a informação essencial �� �� �� ���� �� ����� � ����� ��� � � � ���� � ��� � � � �� �� � � � �� ��������� ������ ��� � � ���� �������� � � � �� � � �� � � �� �� � ��� � �� � � ����� �� �� �� ��
TÉCFNICIHCAA ÍNDICEDiretor Exportações 18 empresas AndreaPedro Silva aumentaram portugueses BocelliRedação calça sapatosAnabela S. Carvalho 40% apostam Carlos SantosDiana Familiar na ColômbiaFotografia 4-6 16-17Arquivo labor 12Rui Guilherme GDS SalárioFernando Aguiar reinventa-se Calçado médioPublicidade de olho em aumentouFernando Aguiar para ser 70 milhões 15%Fernando Moreira a primeiraMaquetagem/Grafismo do QREN 30-31Ana Paiva 22-24Rui Guilherme 26-28 RonaldoExecução Fly London calça sneakersLABORPRESS - Edições faz Caritée Comunicação Social, Lda produz Gino-BTel. 256 202 600 20 anos para AdidasFax: 256 202 609 44-45E-mail: [email protected] 36-37 40www.labor.ptRua Oliveira Júnior, 93 A nova vida Museu do calçado Calçado3700-206 S. João da Academia nasce em atrai jovensda Madeira do CalçadoImpressão S. J. Madeira designersFIG - Coimbra 48-51FOTO DE CAPA 52-53 54-55Frederico Martinspara APICCAPS
Exportações As exportações portu- de euros, com destaque para aumentaram guesas de calçado cresceram os desempenhos em França mais de 40% mais de 40% desde 2009. Em (mais 19% para 428 milhões de média, nesse período, o cres- euros), Alemanha (mais 38% em quatro cimento das vendas no exterior para 318 milhões de euros) e anos é de 10,2% ao ano. O cresci- Holanda (mais 41% para 234 mento do setor está direta- milhões de euros). mente relacionado com muitos fatores. David Braga, da Valuni, Nesse período, o calça- sublinha que “os importadores do português parece ter “re- até fazem fila para produzir em descoberto” o mercado britâ- Portugal”. nico, quando as exportações aumentaram 14% para 127 mi- As exportações de cal- lhões de euros. Para Espanha, çado passaram de 63 para 74 as vendas cresceram 43% milhões de pares em quatro para 164 milhões de euros. anos. Em valor, Portugal pas-a informação essencial sou a exportar mais de 500 milhões de euros de calçado ESTA REVISTA É PARTE por ano, passando de 1.232INTEGRANTE DO JORNAL milhões em 2009 para 1.735 no ano passado (crescimento LABOR Nº 1070, de 41%).DE 24 DE ABRIL DE 2014, As exportações aumen- NÃO PODENDO SER taram, nesse período, prati- VENDIDA camente em todos os impor- tantes mercados. Na União SEPARADAMENTE Europeia, as vendas aumenta- ram 31% para 1.513 milhões 4
Fora da Europa, o calça- Igualmente nesse perío- estão habilitadas a apresentar Jorge Fernandes, dado português também revelou do, as empresas portuguesas calçado de excelente qualida- Savana, recorda que “as difi-um excelente desempenho, de, tão bom ou melhor do que culdades de acesso ao créditocom as vendas a aumentarem despertaram para Austrália o italiano, mas com um me- dificultaram todos os agentesmais de 160%. Destaque para (vendas já próximas dos nove lhor serviço e um preço mais económicos e acabariam poro registo na Rússia (mais 491% milhões de euros), China (mais competitivo”. favorecer os produtores eu-para 49 milhões de euros), nos de cinco milhões) ou Emirados ropeus”. Já Pedro Castro, daEUA (mais 237% para 27 mi- Árabes Unidos (próximo dos Sérgio Cunha, da No- Nova Aurora, sustenta quelhões), Angola (mais 107% cinco milhões). Mas, a que se brand, acrescenta que “o refor- “a dinâmica comercial práti-para 26 milhões), Canadá deve este bom desempenho? ço do investimento na promo- ca, com a elevação do nível(mais 237% para 18 milhões) ção externa e imagem do setor de qualidade do produto e ose Japão (mais 126% para 15 As razões foi fundamental”. Simultanea- ganhos de produtividade obti-milhões). mente, “o consumidor europeu dos pela manutenção dos cus- David Braga acredita está mais renitente a comprar tos de produção, tornaram as que “as empresas portuguesas produtos asiáticos. Ganhou-se empresas portuguesas global- consciência de que comprar mente mais interessantes”. produtos europeus ajudaria a preservar os postos de traba- Resultados lho na Europa”. sustentáveis? Mas serão estes resulta- dos sustentáveis? O que terá a indústria portuguesa para ofe- recer? A resposta não é certa e as variáveis são inúmeras. Os indicadores conhecidos pare- cem apontar numa crescente afirmação do calcado portu- 5
guês nos mercados externos. Empre- histórico dos 1.700 milhões de euros -sume maior relevância, mas também o sas como a Ecco ou a Ara acabam de exportados. O calçado português che- setor de componentes (245 empresas e anunciar investimentos avultados em ga, atualmente, a 132 países nos cinco 4.919 trabalhadores) e artigos de pele Portugal. O mesmo acontece com uma continentes. (97 empresas e 1.021 trabalhadores) dezena de empresas portuguesas, em tem contribuído decididamente para a especial em Felgueiras. Nas regiões de Com as exportações a cres- evolução da economia portuguesa. Santa Maria da Feira e de Oliveira de cerem a um ritmo consideravelmente Azeméis são várias as empresas que superior ao das importações, importa No setor dos componentes, em esperam pela alteração do PDM (Plano referir que o contributo do setor de cal- 2013, as exportações ascenderam a 45 Diretor Municipal). Vem aí um novo ci- çado para a balança comercial ascen- milhões de euros (mais 2% do que em clo de investimento. de agora a 1,3 mil milhões de euros, o 2012). Em franco crescimento está tam- mais elevado da economia portugue- bém o subsector dos artigos de pele, Mais 8% em 2013 sa. com um aumento das vendas no exte- rior na ordem dos 39% em 2013 para O setor do calçado cresceu 8% São ao todo 1.696 as empresas mais de 113 milhões de euros. 2013 foi em 2013, com as vendas a ultrapas- que constituem a fileira do calçado, também um ano de afirmação para o -sarem, pela primeira vez, o máximo sendo responsáveis por 41.295 postos setor dos curtumes que exportou mais de trabalho. Com 1.354 empresas e de 88 milhões de euros. 35.355 colaboradores, o calçado as-a informação essencial ESTA REVISTA É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL LABOR Nº 1070, DE 24 DE ABRIL DE 2014, NÃO PODENDO SER VENDIDA SEPARADAMENTE Grandes União Europeia 1.513 M€ Rússia, 49 M€ Estados Unidos, 27 M€ destaques Angola, 27 M€ Canadá, 18 M€ Japão, 15 M€ 6
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Calçado Nos próximos dois anos, é “amplificar muito a imagem investe o volume de investimento do do setor” e chegar a 2025 com 20 milhões calçado em promoção inter- 2.400 milhões de euros de ex- de euros nacional ascenderá aos 20 portações, ou seja, mais 40% em promoção milhões de euros. O objetivo do que em 2013. internacional é fazer da indústria portugue- sa “a mais sofisticada ao nível Só em março, a asso-a informação essencial mundial”. ciação levou dezenas de em- presas a 20 feiras internacio- ESTA REVISTA É PARTE Noventa por cento deste nais de calçado, com a metaINTEGRANTE DO JORNAL investimento será canalizado de chegar aos mais de 100 mil para a participação em feiras importadores que nessa altura LABOR Nº 1070, internacionais do setor. Está estão em viagem.DE 24 DE ABRIL DE 2014, também previsto apoio no de- senvolvimento dos planos de No mesmo período, co- NÃO PODENDO SER comunicação empresarial de locou spots publicitários na VENDIDA 50 empresas portuguesas de Fashion TV e iniciou a emissão calçado, para que possam “as- online da Portuguese Shoes SEPARADAMENTE sumir um maior protagonismo TV, que veio juntar-se ao pro- e ter uma imagem diferencia- grama mensal de informação da”, disse aos jornalistas o di- “What’s Up”. retor executivo da Associação Portuguesa dos Industriais de Está também previsto Calçado, Componentes, Arti- o envio mensal de uma news- gos de Pele e seus Sucedâne- letter eletrónica “para uma os (APICCAPS). base de dados de mais de 20 mil compradores de mais de O objetivo, segundo o 100 países”, assim como uma director de comunicação da atualização trimestral da mo- APICCAPS, Paulo Gonçalves, nografia estatística anual do setor, o World Footwear . 8
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a informação essencial China paga mais pelos ESTA REVISTA É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL sapatos portugueses LABOR Nº 1070, DE 24 DE ABRIL DE 2014, Vendas para o gigante NÃO PODENDO SER asiático VENDIDA ascendem já SEPARADAMENTE aos 20 milhões de euros O preço médio de um que sobe para os 20 milhões par de sapatos portugueses é se considerarmos as vendas 23 euros, o segundo mais alto indiretas, ou seja, vendas que do mundo. Mas na China esse partiram de Portugal para um valor sobe para os 32 euros, outro país da Europa e daí ou seja, bem mais próximo para a China. do praticado pelo calçado ita- liano, o mais caro do mundo, “Nada acontece por que ronda os 35 euros. Por- acaso”, comenta Paulo Gon- quê? çalves. “Há já oito anos que a indústria investe neste merca- Para Paulo Gonçalves, do e, este ano, há já 15 em- diretor de comunicação da As- presas a participar em seis sociação Portuguesa dos In- feiras na China. Os resultados dustriais de Calçado, Compo- acabam por surgir, mas são nentes, Artigos de Pele e seus fruto de um longo trabalho, de Sucedâneos (APICCAPS), o muitas viagens de prospeção segredo está na etiqueta euro- para escolher as melhores fei- peia. O “facto de sermos eu- ras e os melhores circuitos co- ropeus faz toda a diferença”, merciais”, afirma, citado pelo confessa. E faz a diferença Jornal de Notícias. não só na China, como no Ja- pão, Rússia, Canadá ou Esta- Na Micam Xangai, feira dos Unidos da América. satélite da Micam italiana de- corrida entre 24 e 26 de mar- Os portugueses são já ço, participaram este ano 11 o sétimo maior fornecedor da empresas portuguesas. Uma China e o objetivo é chegar delas foi a Profession Bottier. ao top cinco até ao final de A marca de Santa Maria da 2015. As vendas para aque- Feira tem planos de abrir uma le país em 2013 atingiram os loja na China, estando neste seis milhões de euros, número momento a estudar a localiza- 10
ção. O objetivo não é vender mo criar uma empresa local mil euros no primeiro ano e um tos para outras marcas, surgegrandes volumes, mas “ven- para escoar a mercadoria. crescimento anual de 30%. agora com a sua própria mar-der bem e cimentar a marca A Nobrand China será uma ca criada há um ano. “Temosnaquele mercado”. base permanente da empre- Também o grupo Carité um distribuidor na China que sa portuguesa, com armazém Calçado, com 230 trabalha- começou a trabalhar na épo- Se “respeitadas as re- e escritórios, que contorna dores em Felgueiras, tem a ca passada. Estamos a tentargras do mercado e conheci- as dificuldades dos clientes mira das exportações aponta- também um representante nadas as tendências e ergono- chineses em conseguir auto- da para a China. Essa é uma Rússia”, esclareceu o presi-mias do consumidor chinês”, rização para a importação. A “aposta para os próximos dente da empresa, Joaquim“podemos estar a falar de empresa está ainda a negociar cinco anos”, disse o seu pre- José Heitor. Apesar de tímida,um volume de vendas absur- a colocação dos seus sapa- sidente Reinaldo Teixeira ao o responsável fez questão dedo para a realidade da nossa tos em corners da marca em jornal Público. sublinhar ao Público a con-empresa”, confessou Rúben grandes armazéns locais. A quista da primeira encomendaAvelar ao labor. A empresa projeção de vendas é de 500 Já a J.J. Heitor, empre- de 160 sapatos para a China.pretende conquistar quota de sa de Santa Maria da Feiramercado na China mas “sem que há 50 anos produz sapa-grandes ilusões” e com osolhos postos no seu principalmercado que “é e sempre seráa Europa”. Esse caminho foi jádesbravado pela sanjoanenseTatuaggi há 10 anos. Com 10lojas naquele país, a empresade sapatos de senhora inicioua aposta no mercado chinêshá 10 anos, altura em que ain-da era a única a fazê-lo. Hoje o seu exemplo éseguido por outras empre-sas. A Nobrand decidiu mes- 11
18 empresas portuguesas inscritas na ColombiaModaa informação essencial ESTA REVISTA É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL LABOR Nº 1070, DE 24 DE ABRIL DE 2014, NÃO PODENDO SER VENDIDA SEPARADAMENTE A ColombiaModa 2014 APICCAPS é duplicar as ex- – feira de vestuário, calçado, portações da indústria para os marroquinaria, jóias e bijuta- Estados Unidos da América ria - decorre entre os dias 22 e entrar na Colômbia, usando e 24 de julho em Medellin, na este mercado como plataforma Colômbia. de acesso ao Chile, Peru e Pa- namá. A indústria de calçado portuguesa estará, pela pri- Os resultados esperados meira vez, representada neste para o próximo ano não são evento, que assegura concen- nada menos do que “vendas trar as melhores marcas, desig- de 15 milhões de euros nestes ners e estilistas de todo o mun- quatro países e de 50 milhões do. A inscrição e confirmação de euros nos Estados Unidos de 18 empresas portuguesas da América”. Neste sentido, a “superou as expectativas”, as- APICCAPS “pretende inves- sumiu Paulo Gonçalves, diretor tir, com o apoio do programa de comunicação da APICCAPS Compete, três milhões de eu- ao Dinheiro Vivo. ros só no continente america- no entre 2014 e 2015”, escreve Nesta nova experiência o Dinheiro Vivo. os representantes do calçado português pretendem conhecer Um dos parâmetros e avaliar o mercado colombia- deste plano estratégico para o no em primeiro lugar, para que setor do calçado corresponde possam testar o calçado exclu- à associação de personalida- sivamente produzido em Por- des conhecidas a nível nacio- tugal noutros mercados, como nal e internacional ao calçado México, Brasil e Argentina. português. Para esta meta, “já temos hoje um conjunto amplo A APICCAPS, em con- de personalidades internacio- junto com a embaixada portu- nais que usam sapatos por- guesa em Bogotá, capital da tugueses e havemos, segura- Colômbia, pretende lançar “um mente, de tirar partido disso, programa de ação integrada divulgando-o”. Todavia, “não no mercado colombiano” atra- vamos, de certeza, pagar nada vés de “missões empresariais, à Shakira, à Michelle Obama, à ações de charme junto dos Paris Hilton ou a qualquer ou- principais importadores, anún- tra personalidade” associada cios na imprensa especializada à campanha fenómeno “Por- e ações de divulgação junto do tugueses Shoes – The Sexiest retalho”, segundo o Dinheiro Industry in Europe”, esclareceu Vivo. Paulo Gonçalves. Um dos objetivos da 12
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a informação essencial A Europa Apesar dos esforços até 2020. Para isso contribui- ainda é o para aumentar a presença em rá certamente o investimento ESTA REVISTA É PARTE mercados extracomunitários, a avultado de 20 milhões de eu-INTEGRANTE DO JORNAL melhor Associação Portuguesa dos In- ros que a APICCAPS pretende mercado dustriais de Calçado, Compo- fazer só em 2014 e 2015 e os LABOR Nº 1070, do mundo nentes e Artigos de Pele e seus 70 milhões de euros que contaDE 24 DE ABRIL DE 2014, Sucedâneos (APICCAPS) não captar no novo Quadro de Re- descura o mercado europeu. ferência Estratégico Nacional. NÃO PODENDO SER O diretor-geral Manuel Carlos VENDIDA resume-o numa frase: “a Euro- “A União Europeia é um pa não é um, são 28 mercados conjunto de 28 países com re- SEPARADAMENTE ricos”. alidades diversas, heterogéne- as. Um conjunto vasto de pa- A APICCAPS tem inves- íses com culturas, hábitos de tido em ações promocionais consumo e tradições distintas, fora da Europa, nomeadamen- mas com um rendimento per te na China e, mais recente- capita médio dos maiores do mente, na América do Sul. Mas mundo”, refere Manuel Carlos, não acredita que a quota de citado pelo Jornal de Notícias. vendas nesses mercados, que “O nível de concentração, num está já nos 13% do total de ex- espaço geográfico tão peque- portações, vá além dos 20% no, de uma população tão rica, num futuro próximo. faz com que estes territórios sejam mercados alvo prioritá- As vendas para os mer- rios”, sublinha. cados extracomunitários cres- ceram 160% desde 2009. A A crescente sofistica- perspetiva dos industriais é ção do calçado português, subir dos atuais 13% do to- cujo preço médio por par é já tal de exportações para 20% o segundo mais alto do mun- 14
Associação do, ajuda a sustentar a teoria ministrador da Kyaia, está con-profissional da APICCAPS. “A indústria vencido que o Reino Unido, acredita que portuguesa dedica-se hoje à principal mercado da Fly Lon- quota extra produção de sapatos mais so- don, será relegado para segun- comunitária fisticados e que se destinam do plano ainda este ano pelos a um segmento de consumi- Estados Unidos da América. A não deve ir dores com um maior poder de Europa ainda é o grande mer-além dos 20% compra”, acrescenta o diretor- cado da marca mas representa -geral. já menos de 70% das vendas. O desempenho da Fly London Junto dos empresários nos Estados Unidos e na China ouvem-se posições diversas tem-se revelado significativo. sobre qual o mercado prioritá- Recentemente, a marca come- rio para o calçado português. çou a vender na África do Sul Para Rúben Avelar, da Ferrei- e prepara-se para abordar a ra Avelar & Irmão, empresa de Colômbia numa feira de moda Santa Maria da Feira que fabri- que se realiza em julho, onde ca os sapatos de homem Pro- participam mais 18 empre- fession Bottier, a Europa ainda sas portuguesas. “Dentro dos é “o” mercado. “O mercado mercados europeus estamos asiático é um mercado estraté- estabilizados, mas fora da gico e prioritário para nós, mas Europa há muito espaço para não é ‘o mercado’. Esse há-de crescer”, refere o empresário. continuar a ser sempre o euro- peu. Mal de nós se deixarmos A União Europeia con- de investir na Europa. Será o centra 1.513 milhões de euros princípio do fim”, defende o jo- em exportações de calçado, o vem empresário. que representa 87% do valor total de exportações. Já Amílcar Monteiro, ad- 15
Carlos Os sapatos Carlos San- Santos tos estão agora nos pés do Special for italiano Andrea Bocelli. O tenor Andrea calçou um modelo português Bocelli de 1.800 euros no concerto de apresentação do seu novoa informação essencial álbum “Love in Portofino”, na Arena Hulker, em Istambul. E ESTA REVISTA É PARTE repetiu a marca no seu casa-INTEGRANTE DO JORNAL mento no mês passado. LABOR Nº 1070, Os dois pares foramDE 24 DE ABRIL DE 2014, oferecidos pessoalmente pelo empresário Carlos Santos, mo- NÃO PODENDO SER mentos antes de Bocelli entrar VENDIDA em palco na arena de Istam- bul. O sanjoanense esteve no SEPARADAMENTE camarim com o tenor, que ex- perimentou os sapatos e terá ficado tão agradado que já os 70 anos de atividade, da qual usou durante o concerto. “Para se fez sócio pouco depois de nós foi uma satisfação por ser completar 30 anos. a pessoa que é”, afirma Carlos Santos. Reservado, atento e exigente, o empresário con- Os modelos, um deles seguiu produzir sapatos dos com apontamentos em pele quais só se fala em nichos de crocodilo, foram escolhi- exclusivos. São vendidos nas dos pela esposa do tenor e melhores sapatarias da Eu- personalizados na sola com a ropa a preços que começam inscrição “Special for Andrea nos 300 euros e onde os ven- Bocelli”. dedores têm perfeita noção da qualidade do produto que Andrea Bocelli não é a estão a vender. Essa é, aliás, primeira nem a única figura uma das preocupações de pública a calçar Carlos San- Carlos Santos. São compra- tos, a marca portuguesa que dos por clientes exigentes, ombreia com os melhores ar- que sabem o que querem e tesãos do mundo. Mas o em- podem pagá-lo. presário não está muito inte- ressado em deixar cair nomes. “O produto fala por si”, “Temos é que fazer o nosso revela o empresário. “Os mo- trabalho de forma discreta, delos são estudados de início que é o nosso estilo”, justifica. ao fim, para que o cliente fique fiel e tenha orgulho em falar Carlos Santos chegou da compra que fez. Para nós até Andrea Bocelli através de esse é que é o valor acrescen- um amigo de longa data, por tado”, afirma. sinal natural de Santa Maria da Feira, que há oito anos fechou O conforto e os mate- a fábrica e mudou-se para Cremona (Itália) onde constrói violinos únicos para todo o mundo. Os conhecimentos de Fernando Lima no mundo da música levaram o empresário de S. João da Madeira a um dos tenores mais respeitados do mundo. Entre os melhores do mundo Há 45 anos que Carlos Santos, de 59, trabalha no cal- çado. Fê-lo sempre ao servi- ço da Zarco, uma fábrica com 16
riais são pedras de toque da quer investimento, nem quemarca mas a criatividade tam- seja só de tempo”, revela Anabém. Todas as coleções tem Santos.detalhes novos e isso alicia osclientes, revela Ana Santos, A terminar uma tempo-filha e diretora comercial para rada de feiras que passou poros mercados internacionais. Milão, Florença, Paris, Düs-“Somos falados e procurados seldorf, Nova Iorque e Las Ve-e isso é um trabalho de muitos gas, Carlos Santos não parteanos”, afirma Carlos Santos. de qualquer maneira para o exterior. “Não vamos para um Trabalho, estratégia país qualquer só porque nos e tempo aconselham a ir. Sabemos perfeitamente para onde que- O empresário e a filha, remos ir”, afirma.seu braço direito na empresa,gostam pouco de falar em nú- A associação industrialmeros que ajudem a perceber traça periodicamente obje-a dimensão do seu empreen- tivos e os últimos estão nadimento. Não porque sejam China e na América do Sul,segredo mas porque são re- territórios que interessam aodutores. Preferem falar em empresário porque tambémtrabalho, estratégia e tempo. estão nos seus. “Já fiz muitas feiras mas chega a uma altu- “Nunca nos lançamos ra que temos de saber o quepara um mercado novo sem queremos. Não podemos iruma estratégia bem estudada. para uma feira só porque nosNormalmente levamos um a dizem. Antecipadamente, te-dois anos até fazermos qual- mos de criar condições, pre- parar terreno”. 17
Portugueses A feira “The Micam”, em do mundo”, acrescentou. com presença Milão, recebeu este ano uma Paulo Gonçalves espe- presença recorde da indústria recorde portuguesa de calçado. Parti- ra um incremento desta parti- em Milão ciparam 88 empresas nacio- cipação no futuro, olhando à nais, que geram 7.000 empre- quantidade de empresas quea informação essencial gos e faturam 500 milhões de iniciam agora o processo de euros de exportações. internacionalização. É o caso ESTA REVISTA É PARTE de 15 empresas da delegaçãoINTEGRANTE DO JORNAL A participação portu- portuguesa que se estrearam guesa nesta feira “tinha es- em Milão neste mês de mar- LABOR Nº 1070, tabilizado na ordem das 80 ço.DE 24 DE ABRIL DE 2014, empresas, com pequenas alterações entre as 78 e as Para o diretor de comu- NÃO PODENDO SER 81”, sendo os números ante- nicação da APICCAPS, a pri- VENDIDA riormente apresentados um meira e grande prioridade do reflexo da “maior participação setor português de calçado é SEPARADAMENTE de sempre do setor não só na a promoção comercial exter- Micam, como em qualquer na, sendo as feiras “absoluta- outra feira no exterior”, afir- mente decisivas não só para mou à Lusa Paulo Gonçalves, contactar com os habituais diretor de comunicação da clientes, como para contactar APICCAPS. Estes dados pro- com importadores de todo o vam que “estamos a reforçar mundo”. de forma significativa a nossa presença em certames pro- A indústria exporta 95% fissionais e, em especial, na da sua produção, ou seja, Micam, que é a maior e mais 1.700 milhões de euros. Para prestigiada feira de calçado isso muito contribuem as fei- ras internacionais que a asso- ciação continua a promover. 18
Em 2014 estão previstas Ministro da economia visitou empresários em milãoações comerciais em 16mercados distintos. A indústria portu-guesa de calçado é cons-tituída por 1.696 empre-sas que originam 41.295postos de trabalho. Entreestas, 1.354 empresas e35.355 postos de trabalhoestão ligados diretamenteao setor do calçado; 245empresas e 4.919 postosde trabalho pertencem aosetor dos componentes; e97 empresas e 1.021 pos-tos de trabalho pertencemao setor das peles. O setor tem clientesem 132 países, nos cincocontinentes, e as expor-tações aumentaram pertode 40% nos últimos cin-co anos, o que traduz umgrande contributo para abalança comercial portu-guesa, na ordem dos 1,3milhões de euros. 19
a informação essencial Greve A maior feira internacio- ser valorizados e, sobretudo, e Ucrânia nal de calçado “TheMicam” onde temos as condições ESTA REVISTA É PARTE afetaram decorreu entre os dias 2 e 5 para acolher o grande desafioINTEGRANTE DO JORNAL de março em Milão, na Itália. da Expo 2015”, questionou feira Cleto Sagripanti. LABOR Nº 1070, italiana Esta feira encerrouDE 24 DE ABRIL DE 2014, com uma baixa no número Apesar da greve, a The- feira de visitantes devido a con- Micam provou, uma vez mais, NÃO PODENDO SER encerrou dicionantes que não depen- que é a maior feira interna- VENDIDA diam da organização. Como cional de calçado, nomeada- com a inesperada Greve Nacional mente pelos players de refe- SEPARADAMENTE 33.372 de Transportes Públicos que rência internacional e pelas visitantes provocou congestionamen- coleções de alta qualidade tos nas estradas, a situação que agrega. delicada na Rússia e a crise na Ucrânia. A TheMicam encerrou com 33.372 visitantes, dos “Estamos seriamente quais 17.606 eram estran- incrédulos perante a Greve Na- geiros. A ausência significa- cional de Transportes convo- tiva dos russos foi causada, cada pelos sindicatos. Sobre- muito provavelmente, pela tudo, pensando que em menos crise na Ucrânia e pela des- de um ano a cidade, Milão, hos- valorização da sua moeda, o pedará a Expo 2015”, afirmou rublo. Esta feira sofreu ainda Cleto Sagripanti, presidente da com os “sinais de contenção” Assocalzaturifici, organizadora provocados “pela dificuldade da feira, em comunicado. com o câmbio de algumas moedas, cada vez mais pe- “Pergunto a mim pró- nalizadora para troca interna- prio se este é sinceramente cional”. Uma situação “mais um país normal, onde o tra- positiva” no extremo Oriente balho e a excelência possam 20
e na América do Norte, se-gundo o comunicado da TheMicam. “Estou confiante no nosso setor” Sagripanti assumiu no que apresentará “um formato No evento TheMicam sari, apresentador de rádiocomunicado, “estou confian- renovado e uma nova reorga- The One foram apresentadas e televisão italiano, e contoute no nosso setor” porque o nização do espaço para facili- cada uma das novidades aos com as participações de Fe-projeto de internacionalização tar a visita aos compradores”, presentes no auditório Fiera derica Pellegrini, campeã dee as várias atividades da pro- com vista a “otimizar o seu Milano Rho. Este momento natação, e de Marco Tempest,gramação da Assocalzaturifici tempo de permanência na fei- único de entretenimento foi grande ilusionista internacio-no mundo representarão “cer- ra”. apresentado por Daniele Bos- nal.tamente um momento notáveldiante do mercado estrangei-ro”. Confessou ainda queaguarda por sinais da Obuv MirKozhi, Feira Internacional doCalçado e do Couro na Rússia,para interpretar a evolução dasituação delicada na Ucrânia eem toda a área russa. De momento, os olhosestão também postos no fu-turo. Isto é, na próxima edi-ção da TheMicam, entre 31de agosto e 3 de setembro, 21
A Com um novo conceito, reinvenção mais abrangente e segmenta- da, a GDS (Global Destination da GDS for Shoes), que acontece duas vezes por ano em Düsseldorf,a informação essencial Alemanha, prepara-se para se paço da GDS, cada uma com assumir definitivamente como atmosfera e design próprios. ESTA REVISTA É PARTE a feira internacional de aber- Na “Highstreet” reúnem-seINTEGRANTE DO JORNAL tura do setor. os maiores distribuidores do mercado nos segmentos clás- LABOR Nº 1070, Começa por abrir mais sico, moderno e desportivo.DE 24 DE ABRIL DE 2014, cedo, a 30 de julho, estabe- Espera-se stands opulentos lecendo-se como o primei- e expositores que ditam ten- NÃO PODENDO SER ro contacto entre indústria e dências. A “Pop-up” é mais VENDIDA mercado, quando a maioria dirigida à streetwear. Marcas dos certames internacionais como a Pepe Jeans e a Re- SEPARADAMENTE realiza-se em setembro. play são algumas das presen- ças confirmadas. Na “Studio” A organização optou agregam-se as marcas topo também por uma maior seg- de gama. mentação da feira, acabando por alargar o espectro da mes- ma nesse processo. Focada nos players principais – co- mércio, indústria e imprensa – a GDS alia-se ainda a eventos paralelos que decorrem pela mesma altura na cidade e am- plificam o impacto da feira. Em julho passará a ha- ver três áreas distintas no es- 22
Os visitantes da fei- Espaço para private ao setor do calçado e aces- tes ficam alojados noutra área.ra são orientados pelo “Hi- label sórios. A organização optou Em julho, a GDS asso-ghlight-Route”, um percurso ainda por separar os exposi-pré-definido que lhes permi- Outra novidade é a cria- tores por nacionalidade. Os cia-se ainda a um evento quete presenciar todos os mo- ção de um evento exclusiva- fabricantes e comerciantes da decorre na cidade que acolhementos-chave do certame. O mente dedicado a empresas Europa serão reunidos na árearoteiro passa por stands de que trabalham com private “Europe”, enquanto os restan-expositores, por lançamentos label. O “tag it!by GDS” iniciade produtos especiais, desfi- um dia mais cedo, a 29 de ju-les de moda e eventos. lho, e é inteiramente dirigido 23
a informação essencial ESTA REVISTA É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL LABOR Nº 1070, DE 24 DE ABRIL DE 2014, NÃO PODENDO SER VENDIDA SEPARADAMENTEa feira. Conhecida como a ca- Messe Düsseldorf, alega que Fortunato Frederico preparadas como as portu-pital alemã da moda, Düssel- a nova GDS será mais orien- tem uma explicação. “O setor guesas sairão favorecidas”,dorf recebe durante a GDS o tada para o mercado, mais de calçado sofreu profundas garante.“Out of the Box”, um festival focada na moda e mais inter- alterações nos últimos 10 oude calçado e acessórios que nacional. 15 anos e impunha-se que as O mercado alemão con-passa pelo comércio e acaba grandes feiras acompanhas- tinua a ser estratégico para osnos bares e clubes noturnos. “Vai exigir mais -sem esses movimentos”, industriais portugueses deTrata-se de um evento mar- das empresas” afirma. calçado. Em 2013 o país foicado para 1 de agosto, último o segundo maior compradordia da GDS, que agrega atra- Para o presidente da O empresário reconhe- de calçado português, impor-ções em lojas, abertura de co- Associação Portuguesa dos ce que os clientes internacio- tando um total de 318 milhõesmércio até às 22h00, exposi- Industriais de Calçado (APIC- nais “exigem coleções cada de euros. Nos últimos quatroções, conferências e eventos CAPS), estas alterações são vez mais cedo, complemen- anos, a quota de exportaçõesde entretenimento em torno “perfeitamente naturais” e tadas com produtos de pron- para a Alemanha aumentoudo calçado e acessórios. estão a ser introduzidas não to moda”. “A alteração dos cerca de 40%. só na GDS como em outras calendários de feiras vai exi- Werner Matthias Dorns- grandes feiras internacionais. gir mais das empresas, mas Em março, cerca de 60cheidt, presidente e CEO da aquelas que estão melhor empresas nacionais voltaram a marcar presença na GDS. 24
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a informação essencial Calçado O seminário “Entre Dou- ticos (CENTIMFE). “é um dos ro e Vouga (EDV) 2020 – a cres- Para Manuel Carlos, este ESTA REVISTA É PARTE cer com a Área MetropolitanaINTEGRANTE DO JORNAL setores do Porto (AMP)” decorreu no é um período “em que temos fantásticos dia 27 de março, durante a tar- à disposição um conjunto de LABOR Nº 1070, de, no Europarque. ferramentas financeiras que jáDE 24 DE ABRIL DE 2014, da região” tivemos antes” e, infelizmente A Associação de Mu- “terminaram em dívida”. “Es- NÃO PODENDO SER Indústria nicípios das Terras de San- peremos que não volte a termi- VENDIDA pretende ta Maria (Arouca, Oliveira de nar assim”, alertou. captar 70 Azeméis, S. João da Madeira, SEPARADAMENTE milhões de Santa Maria da Feira e Vale de “Nós somos o que par- euros do novo Cambra) promoveu este even- tilhamos” e, “quando partilha- QREN para to com o intuito de apresentar mos com os outros, não só promoção publicamente os objetivos e criamos uma economia aglo- externa prioridades para o período de merada, mas também uma programação 2014-2020 dos escala para o crescimento da municípios de EDV. Área Metropolitana do Por- to”, relevou o secretário geral O primeiro painel “EDV da APICCAPS. Apontou ain- 2020 – Produto e Emprego” da uma maior coesão social e contou com Manuel Carlos, territorial como as duas gran- secretário geral da Associação des ambições da região com a Portuguesa dos Industriais de “maior capacidade de exporta- Calçado, Componentes, Arti- ção do país” e onde o “valor da gos de Pele e seus Sucedâne- indústria no PIB regional já é de os (APICCAPS); João Ferreira, 45%”, louvou Manuel Carlos. presidente da Associação Por- tuguesa de Cortiça (APCOR); Um dos grandes res- Aníbal Campos, presidente ponsáveis deste sucesso in- da Associação dos Industriais dustrial é o calçado porque “é Metalúrgicos, Metalomecâni- um dos setores fantásticos da cos e Afins de Portugal (AIM- região”, “fortemente integrado MAP); e Joaquim Menezes, com dimensão internacional, o presidente do Centro Tecnoló- maior saldo económico no país gico da Industria dos Moldes, e portador do segundo maior Ferramentas Especiais e Plás- preço do mundo”, assinalou o secretário geral da APICCAPS. 26
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Para Manuel Carlos, falta expeGcrtaatnidvaess O presidente da APIC- continuar a apostar em “seg- desmistificar o “preconceito” CAPS, Fortunato Frederico, mentos de mercado em que da “indústria suja” e substituí- tem “grandes expectativas” a escolha se baseia mais no lo pela realidade que é “uma relativamente ao novo Qua- bom gosto do que no preço”. indústria nova”. Falta também dro Comunitário de Apoio. atrair mais trabalhadores. Por O empresário e dirigente as- “A manutenção de isso, apelou “aos atores en- sociativo quer continuar o uma base produtiva nacional volvidos para articularem uma caminho iniciado há mais de é condição indispensável a estratégia muito concentrada 20 anos e, para isso, já tra- um posicionamento no mer- com as escolas para atrair os çou um plano. “Já fizemos o cado que faz da flexibilida- jovens”. Os fundos são “uma nosso trabalho de casa, com de, da rapidez de resposta e condição necessária” mas a apresentação do Plano Es- da qualidade do produto os “sem os jovens não há futuro”, tratégico FOOTure 2020. Até seus argumentos competiti- alertou o dirigente. ao final da década, preten- vos, assim se diferenciando demos conseguir um salto da concorrência com outras As exportações do setor qualitativo no processo de origens”, afirma o dirigente. do calçado cresceram 8% em afirmação internacional do 2013, com as vendas a ultra- calçado português, estabele- “Os elevados índices cendo-o como uma referên- de competitividade neces-a informação essencial cia fundamental da indústria sários à manutenção dessa a nível mundial”, disse. base produtiva não podem ESTA REVISTA É PARTE pôr em causa – pelo con- Esse processo de afir- trário, têm até que se apoiarpassarem, pela primeira vez, oINTEGRANTE DO JORNAL mação passa pela “sofistica- em – padrões exigentes de LABOR Nº 1070, ção e criatividade da oferta”, sustentabilidade e respon-DE 24 DE ABRIL DE 2014, seja dos produtos, processos sabilidade social. Para isso, produtivos e modelos de ne- o cluster do calçado assume NÃO PODENDO SER gócio. Para Fortunato Fre- o conhecimento e inovação derico é a única maneira de entre os seus valores estrutu- máximo histórico de 1.700 mi-VENDIDA rantes”, acrescenta. SEPARADAMENTE lhões de euros. A indústria pretende captar 70 milhões de euros do novo Quadro de Referência Es- tratégica Nacional (QREN) para investir na promoção externa e gerar 20% das exportações nos mercados extra-UE. 28
Salário médio De acordo com a APIC- 2011. Desde então, a troika aumentou 15% CAPS, “a remuneração média impediu portarias de extensão, salarial no setor do calçado, no segundo as quais os aumentos nos últimos ano passado, corresponde a negociados pelas associações cinco anos 715,63 euros, o que representa profissionais com os sindicatos um aumento de 15% nos últi- se estendem a todo o universoa informação essencial mos cinco anos”. Em 2008, o do setor, o que tem complica- salário médio estava tabelado do a renegociação. ESTA REVISTA É PARTE na ordem dos 621,71 euros.INTEGRANTE DO JORNAL João Maia, diretor exe- Manuel Carlos, diretor- cutivo da APICCAPS, alerta LABOR Nº 1070, -geral da APICCAPS, afirmou que “qualquer acordo só obri-DE 24 DE ABRIL DE 2014, ao Dinheiro Vivo ser “interes- ga os membros da associa- sante ver que, num momento ção que assina o contrato e só NÃO PODENDO SER em que se fala em reduções abrange os trabalhadores sin- VENDIDA nominais de salários no país, dicalizados”, o que pode pro- e apesar de não haver contra- vocar “distorções significativas SEPARADAMENTE tação coletiva há vários anos, à concorrência”. Ainda assim, o mercado se encarrega de “o salário médio estabelecido remunerar os fatores produti- em contrato é de 514,58 euros, vos de forma espontânea, bem mas o salário médio efetiva- acima da inflação”. Para o di- mente pago foi de 628,78 eu- rigente, estes resultados “vêm ros em 2013. Com as restan- colocar a questão do papel da tes parcelas, com o subsídio contratação coletiva e da sua de alimentação, o rendimento eficácia. Enfim, dos modelos atinge os 715,63 euros”, escre- tradicionais e do casamento de ve o Dinheiro Vivo. papel passado”. Os sindicatos exigem Segundo o Dinheiro Vivo, um aumento salarial de 10% o último contrato negociado mas a indústria ainda não efe- pelo setor remonta ao ano de tuou qualquer tipo de contra- 30
proposta. “Enquanto não hou- nheiro Vivo. “O nosso trabalhover garantias de que haverá tem uma grande dose de traba-portarias de extensão, é difícil lho manual e se não houver mo-avaliar o impacto que isto teria tivação o artigo não sai bem”,no setor como um todo”. acrescentou. Felmini A Felmini emprega 200 e Luís Onofre pessoas, sem as quais, reco- nhece Joaquim Moreira, não recrutam conseguia prestar o mesmo trabalhadores serviço. O empresário encara mesmo os funcionários como A empresa de calçado uma “família alargada”.portuguesa Felmini, sedeadaem Felgueiras, cresce de vento Em Oliveira de Azeméis,em poupa, o que implica o re- Luís Onofre segue a mesmacrutamento de novos trabalha- tendência. No ano passado re-dores, assim como atualizações crutou uma dezena de trabalha-salariais todos os anos. Só este dores e pretende abrir uma novaano, em dois meses, a empresa secção de corte e costura estejá meteu mais 10 pessoas. ano. O empresário recomen- da um investimento “bastante No que toca ao aumento forte” na formação técnica dossalarial dos funcionários, “da- trabalhadores e sugere ao Esta-mos pouquinho, mas damos do que conceda benefícios àssempre alguma coisa” porque pessoas que queiram trabalhar“para nós é importante termos no sector do calçado. Luís Ono-um ambiente de trabalho des- fre alega não ser apologista decontraído e os colaboradores aumentos salariais mas antespermanentemente satisfeitos”, de uma política de recompen-declarou Joaquim Moreira, só- sa, nomeadamente distribuindocio e fundador da Felmini ao Di- lucros no final do ano. 31
a informação essencial As propostas ESTA REVISTA É PARTE do PortugalINTEGRANTE DO JORNAL Fashion para LABOR Nº 1070, o frioDE 24 DE ABRIL DE 2014, Fotos: PORTUGAL FASHION/UGO CAMERA NÃO PODENDO SER VENDIDA SEPARADAMENTE 12 5 6 34
A 34.ª edição do Portu- gal Fashion arrancou dia 26 de março, na Embaixada, situada no Palacete Ribeiro da Cunha, no Príncipe Real e na Academia de Ciências, na mesma zona da cidade de Lisboa. O mote era apresentar as coleções para o próximo outono/inverno do trio Hibu, de João Melo e Costa, e das duplas Storytailors e Alves/ Gonçalves. Sob o tema “Organic”, os desfiles foram transferidos depois, como habitualmente, para o emblemático Edifício da Alfândega do Porto, onde fica- ram entre 27 a 29 de março. Pela passarela da cida- de Invicta desfilaram coleções dos melhores criadores nacio- 1-nobrand nais, nomeadamente Anabela 2-luis onofre Baldaque, Carlos Gil, Daniela 3-dkode Barros/Hugo Costa, Diogo Mi- 4-hugo costa randa, Teresa Martins, Fáti- ma Lopes, Júlio Torcato, Luís Onofre, Katty Xiomara, Ricardo34 Preto e Miguel Vieira, que en- cerrou, com enorme elegância, o certame. Ao todo, entre Lisboa e Porto, o evento contou com 28 desfiles, nos quais participa- ram 22 criadores e 17 marcas de vestuário e calçado. Foram apresentadas propostas individuais de mar- cas de vestuário como Dielmar, Lion of Porches e Vicri e um co- letivo com Ballentina, Cheyen- ne, Concreto e Mad Dragon Seeker. Quanto ao calçado, para além do desfile individual de Luís Onofre, o setor apresen- tou, num desfile coletivo, pro- postas da Dkode, Fly London, Goldmud/Alexandra Moura, J. Reinaldo, Nobrand e Sílvia Re- batto. Em paralelo com os des- files, o certame realizado na ci- dade Invicta contou com a se- gunda edição do “showroom” 5-flylondon Brand Up, uma mostra de cole- 6-miguel vieira ções de criadores e marcas de 7-silvia rebatto vestuário, aberta ao público em 8-j.reinaldo geral, mas dirigida sobretudo a agentes de compras, nomea- damente estrangeiros.78 35
a informação essencial Fly London A marca de calçado, das marcas mais conhecidas celebra vestuário e acessórios Fly Lon- em todo o mundo, sobretudo ESTA REVISTA É PARTE 20 anos don celebra o 20.º aniversário pelos consumidores jovens,INTEGRANTE DO JORNAL em 2014. A marca portuguesa a quem se dirige claramente, Kyaia, que mais vende no estrangeiro, quer pela imagem extravagan- LABOR Nº 1070, a empresa conhecida por usar uma mos- te quer pela urbanidade dosDE 24 DE ABRIL DE 2014, que lançou ca como imagem de marca, vai modelos. a marca, assinalar a efeméride no final NÃO PODENDO SER completa de maio, em simultâneo com A marca começou com VENDIDA a apresentação da coleção uma linha de calçado, mas em 30 anos primavera/verão 2015 aos par- 2010 lançou-se no vestuário e SEPARADAMENTE ceiros. O evento decorrerá na nos acessórios. Hoje, é possí- Quinta da Eira do Sol, na vila vel envergar Fly da cabeça aos de Gonça, concelho de Guima- pés. rães. Com duas lojas próprias A Fly foi lançada em em Londres, uma em Cope- 1994 pela empresa de Guima- nhaga e três em Lisboa, Porto rães Kyaia, como parte de uma e Sintra, a Fly London prolonga aposta na criação de marcas a imagem irreverente no espa- próprias, em simultâneo com ço de venda. As lojas recorrem um investimento em modernas às últimas inovações tecnoló- tecnologias de apoio à produ- gicas para agilizar e otimizar o ção. processo de venda mas tam- bém proporcionar ao cliente Hoje, a Fly London é uma uma experiência interativa. 36
Vencedora de prémios lidera um grupo de empresasinternacionais e coqueluche da com 450 trabalhadores, gera-indústria e dos consumidores doras de um volume de negó-ingleses, a Fly London não é cios de 32 milhões de euros.a única a fazer aniversário em2014. A empresa mãe que a A Fortunato O. Frederi-gerou, a Kyaia, completa este co SGPS S.A. é hoje um grupoano 30 anos de atividade. que se estende por quatro se- tores: o imobiliário, o industrial, Fundada por Fortunato a distribuição e o retalho. ÉFrederico em 1984, a Kyaia co- dono da Quinta da Eira do Sol,meçou com 50 trabalhadores em Gonça, Guimarães, ondee uma produção de 500 pares faz a apresentação das cole-por dia. Há 30 anos, como hoje, ções aos clientes, e de quatroo destino da maioria do calça- fábricas de calçado e deriva-do era o mercado externo. dos em Guimarães e Paredes de Coura. No espaço de três anos,passou a produzir 2.000 pares A Kyaia gere sete em-por dia em quatro linhas de presas de distribuição em ter-produção distintas e, em 1989, ritório nacional e internacionalabre unidades no Paquistão e e tem ainda duas empresas deem Paredes de Coura. retalho, a Foreva e a Sapatália, responsáveis por uma cadeia Em 1994, lança-se na de 75 lojas a nível nacional.criação de marcas próprias,como a Fly London, e em 1999 37
Sanjo volta A empresa SON, Re- Felgueiras, o que significa que, a produzir presentações, que relançou indiretamente, a Sanjo está a a marca Sanjo em 2010, está dar trabalho a mais 50 pesso- em a produzir em Portugal desde as. Portugal setembro. Significa que a cole- ção primavera/verão da marca Há atualmente 10 mo-a informação essencial histórica foi já produzida em delos Sanjo à venda, entre território nacional. os quais os históricos K100 e ESTA REVISTA É PARTE K200, do número 20 ao 47 e emINTEGRANTE DO JORNAL De acordo com o admi- várias cores. “Em 2010, modi- nistrador Paulo Fernandes, a ficámos o posicionamento da LABOR Nº 1070, concentração da produção em marca, que estava muito viradaDE 24 DE ABRIL DE 2014, Portugal foi sempre o objetivo para o desporto. Reorientamo- da empresa mas a dificuldade -la para o segmento moda”, NÃO PODENDO SER em encontrar uma fábrica que explica Paulo Fernandes. VENDIDA assumisse o processo de vul- canização levou o empresário Uma série de figuras SEPARADAMENTE a procurar uma solução além públicas utilizadoras da marca fronteiras. durante a infância voltaram a calçar Sanjo e as sapatilhas es- Com esse objetivo em tão agora implantadas em todo mente, a empresa adquiriu o país, com presença em cerca máquinas que asseguram o de 200 lojas. O próximo passo, processo de vulcanização das informa o empresário, é a in- sapatilhas, empregando dire- ternacionalização. O agente da tamente 14 pessoas. As ou- marca em Inglaterra já assegu- tras etapas do fabrico foram rou a venda das sapatilhas no subcontratadas a empresas de site Amazon. 38
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Carité produz para adidasa informação essencial ESTA REVISTA É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL LABOR Nº 1070, DE 24 DE ABRIL DE 2014, NÃO PODENDO SER VENDIDA SEPARADAMENTE Parceria pode A Carité tem mais do Público. “representar que motivos para estar radian- Acerca da evolução da te com a parceria estabelecida aumento com a Adidas. Outras marcas produção, “desde janeiro que de vendas de renome como a Tommy Hil- a Carité fornece gáspeas para de 1,5 milhões figer, Paul Smith e Kenzo requi- a Adidas e está agora a desen- de euros” sitaram os serviços desta em- volver as primeiras amostras presa portuguesa. de sapato completo”, avan- çou Reinaldo ao Dinheiro Vivo. Esta oportunidade sur- “Começámos a fornecer já os giu porque “a Adidas pretende primeiros pares em janeiro”, in- apostar em calçado de couro formou o presidente da Carité e foi a Portugal fazer uma pes- ao Público. A parceria estabe- quisa de mercado”, explicou lecida com este novo cliente, a Reinaldo Teixeira ao Dinheiro Adidas, pode “representar um Vivo. Ao longo desta pesquisa aumento de vendas de 1,5 mi- “eles vieram a Portugal e es- lhões de euros”, ambicionou colheram-nos”, revelou o pre- Reinaldo Teixeira ao Dinheiro sidente da empresa ao jornal Vivo. 40
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Aerosoles A empresa portuguesa com três cadeias de lojas in- nas lojas Move On, com direitos de pro- dianas. A primeira abordagem dução e comercialização da será através de uma coleção da Índia Aerosoles na Europa e na Ín- pequena e tímida com o intui- dia, passou a fornecer o mer- to de avaliar o mercado india-a informação essencial cado indiano. no. Caso os resultados sejam otimistas, “mais tarde ou mais ESTA REVISTA É PARTE “Fazer previsões para cedo” a Move On lançará umaINTEGRANTE DO JORNAL a Índia é complicadíssimo”, coleção “mais específica” e acautelou Fernando Broguei- “mais ao gosto do mercado LABOR Nº 1070, ra, diretor-geral da Move On, indiano”.DE 24 DE ABRIL DE 2014, ao Dinheiro Vivo. Apesar do “potencial enormíssimo”, a No horizonte de inves- NÃO PODENDO SER empresa pretende “ir lenta- timentos futuros está ainda o VENDIDA mente, testando e validando mercado sul-africano, onde o mercado” porque “a Índia estão a ser estabelecidos SEPARADAMENTE precisa de evoluir nos preços contactos. Em abril, a empre- de venda ao público que são sa iniciou também a entrega muito baixos”. de encomendas para o Aero- group Internacional nos Esta- Por enquanto, a empre- dos Unidos da América. sa arrisca apenas a abertura de lojas próprias no país mas Pela primeira em mais as previsões são de que a Ín- de 10 anos, a Aerosoles vol- dia “possa ser uma boa fonte ta a colocar encomendas em de rendimento” para os próxi- Portugal. O outrora maior pro- mos anos, revelou Brogueira dutor português de calçado ao Dinheiro Vivo. perdeu a licença de produção e comercialização da própria O grupo indiano Tata, marca e a alternativa foi en- que detém a Move On, encer- contrada na criação de uma rou contratos de exclusividade 42
nova empresa, a Move On,que foi adquirida em 2010 pelaECS Capital. Passados dois meses, ogrupo Tata comprou 51% daempresa e iniciou um longoprocesso de recuperação, re-pondo as boas relações comos americanos da Aerogroup. Atualmente, a Move Onemprega 150 trabalhadoresem Portugal, 400 na Índia eproduz com o apoio de umasegunda linha de produção.Fernando Brogueira confessouao Dinheiro Vivo a intenção de“montar mais uma linha, o quelevará à contratação de mais25 a 30 trabalhadores”. A empresa Move On en-cerrou 2013 com saldo positi-vo, tendo faturado mais de 15milhões de euros no segmentode produção e distribuição decalçado, a que se somam maisde seis milhões no retalho. Osseus produtos estão presentesem 33 lojas em Portugal, Espa-nha e França. 43
Sneakers portugueses nos pés do craque Ronaldoa informação essencial Cristiano Ronaldo sur- Holanda, onde o cliente pode giu recentemente em público pedir a personalização. Em ESTA REVISTA É PARTE calçando sapatos feitos em S. Portugal, podem ser adquiridosINTEGRANTE DO JORNAL João da Madeira. online no site da marca por 269 euros, sem personalização. LABOR Nº 1070, O craque português as-DE 24 DE ABRIL DE 2014, sistiu a um jogo de basque- A “4 play” é a terceira tebol, com a namorada, em linha da Gino-B. A marca lan- NÃO PODENDO SER Madrid, trazendo nos pés um çada em 2009 juntamente com VENDIDA modelo personalizado da mar- o ex-futebolista holandês Pier- ca Gino-B, produzida na fábri- re van Hooijdonk tem ainda SEPARADAMENTE ca Armando Silva, na Zona In- a “Natural Born Sneakers” e dustrial das Travessas. a “Apres Ski Sneakers”, sne- akers em pele de carneiro para Os sneakers vermelhos, o inverno. com o nome e número do cra- que do Real Madrid, integram A Gino-B está presente a “4 play sneakers”, a mais em vários países da Europa e recente linha da Gino-B, pen- ainda nos Estados Unidos da sada para estrelas ligadas ao América mas é particularmen- desporto e não só. A empresa te apreciada na Holanda, com de S. João da Madeira fez mo- quem tem relações privilegia- delos inspirados noutros joga- das. dores como Drogba, Robben e Sneijder mas também no ki- Com cerca de 70 anos ckboxer holandês Rico Verho- de história, a Armando Silva é even. detentora de mais três marcas além da Gino-B: Armando Sil- Os modelos “4 play sne- va, Yucca e Gino Bianchi, to- akers” estão em duas lojas na das de sapato clássico. 44
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a informação essencial Ecco investe A multinacional de cal- outras 300 até ao final deste 15 milhões çado dinamarquesa Ecco vol- ano, segundo a mesma fonte. ESTA REVISTA É PARTE tou e com intenções de quemINTEGRANTE DO JORNAL de euros em pretende ficar por um longo Estas boas novas reve- Santa Maria período de tempo, em Santa lam que “a contínua aposta em LABOR Nº 1070, Maria da Feira. Santa Maria da Feira é a provaDE 24 DE ABRIL DE 2014, da Feira de que este município tem mui- O presidente da câmara to para oferecer aos empresá- NÃO PODENDO SER Fábrica em feirense, Emídio Sousa, reuniu- rios, nacionais e internacionais, VENDIDA S. João de Ver se recentemente com Gustavo que queiram investir no nosso não só emprega Frederico Kremer, diretor geral concelho”, constatou Emídio SEPARADAMENTE 861 pessoas, da Ecco, e com Maria José Sousa. Prova disso é o facto de Lopes, gestora de recursos hu- que, “nos dias de hoje, as pes- como manos. soas ficam muito agradadas de pretende saber que a marca é portugue- contratar Entre as novidades des- sa e que o produto é feito em outras 300 te encontro destaca-se o facto Portugal”. Isto é, “reconhecem da multinacional de calçado o valor do Made in Portugal”, dinamarquesa investir “15 mi- reforçou o edil feirense. lhões de euros” num “projeto de renovação e ampliação das Após a reunião, a comiti- instalações em Santa Maria da va efetuou uma visita às insta- Feira” que “deverá estar con- lações, na qual foi apresentado cluído em maio deste ano”, o “ponto de situação do anda- avançou a câmara feirense em mento do projeto, bem como comunicado. para solicitar apoio na reso- lução de algumas questões Além disso, a fábrica da logísticas, designadamente o Ecco em S. João de Ver não só aparcamento”, segundo comu- emprega 861 pessoas, como nicado da câmara da feira. também pretende contratar 46
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a informação essencial Uma A Academia de Design academia de Calçado (ADC), com polos ESTA REVISTA É PARTE em S. João da Madeira e Fel-INTEGRANTE DO JORNAL jovem e gueiras, atravessa um período internacional de renovação exterior e interior LABOR Nº 1070, que assenta sobretudo no reju-DE 24 DE ABRIL DE 2014, Escola venescimento e internacionali- do calçado zação da escola. NÃO PODENDO SER VENDIDA aposta Com quatro Cursos de em CET e Especialização Tecnológica SEPARADAMENTE estágios ativos, a instituição está a ne- no exterior gociar a abertura de mais três com as universidades de Avei- ro e Minho, de forma a que, no futuro, 80% dos formandos se- jam jovens afetos a estes cur- sos. “É transformar a esco- la”, afirma o diretor Eduardo Costa. “E levar a que os cursos diurnos evoluam gradualmente para o nível 5. Se conseguir- mos, teremos uma escola com predominância de jovens”, ex- plica. A ADC ministra atual- mente os CETs de Design de Calçado, Robótica, Redes e Multimédia. Está a negociar a 48
abertura do CET de Organiza- “O lema é que todos os ção e Planificação do Trabalho cursos de nível 4 e 5 tenham com a Universidade de Avei- estágios no estrangeiro. Que- ro e os CETs de Marketing de remos que os nossos alunos Moda e Comércio Internacio- tenham a noção de que o mun- nal com a congénere do Mi- do de trabalho não se restringe nho. Se for bem sucedida, tem a Portugal e que no estrangei- planos de colocar todos estes ro podem encontrar melhores cursos a trabalhar em rede, oportunidades de carreira e/ através da criação de uma em- ou otimizar o seu desempenho presa virtual onde todas as es- numa empresa portuguesa”, pecialidades terão lugar. afirma Eduardo Costa. Paralelamente, a direção Com este princípio em da escola tem procurado par- mente, a ADC fez recentemen- cerias internacionais de forma te uma candidatura de 600 mil a que todos os cursos de nível euros ao Erasmus+ que, se for 4 e 5 incluam um conjunto de aprovada, levará cerca de 200 bolsas de estágio no exterior. pessoas (formandos e forma- Neste momento, cerca de 100 dores) ao exterior. alunos foram ou vão proxima- mente para o estrangeiro ao A escola planeia com- abrigo de protocolos celebra- plementar a oferta de CETs dos pela ADC. No domingo de com formação de desempre- Páscoa quatro formandos par- gados, designadamente na tiram para Itália por 14 sema- área produtiva do calçado, e nas, outros quatro seguem em formação de ativos. Esta últi- maio para a Suécia e, a partir ma, direcionada para quadros de setembro, abrem mais 100 médios e superiores, deve de- bolsas de estágio no exterior. correr em parceria com insti- tutos públicos e universidades49
que indicarão os formadores e Quando estiver concluí-farão o acompanhamento pe- da a intervenção, em meadosdagógico da formação. de 2016, a academia poderá receber 300 formandos duran- 300 formandos te o dia, com boas condições sanitárias e de lazer. A acompanhar esta re-novação nos modelos formati- Nas obras como na for-vos, a ADC tem vindo a renovar mação, a palavra de ordem éfaseadamente as instalações poupar. A renovação do edi-de S. João da Madeira, numa fício está a decorrer de formaintervenção que demorará três faseada para não interferiranos. Nos últimos oito meses, com os serviços da academiareformulou o espaço onde de- e sem recorrer a materiais no-correm os cursos na área pro- bres. “Estamos mais preocu-dutiva e 50% da zona destina- pados com o aspeto funcionalda à formação em Eletrónica, e em dar a formandos e forma-Robótica, Automação e repa-a i n f o r m a ç ã o e s s e n c i a l dores boas condições de tra- ESTA REVISTA É PARTE de máquinas. Melhorou balho”, afirma Eduardo Costa.INTEGRANTE DO JORNAL o isolamento térmico e Na formação, está em raçãoLABOR Nº 1070, curso uma desmaterializa- ção dos recursos. Os dossiêsDE 24 DE ABRIL DE 2014, técnico-pedagógicos deixam NÃO PODENDO SER de existir em papel e passam VENDIDA para a plataforma Moodle, o que poupa papel, tinteiros, aindaSEPARADAMENTE eletricidade e até os recursosacústico do edifício de modo humanos, que deixam de sea garantir uma maior eficiência ocupar dessas tarefas buro-energética. cráticas. “O objetivo é diminuir Neste momento, está custos de funcionamento paraem obra o novo refeitório na libertar meios para produzirala nascente da escola. O atu- mais”, conclui o diretor.al, de 100 metros quadrados,é “extremamente exíguo” eobriga à distribuição dos alu-nos por turnos de refeição. Onovo terá 300 metros quadra-dos e capacidade para servir140 refeições em simultâneo. 50
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