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2018_03_Best of Portugal

Published by anapaiva, 2018-03-28 13:02:07

Description: Best of Portugal, revista dedicada ao cluster do calçado de março de 2018

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ESTA REVISTA É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL LABOR N.º 1259 DE 29 DE MARÇO DE 2018, NÃO PODENDO SER VENDIDA SEPARADAMENTE



Diretor Índice 2-4Pedro Silva 6-9 Domingos Neto distinguido por uma vida inteira dedicada ao calçado 10-11Redação Multicouro continua na senda do sucesso 12-15Diana Familiar Lineapelle reafirma liderança internacional 16Gisélia Nunes Calçado investe 50 milhões em roteiro para a economia digital 18-21 “A inovação é o caminho” 22-24Fotografia Há mais de 30 anos a formar a fileira do calçado 26-28Arquivo labor Congresso da Indústria do Calçado no Porto 29Rui Guilherme POCH - 1.4 mil milhões de euros pagos aos beneficiários 30-34Nuno Santos Ferreira Sapataria mais antiga da cidade tem 58 anos 36-39 Sabia que os sapatos também contam histórias? 42-53Publicidade Entrevista à secretária de Estado da Indústria Ana Lehmann 54-55Lucinda Silva Portugal volta a “estar em peso” na MICAM 56-57Fernando Aguiar Embaixador de Israel visitou espaços culturais sanjoanenses 58-59 Museu do Calçado visitado por 17.000 pessoas em 2017 60-63Maquetagem/Grafismo Vapesol comemorou 20 anos 64Ana Paiva Armando Silva foi a única empresa sanjoanense na Gallery Shoes Rui Guilherme Ministro da Economia visita Oliva Creative Factory ExecuçãoLABORPRESS - Ediçõese Comunicação Social, LdaTel. 256 202 600Fax: 256 202 [email protected] Oliveira Júnior, 933700-206 S. João da MadeiraImpressãoDiário do Minho - Braga

Domingos Neto distinguidopor uma vida inteiradedicada ao calçado2

A Associação Portuguesa de In- dustriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) e o Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP) homena- gearam o empresário sanjoanense Do- mingos Neto. A distinção por uma vida inteira dedicada ao calçado foi entregue pe- las mãos do primeiro-ministro António Costa a Domingos Neto durante um al- moço, no dia 9 de março, na Sala dos Fornos da Oliva Creative Factory. Nessa mesma manhã, António Costa visitou o CTCP sedeado em S. João da Madeira. A reação do empresário sanjoa- nense a esta distinção foi parca em palavras, mas muito sentida, à sua maneira. De forma reservada e sem dar muito nas vistas. “Gostei. É sempre uma satisfação quando uma pessoa se dedica a uma causa e vê que é reconhecido”, respon- deu Domingos Neto ao labor. O empresário sanjoanense tem 82 anos, é um dos administradores da em- presa Netos, S.A., presidente do Con- selho de Administração do CTCP há 25 anos e dirigente da APICCAPS há cerca de 40. A vida profissional de Domingos Neto começou aos 13 anos como em-The best components you will never see. ®www.lusocal.com 9 ANOS DE EXCELÊNCIA 2009 - 2017 3

pregado de escritório numa empresa presa empregava 20 pessoas e mudou ga 100 pessoas, fabrica calçado para revelou Domingos Neto ao labor.de sapatos. Aos 18 anos juntou-se ao para um espaço maior junto às insta- criança e mulher, produz 800 pares por Um dos maiores desafios desta em-irmão Augusto e criaram uma pequena lações iniciais. Mais tarde, em 1963, dia, tendo produções que atingem osempresa de calçado para criança tipo mudou-se para as atuais instalações 1.000 pares/dia. presa sanjoanense será “conquistar opratik. Ele era responsável pela parte na Rua António Luís da Costa em maior número possível de mercados”,comercial e o irmão pela produção. S. João da Madeira. Entretanto apare- Do total produzido na Netos, 95% adiantou um dos administradores pre- ceu a geração seguinte - José, Nelito e é exportado para países como “França, venindo, assim, “no caso de falhar al- A Netos começou com três pessoas Graça Neto - que administram a em- Bélgica, Holanda, Alemanha, Inglaterra, gum mercado, teremos sempre outro”.numa casa perto do antigo quartel dos presa Netos. já fizemos qualquer coisa para a RússiaBombeiros Voluntários de S. João da e estamos a tentar chegar à América. O O volume de negócios da Netos éMadeira. Pouco tempo depois a em- Neste momento, a empresa empre- nosso melhor mercado é o holandês”, de “seis milhões de euros, concluiu Do- mingos Neto ao labor.4

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Multicouro continuana senda do sucessoAinda recentemente lançou uma novamarca - MULTITEX - e está já a trabalharem dois novos projetos Dedicando-se à comercialização de peles e outros componentespara a indústria do calçado, marroquinaria, vestuário e mobiliário,entre outros setores, a empresa Multicouro, de S. João da Madeira,encontra-se no mercado há 75 anos. Passo a passo, que é como quem diz década após década, este ne-gócio familiar, que já vai na terceira geração, tem vindo a conquistar omundo. Hoje “trabalha com as principais marcas de calçado mundiais,que canalizam parte da sua produção para o nosso país, seja pelaexcelente qualidade, seja pelo custo da mão-de-obra, se compararmoscom os restantes países europeus”. Ao ponto de, segundo Rodolfo An-drade, se poder afirmar que “as peles da Multicouro estão presentesnos sapatos de quase todas as marcas nacionais e internacionais”. Em declarações ao labor, o empresário sanjoanense falou orgu-lhosamente do percurso que a Multicouro tem feito rumo ao sucesso.“Desde muito cedo que a Multicouro se apresentou como um dosprincipais armazéns de componentes da região distribuindo os seusprodutos para as principais empresas e marcas de calçado em Portu-gal e com vendas para países como Espanha, Itália, França, Holanda,Alemanha, Marrocos, entre outros”, contou ao jornal, acrescentandoque “desde 2009, altura em que iniciou a internacionalização, temosmarcado presença em vários mercados europeus, reforçando a ima-gem e a projeção da marca Multicouro”.  6



“Centenas de milhares de euros” investidos nos últimos anos Já os últimos seis anos são sinónimo de investimento de “centenas de milha- res de euros”, distribuídos por “novas instalações [na Rua Jornal O Regional], maquinaria, promoção, prospeção de no- vos clientes e mercados, etc., etc.”. Ainda recentemente, a Multicouro lançou uma nova marca - a MULTITEX - de materiais sintéticos para a indústria de calçado, es- tando presente em várias fábricas portu- guesas. “Para além disso e de todos os proje- tos concretizados nos últimos anos, temos novos projetos identificados anualmente e que temos conseguido levar a cabo com a ajuda de uma grande equipa”, referiu Rodolfo Andrade, adiantando que daqui para a frente não vai “ser exceção”. Tanto que “estamos já a trabalhar em dois no- vos projetos para os próximos dois anos”.8

Coleção Negócio das peles relacionada com o mesmo, nomeada- “A forte concorrência do setorprimavera-verão 2019 “corre de feição” mente a indústria das peles e dos cur- e o atual desvio de produção parajá foi apresentada tumes”, disse ao labor Rodolfo An- outros mercados mais competitivos Apresentando “uma evolução drade, acrescentando que este facto, (do ponto de vista do preço da mão- A Multicouro desenvolve coleções magnífica nos últimos anos”, o setor aliado “à forte aposta da Multicouro -de-obra)” são, presentemente, “aspróprias semestralmente, seja na épo- do calçado - responsável por mais na internacionalização, acaba por se principais dificuldades do setor”,ca primavera-verão, seja no outono- de 85% das vendas da Multicouro - traduzir numa evolução [da empresa] conforme referiu o empresário de-inverno, compostas por artigos pró- “acaba por beneficiar toda a indústria muito positiva na última década”. S. João da Madeira.prios, de acordo com as tendências. Para o jovem economista, “esta éa única forma de conseguir estar pre-sente e marcar a diferença em clientesde renome internacional”, sendo que“ainda no passado dia 16 de março,apresentámos a nossa coleção paraa primavera-verão de 2019, uma co-leção com cores e tendências muitointeressantes”. A título de curiosidade, registe--se que os produtos da Multicourosão originários de todo o mundo, comespecial destaque para a Ásia, Nortede África e América do Sul. Tendo sem-pre por base a pele natural, a empresacomercializa uma gama muito vastade artigos, desde as peles de vaca,porco, peles com pelos, camurças emuitos outros tipos, com cores lisasou estampadas. 9

Lineapelle reafirmaliderança internacionalCerca de 1.255 expositores e maisde 20 mil visitantes nesta edição De 20 a 22 de fevereiro, no Fieramilano (Rho Fiera), em Milão,a Lineapelle reafirmou a sua liderança internacional, confirmando oseu papel como primeira exposição de referência para a moda e oluxo globais. Nesta que foi a sua 94ª edição, a Exposição Internacional deCouro, Acessórios, Componentes, Tecidos, Sintéticos e Modelos aco-lheu 1.254 expositores e mais de 20 mil visitantes. Números que,segundo nota de imprensa enviada ao labor, “estão em consonân-cia” com os registados em igual período no ano passado e “reiterama sinergia com a Simac Tanning Tech, a feira de curtimento, calçadose martelos de produtos de couro realizada nos mesmos local e data”(ver caixa). Ainda de acordo com o comunicado, este resultado, conformedestacado por muitos expositores na ocasião, mostra “um alto nívelde clientes, que incluem, além de nomes estabelecidos de rótulos deluxo para as marcas mais importantes, novas chegadas contínuassob a forma de PME [pequenas e médias empresas] à Lineapelle, àprocura de parceiros confiáveis e​​ m termos de qualidade do produto,garantia de serviço e inovação”. A propósito, é de notar um aumento de 6% a nível de compra-dores franceses e, em contraste, a queda esperada dos homólogoschineses, que caíram 30% devido a celebrações do Ano Novo. Ainda este ano, a Lineapelle volta no mês de setembro, entreos dias 25 e 27. Nesta edição Portugal esteve representado por 12 empresas decomponentes numa iniciativa da APICCAPS.10

Simac Tanning Techcom mais visitantes Tendo decorrido nos mesmos local e data da Line-apelle, a edição de 2018 da Simac Tanning Tech chegouao fim com o registo de um aumento considerável donúmero de visitantes (mais 18% em comparação com2017). Desta vez, segundo nota de imprensa a que olabor teve acesso, a exposição apresentou novasmáquinas e tecnologias com um foco cada vez maisforte em termos de desempenho de energia/eco-friendlye empresas empenhadas em proporcionar aos seusclientes informações concretas sobre parâmetros deeficiência e reduzido impacto ambiental da tecnologia. Na altura, foi feita, aliás, a apresentação oficial doprojeto “Fornecedor de tecnologias sustentáveis”, aoqual 17 empresas já aderiram enquanto outras 25 ini-ciaram os procedimentos nesse sentido. 11

Calçado investe 50 milhões em roteiro para a economia digital FOOTure 4.0 foi apresentado em S. João da Madeira na presença de António Costa Depois do Grupo Procalçado, em Vila Nova de Gaia, o primeiro-ministro vi- sitou, no passado dia 9 de março, o Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP), em S. João da Madeira, cumprindo assim o terceiro “Roteiro Inovação”, dedicado ao setor do calçado. Recorde-se que com esta iniciativa o Governo tem vindo a destacar exemplos de dinamismo e projetos inovadores em diferentes áreas, como forma de promo- ver o aumento da competitividade nacional baseada na inovação e no valor das atividades económicas, através da aproximação entre a economia e a ciência. No CTCP, António Costa - acompanhado do ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral, do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares Pedro Nuno Santos e da secretária de Estado da Indústria Ana Lehmann - assistiu à apresen- tação do Roteiro do Cluster do Calçado para a Economia Digital - FOOTure 4.0. Documento estratégico que, como foi explicado no âmbito desta deslocação go- vernamental à “cidade do labor”, procura definir um plano de ação para o setor enfrentar as oportunidades que a revolução digital apresenta. Representando um investimento de 50 milhões de euros, alicerçado em fun- dos comunitários, o FOOTure 4.0 visa que o cluster português do calçado seja líder mundial na relação com os clientes, através da sofisticação do produto, da resposta rápida e ao nível do serviço. E precisamente nesse sentido a APICCAPS e o Centro Tecnológico do Calçado de Portugal criaram um novo ecossistema, envolvendo mais de 70 entidades, entre empresas, startups, universidades, centros de inteligência e entidades do sistema científico e tecnológico.12

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Eixos estratégicos adoção de processos de cocriação com cluster para a indústria 4.0. A ideia é nação do plano de ação e as ações de o cliente. atrair jovens e criar novas competências, benefício coletivo como a inteligence ou Do Roteiro do Cluster do Calçado qualificar a gestão de topo das empresas a promoção da imagem coletiva de umapara a Economia Digital constam 14 Já o Eixo 2 aponta para o “Fabrico e promover o empreendedorismo quali- indústria ou cluster.medidas, divididas em quatro eixos es- Inteligente”, enquadrando-se aqui a ficado.tratégicos, sendo que o primeiro (Eixo 1) adoção de tecnologias e processos desti- CTCP tem sidoprende-se com a “Inovação da Experiên- nados a aprofundar a produção rápida e Por último, o Eixo 4 é constituído “um grande motor”cia do Cliente”. Neste domínio o FOOTu- flexível, o desenvolvimento de produto e pelas atividades de “Liderança Setorial” de inovaçãore 4.0 prevê, por exemplo, o desenvolvi- prototipagem eficiente e a digitalização e “Coordenação do Plano” protagoni-mento de novos modelos de negócio, a dos processos, etc.. zadas pela APICCAPS e pelo CTCP. No No final da visita ao Centro Tec-utilização de estratégias omnicanal e a essencial, contempla toda a coorde- O Eixo 3 pretende “Qualificar” o14

nológico do Calçado de Portugal, preços a nível mundial”. Empresas da nova geraçãoque também tem instalações em Quanto aos 50 milhões de dão-se a conhecerFelgueiras, o chefe do Governoreferiu-se a este como “um grande euros investidos no setor, são, na A fileira do calçado tem vindo a atrair uma nova geração de talentosmotor de uma enorme inovação”. sua ótica, “a melhor garantia que que procura colocar o calçado português numa nova dinâmica internacional.Em seu entender, o CTCP tem vindo a inovação não acabou”. “Vamosa “permitir salvar, renovar e lançar continuar a ter a nossa indústria Desde 2010 foram criadas cerca de 390 novas empresas. E algumashoje a indústria do calçado portu- do calçado na linha da frente da delas foram apresentadas no âmbito do “Roteiro Inovação” que passouguesa como uma indústria de pon- competitividade mundial”, garan- pelo Centro Tecnológico do Calçado de Portugal no dia 9 de março. Fala-ta e que compete com os melhores tiu António Costa em S. João da mos, concretamente, da “Skypro”, a primeira marca global de calçado para Madeira. companhias aéreas e de ground handling, com caraterísticas técnicas especí- ficas (antiderrapante, anti estático e controlo de temperatura); “Olives”, uma marca inovadora e eco-friendly “residente” na Oliva Creative Factory que desenvolve um novo produto onde é utilizado pela primeira vez o feltro como matéria-prima de alta qualidade; “Feet It”, que se dedica ao desenvolvimen- to de soluções tecnológicas para aplicação nos setores do retalho e produção de calçado, entre as quais aplicações móveis para medição de pés e formas. “And I Wonder” e “Undandy” também se deram a conhecer ao primeiro- -ministro e aos restantes visitantes. A primeira empresa aposta na criação de sapatos femininos caraterizados pela sua distinção e conceito tailor-made. Cada sapato é como um cenário de um conto que nos remete para uma fantasia. Já a segunda inspira-se no universo mágico dos Dandys - uma tribo de homens que gostam de se vestir bem. Na Undandy, em apenas cinco minu- tos, o cliente pode escolher o modelo, a cor e o material ao fazer um pedido, obtendo depois os sapatos em poucas semanas, numa lógica de personali- zação integral. 15

“A inovação é o caminho” Acompanhando o primeiro-ministro sua terra natal -, o governamental san- mo antes de ser PM, “já dava o setor do digital seja uma ferramenta que toda a(PM), António Costa, e outros membros joanense começou por referir que “nun- calçado como um dos melhores exem- indústria use para continuar a desenvol-do Governo, o secretário de Estado dos ca passou pela cabeça deste Governo plos de como é que o país tem de fa- ver-se”, inclusive a do calçado.Assuntos Parlamentares também visi- criar um ‘Roteiro Inovação’ que não zer”. “Fizemos esta visita para [precisa-tou o Centro Tecnológico do Calçado passasse pelo setor do calçado”. Este mente] dar expressão a este exemplo”, “Apesar de poder achar-se que ade Portugal, em S. João da Madeira, é, na sua ótica, “talvez dos melhores reforçou a ideia Pedro Nuno Santos. digitalização poderia não se aplicar ano passado dia 9. E enquanto decorria exemplos do país de como a inovação um setor [dito tradicional] como o doesta visita levada a cabo no âmbito do é o caminho para que a economia por- A propósito do Roteiro do Cluster calçado, a verdade é que este tem apro-“Roteiro Inovação” Pedro Nuno Santos tuguesa e os diversos setores se possam do Calçado para a Economia Digital - veitado esta onda de digitalização parafalou em exclusivo com o labor. desenvolver”. FOOTure 4.0, que tinha acabado de ser se modernizar”, disse, não obstante ad- apresentado publicamente, o responsá- mitir que “há todo um caminho longo a “A jogar em casa” - entenda-se na Aliás, o próprio António Costa, mes- vel político afirmou: “queremos que o percorrer”.16

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Curriculum formativo do CTCP - Promoção anual de planos de formação; - Realização de formação à medida das empresas; - Projetos/planos de formação, desde o diagnóstico de necessidades de formação à avaliação; - Realização de ações de formação interna; - Produção de material didático; - Elaboração de diagnósticos de necessidades de formação de abrangência setorial; - Promoção, coordenação e participação em projetos europeus; - Estudos na área da formação/emprego; - Promoção de estágios curriculares e profissionais para jovens.Há mais de 30 anos a formar Fundado em 1986 pela APICCAPS e Marketing, Internacionalização, Qualidadea fileira do calçado pelo Ministério da Economia, o Centro Tec- do Produto e Processo, Implementação de nológico do Calçado de Portugal (CTCP) Sistemas de Gestão da Qualidade, Am-Com instalações em S. João da Madeira e presta serviços de formação, fundamen- biente, Segurança e Responsabilidade So-Felgueiras, o Centro Tecnológico do Calçado talmente, a ativos dos setores do calçado, cial, Línguas Estrangeiras, etc..de Portugal contabiliza 1.500 formandos e marroquinaria, componentes e demais co-75 ações de formação por ano laboradores das indústrias que englobam Falamos - conforme adiantou ao o “cluster” do calçado. E em áreas técnicas labor o próprio CTCP - de uma entidade como Gestão e Organização, Comercial/ equiparada e acreditada pela DGERT - Direção-geral do Emprego e Relações Um salto sempre à frente! Siga-nos: www.aplical.com instagram.com/aplical.pt facebook.com/aplical.pt twitter.com/aplical_pt Telef: +351 256 202 210 / Fax: +351 256 202 211 E-mail: [email protected] Localização: Rua Manuel Pais Vieira Júnior Nº 109, 3700-309, São João da Madeira18

de Trabalho em todos os domínios da recursos em conhecimento; e bolsa de no âmbito do projeto financiado mente ao CTCP de S. João da Ma-formação, que para desenvolvimento formadores e consultores internos e “Formação Modular Certificada”. deira: Costura de Calçado - Poliva-da sua “missão” com mais de 30 anos externos, devidamente certificados. lência e Produtividade; Modelaçãodispõe de vários recursos. A saber: São diversas as ações que estão de Calçado - Modelos de Senhora;salas de formação equipadas com Oferta formativa agendadas para a filial de Felguei- Qualidade e Organização da Produ-meios técnico-pedagógicos multimédia; ras: Riscos Psicossociais; Inteligência ção; Photoshop; Riscos Psicossociais;laboratórios de controlo da qualidade Neste momento, o Centro Tecno- Emocional; Espanhol-Atendimento; Prevenção e Combate a Incêndios; e(S. João da Madeira e Felgueiras); lógico do Calçado de Portugal tem Métodos e Tempos no Calçado; e Planeamento e Sistema Informáticobiblioteca e videoteca/centro de um plano de formação para ativos Prevenção e Combate a Incêndios. de Gestão. (empregados e/ou desempregados), E o mesmo acontece relativa- 19

Trata-se de formação gratuita, em que os “formação para jovens e imersão no se- sidades de empresas e particulares e para empresas da fileira do calçado acesso aparticipantes têm direito a subsídio de alimen- tor do calçado”, o CTCP tem prevista para o Programa Formação PME desenvolvido consultoria e formação com incentivo detação (conforme legislação em vigor) e certifi- abril a oficina “High End Shoe” - Manufa- pelo CTCP juntamente com a AEP - Asso- 90% a fundo perdido.cado de formação profissional. Os interessados tura de Calçado de Alta Gama/Luxo, Calça- ciação Empresarial de Portugal, Câmara deem obter mais informações e/ou inscrever-se do de senhora. Comércio e Indústria. Este último é custea- O Programa Formação PME decorrepodem fazê-lo em www.qualifica.ctcp.pt. do pelo COMPETE - Programa Operacional até dezembro deste ano estando já inscri- Nota também para os planos de for- Factores de Competitividade e permite às tas 30 PME (pequenas e médias empresas) Além disso, e no que diz respeito à mação desenhados à medida das neces- do setor do calçado: empresas comerciais,20

produtoras de calçado, componentes CTCP envolvido para a Transferência de Inovação no Setor este sistema de aprendizagem funcionae marroquinaria. De salientar que em vários do Calçado (www.knowledge4foot.eu); (www.icsas-project.eu); “Skills4Smart In-ainda há vagas para outras que quei- projetos “@homework”, que visa desenvolver con- dustry 2030”, relacionado com a impres-ram participar. teúdos E-learning em design de moda para são 3D”; e “Lear2Work”, cuja intenção Além de apoiar técnica e tecnologica- o exercer como um hobby; “BURNOUT”, é atrair jovens para o setor do calçado Por último, o CTCP promove, mente as empresas da fileira do calçado e para prevenir o “burnout” (esgotamen- (www.learn2work.eu).coordena e participa em projetos eu- de promover a formação dos seus recursos to ocupacional causado pelo trabalho)ropeus na área da formação. humanos, o Centro Tecnológico do Calça- e aumentar a resiliência, desenvolven- Entretanto, terminaram recentemen- do de Portugal (CTCP) também realiza e do ferramentas para as PME - gestores te os seguintes projetos: “ECO - Euro- dinamiza trabalhos de investigação, de- e colaboradores - métodos e ferramen- pean Challenges and Opportunities” - o senvolvimento e demonstração. tas de formação e aconselhamento objetivo é ajudar jovens desempregados (www.notoburnout.com). da região a combater o desemprego, Aliás, o CTCP tem vindo a coordenar dando a 24 jovens desempregados ou vários projetos de I&D, numa lógica de Nota ainda para o “Boost4shoes”, à procura do 1º emprego a oportunida- trabalho em rede, que envolve mais de que tem em vista promover formação e de de complementarem a sua formação 60 “parceiros”, entre empresas, universi- coaching na área do e-commerce para com conhecimentos práticos nas áreas dades, centros de inteligência e entidades PME do setor do calçado - curso onli- do empreendedorismo, turismo industrial, do sistema científico e tecnológico. E, na ne dirigido a profissionais do setor para comércio internacional, indústrias criati- sequência disto, imagine-se que só na últi- aquisição de competências de “gestor de vas e turismo inovador e ainda a possibi- ma década foram desenvolvidos 60 novos vendas on-line” (www.boost4shoes.eu); lidade de realizar estágios internacionais equipamentos e mais de 200 novos ma- “Intermed” - Mediação Intercultural para (www.europeanchallengesandopportunities.eu/); teriais, que Portugal exporta atualmente Gestores; “Family Business”, em que a “High End Shoe (HES) – Formação Inova- para os cinco continentes. ideia é desenvolver conteúdos para a su- dora para Produção de Calçado de Luxo, cessão dos negócios familiares; “ICSAS” em que está disponível uma formação Atualmente está envolvido, com outros (“IntegratingCompanies in a Sustainab- online sobre produção de calçado de Luxo parceiros europeus, em projetos como o le Apprenticeship System“), através do em www.highendshoe.eu/course/; e “Dual “Fit2COM”, que pretende criar, desenvol- qual se quer proporcionar às empresas Train” - a principal ideia deste projeto é ver e certificar um novo perfil profissional sem qualquer ou com pouca experiência perceber como o sistema de formação - especialista no fabrico de calçado confor- de formação em contexto de trabalho a profissional dual funciona na Alemanha tável (www.fit2comfort.eu); “Knowledge oportunidade de obter em primeira mão e adaptá-lo/transferi-lo para Portugal e 4Foot” - Plataforma de Conhecimento uma impressão prática sobre como é que Espanha. 21

De 16 a 18 de maioCongresso da indústriado calçado no PortoTema escolhido é “From Fashion to Factory:A New Tecnological Age” A 20.ª edição do UITIC – International contactos e de visitar algumas das mais para o dia 17 e uma sessão de encerra- Tecnológico de Calçado de Portugal, pelaUnion of Shoe Industry Technicians (União importantes companhias de avanço tec- mento para o dia 18. Associação Portuguesa dos Industriais deInternacional de Técnicos da Indústria de nológico podem originar soluções inova- Calçado, Componentes, Artigos de Pele eCalçado) realiza-se de 16 a 18 de maio no doras para satisfazer as necessidades dos As apresentações e as discussões vão Seus Sucedâneos e pela UITIC.Sheraton Hotel & Spa no Porto. futuros consumidores e preparar o que se passar por tópicos muito importantes re- vai tornar numa nova era tecnológica. lacionados com: Evereste é uma das O tema escolhido é “From Fashion to empresas visitadas.Factory:A New Tecnological Age” (Da Moda O programa começa nos dias 14 e - Novos produtos, novos serviços li- Centro Tecnológicopara a Fábrica: Uma Nova Era Tecnológica). 15 de maio com visitas extra a fábricas, gados às necessidades dos consumidores; de Calçado também estando previsto terminar o segundo dia está no roteiro A 20.ª edição do UITIC vai receber com uma receção de boas-vindas atra- - Desenvolvimento inteligente e fa-500 participantes, 50 oradores, 30 paí- vés de um cocktail. No terceiro dia, 16 bricação: para uma revolução tecnológi- Os participantes do congresso vão vi-ses, 25 expositores e 12 visitas a fábricas. de maio, continuam as visitas às fábricas ca; sitar as empresas Luís Onofre, Kyaia, Atlan- seguidas de uma outra receção de boas ta, Evereste, Procalçado, AMF, Nobrand, O congresso vai juntar especialistas vindas, desta vez, através de um jantar. - Sustentabilidade, transparência da Joia, RICAP e Centenário. O programa dee decisores que têm um papel importante cadeia de abastecimento e tendências re- visitas inclui ainda o Centro Tecnológicona indústria do calçado, desde marcas, Para os dias 17 e 18 estão previstas guladoras que afetam as fábricas; do Calçado de Portugal com polos emretalhistas, até produtores de calçado, as intervenções dos oradores, sessões de S. João da Madeira e em Felgueiras.que apresentam a sua visão para o fu- plenário, mostra de tecnologias e exposi- - Logística, retalho avançado e ma-turo. tores. Um jantar de gala está programado rketing; As oportunidades de estabelecer - Fábricas centradas no ser humano e uma nova forma de gestão. O evento é organizado pelo Centro22

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Números da indústria do calçado 1.526 empresas 40.080 empregados Mais de 95% de sua produção é exportada Só em 2017: Portugal exportou 83 milhões de pares de sapatos Para 152 países Num valor total de 1.965 milhões de euros Tornando-se o 8.º ano consecutivo de crescimento24

Foto: Carlos Pinto / Revista UP MILÃO LISBOA - 3 voos diários PORTO - 2 voos diários 25

Programa Operacional de Capital Em termos de execução financeira, o PO CH “pagou aos seus be-Humano neficiários um valor superior a 1.400 milhões de euros, acrescido da contrapartida pública nacional de 15%, resultando num montante total1.4 mil milhões pago de 1.606 milhões de euros”. No que diz respeito à “taxa de exe-de euros pagos cução - relação entre a despesa validada e programada - do Programaaos beneficiários situa-se nos 37%, encontrando-se a taxa de compromisso - relação entre a despesa aprovado e programada - nos 69% da dotação totalNorte é a região com maior disponível para aplicar até 2020, valor acima da média do Portugal 2020montante de aprovações e uma das mais elevadas dos seus Programas Operacionais”, lê-se na página do PO CH. O Programa Operacional de Capital Humano (PO CH)aprovou 2090 operações. Só em Formação de Jovens fo-ram aprovadas 1.520 candidaturas no valor de 1.5 mil mi-lhões de euros, correspondendo a 61% do investimentototal aprovado. Já em Formação Superior e Avançada fo-ram aprovados 590 milhões de euros para 57 operaçõesque correspondem a 24% do investimento. Para a Apren-dizagem ao Longo da Vida foram aprovadas 434 candida-turas no valor de 342 milhões de euros, correspondendoa 13% do investimento total e para o Eixo de Intervençãopara a qualidade e inovação do sistema de educação eformação foram aprovadas 78 candidaturas no valor de49 milhões, correspondendo a 2% do investimento total,segundo os dados avançados no site do PO CH.26

Uma das principais conclusões da análise das aprovações deste programa em ter- De acordo com a mesma fonte, a Comissão Europeia transferiu 4.239 milhões demos regionais é de que “o Norte é a região com maior montante de aprovações, com euros para Portugal até ao final de dezembro de 2017, um valor que equivale a 16%1.1 mil milhões de euros de Fundos Social Europeu, seguida da região Centro com 727 do valor programado no Portugal 2020 e que está acima da média da União Europeiamilhões de euros e do Alentejo com 194 milhões de euros”, informa a página oficial (EU), que se encontrava em 11%.do programa. O PO CH pretende garantir a total transparência na atribuição dos Fundos da EU “No final do ano de 2017, o nível de compromisso dos Fundos do Portugal 2020 o que envolve a partilha com todos os cidadãos da informação relativa aos projetosem operações aprovadas atingiu 59% da dotação total do atual período de progra- apoiados, entidades, montantes e resultados contratados. Nesse sentido, todos os ci-mação 2014-2020. A essa data tinham sido transferidos para os beneficiários 6,3 mil dadãos podem consultar o último boletim informativo dos Fundos da União Europeia,milhões de euros de fundos, o que corresponde a 24% da dotação do Portugal 2020, para uma visão geral da aplicação dos mesmos no âmbito do Portugal 2020, publicadovalor que continua acima do nível de validação de despesa (21%)”, continua o PO CH. pela AD&C. 27

5,9 milhões para a melhoria Aos cinco milhões de euros acresce a contribui-da qualidade do sistema ção pública nacional (CPN), perfazendo um mon-de formação e educação tante total de 5,9 milhões de euros. As entidades beneficiárias elegíveis são os estabelecimentos pú-As entidades da região Norte, região blicos de ensino e organismos do Ministério da Edu-Centro e do Alentejo poderão apresentar cação e outras pessoas coletivas de direito públi-as suas candidaturas até ao dia co e de direito privado, com ou sem fins lucrativos.30 de abril de 2018 As candidaturas a apresentar têm de ser promovidas em parceria tendo em vista a consolidação de siner- gias no desenvolvimento das ações que integram a mesma operação. De forma a assegurar a relevância das operações financiadas é obrigatório o envolvi- mento de pelo menos um organismo público com competências no domínio da educação e formação, como entidade coordenadora ou parceira da operação: Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profis- sional (ANQEP, I.P.); Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e Direção-Geral da Educação (DGE). As candidaturas a apoiar enquadram-se no Eixo Prio- ritário 4 – Qualidade e inovação no sistema de educação e formação - do PO CH e especificamente na tipologia de operação 4.1 - Qualidade e eficiência do sistema de educação e formação para promoção do sucesso escolar. O objetivo da tipologia é “desenvolver projetos de refor- ço das capacidades de gestão das escolas e do pessoal ao seu serviço, dotando-as de instrumentos que lhes permitam melhorar as práticas docentes e a qualidade das aprendizagens, bem como desenvolver ações espe- cíficas dirigidas à promoção da qualidade, da eficiência e da eficácia do sistema, contribuindo para melhorar o sucesso escolar”, esclarece o PO CH. Quaisquer dú- vidas ou questões relacionadas com as candidaturas devem ser remetidas para o suporte do Portugal 2020.Cabos e Conectores | Engenharia | Electrónica | Informática | Ferramentas | Som e Luz | Vigilância Rua Oliveira Júnior, 568 3700-204 S. João da Madeira 256 829 746 www.Ledistronica.pt28

Sapataria mais antiga da cidadetem 58 anos No número 434 da Rua Oliveira Júnior, foi então que Deolinda Pinho “entrou em tes de longa data” com netos] a dizer que compraram aquinas imediações do Museu da Chapelaria, cena”. Com apenas 13 anos e “um pouco Aliás, já não se vê a fazer outra coisa. os sapatos do casamento”.“respira-se” história. A história não só da empurrada” porque o que ela queria eracidade, por se tratar da sapataria mais an- “aprender costura”, veio trabalhar para a Se bem que, contrariamente ao que acon- A maioria é de S. João da Madeira,tiga de S. João da Madeira com as portas Sapataria Regional, onde se mantém volvi- tece com ela, “não estou a ver a minha mas a Sapataria Regional também temabertas, mas também da família Pinho. das todas estas décadas. família a dar continuidade ao negócio. Isto clientela oriunda dos concelhos vizinhos é uma coisa muito pequena. Só mesmo por de Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Na Sapataria Regional o labor encon- O falecimento do pai há cerca de 12 carolice é que me mantenho por cá”, con- Feira, etc.. E já “chegámos a ter [ima-trou Deolinda Pinho, de 70 anos, filha de anos ainda a fez ponderar fechar o esta- fidenciou ao jornal. gine-se!] grandes clientes de Lisboa”,José Gonçalves de Pinho que há 58 anos, belecimento comercial que vende calçado quando “não havia autoestrada” e ajuntamente com dois sócios, “se aventu- de pele para homem e senhora, carteiras Clientes mantêm-se fiéis antiga EN1, que atravessava S. João darou” a abrir uma sapataria. Curiosamente e guarda-chuvas, “para todos os preços”. há mais de 40 anos Madeira, era a principal ligação entre onenhum dos três estava ligado ao ramo Mas, depois de falar com o marido e tam- Porto e a capital.do calçado, sendo todos trabalhadores da bém por querer honrar a memória do seu “Somos como uma família”, con-metalúrgica Oliva, situada não muito lon- ente querido para quem a Sapataria Re- tou à nossa reportagem, referindo-se Na altura, “milhares de pessoasge dali. gional era a “menina dos olhos”, Deolinda a “clientes de há 40 anos ou mais”. trabalhavam nesta zona. Era muito mo- Pinho desistiu da ideia, continuando hoje a “Alguns já vêm das gerações dos pais”, vimento de carros, o que deu um empur- Poucos anos depois, José Gonçalves receber com carinho e dedicação “os clien- sendo comum “chegarem pessoas [já rão ao negócio”, disse ao labor, lamen-de Pinho ficou sozinho com o negócio e tando o facto de agora já não ser assim. 29

Museu do Calçado de S. Jo Sabia que os sap também contam Vamos dar-lhe a conhecer de portugueses notáveisOs ténis de Noiserv Tinha-os calçados quando visitei a mi- Os sapatos de Euníce MuñozDavid Santos nha primeira casa e quando o meu melhor amigo foi pai pela primeira vez, e não os “O par de sapatos foi utilizado na peça ´Mary, Mary´, estreada a 11 de dezembro “O relógio marcava uma hora da tirei quando foi tempo de receber o meu de 1964, no Teatro Avenida em Lisboa - mudou mais tarde para o Teatro Variedadesmanhã do dia 25 de dezembro de 2010 primeiro prémio na música. até 18 de abril de 1965. O autor da peça era Jean Kerr (com tradução de Victor Fili-quando a minha mãe me ofereceu este par pe), encenada por Costa Ferreira e com cenografia de Octávio Clérigo. Eunice Muñozde ténis. Ideais para o inverno por serem Estes ténis fazem parte de uma his- recebeu o Prémio da Imprensa para Melhor Atriz, nesse ano”.em pele, mas também ideais para alguém tória que é minha, mas também de todosde pé grande pois sempre ajuda disfarçar. aqueles que foram vendo e gostando da minha música ao longo do ano de 2011. Com eles fiz cerca de 60 concertos em2011; viajei por todo o país, fui a Nova Ior- Mais do que qualquer outra peça deque, Londres e Estocolmo, não esquecen- roupa, o calçado é aquilo que durantedo S. João da Madeira no dia 1 de abril, um determinado período nos acompanhacom um concerto nos Paços da Cultura. Foi dia após dia, no fim deitamo-los fora etambém com eles que a 17 de julho toquei poucas vezes lhes perguntamos se fomosno mesmo palco que os Arcade Fire e os importantes para eles tal como eles foramPortishead e foi com eles que entrei em para nós, por isso: Obrigado Ténis-azuis-estúdio e gravei com Sérgio Godinho. -em-pele-com-uma-tira-em-laranja, foi um prazer”.30

oão da Madeirapatos histórias? r algumasAs chuteiras de António Sousa As botas de nhã e ao fim da tarde, um táxi que nos Luísa Ducla Soares transportasse. Ora os motoristas, achando “Chuteiras usadas no jogo entre Juventus Football Club e Futebol Clube o trajeto breve, só atendiam longos percur-do Porto, na Final da Taça dos Clubes Vencedores de Taças de 1983-1984, “Estas botas têm uma história. Com- sos. Valeram-me as baratas, mas valentesdisputado no Estádio St. Jakob, Basileia, Suíça. António Sousa marcou o único prei-as em 1974 para viajar para França. botas portuguesas, que se enterravam nagolo do Futebol Clube do Porto aos 29’. A Juventus ganhou a partida por dois Não em passeio turístico, mas na tentativa neve suja e escorregadia. Levava o meugolos”. de salvar o meu filho Francisco, com qua- filho, acabado de operar, enrolado em tro anos, a quem fora diagnosticado um mantas, e pedia às botas que não nos dei- cancro. Corria o mês de fevereiro e a neve xassem cair. Elas cumpriram o seu dever. tombava, cobrindo as ruas. Do hotel onde Encharcadas, geladas. nos hospedámos até ao hospital oncoló- gico, onde passávamos os dias, eram 20 O meu filho morreu. Eu fiquei com o minutos a pé. Em vão procurava, de ma- coração despedaçado e nunca mais con- segui unir os seus pedaços. Mas as botas aqui estão, resistiram a tudo”. 31

dois – também nos pediu que ‘déssemos a Os sapatos cara’ pelo produto anunciado: um seguro de Cândido Barbosa automóvel dependente de uma conta or- denado. “A história destes sapatos passou-se no ano de 1999 na ´Volta a Portugal´. Fa- Nunca fomos muito amigos de cam- zia muito calor e resolvi fazer uns furos panhas publicitárias que aproveitassem a nos sapatos para arrefecer os pés, no dia imagem da banda ou de apoiar partidos seguinte venci a etapa rainha, ou seja, a políticos e, menos ainda, de dar suporte etapa em que subíamos a Serra da Estrela a entidades financeiras. Sem embargo, o e terminava em Seia. Sem dúvida que es- Montepio, sendo um banco, arrastava todo tes sapatos ficarão na minha memória”. um passado ligado ao mutualismo, de queOs sapatos te a nossa participação no Festival RTP dade Sérgio Castro Canção de 1986, onde conseguimos o 1.º o meu avô José dos Santos  Castro  – o Lugar ex æquo com Dora? que me ´insinoue a cansom´ – havia sido “Os Trabalhadores do Comércio um pioneiro ao lado de Amílcar Ramadasempre tiveram como uma das suas múl- Pois, de volta aos palcos,  em 2005, Curto, nas primeiras décadas do século XX.tiplas características a irreverência ver- recomeçámos essa busca de “souvenirs” e Este facto e a previsível exposição que abal e visual e a procura de objetos que eis que, no Natal de 2007, numa loja de campanha do Montepio nos poderia vir apudessem,  eventualmente,  fazer parte Camden, em Londres, estes maravilhosos dar, num momento em a banda acabavadessa imagem de marca. Quem não se re- sapatos de corte italiano me aparecerem de lançar um álbum duplo, genericamentecorda  dos óculos com limpa para-brisas diante dos olhos. Estreá-los-ia na fantásti- intitulado ´Iblussom´, contribuíram à nossados primeiros anos 80, os manguitos de ca noite de Réveillon dos Gato Fedorento melhor recetividade para colaborar. Assim,guarda-livros dos primeiros concertos e no, então, Pavilhão do Atlântico. no dia 1 de Março de 2008, com estesprogramas de televisão, ou as bengalas, as sapatos nos pés, subi vezes sem conta amáquinas registadoras e os pipos de água Não foi até Março de 2008, quando o coluna do para-brisas de um carro para-que “substituíram” os instrumentos duran- Montepio, que tinha comprado os direitos do num ‘engarrafamento’ engendrado do ´Chamem a Pulíssia´ para uma campa- pelo realizador do clip em pleno centro de nha de oito meses – que afinal só durou Lisboa, até ficar com os ‘pezinhos  numa desgraça’”. Transferes Impressão Digital Impressão em solas Serigrafia Impressão em peles Impressão em palmilhas Tampografia Impressão em tecido Sublimação Estamparia Impressão em elástico Impressão a laser Criação e Desenvolvimento de Linha Gráfica32

A sapatilhas de bailadode Barbora Hruskova “A última história de amor, com paixão, Dançar e viver este papel com umadrama e emoções. Desde criança que o meu coreografia tão bela e com música desonho sempre fora interpretar Julieta. Prokofiev… não há palavras suficientes para expressar todas as emoções que senti O meu sonho realizou-se quando dan- a dançar Julieta.cei a versão de John Cranko com a Com-panhia Nacional de Bailado. A realidade Todas as noites encarnei Julieta, vi-excedeu o meu sonho… vendo e revivendo a sua vida”. 33

Os saltos agulha contro marcado com jornalista... rock´ n´ roll de Nesta digressão, os meus botins Manuela Azevedo perderam várias vezes o salto (felizmen- “Os saltos altos já tinham apa- te, sempre depois do concerto termi- recido, numa ou noutra ocasião, nos nar!...) e foram pacientes regulares do meus pés quando subia ao palco com Dr. Sapateiro que vive lá perto de casa os Clã. No entanto, os saltos agulha fo- e que sempre recomendava vida mais ram um desafio que surgiu apenas na regrada para aquele calçado. digressão do nosso álbum CINTURA. E bem a propósito - CINTURA é um disco Um dia, o diagnóstico do Dr. Sapa- feminino, atrevido, luminoso e sensual, teiro foi definitivo - ´Menina, este salto e a vertigem e força de um sapato de já não tem conserto´. salto de agulha, elegante, mas afirmati- vo, feminino e poderoso, assentava-lhe Voltei para casa e, na hora de dei- perfeitamente. tar no lixo os meus botins que para nada já serviam, não fui capaz. Compa- Mas a estrada de uma digressão nheiros de tantos caminhos, não mere- dos Clã é coisa dura e violenta - num ciam tal destino. Guardei os meus belos dia, pisamos os tapetes espessos de um e acabados saltos agulha rock’ n’ roll teatro nacional, para noutro, encarar no armário. uma multidão na poeira de um festi- val de verão. Estes botins calcorrearam Hoje, saíram do armário para ga- todos estes palcos, somando-se ainda nhar outra vida - vão ser objeto de longos dias de promoção na capital, exposição de museu, mostrar aos seus correndo pela cidade para entrevistas visitantes a arte de quem os desenhou, de rádio, programas de televisão, en- levá-los a imaginar os concertos que calçaram e inspiraram e, quem sabe, fazê-los pensar duas vezes antes de lançar no lixo qualquer coisa sem con- serto”.34

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Entrevista a Ana Lehmann,secretária de Estado da Indústria“Faltam cerca de67 mil profissionais aossetores exportadores nacionais”“Por isso mesmo, estamos a preparar umacampanha de aproximação dos jovens àindústria”, adiantou Ana Lehmann ao laborQual a realidade que a indústria mil pessoas. Este é um valor muito signifi- modernizar as suas empresas, investir em apoiar o ecossistema empreendedor na-portuguesa está a viver? Tendo em cativo, embora seja clara a necessidade de tecnologia e inovar. Os empresários estão cional: a estratégia Startup Portugal, umaconta o reconhecimento que tem formar e recrutar recursos humanos para muito empenhados na aplicação das me- estratégia a quatro anos com instrumentosfeito no terreno junto dos industriais o trabalho industrial. Faltam cerca de 67 didas do programa da Indústria 4.0, que que acompanham todas as fases da vida dedesde que assumiu o cargo de se- mil profissionais aos setores exportadores podem ser aproveitadas transversalmente uma empresa.cretária de Estado da Indústria, em nacionais, do vestuário à agricultura e mui- por todo o tipo de empresas, com distin-julho de 2017. tas empresas veem-se obrigadas a recusar tos níveis de desenvolvimento. Tecnologias Ainda muito recentemente lançámos encomendas por causa da falta de recursos como a impressão 3D, já usada por várias o Startup Visa, para promover a vinda de A indústria portuguesa está a atraves- humanos. empresas do setor, a Inteligência Artificial, empreendedores estrangeiros para Por-sar um excelente momento, com o maior Big Data, Internet of Things ou aposta em tugal e que recebeu algumas dezenas decrescimento do PIB dos últimos 17 anos e Por isso mesmo, estamos a preparar sistemas de software para maior eficiência manifestações de interesse. Temos tambéma consistente criação de mais e melhor em- uma campanha de aproximação dos jovens produtiva são ferramentas à disposição de o programa Semente, para startups queprego. As nossas empresas industriais têm à indústria, para mostrar que o trabalho todas as empresas, mesmo as que já apos- necessitam de captar a primeira vaga deum peso cada vez maior nas exportações industrial é prestigiante, e nas nossas polí- tam em inovação, I&D e na digitalização. investimento para iniciar o seu crescimentoe setores como o metalomecânico, o dos ticas públicas temos várias ações de forma- e cujas candidaturas estão abertas. Paramoldes, os têxteis ou o calçado estão a ção para novos empregos industriais mas Numa altura em que as Startups estão startups na fase da ideia, temos o Startupbater recordes de exportações. Em Portugal também para a requalificação dos atuais em modo ascendente, qual o apoio Voucher, uma bolsa entregue durante uma indústria transformadora contribui com profissionais, no âmbito do programa in- que o Governo tem dado e tem prepa- ano e com uma nova fase a ser lançadacerca de 21% do valor acrescentado bruto dústria 4.0. rado para o empreendedorismo? muito em breve. Temos ainda o Vale In-das empresas, e absorve 16,9% do total de cubação, que consiste em cinco mil eurospopulação empregue, ou seja, cerca de 800 O nosso tecido empresarial tem sabido Temos uma estratégia desenhada para36

para apoiar startups que necessitem de que estão em ecossistemas de incubação. Rua António Luís da Costa, 100 P.O.Box 86mentoria. Vamos também colocar no terre- As incubadoras permitem criar ambientes 3701-909 S. J. Madeira PORTUGALno o fundo 200M, que apoia startups que onde os empreendedores podem trabalhar Tel. 256 202 640 Fax. 256 832 155necessitam de se internacionalizar, através e interagir com outros empreendedores [email protected] www.netosshoes.ptde coinvestimento público e privado. que estão a lançar as suas ideias mas também com pessoas que já receberam Todos estes instrumentos estão a ter mentoria, criando-se um ambiente multi-bons resultados no apoio e desenvolvi- plicador de formação, know-how e apro-mento do nosso ecossistema empreende- ximando os empreendedores das universi-dor. dades, dos capitais de risco, dos business angels e dos investigadores. Destaco ainda o importante trabalhoque a Rede Nacional de Incubadoras tem Do ponto de vista do financiamentodesenvolvido para apoiar o ecossistema. temos cerca de 400 milhões de euros deA Rede Nacional de Incubadoras conta capital de risco e business angels paraatualmente com 135 membros, o que re- apoiar as nossas startups, o que conside-presenta um aumento face às 121 do ano ramos muito relevante. Estamos tambémpassado, e conta já com cerca de três mil a negociar a vinda para Portugal de duasstartups incubadas. A taxa de sobrevivên- importantes redes de empreendedorismo.cia das novas empresas fora das incubado-ras é drasticamente inferior à de empresas Quero referir ainda que este ano, pela 37

terceira vez, voltamos a receber a Web anos com seis eixos estratégicos e incluin- Building Automation Center para o desen- Interface).Summit, um dos maiores eventos de tec- do 64 medidas. Em apenas um ano, temos volvimento de novas soluções tecnológicas. No que diz respeito a iniciativas pú-nologia e empreendedorismo e que, na 60% das medidas já concretizadas ou em Ou o FabLab do Centro Tecnológico da In-edição de 2017, registou a participação execução, com resultados concretos. dústria do Calçado, onde já estão dezenas blicas e privadas de incentivo à inovação ede cerca de 60 mil pessoas, mais de 1500 de pessoas em formação. Na Qualificação, aproximação à indústria temos ações queoradores, de 2500 empresas (muitas delas Quero destacar alguns exemplos em Formação e Reconversão Profissional te- visam tornar a indústria mais atrativa parastartups portuguesas no âmbito do pro- cinco áreas concretas. Nos centros de mos em curso várias medidas e lançámos o as novas gerações; como Hey Hackathongrama Road 2 Web Summit) e mais de 100 soluções digitais e de cooperação tecno- programa INCODE 2030, que visa dotar de (com Mitsubishi Fuso Europe), o Born frommil milhões de capital de risco represen- lógica temos iniciativas privadas como os competências digitais de dezenas de mi- Knowledge , nova Campanha Jovens paratado no evento paralelo Venture Summit. projetos Bosch Digital (DONE Lab e Bosch lhares de pessoas. Além disso, estão a ser a Indústria, Pense Indústria ou Open Days, Car Multimédia) para acelerar a inovação; implementadas ações nas escolas, como o como o da Riopele, que decorreu este mêsE para a indústria tradicional, me- o FOOTure 4.0, no calçado, com quatro Movimento Código Portugal, campanha e onde tive o prazer de participar.lhor dizendo “indústria orgulhosa projetos de I&D e uma agenda de inovação de consciencialização para a importânciada sua tradição” como gosta de lhe em novos materiais e software; a acelera- da literacia digital e que já envolveu mais Por fim, no campo do financiamento,chamar? dora 4scale, gerida pelo CEIIA onde já se de 800 escolas; politécnicos e universida- em 2017 e já em 2018 foram lançados vá- incubaram diversas startups e se envolve- des estão a trabalhar em currículos asso- rios instrumentos do PT2020 para apoiar A indústria considerada tradicional ram também grandes empresas e ainda o ciados à i4.0; foram desenvolvidas várias projetos i4.0, de inovação produtiva, em-tem sabido inovar e modernizar-se, fazen- Laboratório Colaborativo em Transforma- iniciativas de formação e requalificação de preendedorismo qualificado e vales i4.0,do a transição para a quarta revolução in- ção Digital. competências (Academia IAPMEI, Progra- com dotação que totaliza 700 milhões dedustrial. Para apoiar essa transição, o Go- ma Atelier Digital da Google), e Programas euros e novos avisos surgirão ao longo doverno lançou, há um ano, a estratégia para Temos em curso espaços e ações de de Formação Ação-Indústria que já tiveram ano.a Indústria 4.0, um programa a quatro demonstração, no âmbito das learning impacto em milhares de PMEs (Programa factories, onde se destaca a Academia Sie- Neste segundo ano de implementação38 mens, com o I-Experience 4.0 Center e o da estratégia Indústria 4.0 acreditamos na Integração, por exemplo, através do con-

ceito de one stop shops como os Digital excelência que apostam no desenvolvi- mesmo tempo que mantém as característi- tradição, apostando no design, na diferen-Innovation Hubs, uma aposta da Comissão mento de tecnologias, produtos e serviços cas de trabalho manual e de qualidade que ciação do produto e na elevada qualidadeEuropeia de projetos integradores para e em tendências contemporâneas como a nos distinguem internacionalmente face dos materiais. O preço médio do calçadoaproximar utilizadores e fornecedores de “personalização massificada” (mass cus- aos produtos de outros países. A inovação português tem vindo a subir nos últimossoluções digitais. Em Portugal temos já tomization) para responder a um consumi- e a tradição estão interligadas. anos, o que é uma prova da sua qualidade,dois: o PRODUTECH e o i-MAN Norte e dor cada vez mais exigente. expressa também na forte vertente expor-outros surgirão a breve trecho. Que momento está a atravessar a tadora do setor: este é um setor que, im- Setores como o da cerâmica aliam tec- indústria do calçado, uma das mais porta referir, exporta atualmente 95% daHá e haverá espaço para a “indús- nologias disruptivas sem perderem o cará- importantes para a balança comer- sua produção.tria orgulhosa da sua tradição” e ter tradicional e o valor do trabalho feito à cial do país?para a indústria tecnológica e digi- mão que diferencia os produtos, fruto da Além disso, tem sabido adaptar-se aostal, a dita indústria de futuro? aposta das nossas empresas em inovação O setor do calçado está a atravessar desafios da falta de recursos humanos e e da qualidade do nosso talento. Na nossa um momento muito interessante, fruto do da necessidade de formação e requalifi- Costumo dizer que a indústria dita indústria automóvel, na metalomecânica trabalho das empresas – nomeadamente cação, através dos vários cursos técnicostradicional é, muitas vezes, das mais ino- ou no setor dos moldes já são utilizados as empresas de S. João da Madeira, que da Academia de Design e Calçado, que jávadoras. Setores ditos tradicionais são, na sistemas de assistência inteligentes, que felicito – e também do envolvimento das tive o gosto de visitar. Neste âmbito, nãoverdade, altamente sofisticados, com a libertam os trabalhadores de tarefas roti- associações do setor, que saúdo. podia deixar de referir o trabalho que aaplicação de avanços tecnológicos como a neiras, permitindo um maior foco em ativi- APICCAPS está a desenvolver, através dorobotização, a impressão 3D ou Big Data. dades de valor acrescentado - e, dentro de Com o FOOture 4.0, o setor está na lançamento de sete cursos de especiali-Em Portugal, temos exemplos de empresas alguns anos, originando novas profissões linha da frente na implementação das me- zação para a área de Design de Calçado,a operar na área do calçado ou dos têxteis que ainda não sabemos bem quais são. didas da indústria 4.0, estando previsto Comércio Internacional ou Robótica e comtécnicos (entre outros setores) e também um investimento de 50 milhões de euros. a campanha “Feeling Sexy- vem pertencercentros tecnológicos e de investigação de O que diferencia a nossa indústria é As empresas e os jovens designers e em- à indústria mais sexy da Europa”. esta aposta importante na inovação ao preendedores têm sabido aliar inovação e 39

visita de Estado40

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Portugal volta a“estar em peso”na MICAMCarlos Santos é dasempresas sanjoanensescom maior número depresenças na feira deMilão42

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Entre mais de 1.600 expositores, decerca de 50 países, participaram na edi-ção da MICAM que decorreu entre 11 e14 de fevereiro 90 empresas de calçadoportuguesas responsáveis por mais de8.000 postos de trabalho e 500 milhõesde euros de exportações, de acordocom dados avançados pela AssociaçãoPortuguesa dos Industriais do Calçado,Componentes, Artigos de Pele e SeusSucedâneos. Portugal voltou a ser a segunda maiordelegação estrangeira no certame, sendoapenas ultrapassado pela vizinha Espanha.Com direito à visita do secretário de Esta-do Adjunto e do Comércio, Paulo Alexan-dre Ferreira, no domingo dia 11.MICAM é “fator chavepara quem querconquistar quota demercado em diversospaíses” O labor falou com Ana Santos, daCarlos Santos, empresa de S. João da Ma-deira que já participa na feira de Milão“talvez há uns 15 anos”. Aliás, outra coisanão seria de esperar sendo a MICAM “pro-vavelmente a feira que acolhe um maiornúmero de visitantes no que diz respeitoà diversidade de nacionalidades”, afirmou44

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a representante da marca de sapatos deluxo para homem reconhecida internacio-nalmente, acrescentando: “claro que isto éum fator chave para quem quer conquistarquota de mercado em diversos países”. Concretamente sobre a última MI-CAM, Ana Santos garantiu que “correumuito bem”. “Fomos visitados por novosmercados, atraímos clientes novos queandávamos a ‘namorar’ há algum tempoe obtivemos um feedback positivo emrelação à evolução das nossas coleções”,adiantou a responsável ao jornal. A título de curiosidade, note-se queum par de sapatos com a assinatura Car-los Santos pode custar entre os 300 e os5.000 euros, neste último caso fazendoparte das linhas mais sofisticadas, destina-das inclusivamente a colecionadores.46

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200 Empresas emmais de 110 açõespromocionais noestrangeiro Para os próximos dois anos, confor-me avançado pela APICCAPS, o setorportuguês do calçado tem previsto uminvestimento de 31 milhões de euros empromoção externa, com 200 empresas aparticiparem em mais de 110 ações pro-mocionais no exterior. A aposta vai ser, por um lado, no re-forço da presença em feiras e exposiçõesde plataforma mundial, nomeadamentena MICAM e na Expo Riva Schuh, ambasem Itália, e na Gallery, na Alemanha, bemcomo em ações “de forte cariz regional”em Berlim, Copenhaga, Madrid e Londres.Por outro, na abordagem ao mercadonorte-americano, o maior importadormundial de calçado e onde foi detetado“um potencial de crescimento muito sig-nificativo para a próxima década”.48


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