ESTA REVISTA É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL LABOR N.º 1139, DE 15 DE OUTUBRO DE 2015,NÃO PODENDO SER VENDIDA SEPARADAMENTE
Indústria quer investir 160 PAGs. 4-6 milhões de euros até 2020 Mercados extracomunitários PAGs. 8-10 seguram exportações Calçado mantém segundo PÁGs. 12-13 preço mais alto do mundo Recorde de portugueses PÁGs. 20-23 na Micam Diretor Pedro Silva GDS quer atrair mais PÁGs. 26-28 visitantes Redação Anabela S. Carvalho Vendas aumentam 130% PÁGs. 30-31 na Colômbia Diana Familiar Fotografia Exportação de marroquinara PÁGs. 34-36 aumenta 300% em quatro anos Arquivo labor Rui Guilherme Feiras quase em simultâneo PÁGs. 38-39 NUNO SANTOS FERREIRA preocupam empresários Publicidade Fernando Aguiar Fernando Moreira Maquetagem/Grafismo Ana Paiva Rui Guilherme Execução LABORPRESS - Ediçõese Comunicação Social, Lda Tel. 256 202 600 Fax: 256 202 609 [email protected] www.labor.pt Rua Oliveira Júnior, 933700-206 S. João da Madeira Impressão FIG - Coimbra 3
Calçado cria “cluster” e investe160 milhões até 2020 A indústria portuguesa altamente competitiva, fundada euros. As exportações da fileirade calçado prevê investir 160 no conhecimento e na inovação”. do calçado aumentaram 49%milhões de euros até 2020, nos na última década, atingindo osdomínios da inovação, inter- Inovação, internaciona- 1,978 mil milhões no ano passa-nacionalização e qualificação, lização e qualificação são os do. Portugal exporta anualmenteanunciou a associação do setor domínios onde a associação mais de 95% da sua produção(APICCAPS), em Milão, na pre- pretende investir cerca de 160 para mais de 150 países.sença do ministro da Economia. milhões de euros até 2020, no quadro do projeto “O Cluster do Cerca de 50 milhões de O objetivo da APICCAPS Calçado e da Moda”, também euros serão dirigidos ao domí-é “ser a referência internacio- apresentado em Milão e submeti- nio da inovação e 36 milhões ànal da indústria de calçado pela do ao Portugal 2020, o novo ciclo qualificação. A APICCAPS quersofisticação e pela criatividade, de fundos comunitários. rejuvenescer o setor, assumindoreforçando as exportações por- que “a formação para o topo, otuguesas alicerçadas numa base Só para reforçar a inter- design como fator diferenciador,produtiva nacional, sustentável e nacionalização, o investimento o empreendedorismo e a recon- previsto ronda os 70 milhões de 4
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versão de jovens”, serão deter- de concursos lançados. Em declarações ao Ne-minantes. Contudo, Pires de Lima gócios, Fortunato Frederico la- menta que “por ter salvo uma A ideia é recolher parte do não deixou de ouvir algumas empresa (a rede de lojas Foreva,financiamento no Portugal 2020 críticas sobre o assunto. Pires que estava falida), passando amas a maioria do investimento de Lima foi confrontado direta- minha a ser considerada gran-será privado, opção defendida mente por um industrial, o dono de, tenha sido premiado com umtambém pelo ministro da Eco- da Macosmi, para quem “o aces- corte total de incentivos”. “Mes-nomia, Pires de Lima. Em visita so aos fundos comunitários não mo com as ajudas, gastávamosà Micam, o ministro disse que está bem feito”. Questionado mais de um milhão de euros em“o investimento privado deve ter pelo Negócios sobre a matéria, promoção no estrangeiro. Agorauma lógica de rentabilidade que o ministro desvalorizou a obser- que vamos precisar de investirdeve começar nos empresários”. vação. “Visitei hoje, talvez, 40 ainda mais em feiras, pois que-“O apoio comunitário surge como dos 93 stands. Houve um em 40, remos duplicar a nossa produçãoum adicional que pode ajudar o que dá uma média de 2,5%, nos próximos 10 anos, criandoesses investimentos”, disse aos que se referiu a um problema de mais 300 postos de trabalho, ti-jornalistas. acesso a fundos comunitários”, ram-nos as ajudas. É uma malta começou por responder Pires de porreira”, comentou. Apoio para feiras lima, que, ainda de acordo com o foi reduzido Negócios, “exagerou nos núme- Norte recebe ros e médias debitadas - até ao maior fatia O Portugal 2020 aprovou momento, tinha visitado 15 stan-até agora 7,5 milhões de euros ds, o que dá uma média próxima As PMEs do Norte vãoà APICCAPS para fortalecer a dos 7%”. pode candidatar-se a 1,2 milimagem da “Indústria mais Sexy milhões de euros de fundos noda Europa” até ao verão. O an- Ainda assim, o próprio âmbito do programa Norte 2020.terior programa de incentivos presidente da associação em- O presidente da Comissão deinvestiu 55 milhões de euros na presarial do sector (APICCAPS) Coordenação e Desenvolvimen-internacionalização do calçado e presidente da Kyaia, o maior to da Região Norte esteve emportuguês. O ministro da Eco- grupo português de calçado, Milão, numa visita à maior feiranomia realçou que Portugal foi o afirma ao Negócios que “o Por- de calçado do mundo, onde es-primeiro país da União Europeia tugal 2020 é uma desilusão”. A tão representadas 93 empresasa aprovar o novo quadro comu- questão está no apoio dado à portuguesas, 91 delas com sedenitário e garantiu que até àquele internacionalização, nomeada- no norte do país. No anterior ciclomomento – no decurso da Mi- mente à participação em feiras, de fundos comunitários, o sectorcam - existiam mais candidatu- que rondava 75%. De acordo do calçado ficou em segundo lu-ras relacionadas com a competi- com as novas regras, as grandes gar no ranking das empresas quetividade e internacionalização do empresas deixaram de ter apoio mais beneficiaram de apoios doque no anterior quadro comuni- e as pequenas e médias empre- ON2.tário em igual período e número sas viram essa comparticipação descer para 50%. 6
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Crises em Angola e na Rússiaabrandam ritmo de exportações Não são conhecidos ca- primeiro trimestre do ano mas euros, apenas 0,8% a mais dosos críticos de empresas que na Rússia a quebra chegou que em igual período de 2014,tenham sucumbido às crises no muito perto dos 50%. Luís Ono- escreve o Jornal de Notícias. Amercado angolano e russo mas fre, estilista que chegou a ter este facto não é alheia a insta-é um facto que estas acabaram na Rússia uma grande fatia das bilidade na Rússia e países cir-por afetar as exportações portu- suas vendas, não tem dúvidas cundantes, assim como a criseguesas de calçado, cujo cres- que a Europa “subestimou em do petróleo em Angola.cimento abrandou no primeiro demasia um país tão importan-trimestre deste ano. te”. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, As saídas de calçado No global do trimestre, o as exportações caíram mesmopara Angola caíram 5,05% no setor exportou 485 milhões de 2,7% em janeiro e 3% em fe- 8
vereiro. Mas o crescimento de um crescimento muito acentua- ou Colômbia”. “Recorde-se que o país tudo11% em março acabou por com- do (54%) desde 2009”. O “apro- Em declarações ao JN, tem feito para impedir a saídapor a balança. O fenómeno é fundar de fenómeno da sazona- de divisas”, observa o Notícias.encarado com naturalidade pela lidade” é uma das explicações várias empresas confirmam difi-Associação Portuguesa dos In- avançadas pela associação, culdades de negociação em An- A Rússia representavadustriais de Calçado, Compo- que insiste na consolidação do gola e Rússia. A Ferreira Avelar menos de 2% das vendas danentes, Artigos de Pele e Seus calçado português nos princi- & Irmão, detentora da marca Ferreira Avelar mas Ruben Fon-Sucedâneos (APICCAPS), para pais mercados europeus e o de calçado clássico Profession seca reconhece que todos es-quem 2015 “será um ano de reforço da presença em merca- Bottier, afirma ter 4.000 pares tes fatores contribuem para queconsolidação do setor nos mer- dos extracomunitários como os de sapatos em carteira para An- os industriais de calçado vivamcados internacionais, depois de EUA, Canadá, China, Austrália gola, que não pode enviar por um momento de “algum sufo- “dificuldades de pagamento”. co”. “Nós temos 95% da época 9
preenchida, felizmente. Não nos Madrid e Barcelona”, afirma primeiro semestre praticamentepodemos queixar. Mas a verda- Onofre, citado pelo JN. inalteradas face a igual períodode é que, o ano passado por de 2014, nos 887 milhões deesta altura, havia um excedente Recorde-se que a in- euros. Trata-se de um aumentode encomendas”, afirma ao JN. dústria de calçado fechou 2014 homólogo de 0,44% o sexto ano com 87 milhões de pares expor- consecutivo de crescimento do Se a crise na Rússia tados, no valor total de 1864 mi- setor. Paulo Gonçalves, diretortinha sucedido há três anos, lhões de euros, segundo os da- de comunicação da APICCAPS,Luís Onofre poderia atravessar dos finais disponibilizados pelo reconhece que o setor está amomentos muito delicados. É o INE. No entanto, a APICCAPS revelar alguma dificuldade nospróprio que o reconhece. O esti- apresenta valores ligeiramente mercados europeus, onde alista de Oliveira de Azeméis tem inferiores porque decidiu expur- falta de dinamismo no consumopassado os últimos dois anos gar operações que considerou se faz sentir, mas garante queem busca de mercados alterna- suspeitas. Em concreto, não a indústria “continua a manter ativos, como os Estados Unidos considerou 10 milhões de pa- expetativa de um novo ano dee os países nórdicos, onde tem res de sapatos no valor de 18 afirmação do calçado portuguêsevoluído favoravelmente, o que milhões de euros, que terá sido nos mercados externos”.acabou por compor as coisas. importado da China e reexpor- tado para Espanha e Itália, a De acordo com os da- “É uma pena muito gran- preços médios de 1,82 euros. dos da associação, na primei-de, a Europa lidou muito mal Em alguns casos, não iam além ra metade de 2015 as vendascom esta situação toda, porque dos 77 cêntimos. Os números para fora da União Europeiaa Rússia mexe com a Europa que a associação considera cresceram 6%, destacando-toda. Todos os locais de turismo corresponderem às exporta- se os “bons desempenhos” doestão a sofrer com isto e as ven- ções da indústria portuguesa setor na Austrália (crescimentodas de bens, sejam eles de pri- em 2014 são de 77 milhões de de 7%), Canadá (mais 10%),meira necessidade ou de luxo, pares no valor total de 1.846 mi- China (aumento de 81%),também. Basta ter em conta a lhões de euros. Colômbia (mais 196%), EUAquebra de clientes russos em (crescimento de 43%) e JapãoPortugal, no sul de França, nas Já este ano, as expor- (mais 17%).ilhas espanholas ou, até, em tações do calçado fecharam o 10
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“Operações estranhas” alteram dados das exportaçõesA quebra permitiu ainda assim que a indústria do calçadoportuguesa mantenha o segundo maior preço médio do mundo de 24 euros por par de sapato A Associação Portugue- Em causa esteve “uma acedidos pela mesma fontesa dos Industriais de Calçado, série de operações ´estranhas´ demonstram que a indústria deComponentes, Artigos de Pele e de exportação de calçado, calçado portuguesa produziu eSeus Sucedâneos (APICCAPS) oriundo da China, e que Portu- exportou 77 milhões de paresretirou 10 milhões de pares de gal vendeu depois para Espa- de sapatos no valor de 1.846 mi-sapatos no valor de 18 milhões nha e Itália”, segundo o Dinheiro lhões de euros. O preço médiode euros aos dados das expor- Vivo. do calçado também sofreu umatações de calçado em 2014. alteração de 21,43 euros para Os dados atualizados 12
24 euros por par de sapatos por- tor executivo da APICCAPS, ao Guarda e Mafra, além de Lisboa estrangeiros, designadamentetugueses. O valor permite ainda Dinheiro Vivo. e Porto”. chineses e espanhóis”, afirmouassim que os sapatos portugue- ao Dinheiro Vivo.ses mantenham a posição de “Estamos a falar de cal- No cruzamento de infor-segundo maior preço médio do çado sintético e calçado têxtil, mações cedidas pelo INE so- A eliminação destasmundo sendo apenas destrona- ou seja em plástico e em tecido, bre as exportações por tipo de “operações estranhas” tem o in-do pela Itália. cujo preço médio habitual, sen- calçado, o concelho e a lista de tuito de construir a história da in- do oriundo da china, ronda os principais exportadores “deteta- dústria do calçado com base em As suspeitas começaram seis ou sete euros por par. Cla- mos a existência de uma série números corretos bem como de-com o preço médio dos pares ramente, é calçado subfaturado de empresas muito recentes fender a imagem da APICCAPSde sapatos. O Dinheiro Vivo e admitimos que as autoridades com não mais do que dois ou enquanto entidade que “preten-apurou que “os preços médios aduaneiras tenham identificado três anos de atividade – e que de ser a referência internacionaldestes sapatos, de material sin- o problema porque nada indica usavam Portugal como mero da indústria de calçado, pelatético e têxtil, eram da ordem de que a situação se esteja a re- porto de transhipment nas suas sofisticação e pela criativida-1,82 euros e, em alguns casos, petir este ano”, constatou João operações de importação da de. Essa estratégia passa peloficavam-se pelos 77 cêntimos o Maia ao Dinheiro Vivo. china e de reexportação para reforço das exportações portu-par”. O valor apresentado de- Espanha e Itália”, revelou João guesas, alicerçadas numa basemonstra que “não é possível Além disso, as “opera- Maia ao Dinheiro Vivo. Neste produtiva nacional, sustentávelproduzir em Portugal. Esse valor ções estranhas” eram “oriundas processo não foram identifica- e altamente competitiva, funda-nem dá para pagar uma palmi- de quatro concelhos com pouca, dos os proprietários mas “sabe- da no conhecimento e na inova-lha”, confirmou João Maia, dire- ou mesmo nenhuma, tradição mos que os gerentes são todos ção”, concluiu João Maia. na indústria do calçado como 13
Contrafação prejudica Portugal em mil milhões A produção de roupa, anuais de 43,3 mil milhões de çalves, diretor de comunicaçãosapatos e acessórios falsifica- euros e o desaparecimento de da Associação Portuguesa dosdos provoca uma quebra de 452 518 mil empregos”. As conse- Industriais de Calçado, Compo-milhões de euros que equivale quências não ficam por aqui, nentes, Artigos de Pele e Seusa 10% das vendas totais em “os 28 estados membros da UE Sucedâneos (APICCAPS), aoPortugal. A considerar todos os veem as suas receitas fiscais Dinheiro Vivo.efeitos diretos e indiretos o pre- reduzidas em 8,1 mil milhões dejuízo chega aos 992 milhões de euros anuais, entre IVA, IRC e As indústrias do calçadoeuros e à perda de 25 mil postos contribuições sociais que ficam e do têxtil e vestuário têm umade trabalho. por pagar”. grande importância na balança da economia portuguesa. Por Segundo o Dinheiro A prática da contrafa- um lado, a indústria do calçadoVivo, o estudo do Instituto de ção “tenderá a aumentar se cria 35 mil postos de trabalho eHarmonização no Mercado In- não forem tomadas as devidas atingiu um novo máximo nas ex-terno (IHMI) demonstra que, “no providências, à medida que as portações com 1,87 mil milhõesconjunto da União Europeia, a empresas portuguesas forem de euros. Por outro, a indústriacontrafação é, direta e indireta- ganhando reputação à escala têxtil e vestuário cria 123 milmente, responsável por perdas universal”, afirmou Paulo Gon- postos de trabalho e exporta 4,3 14
milhões de euros. das empresas mais conceitu- “as situações apresentadas re- Por estas e outras ra- adas do setor. Irreverente, a sultaram de intervenções das Eject era a sua marca mais co- autoridades policiais no des-zões, Paulo Gonçalves admitiu nhecida e que chegou a patro- mantelamento concreto dasao Dinheiro Vivo que é “urgente cinar jovens atores portugueses operações, o que poderá sig-o reforço de vistorias, mas tam- da série ´Morangos com Açú- nificar que Portugal e Espanhabém a agilização dos processos car´”, segundo o Dinheiro Vivo. são mais efetivos no combateem tribunais”. a este problema do que os de- “Itália é o centro mais países”. “Não posso acre- Neste campo há empre- nervoso de todo o ditar que a contrafação seja emsas portuguesas que lutam con- Portugal e Espanha um proble-tra a contrafação da sua marca crime” ma mais grave do que na Ale-nos tribunais portugueses e in- manha, na Roménia ou na Itá-ternacionais. Na opinião de Paulo lia. Pelo contrário, do que pude Vaz, diretor-geral da Associa- extrair, a Itália é o centro nervo- Um dos casos mais re- ção da Indústria Têxtil e Ves- so de todo o crime organizadocentes está ligado ao estilista tuário de Portugal (ATP) ao de contrafação na europa, ousanjoanense Miguel Vieira que Dinheiro Vivo, “os números como fabricante ou como distri-venceu a ação por imitação da apresentados pelo IHMI são buidor”, assumiu o diretor-geralsua marca e por uso indevido do um pouco excessivos”. Todavia, da ATP ao Dinheiro Vivo.seu logótipo que estava há 15 não deixa de salientar o estudoanos nos tribunais. O industrial enquanto ferramenta “interes- Paulo Vaz entende quede Felgueiras acabou condena- sante e útil. Nunca saberemos a contrafação é um aconteci-do a pagar uma indemnização até que ponto retrata na fideli- mento “muito preocupante” quede 225 mil euros incluindo ju- dade e na plena extensão esta deve ser combatido com a “cria-ros. O estilista sanjoanense tem realidade, que é complexa, gra- ção de atitudes cívicas adequa-outra ação judicial semelhante ve e que deve ser fortemente das. O consumidor tem quena China cujos contornos pode- combatida”. perceber que o consumo derão ser mais morosos e difíceis. bens contrafeitos é uma atitude O estudo do IHMI denun- censurável. Acredito que muitas O caso de Joaquim Car- cia “alguns casos que envolve- pessoas nem sequer tenham avalho provou ser “uma vitória ram não apenas a indústria do consciência que o que estãoamarga” porque “acabou por le- calçado italiana, mas também a fazer é comparável a seremvar a empresa, a J. Sampaio & fábricas têxteis portuguesas”, recetoras de mercadoria rouba-Irmão, arrastando o empresário sublinha o Dinheiro Vivo, en- da”, concluiu ao Dinheiro Vivo.para a insolvência pessoal”. A J. quanto Paulo Vaz recorda queSampaio & Irmão, “com mais de30 anos de atividade, era uma 16
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China é líderincontestada da produção mundialPortugal está em produção mundial de calçado, mais complexo barómetro à in- 19.º no ranking da enquanto a Europa fica-se pe- dústria de calçado a nível inter-produção mas tem los 3%. nacional” e cuja edição relativa o segundo preço a 2014 foi apresentada em julho Os dados constam do úl- na Alemanha. mais alto timo World Foowear Yearbook, uma publicação da Associação Em 2014 nada de novo. É a maior produtora mas Portuguesa dos Industriais do A China tem a quantidade, atem também um dos preços de Calçado, Componentes, Artigos Europa o preço. A Ásia é res-exportação mais baixos. A Chi- de Pele e Seus Sucedâneos ponsável por 88% da produçãona produz quase dois terços da (APICCAPS), descrita como “o mundial de calçado, sendo seis 18
dos 10 principais produtores de A associação setorial consumidor. Em números, pro-calçado mundial países asiáti- antecipa, contudo, que, devido duzimos 75 milhões de parescos. Depois da China, os EUA ao sucesso das recentes ino- de sapatos em 2014 e comprá-e a Índia surgem no segundo e vações em sintéticos e plásti- mos 52 milhões.terceiro postos, respetivamente. cos, o preço médio seja “rea- justado em baixa”. “Espera-se Em declarações ao Jor- A China lidera igual- que nos próximos anos o preço nal de Notícias, João Maia, di-mente nas exportações, sendo médio do calçado português retor-executivo da APICCAPS,a origem de mais de sete em possa ser reajustado em bai- sublinha que o reforço da posi-cada 10 pares de calçado ex- xa, à medida que forem sendo ção asiática enquanto produto-portados. introduzidos novos produtos, ra não deve merecer uma “pre- nomeadamente a exportação ocupação particular”. “O nosso Quanto ao preço médio de calçado em outros mate- modelo de negócio é outro. Porde exportação por par, a Itália riais (por exemplo sintéticos e isso, temos migrado a nossaregista o valor mais alto (50,92 em plástico)”, disse à agência produção para os segmentosdólares - 45,12 euros), segui- Lusa fonte da Associação dos de maior valor acrescentadoda de Portugal (31,88 dólares Industriais do Calçado, Compo- e apostado na valorização dos- 28,25 euros) e França (31,74 nentes, Artigos de Pele e Seus nossos produtos à escala mun-dólares - 28,13 euros). O cal- Sucedâneos (APICCAPS). dial”, argumenta João Maia.çado espanhol fica-se pelo 7.ºlugar da lista (com um preço Segundo a associação, O diretor-executivo damédio de 22,03 dólares - 19,52 este é o caminho apontado APICCAPS salienta, ainda,euros), ainda assim muito aci- no último plano estratégico do que “o prestígio do calçadoma dos 4,44 dólares (3,94 eu- setor, o FOOTure 2020, já que português continua em alta,ros) do par de calçado chinês. “permitirá a Portugal diversifi- assegurando o segundo maior car a sua gama de produtos, preço médio de exportação, a Portugal tem o segun- de modo a aprofundar a estra- seguir a Itália”. Com exporta-do preço mais alto do mundo, tégia de penetração em novos ções totais no valor de 1,846posição que mantém de anos mercados”. mil milhões de euros, corres-anteriores. Conforme explica a pondentes a 77 milhões deAPICCAPS, a “forte especializa- No ranking da produ- pares, Portugal fechou o anoção” de Portugal na produção e ção, Portugal regressa à 19.º como 12.º maior exportador,exportação de calçado em cou- posição – desce um lugar – um lugar abaixo do ano ante-ro - mais de 80% - foi “determi- mas sobe nove lugares como rior.nante para este resultado”. 19
Nunca uma feira recebeu tantos portugueses A maior comitiva empre- tante do setor e da balança co- metros a promover a indústriasarial portuguesa de sempre mercial portuguesa que costuma portuguesa de calçado, autoin-participou no início de setembro ser destacada pelo próprio Go- titulada a mais sexy da Europa,na theMicam, a maior e mais verno através da presença dos foi estrategicamente colocado àprestigiada feira internacional de seus membros em Milão. Desta saída do metropolitano junto aocalçado, que decorre em Milão, vez, coube ao ministro da Eco- recinto da feira.capital italiana da moda, e que nomia, Pires de Lima, a visitacelebrou a 80.ª edição. Ao todo, aos empresários. A associação tem tam-estiveram em Itália 93 empresas bém prevista a distribuição denacionais de calçado, a segun- A aposta é justificada variados materiais de ‘merchan-da maior delegação estrangeira pelo facto de a promoção comer- dising’, tais como 5.000 sacos edepois de Espanha. Nunca um cial externa ser “a primeira das catálogos, 1.000 revistas ‘Por-evento no exterior recebeu tan- prioridades para a indústria por- tuguese Soul’ (uma edição datos empresários portugueses. tuguesa de calçado”. Os núme- APICCAPS) e 1.000 etiquetas ros são animadores. A indústria para malas de viagem. De acordo com a Asso- coloca já mais de 95% da suaciação dos Industriais do Cal- produção em mais 150 países, Uma campanha de “con-çado, Componentes, Artigos de num valor próximo dos 1.900 tinuidade” onde não falta publi-Pele e Seus Sucedâneos (APIC- milhões de euros, mas quer con- cidade em revistas. SegundoCAPS), as empresas portugue- tinuar a reforçar a sua posição o diretor de comunicação dasas representadas em Milão relativa nos mercados externos. APICCAPS, Paulo Gonçalves, a“respondem por mais de 8.000 associação investiu na comprapostos de trabalho e sensivel- Prova disso é a cam- de publicidade em oito revistasmente 500 milhões de euros de panha que desenvolveu para internacionais ligadas ao setor.exportação”. Uma quota impor- acompanhar a deslocação a Mi- O destaque recai sobre 10 pági- lão. Um outdoor de seis por três nas ilustradas com sapatos das 20
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marcas portuguesas Nobrand, com a Mipel, a quem foi reser- pela CEC (Confederação Eu-Lemon Jelly, Goldmud, Cuba- vado um dos pavilhões do re- ropeia do Calçado). Ainda as-nas, Silvia Rebatto e Gino B cinto. O objetivo é partilhar si- sim, o número de visitantesna Vogue Itália Accessory. Este nergias entre os dois setores, foi inferior. De acordo com adossiê na Vogue absorve mais facto realçado como positivo organização da Micam, a fei-de metade dos 120 mil euros pela organização da feira e ra recebeu 30.800 visitantes,afetados à promoção. que a associação portuguesa quando na edição de agos- do calçado também aprovei- to de 2014 recebeu 34.176 e Menos tou. Três das empresas leva- em fevereiro 32.212. A queda visitantes das pela APICCAPS expuse- registou-se entre os visitan- ram precisamente na Mipel. tes da Rússia - o que era re-A última edição da Micam foi lativamente esperado devidomarcada por algumas altera- O recinto também aco- ao colapso da moeda russações. Há uma relação maior lheu, no último dia do evento, e as sanções internacionais o primeiro Fórum Internacio- em curso - Japão e Itália. Os nal do Calçado, organizado 22
expositores também foram fileira num “mega programa à referência ao nível mundial e o “fortíssimo dinamismo” e omenos: cerca de 1.500 de 50 escala internacional” que se constitui, por isso, uma mon- investimento dos empresáriospaíses. traduzirá na presença em cer- tra fundamental para mostrar ao nível da “inovação e das ca de 60 dos “mais prestigia- e promover uma das indús- melhores práticas de gestão”, A presença portugue- dos” fóruns internacionais da trias mais inovadoras e com- como também a aposta nasa é apoiada pelo Programa especialidade. petitivas do tecido empresa- qualificação dos trabalhado-Compete 2020, no âmbito da rial” português. res. “São milhares de pesso-estratégia promocional defi- Ministro as a trabalhar nesta indústrianida pela associação e pela convencido Pires de Lima não pou- e são elas que tornam esteAgência para o Investimento e pa elogios à performance das setor num campeão nacio-Comércio Externo de Portugal Em declarações ao Di- exportações do setor dos últi- nal, não só de produtividade,(AICEP). No total, a estratégia nheiro Vivo, o ministro des- mos anos, nem aos números mas também de exportações”,promocional do setor portu- taca que “a MICAM é uma “verdadeiramente impres- adiantou.guês do calçado prevê a parti- das feiras internacionais de sionantes” de 2014. E diz-cipação, durante o ano 2015, se “confiante” que em 2015de cerca de 150 empresas da sê-lo-ão mais ainda. Destaca 23
APICCAPS fez homenagema diretor da AICEP Pier Franco Shiavone, A homenagem em nome re fonte da associação. “Comodiretor da delegação da AICEP das empresas nacionais de estamos a trabalhar no país que- Agência para o Investimento calçado pretendeu salientar o é o nosso mais direto concor-e Comércio Externo de Portu- papel do dirigente de naciona- rente, o papel diplomático e degal em Milão, foi homenagea- lidade italiana na abertura de abertura de ‘portas’ e de contac-do pela Associação Portugue- portas no principal mercado tos que ele tem desempenhadosa dos Industriais de Calçado, concorrente do português. “Tem é uma das chaves fundamentaisComponentes, Artigos de Pele e sido um esteio, um apoio fun- para o sucesso das empresas eseus Sucedâneos (APICCAPS) damental na organização das para o reconhecimento que hojeno decurso da Micam, a mais feiras em Itália para a indústria as organizações de feiras emimportante feira internacional que a APICCAPS representa: Itália têm das empresas nacio-de calçado para os empresários calçado, componentes e marro- nais”, justifica a APICCAPS.portugueses. quinaria (artigos de pele)”, refe- A associação tem reali- 24
STAZ LINDES Inspired by the ‘70szado uma média de 12 feiras de uma história de sucesso.por ano, entre as quais estão No ano 2000 vendiam-se emas duas maiores em termos Itália 920 mil pares de sapatosde participantes nacionais, portugueses. Hoje, esse valorambas em Itália: Micam, em atinge os 2,8 milhões. De ape-Milão, e Expo Riva Schuh, em nas 13,42 milhões de eurosRiva del Garda). em calçado vendido para Itália no ano 2000, Portugal passou Para o dirigente ita- para vendas de 58,76 milhõesliano, a homenagem da de euros em 2014”, observaAPICCAPS “traduz o reco- Pier Franco Shiavone. “Estanhecimento pelo trabalho homenagem é, por isso, umadesenvolvido pela AICEP em homenagem a todos quan-prol do setor do calçado”. tos dão, diariamente, o seu“Quem exporta são as em- melhor para que o setor dopresas, mas a homenagem calçado português continueagora recebida revela que o a sua trajetória ascendente”,apoio da agência tem sido conclui.muito relevante na construção 25
GDS quer atrairmais visitantes Ainda a adaptar-se ao A última edição decorreu João Reinaldo, da J. Rei-conceito estreado precisamen- em julho, o que é muito cedo naldo, é da mesma opinião. “Aste um ano antes, a GDS regista para os empresários. “A data é feiras são cada vez mais cedo efeedback positivo mas queria muito má para o meu conceito isso veio complicar. Toda a gen-mais visitantes. A feira alemã de de produto. Vendo a retalho e é te achou que a GDS é cedo de-calçado, que decorre duas ve- cedo demais”, afirma Joaquim mais. Quem é que vai comprarzes por ano em Düsseldorf, está Moreira, da Felmini. Adepto de sapatos de verão quando aindamais abrangente, segmentada e feiras em março e setembro, o os tem nas montras? Devia serantecipada. A organização quis empresário português que mais no início de setembro quandoafirmar o certame como uma vende em Itália lamenta que as já está a vender a coleção deplataforma de informação, onde organizações estejam sempre a inverno”, afirma. Ambos os em-ocorra o primeiro contacto en- mudar tudo. “Em julho, o cliente presários veem-se forçados atre indústria e mercado, mas os não vai motivado. Com quatro fazer opções. A Felmini vai dei-números não estão a evoluir na meses de venda, já é diferente”, xar a feira de Düsseldorf pelodireção desejada. observa. caminho, até porque a próxima 26
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edição termina dois dias antes 80% dos sondados pela orga- mação – em termos de conte-da Micam, em Milão. “Quem for nização usaram a GDS como údo, os desenvolvimentos sãoà GDS não vai a Milão”, conclui uma fonte de informação para muito positivos. Depois da res-Joaquim Moreira. A J. Reinaldo entrar bem preparados na nova posta positiva aos últimos doisnão chega a tanto mas conta época e um em cada dois re- eventos na imprensa, gostavareduzir o espaço de exposição talhistas usaram a feira para contudo de ver a mesma ten-na feira. fazer contactos. Dois terços dência na comparência de visi- dos compradores tomaram de- tantes”, disse Werner Matthias A comitiva portuguesa cisões de compra no local e Dornscheidt.em Düsseldorf reduziu conside- 39% fizeram encomendas pararavelmente. De mais de 60 em- entrega imediata. O resumo de Kirstinpresas, Portugal fez-se repre- Deutelmoser, diretora da GDS,sentar por cerca de 40, entre O nível de satisfação é igualmente dividido: “Esta-as quais seis jovens marcas in- é alto – 93% - mas não deixa mos contentes com os elogiostegradas na estratégia da asso- de intrigar o CEO da Messe dos expositores e com a satis-ciação portuguesa do setor, em Düsseldorf. “Recebemos exa- fação dos visitantes. Mas istoparceria com a organização da tamente o mesmo número de não pode impedir-nos de cons-GDS, de levar novos designers visitantes de há um ano e os tatar que não é suficiente paraa um certame internacional. No nossos expositores relataram satisfazer todos os visitantes.total, 900 marcas participaram um interesse ávido pelas suas Recebemos um feddback ex-na feira, o mesmo número da coleções. Pode sentir-se que tremamente positivo dos reta-edição anterior. os retalhistas que visitaram a lhistas que estiveram na feira GDS usaram-na proativamente – é uma pena que não tenham Entre os visitantes – como uma plataforma de infor- vindo mais”.15.000 nesta última edição - 28
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Calçado português cresce mais de100% na Colômbia A estratégia delineada 600 expositores e milhares de continente sul-americano a par-pela APICCAPS está a dar re- visitantes oriundos de 53 paí- tir de Bogotá e Medellín. Frutosultado. O calçado português ses. Ambitious, Beppi, Centená- dessa aposta, as exportaçõesestá a aumentar a quota de rio, Cloud, D.Usk, Felmini, Flex passaram de menos de meiomercado na Colômbia, expor- & Go, Fly London, J. Reinaldo, milhão de euros, em 2013, paratando mais 130% do que há Moccs, Nobrand, Paulo Bran- 1,653 milhões em 2014. Nosdois anos. dão, Rufel e Tatuaggi estiveram primeiros cinco meses do ano, em Medellín, enquanto Elektro e as vendas de calçado para a Em julho, 16 empresas Kayak participaram na feira de Colômbia ultrapassaram o mi-portuguesas participaram em calçado de Bogotá, a IFLS. lhão de euros e estão a crescerdois grandes eventos de moda 133%. A manter-se este ritmo,colombianos. A maioria esteve Trata-se de uma abor- a APICCAPS acredita que a in-na ColombiaModa, com mais de dagem da APICCAPS a todo oAs peles comercializadas pela JUMPFIELD respeitam as restrições do fabrico e nãoutilização de substâncias químicas perigosas constantes no Regulamento REACH(Regulamento Europeu). 30
dústria portuguesa de calça- de moda que foi publicadodo exporte, este ano, cerca na Fucsia, a principal revistade quatro milhões de euros de moda colombiana e quepara a Colômbia. “Começam está a festejar 15 anos.a ser valores interessantes”,destaca ao Dinheiro Vivo o Destaque, ainda,diretor de comunicação da para o desfile de calçadoassociação. português, inserido na Se- mana da Moda de Medellín, Paulo Gonçalves para o qual foram convida-promete organizar uma dos cerca de 800 potenciaisnova missão empresarial de clientes, jornalistas e figurasimportadores colombianos públicas colombianas.ainda este ano a Portugal -estiveram cá, pela primeira Segundo o Embaixa-vez em maio de 2014 -, de dor de Portugal em Bogotá,modo a “permitir que conhe- “a Colômbia tem vindo a afir-çam bem as nossas empre- mar-se como um mercadosas e a nossa realidade”. interessante, com práticas de mercado abertas, com Entretanto, a No- uma cultura de negócios ebrand abriu a primeira loja um ADN empresarial próxi-em Medellín no passado dia mos do nosso. As empresas30 de julho. Em curso está, e os produtos portuguesesigualmente, uma campanha conseguem afirmar-se pelade imagem e comunicação diferenciação e qualidade”.na América Latina. Além dos “Já se começa a notar a pre-40 outdoors e muppies que sença de calçado portuguêsestiveram espalhados pela de gama mais alta nas lojascidade de Medellín entre de referência”, conclui Joãojulho e setembro, a APIC- Ribeiro de Almeida, em de-CAPS produziu um editorial clarações ao Dinheiro Vivo. 31
Feira Internacional Lineapelle32 empresas portuguesas presentes em Milão A Feira Internacional Li- inverno. de Calçado, Componentes, Ar-neapelle decorreu uma vez mais Os dados da edição de tigos de Pele e Seus Sucedâ-de 9 a 11 de setembro na Fiera neos (APICCAPS) demonstraMilano RHO, em Milão, Itália. 23 a 25 de fevereiro deste ano a evolução das importações e demonstram a presença de exportações portuguesas em A exposição mais im- 1.171 expositores, dos quais cada produto.portante e qualificada de peles, 746 italianos e 425 portugueses, Os componentes (gás-acessórios, componentes, sinté- nos 42.000 metros quadrados peas, solas e saltos e outros) eticos, modelos de calçado, mar- da Lineapelle. Os expositores os curtumes (couros e pele emroquinaria, confeções e decora- com produtores de 44 países bruto, couros e peles curtidasção deu os primeiros passos em receberam 20.031 visitantes, e reve e couros reconstituídos)1981 dotada de “uma constante 11.468 italianos e 8.563 estran- sentiram ligeiras alteraçõesliderança em qualidade e inova- geiros, provenientes de 107 ori- nos últimos dois anos.ção de estilo, o que a torna in- gens. As exportações dedispensável para a demanda de componentes registaramcouro em todo o mundo”, segun- De acordo com a Linea- 26.988.491 euros em 2014do a Lineapelle. pelle, a exposição de fevereiro descendo minimamente para deste ano recebeu 1.090 em- 25.542.571 euros este ano. Os expositores são ocu- presas das quais 30 eram por- Sendo relevante mencionar quepados pelos fabricantes de cou- tuguesas. A edição de setembro os dados apresentados apenasro, acessórios e componentes passado registou a presença de contemplam os dados, entre(formas, solas, pequenas peças 1.172 empresas das quais 32 janeiro e julho, podendo, des-metálicas, etc.), materiais sin- eram portuguesas. ta forma, sofrerem alteraçõestéticos, têxteis industriais, mo- até ao final do ano. Por suadelos para calçados e artigos A próxima Lineapelle vez, as exportações dos cur-de couro. As coleções mostram está marcada de 23 a 25 de fe- tumes registaram 53.943.550produtos para calçado, artigos vereiro de 2016 na Fiera Milano euros em 2014 aumentandode couro, vestuário, mobiliário RHO, em Milão, Itália. para 64.092.140 em 2015. Ose mercados automotivos. Con- dados apresentados permitemtudo, “os produtos acabados Exportação concluir que as exportações(sapatos, bolsas, etc.) não são de Curtumes de curtumes aumentaram emadmitidos”, esclarece a página 10.148.590 euros em 2015. Aooficial da Lineapelle. aumenta mesmo tempo que as exporta- 10 milhões ções de componentes diminuí- A feira acontece em feve- ram 1.445.920 em 2015.reiro tendo em vista as coleções O documento “Comérciode primavera/verão e em se- Internacional – Síntese Mensaltembro as coleções de outono/ de julho de 2015” da Associa- ção Portuguesa dos Industriais 32
O regresso damarroquinaria Quando falamos em ex- cados externos e os resultados dias, se expõe em Milão, na MI-portações de calçado, falamos já são visíveis: as exportações CAM, a maior feira de calçadoessencialmente de sapatos mas deste subsetor da fileira do cal- do Mundo. O segmento dos arti-há todo um leque de subsetores çado passaram de 36 milhões gos de pele – leia-se –que gravitam em torno do calça- de euros em 2009 para 142do e que começam a afirmar-se milhões em 2014, um aumento “Trata-se de um subse-nos mercados externos. de 294%. Este ano, as coisas tor ainda relativamente peque- continuam a correr bem, com as no, constituído por pouco mais Um dos que não pode vendas para o exterior a crescer de 100 empresas, que empregahoje ser ignorado é precisamen- 5,5% no primeiro semestre. 1.000 trabalhadores e cresceute o dos artigos em pele. Ma- virado para o mercado interno.las, carteiras, pastas, cintos, a Nem só de calçado se Nos últimos anos, tem-se assis-chamada marroquinaria, está a faz o crescimento das expor- tido a um esforço de internacio-apostar cada vez mais nos mer- tações da fileira que, por estes nalização”, explica ao Jornal de 34
Notícias o diretor de comunica- ram a APICCAPS a Milão - e a dos mais maduros como Itália pavilhão 8 e 12 para o pavilhãoção da Associação Portugue- “natural” conquista de merca- mas também os EUA e a Colôm- 10, de forma a facilitar a circula-sa dos Industriais de Calçado, dos internacionais. “Muitos dos bia, onde a APICCAPS tem des- ção dos visitantes entre os doisComponentes, Artigos de Pele e clientes hoje já não são as tra- bravado terreno, estão na mira setores.Seus Sucedâneos (APICCAPS). dicionais sapatarias do passado, da marroquinaria. mas as boutiques. O conceito é Com quase tantos anos Gonçalves fala em es- cada vez mais integral e é nor- Há 24 anos que a Ma- como a feira, a Malas Peixo-pecialização num “segmento de mal que integremos as carteiras las Peixoto Soares participa na to Soares, representante dasmaior valor acrescentado” e em e os artigos de pele na nossa Mipel, feira de acessórios em marcas Marta Ponti, Cangurupeças em couro “de elevadíssi- estratégia, designadamente na pele que se realiza há mais de (senhora) e NP (homem), em-ma qualidade” para justificar a nossa campanha de promoção 50 anos no mesmo espaço da prega cerca de 40 trabalhadorescada vez maior presença destas internacional do calçado”, acres- Micam, em Milão. Este ano, as e fatura na ordem dos quatroempresas em iniciativas promo- centa Paulo Gonçalves. Merca- duas feiras reforçaram a parce- milhões de euros. Exporta 70%cionais – três delas acompanha- ria e a Mipel foi deslocada do do que produz, com especial 35
destaque para a Bélgica, Fran- lojas dedicadas exclusivamente produção e comercialização daça, Holanda, Alemanha, países à marca Ponti. marca Miguel Vieira Acessóriosárabes (como o Qatar), EUA e (carteiras e cintos), bem comoCanadá, entre outros. Apesar da Marta Cruz não tem dú- pela produção da coleção Rufelinstabilidade, a Rússia continua vidas de que o artigo português by Mariana Monteiro, uma par-a ser um mercado importante e está ao nível do italiano. Da ceria com a atriz portuguesa. Tala empresa não deixa de fazer a mesma forma pensa Ivânia San- como a Malas Peixoto Soares,feira russa. “Fazemos coleções tos, responsável da Rufel, outra também produz para grandesespecíficas para a Rússia. É presença habitual na Mipel. “Es- marcas internacionais.um mercado que valoriza muito tamos ao mesmo nível ou me-a qualidade”, diz Marta Cruz, lhor”, frisa, em declarações ao Ivânia Santos lembra-seresponsável da Malas Peixoto Notícias. de quando o pai teve a tenta-Soares citada pelo Jornal de ção, há uns anos, de concorrerNotícias. A Rufel está a comemo- com os mercados asiáticos. rar 40 anos. Fatura cerca de “Disse-lhe logo que não podía- A empresa tem ainda um quatro milhões de euros, 90% mos baixar a qualidade, porqueshowroom próprio na Bélgica dos quais lá fora. Moçambique, jamais conseguiríamos competire outro em São Petersburgo e Alemanha, Holanda e Dubai são com eles. E o tempo provou queshowrooms de distribuidores em os principais mercados. Além quem trabalha com qualidadeInglaterra, Alemanha, Irlanda e das suas marcas, Rufel e Ca- está sempre bem. Até agora éGrécia. Em Moçambique, já há chorrinhos, é responsável, em uma aposta ganha”, diz ao JN. regime de exclusividade, pela 36
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Micam regressa a setembro e aos domingos Há já algum tempo que a damente na Alemanha e Ho- akers de luxo GINO B criadaMicam, a feira italiana, e GDS, landa, os melhores mercados especialmente para festejar oa feira alemã, concorrem pelo para os seus sneakers de luxo, 70.º aniversário da empresa,troféu de melhor evento euro- deixou de fazer a GDS porque criada pelo seu avô, hoje compeu de calçado. Essa guerra a alteração das datas da feira, 94 anos. “É uma coleção mui-tem-se traduzido em disputas que passou a realizar-se em to especial, toda trabalhada àde calendário que atiram os fevereiro e em julho, esvaziou mão, com as mesmas técnicascertames para o mês de agosto o certame, escreve o Jornal artesanais que se usam nume até julho, em vez de setem- de Notícias. “Em vez de guar- sapato clássico colocadas numbro. Nem sempre os resultados dar o dinheiro na gaveta, vou sneaker, garantindo-lhes 100%são os esperados. à Micam testar novos merca- de qualidade, durabilidade e dos”, graceja Alexandre Tava- conforto”, diz. Alexandre Tavares, res- res, que voltou a Milão no mêsponsável pela Armando Silva, de setembro e apresentou a Depois de uma ediçãoempresa sanjoanense que tem Artisan 46, a coleção de sne- em agosto, a Micam voltou esteno centro da Europa, nomea- ano a realizar a sua edição de 38
outono em setembro. A feira de- crucial”, continua Pilotti. setembro, o sapateiro portu- negócios para reduzir nas des-correu entre 1 e 4 de setembro Em 2016, Micam, GDS, guês que mais vende em Itália locações. E a segunda razão émas não atravessou o domingo, lamenta que as organizações a comparticipação do Portugalfacto que a organização quer Pure (Londres) e Magic (Las estejam sempre a mudar tudo. 2020, que reduziu”, afirma. Ocorrigir em futuras edições. As- Vegas) realizam-se quase em “Em julho, o cliente não vai mo- empresário queixa-se aindasim, em 2016, a edição de pri- catadupa, senão em simultâ- tivado. Com quatro meses de da calendarização das feiras.mavera da Micam decorre entre neo. As feiras italiana e londrina venda, já é diferente”, observa. “Quase que se tocam”, subli-14 e 17 de fevereiro (de domin- sobrepõem-se no calendário. nha. “A feira na Colômbia foi aogo a quarta-feira) e a edição de A primeira realiza-se entre 14 João Reinaldo, da J. Rei- mesmo tempo da GDS. Isto éoutono entre 3 e 6 de setem- e 17 de fevereiro e a segunda naldo, é da mesma opinião. “As muito mau para o setor”.bro (de sábado a terça-feira). entre 14 e 16. A GDS decorre feiras são cada vez mais cedo e“Esperamos que o regresso a entre 10 e 12 de fevereiro e a isso veio complicar. Toda a gen- Os três empresários vê-setembro e a presença de um Magic, em Las Vegas, de 16 a te achou que a GDS é cedo de- em-se forçados a fazer opções.domingo aumente o número 18. Uma maratona que coloca mais. Quem é que vai comprar A Felmini vai deixar a feira dede compradores italianos, que alguns problemas aos empre- sapatos de verão quando ainda Düsseldorf pelo caminho, atéfoi menor este ano”, justifica a sários. os tem nas montras? Devia ser porque a próxima edição termi-diretora da Micam, Annarita Pi- no início de setembro quando na dois dias antes da Micam,lotti. “Não tem jeito nenhum”, já está a vender a coleção de em Milão. “Quem for à GDS não reage Joaquim Moreira, da Fel- inverno”, afirma. vai a Milão”, conclui Joaquim A alteração teve ainda mini, que na próxima tempora- Moreira. A J. Reinaldo não che-em conta as necessidades e da deixa a GDS pelo caminho. A Coqueterra vai reduzir ga a tanto mas conta reduzir oagendas das empresas, assim A última edição decorreu em em 50% a participação nas fei- espaço de exposição na feira. Acomo a parceria com a Fiera julho, o que é muito cedo para ras de 2016. De 16 certames, Coqueterra também conta fazerMilano e com a Mipel. “Estamos os empresários. “A data é muito a empresa de José Machado ajustamentos ao seu calendárioa trabalhar num projeto de re- má para o meu conceito de pro- vai passar a fazer apenas oito. de feiras. Em fevereiro, estaránovação e não há dúvidas que duto. Vendo a retalho e é cedo “A primeira razão é o estado apenas na GDS, Micam, Pre-a calendarização é um fator demais”, afirma o empresário. do mercado, ou seja, os clien- mium e Riva del Garda. Adepto de feiras em março e tes não vão tanto à feiras fazer 39
Um sapato parapedalar e outro para ofuscar Helsar lança quando é iluminado pelos faróis paixões: “andar de bicicleta e a sapato de salto dos carros, o que permite tam- arte”, explica a designer. bém viagens à noite. para andar de A Helsar tem 11 modelos bicicleta e outro “A Helsar está a lançar criados que, de acordo com Pa- uma nova marca. Creio que so- trícia Correia, estão a ter uma em filigrana mos os primeiros no mundo a boa aceitação. Cada par de sa- fazer um sapato que permite à patos pode vir a ter um preço A marca portuguesa de mulher conseguir estar gira e aproximado de 170 euros.calçado Helsar juntou-se à de- andar de bicicleta ao mesmosigner Marta Mestre para dese- tempo sem dar um trambo- Exportadora de 80% donhar uma coleção de sapatos lhão”, explicou a responsável que produz, a Helsar prome-destinados a todas as mulheres pelas relações públicas da te ainda outra novidade: umque gostam de andar de bicicle- empresa, Patrícia Correia, ao sapato feito em filigrana comta sem descurar o calçado que jornal Público. A marca tem o joias que será comercializado,têm nos pés. mesmo nome que o da mulher o par, por um preço aproxima- que criou o design dos sapatos do de cinco mil euros. A criação Trata-se de um sapato recentemente. Marta Mestre, resulta de uma parceria comcom um protetor de salto reves- formada em Belas Artes, sem- uma empresa de Gondomar etido a borracha que se alonga pre adorou andar em duas ro- foi apresentada na Porto Jóia,por toda a sola e permite não das em Lisboa, mas depois de entre 24 e 27 de setembro “Háestragar o sapato em contacto tirar o curso de design de calça- clientes para isso. Os angola-com o pedal. Também impede do na Lisbon School of Design, nos chegam cá e querem. Te-deslizes que facilmente leva- começou a intrigar-se sobre remos também uma opção emriam ao chão e inclui um ma- como conciliar as suas duas prata que ficará mais barata”,terial refletor que se destaca diz Patrícia Correia. 40
Profession Bottier calça Futebol Clube do Porto A Profession Bottier, o departamento de futebol do na Liga dos Campeões. Acre-marca da Ferreira Avelar & Ir- FCP mas como fornecedor de ditamos que o clube vai dar ummãos, é o mais recente parceiro empresas responsáveis pelo salto a nível internacional e issooficial do Futebol Clube do Por- vestuário. vai ser bom para a Professionto (FCP). Durante os próximos Bottier”, adiantou ao Dinheirodois anos, todos os jogadores “Os sócios da Ferreira Vivo Ruben Avelar, responsávelda equipa de futebol azul e Avelar são sócios do FCP há 40 da empresa.branca, o staff e os adminis- anos. Este passo é muito bom.tradores do clube passarão a E este é o ano ideal para esta A marca foi ainda con-calçar sapatos da empresa de parceria. É o ano em que o FCP tactada por dois outros clubesFiães, Santa Maria da Feira. assume a sua dimensão inter- de futebol, um português e ou- nacional em termos comerciais tro estrangeiro, mas como a É o corolário numa re- e de marketing, com patrocí- Ferreira Avelar decidiu avançarlação, ainda que indireta, de nios na Ásia, com contratações com a parceria com o FCP, não10 anos com o clube. Há mui- como as de Casillas e Pablo quis considerar sequer qualquerto tempo que a empresa calça Osvaldo e uma aposta clara outro clube. 42
Nos últimos anos, a mar- A empresa tem um escritório Pôs-nos ao lado de marcas rou, o ano passado, 6,5 milhõesca de Santa Maria da Feira tem em Xangai, onde recebe ain- como Sandro, The Kooples e de euros. Valor que pretendeaposta na Ásia, em particular da encomendas pequenas que Paul & Joe”, conta ao Dinheiro manter este ano. O private la-na China e no Japão. A esco- estão em vias de aumentar. “O Vivo Ruben Avelar, adiantando bel, ou seja, a subcontrataçãolha pelo Japão como mercado nosso agente convidou um dos que o blogger pretende lançar sob a marca do cliente, valeestratégico tem já 12 anos. No um dos principais críticos de a sua própria marca de calça- 70% das vendas. A empresaano passado, as vendas nipó- moda chineses a visitar o nos- do e quer que sejam fabricados terminou, em abril, tal comonicas valiam já 3% do total e so stand na Micam Shangai. pela Ferreira Avelar. O objetivo avançado pelo Dinheiro Vivo,este ano devem atingir os 10%. Ele adorou os nossos sapatos é que o mercado chinês possa um investimento de cerca deO objetivo é encontrar um par- e, muito recentemente, postou valer já 100 a 120 mil euros nos 400 mil euros num terceiroceiro para abrir showroom no no seu blogue - e ele tem 12 próximos dois a três anos e 250 pavilhão fabril, adjacente aosJapão, tal como já detém em milhões de seguidores! - que mil euros nos espaço de cinco dois que já dispunha em Fiães,Paris. a Profession Bottier é uma das a seis anos. Santa Maria da Feira, tendo em marcas revelação e com maior vista assegurar uma melhor or- O projeto na China tem potencial no mercado chinês. Com 112 trabalhadores, ganização do espaço produtivo.vindo a crescer mais devagar. a Ferreira Avelar & Irmão fatu- 43
Miguel Vieira,primeiro estilista português na Milão Fashion Week Foi a primeira vez que italiana. tilista italiano] e até agora nãoestilistas portugueses partici- “O valor [desse feito], queriam estrangeiros”.param na Milão Fashion Week,uma das principais feiras de não é só meu. É de todo o Por- A insistência e o esforçomoda em Itália e das mais re- tugal Fashion que o conseguiu”, de Miguel Vieira tiveram resulta-putadas em todo o mundo, en- explicou Miguel Vieira ao jornal do e para o estilista a conquis-tre eles estava Miguel Vieira. Público. O estilista já tinha ido ta de um lugar na feira italianaO sanjoanense foi convidado nos últimos anos a várias reu- “será muito boa para a ima-pelos responsáveis do evento niões com os responsáveis da gem” de Portugal. Além de Mi-a exibir as suas coleções de feira em Milão, mas “eles viam guel Vieira, participou na Milãoroupa e calçado na passarela lá nas reuniões os tipos da Dol- Fashion Week o estilista Carlos ce & Gabbana e o Valentino [es- Gil. 44
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Ceteconta lança aplicaçãoinovadora para gerir contabilidade A Ceteconta vai lançar produzidos a partir do Excel mercado faz isto”, garante Ruiem novembro uma nova aplica- e cuja atualização é manual. Teixeira.ção para a contabilidade que A nova aplicação da Cetecon-promete ser inovadora. “Não ta permite que este proces- A transição para estaqueremos mais um programa samento seja feito de forma aplicação está também facili-de contabilidade. Queremos automática. “É possível gerir tada. De acordo com o sócio-uma gestão para a contabili- toda a informação do cliente gerente, a Ceteconta recupe-dade”, afirma o sócio-gerente de forma prática e fácil”, asse- ra e cria o plano de contas,Rui Teixeira aos profissionais gura Rui Teixeira. diários de movimentos, des-que têm assistido às sessões critivos de documentos e mo-de pré-apresentação/forma- O novo sistema permi- vimentos. “Convertemos deção da Ceteconta. te compilar automaticamente forma automática a partir de e apresentar dados sobre a qualquer aplicação do merca- Uma das inovações da análise de custos e proveitos, do”, afirma.aplicação é permitir fazer a análise empresarial e evolu-gestão documental dentro da ção da empresa, entre outras Quase 30 anos deprópria aplicação, possibili- variáveis. Apresenta ainda a experiênciatando a anexação de elemen- vantagem de gerar automati-tos, como faturas, inventários, camente o saft, validando-o, A Ceteconta está noatas, através de ferramentas, enviando-o para as Finanças mercado desde 1986 mas osutilitários e mapas de explo- e arquivando-o numa só ope- seus sócios, os irmãos Ruiração que normalmente são ração. “Nenhum programa no Teixeira e Jorge Teixeira, têm 46
experiência anterior em Con- final mas recentemente abriu refere Rui Teixeira. custos adicionais. Têm o ser-tabilidade. Rui Teixeira co- horizontes. Convencida da A aplicação de gestão viço de alojamento em DA-meçou a trabalhar com o pai, qualidade dos seus produtos, TACENTER, compatível comcontabilista e economista, em a Ceteconta lançou no ano da produção, pensada para qualquer sistema operativo em1979. É formado em Gestão e passado um canal de revenda o setor do calçado, marroqui- acesso remoto. Significa queé analista de sistemas na área que já abrange a quase tota- naria e moldes, tem 25 anos em qualquer parte do mundo ode desenvolvimento de solu- lidade do território nacional. e foi originalmente concebida profissional acede à sua infor-ções em programação avan- Está também a exportar solu- para ambiente MS DOS. Com mação, com qualquer tipo deçada. O irmão, Jorge Teixeira, ções para Angola, Cabo Ver- o tempo, a Ceteconta foi atu- equipamento (pc, tablet, smar-é formado em Eletrónica e ex- de, Moçambique e Brasil. alizando a solução, dando-lhe tphone, etc.).pert em redes estruturadas e a abrangência e polivalênciasistemas operativos base Win- Soluções que ambiciona para as suas As sessões de pré-dows. Todos os colaboradores integradas são aplicações. O sistema conse- apresentação/formação sobretêm formação em Informática gue fazer o registo das fichas a nova aplicação de contabi-e Gestão. prioridade técnicas e das fichas de cus- lidade continuam a decorrer teio do sapato, discriminando durante o mês de outubro, Com experiência com- Além da Contabilida- as necessidades de constru- todas as quartas-feiras, pelasprovada na assistência téc- de, a Ceteconta tem aplica- ção; faz o registo das enco- 17h30, nas instalações da Ce-nica e desenvolvimento de ções para gestão de recursos mendas, gestão do controlo teconta em S. João da Madei-soluções empresariais, a em- humanos, gestão comercial, das encomendas e o planea- ra. A empresa está a oferecerpresa conseguiu, nos últimos gestão para o retalho (que se mento; gere também o apro- a aplicação a todos os profis-29 anos, representações e adapta a qualquer ramo de ati- visionamento e os stocks. “É sionais de contabilidade.parcerias fortes com os for- vidade), gestão de produção das mais completas e maisnecedores, de modo a criar (direcionada ao calçado, mar- antigas aplicações de gestão Em breve, lança aindasoluções completas para em- roquinaria e moldes), entre de produção do mercado”, ga- uma solução para pequenaspresas de qualquer ramo de outras áreas. “Preocupa-nos rante Rui Teixeira. empresas de retalho, pensadaatividade. desenvolver soluções para para negócios de dimensão gestão e não direcionadas Todas as aplicações reduzida e, por isso, vendida A empresa atuou sem- para um determinado setor”, da Ceteconta são multi-posto, também a um preço reduzidopre direcionada para o cliente sem limite de postos e sem de 125 euros. 47
O sneaker quecelebra os 70 anosda Armando Silva Foi apresentado em Mi- fundador, ao Jornal de Notícias. presa, que tem quatro marcaslão o sneaker que assinala os 70 A Armando Silva foi fun- nesse segmento: Armando Sil-anos da empresa de S. João da va e Yucca em Portugal, DistiloMadeira, Armando Silva. A Arti- dada em 1946 e celebra em e Gino Bianchi no estrangeiro.san 46 é uma coleção de sne- 2016 o 70.º aniversário. Tem- Mas o grosso das vendas - emakers de luxo GINO B criada es- se mantido sempre na mesma 2014 a Armando Silva faturoupecialmente para festejar o 70º família, sendo gerida hoje pela 4,2 milhões de euros e esperaaniversário da empresa, criada terceira geração. este ano crescer para 4,5 mi-por Armando Silva, hoje com lhões – está no negócio dos94 anos. “É uma coleção muito Inicialmente dedicada ao sneakers sob a marca GINO-B.especial, toda trabalhada à mão, calçado clássico, aventurou-se A coleção feminina tem vindocom as mesmas técnicas arte- no calçado casual de luxo, an- a ganhar um peso crescente esanais que se usam num sapato tevendo uma crise no mercado. vale já 60% deste segmento declássico colocadas num sneaker, Os chamados sneakers, sob a vendas.garantindo-lhes 100% de quali- marca Gino-B estão hoje emdade, durabilidade e conforto”, Angola, Holanda, Bélgica, Dina- Com uma produção anu-diz Alexandre Tavares, neto do marca, Áustria e Alemanha. al de 63 mil pares, 70% é des- tinada aos mercados externos. O calçado clássico já só vale 35% das vendas da em- 48
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Luis Onofre: Lust for Life A campanha da coleção sonificam os principais temas: portuguesa de acessórios, cria-“Lust for Life” de Luís Onofre é tendência soft bondage que des- da em 1999. Especializada emum jogo ambivalente de iden- taca tiras e atilhos em sandálias, sapatos e marroquinaria de luxo,tidades, que cruza submissão botas ou botins; a masculiniza- a excelência dos seus produtose domínio. Se um sapato visto ção da integração de padrões conquistou de imediato váriospor Luís Onofre é uma forma ab- militares camuflados com deta- mercados internacionais, taissoluta de prazer, a próxima es- lhes mais sofisticados. como Espanha, França, Itália,tação simboliza um regresso à Holanda, Rússia, EUA, China,essência das formas depuradas A campanha foi fotografa- América do Sul, entre outros.em que os formatos são simul- da por Gonçalo Claro e protago- Um sapato ou uma mala Luístaneamente clássicos e provo- nizada pelas manequins Milena Onofre representam a especia-cadores. Cardos e Sveta Kafafova, com lização e qualidade de uma fa- styling de Fernando Bastos Pe- mília que há três gerações se Tal como na coleção, os reira, maquilhagem de Patrícia encontra ligada à produção detons da campanha surgem uni- Lima e hairstyling de Rui Rocha. calçado.dos pelo preto e as imagens per- Luís Onofre é uma marca 50
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