylation and, therefore, lack expression in ~ 20% of the gliomas and was proposed to act as a specific tumor suppressor gene in brain tumors. The present study aimed to optimize the pyrosequencing methodology to analyze the methylation profiling with a panel of glioblastoma cell lines and samples of patients with primary glioblastoma. MATERIAL AND METHODS Cell lines Patients In silico A172 38 samples of patients with primary Analyzes of WNK2 gene expression and SW1088 glioblastoma treated with TMZ overall survival in gliomas were U87MG performed from the cBioPortal database U251 HCB151 HCB2 Patients with good response Patients with poor response *cutoff of 10% was established to to treatment to treatment classify the methylation profiling of these samples (above-median survival) (below median survival). RESULTS 100 80 Methylation WNK2 (%) 60 Figure 3. Analysis of the overall survival of samples from patients with 40 primary glioblastoma at the Barretos Cancer Hospital based on the methylation profile of the WNK2 gene. 20 Cutoff 10% 0 A172 SW1088 U87-MG U251 HCB151 HCB2 SW480 NHA Normal Commercial Primary Positive astrocyte Gliomas Gliomas Control Figure 1. Methylation profile of the WNK2 promoter region in glioblastoma cell lines, commercial and primary. Colon cancer line (SW480) is considered as a positive control. The values represent the average percentage of 2 experiments in technical duplicate. 100 80 Methylation (%) 60 40 Figure 4. (A) Analysis of the overall survival of patients with glioblastoma with low and high expression of the WNK2 gene. (B) In silico analysis of WNK2 expression in 20 in normal tissue, low-grade gliomas (LGG) and glioblastomas (GBM) in patients from Cutoff 10% The Cancer Genome Atlas (TCGA) database. 0 CONCLUSION Figure 2. Methylation profile of the WNK2 gene in patients samples with primary In general, hypermethylation is one of the main mechanisms of glioblastoma. The majority (76%) had methylation in the WNK2 gene. Commercial MET and UN MET controls were used. epigenetic regulation and this mechanism plays a significant role in the Financial support: silencing of tumor suppressor genes, as WNK2. This inhibition has been 4 6 shown to be directly related to the aggressiveness of glioblastomas and in 7 10 this case it may also be associated with the therapeutic response. 13 15 16 18 21 31 34 39 42 43 45 52 59 60 61 63 66 73 77 79 82 83 86 87 88 89 91 11111111009680145 UN N1MMT1EECT5T

Desenvolvimento de ensaio molecular para diagnóstico precoce de microrganismos patógenos para pacientes oncológicos pediátricos com neutropenia febril LOURENCO, A. T. O.¹; LENGERT, A.H.¹; CASTRO, P.T.O.2; MASSUC, J.E.3; LOPES, L.F.4; MELENDEZ, M.E.¹. 153 1Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular. Hospital de Câncer de Barretos. Barretos, São Paulo, Brasil. 2Hospital de Câncer de Barretos. Barretos, São Paulo, Brasil. 3Hospital de Amor de Barretos departamento de Microbiologia, Hospital de Câncer de Barretos. Barretos, São Paulo, Brasil. 4Hospital de Câncer Infantojuvenil de Barretos, Hospital de Câncer de Barretos. Barretos. Barretos, São Paulo, Brasil. INTRODUÇÃO A neutropenia febril é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em pacientes pediátricos oncológicos em tratamento quimioterápico. O objetivo do estudo foi desenvolver um método de triagem molecular de patógenos causadores de neutropenia febril em pacientes pediátricos oncológicos.. MATERIAIS E MÉTODOS Figura 4. Avaliação dos testes. Participaram 85 pacientes oncológicos pediátricos atendidos no Hospital Do total, 15 pacientes foram a óbito, dos quais 2 foram devido a sepse e 3 a de Câncer Infantojuvenil de Barretos. A identificação dos microrganismos choque séptico. Verificamos que o teste microbiológico da paciente 25, foi realizada pelo Laboratório de Análises Clínicas do Hospital de Câncer cujo óbito foi devido à choque séptico, não foi capaz de identificar nenhum de Barretos utilizando os aparelhos Bactec FX e VITEK 2. O DNA extraído patógeno associado ao quadro em nenhuma das 10 coletas (C0 - C9) das amostras de sangue total foi testado por PCR em tempo real no realizadas ao longo de 25 dias de permanência do quadro de sepse. No equipamento QuantStudio 6. Após as reações, os dados foram analisados entanto, o nosso teste molecular foi capaz de identificar dois patógenos (P. pelo programa do próprio equipamento. aeruginosa e E. coli) 5 dias após a admissão do paciente, em três amostras independentes (Figura 5). RESULTADOS • Amostras dos pacientes pediátricos Participaram do presente estudo 85 pacientes pediátricos (44 meninos e 41 meninas), totalizando 237 episódios. Destes, 118 foram de cateter e 119 de sangue periférico (Tabela 1), 200 (84,4%) foram coletadas no momento da admissão e 37 (15,6%) 48 horas após, quando houve persistência de febre (Tabela 2). TTaabbeleal1a. 1A.mAosmtroasstcroalestacdoalsetadas. Episódios 118 Momento 119 237 Cateter Sangue periférico TOTAL TaTbaeblael2a. A2m. Aosmtraossctoralestacdoalsetadas. Episódios Figura 5. Histórico de coletas da paciente 25, análise molecular e microbiológica. C: 200 (84,4%) coleta. As caixas de cor verde indicam laudos da análise molecular. As caixas cor de Momento 37 (15,6%) rosa indicam laudos da análise microbiológica. 0h 237 CONCLUSÃO 48h Acreditamos que o diagnóstico molecular representa uma ferramenta poderosa TOTAL no manejo clínico de pacientes com quadro de sepse, possibilitando a utilização de antibioticoterapia direcionada nas primeiras horas após admissão do • Análise das amostras paciente. O teste molecular identificou 183 amostras como positivas, enquanto o teste microbiológico foi capaz de identificar apenas 87 amostras positivas. No total, 104 amostras foram negativas para todos os patógenos avaliados por ambos os métodos (Figura 4).

OTIMIZAÇÃO DA TÉCNICA DE DROPLET DIGITAL PCR PARA DETECÇÃO DE FUSOBACTERIUM NUCLEATUM EM MATERIAL FECAL José Guilherme Datorre1, Ana Carolina de Carvalho1, Maraisa Costa2, Denise Rocha2, Denise Peixoto Guimarães1,2, Rui Manuel Reis1 ¹Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil; 2Departmento de 155 Prevenção, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil OBJETIVOS 3. Fn foi significativamente mais detectada em pacientes com FIT positivo, 85% (33/39) do que em FIT negativo 60% (21/35) (p= 0.021).(Figura 3). Otimizar a técnica de ddPCR para detecção da bactéria Fusobacterium nucleatum em FIT MATERIAIS E MÉTODOS 86 Amostras de FIT Detecção Fn 46 Positivos/40 por dPCR Negativos Extração DNA FIT RESULTADOS 1. A metodologia utilizada foi capaz de detectar quantidades a partir de 7.4 Figura 4 – Gráfico de barras indicando a taxa de positividade e negatividade dos FITs cópias/µl obtidas a partir de um input de apenas 0,0001 ng de DNA de Fn no totais analisados até o momento,. teste de limite de detecção (Figura 1). 4. Além disso, a média do número de cópias de Fn no grupo de amostras FIT positivos foi significativamente maior que FIT negativo (421.7 vs 13.67; p=0.002) (Figura 4). C- NTC Figura 1 – Gráficos unidimensionais do número de cópias de Fn por ddPCR. Em Média destaque o menor input de DNA (0,0001 ng) detectado. NTC: no template control; C-: controle negativo (E. coli). 2. O limite de branco(LoB) (maior concentração do alvo que se espera Figura 4 – Gráfico dotplot da distribuição do número de cópias de Fn por ddPCR. Entre os FITs positivos e negativo. encontrar quando réplicas de uma amostra que não contem o alvo são testadas) foi definido com um valor de 0,04 cópias/µl (Figura 2);. CONCLUSÃO C+ NTC ddPCR é altamente sensível e específica para detectar Fn. Após C- otimização da técnica foi possível detectar a presença de Fn em material fecal obtido do FIT. A presença de Fn foi mais frequentemente observada nas amostras de FIT positivos, que também apresentaram uma maior quantidade de cópias desta bactéria. Figura 1 – Gráficos unidimensionais do número de cópias de Fn por ddPCR para detecção Referências: Suehiro, Yutaka et al. “Highly Sensitive Stool DNA Testing of Fusobacterium do LoB. C+ Controle + (F. nucleatum); C-: controle negativo (E. coli) e NTC (sem amostra). Nucleatum as a Marker for Detection of Colorectal Tumours in a Japanese Population.” Annals of Clinical Biochemistry, vol. 54, no. 1, Jan. 2017, pp. 86–91. Apoio: Armbruster, David et al. “Limit of blank, limit of detection and limit of quantitation.’ The clinical biochemist reviews, v. 29, n. Suppl 1, p. S49, 2008. [email protected]

ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COMPARANDO REABILITAÇÃO COM TERAPIA ROBÓTICA VERSUS CONVENCIONAL NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE PACIENTES SUBMETIDAS AO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CÂNCER DE MAMA 159 Jéssica Peixoto de Araújo; Fabiana de Lima Vazquez; Ricardo dos Reis 1.Fisioterapeuta Mestranda em Oncologia pelo Programa de Pós Graduação do Hospital de Câncer de Barretos. 2. Odontologista Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas. Docente no Programa de Pós Graduação do Hospital de Câncer de Barretos. 3. Médico Doutor em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Diretor de Ensino do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Câncer de Barretos. INTRODUÇÃO O câncer de mama é o mais incidente na população feminina correspondendo a 29,5% de  todos os novos casos de câncer no Brasil e a 46,3% mundialmente. Com o aumento da sobrevida das mulheres tratadas por câncer de mama, torna-se necessária a avaliação do efeito de recursos terapêuticos para as morbidades decorrentes do tratamento cirúrgico do câncer de mama. O Armeo® é um dispositivo que combina a robótica com a realidade virtual, sendo um exoesqueleto tridimensional, que fornece suporte ante gravidade e também assistência ou resistência ao movimento do participante, conforme necessário. Este estudo tem por objetivo comparar o efeito da reabilitação por terapia robótica na funcionalidade do membro superior envolvido no tratamento cirúrgico do câncer de mama com a terapia convencional. METODOLOGIA Ensaio Clínico Randomizado Aberto, de grupos paralelos, estratificado pelo tipo de cirurgia. Serão incluídas 24 mulheres, Divididas entre Grupo experimental (GE), que receberá terapia robótica, e Grupo controle (GC), que receberá terapia convencional, por 12 sessões 3x na semana, por 45 minutos, a figura 1 representa o fluxo de trabalho e de inclusão. A figura 2 demonstra o robô utilizado para tratamento experimental. A figura 3 representa a terapia robótica, e a figura 4 a terapia convencional. Figura 1 - Fluxograma de trabalho Critérios de inclusão Mulheres na faixa etária de 30 a 60 anos;  Submetidas à quadrantectomia, mastectomia, mastectomia radical ou modificada; Que realizaram esvaziamento axilar nos três níveis; Período de pós-operatório de 45 a 90 dias. Critérios de exclusão Afecções cutâneas, Doenças circulatórias não controladas, Submetidas ao esvaziamento axilar bilateral, Diagnosticas com metástase no membro superior, Período da Radioterapia, Período gestacional, Instabilidade hemodinâmica, Incapacidade cognitiva. Avaliação Avaliação sociodemográfica Aavaliação Física e Clínica Avaliação da Funcionalidade Questionários: DASH, SPADI, FACT4 +B. Figura 2 - Robô Armeo Figura 3 - Terapia Robótia Figura 4 - Terapia Convencional RESULTADOS O estudo está na fase de coleta, portanto não apresenta resultados. De acordo com a revisão sistemática realizada para este estudo, outros autores que utilizaram o Armeo® para a reabilitação da Funcionalidade de alterações ocasionadas por outras patologias, demonstraram uma eficácia significativamente melhor que a terapia convencional.

Análise da metilação do DNA livre circulante no rastreamento do câncer colorretal 160 Adhara Brandão Lima¹; Mariana Bisarro dos Reis¹; Maraisa Cristina da Costa², Denise Aparecida Cruz Rocha², Rui Manuel Reis¹; Denise Peixoto Guimarães1,3 ¹Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, ²NAP- Núcleo de Apoio ao Pesquisador,³Departamento de Endoscopia e de Prevenção, Hospital de Câncer de Barretos, Brasil. Introdução O câncer colorretal (CCR) é o terceiro tipo de câncer mais comum no mundo, Nenhuma lesão + PH A detecção do câncer em estágio inicial e suas lesões precursoras pode diminuir a Adenoma precoce + LSS incidência e mortalidade por esta doença. Estratégias menos invasivas como a Adenoma avançado + Câncer biópsia líquida, podem auxiliar na investigação de biomarcadores para o rastreamento do CCR. Objetivo Analisar os níveis de DNA livre circulante (cfDNA) e o status de metilação do gene SEPT9 no plasma de participantes do programa de rastreamento do Hospital do Câncer de Barretos, correlacionando os achados com dados anatomopatológicos das lesões colorretais. Materiais e métodos Figura 2. Concentração de cfDNA entre os três grupos de pior lesão (p= 0,047). n.s: não significativo, * p<0,05. PH: Pólipo hiperplásico; LSS: Lesão séssil serrilhada.. Foram incluídos 232 pacientes com pesquisa de sangue oculto nas fezes positiva e submetidos a colonoscopia. O cfDNA foi extraído a partir de 3-5 ml de Dentre os 232 participantes, o status de metilação foi avaliado para 75, plasma pelo kit QuiaAmp Circulating Nucleic Acid e quantificado pelo Qubit sendo distribuídos da seguinte forma de acordo com a pior lesão encontrada: 12 Fluorometric Quantification. O cfDNA foi convertido por bissulfito de sódio e a sem lesão significativa, 6 pólipos hiperplásicos, 2 lesão séssil serrilhada, 37 detecção da metilação do gene SEPT9 foi realizada utilizando o Sistema QX200 adenoma precoce, 14 adenoma avançado, 4 câncer (Tabela 2). Droplet Digital PCR system, por discriminação alélica (Figura 1). Os valores do número de cópias metiladas e não-metiladas foram normalizados e o status de A) metilação foi calculado a partir dos dados obtidos. Plasma Droplet Digital PCR (ddPCR) Extração de cfDNA Geração de PCR Leitura da QiAamp Circulating droplets fluorescência Nucleica Acid Kit Quantificação de cfDNA B) Qubit Fluorometric Quantification Conversão por Figura 3. Resultado representativo do ensaio de ddPCR para análise da metilação do bissulfito de sódio gene SEPT9 nas amostras. A) Número de eventos totais (verde escuro),metilados (azul) EZ DNA Methylation Gold e não-metilados (verde claro). B) Gráfico 2D de fluorescência. Figura 1: Fluxograma metodológico usado para extração do cfDNA e análise de metilação O grupo de participantes com câncer apresentou os maiores valores por ddPCR. para a concentração média de cópias metiladas e não-metiladas por ml de plasma (16,62 cópias metiladas/ml, 4,22 cópias não-metiladas/ ml) e para a Resultados porcentagem de metilação (29,1%) para o gene SEPT9 (Figura 4). Um total de 232 pacientes foi incluído, apresentando idade media de 57,5 Tabela 2. Resultados da análise de metilação para o gene SEPT9 de acordo com os anos , sendo 153 (66%) mulheres. A média da concentração de cfDNA obtida dos grupos de pior lesão identificados na colonoscopia. pacientes foi de 14,1 ng/ml com uma mediana de 11,3 ng/ml (1,17 -192 ng/ml). A maioria das lesões encontradas foi adenoma precoce, correspondendo à 51,3% do total das amostras (Tabela 1). Tabela 1. Descrição das amostras do estudo. Conclusão Os níveis de cfDNA correlacionaram significativamente com a lesão de maior gravidade. Baseados em resultados preliminares, o maior nível de cópias As concentrações médias de cfDNA foram significativamente maiores nos metiladas do gene SEPT9 foi encontrado nos participantes que possuíam câncer grupos de câncer e adenoma avançado quando comparados com os grupos sem lesões significativas (p=0,047) (Figura 2). colorretal. Agradecimentos . Referência: Normanno N,. The liquid biopsy in the management of colorectal cancer patients: Current applications and future scenarios. Cancer Treat Rev. 2018;70:1-8.

163 Avaliação ergonômica da postura do cirurgião durante a prostatectomia radical pela via aberta, laparoscópica e robótica Marcel Calegari Hayashi1,,2Pâmella Arielle Sandrin Veitas1, Almir José Sarri,1 Roberto Dias Machado,1 Mauricio Murce Rocha,3 Stênio de Cássio Zequi,3 Marcos Tobias-Machado4,,5 Anis Taha4,,5 Eliney Ferreira Faria1,6 1- Hospital de Amor de Barretos, Barretos – SP, Brasil / 2 - Faculdade de Medicina de Catanduva, Catanduva – SP, Brasil / 3 - AC Camargo Cancer Center, São Paulo – SP, Brasil / 4- Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, São Paulo – SP, Brasil/ 5- Hospital São Luiz Rede D´Or, São Paulo – SP, Brasil / 6- Hospital Felício Rocho, Belo Horizonte – MG, Brasil Introdução Dados Média O adenocarcinoma de próstata possui elevada incidência possuindo 31 - 48 anos 39,3 anos como proposta terapêutica a cirurgia de prostatectomia radical (PTR). O desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas acarretam desor- 64 - 90 kg 80,1 kg dens músculo-esqueléticas nos cirurgiões e a cirurgia robótica surge como uma oportunidade de reduzir esses danos. 1,7 – 1,9 m 1,77 m A presente pesquisa avalia a ergonomia e riscos músculo esqueléticos do cirurgião nos diferentes métodos de PTR por meio de cálculos da avali- IMC 25,56 km/m2 ação postural segundo a técnica de REBA (Rapid Entire Body Assessment). 3 – 20 anos experiência em PTR 9,5 anos Materiais e Métodos 1 – 8 cirurgias semanais 3,83 cirurgias semanais Estudo observacional controlado transversal com coleta prospectiva de 33 procedimentos (11 PTR pela via aberta, 11 laparoscópica e 11 robóti- 12 – 20 horas/semana de trabalho 15,3 horas/semana ca) com significância de 0,05 e poder de 0,9. Os procedimentos foram filmados num plano sagital em relação aos cirurgiões, pausado a cada 3 100% masculino minutos com análise dessas posturas estáticas. O resultado fornece o nível do risco para lesões músculo esqueléticas com REBA de 1 a 15 e 100% mão direita dominate um nível de ação que a ser considerado. 0 – 5 �pos de a�vidades �sicas 2,7 �pos de a�vidades �sicas Resultados 100% não tabagista Analisadas, até o momento, 21 cirurgias, 9 pela via laparoscópica, 8 robóticas e 4 abertas realizadas por doze cirurgiões. Média de idade de 5,5% com afastamento prévio 39,3 anos e 94% com mais de 100 procedimentos realizados em 9,5 anos de experiência. Os procedimentos laparoscópicos e abertos Tabela 1: Dados demográficos gerais (Kg: quilogramas; m: metros; IMC: índice de tiveram duração de 173,3 e 174,4 minutos com REBA médio de 4,61 e massa corpórea; PTR: prostatectomia radical) 4,95 respectivamente. Na via robótica a duração media foi de 133,3 minutos com 44,5 análises ergonômicas por procedimento Tempo (min) Análises REBA REBA REBA e REBA médio de 2,99. metade inicial metade final FINAL Robó�ca 133,3 44,5 3,03 2,94 2,99 VLP 173,3 57,6 4,67 4,54 4,61 Aberta 174,4 58,1 5,01 4,89 4,95 Tabela 2: Dados cirúrgicos e ergonômicos (VLP: videolaparoscópica; REBA: Rapid En�re Body Assessment) Conclusão Procedimentos complexos como a cirurgia oncológica necessita um mínimo esforço postural e a plataforma robótica pode amenizar essas desordens. O esforço físico do cirurgião ficou demonstrado pelas analises posturais com resultados menos incidentes na via robótica. O auxilio robótico ameniza esses des- gastes físicos e protocolos de ergonomia podem ser es- truturados, podendo-se prevenir assim queixas e poste- riores lesões osteomusculares que influenciem a ativi- dade profissional do cirurgião.

EFEITO DO 3-BROMOPIRUVATO EM CÉLULAS DE MELANOMA RESISTENTES AO VEMURAFENIBE Vital, P. S. 1 ; Bonatelli, M. 1 ; de Oliveira, E. A. 2 ; Maria-Engler, S. S. 2 ; Pinheiro, C. 1,3 166 1 Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos 2 Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo INTRODUÇÃO 3 Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata – FACISB RESULTADOS O melanoma é o tipo tumoral mais agressivo dentre as neoplasias cutâneas. Ensaio de Viabilidade - 24h (A375R) Ensaio de Viabilidade - 48h (A375R) Um grande avanço na sobrevida dos pacientes acometidos por esta doença foi dado após o desenvolvimento do vemurafenibe (PLX), antineoplásico inibidor da 125 PLX + 3BP (24h) 125 atividade da proteína BRAFV600E, cuja mutação é encontrada em 3BP (24h) PLX + 3BP (48h) aproximadamente 50% dos melanomas. No entanto, mais do que 90% dos pacientes submetidos a esta terapia desenvolvem resistência à droga. Tumores 100 100 3BP (48h) BRAFV600E são dependentes do efeito Warburg, caracterizado como a 75 reprogramação do metabolismo energético com produção de lactato, mesmo em 75 ambiente aeróbico. Os transportadores de monocarboxilato (MCTs) são 50 primordiais nesse contexto e, para tanto, são considerados potenciais alvos 50 terapêuticos contra o câncer. O MCT1 foi descrito como o principal mediador da 25 sensibilidade para o 3-bromopiruvato (3BP), um inibidor de metabolismo celular 25 que já se mostrou responsável por restaurar a sensibilidade a quimioterápicos em 0 certos tipos tumorais. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar o efeito do 0 tratamento com 3-bromopiruvato como agente antineoplásico para o tratamento % Viabilidade % Viabilidade de melanomas resistentes ao vemurafenibe. 0 0 MÉTODOS 5 5 10 10 LINHAGENS RESISTENTES AO PLX 25 25 A375R e SKMEL28R 50 50 75 75 100 100 150 150 0 0 5 5 10 10 25 25 50 50 75 75 100 100 150 150 Concentração 3-BP [M] Concentração 3-BP [M] Ensaio de Viabilidade - 24h (SKMEL28R) Ensaio de Viabilidade - 48h (SKMEL28R) 125 PLX + 3BP (24h) 125 3BP (24h) PLX + 3BP (48h) 100 100 3BP (48h) 75 50 75 25 0 50 % Viabilidade 25 0 5 0 10 % Viabilidade 25 50 0 75 5 100 10 150 25 0 50 5 75 10 100 25 150 50 0 75 5 100 10 150 25 50 75 100 150 Concentração 3-BP [M] Concentração 3-BP [M] Figura 1 – Viabilidade das linhagens A375R e SKMEL28R após 24h e 48h de exposição a diferentes concentrações de 3BP (0-150 µM), na presença e ausência de PLX (4,5 µM para A375R e 6,0 µM para SKMEL28R), avaliada por meio do ensaio de sulforodamina B. Dados apresentados como média ± erro padrão das triplicatas biológicas e experimental. Tabela 1 – Valores de IC50 das linhagens A375R e SKMEL28R após 24h e 48h tratamento com 3- bromopiruvato, na ausência e na presença de PLX. Dados apresentados como média ± erro padrão para 95% da média. Linhagem Tratamento IC50 (µM) 24h 48h A375R PLX + 3BP 44,61 ± 3,00 48,11 ± 2,83 3BP 60,47 ± 3,78 52,46 ± 3,02 SKMEL28R PLX + 3BP 92,99 ± 2,26 72,21 ± 3,17 3BP 81,64 ± 2,65 65,93 ± 2,36 A B Expressão de GLUT1 Expressão de PDK Expressão protéica [pixels] 150 A375R Expressão protéica [pixels] 50 * A375R * SKMEL-28R 40 SKMEL-28R 100 30 20 50 10 00 Expressão de GLS Expressão de LDHV Expressão protéica [pixels] 150 A375R Expressão protéica [pixels] 150 ** A375R SKMEL-28R SKMEL-28R * 100 100 CURVAS DE VIABILIDADE CELULAR 50 50 IC50 do tratamento com 3BP sozinho ou com PLX PARÂMETROS DE AGRESSIVIDADE CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL 00 TUMORAL METABÓLICO Figura 2 – Avaliação da expressão das principais enzimas relacionadas ao metabolismo tumoral nas linhagens *Antes de após tratamento com IC50 do 3BP *Antes de após tratamento com IC50 do 3BP A375R e SKMEL28R. A. Ensaio de Western Blotting. B. Representação gráfica dos resultados obtidos pelo ensaio de Western Blotting. Dados apresentados como média ± erro padrão das duplicatas biológicas e experimental. * p≤0,05; ** p≤0,01. EEnnsasiaoioddeeVViaiabbiliildidaaddee–-2244hh((AA337755RR)) EEnnssaaioioddeeVViaiabbiliildidaaddee–- 2244hh ((SSKKMMEELL2288RR)) Ensaio de Proliferação - 24h (A375R) EEnnssaaiioo ddee PPrroolliiffeerraaççããoo -- 2244hh ((SSKKMMEELL2288RR)) 125 125 150 **** 115500 125 ** **** **** 112255 ******** 100 110000 ******** 100 100 75 50 7755 **** **** 25 5500 75 75 2255 50 50 25 25 VIABILIDADE CELULAR WESTERN-BLOTTING % Viabilidade % Viabilidade % Proliferação %%PPrroloiliffeerraaççããoo PROLIFERAÇÃO CELULAR QUANTIFICAÇÃO DE GLICOSE E 0 0 0 00 MIGRAÇÃO CELULAR LACTATO EXTRACELULAR DPBS + + DPBS + + DPBS + + DDPPBBSS ++ ++ PLX + + PLX ++ PLX + + PPLLXX ++ ++ 3BP(IC50) ++ 33BBPP((IICC5500)) ++ ++ 3BP(IC50) ++ 3BP(IC50) ++ INVASÃO CELULAR Figura 3 – Viabilidade e proliferação das linhagens A375R e SKMEL28R após 24h de exposição ao IC50 de 3BP (60µM em monoterapia e 45µM em terapia combinada com PLX, para A375R, e 80µM em monoterapia e 90µM em terapia combinada com PLX, para SKMEL28R), na presença e ausência de PLX (concentração fixa de 4,5 µM para A375R e 6,0 µM para SKMEL28R), avaliada por meio do ensaio de sulforodamina B. Ensaios CONCLUSÃO normalizado pela viabilidade do grupo DPBS. Dados apresentados como média ± erro padrão das triplicatas O composto 3BP foi capaz de reduzir a agressividade tumoral em linhagens de biológicas e experimental. ** p ≤ 0,01; **** p≤0,0001. melanoma resistentes ao PLX, se mostrando um fármaco promissor contra melanomas resistentes à terapia-alvo anti-BRAFV600E. Ensaios adicionais avaliando Influxo de Glicose - 24h (A375R) Influxo de Glicose - 24h (SKMEL28R) Efluxo de Lactato - 24h (A375R) Efluxo de Lactato - 24h (SKMEL28R) expressão proteica após tratamento, formação de colônias, migração e invasão celular seguem em desenvolvimento de forma a complementar os dados já 0.8 * 1.5 * obtidos até o momento. 1.5 * 0.8 1.0 0.6 ** 1.0 * 0.6 0.5 0.5 0.4 0.4 Variação da concentração de glicose [nmol/biomassa] Variação da concentração de glicose [nmol/biomassa] Variação da concentração de lactato [nmol/biomassa] Variação da concentração de lactato [nmol/biomassa] 0.2 0.2 0.0 0.0 0.0 0.0 DPBS ++ DPBS ++ DPBS ++ DPBS ++ PLX + PLX ++ PLX ++ PLX ++ 3BP + 3BP(IC50) ++ 3BP(IC50) ++ 3BP(IC50) ++ ++ Figura 4 – Influxo de glicose e efluxo de lactato das linhagens A375R e SKMEL28R após 24 horas de exposição ao IC50 de (60µM em monoterapia e 45µM em terapia combinada com PLX, para A375R, e 80µM em monoterapia e 90µM em terapia combinada com PLX, para SKMEL28R), na presença e ausência de PLX (concentração fixa de 4,5µM para A375R e 6,0µM para SKMEL28R). Valores obtidos pela diferença entre a Jovem pesquisador – 2015/25351-6 concentração de glicose final, pela concentração de glicose inicial e, pela diferença entre a concentração de Mestrado – 2019/14189-4 lactato inicial, pela concentração de lactato final. Dados apresentados como média ± erro padrão das triplicatas biológicas e experimental. * p≤0,05; ** p≤0,01.

AVALIAÇÃO DO COMPRIMENTO DOS TELÔMEROS COMO BIOMARCADOR PARA INDIVÍDUOS OCUPACIONALMENTE EXPOSTOS AOS AGROTÓXICOS Isabela Maria Campanelli dos Santos¹, Jefferson Tennesse da Silva Vicente²; André van Helvoort Lengert¹; Vivian Kahl³; Juliana da Silva4 ; Henrique César Santejo Silveira¹, ² 167 ¹Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, Brasil. ²Universidade de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. ³Unidade de Regulação do Comprimento dos Telômeros, Westmead , Australia. 4 Universidade Luterana do Brasil, Rio Grande do Sul, Brasil INTRODUÇÃO O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. O uso de agrotóxicos também aumenta a exposição dos trabalhadores rurais. Além disso, devido à sua toxicidade intrínseca, os pesticidas podem causar várias doenças, incluindo o câncer. Diante disso, é importante avaliar o efeito de agentes genotóxicos precoces nas células usando biomarcadores de exposição, como os telômeros. O objetivo do estudo é avaliar o comprimento do telômero como um potencial biomarcador para a associação da possível influência da exposição ocupacional a pesticidas e o risco de desenvolvimento de câncer. MÉTODOS RESULTADOS Todos os participantes serão analisados ​na Primeiramente, a metodologia foi realizada e implementada. A faixa etária de 21 a 65 anos, divididos em dois otimização foi estabelecida e a curva padrão foi realizada em seis grupos: pontos (diluição 1:10) com um coeficiente de eficiência de 100%. AB Grupo 1: Indivíduos não Grupo 2: Indivíduos expostos a agrotóxicos expostos a agrotóxicos PCR em Tempo Real Figura 2. Implementação da técnica A: 36B4 Padrão. B: Telomêro Padrão. Comprimento Telomerico Absoluto 100 Análise de dados aTL (kb/diploid genome) 80 Figura 1. Representação dos grupos do estudo e análise dos dados 60 através da PCR em Tempo real. A metodologia de PCR em Tempo Real usada para avaliar o comprimento dos telômeros foi baseada no 40 protocolo de O'Callaghan e Fenech (2011). 20 CONCLUSÃO 0 Trabalhadores Controles Figura 3. Análises iniciais entre o grupo exposto aos agrotóxicos. Verificou-se significância estatística no comprimento dos telômeros quando comparado com o grupo sem exposição exposição (˂ 0,044). Esses resultados são importantes para a próxima fase deste projeto, que verificará se os telômeros podem ser biomarcadores para a avaliação da instabilidade genômica em relação à exposição a pesticidas e o potencial risco de desenvolvimento de câncer. APOIADORES E PARCEIROS:

176 PADRÕES ALIMENTARES E RISCO DE CÂNCER DE MAMA EM MULHERES PRÉ-MENOPÁUSICAS: UM ESTUDO CASO- CONTROLE CARMO, P. G.¹; CRISPIM , S.P²; VAZQUEZ, F.L.¹ ¹ Hospital de Amor de Barretos ² Universidade Federal do Paraná [email protected] INTRODUÇÃO METODOLOGIA Na pré-menopausa, o câncer de mama é descrito Trata-se de um estudo caso-controle e geralmente como uma doença atípica na ausência de multicêntrico. Foram recrutadas mulheres de 20 a histórico familiar, no entanto, estudos em diferentes 45 anos com câncer de mama, que residiam no populações apontam uma crescente incidência estado de São Paulo há pelo menos três anos. ocorrendo na ausência desse histórico. Para Os controles foram indivíduos não portadores de mulheres na pré-menopausa a evidência de uma câncer, pareados considerando a idade de ± 3 relação entre padrões alimentares e o risco de câncer anos e município de origem. Um questionário de de mama até o momento não é conclusiva¹ ² frequência alimentar semi-quantitativo validado foi OBJETIVOS aplicado. Para identificar os padrões alimentares Identificar padrões alimentares e examinar suas definidos a posteriori foi utilizada a Análise Fatorial associações com o risco de câncer de mama em por meio de Componentes Principais seguida de mulheres pré-menopáusicas. rotação ortogonal. RESULTADOS Foram identificados três padrões dietéticos: Não houve diferença significativa entre casos e controles na adoção dos padrões alimentares, no Saudável” - composto por hortaliças, entanto, casos jovens (20 a 40 anos) apresentaram principalmente as crucíferas, queijo branco, menor adesão ao padrão “Saudável” (p 0,04). peixes, frutas, iogurte desnatado, ovos, Etilistas apresentaram menor adesão ao padrão oleaginosas e aveia; “Hortaliças” em ambos os grupos, e para os controles o consumo de álcool foi associado ao padrão “Padrão ocidental” – composto de pães “Ocidental”. preparados a partir farinhas refinadas, carnes A adoção do padrão “Saudável” foi altamente processadas, doces e refrigerantes; correlacionada com a massa muscular no grupo controle (ICC 065). “Padrão hortaliças” - foi majoritariamente CONCLUSÃO composto por verduras e legumes, seguido de café Identificamos associações significantes entre os três com açúcar. padrões dietéticos e estilos de vida não saudáveis. REFERÊNCIA ¹Gardeazabal I, Romanos-Nanclares A, Martinez-Gonzalez MA, Castello A, Sanchez-Bayona R, Perez-Gomez B, et al. Mediterranean dietary pattern is associated with lower incidence of premenopausal breast cancer in the Seguimiento Universidad de Navarra (SUN) Project. Public Health Nutr. 2020:1-12. ²Cespedes EM HF. Dietary patterns: from nutritional epidemiologic analysis to national guidelines. Am J Clin Nut. 2015;101:889-90.

Perfil Epigenético do câncer de pulmão não pequenas células de pacientes brasileiros Sheila Silveira Fernandes1, Anna Luiza Vicente1, Pedro De Marchi2,3, Eduardo Caetano Albino Pinto4, Vinicius Duval da Silva4, Flavio Augusto Ferreira da Silva5, Akram Ghantous6, Zdenko Herceg6, Rui Manuel Reis1,7, Leticia Ferro Leal1 177 1Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil; 2Departamento de Medicina Oncológica, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil; 3Grupo Oncoclínicas, Rio de Janeiro, Brasil; 4Departamento de Patologia, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil; INTRODUÇÃO 5Departamento de Tórax, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil; 6International Agency for Research on Cancer, 7Centro de Diagnóstico Molecular, Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, Brasil • A exposição a agentes cancerígenos ocupacionais e ambientais podem alterar o perfil epigenético e desencadear o desenvolvimento do câncer de pulmão. • Estudos com abordagem em larga escala vem sendo realizados a fim de analisar o padrão de metilação do DNA em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC). Figura: A metilação consiste na adição de um radical metil em CpG. Podendo ocorrer a • Porém, ainda não há estudos com essa abordagem em CPNPC no Brasil. hipometilação ou a hipermetilação na região. (Fonte: Elaborado pelo autor, 2020). OBJETIVOS Avaliar o perfil de metilação em um grupo de pacientes brasileiros com CPNPC e associar com características clinicopatológicas. METODOLOGIA Casuística Grupo Controle CPNPC n=12 n=67 (tecido normal adjacente) Extração DNA Conversão por Metiloma Análises Enriquecimento Validação ddPCR (QIASymphony) bissulfito de sódio (Kit Infinium Methylation Bioinformáticas de vias QX-200, QuantiSoft EPIC - 850k Beadchips) (Pipeline IARC) (ZymoResearch) (BioMethyl e (Bio-Rad, EUA) MethylGSA) ✓ Hospital de Câncer de Barretos × p >0,05 Análises Estatísticas ✓ Disponibilidade material biológico × fold change <2 • teste χ2 ou teste exato de Fisher ✓ Tecido congelado tumoral e normal × AUC <0,75 • método Kaplan-Meier ✓ Extração: Biobanco Institucional × localizados fora da região promotora • teste de Log-Rank × mapeados em cromossomos sexuais • ROC e AUC × contendo SNPs e reações cruzadas RESULTADOS PARCIAIS RESULTADOS ESPERADOS ✓ Todas as amostras passaram pelo controle de qualidade Espera-se que o presente estudo possa identificar genes diferencialmente metilados entre: do experimento. ✓ Não foi observado efeito batch. TECIDO TUMORAL ADENOCARCINOMA ✓ A etapa de análises bioinformáticas está em andamento. X X Tabela – Dados clinicopatológicos e sociodemográficos dos pacientes TECIDO NORMAL CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS com CPNPC incluídos no estudo (n=67) Variáveis n% Idade (anos) Mediana 59 (19 – 81) ESTADIAMENTOS INICIAIS FUMANTES / EX FUMANTES Sexo X X Estadiamento Masculino 43 64,2% ao diagnóstico ESTADIAMENTOS AVANÇADOS NUNCA FUMANTES Feminino 24 35,8% Histologia I 17 25,4% Tabagismo II 12 17,9% Os resultados desse estudo podem contribuir para o direcionamento do manejo clínico de pacientes brasileiros III 14 20,9% por meio da identificação de novos biomarcadores. IV 24 35,8% FINANCIAMENTO Adenocarcinoma 55 82,1% Carcinoma células escamosas 11 16,4% Adenoescamoso 01 1,5% Nunca fumante 11 16,4% Fumante atual 32 47,8% Ex-fumante > 15 anos 6 8,9% Ex-fumante ≤ 15 anos 18 26,9%

Programa de educação para equipe multidisciplinar para a padronização da conduta não farmacológica do delirium em pacientes oncológicos em Cuidados Paliativos Cintia Helena Coutinho da Silva1,2,3,4, Carlos Eduardo Paiva1,2,3, Bianca Sakamoto Ribeiro Paiva1,2,3. 181 1. Grupo de Pesquisa em Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (GPQual), Hospital de Câncer de Barretos, São Paulo. 2. Pós-graduação Stricto Sensu em oncologia, Hospital de Câncer de Barretos. 3. Grupo de Pesquisas em Enfermagem Oncológica - Hospital de Câncer de Barretos. 4. Unidade de Cuidados Paliativos - Hospital de Câncer de Barretos INTRODUÇÃO: MATERIAIS E MÉTODOS: O delirium é uma síndrome neurocognitiva que pode ocorrer com Estudo pré e pós intervenção, que contará com a participação dos mais frequência em idosos e pacientes com câncer, principalmente profissionais da equipe multidisciplinar - enfermeiros, técnicos de naqueles com doença avançada. Mais de 50% dos pacientes com enfermagem, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, psicólogos e câncer avançado apresentam delirium e até 93% desenvolverão assistentes sociais - do Hospital de Amor- Unidade de Cuidados delirium antes de morrer. Uma fonte de sofrimento intenso para os Paliativos, o programa será constituído de 3 etapas. pacientes, seus familiares, cuidadores e profissionais, causando desgaste emocional e psicológico. Realizar a conduta adequada no Etapa 1 delirium é ainda uma questão desafiadora para a equipe que muitas vezes sofre junto a família. Aproximadamente 70% dos pacientes Identificar os conhecimentos dos profissionais a com delirium têm subtipos hiperativos ou mistos, caracterizado por respeito das medidas não farmacológicas para agitação que representa a manifestação mais angustiante e desafiadora delirium por meio de um questionário desenvolvido do delirium, assim intervenções não farmacológicas, como controle ambiental e auxílio à orientação, devem ser universalmente para esse estudo fornecidas e padronizadas, portanto se faz necessário que a equipe esteja preparada para a identificação urgente desta síndrome. Etapa 2 OBJETIVO GERAL: Com base na análise das respostas da etapa 1, será desenvolvido um programa de educação com o objetivo de Padronizar a conduta não farmacológica do delirium em pacientes orientar sobre o delirium e medidas não farmacológicas – oncológicos em cuidados paliativos. Avaliação e análise do conhecimento após o programa, OBJETIVO ESPECIFICO : utilizando o mesmo protocolo da etapa 1. ▪Identificar o conhecimento da equipe multidisciplinar sobre medidas Etapa 3 não farmacológicas para o delirium; ▪Realizar um programa educativo sobre delirium e medidas não Implementação do programa, na Unidade farmacológicas para a equipe multidisciplinar; de Cuidados Paliativos, com o objetivo ▪Avaliar a adesão da implementação do protocolo não farmacológico do delirium pelos profissionais da equipe multidisciplinar de fazer parte da rotina diária dos profissionais. RESULTADOS PARCIAIS: AGRADECIMENTO Realizada, até o momento, a primeira etapa da pesquisa e inserido todos os dados coletados no Redcap. É com imenso carinho que agradecemos aos profissionais da Unidade Espera-se implementar um protocolo de medidas não farmacológicas de Cuidados Paliativos que são maravilhosos na arte de cuidar destes para delirium e que este possa ter adesão dos profissionais da equipe pacientes tão especiais. multidisciplinar e inclusive podendo ser replicado em outras instituições oncológicas do Brasil REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. Bruera E, Bush SH, Willey J, Paraskevopoulos T, Li Z, Palmer JL, et al. Impact of delirium and recall on the level of distress in patients with advanced cancer and their family caregivers. Cancer. 2009;115(9):2004-12.

ANÁLISE RETROSPECTIVA DA EXPRESSÃO DE EBV E PD-L1 EM CARCINOMA DE NASOFARINGE EM UMA POPULAÇÃO BRASILEIRA Josiane Mourão Dias, Lidia Pimenta de Azevedo, Ana Carolina de Carvalho, André Lopes Carvalho, Lidia Maria Rebolho Batista Arantes. Hospital de Amor Barretos 184 INTRODUÇÃO Dentre as diversas neoplasias que podem surgir na região da nasofaringe, o carcinoma compreende a maioria dos casos. Esta neoplasia apresenta uma distribuição geográfica distinta, o que sugere uma etiologia multifatorial para a doença. Em populações de alta incidência o risco parece depender da interação de diversos fatores como infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV), predisposição genética e hábitos de vida. Já locais de baixa incidência como Estados Unidos e Europa, o carcinoma de nasofaringe (CNF) está associado ao consumo de álcool e tabagismo. O tratamento baseia-se em radioterapia isolada ou em associação a quimioterapia, a depender do estadio clínico da doença. Com o advento da imunoterapia, o papel dos inibidores de checkpoint tem sido vastamente estudado, assim como biomarcadores de resposta a esta terapia, entre eles encontra-se, o ligante de morte celular programada-1 (PD-L1) nas células tumorais. MÉTODOS Serão selecionados 120 pacientes retrospectivamente com CNF que foram tratados no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital de Amor Barretos de janeiro de 2007 a dezembro de 2018. A avaliação de infecção por EBV será realizada através da análise por hibridização in situ e a expressão de PD- L1 será realizada através de reação de imuno-histoquímica. Os resultados encontrados nas análises de EBV e PD-L1 serão correlacionados aos dados demográficos e clínicos, além de associados com resposta terapêutica e sobrevida destes pacientes. RESULTADOS PRELIMINARES Até o momento foram revisados dados de 68 prontuários. Destes, 1 foi excluído por tratar-se de carcinoma mucoepidermóide e 10 por não possuírem material tumoral disponível. Dentre os 57 casos analisados, a mediana de idade foi 48 anos e 56% tinham idade menor que 50 anos ao diagnóstico. Em relação ao status do EBER (ácidos ribonucleicos codificados pelo EBV), 40 amostras já apresentavam a análise realizada. Destas, 35 (87,5%) eram positivas para EBER, 3 (7,5%) eram negativas e 2 (5%) eram inconclusivas. CONCLUSÃO Espera-se com este projeto uma melhor compreensão das características de nossa população para tentarmos aprimorar o tratamento e qualidade de vida dos portadores de CNF.

EFEITO DO PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE BASEADO EM MINDFULNESS EM ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL ONCOLÓGICO 188 Fernanda Vieira Zabeu, Carlos Eduardo Paiva, Bianca Sakamoto Ribeiro Paiva. Hospital de Amor Barretos INTRODUÇÃO RESULTADOS A enfermagem é uma profissão que está diretamente relacionada Participaram do estudo 25 enfermeiros, sendo 88% mulheres, ao cuidado holístico das pessoas com enfermidades. No âmbito maioria casadas 52%, 64% não apresentavam nenhum problema de da oncologia, a relação de cuidado é ainda mais estreita e o saúde, ao realizar a avaliação baseline foi observado que 13 (54,2%), profissional lida com situações conflitantes e desgastantes. apresentavam escores ≥ 9 para sintomas de ansiedade e 18 (75%) Identifica-se um crescente aumento de sintomas como o estavam sem sintomas de depressão. Durante o percurso do estudo 7 estresse, burnout, ansiedade e depressão nestes profissionais (28%) participantes desistiram (figura 3).  A média do escore de que podem interferir diretamente no desempenho de suas estresse percebido foi de 29(±6,24) baseline e 24,9(±18,31) pós atividades laborais e na vida cotidiana. Desse modo esse estudo intervenção (p=,015). A avaliação de burnout demonstrou alta tem por objetivo avaliar o efeito de um programa de promoção da exaustão emocional com escore médio no baseline de 28,8(±10,6), e saúde baseado em mindfulness na redução de sintomas de pós intervenção 25,5(±12,9), baixa despersonalização 5,1(±7,1) e ansiedade, em enfermeiros da oncologia em 9 semanas após a 5,0(±5,8) e alta realização pessoal 38,4(±6,0), 39,4(±6,4) intervenção. demonstrado na tabela 1. A figura 4 representa a classificação do burnout. MATERIAIS E MÉTODOS Figura 3 - Fluxograma de inclusão Ensaio clínico, sem grupo controle não controlado. Foram incluídos enfermeiros do Hospital de Câncer de Barretos que Tabela1 - Representação geral entre os momentos pré e pós intervenção dos preencheram os critérios de inclusão. Para a coleta dos dados questionários PSS, MASS, BSE, HADS. foram utilizados questionários de caracterização sociodemográficas e dados relacionados à saúde/trabalho, e relacionadas ao cotidiano dos profissionais de enfermagem, HADS (escala hospitalar de ansiedade e depressão), PSS (escala de estresse percebido), MBI-SS (maslach burnout inventory), SWS (escala de bem-estar subjetivo) e MASS (mindful attention awareness scale). Aplicados no baseline e pós-intervenção de MBHP. Fluxograma do estudo figura 1, e o informativo da palestra Mindfulness representado na figura 2 Figura 1 - Fluxograma do estudo HADS, PSS, MASS, BSE, Burnout demonstrados pela média do escore. Figura 4- Representação da classificação do Burnout momentos baseline e pós-intervenção de Mindfulness. Figura 2 - Palestra CONCLUSÃO A intervenção proposta foi eficaz na redução do estresse, ansiedade e nível de burnout nos enfermeiros participantes do estudo.

Determinação do perfil de expressão de microRNAs em tumores de células germinativas de ovário e testículo na infância Ana Glenda Santarosa Vieira¹, Thaíssa Maria Veiga Faria2, Gisele Eiras Martins1, Ana Carolina Laus3, André van Helvoort Lengert3, Luciane Sussuchi da Silva3, Milene Girio Marques do Nascimento4, Martins Fideles dos Santos Neto4, Marco Antônio de Oliveira5, Rui Manoel Reis3, Mariana Tomazini Pinto3, Luiz Fernando Lopes¹. 190INTRODUÇÃO ¹Oncologista pediátrica - Hospital de Câncer Infanto-Juvenil de Barretos, Brasil; 2Núcleo de Apoio ao Pesquisador - Hospital de Câncer Infanto-Juvenil de Barretos, Brasil; 3Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular - Hospital de Câncer de Barretos, Brasil; 4Biblioteca Científica - Hospital de Câncer de Barretos, Brasil; 5Núcleo de Epidemiologia e Bioestatística - Hospital de Câncer de Barretos, Brasil. RESULTADOS Os Tumores de Células Germinativas (TCG) são neoplasias benignas ou malignas e podem ser de vários tipos Um total de 45 amostras de pacientes com TCGs gonadais foram avaliados. As características clínico- histológicos, de acordo com o grau de diferenciação celular. Histologicamente são classificados em dois principais patológicas são descritas na tabela abaixo. tipos, conhecidos como seminomatosos e não-seminomatosos. TCGs seminomatosos são tumores constituídos por células germinativas indiferenciadas que se assemelham a espermatogônia e oogônia jovem. Quando presentes no Tabela 1. Características clínico-patológicas de pacientes com TCG gonadais testículo são chamados seminoma, disgerminoma no ovário e germinoma quando são encontrados em sítio extragonadal. TCGs não seminomatosos são subdivididos em carcinoma embrionário, tumor do saco vitelino (seio endodérmico ou YolkSac tumor), teratoma maduro e teratoma imaturo. Os TCGs acometem indivíduos de qualquer faixa etária e podem ocorrer em diversos sítios no corpo humano, como por exemplo sítios gonadais (ovário e testículo) e extragonadais (mediastino, região sacrococcígea, sistema nervoso central, retroperitônio, vagina, coração, fígado etc). Representam cerca de 3% de todos os tipos de câncer em menores de 18 anos e alguns são mais frequentes à medida que a puberdade se instala, outros são típicos em bebês, porém são raros do quarto ao sétimo ano de vida. Os TCGs malignos têm uma incidência anual de 4 por milhão de crianças menores de 15 anos de idade e os teratomas são relatados de forma menos consistente aos registros de câncer, mas acredita-se que sejam responsáveis ​por aproximadamente metade de todos os casos. O estadiamento é realizado pelo determinado local de acometimento. Sendo assim, para tumores testiculares é utilizado o estadiamento do grupo americano Children’s Oncology Group (COG) e para tumores ovarianos é utilizado o estadiamento da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) versão 2014 e para fins comparativos utilizamos também a classificação do COG. Atualmente os TCGs malignos, em geral, possuem excelente sobrevida com ressecção cirúrgica conservadora e tratamento quimioterápico baseado em cisplatina e embora a taxa de cura seja alta, 20% dos indivíduos apresentam recidiva e/ou progressão com chance de sucesso limitada. Dessa forma, a investigação dos mecanismos moleculares envolvidos nos TCGs é de extrema importância. Estudos genéticos e epigenéticos vem ganhando espaço na pesquisa do câncer, incluindo os microRNAs (miRNAs), no qual são pequenos RNAs endógenos não codificantes, formados por uma sequência de 18 a 25 nucleotídeos. O papel destes miRNAs nos TCGs pediátricos, entretanto, ainda não foi bem elucidado e acreditamos que possam ter papel fundamental no diagnóstico, acompanhamento e principalmente na descoberta precoce de recidiva ou evolução desfavorável. Portanto, o objetivo do presente estudo foi analisar a expressão dos miRNAs em pacientes pediátricos com TCGs de ovário e testículo, tratados no Hospital de Câncer Infantojuvenil de Barretos. MÉTODOS A Figura 1 demonstra de forma resumida a estratégia experimental adotada neste estudo. O controle de qualidade foi avaliado pelo software nSolver 3.0 e os passos de filtragem, normalização e análise de expressão diferencial serão executados no ambiente estatístico R (R-project v3.6.1; The R Foundation, Viena, Austria). As análises revelaram oito miRNAs superexpressos nas amostras tumorais comparadas com o tecido normal, incluindo miR−424−5p, miR−450a−5p, miR−320d−3p, miR−372−3p, miR−302a−3p, miR−373−3p, miR−302b−3p e miR−302c−3p (Figura 3). Ainda, dois miRNAs apresentaram baixa expressão nas amostras tumorais, sendo eles miR−10b-5p e let-7d-5p. Foi realizado uma análise hierárquica não supervisionada (fold-change ≥2 e p ≤0,05), no qual observou-se dois grandes grupos arranjados separando as amostras de tecido normal juntamente com teratomas maduro e imaturo das amostras de tecido tumoral com componente histológico maligno. Figura 1. Fluxograma da estratégia experimental que será realizada no projeto. group 1 0.5 O estudo envolveu pacientes brasileiros diagnosticados com tumores de células germinativas de ovário e local 0 testículo acompanhados no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2017, com idade de 0 a 18 anos, tratado pelos −0.5 Protocolos Brasileiros de TCG 99 e 2008 do Hospital de Câncer Infanto-Juvenil de Barretos (Figura 2). A busca pelos hist −1 pacientes, bem como a coleta de dados como características clínico-patológicas (evolução clínica, recidiva, sobrevida e resposta ao tratamento) foram retrospectivas por prontuários arquivados no setor de serviço de arquivo médico e idade estatístico (SAME). metastase Figura 2. Fluxograma dos pacientes incluidos e excluídos do estudo. recidiva As lâminas correspondentes aos blocos de parafina de um total de 32 amostras de ovários e 13 amostras de testículos removidos durante a cirurgia ou fragmentos do tumor removidos por biópsia foram analisadas por um estad patologista especialista em tumores da infância, para confirmação diagnóstica e classificação histológica, previamente. Ainda 5 amostras de tecido adjacente ovariano e 5 de tecido testicular foram coletadas como controles. estad_T A área tumoral foi delimitada pelo patologista para isolamento do material do tumor e submetidas à extração cog de RNA utilizando o kit RecoverAll Total Nucleic Acid Isolation Kit (Thermo Fisher Scientific, Waltham, Massachusetts, EUA). A qualidade do RNA foi avaliada utilizando o NanoDrop® Spectrophotometer v3.7 (Thermo Fisher Scientific, hsa−miR−10b−5p Waltham, Massachusetts, EUA) e após reavaliada utilizando o Qubit. hsa−miR−503−5p hsa−miR−450a−5p A expressão dos microRNAS foi avaliada utilizando a plataforma Nanostring através do painel nCounter® hsa−miR−424−5p Human v3 miRNA Expression Assay (CSO-MIR3-12, NanoString Technologies) hsa−miR−514b−5p hsa−miR−506−3p hsa−miR−507 hsa−miR−514a−3p hsa−miR−509−3p hsa−miR−513b−5p hsa−miR−513c−5p hsa−miR−508−3p hsa−miR−199a−5p hsa−miR−199a−3p+hsa−miR−199b−3p hsa−miR−214−3p hsa−let−7a−5p hsa−let−7b−5p hsa−let−7g−5p hsa−miR−100−5p hsa−miR−99a−5p hsa−let−7c−5p hsa−miR−125b−5p hsa−let−7e−5p hsa−let−7d−5p hsa−miR−98−5p hsa−miR−145−5p hsa−let−7f−5p hsa−miR−26a−5p hsa−miR−195−5p hsa−miR−29b−3p hsa−miR−29a−3p hsa−miR−29c−3p hsa−miR−497−5p hsa−miR−93−5p hsa−miR−7−5p hsa−miR−371a−5p hsa−miR−372−3p hsa−miR−373−3p hsa−miR−1915−3p hsa−miR−601 hsa−miR−663a hsa−miR−1246 hsa−miR−3195 hsa−miR−122−5p hsa−miR−302b−3p hsa−miR−302a−3p hsa−miR−302d−3p hsa−miR−367−3p hsa−miR−302c−3p hsa−miR−302a−5p hsa−miR−146a−5p hsa−miR−142−3p hsa−miR−21−5p hsa−miR−196b−5p hsa−miR−323a−3p hsa−miR−431−5p hsa−miR−200b−3p hsa−miR−205−5p hsa−miR−141−3p hsa−miR−200c−3p hsa−miR−9−5p P49 P10 P26 P25 P60 P63 P23 P64 P65 P29 P61 P47 P33 P57 P59 P02 P68 P58 P67 P37 P55 P40 P06 P15 P14 P22 P56 P31 P32 P41 P36 P38 P42 P43 P20 P19 P13 P16 P17 P21 P52 P45 P39 P51 P09 P53 P03 P70 P54 P48 P05 P11 P18 P07 group local hist idade metastase recidiva estad estad_T cog Normal Ovário Carcinoma Embr ionário >= 10 anos Sim Sim I I I Tumor Testículo Normal <= 2 anos Não Não II II II Disgerminoma 2−10 anos III IV III Seio Endodérmico IV IV Teratoma Imaturo Grau I Teratoma Imaturo Grau II Teratoma Imaturo Grau III Teratoma Maduro Figura 3. Heat map dos miRNAs diferencialmente expressos nos tumores de células germinativas (TCG). As colunas representam os grupos controle e com TCG e as linhas representam os microRNAs diferencialmente expressos. A coloração do cluster é gerada pelos valores de expressão de acordo com a chave na lateral direita da figura. CONCLUSÃO Novas análises serão realizadas na tentativa de definir algum miRNA específico em tumores de células germinativas nesta população além de relacionar estes miRNAs diferencialmente expressos às características demográficas, clínicas e patológicas dos pacientes. Estes resultados poderão ocasionar uma melhoria no prognóstico e diagnóstico desses pacientes e assim aumentando as chances de cura e sobrevida.

Impacto do Aconselhamento e Educação Pré-operatória na diminuição dos níveis de ansiedade em pacientes com tumores ginecológicos e colorretal: um Ensaio Clínico Randomizado 195 Milena Roberta Teixeira; Ricardo dos Reis. Hospital de Amor Barretos INTRODUÇÃO As cirurgias podem ser entendidas pelos pacientes como um processo de transição, capaz de impulsionar instabilidade e produzir efeitos negativos provisórios ou permanentes. Considerando o despreparo do paciente relacionado ao procedimento cirúrgico que irá ser submetido, acaba despertando ainda mais esses anseios, desenvolvendo sintomas de ansiedade, medo, tristeza entre outros. Portanto este estudo tem por objetivo avaliar o impacto do aconselhamento e educação pré-operatória na diminuição dos níveis de ansiedade em pacientes submetidas a cirurgias por tumores ginecológicos, colorretal e pacientes com diagnóstico de NIC (qualquer estágio), doença precursora. OBJETIVO Avaliar o impacto do aconselhamento e educação pré-operatória na diminuição dos níveis de ansiedade em pacientes submetidas a cirurgias por tumores ginecológicos, colorretal e pacientes com diagnóstico de NIC (qualquer estágio), doença precursora. MÉTODOS Trata-se de um Ensaio Clínico Randomizado Aberto, na figura 1, observa-se a randomização entre grupo experimental (GE) e grupo controle (GC) e ainda estratificada por tipo de cirurgia. O GE, receberá o Aconselhamento e Educação Pré-operatória (intervenção) de tudo o que ocorrerá na cirurgia por uma enfermeira treinada com utilização de material de suporte, já o GC, receberá a orientação padrão que o próprio médico faz durante a consulta. Figura 1 - Randomização Critérios de Inclusão: Pacientes entre 20 a 80 anos Submetidos a tratamento cirúrgico para o câncer ginecológico ou colorretal, Submetidos a cirurgia por via laparotômica, laparoscópica ou robótica. Critérios de exclusão: Pacientes tratados em outro serviço oncológico anteriormente.      Pacientes e/ou familiares que se negarem a participar do estudo. Pacientes que serão internadas na UTI. Instrumentos de Coleta: Para avaliação da intensidade dos sintomas, será utilizada a Escala Edmonton Symptom Assesment System, Para a avaliação da presença de sintomas de ansiedade e depressão, será utilizada a escala Hospital Anxiety and Depression Scale, Além de análise de variáveis clínicas, sociodemográficas e afins. Todos os dados serão armazenados no REDCap. RESULTADOS ESPERADOS Por se tratar de um estudo recente e que está na fase de coleta dos dados, ainda não é possível identificar resultados analisados, mais espera- se que o aconselhamento detalhado desenvolvido para este estudo, influencie positivamente nos sintomas observados no paciente durante o processo da cirurgia, pré e pós-operatório.


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