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revista labor 30 anos

Published by anapaiva, 2018-05-29 12:13:43

Description: Revista dedicada ao 30.º aniversário do jornal labor - maio de 2018

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ESTA REVISTA É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL LABOR N.º 1267 DE 24 DE MAIO DE 2018, NÃO PODENDO SER VENDIDA SEPARADAMENTE



Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas benditas,os homens praticam todas as acções - mesmo as boas.Eça de Queirós 1988 - 2018 25 de maio 2018

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Editorial Não há festa como esta. material e por ter sido um dos seus ceridade que os que me conhecem protagonistas, de elencar detalha- bem sabem ser genuína, os agrade-30 ANOS Podia ser este o slogan para os damente o que desta página para a cimentos a todos os que, de uma for-EM REVISTA 30 anos do labor. Porque, como frente virá. ma ou de outra, ao longo destes 30 referi em anterior ocasião, o mês do anos nos ajudaram a manter de pé ePedro Silva aniversário terminou, mas o aniver- Mas a equipa não podia deixar com enorme vivacidade e resistência sário não. de recolher o testemunho do que este projeto informativo. alguns dos muitos nossos amigos E nesta edição lançamos mais e leitores pensam do jornal, o que Aos amigos, aos anunciantes, uma iniciativa para a festa! A revista dele e da comunicação social regio- à equipa e, sobretudo, aos leitores. de aniversário. nal pensam os que ainda nos podem Porque, como referia e bem um dos recordar o seu passado nestas lides, diretores de abril, é para os leitores São 96 páginas com “estórias” que outros jornais existiram (e ainda que o jornal é feito. do labor para a história da comuni- existem) na cidade, que destaques a cação social local. equipa fez das edições de cada um Se é verdade que sem jornal não dos 30 anos passados e que “estó- há leitores, também é verdade que A atual equipa do jornal “mer- rias” e memórias podemos deixar sem leitores não haverá jornal. gulhou” nos arquivos e produziu o para o acervo que alguém, num futu- excelente trabalho que o leitor tem ro mais ou menos próximo, pretenda Até à próxima iniciativa. Porque, na mão. saber como foi esta fase da vida da depois da equipa recuperar forças, instituição labor. temos mais uma ideia na manga! Dispenso-me, obviamente, por Em mais este momento de cele- A todos, sem exceção, o nosso ser parte interessada em muito desse bração reitero, com a amizade e sin- reconhecido obrigado! 1988 - 2018 25 de maio 2018 3

LABOR Manuel Pereira da Costa Diretor de “O Regional” No tempo do PREC (Processo que passou pelos miolos desmiola- que a um levantamento de rancho, Revolucionário em Curso) foi lan- dos de quem se dispunha a montar se depressa veio mais depressa foi çada pelos partidos então domi- o “Cavalo do Poder” (no fundo a levada pela breca. A Imprensa Re- nantes a ideia de que a Imprensa uma cópia a sépia do mais pobre e gional e o sopro astral que lhe dá Regional passaria ao formato de desvalido país da Europa – Albânia. alento vêem de longe e os longes que todos os jornais existentes Vento Suão da política à portugue- aspira – a tua mão na minha, a mi- passassem a um único para cada sa ou sintoma de uma revolução nha na tua mão, que assim se faz o distrito. O PREC foi um vento ruim que na verdade não aspirava a mais pão da masseira.30 ANOS! Passaram 30 anos de uma apoios financeiros nunca foi motivo mantém-se com a mesma vivacidade aventura iniciada por um grupo de para não atingirmos o fim almejado e e liberdade que o viu nascer. Aliás, oBenjamim Maia inconformados que desejava que as o grupo de fundadores chegou mes- que saliento destes anos que passa- notícias locais tivessem uma outra mo a assumir estas despesas iniciais ram é a liberdade de escrita e expres- visão, uma outra escrita, uma outra com o lançamento do novo jornal. são que sempre caracterizaram este voz. Parece que foi ontem…. Não existiam na altura os meios jornal. Foi possível, ao longo deste tecnológicos que hoje conhecemos, tempo, para qualquer sanjoanense Da ideia depressa se passa à mas a força de vontade e o desejo ou entidade coletiva do concelho prática. Sem a “doença” da “par- de concretizar o nosso sonho supe- falar de vários assuntos por entre tidarite” que então grassava pelo ravam as dificuldades que surgiam as páginas do labor. Desde música, país, pretendíamos um jornal local todos os dias. política, cultura, educação ou outros, que desse voz a todas tendências este semanário manteve sempre a políticas e a todos que sentissem O título que inicialmente saiu – característica inicial ambicionada necessidade de se expressar. Nas ins- Serra Mar – não era do consenso de pelos seus fundadores: constituir-se talações da Rádio Serra Mar fomos todos. Alguém pensou: “Porque não como um espaço livre, um canal que magicando o que seria necessário baptizarmos com o lema de S. João permitisse a expressão de pensamen- para podermos avançar para a ideia da Madeira?”. labor expressava a tos e opiniões diversas sem dar des- de o tornar realidade. Sempre pensá- vontade dos sanjoanenses e parecia taque especial a um ou a outro. mos que a rádio não estaria ao nosso um nome que dignificava o jornal, alcance e logo tratámos de cogitar referindo-se às origens do concelho. Foi para mim uma honra ter feito uma alternativa viável que nos per- Alguns elementos, não estando de parte da história do labor com al- mitisse seguir o sonho de (in)formar acordo, acabaram por sair “venci- guns artigos de opinião. Daqui a 30 a população sanjoanense. A falta de dos”. Passadas três décadas o labor anos, cá estaremos… 1988 - 2018 25 de maio 2018 4

No 30.º No 30º aniversário do labor, critérios geográficos: nas regiões do Acolherão cada vez mais conteúdosaniversário facto que desde logo demonstra o interior do país com menor dinamis- provenientes dos consumidores edo labor sucesso deste projeto, parece-me in- mo económico e social (nos distritos utilizadores. Os órgãos de comuni- teressante contribuir para uma aná- de Bragança, Castelo Branco, Évora, cação social continuarão a perder oAlberto Arons lise das características da imprensa Guarda, Portalegre, Vila Real e Beja, monopólio da informação que circu-de Carvalho regional no nosso país. e nas regiões autónomas) a percen- la na sociedade. Para definir o que tagem de títulos é bem mais baixa é um órgão de comunicação social Portugal tem características do que nas outras regiões, nomeada- será fundamental apurar se existe a muito singulares neste domínio: em mente do litoral do país; em quarto intenção de atuar como media, uma função dos fracos hábitos de leitura lugar, a fragilidade das empresas, contrapartida económica, continui- dos portugueses e das tiragens de motivada sobretudo pelo fraco nú- dade, controlo editorial, respeito pe- cada jornal, e apesar do decrésci- mero de leitores e pela escassez das las regras da profissão de jornalista. mo nos últimos 15 anos, Portugal receitas publicitárias, torna demasia- Pouco importará já o suporte desse mantém um relativamente elevado das vezes a imprensa regional de- órgão de comunicação social, a for- número de títulos de imprensa re- pendente do poder local autárquico ma de difusão ou o formato. gional; há uma fraca percentagem e da publicidade institucional. de exemplares vendidos em banca, Mas se estas matérias continua- bem menos do que a venda por Este panorama das especificida- rão a mudar, outras existem que não assinatura; há igualmente um largo des nacionais não pode esquecer a poderão mudar – a independência predomínio de pequenas empresas evolução tecnológica em curso. Nos face aos poderes económico e polí- ou mesmo de microempresas e um próximos anos, haverá matérias re- tico, o rigor informativo, o respeito maior número de quinzenários e lativas aos media que vão continuar pelas regras éticas da profissão de mensários em comparação com os a mudar – as tecnologias, as formas jornalista, as normas que asseguram semanários e diários; existe também e os tempos de consumo, os conteú- a liberdade da comunicação social e um preocupantemente baixo número dos. o direito de cada cidadão a informar, de jornalistas por órgão de comuni- a informar-se e a ser informado. cação, registando-se mesmo jornais Os media terão cada vez me- sem qualquer jornalista com carteira nos fronteiras – nos conteúdos que E há ainda outra coisa que não profissional. emitem ou publicam, nas audiências poderá mudar. A determinação e a e nos consumidores, nas zonas de coragem daqueles que lutam há mui- Merecem ainda ser destacados difusão ou consulta, na propriedade to pela liberdade da informação, pela quatro outros aspetos relativamente e nos investimentos. E mesmo os sua independência, pela qualidade singulares no quadro europeu: em conteúdos hoje difundidos através da informação e pelo pluralismo. primeiro lugar, há escassas sinergias da televisão serão cada vez mais con- Daqueles que, como os responsá- com operadores de radiodifusão ou sumidos no momento escolhido pelo veis por este jornal, continuam o seu de televisão local ou outras ativida- consumidor, em qualquer local, em combate por um jornalismo livre e de des ligadas à comunicação social; em qualquer plataforma, em qualquer qualidade, ao serviço das populações segundo lugar, são baixos os índices aparelho ligado à Internet. do concelho e da região que visam de concentração da propriedade acompanhar. Como leitor, há muitos no domínio da imprensa regional; Mudará o conceito de órgão de anos, do labor, poderei dizer: é des- em terceiro lugar, existe uma clara comunicação social. Os sítios na In- tes exemplos que se faz a liberdade! assimetria no desenvolvimento da ternet divulgarão simultaneamente Parabéns, muito obrigado… e ve- imprensa regional de acordo com conteúdos de texto, áudio e vídeo. nham outros 30 anos! 1988 - 2018 25 de maio 2018 5

30 ANOS Clara Reis A coragem manifestada na ini-DO LABOR! ciativa de há 30 anos iniciar o projeto Presidente da Assembleia Municipal labor é corroborada pela resiliênciaHelena Couto de S. João da Madeira e esmero na sua continuidade.Presidente da Junta de Freguesia 30 anos de um jornal que nas- São várias as formas de serviçode S. João da Madeira ceu em S. João da Madeira na era da cívico prestado com amor à comuni- Liberdade em Portugal! Liberdade de dade e cada um fá-lo com as com- Expresão, liberdade na Comunicação petências e motivações que lhe são Social. distintas. E distintas são as compe- tências deste jornal que nos infor- Um jornal jovem, irreverente, ma, destacando as várias áreas de acutilante, tão importante no pa- intervenção na cidade, dando lugar à norama da nossa cidade e que veio notícia e oportunidade de destaque concorrer de uma forma saudável e a quem se revela de interesse local. construtiva com a imprensa local já existente, no caso o jornal 0 Regional. Da política ao desporto, passan- do pela educação, indústria, lazer e Assim, não posso deixar de agra- até “socialite”, de tudo um pouco. decer, neste seu aniversário, aos fun- Assim nos vamos mantendo infor- dadores do labor a sua coragem e mados e mais próximos dos nossos empenho no desenvolvimento deste vizinhos, por quem ficamos muitas projeto tão importante para S. João vezes felizes ao saber do sucesso que da Madeira e salientar o papel fun- obtiveram num qualquer torneio, ou damental da comunicação social no solidários com a sua dor por uma geral e da imprensa local em parti- morte inesperada. cular na divulgação das atividades da junta de freguesia e na procura E assim se faz história com as incessante do esclarecimento e infor- estórias da nossa gente. E assim se mação da população. regista a mesma para mais tarde se recuperar. Por este legado de registo na cidade, temos de estar gratos ao labor, assim como pelo empenho em contribuir na formação para além da informação, como testemunha o facto de tão prontamente o seu dire- tor ter respondido ao meu pedido de apoio nas celebrações de abril e, com toda a satisfação, ter editado o jornal de abril com as primeiras páginas das notícias da revolução para distribuir gratuitamente pela população. Um pequeno gesto que reflete a grandeza do jornal e da sua edição! Parabéns labor! 1988 - 2018 25 de maio 2018 6

Lado a ladocom a cidadeJorge Sequeira Celebrar os 30 anos de vida autárquica e aos atos e despesas do mação, lado a lado com a cidade. do labor é também celebrar a con- Município. Presidente da Câmara Municipal solidação da democracia na nossa Aliás, não é possível olhar parade S. João da Madeira comunidade, processo que tem sido Para este exercício de transpa- os últimos 30 anos da história de valorizado pela intervenção deste rência é decisivo contar com a im- S. João da Madeira e desta região jornal fundado em 1988, precisa- prensa que, dessa forma, beneficia sem olhar para as páginas do labor mente em abril, mês em que come- também de melhores condições que se estendem por mais de 1200 moramos a conquista da Liberdade para desempenhar a sua nobre mis- edições. Da mesma forma, não é pos- em Portugal. O seu papel fiscalizador são, nomeadamente intermediando sível perspetivar o futuro da nossa e promotor de um debate público – com rigor, isenção e espírito crí- cidade sem que dele faça parte um informado e pluralista deve ser subli- tico – a relação entre eleitos e elei- título tão importante e atento ao que nhado e enaltecido.  tores. É disso exemplo a decisão de de mais relevante acontece e se pro- tornar públicas todas as reuniões de jeta no seio da nossa comunidade. No discurso de tomada de posse câmara. dos atuais órgãos autárquicos, refor- Por tudo isto, é da mais elemen- cei perante os sanjoanenses o nosso Se nestes primeiros 30 anos de tar justiça felicitar o labor e as pes- compromisso de pugnarmos para vida o labor foi exemplar na forma soas que todas as semanas dão o seu que S. João da Madeira figure no como acompanhou o desenvolvimen- melhor para que vá ao encontro dos topo das cidades mais transparentes to de S. João da Madeira e ajudou a sanjoanenses. Na pessoa do seu dire- do nosso país. Temos estado a traba- aprofundar o exercício da democra- tor, Pedro Silva, endereço a todos os lhar com esse objetivo, em conjunto cia, estou certo de que continuará parabéns por este aniversário e faço com os funcionários dos diversos a trilhar esse caminho por muitos e votos de que o jornal continue a ser setores da câmara, de forma facilitar bons anos, com renovada determina- um pilar da informação na comuni- o acesso dos cidadãos à atividade ção e crescente capacidade de afir- dade sanjoanense.   1988 - 2018 25 de maio 2018 7

TESTEMUNHOSDIRETORPOR UM DIA Susana Silva edição 1211 abril 2017Luís Cardeiro Pedro Ventura Corria o ano de 1975, início do ser professora para seguir outro ca- quarto trimestre, o ilustríssimo Reitor minho. Não me arrependo um únicoedição 1115 abril 2015 edição 1163 abril 2016 da Faculdade de Letras da Univer- dia de ter seguido este caminho, pois sidade do Porto, prof. Óscar Lopes tenho tido muitos momentos com- O jornal labor faz 30 anos  O jornal labor, é uma parte in- acabara de anunciar, na abertura do pensadores. Tenho uma família que(como o tempo passa!). trínseca e fundamental desta cidade novo ano letivo, algumas reformas amo muito, bons amigos e tenho tido e eu, enquanto leitor assíduo, tenho previstas para os cursos daquela fa- a oportunidade de conhecer pessoas Ora, para comemorar tal feito – acompanhado a sua evolução ao culdade, bem como a possível aber- extraordinárias ao longo destes anos.heroico, diga-se – urge felicitar todos longo de todos estes anos. tura de novos cursos, sendo um delesaqueles que tornaram possível cor- o de “Jornalismo”. Efeitos de abril.  Um dia, alguém se lembrou deporizar uma ideia gizada e idealizada Adquiri o hábito de o ler todas Bem haja a intenção. me convidar para diretora do jornalpor um grupo de jovens (na altura, as quintas-feiras quando o recebo, labor por um dia e com este conviteclaro) sanjoanenses preocupados o que me mantém atualizado sobre Fomos todos positivamente sur- surgiu uma dessas oportunidades decom a sua urbe. S. João da Madeira. preendidos. Para mim a escolha es- que falo. Conheci pessoas extraordi- tava feita, o meu sonho era ser pro- nárias num jornal de referência da Depois, sublinhar o facto de o Num formato de 36,5 x 28,5 cm fessora de Inglês e Alemão, seguir o nossa terra, jornal esse, que, como eusurgimento deste jornal ter suscitado com uma espessura de 1mm  e com exemplo da pessoa que mais admirei “professora”, nasceu depois de abril. muita curiosidade junto da nossa co- um peso de 60gr trás sempre consi- em toda a minha vida de estudante,munidade, tornando-se numa verda- go S. João da Madeira. professora Eva Cruz. Acabado o cur- Obrigada labor por existires, pordeira “lufada de ar fresco“. so, fui professora durante cinco anos, me teres proporcionado um “cargo” Em tempos tive o privilégio de mas, como nem tudo na vida é como tão emocionante e por me dares Pessoalmente tenho respirado privar com toda a equipa que labora se sonha, a determinada altura tive a conhecer “Jornalistas” com letraessa “lufada” de há 30 anos a esta neste jornal, e além de o ter percebi- que fazer opções. Há opções que grande, particularmente a Diana e aparte, e pretendo continuar a respirá- do “senti” o trabalho árduo e por ve- tomamos porque queremos, outras Gisélia, e espero que tenhas muitos-la por outros tantos. zes penoso que dá sentido à palavra porque não temos alternativas e ou- anos de vida, continuando a informar e ao nome labor. tras porque é o melhor para todos. os sanjoanenses duma forma isenta Isto se a natureza mo permitir, A minha foi esta última e deixei de e profissional exemplar.claro. 30 anos passados, expectante estou, como vão ser os próximos, E as pessoas que dirigem e tra- neste mundo em constante transfor-balham no labor estejam com a mação.mesma motivação em continuar adar corpo, luz e vida a um projetocom futuro. E a nossa cidade precisa e agra- Parabéns labor!dece essa lufada de ar fresco, sema-nal.Parabéns ao labor. 1988 - 2018 25 de maio 2018 8

João Pinho de Almeida edição 1261 abril 2018Rita Mendes Como escrevi na primeira cróni- distante. Primeiro em papel e, mais ca do mês de abril: “O labor faz trin- tarde, também online. A atividadeedição 1260 abril 2018 ta anos. São três décadas de serviço política fez com que fosse passando à cidade e aos sanjoanenses. Mere- a ser também protagonista de algu- labor é um título importante no ce homenagem e reconhecimento. mas notícias. E assim se foi apro-quadro da imprensa local. 30 anos Parabéns, labor! Parabéns a quem fundando a relação. Perto dos 30passados e contaram-se nas letras fundou, a quem continuou e a quem, anos do jornal, o diretor, Pedro Silva,do jornal inúmeras notícias da minha hoje, faz cada edição do labor. Pa- fez-me o convite que nunca poderiaterra e das suas gentes.  rabéns também aos leitores por, com recusar. Ser colaborador do jornal. E o seu interesse, valorizarem cada assim, grato e ciente da responsabi- Mas, como “para a frente é que edição.” lidade, aprofundei uma relação deé o caminho”, mais do que dissertar sempre, passando a viver um poucosobre a história e as histórias conta- É assim que vejo este aniversário. por dentro o que sempre tinha vistodas, é tempo de desejar ao labor uns Como uma celebração do jornal, de fora.parabéns com fôlego suficiente para homenagem aos que o fundaram,continuar a sua caminhada. Como aos que o vêm fazendo desde então Nas comemorações dos 30 anosleitora assídua, e outrora diretora, e aos que o leem. Fui, durante anos, do labor viveu-se um espírito ex-sinto-me à vontade para intimar esta um dos seus leitores anónimos. Des- traordinário de partilha entre diretor,equipa a seguir um trilho de rigor, de a infância, quando, como qualquer jornalistas, restante equipa e direto-transparência, de verdade e isenção. criança da minha idade, procurava o res convidados. Os diretores de abril,E que venham mais 30! jornal para desafiar a capacidade de de que me orgulho de fazer parte. Foi ler e compreender o que nele estava uma celebração à altura do momen- escrito. Ainda criança, abria primeiro to. Todos procurámos aprofundar a as páginas do desporto para saber riqueza e o pluralismo de um jornal todos os resultados e acompanhar que é expressão viva da cidade. as últimas da Sanjoanense. Mais tar- de, o labor trazia-me as notícias da É assim o labor. Maduro. Plural. cidade, quando estava fisicamente Inovador. E, sobretudo, nosso. O labor de S. João e dos sanjoanenses. TESTEMUNHOS DIRETOR POR UM DIA 1988 - 2018 25 de maio 2018 9

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Venham mais 30! João Carlos Silva edição 1263 abril 2018Susana Lamas Já lá dizia a minha avó: “30 anos agenda pessoal do proprietário ou de é uma vida!” terceiros por ele protegidos. Sei queedição 1262 abril 2018 este projeto é um testemunho de 30 É uma vida que passa muito rá- anos de paixão pelo serviço à comu- Felicito o jornal labor pelas pido mas cheia de acontecimentos, nidade, pela democracia e liberdadesuas edições ao longo dos últimos pequenos acontecimentos do dia-a- de expressão.30 anos. Num momento em que a -dia que perfazem uma história deindústria dos media vive profundas esforço, de realização e de serviço à Sempre com uma honestidademodificações, é nosso dever reconhe- comunidade. inegável, o labor não é indepen-cer nestas publicações o exemplo de dente – tem ideais e luta por eles.coragem, de capacidade, de resiliên- O labor é um esforço de uma Mas é isento, porque noticia e criticacia, de persistência, mas sobretudo equipa, com excelentes profissio- tudo o que é noticiável e criticável, ereconhecer o facto de terem acredi- nais, liderada sempre por um Grupo admite todas as opiniões sem qual-tado e acreditarem nos valores da Patriótico de uma pessoa – o seu quer condicionamento. Ao contrárioliberdade de informação e na impor- diretor. de outros, não se esconde sob umtância da imprensa. Quero igualmen- rótulo de “independência” engana-te sublinhar a importância do traba- Sou testemunha de que o labor, dora. Quem lê o labor sabe com olho dos jornalistas e toda a equipa ao contrário de outros congéneres, que pode contar.do labor. Dos jornalistas de ontem, não é um projeto económico nem umque exerceram a sua profissão num projeto político de afirmação de uma Venham mais 30!contexto muito diferente do atual, edos jornalistas de hoje, a quem de-vem ser dadas todas as condiçõeslaborais para que sejam capazes derepresentar os verdadeiros valores dojornalismo. Parabéns! TESTEMUNHOS DIRETOR POR UM DIA 1988 - 2018 25 de maio 2018 11

Ler o futuro Paulo Bragançalabor, Quando aos 35 anos olho para Uma escolauma segunda trás, há duas experiências pelas quaisescola passei que me definem ou me aju- Anabela S. Carvalho dam a sentir, hoje, como adulta e jor-Milene Marques nalista mais preparada para a vida, a pessoal e a profissional. A primeiralabor omnia foi morar fora do país, imiscuir-mevincit improbus noutras culturas, conhecer outras realidades fora do grande ecrã. ALiliana Guimarães outra foi começar a minha carreira profissional num jornal local. Felizmente, tive a oportunidade Ser jornalista não foi sempre fá- No contexto de grande incerteza de trabalhar no jornal labor, casa cil mas foi quase sempre um prazer. E em que vive a comunicação social, da liberdade, fiel aos valores da de- no labor foi também uma escola. De S. João da Madeira não é imune à mocracia, da imprensa imparcial e cidadania e humanismo. Nos 10 anos turbulência que vem afetando o se- objetiva, que sabe acarinhar os seus que lá trabalhei cresci como cidadã. tor, mas, tal como noutras áreas de trabalhadores. A cidade não seria a O jornal deu-me visão de cidade e de atividade, tem conseguido distinguir- mesma sem este título, que remou e mundo. Pôs-me em contacto direto -se pela positiva. rema contra as constantes crises dos com eleitores e decisores, trabalha- media, graças à resiliência de um ho- dores e patrões, público e produto- Veja-se o caso do labor, que mem, Pedro Silva. Parabéns labor e res. Um acesso privilegiado que me está a completar 30 anos de olhos vida infinita! ensinou a não julgar antes de ouvir, a postos no futuro, revelando a deter- não criticar antes de conhecer todos minação necessária para enfrentar Poderia este texto facilmente ser os lados da história e a não alinhar um mundo em constante mutação. um panegírico do semanário local em teorias da conspiração. Se há ver- Tanto mais que essas três décadas de que completa 30 primaveras de abril. dade que tiro da minha experiência é afirmação do jornal coincidem, em Certamente, vários ilustres sanjoa- que nem tudo é bom mas nem tudo grande medida, com a implantação nenses o escrevem. Serve este texto é mau. E há muita gente boa a dar imparável da Internet e das redes apenas para partilhar as memó- o litro pelo bem da comunidade. Al- sociais, naquele que é, muito prova- rias de uma trabalhadora do jornal guma dessa gente está precisamente velmente, o maior desafio com que labor, entre 2006 e 2012. no labor. Parabéns ao diretor e à a imprensa e o próprio jornalismo já equipa. Venham mais 30 anos. foram confrontados. A locução  latina  que  titula re- sume bem a experiência que ago- Por isso, felicitar o labor pelo ra tenho o privilégio de partilhar. seu 30.º aniversário não é uma sim- Significa: “o  trabalho  perseveran- ples saudação de circunstância e vai te  vence  todos  os  obstáculos”. O para além de uma sentida palavra de labor de jornalistas e demais profis- apreço de quem teve a oportunidade, sionais desta casa resiste a ataques durante algum tempo, de fazer parte e pressões, desconfianças e desva- dessa história.  lorizações e tantas outras ofensas à verdade e à liberdade de informação, Do que se trata é de reconhecer diariamente. Há 30 anos que, com a notável resiliência do jornal, as- brio e esmero, supera todas as con- sente na capacidade de ler o futuro trariedades. Que assim continue. e de o antecipar, conjugada com a dedicação ao trabalho que caracteri- za a comunidade sanjoanense e que se encontra refletida na palavra que os fundadores do labor escolheram para título há 30 anos e que marca também, a letras de ouro, o brasão de S. João da Madeira. 1988 - 2018 25 de maio 2018 12

30 anos A longevidade do labor é signi- mais recentes, é preferível voltar à pojos do processo da extinta rádio ficativa e demonstrativa do contribu- frase final do parágrafo anterior e pirata “Serra Mar” mas, por asse-Rui Guerra to deste jornal para a expressão da compreender o que norteou o jornal gurar um projeto editorial atrevido, comunidade de S. João da Madeira. O ao longo dos anos. mais progressista, com outra infor- seu valor editorial, impresso ao longo mação, com capacidade de envolver destas três décadas, não se resumiu É igualmente importante enqua- quem quisesse partilhar ideias de ao debate político, ou meramente a drar o labor na história social de forma desassombrada. Havia uma uma simples visão partidária. S. João da Madeira. Tendo a cidade frase escrita num placard, ainda a perdido os seus títulos surgidos de- redação do jornal estava na Rua Fundado na década de 1980, pois do 25 de Abril de 1974, a edi- da Liberdade, que era significativa: com o país a viver em estado de- ção jornalística traduzia-se apenas “Não nos interessa quem faz me- mocrático bem assimilado, com no semanário O Regional. Ressalvo lhor, interessa-nos quem faz”. Este S. João da Madeira a transformar-se que este jornal sempre demonstrou acolhimento perdurou no tempo e a em cidade (a elevação tinha sido de- abertura democrática, só que era aceitação nas páginas do labor de cretada apenas quatro anos antes), precisamente o jornal onde escreviam toda uma corrente de inquietude, de o labor afirmou-se pela sua forma, os cronistas consagrados da cidade, irreverência, com algumas pinceladas pela vontade em acolher conteúdos que já o faziam há imensos anos. Por de subversão, fazem deste jornal um alternativos, mas também em pro- tudo isto, este semanário tinha uma projeto eternamente jovem. mover o pluralismo em detrimento carga conservadora e até moralista. do populismo. As transformações sociais da década E faço votos para que o labor de 1960, com a divulgação da música assim perdure nos anos futuros, não O labor foi o terceiro jornal a pop, o movimento hippie e o Maio se acomodando, procurando sempre ser editado em S. João da Madei- 68, mais a revolução nacional de- editar a modernidade que vive na ci- ra depois de 1974. Da história dos mocrática de 1974, culminando com dade. É neste capítulo, de potenciar e outros dois títulos (Abril e Tribuna o movimento punk, fizeram explodir, noticiar a expressão artística dos ha- Sanjoanense) ficaram breves memó- durante a década de 1980, uma nova bitantes da cidade, com edições de rias, embora sejam recordados um classe, a juventude. Não a classificada artigos e mesmo imagens dos mais pela referência ideológica e outro oficialmente pelos Censos, mas toda díspares autores que o labor ficará conectado com uma determinada uma massa humana que de forma al- na História de S. João da Madeira. força política, ou seja, como expres- guma se sentia envelhecida e estava são do descontentamento de deter- sempre disposta a divertir-se e pre- Não posso terminar, sem mencio- minada faixa da população, sobre os varicar. Manifestando continuamen- nar a cooperação entre a direção do destinos da vida autárquica. Talvez te essa vontade de transgredir, em jornal e os mais diversos colaborado- por isso, por aprender com os erros quebrar as convenções. Um exemplo, res. Além de ser espaço laboratorial, dos outros, o labor perdurou no de entre outros, pode ser dado atra- em que cada colaborador expande a tempo. É certo que recuperou muitos vés das rádios piratas, que surgiram sua imaginação pela escrita, o labor dos colaboradores do primeiro dos tí- precisamente da década de 1980 tem servido para a publicação das tulos atrás mencionados (infelizmen- como uma forma de liberdade de mais diversificadas opiniões políticas, te alguns já falecidos) mas, em simul- expressão, não controlada, mais vo- garantia da pluralidade e democracia tâneo, não se fixou numa perspetiva cacionada para a partilha de música que têm orientado este jornal. partidária, conforme mencionei no e de informação. Com a mercantiliza- final do primeiro parágrafo. Ao lon- ção do conceito, muitas dessas rádios Por tudo isto, os meus parabéns go destas décadas, o jornal foi sendo encerraram e os interesses dos seus ao labor, ao seu diretor Pedro Silva, identificado como apoiante de várias colaboradores dispersaram-se. aos vários elementos da redação, aos correntes políticas. Mais do que fazer demais colaboradores e claro, aos e contrariar essa resenha histórica, E é por aqui que o jornal labor leitores, pois o seu interesse é que incluindo as eleições autárquicas se vai afirmar. Não apenas pelos des- tem mantido vivo o jornal. 1988 - 2018 25 de maio 2018 13

labor, um jovem Pode-se dizer que o labor ao ce- as consequências negativas que daí S. João da Madeira sente na pelede 30 anos lebrar 30 anos de idade é como um resultariam no futuro, quer no setor esse desequilíbrio em comparação sujeito “trintão“! comercial, quer na fluidez da própria com o concelho da Feira.Mário Pessegueiro cidade, no sentido Norte/Sul. Mas a Já tem histórias para contar do zona pedonal era factor de orgulho O tal documento (PDM) lá pas- seu passado, sente alguma seguran- para os sanjoanenses. sou com a aprovação do CDS/PS ça naquilo que faz, apesar de vir ain- e votos contra do PSD e PCP. Estes da a dar alguns tropeções, não receia As novas calçadas tinham os de- últimos justificando que não foram o futuro, pois não sofre de dor nas senhos ondulantes do calçadão de ouvidos nem achados na elaboração costas, gosta de renovar o seu pen- Rio de Janeiro, pois Manuel Cambra do dito Plano. teado, pois ainda tem cabelo, é foto- (presidente da Câmara de então) já génico e trabalhador. O jornal labor sabia, como os sanjoanenses admi- 2006 – O jornal labor reflete a tem todas essas qualidades. ravam de tudo o que é brasileiro. vivência da cidade como sempre tem O jornal desses anos era já muito feito, apesar de S. João da Madeira se As histórias do seu passado preenchido com reportagens despor- ter transformado. Os editais de tribu- remontam a 1988. Chamava-se se tivas, tónica sempre comum a longo nal e conservatória que preenchiam não me engano, “Serra-Mar” à se- destes 30 anos. páginas e páginas nos anos 80 e 90 melhança da rádio local que existia deixaram de ajudar financeiramente na altura, e que toda a gente ouvia 1993 – O labor dava grande o jornal. Os anúncios gigantes que apaixonadamente até à lei parva que acompanhamento à aprovação do eram frequentes deixaram de se pu- veio a surgir e que aniquilou várias 1.º PDM (Plano Director Municipal) blicar, consequência provável do apa- rádios desse tipo. instrumento que se dizia fulcral para recimento da NET e as notícias sobre o reordenamento harmonioso da os grandes investimentos imobiliá- Havia nessas edições muita pu- cidade. Fizeram-se mesas redondas, rios tem vindo a escassear. Obras de blicidade, composição gráfica ade- conferências, assembleias de escla- milhões, somente o caso das Piscinas quada à época mas desconcertante recimento. mereceu grande cobertura nos últi- nos dias de hoje. mos tempos. O limite máximo dos prédios Mostrava uma certa elite san- passaria a cinco pisos, tal era o com- Apesar de tudo o jornal goza joanense que deambulava por asso- plexo deixado nos sanjoanenses pela sempre de estímulo positivo para ciações do tipo “Rotary”, “Lion”, ou dimensão do “Parque América”, que prosseguir em frente sempre aca- “Bombeiros”. As fotografias eram de já naquele tempo se fazia sentir. lentado pelo seu diretor Pedro Silva, má qualidade mas os ali representa- pois soube incorporar a seu tempo, dos não se importavam. O impor- Aliás o dito “Pirilau” surgia mais gente nova na sua redação (os tais tante era aparecer no labor, pois tarde para fazer de “contraponto” 30 anos) que acredita no que faz e isso trazia promoção social no seu à altura do dito prédio. Um conceito retrata eventos culturais e desporti- concelho. urbanístico que era para mim “inova- vos com maior equidade e seriedade dor” pois não tinha aprendido nada do que no passado. Destaca-se ainda Em 1988, a cidade tinha cor- disso no curso de arquitetura. Mas de tantos outros jornais locais pela tado o fluxo automóvel da “Estrada o importante era mostrar obra nem sua modernidade gráfica. E já tem Nacional n.º 1”, ou seja, através da que fosse totalmente desnecessária. frequentemente 30 páginas quando Praça Luís Ribeiro criando-se assim em 1988 tinha 12. a 1.ª grande zona pedonal. O curioso do tal PDM de 1993 é que já naquele importante regu- Portanto vai no bom caminho! S. João da Madeira queria ser lamento de futuro não havia uma pioneira nessa moda, fazer ver aos linha sequer que adivinhasse uma P.S. Por vezes tende a falar de- concelhos vizinhos o quão avança- estratégia para o crescimento de masiado de um só partido político, da estava, não medindo muito bem zonas industriais tão importantes mas todos acreditam que isso passa- para o concelho. Volvidos 25 anos. rá em tempo próximo. 1988 - 2018 25 de maio 2018 14

Qual foi a ideia de terem escolhido labor, um nome tão “foleiro”, para título de um jornal local? Jorge Ribeiro jornal, mas fazendo parte da massa humana sanjoanense, que deram a conhecer o bom e o mau, os anseios, as necessidades, as vitórias, as derro- tas que esta vila/cidade foi vivendo, ao longo de 30 anos.30 Vidas e coisas boas e menos boas, que à Muitas das vezes, numa conversa E que grande variedade de co-do labor cidade aos sanjoanenses mais dizem entre várias pessoas para escolherem laboradores este jornal teve. E que respeito. Comunicativo, leve de leitu- um nome para uma revista, um even- diversidade de assuntos foram dadosArtur Nunes ra, compreendido pelos leitores mais to, para um(a) menino(a), há sempre a conhecer aos leitores. E a todos foi atentos e exigentes, o jornal labor alguém que lança uma palavra tão dada oportunidade para divulgar, es- Este jornal local “despertou” há é por excelência um semanário de simples, tão familiar, tão eficaz, in- clarecer, apresentar, esmiuçar novas30 anos. proximidade. E foi no mês de Abril dependentemente da sua sonoridade ideias, novos conteúdos, novas visões último que o labor celebrou o seu foleira, que é adoptada como sendo, para além da política. O semanário olha para o seu aniversário. Assim, ao longo da sua analisando bem o conteúdo, a es-“património de afetividade” como existência, a procura e disponibiliza- colha mais natural, mais condizente Os colaboradores tornaram omaior ativo para continuar. Manter ção de informação coerente, séria e para o objectivo em questão. jornal mais vivo, atraente, irreverente,um jornal durante 30 anos, num credível tem permitido colocar este conseguindo atrair um público dese-concelho tão pequeno (8km2) como jornal como um importante veículo E, labor foi uma boa escolha. joso de ler algo diferente.é o de S. João da Madeira, só mesmo de comunicação da região. Assim, é Palavra inscrita no ADN dos jovenspor milagre, friso porque entendo hoje prática corrente entre os sanjoa- que idealizaram e concretizaram um Também uma palavra de apre-que a ligação “afetiva extremamen- nenses e demais pessoas de conce- jornal local. Todos eles conheciam ço para a redação desportiva, quete forte” que o jornal labor tem lhos vizinhos verem a capa e lerem perfeitamente o significado dessa conseguiu, paulatinamente, cobrircom a sua extraordinária equipa de as notícias no labor à quinta-feira palavra, conviviam diariamente com todas as modalidades desportivasjornalistas e os demais que no jor- logo pela manhã na sua residência ela, através do seu próprio lavor ou, sanjoanenses e de algumas fregue-nal laboram, assim como com os ou num qualquer café da cidade. Tem através da faina das pessoas que sias limítrofes. Um grande e preciososeus colaboradores e leitores que o sido propósito deste jornal abranger, com eles viviam. trabalho para atrair mais leitores.torna especial. Sendo colaborador, semana após semana, os aconteci-escrevo artigos de opinião de forma mentos mais marcantes do distrito Vejamos afinal o seu significado: Finalmente uma palavra de apre-ininterrupta há 12 anos, sobre os e da cidade de S. João da Madeira “trabalho, faina, lavor“, in Dicionário ço para o director deste jornal. Con-mais variados temas que envolvem em particular. Associado a isto, a da Língua Portuguesa, 5.ª Edição, tra ventos e marés desfavoráveis foio país, que suscitem curiosidade na constante presença de colaboradores Porto Editora. conseguindo, semana após semana,opinião pública, muito em particu- de diferentes áreas, residentes da ci- ano após ano, manter o labor à tonalar artigos de opinião sobre casos dade ou não, com os seus pontos de E foi com trabalho, dedicação, da água até hoje. vista e artigos de opinião, têm servi- ambição da sua redacção, colabora- do para enriquecer o labor. dores e director incluídos, que con- Com sentido apurado de um seguiram chegar até aos dias actuais. jornalista diferente, fez entrevistas a Por último, agradeço a oportu- pessoas “velhas” e do “antigamen- nidade que me deram para escrever Uma palavra especial aos cola- te”, retirando delas ensinamentos algo sobre este que é o meu sema- boradores, verdadeiros “jornalistas”, e reescrevendo as histórias pouco nário. não sentados a uma secretária de um conhecidas que envolveram essas personalidades. Criou suplementos Ao jornal de fazerem inveja a muitos jornais de tiragem nacional. E, finalmente, Com parabéns comecei deu páginas em branco para serem ocupadas pelas crónicas dos colabo- Com parabéns me despeço radores, sem restrições políticas, so- ciais, económicas ou religiosas. Ao labor desejo Dito isto, ao Jornal labor desejo um contínuo trabalho profícuo, para bem dos sanjoanenses e das gera- ções vindouras. Muitos anos de vida Que tenha muito sucesso 1988 - 2018 25 de maio 2018 15

30º aniversário labor Micaela Marques Ana Rita Pereira Sei que o sucesso só se Presidente da CPCJ Presidente da Associação de Jovens conquista com de S. João da Madeira Ecos Urbanos muito trabalho, dedicação eSou um leitor esforçoassíduodo jornal labor Luis Vargashá muitos anos Presidente da A.D.Sanjoanense António CunhaPresidente da CERCI Sempre apreciei as constantes A CPCJ de S. João da Madeira Existem personalidades, acon-  Quero em meu nome pessoal, elutas semanais desta publicação felicita o Jornal labor, pelo seu 30.º tecimentos e instituições que “es- em nome da AD Sanjoanense, para-periódica, informativa, crítica e for- aniversário. crevem” a nossa História. O jornal benizar o jornal labor pelos seus 30mativa, dirigida essencialmente às labor é, inequivocamente, não só um anos de sucesso, e que continue compopulações da Região de que S. João No âmbito da comunicação so- marco na história do nosso concelho, a linha editorial de imparcialidade eda Madeira é considerado o centro cial, têm sido um parceiro privilegia- como também nos dá a conhecer as independência, que o faz um órgãosócio-económico-geográfico . E para do, ao abraçarem cada causa e inicia- histórias que marcam a atualidade de imprensa respeitado, com muitaa construção deste centro económi- tiva desta CPCJ, com competência e em S. João da Madeira. competência, juntando qualidadeco-geográfico da nossa cidade, muito profissionalismo. gráfica e jornalística, cumprindo atêm contribuído as edições semanais Isenção e profissionalismo são sua missão de bem informar os ci-e os muitos suplementos específicos A CPCJ desenvolve a sua atua- características inerentes a toda a dadãos.publicados ao longo destes anos. ção numa área que deve ser cuida- equipa. A transversalidade das te- da por todos, em prol do superior máticas abordadas, mas sobretudo o Enquanto Presidente da maior Este jornal revela isenção nos interesse das crianças e jovens e, o destaque dado às instituições sociais associação desportiva do concelhoseus conteúdos, demonstrando que jornal labor, tem demonstrado esse e organizações desportivas, são um (ADS), congratulo-me com toda a co-a informação em S. João da Madeira cuidado e preocupação nos artigos reconhecido marco deste jornal. bertura jornalística, que semana apósestá no bom caminho. que publica, nunca apresentando semana, o jornal labor proporciona uma visão unilateral das informações A Associação de Jovens Ecos Ur- aos milhares de leitores, ajudando a Os seus jornalistas e colaborado- prestadas. banos agradece a colaboração e in- escrever História ao longo dos últi-res procuram a notícia com rigor para teresse nas atividades que desenvol- mos 30 anos deste prestigiado clube.que os leitores não tenham dúvidas. Quando se valoriza a ética pro- vemos ao longo de mais de 20 anos. fissional, o trabalho que se desenvol- Contribuíram, sem qualquer dúvida, Parabéns labor ! ve é sempre valorizado! para que o nosso eco fosse cada vez maior. Um bem haja! Muitos parabéns ao jornal labor! Que a colaboração mútua con- tinue a desenvolver-se em prol da sociedade em que estamos inseridos, tornando-a  cada vez mais uma co- munidade saudável. Um abraço. Por tudo isto, os meus parabénspor mais um aniversário. 1988 - 2018 25 de maio 2018 16

Vamos soprar as velas, celebrar a proximidade! Domingos José de Pinho FerreiraArménio de Pinho Há 30 anos presente na nossa Fernando Portal Fausto Sá história, com uma energia própria,Presidente da Associção sempre com o compromisso de pro- O papel da imprensa local na Celebrar 30 anos de existênciade Futebol de Aveiro ximidade para com as suas gentes. democracia é fundamental na difu- de qualquer Instituição não é só cele- são de informação, na exposição de brar o tempo passado, mas sim tem- Parabéns ao jornal labor pelos Um jornal, como o jornal labor ideias e opiniões, no exercício das po de balanço e de agradecimentos,seus 30 anos de vida, ao longo dos diz presente na afirmação de uma liberdades individuais e coletivas. não só aos seus fundadores, comoquais vem perpetuando a história de sociedade mais inclusiva. Uma refe- aos seus administradores, jornalistasS. João da Madeira e de todos aque- rência na imprensa local e regional, O labor tem desempenhado e colaboradores.les que a constroem. Num concelho com uma proximidade notável às esse papel com relevo e valor nessecom forte projeção desportiva, o Jor- suas gentes, sempre ao lado de quem sentido. Bem haja. Cabe aqui evocar o filósofo Ber-nal labor tem-se afirmado como um mais precisa. tolt Brecht:importante veículo de divulgação dos Rodolfo Andradefeitos de clubes e atletas, algo que Vamos cantar os parabéns e fe- Há homens que lutam umtodos devemos valorizar. Numa altu- licitar pelo seu progresso, pela vida 30 anos de existência é sinal dia e são bons, há outros quera em que os media locais vivem um que constrói e comunica. Um profun- de credibilidade, isenção, qualidade, lutam um ano e são melhores,período difícil, o jornal labor tem sa- do reconhecimento ao trabalho de vanguardismo e muito profissionalis- há os que lutam muitos anos ebido adaptar-se às novas exigências mulheres e homens que ao longo de mo. É com estas cinco características são muito bons. Mas há os quedo universo da comunicação, atitude três décadas, com uma dinâmica pró- que defino o labor e todo o trabalho lutam toda a vida e estes sãoque lhe valerá, certamente, um futuro pria, ajudam a construir o presente e que tem sido exercido ao longo dos imprescindíveis.risonho. Resta-me desejar longa vida abraçam o desafio do futuro. Juntos anos por uma equipa fantástica. Umao Jornal labor e que mantenha o vamos olhar em frente e felicitar pela jornal que tem conseguido acompa- Parabéns e sucesso no futuro,seu nobre papel na sociedade san- vida que se constrói e comunica. nhar a evolução, que tem conquista- para o labor, continuando a hon-joanense. do leitores e que tem trazido, não só rar a liberdade de expressão e o seu a S. João da Madeira, mas a todo o profissionalismo, como sempre o têm país (com a sua versão on-line e os feito. excelentes suplementos) toda a qua- lidade do melhor que a região tem para oferecer e mostrar. Parabéns a todos. 1988 - 2018 25 de maio 2018 17

Trigésimo O jornal labor está a celebrar É, pois, muito bom de ver o giado de afirmação e de forta-aniversário o trigésimo aniversário da sua fun- jornal labor tratar, proficuamente, lecimento das comunidades edo labor dação. Celebração bem merecida de questões da cidade e da região culturas locais; porque, ao longo destes últimos 30 envolvente, nas mais variadas áreasOliveira Bastos anos, foi sempre um órgão de comu- de interesse público tais como, no- • promoção da sintonia entre jor- nicação social muito útil e de bas- meadamente, a saúde, a política, a nalismo e vida cívica, pelo que, tante valor para a população quer educação, a economia, a cultura e além de denunciar problemas de S. João da Madeira, quer desta o desporto, as quais assumem nes- que afectam a comunidade, região, quer ainda para os seus natu- te jornal um papel determinante, em cumpre a obrigação de promo- rais espalhados pelo mundo. virtude de estarem relacionadas com ver o debate e discussão em re- o dia a dia de uma comunidade. Por dor desses problemas; O seu grande valor assenta, so- exemplo, os buracos da rua, as condi- bretudo, no Estatuto Editorial que de- ções dos hospitais, as condições das • preservação, no mundo globa- fine o labor, designadamente, como escolas, as informações de trânsito, lizado, das identidades locais e “publicação periódica, informativa, quem aborda estas informações? regionais, contribuição para o crítica e formativa“, que “norteará No caso em apreço é, e muito bem, enraizamento, porque ajuda a sempre a sua actividade no respeito o labor, podendo assim fazer perce- criar laços entre as comunidades pelos princípios deontológicos da Im- ber a importância das situações para e os locais, e ainda para o au- prensa e da ética profissional, assim a comunidade e o impacto que as mento da coesão social destas como pela legislação em vigor”, e mesmas têm no dia a dia do cidadão comunidades. que “exprimirá as opiniões da dire- comum. ção através de editoriais”, sendo as Em conclusão: A vocação da restantes opiniões da responsabilida- Mas há ainda, como não podia imprensa local e regional, que é de de quem as assina. deixar de ser, outras questões im- também a do labor, é o jornalismo portantes de âmbito local e regional de proximidade. São as a notícias- A imprensa local e regional, em que são bem tratadas nas páginas do -de-ao-pé-da-porta, que escapam à que o labor se insere, é determinan- labor. De entre elas, distinguimos as grande imprensa generalista. Muitas te pelo papel de serviço público que seguintes: vezes, é a única forma de se saber as presta não só por ser uma guardiã notícias de bairro e do fundo da rua. de tradições e identidades, como • sensibilização da comunidade Assim sendo, este tipo de informação também por prestar informações de no sentido de adoptar um papel é determinante para a preservação âmbito local e muitas vezes regional de cidadania mais pro-activo, das tradições e da memória, bem que nenhum outro meio de âmbito despertando os cidadãos para os como para o serviço de actualidade nacional faz de forma tão profunda seus direitos e deveres, e actuan- de âmbito mais local. e completa. E a verdade é que, neste do sobre os órgãos de poder no mundo globalizado, “quando notí- sentido de resolver os problemas Pelo exposto, julgo que se fica, cias longínquas nos chegam,... aper- que, resolvidos, dão melhor qua- pelo menos, com uma ideia da efi- cebemo-nos de que nada sabemos lidade de vida à comunidade; ciente missão desenvolvida pelo do que se passou ao fundo da nossa jornal labor, desde a sua fundação. rua”(Camponez:2012). • contribuição como meio privile- Parabéns pelos seus 30 anos de vida. 1988 - 2018 25 de maio 2018 18

O jornal labor É obra ! tas da nossa terra. Esta característica lado Neto, foram dois colaboradoresestá a completar é bem visível na necessidade que do Tribuna.30 anos de Parabéns ao Pedro Silva e seus muitos tiveram de, em determinadasexistência! colaboradores. épocas, lançar outro órgão de infor- Já no século XXI, em 2014, surgiu mação que apresentasse também os pela primeira vez um terceiro órgão deJosé António Eu, que nos anos 80 do século seus pontos de vista. informação, o jornal “Único” que visa-Pais Vieira passado, fiz, durante dois anos, com va apoiar uma candidatura autárquica. meios rudimentares, um semanário Isto aconteceu no início da dé- (Tribuna Sanjoanense), sei, por ex- cada de 40 do século passado com Não se julgue que qualquer um periência própria, quão complicada é o aparecimento de “O Sanjoanen- destes jornais tornaria dispensável esta realização. se”, e posteriormente, entre 1948 a existência de “O Regional”. To- até 1961, de “ A Grei Sanjoanense”. dos eles tinham, e o labor também Mas se é complicada é também Após a revolução de 1974 surgiu o tem, uma visão muito própria que os muito necessária. “abril” com uma visão muito própria orienta. Certa? Errada? … depende e compartimentada da vida política do modo de pensar de cada um. A existência de um só jornal local e nacional. Nos anos 80, como concelhio não garante, por mais que atrás informei, surgiu a “Tribuna San- Todos estes jornais, embora com essa seja a sua intenção, um auscul- joanense” procurando dar voz a uma um tempo de vida efémero, tiveram tar completo dos diversos modos de parte dos nossos conterrâneos que um contributo importante para o percepcionar as realidades da nossa não se reviam no modo como esta- esclarecimento da população e for- terra. va a ser contada a história da nossa çaram mesmo “O Regional” a evoluir terra. e melhorar o seu conteúdo. Conheço bem “O Regional”. Sei como foi e é importante o seu con- O desaparecimento do “Tribu- O labor, mercê da persistência tributo para o progresso e desenvol- na Sanjoanense” abriu espaço para do Pedro Silva, conseguiu implantar-se vimento de S. João da Madeira. No a criação do “Serra Mar” em 1988, e vingar. Espero e desejo que tenha entanto, nos seus quase 100 anos de que pouco depois passaria a chamar- uma vida longa e que seja capaz de existência, representou muitas vezes -se labor. Curioso que os seus fun- se adaptar às constantes solicitações e uma visão unilateral dos protagonis- dadores, Pedro Silva e Daniel Rega- mutações a que imprensa está sujeita. 1988 - 2018 25 de maio 2018 1919

1988A “Serra Mar”fechou 1988 - 2018 25 de maio 2018 20

1989Perda demandatode ManuelCambra 1988 - 2018 25 de maio 2018 21

1990Incêndio notribunal deS. João daMadeira 1988 - 2018 25 de maio 2018 22

1988 - 201825 de maio 2018 23

1991Início daconstruçãodo CentroTecnológicodo Calçado1992ManuelCambraabsolvido 1988 - 2018 25 de maio 2018 24

1993Inauguradosnovos Paçosdo Concelho1994Cofre com100 milcontos“voou” deresidência 1988 - 2018 25 de maio 2018 25

1995Cena de tirosna AvenidaBrasil1996labor todasas semanas 1988 - 2018 25 de maio 2018 26

1997Fábricade águaabasteceráS. João daMadeira1998João CarlosSilva tomaposse comosecretáriode Estado doOrçamento 1988 - 2018 25 de maio 2018 27

1999Câmaracompra Sanjopara Museuda Chapelaria2000Dois mortosem assaltoà mão armadana Galpde Arrifana 1988 - 2018 25 de maio 2018 28

2001Luto profundoem Castelo dePaiva2002Basquetebolportuguês deluto 1988 - 2018 25 de maio 2018 29

2003Campeonatodo Mundo deAndebol emS. João daMadeira2004Softwarepioneiro criadopara MuseuChapelaria 1988 - 2018 25 de maio 2018 30

2005Queda doportão domuseu matafuncionário2006Abertura donovo Centrode Saúde 1988 - 2018 25 de maio 2018 31

2007Inauguraçãodo 8.ª Avenida2008Comissárioda PSP caido telhadoda piscinainterior 1988 - 2018 25 de maio 2018 32

2009Morte dopadre Aguiar2010Campeãs 1988 - 2018 25 de maio 2018 33

2011ADS regressaaos nacionais2012AnaRodriguesnos Jogosolímpicos 1988 - 2018 25 de maio 2018 34

2013XavierCardoso écampeão domundo sub202014Calçadocondecoradopelopresidenteda república 1988 - 2018 25 de maio 2018 35

2015Morte deJosias Gil2016Hospitalreclassificadocom UrgênciaBásica 1988 - 2018 25 de maio 2018 36

2017Adeus Pirilau2018Semáforosde Sanfinsacabamem 2018 1988 - 2018 25 de maio 2018 37

VOX POP Dar voz e rosto a quem nos lê Em altura de aniversário, a nossa reportagem foi ao encontro de sanjoanenses (e não só) e perguntou-lhes qual a opinião que têm sobre o laborMaria Costa Ana Oliveira Ana Monteiro, Carla Alves61 anos, S. João da Madeira 20 anos, S. João da Madeira 30 anos, Paços de Brandão 45 anos, S. João da Madeira “Costumo ler o labor em casa “Costumo ler o labor, normal- “Não costumo ler. Mas no café “Costumo ler o labor no Centrodo meu pai ou vou lendo-o através mente, no café ou na internet. Tem de Saúde [de S. João da Madeira].do Facebook. É um jornal ‘cinco es- boa informação”. onde trabalho [do Parque Urbano do Gostava que tivesse mais páginas,trelas’, que tem evoluído ao longo inclusive com jogos e o horóscopo.dos anos”. 1988 - 2018 Rio Ul], os clientes estão sempre a Mas, em geral, a minha opinião sobre o jornal é positiva”. perguntar pelos jornais da terra, in- clusive pelo labor”. 25 de maio 2018 38

The best components you will never see. ® www.lusocal.com 9 ANOS DE EXCELÊNCIA 2009 - 2017David Ferreira Alfredo Amorim19 anos, S. João da Madeira 78 anos, S. João da Madeira “Não costumo ler muito jornais. “Não sou leitor assíduo doMas dos que leio, assim por alto no labor. Passo os olhos de vez emcafé, é o labor que leio mais. E cos- quando nos cafés. No entanto, soutumo prestar mais atenção à secção de opinião que as terras devem terdo desporto. Aliás, já o fazia na al- jornais para manterem as pessoastura em que era atleta dos Serviços sempre informadas sobre o que seSociais do Município”. passa localmente”. 1988 - 2018 25 de maio 2018 39

Ao encontro O Regional a lutou pela independência”.da história caminho do “Sabe que S. João da Madeirada imprensa centenáriolocal era uma freguesia do concelho de A 1 de janeiro de 2022 O Re- Oliveira de Azeméis. Mas começou a Nesta revista comemorati- gional completa 100 anos de vida. haver conflitos porque S. João desen-va do 30º aniversário, o labor Contando atualmente com José da volveu-se, criando estruturas como,partilha com os leitores teste- Silva Pinho como administrador, este por exemplo, uma unidade elétrica,munhos de Manuel Pereira da é o jornal mais antigo do concelho de coisa que não havia em Oliveira deCosta, Marçal Correia, Pedro S. João da Madeira. Azeméis e os oliveirenses quiseramSilva e José António Pais Vieira, logo ‘aproveitar-se’”, contou, acres-os quatro ligados à história da Há quase um século era António centando: “na altura, houve umimprensa de S. João da Madeira de Lima Corrêa que o dirigia, José grupo de jovens, pessoas lançadas Luiz Leite Júnior que o administrava para a frente, que ‘mexeram os pau- e tinha ainda Serafim Ferreira dos zinhos’. E lá se conseguiu a autono- Santos como redator e editor. mia”. Também antes do atual proprie- “Foi uma luta muito grande e tário, O Regional pertenceu a José criou-se um jornal para justamente Soares da Silva2 que, além de dono, ajudar essa luta”, sublinhou o escri- era igualmente o diretor. Foi este, tor natural de Cucujães, já por inú- aliás, que vendeu o jornal a José da meras vezes premiado. Silva Pinho. Note-se que Pereira da Costa, O labor foi ao encontro daque- antes de tirar o curso de Direito, che- le que, convidado por José da Silva gou a ser tipógrafo, até aos 20 anos, Pinho, é o diretor d’ O Regional “há numa gráfica da vila cucujanense. mais de 40 anos”. Manuel Pereira da Costa recebeu-nos em sua casa, em Ainda a título de curiosidade, S. João da Madeira. E bem ao seu jei- registe-se que Pedro Silva, diretor do to o advogado com “80 anos e mais labor, também chegou a colaborar uns pozinhos”, como o próprio refe- n’ O Regional. Fê-lo antes do 25 de riu, começou por dizer que o jornal Abril, tendo sido durante muito tem- “nasceu quando S. João da Madeira po “o cronista” do basquetebol por influência do então responsável e grande impulsionador da modalida- de, Sílvio Bulhosa. Abril surge A nossa reportagem esteve à bre este projeto em que, juntamente “porque a conversa com o diretor deste jornal com outros, esteve envolvido há cer- imprensa local mensal sanjoanense fundado em ca de quatro décadas. não nos dava março de 1979 e cuja última edição voz” remonta a abril de 1982. Inicialmen- Começou por nos confessar que te, o seu preço era - imagine-se - sete aceitou dirigir o Abril “até mais por “O Abril nasce em S. João da escudos e meio (cerca de 4 cênti- insistência dos colegas”. Dada a sua Madeira depois do 25 de Abril, por- mos). profissão ligada à indústria do calça- que a imprensa local não nos [ao do, que lhe absorvia muito tempo, e Movimento Democrático Português] Marçal Correia é natural de também devido a ter filhos pequenos dava voz”, contou Marçal Correia ao Cucujães, chegou a residir em Santia- e a querer ajudar a esposa, a verdade labor. go de Riba-Ul (concelho de Oliveira é que “não tinha [na altura, as me- de Azeméis) antes de casar, mas já lhores] condições para o ser”. Aliás, vive há muitos anos em S. João da “a pessoa que queríamos mesmo Madeira. Há dias recebeu-nos ama- para dirigir o jornal era o Dr. Renato velmente na sua casa, na Avenida Figueiredo. Só que ele tinha a vida Dr. Renato Araújo, onde nos falou so- ainda mais ocupada”, afirmou. 1988 - 2018 25 de maio 2018 40

Tribuna era eu quase sozinho a fazê-lo”, nem as condições financeiras que há Sanjoanense confidenciou ao labor Pais Vieira, agora. Não tínhamos ninguém que veio “dar uma que naquela ocasião tinha 38 anos fosse jornalista encartado”, disse, outra visão do e trabalhava por conta de outrem, na continuando: “Tínhamos alguma pu- concelho” Viarco, fábrica da família. blicidade, mas mal dava para pagar. Socorríamo-nos dos nossos próprios O primeiro número do Tribuna Em conversa com a nossa re- meios. Tínhamos colaboradores que Sanjoanense, sob direção de José portagem, o agora empresário de 72 trabalhavam gratuitamente. Eu e o Manuel Valente Oliveira, data de 29 anos, de S. João da Madeira, contou Teixeira Dias também escrevíamos de março de 1984. A ideia inicial dos que “antes nunca tinha feito um jor- artigos e o próprio José Manuel Va- fundadores - José António Pais Vieira nal. Apenas tinha escrito algumas lente Oliveira fazia sempre os edito- e Eduardo Teixeira Dias - era publicá- vezes, poucas, para O Regional”. riais e, por vezes, escrevia algumas -lo até final desse ano, mas a verda- Mas, “mesmo assim, avançámos coisas mais”. O jornal era feito “nas de é que este semanário de S. João [com o Tribuna Sanjoanense]”, por- nossas casas” e, depois, composto da Madeira, que custava 20 escudos que “queríamos dar uma outra visão “na gráfica do Correio de Azeméis”, (cerca de 10 cêntimos), “viveu” mais do concelho. Considerávamos que a completou o fundador do Tribuna um ano. A sua última edição remonta história estava a ser escrita de uma Sanjoanense. a 27 de dezembro de 1985. maneira muito restrita, muito própria de determinadas pessoas, o que não Ainda a propósito dos artigos, “Ao fim de dois anos, já deita- nos agradava”, afirmou, referindo-se eram todos assinados: “Não admitía- va o jornal pelos olhos fora, porque concretamente ao que era escrito n’ mos que houvesse notícias anónimas O Regional. ou com pseudónimos, coisa que O Regional fazia constantemente e que “Naquela altura era muito dife- nós não gostávamos nada”. rente. Não havia os meios técnicos“NÃO CONHEÇO NENHUM JORNAL EM S. JOÃO DA MADEIRA QUE SEJA INOCENTE” Pais Vieira admitiu ao labor dúvidas que, “durante os dois anos “estive sempre muito à vontade para ter o labor a trabalhar, assim comoque o Tribuna Sanjoanense também da sua existência, o jornal marcou fazer aquilo que entendia fazer, desa- o Sr. Pinho (O Regional). São pessoasapareceu “por motivos políticos”. a diferença e fez melhorar substan- gradando até alguns”, relatou. que admiro pelo esforço que fazem.“O jornal surgiu em março e a 15 de cialmente o O Regional”. “A concor- Porque os jornais não se fazem paraabril ia haver eleições autárquicas”, rência foi muito boa, ‘mexeu’ com O Hoje, quando olha para trás no ganhar dinheiro, mas pelo gosto queportanto, o seu aparecimento “não Regional”, sublinhou. tempo, reconhece que sente sauda- se tem com o trabalho que se está afoi inocente”. Aliás, “não conheço des: “Foi uma altura engraçada, que fazer”, vincou.nenhum jornal em S. João da Madei- Ainda ao labor, Pais Vieira fa- me marcou”. No entanto, não se estára que seja inocente”, ironizou. lou das “pressões” que havia e que a ver a “meter” noutra “aventura” A título de curiosidade, Pedro Sil- sempre soube contornar, porque do género. va, diretor do labor, também chegou Políticas à parte, o antigo dono “não precisava do jornal para viver”. a escrever para o Tribuna Sanjoanen-do Tribuna Sanjoanense não tem “Tinha o meu emprego” e, como tal, “Ter um jornal não é tarefa fácil. se. Admiro o Pedro por conseguir man- Hoje, com 86 anos de idade, diretor que, tal como Marçal Cor- coral e de outro de teatro, “gería- Abril, onde logo na primeira páginaMarçal Correia guarda “boas me- reia, esteve na origem da fundação mos a redação do jornal”, deu nota são dirigidas umas “primeiras pala-mórias” daqueles tempos em que do abril. “Quando é para trabalhar Pedro Silva, recordando que era um vras” aos leitores: “Poderá parecer“havia companheirismo” e “tam- estou sempre [risos]”, disse. dos que, no Porto, tratava dos textos aventura impensada e iniciativabém escrevia algumas coisas para o com os tipógrafos, numa cooperati- de lançar um novo jornal quandojornal”. “Era tudo feito na base do “O abril viveu muito no seio va - Coovaforme - na rua Antero de a imprensa em geral e a regional,amadorismo, pois não tínhamos di- do Grupo Autónomo de Animação Quental. nomeadamente atravessa períodonheiro para investir” e “havia pouca Social (GAAS), criado por um grupo de grandes dificuldades, e sériosgente a ajudar”, contudo, o balanço de jovens depois do 25 de Abril que “Quando o edifício da escola riscos (…). Propomo-nos, apenas,que faz “é positivo”. ocupou a antiga Escola da Quintã entrou em obras para se transformar ser uma voz clara, isenta, oportuna [hoje Academia de Música], que na Academia de Música, o presiden- e combativa, no melhor sentido da“ELE [ABRIL] SERÁ O estava desativada. E fizemos ali a te da câmara da altura, sem avisar palavra, junto das populações queQUE TODOS QUISERMOS nossa sede”. “O objetivo era es- os elementos do grupo em causa, têm como centro aglutinador e di- sencialmente fazer alfabetização” e mandou armazenar o espólio do jor- namizador S. João da Madeira (…). QUE ELE SEJA” “trabalho cívico”. Houve, inclusive, nal e da associação num armazém Ele será o que todos quisermos que quem do “grupo” tivesse andado “a municipal. Com o tempo acabou ele seja. Todos os que mantêm vivo, Ainda a propósito, o labor fa- abrir valetas com os homens da câ- destruído”. incorrupto e límpido o grito de liber-lou também com Pedro Silva, nosso mara (de pá e pica)”, acrescentou. tação de Abril”. A título de curiosidade, o Entretanto, além de um grupo labor folheou a primeira edição do 1988 - 2018 25 de maio 2018 41

A Defeza Local Jornais O Regional sanjoanenses(1915-1916) (1922) ao longo O primeiro número d’ A Defeza dos tempos A 1 de janeiro de 1922 “come-Local data de 31 de janeiro de 1915. çou a publicar-se aquele que viria serConstituído por quatro páginas, este Tendo por base textos da au- o mais duradoiro de todos os jornaisquinzenário tinha como diretor, ad- toria de Daniel Neto que saíram sanjoanenses” - O Regional -, man-ministrador e editor, respetivamente, ao longo dos primeiros números tendo-se de portas abertas até aosDomingos Oliveira, Quintans Braga e do labor, fazemos, de seguida, dias de hoje.Manuel Lopes Simões. uma “viagem” pelos jornais que existiram em S. João da Madeira, A sua comissão fundadora era Começou por ser impresso na composta por um grupo de jovensTipografia Peninsular (Porto), passan- de que há memória decididos a contribuírem para o pro-do depois a sê-lo nas oficinas d’ O gresso da terra. Entre estes consta-Comércio do Porto. Neste jornal, os 1988 - 2018 vam, por exemplo, António de Limaartigos e rubricas eram os mais va- Correia, Serafim Ferreira dos Santos,riados, desde “mexericos” com “uma 25 de maio 2018 Manuel Luís Leite Júnior e João daboa dose de humor”, até ao “Trecho Silva Correia.Histórico” sobre História Contempo- 42rânea. Inicialmente publicado de 15 em 15 dias, O Regional passou a ser A Defeza Local deixou de ser pu- semanário a 28 de agosto de 1950.blicado ao fim de 23 edições, a 26 de José da Silva Pinho é o seu atualfevereiro de 1916. administrador.

O Pequeno O Sanjoanense Política NovaSanjoanense (1940-1948) (1933-1935)(1931-1932) O Sanjoanense surge a 7 de ja- A publicação do primeiro Políti- impressão eram, pela primeira vez O primeiro número d’ O Pequeno neiro de 1940, numa época em que a ca Nova coincidiu com o 8º aniver- na história da imprensa sanjoanen-Sanjoanense saiu a 18 de dezembro vida política do país era marcada pe- sário da emancipação concelhia de se, feita “intra-muros”, na tipografiade 1931 e o último a 18 de junho do los ideais do Estado Novo. Tal como o S. João da Madeira, a 11 de outubro Controle Gráfico. Entre os colabora-ano seguinte. Política Nova, este quinzenário - cujos de 1933. dores, constam Serafim Leite, Manuel diretor e proprietário e administrador Godinho, António Amaral, entre ou- Com um formato de 25x18cm, e editor eram, respetivamente, o na Intitulando-se “Quinzenário Re- tros.aliás a condizer com o seu nome, altura presidente da câmara António publicano defensor dos interessesesta publicação mensal era composta Henriques e Jorge Ferreira da Silva - do Concelho e dos princípios do Es- Ao apresentar-se aos sanjoanen-e impressa na Escola Tipográfica do foi, ao longo dos seus 69 números tado Novo Corporativo”, o jornal era ses, a direção evidenciou, na altura,Colégio das Missões, em Cucujães. publicados, “um órgão veiculador” propriedade da “Empresa da Política “uma clara intenção em defender daqueles “ideais que não encontra- Nova” composta por Renato Araújo, mais os princípios do Estado Novo “Editado por uma escola e es- vam eco no seu congénere indepen- António Henriques, José António das do que propriamente os interessescrito pelos seus alunos”, O Pequeno dente, O Regional”. Neves e António José Pinto de Oliveira. do concelho”.Sanjoanense era responsabilidade daEscola Masculina da Quintã. Contava O último O Sanjoanense data de Jorge Silva era o seu editor/ad- O seu último número foi publica-com o professor Américo R. da Costa 6 de dezembro de 1948, não fazen- ministrador e as suas composição e do a 17 de fevereiro de 1935.Ferreira como diretor. do referência à razão que levou à sua interrupção. 1988 - 2018 25 de maio 2018 43

A Junta de Freguesia de S. João da Madeira felicita o jornal labor pelo seu 30.º aniversárioGREI Sanjoanense Restaurar Pórtico(1948-1961) (1954) (dois números únicos: 1969 e 1970) Tendo como objetivo, “dar curso reaparece, desta feita, como quin- Órgão paroquial de S. João da O aparecimento do Pórtico, ema ideias construtivas e revelar actos zenário. O diretor de então era José Madeira, o Restaurar é uma publica- finais de 1969, “é a prova inequívo-de administração e realização que Cerqueira de Vasconcelos, Amílcar ção mensal que vem sendo editada ca de que a juventude sanjoanenseinteressa à grei sanjoanense”, a pri- Martins o editor e Júlio M. Grandra desde 2 de maio de 1954 até hoje. não ficou indiferente ao movimentomeira edição do GREI Sanjoanense o administrador. O nome de Belmiro estudantil que marcou toda a década(número único) data de 15 de abril António da Silva continuava a figu- Este jornal nasce “fruto” de de 60”. Em S. João da Madeira, nade 1948. rar no cabeçalho mas como funda- uma velha aspiração do P. A. Moura altura, a vida já não era “só trabalho. dor. Nele colaboraram, entre outros, Aguiar e a origem do nome assenta, Havia a necessidade de uma escolha Foi uma ideia de Belmiro António Horácio Ferreira Cardoso, Nicolau segundo o seu fundador, na necessi- de necessidades, de se abrir uma por-da Silva, na altura, diretor e editor do da Costa, Simões Ventura e Renato dade de “dar remédio aos males que ta à cultura, uma entrada monumen-jornal que depois viria a contar com Figueiredo. De salientar que este pe- enferma esta Terra”. tal, um Pórtico”.mais dois números únicos publicados riódico foi alvo, entretanto, de outrasem julho de 1948 (comemorativo do remodelações. Tendo como fim “servir a políti- Assim, a 14 de setembro deato inaugural da fábrica Oliva) e em ca do espírito, os interesses da alma 1969 surgiu nas bancas o Pórtico 1agosto de 1950. A última publicação é de novem- somente”, demarca-se de todas as (número único), cuja apresentação bro de 1961. outras publicações que surgiram em gráfica era da responsabilidade da Em 1951, o GREI Sanjoanense S. João da Madeira ao longo dos Escola Tipográfica das Missões. En- tempos. 1988 - 2018 25 de maio 2018 44

abril O Pirilampo (1979-1982) 1977-1983)tretanto, em janeiro do ano seguinte, O número 0 do Abril, de perio- O Pirilampo era o órgão informa- colaboraram, Fernando Graça, Fláviofoi publicado o Pórtico 2 (outro nú- dicidade mensal, surgiu em março tivo do Clube de Campismo (CC) de Pinho, Carlos Correia e João Esteves.mero único). de 1979. Propriedade da Associa- S. João da Madeira, tendo só tomado ção Cultural Encontro, o jornal tinha verdadeiramente a forma de jornal Composto e impresso, primeiro, Entre os colaboradores deste jor- como diretor Marçal Correia. no último trimestre de 1977. Até en- na Escola Tipográfica das Missões e,nal figuravam João da Silva Correia, tão a agremiação dava a conhecer as depois, na Gráfica Arrifanense, o jor-Hipólito Duarte, Paulo Rocha, Ana A sua última publicação data de iniciativas mais relevantes através de nal não se limitou às notícias do CCRosa, Sílvio Dias, etc.. José Patrício abril de 1982. um pequeno boletim informativo. sanjoanense. Deu voz ainda a assun-era responsável pela coordenação tos de caráter cultural e pedagógico,e Sidónio Costa Pardal o diretor e Além de diretor, Manuel A. Pinho bem como a problemas de âmbitoeditor. também integrava a secção redato- local e regional. rial, juntamente com Virgínia Jorge e O afastamento de S. João da Ma- José Manuel Pinho. Nele, igualmente, O último número remonta aodeira por parte de alguns elementos ano de 1983.do grupo que esteve na sua origem,por motivos relacionados com osestudos, vida militar ou profissional,terá estado na origem de tão curtaduração do projeto. 1988 - 2018 25 de maio 2018 45

Tribuna labor O Calhau da, com alguma irreverência e inova-Sanjoanense dora em termos de design”. (1988) (2002-2004)(1984-1985) Entretanto, o projeto foi abraça- O primeiro labor remonta a 1 de O Calhau foi fundado em 2002 do por outros jovens sanjoanenses, 29 de março de 1984 foi a data abril de 1988. Mas da história deste (o seu primeiro número saiu em no- também estudantes, entre os quaisescolhida para o lançamento do semanário de S. João da Madeira que vembro desse ano) por Tiago Silva e Rosário Alves (edição gráfica), maisprimeiro número do Tribuna Sanjoa- ainda hoje existe constam também Pedro Cardoso. Estes dois jovens de conhecida por Ró, Bruno Faria (fo-nense. Na sua origem estiveram José algumas edições do Serra Mar, publi- S. João da Madeira (SJM), que en- tografia), etc.. Já a redação era com-António Pais Vieira, Eduardo Teixeira cadas anteriormente. tão estudavam Comunicação Social, posta por Ana Amorim, Ana Oliveira,Dias e José Manuel Valente Oliveira, criaram o jornal porque “estavam Filipa Pereira, Joaquim Fernandes,este último o diretor do jornal. Na altura, a propriedade e admi- cheios de vontade de pôr em prática José Cardoso, Marco Costa, Milene nistração do jornal era a Cooperativa o que estavam a aprender na univer- Marques, Patrícia Santos, Pedro Car- Inicialmente, os fundadores de Radiodifusão Serra Mar, CRL, e sidade”. E também porque “queriam doso, Salomé Silva e Tiago Silva.propuseram-se a editar apenas 24 a direção era constituída por Pedro experimentar uma nova forma deedições, mas o Tribuna Sanjoanense Silva (diretor) e Daniel Neto (subdire- comunicar, diferente das dos jornais Começou por ser de distribuiçãoacabou por sair até dezembro de tor). Alfredo Rebelo, Benjamim Maia, que havia no concelho, mais arroja- gratuita, mas, por incentivo dos pró-1985. António Manuel Correia, João Carlos prios leitores, passou a ser pago atra- Silva, Luís Cambra eram alguns dos vés de assinatura, tendo tido muitos seus colaboradores de então. assinantes sanjoanenses não só resi- dentes, mas também emigrantes. Inicialmente de periodicidade mensal, O Calhau passou a ser bi- mestral nos seus últimos números, coincidindo com a altura em que os fundadores concluíram os estudos. As suas notícias focavam, sobre- tudo, factos de SJM, mas também na- cionais e até mesmo internacionais. A saída da sua última edição remonta ao primeiro trimestre de 2004. 1988 - 2018 25 de maio 2018 46

App do labor O jornal labor em formato papel tem vindo a ser distribuído ao longo de 30 anos nas mais diversas bancas de S. João da Madeira e da região. Atualmente, o jornal também pode ser lido em formato digital através da app do labor. Na loja da app estão ainda disponíveis para compra edições antigas do labor, bem como fotos, vídeos e artigos. Pode fazer o download da aplicação em iOS ou Android.Jornal Único(2014-2016) Foi o último jornal a surgir noconcelho de S. João da Madeira. Asua criação remonta a abril de 2014.Tinha Maria Inês Ferreira de Limacomo diretora. De distrbuição gratuita, o JornalÚnico marcou não só pelo layout,mas também pela abordagem dostemas. A 5 de julho, na sua página deFacebook, o semanário anunciavaque a sua edição iria estar “sus-pensa por dois meses para reestru-turação”, situação que se mantémpassados quase dois anos. 1988 - 2018 25 de maio 2018 47

Da rádio (pirata)Serra Marao jornal laborUma das entrevistashistóricas foi a MárioSoares, na qualidade dePresidente da República,durante uma visita aS. João da Madeira 1988 - 2018 25 de maio 2018 48


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