Important Announcement
PubHTML5 Scheduled Server Maintenance on (GMT) Sunday, June 26th, 2:00 am - 8:00 am.
PubHTML5 site will be inoperative during the times indicated!

Home Explore 2013_04_bestof

2013_04_bestof

Published by anapaiva, 2016-10-07 13:48:51

Description: 2013_04_bestof

Search

Read the Text Version

TÉCFINCIHCAA ÍNDICE Diretor Miguel Vieira: 25 anos de sucesso 4a8 Pedro Silva APICCAPS: deste 1978 a lutar pela afirmação do calçado português 10a12 Redação Anabela S. Carvalho Exportações recorde: setor acima dos 1.600 milhões de euros 14a17 Fotografia Centro de formação é agora academia 20a24 Arquivo labor Rui Guilherme Destaque: Centenário e Myst 26a29 e 32a33 Fernando Aguiar Yôga e sapatos: uma campanha original 34a35 Publicidade Fernando Aguiar Novomania: a feira chinesa dirigida por um português 38a41 Fernando Moreira Calçado decora quartos de hotel 54a55 Maquetagem e Grafismo A tradição de Vila Verde também em sapatos 58 Ana Paiva Lemon Jelly: galochas que apetece comer 60 Rui Guilherme Execução LABORPRESS - Ediçõese Comunicação Social, Lda Tel. 256 202 600 Fax: 256 202 609 E-mail: [email protected] www.labor.pt Rua Dr. Maciel, 19 3700-175 S. João da Madeira Impressão FIG - Coimbra

“sEe mpéepnPasoraratqubugreainalcamairno”ddaa Embaixador da O que estava na moda existiam tantos profissionais comomoda portuguesa, em 1988? existem hoje. Lembro-me queMiguel Vieira celebra quando queríamos um manequim,este ano 25 anos de Não me recordo. Mas está- as agências não estavam bemcarreira. Dos sapatos vamos nos anos 80 e penso que organizadas ainda. E alegra-meao vestuário, carteiras, seria a exuberância total nos looks muito verificar nestes 25 anoscintos, jóias e mobi- de mulher. Havia muitas coisas uma grande evolução em termosliário, Miguel fez-se douradas, brincos com argolas profissionais nesta área. Os fotó-criador no expoente bastante grandes. Era o ostentar grafos deixaram de ser fotógrafosmáximo da palavra: dos anos 80. de casamento e passaram a serdos pés à cabeça e mais Lembra-se do primeiro fotógrafos de moda, assim como osalém. Constata com desfile? cabeleireiros e os maquilhadoresagrado a evolução também evoluíram.do setor, que passou Recordo-me relativamente. Há maisde uma brincadeira Estamos a falar de uma época profissionalização.a uma indústria que completamente diferente, em que Sim, o que é ótimo, porque nãomovimenta milhares as coisas não estavam tão bemde euros, mas, ao fim organizadas como estão hoje. Nãodestes anos, continua alutar pela afirmação deuma tradição de modaem Portugal.



sendo portugal um país com tradi- para brincar. quando a moda, noção de moda, todos estes profis- meu caso específico, já empregasionais vêm ajudar o país a ganhar muitas pessoas, famílias e geraessa tradição. dinheiro.issO tOrna a atividade pOrque É que nunCamais fáCiL? mOveu O ateLiÊ para LisbOa Ou pOrtO, Ou atÉ sim. tal como as alterações para fOra?tecnológicas destes 25 anos. Hoje,é tudo para ontem, é tudo muito sentia que o porto e sobretu-online, muito rápido. antigamente do Lisboa era onde estavam osnão era assim. as fotografias eram órgãos de comunicação social etiradas, tinham de ser reveladas e onde tudo se poderia tornar umficávamos à espera. Hoje, tira-se a bocadinho mais fácil. no entanto,fotografia e segue logo direto para tentei fazer sempre finca pé com ao mundo inteiro. minha cidade. É uma cidade quequais sãO as difiCuLdades gosto muito. É uma cidade práticaHOJe? para trabalhar, na qual estamos perto de tudo. e acho que temos para um criador de moda é de ter bastante força e perseve-sobretudo o facto de portugal não rança no que fazemos e sobretudoser um país de tradição de moda, gostar e acreditar no que fazemos.à semelhança de paris, Londres, antes tinha que ir a Lisboa darmilão e nova iorque, etc. sobre- uma entrevista. Hoje aterram notudo porque os empresários em meu ateliê fotógrafos e jornalistasportugal não olham para a moda de toda a parte do mundo. portan-como um negócio. enquanto os to, acho que não me enganei nooutros criadores internacionais são caminho.cotados em bolsa, ligados a mul- quandO É que sentiu, peLatinacionais, olha-se para a moda primeira vez, que se estavacomo um negócio gigantesco, em a tOrnar uma marCa deportugal ainda se pensa um bo- suCessO?cado que a moda é um bocadinho 6

não consigo precisar mas disto tudo. mas esta profissão é muitas vezes o que se passa na acho que foi quando comecei a bem mais complicada e bem mais nossa área. perceber que tinha de depender o árdua do que se pensa. tem que sempre se sentiu menos possível de outras pessoas. se estar 24 sobre 24 horas a pensar, aCarinHadO? Ou seja, quando um manequim não há fins de semana, temos de desfila com a minha coleção, não estar disponíveis 24 horas do dia, senti-me sempre, sempre, tenho que ir buscar carteiras a viaja-se muito, chega-se ao fim do sempre muito acarinhado pelas uma loja, sapatos a outra ou jóias dia demasiadamente cansado. por pessoas. pela comunicação social, a outra. foi na criação lenta de “n” isso é que algumas pessoas desis- pelas pessoas mais mediáticas do produtos - neste momento temos tem a meio. torna-se demasiado país, pela minha câmara, pelas 15 coleções - e no facto de não de- complicado. pessoas de s. João da madeira. pender de ninguém que começou nunCa sentiu vOntade de tentei sempre transmitir o meu o despoletar da essência miguel desistir? lado normal e humano das coisas. vieira: a criação no expoente tentei sempre manter os pés máximo, dos pés à cabeça. e isso não. senti alguma pressão no bem assentes na terra, não sendo acontece há 18 ou 15 anos. sentido de ir trabalhar para mar- pedante, arrogante. senti sempre desde O mOmentO em que cas internacionais e ficar à frente muito carinho de todas as pessoas. LançOu a primeira da parte criativa. posso dizer que quaL diria que fOi COLeçãO atÉ HOJe, fOi dos convites que recebi, hoje esta- O mOmentO aLtO sempre a subir. teve aLiás ria financeiramente um bilião de da sua Carreira? uma asCensãO meteÓriCa vezes melhor do que estou. por- nOs primeirOs anOs. que construir uma marca e con- Houve muitos momentos COrreu sempre bem Ou seguir mantê-la durante 25 anos altos. Os momentos altos foram tambÉm teve anOs maus? é bastante complicado. por vezes, todos aqueles em que consegui sente-se, não vontade de desistir, dar mais um passo, lançar mais não é bem assim (risos). mas questiona-se porque não se um produto, quando fiquei esta profissão é uma profissão seguiu outro caminho. porque é independente. mas os momentos que, vista pelo público, é muito que não fui trabalhar para aquela mais altos são aqueles em que glamorosa. É uma profissão que marca? porque não aceitei aquele vou na rua e vejo alguém vestido a maioria dos miúdos gostaria de convite, em prol de algo que quero com a minha roupa. Ou quando ter porque fica-se muito exposto fazer sozinho sem grandes marcas vou a um hotel e vejo uma peça à comunicação social. existe um ou investimentos por trás? fazer de mobiliário minha. Ou uma fascínio, um glamour à volta quase omeletas sem ovos, que é pessoa com uma das minhas jóias.Best of Portugal 7

são momentos muito gratificantes mos a porta certa. acho que tive sa mas a cultura é das coisas mais pOrquÊ O pretOporque significa que tudo passou a sorte de, na porta que resolvi importantes. faz um povo crescer e O branCO?do papel, atravessou fronteiras e abrir, encontrar a minha felicida- e sorrir, torna-nos ímpares. todaspassou a ser usado pelas pessoas. de. encontrei a profissão que eu estas atividades são bastante temos de ter alguns ícones,pedem-LHe para emprestar gosto e com a qual me identifico. importantes e tento acarinhá-las peças chave que as pessoas me-O seu nOme aOs mais se voltasse atrás, fazia rigoro- da melhor maneira possível e morizem rapidamente. quandovariadOs prOdutOs. samente a mesma coisa. digo dar força às pessoas no sentido se fala em miguel vieira, fala-sequaL desses pedidOs fOi O sempre que queria ser arquiteto, é de podermos criar um país mais sempre do preto e do branco. sãomais bizarrO Ou O maiOr um fascínio que tenho. não para moderno e contemporâneo. sinais que são difíceis de comuni-desafiO? exercer mas em termos de cultura desenHa sapatOs, rOupa car. demora muito tempo fazer o e de escola, porque aprecio muito para aduLtO e Criança, público perceber a nossa linha. as O mais bizarro foi fazer comi- a área arquitetónica e a maneira rOupa interiOr, rOupa de minhas coleções toda a vida tive-da para cães, em que as asinhas de pensar dos arquitetos. mas fa- banHO, ÓCuLOs, JÓias, ram cor. no entanto, nos desfilesda marca miguel vieira substitui- zia rigorosamente o que fiz. É isso mÓveis... faz tambÉm retiro as peças com cor e escolhoriam as habituais bolinhas. achei que me move. move-me acordar deCOraçãO. O que É que exclusivamente as peças a pretomuito engraçado e interessante. todos os dias às 7h30 da manha LHe faLta fazer? e branco.no entanto, devido ao formato e pensar que é isto que gosto de aCHa que a mOdadas asas, para certos animais não fazer e que amo do coração. (risos) falta tanta coisa. pOrtuGuesa está bemseriam fáceis de comer. mas não COmO enCara esta apOsta um criador de moda tem uma Lançada?há semana que não apareça uma da Cidade nO paradiGma vantagem muito grande. a partirempresa que se queira associar a da Criatividade? do momento em que consegue a moda portuguesa está bemnós para lançar um produto. transpor o seu nome para outros lançada. mas ultimamente algunsO que É que O mOve nOs acho que todos estes movi- patamares, existem muitas criadores têm desistido e issodias de HOJe? mentos de criatividade são bas- indústrias que se querem asso- é muito mau porque assim não tante importantes para a cultura ciar para poder redesenhar os nos conseguimos afirmar. por quando iniciamos as nossas de um povo. portugal não tem seus modelos de negócio. temos isso, tento apoiar sempre o maiorprofissões, aparecem-nos uma tradição de moda. quanto mais sempre muitos pedidos nesse número de estilistas possível. dardata de portas que temos de ten- eventos houver, mais enriquece o sentido. portanto, há muita coisa força, incentivo, etc,. quanto maistar abrir e muitas vezes não abri- povo. podemos perder muita coi- que ainda me falta fazer. criadores, melhor para todos nós. 8

Best of Portugal9

“aAsEeruordonepoeaslesciooçnãmtoie”nrucaadráoEntrevista a Fortunato Frederico, presidente da APICCAPS tos conjunturalmente mais difíceis. por fim, diria que é uma questão a dar os primeiros passos no tradiCiOnaL, O CaLçadO que lançou o seu primeiro plano de atitude. temos uma visão, umterritório chinês, a associação fOi um dOs primeirOs estratégico. desde essa altura, projeto e temos procurado, no dia-portuguesa dos industriais do Cal- setOres a COnseGuir lançou vários planos estratégicos a-dia, concretizá-lo.çado não descura a importância adaptar-se COm suCessO complementares, mas o rumo está a naCiOnaLidadedo mercado europeu. será sempre À GLObaLizaçãO. issO definido há muito. no essencial, COntinua a preJudiCar asuma referência para os empresá- deveu-se a quÊ? acreditamos que podemos ter marCas pOrtuGuesas?rios nacionais e é lá que estão os uma indústria forte, competitivadois grandes concorrentes: itália e diria que devido a muito e de vocação internacional. temos Julgo que não. felizmente aespanha trabalho, muito investimento e colocado todas as nossas energias indústria portuguesa de calçadosendO uma indÚstria persistência. importa realçar que o nessa estratégia, sem nos desviar- começa a ganhar alguma noto- setor de calçado tem uma estraté- mos da rota, mesmo nos momen- riedade no plano internacional. gia definida desde 1978, altura em somos sérios, rigorosos, apresen- tamos um produto atrativo, de grande qualidade e preço. temos um serviço de excelência, mesmo ao nível da resposta rápida e das pequenas séries. COm a eurOpa em Crise, estãO tOdOs a vOLtar-se para OutrOs merCadOs. nesta investida, pOrtuGaL está meLHOr Ou piOr preparadO dO que Os seus COnCOrrentes eurOpeus? a europa continuará a ser o nosso mercado de eleição. É o nos- 10

so mercado de referência, em que internacional. porém, o modelo conhecemos os canais de distribui- de negócio das empresas chine- ção e os hábitos de consumo. para sas é substancialmente diferente além disso, conseguimos respon- do nosso. diria que no mercado der rapidamente às solicitações internacional, itália e espanha dos importadores europeus. no continuam a ser os nossos dois entanto, a europa deverá crescer grandes concorrentes. poucos nos próximos anos, pelo que a nossa capacidade de cresci- não podemos, no entanto, mento estará diretamente asso- esquecer que 5% da população ciada à capacidade de penetração chinesa, qualquer coisa como em mercados de elevado potencial 65 milhões de pessoas, tem um como eua, China, Japão ou rús- poder de compra muito elevado sia. É um caminho que estamos a e adquire regularmente produtos percorrer há já alguns anos. acre- ocidentais. estamos interessados ditamos que, mais cedo ou mais em abordar essa parcela importan- tarde, teremos resultados. te da população chinesa. a CHina, que antes era quais as difiCuLdades uma ameaça, É vista essenCiais dO setOr, aGOra COmO uma OpOr- atuaLmente? tunidade. COmO É que O CaLçadO pOrtuGuÊs está a maior de todas diria que é a Lidar COm esta nOva de natureza conjuntural. a europa reaLidade? tem, de momento, um desempenho económico muito modesto, fator diria que sempre foi assim. que por si só prejudica a nossa ca- a China assegura 65% da produ- pacidade de crescimento no plano ção mundial de calçado, é e será internacional. num outro plano, as sempre uma grande referência dificuldades de acesso ao crédito penalizam igualmente as pme.Best of Portugal 11

COmO pOde a assOCiaçãO a quOta de COnCOrda COm O aumentOCOntOrnar O prObLema COmpartiCipaçãO dO saLáriO mÍnimOdOs CustOs das dO estadO na naCiOnaL?matÉrias-primas? internaCiOnaLizaçãO das empresas, nOmeadamente essa é uma questão em aberto sendo essa uma questão atravÉs das presenças nas na sociedade portuguesa e queimportante, importa que seja feiras, deve aumentar? está mesmo a ser negociada emrelativizada: esse é um problema concertação social. diria que ode cariz internacional, que coloca ainda recentemente, o progra- aumento dos salários deve estaras nossas empresas no mesmo ma Compete reviu os apoios às sempre, de um modo geral, direta-patamar dos seus concorrentes. empresas em matéria de inter- mente associado aos aumentos daGostava, em todo o caso, de des- nacionalização. são apoios que produtividade.tacar o excelente trabalho que o consideramos fundamentais para em quase dOis anOs deCentro tecnológico do Calçado de que as empresas possam abordar eXerCÍCiO, que avaLiaçãOportugal tem vindo a desenvolver os mercados externos e, dessa for- faz da pOLÍtiCa destecom empresas, universidades e ma, contribuírem para o aumento GOvernO paraentidades do sistema científico e das exportações, um dos grandes a eCOnOmia?tecnológico no desenvolvimento desígnios nacionais.de novos materiais. se queremos O sindiCatO reivindiCa vivemos um período exce-ser uma referência internacional e aumentOs saLariais de 9%. cional. diria que o Governo temser altamente inovadores, temos a assOCiaçãO vai aCeitar procurado fazer o melhor pos-de continuar esse caminho. esta prOpOsta? sível, num contexto de enormede que fOrma É que dificuldade. É de elementar justiçaO estadO pOde aJudar O processo negocial está a dizer que este Governo, tal comoO CaLçadO? decorrer, pelo que não gostaria de resto os anteriores, tem procu- de me alongar relativamente a rado estar ao lado das empresas, O estado e os sucessivos esse assunto. são sempre nego- mesmo numa altura em que osGovernos perceberam há muito a ciações difíceis, muito exigentes. recursos são manifestamenteimportância deste setor e têm sido não poderemos colocar em causa escassos.nossos parceiros na estratégica de a competitividade deste setor eafirmação internacional. das empresas, nem os postos de trabalho. 12

Best of Portugal13

Depois daàEcuornoqpuai,sctaaldçaodmounnadcoional parte Sapatos portugueses nunca renderam tanto no estrangeiro. Depois da Europa, empresas voltam-se para o mercado chinês Os mercados extracomuni- milhões de euros do bolo total, ções em apenas 1%. dificuldades maiores do que qual-tários foram os que mais contri- registando ambas acréscimos na quer outro, devido sobretudo aobuíram para o crescimento das ordem dos 4% em 2012. A maior ofensiva “desconhecimento”. “vamos ver”,exportações do calçado português de sempre na China disse, antes de partir para a China.em 2012. O setor atingiu no ano no plano inverso, Holanda, es-passado o recorde de exportações, panha e reino unido compraram atentos ao crescimento da manuel silva, dono das marcasem termos de valor, ultrapassando menos sapatos portugueses, assim procura por produtos de gama sílvia rebatto e a mais recentepela primeira vez os 1.600 milhões como angola e Canadá. alta na China, os portugueses não e jovem see2bee, partiu parade euros. ao todo, 71 milhões perderam o avião para o extremo Xanghai com a mesma apreensão,de pares de sapatos portugueses portugal reforça assim o Oriente. 12 empresas portuguesas embora já lá tivesse à sua esperaseguiram para o mundo. estatuto como produto que mais participaram na primeira edição um empresário chinês com quem positivamente contribui para a da miCam shanghai, que decor- espera firmar uma parceria. “neste as exportações para mercados balança comercial. importou, em reu entre 9 e 11 de abril, organi- mercado, há necessidade de haverfora da união europeia regista- 2012, 49 milhões de pares de sapa- zada pela mesma promotora da parceiros para que as coisas fun-ram acréscimos de 33%. vende- tos, menos 21% do que em 2011, miCam italiana. cionem, até pela distância. tem demos mais 42% para a rússia (23 o que resulta num saldo positivo ficar alguém no terreno”, disse aomilhões de euros), mais 50% para de sensivelmente 1.200 milhões de a pisar pela primeira vez labor.os estados unidos da américa (21 euros. território chinês, a maioria dosmilhões) e mais 111% para o Japão empresários nacionais foi a Xan- a distância não tem sido um(13 milhões de euros). O crescimento das exportações ghai essencialmente para apalpar problema para manuel silva, que portuguesas foi inclusivamen- terreno. “É uma visita de informa- já tem clientes no Japão, austrália, Contudo, é o velho Continente te maior do que na itália e em ção”, disse João barros, da fidji, ao nova zelândia e arábia saudita.que assegura grande parte dos espanha. Os italianos desceram labor. sem querer prever cenários, Contudo, é na europa que vendenegócios externos do setor. só o volume de exportações mas João barros reconhece contudo com mais força, sobretudo françaa frança e a alemanha, os dois aumentaram o valor - recorde-se que o mercado chinês apresenta e bélgica. “temos de procurarprincipais destinos das exporta- que o sapato italiano é o mais caro mercados com economias fortes.ções portuguesas, asseguram 719 do mundo (35 euros o par). e os a europa está como se sabe e a espanhóis aumentaram as exporta- 14

Best of Portugal15

concorrência é feroz”, afirma. O atrair muitas empresas portugue- MICAM:empresário acredita que o investi- sas. a novomania, mais dirigida Portugal em pesomento na China tem “pernas para à juventude urbana chinesa, exis-andar”, devido aos 65 milhões te desde 2010 e na última edição, É por esta razão que a miCam continua a serde potenciais consumidores com em 2012, registou a presença de a mais importante feira de calçado do mundo. Opoder de compra. oito empresas portuguesas, cinco certame italiano, que decorreu em milão de 3 a 6 da área do calçado. de março, contou com a presença de 114 marcas a miCam shanghai decorreu portuguesas, que no seu conjunto exportam cercaem simultâneo com a shangai O diretor da feira, um de 500 milhões de euros em sapatos e empregafashion Week, com o objetivo de português radicado no extremo 6.000 pessoas.atrair mais compradores. O dire- Oriente há mais de 10 anos, es-tor da feira fabio aromatici, em pera que em julho a participação de acordo com a associação portuguesa dodeclarações ao jornal brasileiro seja maior. “talvez 10 ou uma setor, é a maior representação de sempre numexclusivo, disse esperar a visita dúzia”, disse à Lusa Guilherme evento de promoção da indústria do calçado.de cinco a seis mil compradores. faria. a evolução, a acontecer, além de itália, que é anfitriã do evento, só a acompanha o crescimento da espanha supera portugal na presença da feira. empresas de portugal, itália, feira, que espera reunir produtosbrasil, turquia, espanha, alema- de 200 marcas, mais 70 do que em declarações ao jornal público, o porta-nha, reino unido e até mesmo na edição anterior, e atrair quase voz da associação portuguesa da indústria doda Hungria não perderam esta 20.000 visitantes, o dobro de há Calçado (apiCCaps) definiu a micam comooportunidade de negócio. a dois anos. “uma oportunidade de eleição para promoverorganização não esperava um o calçado português à escala internacional”. Évolume grande de vendas na Guilherme faria acredita no a apiCCaps que, em conjunto com a aiCep, aedição de março, mas uma gran- potencial do calçado português. agência de promoção externa nacional, define ade oportunidade para estabelecer em declarações à Lusa, realçou a estratégia de divulgação no exterior do setor comrelações de negócios lucrativos. qualidade do mesmo. o apoio financeiro do programa Compete.“em outubro, na segunda edição,as empresas que investiram nesta a novomania é promovida mais de 35 mil visitantes profissionais foramrelação, certemente colherão fru- pelo novo Group, consórcio à miCam, menos 1,8% que a edição homólo-tos”, disse fabio aromatici. chinês fundado pelo filho de uma ga de 2012. destes 19.181 eram estrangeiros família de industriais têxteis de oriundos de mais de 100 países, com destaque além da miCam shanghai, Hong Kong, com lojas em várias para compradores da rússia, frança e extremouma outra feira na China pode cidades da China. Oriente. a organização entende que o decrésci- mo de visitantes italianos foi compensado pelo acréscimo de estrangeiros. 16

Best of Portugal GDS: nevão afetou afluência à feira mais de 70 empresas por- tuguesas marcaram presença na feira Gds, em düsseldorf, alemanha. Com elas, seis novas marcas nacionais lançadas por jovens talentos da indústria também lançaram âncora no certame que decorreu entre 13 e 15 de março. Contrariamente ao normal, a neve caiu em força sobre a eu- ropa central e afetou a afluência da feira. aeroportos encerrados e atrasos colossais nos voos resultaram num decréscimo de visitantes, sobretudo da bélgica e frança, os países mais afetados pela queda de neve. a organização da feira refere que vários expositores se atrasa- ram na chegada a düsseldorf e muitos compradores cancelaram compromissos previamente assumidos com os fornecedores, devido ao mau tempo. no fim, contabilizaram-se 1.158 expositores de 30 países e aproximadamente 21.300 visitan- tes de cerca de 100 países. 17

TENDÊNCIAS ambitiOus ambitious-shoes.com primavera/verãO 13 www.facebook.com/profile.php?id=100002401078971 CarLOs santOs miGueL vieira santosshoes.com 18 www.facebook.com/CarlossantosshoesCOHibascohibas.ptfacebook.com/Cohibasportugalp.v.p. 176,90€ COHibas cohibas.pt facebook.com/Cohibasportugal p.v.p. 149,80€ fLY LOndOn flylondon.com www.facebook.com/flylondon p.v.p. 140,00€ | 105,00€

Best of Portugal19

CentrdoodDeeFsiogrnmeadçãooCéaAlçcaaddoemia O Centro de formação profissio- imagem do Centro, agora acade- jovens e para adultos, nas áreas denal da industria de Calçado (CfpiC) mia, como um todo, oferecendo aprendizagem, formação de jovens,vai sofrer profundas alterações. uma boa relação custo-eficácia especialização tecnológica e forma-O objetivo, na opinião do diretor na gestão da marca, unificando a ção modelar, e formação dedicadaeduardo Costa, é “adaptar-se a uma oferta de serviços debaixo de um às empresas. diria que é uma ofertaindústria de calçado com novas “guarda-chuva”, reconhecível e formativa abrangente, que necessi-exigências ao nível do design, da com impacto juntos dos seus desti- tará, naturalmente, de ser aqui e aliinovação e mesmo internacionaliza- natários (jovens e empresas). retocada”.ção”. “É chegado agora o momentode darmos um novo impulso, tra- O novo logótipo inspira-se recorde-se que desde a suabalhando num regime de parceria numa circunferência, a forma mais criação, há já 40 anos, a academiaquer com as empresas quer com as perfeita da natureza. ”significa um já formou mais de 80.000 colabo-escolas, de modo a ganhar a batalha começar de novo, o centro do mun- radores das empresas. a taxa deda qualidade e do desenvolvimen- do, os 100% que damos em tudo o empregabilidade é altíssima e emto”, sublinhou, em declarações ao que fazemos”, destacou o diretor da alguns cursos é mesmo de 100%.jornal da apiCCaps. academia. a grande aposta passa, por um lado, por atrair novos jovens para as alterações em curso são pro- as alterações não se esgotam, “rejuvenescer o setor” (a campanhafundas. desde logo, o CfpiC passa no entanto, ao nível da imagem e terá como slogan “vem fazer partea ter uma nova imagem e designa- da comunicação. numa altura em da industria mais sexy da euro-ção: academia do design e do Cal- que a reindustrialização passa a ser pa”) e, por outro, dar prioridade àçado. desenvolvida pelo Gabinete um desígnio europeu, os cursos formação destinada às empresas.de Comunicação da apiCCaps, a vão ser reestruturados. “a oferta “a escassez de mão de obra espe-nova identidade procura assegurar formativa da academia de design cializada pode ser ultrapassada,uma estratégia de marca coesa, mas e Calçado cobre todas as áreas da uma vez que as empresas poderãoflexível, focada no futuro. fileira do calçado e algumas trans- recorrer à academia para formar os versais. presta formação, nomeada- quadros que necessitam” em curso está a melhoria da mente, em três áreas críticas. para 20

Entrevista a Eduardo Costa, “FaltapdoeddirmeetorsãdaeoArcadudeemltioardbae DrpeasaignseessCapalçdeadcaoi”alizada durante 40 anos, o Centro de tendência. ambicioso, mas necessário. formação profissional da indústria mudámos de imagem, mas nos últimos anos, procedemos a de Calçado formou mais de 80.000 uma profunda alteração interna da colaboradores da fileira do calçado mudaremos, ainda em 2013, várias academia, tornando-a mais ágil, em portugal. quatro décadas de- outras áreas criticas. passaremos mais flexível e com maior capa- pois, muda de imagem, de assina- a ter outra assinatura, academia cidade de responder aos desafios tura e prepara uma reestruturação de design e Calçado, porque da fileira do calçado em portugal. sem precedentes. eduardo Costa, entendemos que devemos renovar É chegado agora o momento de diretor Geral, explica as razões ao a imagem, mas também a mensa- darmos um novo impulso, traba- jornal da apiCCaps gem. aqui formam-se verdadeiros lhando num regime de parceria O CfpiC aLterOu artesãos. mas outras alterações quer com as empresas quer com reCentemente a imaGem estão a ser ultimadas. as escolas, de modo a ganhar a instituCiOnaL. quaL fOi O COmO pOr eXempLO? batalha da qualidade e do desen- Grande ObJetivO que volvimento. mOtivOu essa aLteraçãO? desde logo ao nível dos cursos. pOrque razãO Optaram muitos deles serão reformatados. peLa desiGnaçãO O Centro tem estado sempre a academia de design e Calçado aCademia? na linha da frente nas alterações adaptará alguns cursos, reciclará que o setor de calçado, ao longo outros, porque entendemos que estamos a efetuar alterações dos anos, tem vindo a registar. O podemos prestar um serviço ainda em toda a linha. tínhamos de setor, de um modo geral, evoluiu, melhor às empresas. estamos a tra- romper com o passado e pareceu- tem vindo a apostar em áreas mais balhar com o instituto de emprego nos que devímos ter uma nova nobres e de maior valor acrescen- e com a apiCCaps nesse sentido. assinatura, uma nova identidade. tado e consideramos que, uma vez trata-se de um prOJetO não abandonaremos de vez a de- mais, teríamos de acompanhar esta ambiCiOsO? signação CfpiC, mas a verdade éBest of Portugal 21

que o termo academia faz-nos re- todas as áreas da fileira do calçado estrangeiras, serão reforçados. em que áreas espeCÍfiCas?cuar até platão. academia significa e algumas transversais. presta ainda recentemente, tivemos 14 desde logo ao nível dos cursosa universidade da vida, a escola formação, nomeadamente, em três alunos a estagiar em itália, numadas artes e dos artesãos. Ora, num áreas críticas. para jovens e para prestigiada escola de moda, com ligados à área da produção, quesetor que valoriza cada vez mais o adultos, nas áreas de aprendiza- resultados muito interessantes. constituem uma área central dasaber fazer, parece-nos que esta é gem, formação de jovens, espe- vamos aprofundar esse e outros nossa atividade. depois, proce-uma excelente opção. cialização tecnológica e formação caminhos. estamos igualmente a deremos igualmente a alteraçõesde um mOdO GeraL, quaL É modelar, e formação dedicada ultimar protocolos com escolas. es- ao nível da modelação. Com asa vOssa Oferta fOrmativa às empresas. diria que é uma tamos a trabalhar em vários planos universidades de braga e do porto,atuaL? oferta formativa abrangente, que distintos, mas complementares. criamos um Cet (Curso especiali- necessitará, naturalmente, de ser vamos melhorar a nossa qualidade zação tecnológica) de estilismo de a oferta formativa da acade- aqui e ali retocada. Os estágios global como um todo. Calçado. este é um curso com umamia de design e Calçado cobre em empresas, nomeadamente grande procura e igualmente com um grande impacto. no espaço de 22

Best of Portugal23

um ano, todos os nossos forman- formação à medida das exigências. historial, um património que é um de estratégia. O grande desafiodos em modelação encontram a faLta de mãO de Obra cartão de visita inigualável. temos para este século passa pela quali-emprego. num país com uma taxa espeCiaLizada pOderá ser orgulho que alguns dos principais ficação, das empresas em primeirode desemprego superior a 16% entãO um faLsO prObLema? nomes do setor, como Luís Onofre, lugar, e dos quadros técnicos dasdeveria dar que pensar. José antónio strena, pedro morais empresas em geral. esse é o gran-pOrque razãO tantas em- um falso problema não será, e tantos outros, tenham passado de desafio. a própria apiCCapspresas ainda se Lamentam mas seguramente será um pro- por aqui. Criámos condições para tem consciência desse repto eda faLta de mãO de Obra blema que pode ser ultrapassado. que os nossos formandos tenham vamos trabalhar em conjunto paraespeCiaLizada? as empresas devem procurar os as ferramentas necessárias para criar um setor ainda mais capaz, centros de emprego e recorrer à vincar no mercado de trabalho. moderno e competitivo. esse é um lamento frequente, academia para formar os quadros COmO É que avaLia a a COnstruçãO de um nOvOmas que deve ser contextualizado. que necessitam. situaçãO atuaL da edifÍCiO para a aCademiapor um lado, é verdade que o setor indÚstria de CaLçadO vai mesmO avançar?industrial como um todo – este quais sãO, na sua OpiniãO, em pOrtuGaL?não é um problema exclusivo da as prinCipais mais vaLias para já, está a avançar a umindústria de calçado – deixou de da aCademia dO CaLçadO e a indústria de calçado está ritmo mais lento do que o deseja-estar na moda e que em algumas desiGn? numa fase positiva, de afirmação do. em cima da mesa estão várioszonas de forte concentração do internacional. apresenta uma boa cenários como a requalificaçãosetor, como felgueiras, – a própria desde logo os recursos huma- qualidade, é flexível, responde ra- total do edifício em s. João daacademia está a recrutar forman- nos associados aos equipamentos pidamente e tem vindo a melhorar madeira ou a construção de umdos nos concelhos limítrofes – não instalados (ainda recentemente paulatinamente a sua imagem. novo edifício de raiz. O edifício deexiste mão de obra disponível. adquirimos novos equipamentos), de que fOrma pOderá felgueiras está bem estruturado emas é preciso recordar, por outro que permitem uma formação real, O setOr evOLuir nOs não precisa de nenhuma alteraçãolado, que as empresas podem, à medida das necessidades das prÓXimOs anOs? substancial.devem mesmo, recorrer à acade- empresas. ao longo de 40 anos demia, pois estamos disponíveis para existência, já formámos 80.000 co- É importante que mantenha o DR: Jornal da APICCAPSefetuar a formação necessária, uma laboradores deste setor. temos um mesmo rumo, sem grandes desvios 24

Best of Portugal CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA INDÚSTRIA DO CALÇADO 25 vem FAZer PARTE Da indústria mais sexy da europa Rua Visconde, 990 | 3700-265 São João da Madeira | Telefone:+351 256 815 060/1/2 | Fax:+351 256 815 069 | E-Mail:[email protected] | www.cfpic.pt

Sqaupealdegtoovrsaacmvtlãiaeondoútonenoimcoes 26

sapatos de golfe não são projeto tem vindo a ganhar incre- lha a gerência com o cunhado, que ada marca de sapatos holandesa comuns. sapatos de golfe com o mento e a empresa nacional pensa tem a idade da fábrica e está mais van bommel, ativa desde 1734 nome gravado são ainda mais ra- agora em novas formas de melho- voltado para a secção produtiva, e sempre sob a administração da ros. É precisamente este nicho de rar o processo de personalização. já introduziu a terceira geração na mesma família. mercado que a fábrica de calçado também está a trabalhar numa co- empresa. Centenário, em Cucujães, tem vin- laboração para vender os sapatos “É quase uma relação fami- do a trabalhar desde que lançou a no Canadá, alemanha e áustria. Van Bommel é cliente há liar, embora negócios são sempre linha em 2009. “este é um nicho de mercado. tem mais de 25 anos negócios”, afirma domingos José. de ser trabalhado de uma maneira foi a van bommel que introdu- além das melhores peles e dos diferente dos sapatos normais”, a Centenário sempre esteve lo- ziu a Centenário no Goodyear melhores acabamentos, o sapato justifica domingos José. calizada na freguesia de Cucujães, Welt, um sistema de fabrico mais de golfe da Centenário leva ainda concelho de Oliveira de azeméis, moroso, minucioso, manual e raro o nome do cliente gravado na pal- Com mais de 70 anos de exis- mas mudou de instalações em nos dias que correm. a implemen- milha. um pormenor de charme e tência, a Centenário é, provavel- 1984. foi precisamente nesta dé- tação do método em Cucujães foi atenção para com um consumidor mente, a empresa familiar mais cada que se deu uma viragem na conduzida pelas duas empresas tradicionalmente exigente e adep- antiga do país. emprega 73 funcio- empresa: num pavilhão novo com em estreita colaboração. Hoje, é to da exclusividade. nários, produz 134 mil pares de novos equipamentos, a Centená- a grande aposta da Centenário. sapatos por ano e factura anual- rio passou a exportar 50% da sua “queremo-nos diferenciar pela a ideia surgiu, há cerca de mente 7,1 milhões de euros. produção, nomeadamente para qualidade”, garante o sócio-ge- dois anos, da parceria com um países da europa. um dos clientes rente da empresa ao labor. “É um cliente na finlândia que vende foi fundada pelo sogro de do- angariados nessa altura mantém- tipo de construção onde há menos os sapatos para todo o mundo mingos José, atual sócio-gerente, -se com a empresa portuguesa e concorrência. poucos são os fa- através da internet. “O sapato sai quando ainda tinha 17 anos. “O assegura, ainda hoje, grande parte bricantes, mesmo no mundo, que daqui personalizado com o nome meu sogro aos 17 anos já era pai e da faturação. trata-se da conceitu- adotam este método de fabrico”, e o número do cliente”, demonstra já era industrial”, recorda o genro. afirma. o sócio-gerente da Centenário. O domingos José, de 63 anos, parti-Best of Portugal 27

O sapato Goodyear diferencia- düsseldorf”. além disso, “através apresentada uma nova tabela com a verdade é que, com estes dois-se sobretudo pela manufatura. a da nossa participação na micam aumentos que no espaço de poucos problemas, os empresários nãosola é aplicada com recurso a uma (itália), apercebemo-nos de que, meses ultrapassam mais de 10% conseguem garantir preço e, semtira de couro, algodão ou material cada vez mais, recebemos a visita no custo das peles. É muito grave isso, o cliente não retoma as enco-sintético (welt). essa tira forma de clientes alemães. a nossa ideia porque os preços estão feitos, as mendas. “não colocando o preçouma cavidade preenchida com era ir ao encontro deles no seu vendas estão feitas, as encomendas devido, deixamos de ser competiti-cortiça para melhor climatizar o pé. mercado”, acrescenta. Os negócios colocadas e somos surpreendidos vos e isso é muito grave”, avisa.a sola é depois cosida e colada ao correram e, muito provavelmente, com um aumento substancialsapato. O sistema é altamente con- a Centenário terá brevemente um das matérias primas”, queixa-se do estado, espera unicamentesiderado por permitir uma maior agente no centro da europa. domingos José. inversamente ao que mantenha a comparticipaçãodurabilidade do sapato, impedir a preço, a qualidade das peles tem da presença dos empresários naságua de entrar no interior e facilitar tanto com marca própria como vindo a decrescer, o que agrava feiras internacionais. “deve mantera eventual substituição da sola. É em private label, a empresa está ainda mais a situação para os esta política porque as feiras ficam-usado por algumas das melhores presente na Holanda, bélgica, ale- empresários. -nos muitíssimo caras”, adverte.marcas internacionais de sapatos. manha, suíça, áustria, inglaterra, a comparticipação do estado finlândia, arábia saudita, China, Os fornecedores alegam que funciona na base de uma quota mí- a estratégia da Centenário é Japão, equador e Casaquistão. não há peles mas domingos José nima que é estabelecida para cadaaumentar a quota de sapatos Goo- suspeita de algum oportunismo. empresa. atingindo essa quota dedyear fabricados pela empresa e, Preço das peles prejudica “a indústria de calçado em por- participações no exterior, o em-por isso, voltou a participar na feira setor tugal tem vindo a suplantar todas presário assume todas as despesasinternacional Gds, na alemanha. as dificuldades, assim como em inerentes. essa quota foi duplicada“a alemanha é um país bastante tal como outras empresas do itália e em espanha. não há uma mas há dois anos voltou a descer,importante no consumo de Goo- setor, a Centenário sente a oscilação regressão no calçado de qualidade. o que prejudica empresas como adyear”, justifica domingos José. do preço e qualidade das matérias- não sei se não haverá da parte Centenário. “sem estas ajuda o cus-“foi na tentativa de angariar novos -primas, nomeadamente a pele. dos fornecedores uma tentativa de to dos sapatos tem de aumentar”,clientes para esta linha que fomos a “ainda há duas semanas, foi-nos aproveitar negócio”, sugere. conclui domingos José. 28

Best of Portugal Peles exóticas em 2010, a Centenário apostou numa linha de sapatos em pele de en- guia, raia, pata de avestruz e crocodilo, com preços entre os 600 e os 2000 euros. na altura, Japão e China foram os primeiros mercados a mostrar interesse. na micam deste ano, clientes do Congo, nigéria e angola seguiram a tendência. Contudo, a produção vai avançando devagar. além de se dirigirem a um nicho, são sapatos muito caros com uma componente de risco muito grande, avisa o sócio-gerente da empresa. “se tivermos o azar de rebentar um sapato na montagem, são muitas centenas de euros que se perdem”. 29

TENDÊNCIAS eXCeed primavera/verãO 13 exceedshoes.com www.facebook.com/exceedshoes COHibas miGueL vieira cohibas.pt facebook.com/Cohibasportugal 30 p.v.p. 131,80€COHibascohibas.ptfacebook.com/Cohibasportugalp.v.p. 129,40€ feLmini felmini.com fLY LOndOn flylondon.com www.facebook.com/flylondon p.v.p. óculos: 59,90€ | carteira: 99,90€ fLeX&GO www.flexgo.pt p.v.p. 60 € / 70 €

Best of Portugal31

insBpoitraasdeossanpoaDtoosuro a marca de calçado femini- no myst inspirou-se nas castas e nos socalcos das margens do douro para lançar a quarta edição da mystseven, uma linha que a empresa de s. João da ma- deira trabalha desde o verão de 2011, sempre inspirada em ele- mentos da cultura portuguesa. O douro está presente na co- leção essencialmente através dos bordados, das sobreposições (em alusão aos socalcos) e das cores: verdes, vinho, cinza, castanhorui Oliveira, product manager da myst 32

e preto. “somos aficionados por nacionais inspiração para as manha e Holanda. rui Oliveira pessoas. vinho e pelo douro em particu- suas coleções. a primeira linha acredita que o acompanhamento a empresa planeia ata- lar. fomos buscar às suas tradi- mystseven partiu do patrimó- mais prolongado e permanente ções elementos que pudéssemos nio – o fado, os lápis viarco, o de um agente dá mais frutos do car mercados fora da europa incorporar nesta coleção”, revela azulejo -, a segunda inspirou-se que um contacto rápido numa mas não por enquanto. “não ao labor o product manager da na gastronomia, a terceira nos feira. “numa feira não dá para fazemos 500 e 600 pares por myst, rui Oliveira. lenços dos namorados e a quarta explicar a verdadeira essência da dia. não podemos pensar e mais recente no douro. “Gosta- marca. não há tempo. quando alto porque podemos ter uma a empresa limitou a coleção mos de procurar algo nas nossas fazemos uma venda personali- queda muito grande”, justifica a 50 modelos de senhora (botas, tradições que possamos recupe- zada, já é melhor. as pequenas rui Oliveira. além disso, “os sapatos e bailarinas), divididos rar e reinventar para o sapato. coisas marcam diferença. toda mercados fora da europa só tra- em sete linhas diferentes, uma É essencialmente contar uma a gente vende sapatos. nós balham bem com distribuição para cada casta. “achámos história”, explica rui Oliveira. procuramos criar uma história, e arranjar um bom distribuidor muito piada à forma como as mostrar o nosso país, e fazer não é fácil”, acrescenta. castas e as suas caraterísticas se Cada coleção é acompanhada pequenas ofertas”, explica. podiam incorporar no sapato”, por um kit de ofertas relaciona- a myst não faz manufatura, afirma rui Oliveira. assim, para das com o tema. a linha inspira- 100% portuguesa continuando a subcontratar a a variedade touriga nacional foi da no douro traz uma pequena produção em portugal. “a myst criada a linha Hippiefreak, que garrafa de vinho do porto das a empresa mystic sea foi é 100% portuguesa. nem pode tenta assimilar a complexidade Caves poças, as únicas com ca- fundada há oito anos, inicial- ir por outro caminho senão não desta uva. e para a touriga fran- pital exclusivamente português, mente voltada para a represen- faria sentido usarmos elemen- ca, conhecida pela capacidade de e um dvd de apresentação do tação e distribuição de marcas tos portugueses”, comenta rui envelhecimento, foi desenhada museu do douro. ambos foram internacionais, como a diesel e Oliveira. a linha vintage, pensada para parceiros do projeto, juntamente bjorn borg, no mercado inter- qualquer ocasião, versátil e com a Cartonagem trindade, a no. essa vertente da empresa para o gestor, mais do que a adaptável. “a personalidade da douro azul e o Hotel Wr. continuar a valer-lhe o grosso crise, é a falta de confiança das casta deu-nos uma ideia da per- da atividade. Contudo, a aposta pessoas que cria mais dificul- sonalidade do sapato”, explica o a coleção foi apresentada nas numa marca própria para o dades às empresas. do estado, empresário. feiras internacionais de calçado mercado externo já lhe garantiu espera só que os prazos para na itália e alemanha e o feed- os mercados francês e holan- receber os apoios sejam encur- Contar uma história back, de acordo com a empresa, dês, claramente aqueles que tados. “Chegam muito tarde. foi muito positivo. Contudo, a mais compram calçado myst, temos que pagar tudo, com- não é a primeira vez que myst prefere apostar na venda e absorve a tempo inteiro três provar que fizemos aquilo tudo a myst vai buscar às tradições através dos agentes que tem em e cumprir uma série de buro- espanha, frança, áustria, ale- cracias que demoram imenso tempo”, lamenta.Best of Portugal 33

OeysôtáganademModaarcoSanjoanense já posou para a Senza e agora para a marca de calçado Exceed marco silva, de 31 anos, foi o campanha da exceed, a quem faz ain-manequim escolhido pela marca de da consultoria de marketing, vendascalçado exceed para a nova coleção e internacionalização, explica ao laboroutono/inverno que foi apresentada, que o recurso ao yôga surgiu dumaem milão, durante a feira internacio- estratégia concentrada na harmonia enal de calçado. O instrutor de yôga de equilíbrio. “de forma a darmos con-s. João da madeira surge no catálogo tinuidade ao equilíbrio e sobriedadeem diferentes posições de swásthya da campanha anterior, analisamosyôga, uma das correntes da modali- diversas soluções e alternativas, quedade, calçando sapatos exceed. teriam de ter um vetor comum, criar impacto no universo do calçado de a oportunidade surgiu através homem”, afirma.da shaping brands, empresa sanjo-anense de gestão de marcas dirigida a campanha foi produzida porpor dois antigos colegas de turma pedro Caria, com direção criativa,de marco silva: pedro Caria e Joana styling e pós-produção de JoanaJorge. “queriam fazer uma coisa Jorge, ambos sanjoanenses. “Com odiferente e não queriam recorrer a um marco silva, fomos três pessoas demanequim normal”, explica ao labor. s. João da madeira envolvidas numa“Julgo que a ideia era evidenciar campanha de impacto mundial”,também a flexibilidade, resistência e sublinha o gestor.equilíbrio dos sapatos exceed” que,curiosamente, nas fotografias até a exceed é uma empresa de fel-aparecem mais destacados do que o gueiras com mais de 50 anos de expe-normal porque surgem, quase sem- riência a fabricar calçado. destaca-sepre, no ar, releva. por produzir sapatos de design e qualidade, tanto ao nível de materiais pedro Caria, responsável pela como de acabamentos, sempre ma-gestão, produção e coordenação da nuais. está presente em vários países MOisgeupgeaulrnVadiíesooira miguel vieira volta a surpreender com a campanhade moda para a estação primavera/verão 2013. paisa-gens idílicas, tons cítricos e aromas de outras culturasforam as grandes influências no calçado e vestuáriomasculino. a campanha, que contou com styling do ateliê mi-guel vieira, tem como protagonista o manequim rodrigosantos, da elite Lisbon, e foi fotografada no parqueOrnitológico de santa maria da feira por Joel bessa. Oscabelos e a maquilhagem estiveram a cargo de pedroferreira e Helena almeida, respetivamente. 34

da europa, nomeadamente bélgica, marco silva é formado pela Holanda, alemanha, suíça, inglaterra universidade internacional de Yôga, e frança. método derose, com certificado da universidade Lusófona do porto. de- este é o primeiro trabalho de mar- dica-se à técnica de alta performance co silva como manequim para o setor como ferramenta de desenvolvimento do calçado. no verão passado, fez humano ao nível físico, emocional, uma sessão semelhante para o pronto- mental e intuitivo através de técnicas a-vestir senza, também em s. João da orgânicas, respiratórias, descontração madeira, e antes já tinha posado para muscular e meditação. dá aulas em s. o estúdio de fotografia espaço branco João da madeira, santa maria da fei- nas instalações da Oliva. quando co- ra, Ovar, Oliveira de azeméis e ainda meçou a praticar yôga, nunca pensou como personal trainer. que a modalidade o levaria por estes caminhos. HdaelsMaordnaadSeePmaarnisaBest of Portugal a marca de calçado sanjoa- nense Helsar calçou os coorde- nados do estilista Luís buchinho na mais recente edição da sema- na da moda de paris. O desfile aconteceu a 27 de fevereiro, na maison de L’architecture, no âmbito da iniciativa portugal fashion paris, organizada pela associação nacional de Jovens empresários, a mesma que organiza o portugal fashion no porto. a coleção outono/inverno 2013/14 de buchinho chama-se “identidade” e tem no portugal dos anos 70 e na revolução de abril a fonte inspiradora. O pre- to, branco e vermelho, a lembrar o grafismo da época, dominaram o desfile. esta foi a primeira associação das duas marcas, replicada posteriormente nos certames nacionais de moda, 35 modaLisboa e portugal fashion.

“SHOE IDc”odmaPCrréematiioveIsnyosvtaeçmãsodistinguido a empresa de software Crea- fundada em portu- cias interativas. tor do retalho, a nível nacio-tivesystems, instalada em s. João gal em 2002, a Creativesyste- pioneira na implemen- nal e internacional. além deda madeira, venceu a categoria ms desenvolve soluções integra- portugal, a empresa está tam-software da edição 2012 dos das de automatização e otimi- tação da tecnologia rfid, bém presente diretamen-prémios inovação tecnológica zação de fluxos de informação, a Creativesystems desenvol- te na alemanha e bra-fileira do Calçado. a iniciativa do suportadas por uma consulto- ve e implementa soluções sil e tem projetos nos eua, di-Centro tecnológico do Calçado de ria especializada em inovação, avançadas de identifica- namarca, espanha, rússia eportugal visa distinguir as empre- gestão operacional e experiên- ção e rastreabilidade automáti- bélgica.sas que se destacaram, em 2012, ca, com especial ênfase no se-nas áreas da conceção e desenvol-vimento de soluções inovadorasneste setor. O prémio reconheceu o pro-jeto “sHOe-id”, desenvolvidopara a fly London no sentido demelhorar a eficiência e o controlooperacional em toda a cadeia deabastecimento (desde o armazématé à loja). além de otimizar os processose ajudar a evitar perdas na cadeialogística, a solução agrega valorna loja, incorporando um piso in-teligente rfid. O objetivo é agoraadaptar a plataforma a outras lojasde sapatos portuguesas, fábricas ecentros de distribuição. 36

www.spedycargo.pt SOLUTIONS THAT WORK. - exigências dos mercados nacional e internacional. A SPEDYCARGO empenha-se em encontrar as soluções mais adequadas e melhor desenhadas para os desa os da industria no presente e no futuro. A SPEDYCARGO representa em Portugal o HTFN Global Logistics Partner. O HTFN é uma associação de empresas transitárias privadas com representação mundial que permite uma cobertura global através de parcerias com empresas congéneres de elevada reputação em cada mercado. Como membro a SPEDYCARGO bene cia de parcerias com mais de 120 agentes em cerca de 200 países servindo mais de 600 portos e aeroportos.Best of Portugal Aéreo Marítimo Rodoviário Aduaneiro Transportes Especiais A Spedycargo oferece A Spedycargo Em parceria com A Spedycargo dedica assegura coordenação os seus agentes na especial atenção a A Spedycargo tem gama de opções no total da operação Europa, a Spedycargo este segmento para uma vasta experiência transporte de carga de transporte oferece serviço o qual criou o seu no segmento de: aérea. Garantimos seleccionando a opção regular de transporte próprio departamento · Feiras e Exposições uma operação bem que melhor responda em Camião de e aduaneiro no que · Transportes Especiais estruturada resultante às exigências de cada para várias origens e conta com pessoal · Armazenagem e da criatividade e embarque ao custo destinos. especializado e Distribuição experiência da nossa mais competitivo. licenciado. equipa. TRANSITÁRIO ESPECIALIZADO SPEDYCARGO, TRANSITÁRIOS, S.A. EM FEIRAS 37 Head Office Lisbon Office INTERNACIONAIS Via Central de Milheirós nº. 726 · 4475-330 Maia · Portugal Aeroporto da Portela Terminal de Carga · Edi cio nº. 134 sala 2119/2120 · 1750-364 Lisboa · Portugal Telf. +351 229 993 650 · Fax. +351 229 964 962 Tel. +351 218 480 369 / +351 218 487 683 ·Fax. +351 218 480 370

“ceHamláçdqaeoudsampolapquçounoredtproual”garuadêoso diretor-geral da novomania, a feira de moda urbana em Xan- gai, espera cerca de 200 marcas internacionais na edição de julho. para Guilherme faria, português radicado no extremo Oriente há mais de 10 anos, a China é “o” mercado para qualquer marca com uma visão de médio/longo prazo faLe-nOs um pOuCO desta feira e das CirCunstÂnCias que Levaram aO seu surGimentO. a novomania começa como um dos pilares do grupo novo, fundado em 2003 por alan fang, filho de uma família de industriais têxteis. O objetivo do consórcio era introduzir marcas internacionais na China para a população jovem. Começa com o desenvolvimento da miss sixty e até 2011, portanto em sete anos, passou de zero a 200 lojas. ao mesmo tempo que co- meçou a distribuição de marcas internacionais, começou também o conceito de “department store”. neste momento, o grupo tem 16 lojas desse tipo, cada uma com 3.000 a 5000 metros quadrados e 50 a 70 marcas. 38

a feira surge quando alan em 2011. em 2012 tivemos oito uma coleção. de qualquer forma, mil visitantes. este ano, fizemos fang percebe que falta na China empresas: cinco da área do calça- as lojas multimarca começam a de- uma parceria com a ubm ásia, uma plataforma de qualidade do e três dos têxteis. e este ano senvolver-se e quando sentirmos que é a maior empresa de feiras e para as marcas de moda entrarem já temos bastantes confirmações que existe capacidade para uma eventos da ásia. esta parceria vai no mercado. e decide, numa visita na área do calçado. esperamos segunda feira por ano, avançamos. dar um grande apoio ao nível da a uma feira de moda na europa, ter ainda mais. tem havido uma COmO assiste À evOLuçãO base de dados, para nos trans- fazer uma na China. foi assim aposta de portugal no mercado dO setOr dO CaLçadO? formarmos numa feira mundial que criámos em 2009 a empresa chinês que me parece uma aposta pelo lado das marcas mas também novomania e em 2010 a primeira óbvia, sendo este o mercado do basta olhar para as estatísticas. regional ao nível de visitantes. edição da feira. este ano será a futuro e tendo nós (portugueses) as exportações do calçado por- este ano esperamos cerca de 20 quarta edição. um produto de qualidade. tuguês nos últimos anos têm-se mil visitantes. quaL tem sidO a evOLuçãO pOrquÊ O fOrmatO anuaL multiplicado. temos produto de quaL aCHa que será O da nOvOmania? e nãO semestraL? qualidade e com marca para com- papeL da CHina na futura petir em qualquer lado do mundo. Ordem mundiaL? felizmente, temos tido algum ao contrário do que acontece Há espaçO para O CaLçadO crescimento. no primeiro ano, nos mercados europeu, americano pOrtuGuÊs na CHina? a China começou a perceber foi mais pequena e com muitas ou japonês, a monomarca ainda que o consumo interno é mais marcas internacionais que já representa a grande maioria do Há espaço para o calçado importante que a exportação e estavam na China. no segundo mercado chinês. O multimarca português em qualquer lado do produção. O consumo interno é ano, quando entro no projeto, a ainda escasseia. quem vem à feira mundo, portanto também há o “driver” da economia. portan- ideia foi atrair para a feira marcas não vem à procura de um produ- na China. sendo este um mer- to, cada vez mais, a China vai com potencial de internacionaliza- to mas de um conceito. por isso, cado com grande crescimento e afirmar-se como um mercado de ção e muitas ainda não presentes a nossa feira é anual e a grande com uma população ávida por consumo. Os números falam por na China. em 2011 começámos maioria dos stands são específicos consumir, é normal que haja si. a população consome todos os o projeto de internacionalização de cada marca. percebemos que espaço. não há espaço para o dias, os salários aumentam, o pib da feira. portanto, na primeira ainda não há mercado para uma calçado barato porque os chineses cresce a 7,5% e ainda acham que edição tivemos 70 marcas, no ano feira semestral porque o número conseguem produzir mais barato é pouco. portanto, a China só vai passado tivemos 150. este ano de compradores ainda é relativa- e melhor. agora, para o calçado de crescer nos próximos anos e vai esperamos à volta de 200. mente limitado. muitas das mar- qualidade, sim. afirmar-se como o país numero a presença pOrtuGuesa cas internacionais vêm à procura quantOs visitantes tem a um ao nível de economia, consu- tambÉm tem CresCidO? de um parceiro que lhes desenvol- feira? mo e potência mundial. É o merca- va a marca na China e não tanto do número um para qualquer a fly London foi a pioneira à procura de vender produto ou no ano passado tivemos 13 marca com uma visão de médio/Best of Portugal 39

longo prazo.COmO assiste aO que se vaipassandO em pOrtuGaL,nOmeadamente nO pLanOeCOnÓmiCO eGOvernamentaL? assisto de fora. vivo há muitosanos no estrangeiro, portanto nãovivi essa crise. Cada vez que voua portugal, sinto que não há umagrande motivação. por outro lado,constato que no setor da moda,felizmente, vê-se uma luz ao fundodo túnel. O calçado tem crescido econseguiu criar marca. isso é queé importante. O calçado acom-panhou inversamente a recessãoeconómica em portugal. admito que a situação é com-plicada. espero que se consiga dara volta mas parece-me que aindavai demorar algum tempo, infe-lizmente. pessoalmente, sinto-mebastante feliz por ter um trabalhoque acaba por apoiar, de certaforma, a indústria portuguesa. 40

Best of Portugal dodpooourmUtturmuognuldaêosdo Guilherme faria tem 35 anos e é natural de Coimbra. foi estagiar para a Coreia do sul ao abrigo do progra- ma Cont@cto do aiCep, em 2000. daí foi para o Japão, onde permaneceu cerca de 10 anos a trabalhar para a pirelli e para a e-four Corporation. desde 2011, é diretor-geral da no- vomania, na China. “tem sido uma evolução normal que acompanha o crescimento das economias. tudo aquilo que há 10 anos acontecia no Japão, está a mudar-se para Xangai. eu vim nessa corrente e aproveitei o crescimento. sinto-me muito bem em Xangai”, disse ao labor. COntaCtOs: nOvOmania t +86 21 61573942 e [email protected] 41

na pCaaslsçaardeolabdriolhPaorto Miguel Vieira Luís Onofre, com a coleção “Black is Back”, fechou no ano em que comemora 25com chave de ouro a 32.ª edição do Portugal Fashion, anos de carreira, miguel vieira evento de moda portuguesa que decorreu novamente quis homenagear a mulher. brancono emblemático edifício da Alfândega do Porto, de 20 nuvem, angorá champanhe, ouroa 23 de março. Pela primeira vez na história do certa- novo, castanho licor, antracite e me, o calçado teve as mais altas honras de destaque preto noite foram as tonalidades que utilizou em materiais como ao encerrar o último dia do evento. lantejoulas em base de seda, teci- dos jacquard florais e lisos, malhas e fazendas. a silhueta manteve-se justa e marcadamente feminina, alternada entre a ampulheta e a retangular, curta e longa, por vezes recortada nas costas ou interrom- pida por rachas. para os homens, miguel vieira optou por cortes de alfaiataria contemporânea em tecidos nobres. a marroquinaria e os acessórios de moda voltaram a fazer parte integrante das duas propostas de moda. 42

Fly London Luís Onofre as combinações de cores e de O preto é a principal cor nas materiais usados na coleção da propostas outono/inverno do fly apresentam uma interpretação designer oliveirense. desdobra-se própria e uma grande variedade em vários tons, em resultado da de modelos. a identidade forte combinação de materiais (camur- da marca sobressai nos pequenos ça, boxcalf, croco e pêlo) com apli- detalhes. plataformas de madeira, cações metálicas que pontuam a abotinados de cunha forrada ou coleção. Os castanhos surgem mais saltos rasos com berloques para a abertos e misturam-se com pérola mulher. botins e sapatos de cordão e mel claro. com combinações de peles vintage para homem. numa alusão ao universo “hor- se riding”, o couro marca presença em vários modelos de botas, con- trastando com a sofisticação dos detalhes metálicos aplicados nos canos, saltos e biqueiras. surgem ainda propostas de botas, botins, stilettos, galochas e sandálias em verde musgo, bordeaux, viola e verde bosque. Os saltos rasos ou com 16 centímetros surgem também com aplicações, criando a ilusão de que os calca- nhares flutuam.Best of Portugal 43

Cohibas J. Reinaldo “Just for hypsters” é o mote numa tentativa de reinvençãoda nova coleção da marca sanjoa- dos clássicos, a J. reinaldo apre-nense. Com lavagens, brilhos e tex- senta uma paleta de cores jovem,turas, a Cohibas arroja e reinventa dinâmica e repleta de detalhes emodelos clássicos, adaptando-os inspirações. Os materiais, cuida-às novas tendências de mercado dosamente selecionados, são osunisexo. mais nobres e luxuosos e todos os pormenores resultam no máximo a principal novidade nos conforto.sapatos de homem é a inclusão defechos laterais em alguns modelosda linha desportiva. nas linhasurbana e clássica destacam-se astexturas, padrões camuflados,tachas, materiais com brilho e vin-tage renovado com lavagens. na linha feminina, a formatexana surge com um design reno-vado em várias cores com brilhose detalhes “handmade” com solasultraleves. O rockabilly, modelomais emblemático da Cohibas,surge agora com uma sola maislarga e mais leve para um maiorconforto. 44

Nobrand Sílvia Rebatto a coleção “Crossroads”, da no- sílvia rebatto apresentou três brand, pretende ser uma mistura propostas para o outono/inver- entre o imaginário western e a ati- no 2013/14. “paixão itinerante e tude motard mais rebelde. Com in- viajante”, “nostalgia refletiva” e fluências vincadas da mítica route “expressividade barroca” foram 66, a linha tenta incorporar uma os temas escolhidos. a colecção visão homogénea de pólos que se sugere uma interessante viagem cruzam, entre o pop western e as no tempo com inspiração no influências do design vanguar- passado, mas pensando e vivendo dista, passando ainda pelo estilo no futuro. predominam os botins, motard. para a marca de calçado, ajustados com elásticos para facili- que está a comemorar 25 anos, tar a adaptação, e as botas médias a coleção foi bem conseguida. É a pensar na mulher moderna. distinta, cheia de caráter, inspirada nas ruas áridas do deserto e no a coleção é composta ainda cenário dos drive-in americanos. por uma panóplia de cores, desde É também uma sugestão neo-wes- o cinza ardósia, castanho aver- tern que promete aquecer a moda melhado, azul escuro, dourado no gélido inverno de 2013/14. e violeta, verde, vermelho rús- tico, brilhos dourados e bronze, combinados com turquesa, lilás e castanhos intensos, empregues em peles vintage de materiais e texturas nobres.Best of Portugal 45

Dkode Goldmud O romance inspirou a dkode sempre em parceria com ale-a propor sapatos em peles natu- xandra moura nos combinados, aralmente oleadas e acabamentos Goldmud apresentou uma coleçãotexturizados, metálicos, oxidados de linhas retas e simples inspiradaou desbotados. Cores como o cin- no tema “4. qu4dr4do”. destaca-sezento, castanho escuro, pastel ocre a criação de um salto alto exclusi-e vermelho dramático marcam a vo e a utilização da forma unisexo,coleção, assim como os detalhes em alusão à versatilidade e con-barrocos, as rendas vintage, os temporaneidade que se pretendebotões cerimoniais e os camafeus. nos dias de hoje. 46

Best of Portugal47

TENDÊNCIAS primavera/verãO 13 men´s devOtiOn www.matashoes.com sambapati www.sambapati.pt www.facebook.com/sambapati.jjheitorprOfessiOn: bOttier fLY LOndOnprofessionbottier.com flylondon.comwww.facebook.com/pages/professionbottier/251442128203681 www.facebook.com/flylondonp.v.p. 160,00€ - 200,00€ p.v.p. 99,90€danieLa Lima fLY LOndOn flylondon.com www.facebook.com/flylondon p.v.p. 130,00€ | 115,00€ 48

Fly LemonIdnognlaptreermraiada a conhecida marca fly dades que mais se destacaram London foi galardoada com no setor do calçado no mercado o prémio “footwear brand of inglês. este ano, a fly London foi the Year” numa cerimónia que considerada a melhor marca de decorreu a 17 de fevereiro, em calçado de moda. inglaterra. O prémio simboliza o reco- integrado no certame “moda nhecimento da notável perfor- footwear”, em birmingham, este mance de vendas da fly London prémio é organizado pela em- no reino unido e vem reforçar a presa inglesa datateam business notoriedade de uma marca que media, em colaboração com a sempre se posicionou no merca- bfa (british footwear associa- do exterior. inglaterra continua tion), a ifra (independent foo- a ser o principal mercado da fly, twear retailers association), the que tem duas lojas monomarca society of shoe fitter e a revista em Londres (Covent Garden e st. “footwear today”. Christophers place) e distribui os seus artigos por mais de 400 a organização do certame pontos de venda independentes distingue, todos os anos, as em todo o reino unido. marcas, retalhistas e personali- cbTaornamaqqtsuuuuielalierhsgitergarair O verãoédeexóLtuicíos OnofreBest of Portugal a coleção primavera/verão e saltos plexi retilíneos. pela 2013 de Luís Onofre escolheu a primeira vez, os modelos rasos cor como principal protagonista. rivalizam em protagonismo e as peles e os cetins apresentam- surgem várias elegantes propos- -se em diversos tons, numa tas de sandálias. design, qualidade, conforto e preço liberdade surpreendente. fucsia, competitivo. É com essa proposta que a marca laranja, azul violeta e amarelo portuguesa tatuaggi vende os seus sapatos contrastam com o camel, o nude para todo o mundo, com produtos direciona- ou o mel como se a pele tivesse dos a mulheres diferentes, mas que procuram sido queimada pelo sol. o design clássico em calçado com qualidade e conforto. a produção integral do catálogo de moda foi realizada para conquistar as mulheres brasileiras, a por uma equipa composta pelo tatuaggi estreou-se em janeiro na Couromo- fotógrafo frederico martins e da, a feira de calçado em são paulo. a empre- pelas manequins dariia makaro- sa pretende entrar no mercado apenas com a va, da Karacter models, e maria coleção de inverno, com foco nas regiões sul e Carmo, da Central models, com sudeste. para definir a estratégia de trabalho styling de fernando bastos pe- no brasil, a marca fez um estudo de mercado. reira, make up de patrícia Lima e “Os nossos produtos vêm para agregar e não hairstyling de rui rocha. competir, por isso não vamos trabalhar com calçado de verão, já que o design brasileiro a campanha destaca seis no- para este tipo de produto é excelente”, expli- vas propostas da marca. numa cou o sócio-gerente da tatuaggi, José alberto coleção marcada pelo exotismo silva, ao serviço de imprensa da feira. colorido, a inspiração das formas surge diretamente dos anos 60 e 49 80 com os obrigatórios stilettos

Calçado pede mais intervenção ao EstadoEmpresários afirmam necessidade de apoios à internacionalização e proteção das pequenas empresas. Falta de quadros para a produção preocupa o setor de que precisa o calçado e mia e da dificuldade em recrutar O deputado considera que e na motivação dos colaboradorescomo pode o estado, concreta- trabalhadores para o calçado. as autarquias podem desempe- para que se tornem mais produti-mente uma câmara municipal, nhar aqui o papel do “agente vos. e manifestou-se pouco favo-ajudar? a estas questões quis basílio Horta foi o primeiro a de desenvolvimento”, fazendo rável à intervenção do estado naresponder a primeira sessão do levantar a questão. “não tenho levantamentos de terrenos com economia, sob pena de se cair numfórum re:pensar a Cidade, uma fé absoluta no mercado”, disse. capacidade industrial, criando regime de subsídio-dependência.iniciativa do ps de s. João da ma- O deputado socialista e antigo regimes especiais de licenciamen- aurora teixeira duvida do retornodeira que convida os cidadãos a presidente do aiCep (organismo to, diminuindo impostos e criando das visitas oficiais ao estrangeiro eparticipar na definição de estraté- estatal responsável pela inter- incentivos que, inclusivamente, presenças em feiras internacionais,gias municipais, com o objetivo de nacionalização das empresas) distingam setores. “a câmara por considerar que as mais valiasvirem a integrar futuros projetos acredita que “o estado tem de ter tem de conhecer as empresas e conseguidas, em muitos casos, nãoautárquicos. um papel importante, apoiando perguntar o que precisam para cobrem o investimento feito. o saber, a mão de obra e abrindo investir mais”, defendeu. O grupo dedicado ao empre- portas”: fazer a chamada “diplo- a posição da investigadoraendedorismo, coordenado pelas macia económica”, o que “implica Já para a investigadora aurora criou algum desconforto entre osprofessoras sandra silva e ester apoios”. basílio Horta advoga teixeira, uma autarquia não se profissionais do setor presentes nasilva, reuniu, em outubro de 2012, uma gestão da despesa pública, pode sobrepor ao aiCep. deve, sessão. “a intervenção do estadono museu da Chapelaria, dois em- em vez do défice, queixando-se da em vez disso, trabalhar junto é necessária quando há falhas nopresários do setor, um deputado e ausência de investimento estran- das escolas para garantir que a mercado, porque o mercado nãouma académica. durante duas ho- geiro no último ano e meio e do formação é adequada às empresas. é perfeito”, reagiu pedro silva.ras e meia, falou-se sobretudo da atraso na chegada do qren às a académica defende uma maior fernanda moreira, do sindicatointervenção do estado na econo- empresas. aposta nos segmentos intermédios do calçado, relativizou. Considera 50


Like this book? You can publish your book online for free in a few minutes!
Create your own flipbook