Important Announcement
PubHTML5 Scheduled Server Maintenance on (GMT) Sunday, June 26th, 2:00 am - 8:00 am.
PubHTML5 site will be inoperative during the times indicated!

Home Explore 2017_10_best of

2017_10_best of

Published by anapaiva, 2017-10-26 06:34:40

Description: Best of Portugal, revista dedicada ao cluster do calçado de outubro de 2017

Search

Read the Text Version

ESTA REVISTA É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL LABOR N.º 1237 DE 26 DE OUTUBRO DE 2017, NÃO PODENDO SER VENDIDA SEPARADAMENTE BestofPortugal1



APICCAPS e FESETE 4-5 chegam a acordo histórico Número de postos de trabalho 6 aumenta no setor do calçado Calçado português reinventa-se 8-11 Designer sanjoanense lança calçado vegan 12-13 Empresários portugueses apostam na ColombiaModa 14-15 Cortiça chegou ao calçado ortopédico 16-17Diretor Calçado e Curtumes renovam compromisso 18-19Pedro Silva para valorizar “made in Portugal”Redação Indústria portuguesa de calçado 20-22Diana Familiar aposta nos EUAGisélia Nunes Calçado poderá atingir novo máximo histórico 24-25FotografiaArquivo labor Gallery Shoes é a nova feira 26-27Rui Guilherme de calçado de DüsseldorfNuno Santos Ferreira Japão visto como “rampa de lançamento” 28-29PublicidadeFernando Aguiar Sapatos com nome de destinos inspiradores 30-31Lucinda Silva Portugal voltou a ser a segunda maior delegação 32-34Maquetagem/Grafismo estrangeira na MICAMAna PaivaRui Guilherme Momad Shoes com maior número de visitantes 36-37Execução Undandy investe um milhão em S. João da Madeira 38-39LABORPRESS - Ediçõese Comunicação Social, Lda Academia de Design e Calçado abre oito cursos 40-43Tel. 256 202 600 de especialização tecnológicaFax: 256 202 [email protected] Artistas israelitas transformam chapéus 44-45www.labor.pt e sapatos em peças de arteRua Oliveira Júnior, 933700-206 S. João da Madeira A cor e o humor dos chapéus de Maor Zabar 46-48Impressão O escultor de sapatos Kobi Levi 50-51Diário do Minho - Braga Maquishoes/Expocouro levas empresas 52-56 sanjoanenses à Exponor A “Luz” da ModaLisboa 58-59 Luís Onofre criou Conselho Consultivo 60-61 3

APICAPPS e FESETE chegam a acordo histórico Em nome da igualdade de género nos salários do setor do calçado A Associação Portuguesa dos Industriais de Calça- O responsável referiu ainda ao jornal que o aumen-do, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos to do salário mínimo tinha obrigado muitas empresas(APICAPPS) e a Federação dos Sindicatos dos Trabalha- a um “esforço significativo”, pelo que um aumentodores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de salarial generalizado poderia pôr em causa a sua com-Portugal (FESETE) chegaram a um acordo histórico, fa- petitividade.zendo da fileira do calçado a primeira indústria do país aregistar a igualdade de género nas remunerações. Aproximação de salários poderá beneficiar mais mulheres do que homens Para a APICCAPS, este desfecho das negociações sófoi possível porque, como disse o assessor da direção Esta aproximação dos salários de homens ePaulo Gonçalves ao Público, “os sindicatos perceberamas questões mais relevantes deste processo”.4

mulheres no exercício das mesmas funções e com acabamentos”, esclareceu Paulo Gonçalves. Oa mesma classificação profissional implica, tam- fim da separação entre trabalhos para homensbém de acordo com o Público, um aumento glo- e para mulheres, porém, não tinha sido acompa-bal dos custos do trabalho na indústria na ordem nhado pela igualdade salarial. Lacuna que o novodos 3,45%, sendo que, em princípio, beneficiará contrato coletivo da fileira pretende superar.mais mulheres do que homens. Tida como a indústria mais internacionaliza- “Ao contrário do que acontecia há alguns da do país (o calçado e as peles exportam maisanos, quando as mulheres estavam mais na cos- de 95% do que produzem), a fileira destacou-tura e os homens na montagem, nas fábricas dos -se nos últimos anos por ter criado 6.600 novosnossos dias está tudo mais misturado: há homens postos de trabalho (mais 20% do emprego denas linhas de costura e mulheres no corte e nos 2010). 5

Nauúmmeenrotadneoposesttoors ddoe tcraalbçaadlhoo Desde 2010, o número de postos de APICAPPS indica como o calçado tem tendo sido produzidos 82.057 pares de primeira metade deste ano, as exportaçõestrabalhos criados no seio da indústria do vindo a crescer em Portugal, nomeada- sapatos só no último ano. aumentaram 6%.calçado aumentou 20%. Ao todo, 38.661 mente no que diz respeito ao número depessoas trabalham no setor, de acordo empresas: mais 18% do que em 2010, Exportações crescem Conforme refere o Marketeer, caso oscom dados do Ministério do Trabalho, di- num total de 228 novas companhias há sete anos consecutivos números se mantenham até ao final destevulgados pela Associação Portuguesa dos criadas. No final do ano passado, o nú- ano, 2017 será o oitavo ano de crescimen-Industriais de Calçado, Componentes, mero de empresas no mercado nacional Em termos de exportações, 2016 foi o to da indústria portuguesa de calçado nosArtigos de Pele e seus Sucedâneos (APIC- ascendeu aos 1.473. sétimo ano consecutivo em que o calçado mercados internacionais.CAPS) e avançados pelo Marketeer. português apresentou crescimento. Desde Além disso, também o número de 2009, as vendas já aumentaram 59% e, na Presentemente, os sapatos são expor- Também segundo o Marketeer, pares produzidos subiu. Entre 2010 e tados para 152 países, sendo que mais deno relatório “Facts & Numbers”, a 2016, registou-se uma subida de 33%, 95% da produção tem como destino a venda ao exterior.6

7

Calrçeaindvoenptoar-tuseguês A pensar nos jovens mas também nos mais velhos,8 Centenário e Ambitious recriam modelos antigos com materiais diferentes e mais leves A ideia destas duas empresas por- tuguesas é responder a uma população cada vez mais envelhecida e, ao mesmo tempo, atrair os jovens para a compra de clássicos como o modelo Oxford. A Centenário, marca de renome com quase oito décadas, usa peles espessas e solas grossas, que tornam os sapatos na- turalmente mais pesados, mas há algum tempo que já é possível ter os mesmos modelos com um peso 40% inferior e ou- tro tipo de materiais. Em declarações ao DN, aquando da Colombiamoda (Semana da Moda da Co- lômbia), Hugo Ferreira falou precisamente de “uma reinvenção dos clássicos com so- las mais leves” tendo em vista “responder aos dois segmentos”. “Demos-lhes um aspeto mais jo- vem, usando materiais mais atrativos”, o que “não só torna estes modelos mais apetecíveis para os mais jovens, como [também] responde às necessidades dos mais velhos, que tendem a deixar de fora os clássicos para ir procurar o conforto”, explicou o responsável, acrescentando: “a pele não é alterada. Para ter um sapato mais leve, não sacrificamos a qualidade da pele. Substituímos o couro da sola por polímeros expandidos, o que dá um ganho considerável em termos de leveza”. Além do peso, o uso de materiais como a cortiça ou a pele pintada à mão faz com que estes sapatos se adaptem às diversas faixas etárias. Segundo Hugo Ferreira e o seu primo Pedro Ferreira, es- tas reinvenções podem ser feitas nos dois tipos de sistemas usados pela Centenário para produzir sapatos: o “blake”, no qual há uma fixação direta do corte à sola atra- vés de um processo de costura com um equipamento específico; e o “goodyear”, uma construção diferente da tradicional, que se carateriza pela força, durabilidade e conforto. Para já, por se tratar apenas da se- gunda coleção, ainda não é possível fazer uma avaliação da adesão a este tipo de calçado, que “segue a tendência europeia”. No entanto, segundo os dois empresários, o feedback dos clientes tem sido positivo.



Ambsaitpioautosstacmlábsséimcosalpeovsetsa em têm uma grande preocupação com o con- forto”. Necessidade à qual as empresas A Ambitious também se preocupa em respondem com “a transformação de umdesenhar sapatos clássicos leves. Não fos- produto clássico e bruto em algo maisse a “versatilidade do produto” uma das jovem e leve”. E note-se que, no caso dacaraterísticas desta marca de calçado fun- Ambitious, falamos de reinvenções quedada em Portugal em 1994 e o facto de rondam os 250 gramas por sapato e queestar presente em 50 países, que a obriga passam, por exemplo, pelo “uso de solasa ter “uma coleção abrangente que vai em Eva [etileno vinil acetato], que é maisdesde o desportivo ao puro clássico”. esponjosa”, tornando “o produto mais leve, o que é interessante para pessoas “Mas onde nos concentramos mais é com mais idade, tal como para quem passaem ter um produto mais jovem, alterado, uma grande parte do dia de pé”, conformepara que possa chegar a uma faixa etária explicou ao DN o comercial da marca Col-mais alta, mas que mantém um espírito jo- domiro Teixeira.vem”, adiantou Paulo Martins, igualmente,ao DN. Além de reinventar os clássicos, a Ambitious tem como estratégia ainda Este é um calçado que, de acordo redesenhar os desportivos e repensar oscom o proprietário, tem muita aceitação casuais. Na Colombiamoda, procurou,no mercado italiano, porque os homens pelo terceiro ano consecutivo, “não sóitalianos “gostam de estar na moda, mas aumentar as vendas, mas também expan- dir a marca”.10

11

Dlaensçiagncearlçsaadnojovaengeannse Inspirado na orca Lolita, do oceanário de Miami Lolita, a orca do oceanário de Miami, serviu de inspiração à nova coleção decalçado vegan de luxo de Patrícia Correia, dando nome ao primeiro par de sandá-lias produzido pela designer de S. João da Madeira, filha e neta de industriais decalçado. Segundo o DN, esta é a concretização de um projeto sucessivamente adiadoao longo de 10 anos e também o cumprimento de uma promessa feita ao pequenoAfonso. “O meu filho, Afonso, de nove anos, veio um dia contar-me a história de umaorca há 47 anos em cativeiro, num aquário minúsculo e sem nenhum outro animalda sua espécie para socializar. E estava muito triste porque gostava de salvar aLolita, mas que isso jamais seria possível. Como mãe, senti que era meu deveralimentar os sonhos do meu filho e provar-lhe que qualquer pessoa pode fazer algograndioso. Prometi ao Afonso que iria mostrar a Portugal que a Lolita existe. Da úni-ca forma que sei, fazendo sapatos”, explicou Patrícia Correia ao DN/Dinheiro Vivo. Preço médio varia entre os 80 e os 149 euros Acontece que a jovem sanjoanense não se quedou apenas pela sandália Lolita,tendo avançado com toda uma marca de sapatos vegan produzidos em materiaissintéticos de elevada qualidade e amigos do ambiente. O preço médio varia entreos 80 e os 149 euros. “O que existe de calçado sintético no mercado são sapatos muito baratos oumarcas vegan, mas que são muito alternativas. Não são sapatos chiques, para seremusados por uma noiva ou para ir a uma cerimónia como a entrega dos Óscares”.E Patrícia Correia não quer “fazer o que toda a gente faz, quero fazer diferente”,criando “sapatos chiques, sexies, que ninguém acredite que são vegan”. A designer garante que os seus sapatos não ficam a dever nada aos de pelesnaturais. Pelo contrário. São usadas peles sintéticas que “não se riscam e duramimenso”, bem como forros antibacterianos. Por enquanto, a nova coleção só pode ser comprada online, mas “se houveralguma loja que queira ter o meu calçado, claro que estamos disponíveis”, afirmoua empresária.12

13

apEosmtapmresnáariCosoploomrtbuigauMeseosda “Há muitas oportunidades na Colômbia”, afiançou João Ribeiro de Almeida, Embaixador de Portugal em Bogotá O calçado português marcou presença “para João Ribeiro de Almeida, Embai- e contou com a presença das empresas e o Peru”.pelo quarto ano consecutivo na Colombia- xador de Portugal em Bogotá, ´há muitas portuguesas ligadas à indústria do calça- Por sua vez, Henrique Almeida, res-Moda. oportunidades na Colômbia. A classe mé- do Ambitious, Centenário, Cloud, Creator, dia colombiana está bastante consolidada Flex & Go, J Reinaldo, Mocc´s e Relance. ponsável da empresa Ricap, revelou que Uma dezena de empresas portugue- e está em franco crescimento, ao contrário As empresas estreantes foram Overstate “o potencial de crescimento e a localiza-sas ligadas à industria do calçado voltou do que acontecia há uns anos atrás. E es- e Ricap. ção privilegiada foram algumas das razõesa apostar, através da sua presença neste tes são os potenciais clientes dos nossos que estiveram na base do investimento daevento, no mercado da América Latina. sapatos. Este país poderá funcionar como A revista da APICCAPS recolheu o tes- RICAP. A Colômbia é um país em desenvol- ramo, ou até mesmo como placa giratória temunho de alguns dos empresários portu- vimento e esperamos que funcione como “A Colômbia serve de porta de entra- de negócios para a América Central: o mer- gueses presentes. Um deles foi Sérgio Fer- porta de entrada em mais mercados”.da na América Latina, mas já há países a cado do Equador é muito interessante, por reira da Flex & Go que disse à publicação:desenharem-se no horizonte do calçado exemplo, bem como o Panamá e a Costa “Temos muita confiança no nosso produto Um dos destaques da edição deste anoportuguês como o Chile, Costa Rica, Peru, Rica”. e achamos que podemos crescer neste da ColombiaModa – além da presença ex-Panamá ou mesmo o México”, deu a co- país. A Colômbia é uma porta de entrada pressiva de empresas portuguesas ligadasnhecer a revista da APICCAPS de julho e A ColombiaModa é considerada a para países que são, neste momento, muito ao calçado – foi um reforço da comunica-agosto de 2017. mais conceituada feira da América Latina atrativos para nós, como Chile, o Equador ção por parte da APICCAPS. De acordo com a mesma publicação, “O que a APICCAPS e o setor do calça-14

do têm feito, além da promoção do produ- ColombiaModato e de Portugal, é pedagogia, porque tevea capacidade de mostrar que o clássico 600 expositorespode ser reinventado. E nesse investimen- Expectativa de negócio rondou os 179 mil dólaresto português noto que começa a existiruma mudança nos hábitos de consumo”, 56.380 visitantesdeclarou João Ribeiro de Almeida. 87% dos visitantes nacionais e 13% internacionais A revista da associação salientou ain- Visitantes oriundos de 56 paísesda que “o calçado nacional esteve em des-taque na Semana da Moda da Colômbia.Casa cheia na Plazza Mayor, para acolhero desfile coletivo promovido pela APIC-CAPS, com o apoio do Programa Compete2020”. Para Artur Calle, responsável pela ca-deia de lojas com o mesmo nome, umadas maiores redes de lojas da AméricaLatina, “todos os mercados são bons paraos sapatos portugueses. Portugal tem umproduto impressionante e de qualidade edesenho irrepreensíveis”. 15

Cortiça chegou ao calçado ortopédico A cortiça é uma matéria-prima “im- bou por se especializar neste segmento, informou Ramiro Tavares da FootCork, ortopédico”, revelou Isabel Lopes à mes-prescindível” na indústria do calçado, es- desenvolvendo sapatos totalmente cus- marca da empresa Amorim dedicada ex- ma fonte. A responsável da Innocork ad-pecialmente no calçado ortopédico. E Por- tomizados, de acordo com as medidas e clusivamente ao desenvolvimento e forne- mitiu: “estamos convencidos que o futurotugal não só é o maior produtor mundial características de cada pessoa. A cortiça é cimento de soluções e materiais para a in- na área do calçado com cortiça vai crescerde cortiça, mas também um dos maiores utilizada desde as palmilhas às proteções dústria do calçado, segundo a publicação ainda mais”.produtores de calçado. laterais, cunhas e tacões ou até ao reves- da APICCAPS. timento do sapato”, segundo a edição de Cexoprotinçeantcdeieamslp”“oncrrtaoesácrimeaendtoo “Mais recentemente, tem aumentado julho e agosto. A utilização da cortiça não é reduzidaa aplicação na área dos sapatos de con- estritamente à área ortopédica do calçado. De acordo com António Rios de Amo-forto e ergonómicos. Mas, é no segmento A cortiça “serve para amortizar e a prova disso está numa aposta para cati- rim, presidente da Corticeira Amorim, emortopédico que têm surgido novidades: a também para impermeabilizar”, declarou var cada vez mais produtores de calçado declarações à revista da APICCAPS, a ven-sua origem sustentável e as multifacetadas Jorge Mendes da Soul2Sole à revista da em Portugal e em todo o mundo. da de cortiça para a indústria do calçadocaracterísticas da cortiça são a sua mais- APICCAPS, considerando que “ter um bom consegue ser dividida em “três ou quatrovalia, para se poder adaptar esta matéria- calçado é mais do que ter sapatos de con- No caso da “Innocork, na Trofa, chega segmentos base: um em que é o calçadoprima a moldes que farão sapatos únicos forto. Um calçado adaptado a um pé, com a cortiça da Amorim – em granulado – que de moda (sobretudo moda de senhora),e irrepetíveis”, deu a conhecer a revista da um molde único, dará mais ânimo e moti- é submetida a um processo de moldação um negócio relativamente cíclico; temosAPICCAPS. vação a quem usa próteses, por exemplo”. para fabrico de plantares/footbeds, palmi- um negócio ligado ao calçado ergonómi- lhas e outros componentes. E é este setor Uma das empresas que tem aposta Da Amorim Cork Composites, “saem que absorve a maior parte da sua pro-na cortiça e no calçado é a Soul2Sole, se- todos os anos vários milhões de euros de dução: ´80% é para a área do calçado e,deada em S. João da Madeira, que “aca- material para o segmento ortopédico”, desses, rondarão os 20% para o calçado 210 mm16

co, o conforto, a parte da ortopedia é também im-portante nesta aplicação; e temos um movimentomais recente, de que são exemplo os Birkenstock,que aliam elementos de moda com componentesde conforto e de ergonomia e que representamneste momento uma das maiores aplicações dacortiça no segmento do calçado”. A cortiça também tem tido um “crescimentoexponencial” na área do desporto, indicou a revis-ta da APICCAPS. “Neste momento, por exemplo,em campos de relva artificial, a cortiça é muito uti-lizada. Portanto, desporto e calçado são segmen-tos muito apelativos para nós”, reconheceu Antó-nio Rios de Amorim à mesma fonte, salientandoque “quando vemos hoje a cortiça a ser utilizadaem edições limitadas da Nike, para sapatilhas deconceituados jogadores de basquetebol, valorizan-do o próprio material, é fácil imaginar a dimensãoque tudo isto pode alcançar”. O presidente da Corticeira Amorim fez aindaquestão de mencionar que “marcas mundialmen-te conceituadas, como a Louis Vuitton, a Prada,Christian Louboutin, têm no seu portfólio váriosartigos feitos com base na cortiça. São marcasmuito importantes, porque revelam que algunsdos melhores designers do mundo olham para acortiça como produto de eleição e, portanto, traba-lham o seu design, trabalham o desenvolvimentoe a combinação com outros materiais na aplicaçãodo calçado. trata-se, quer de um ponto de vista deposicionamento de mercado, quer do ponto de vis-ta da imagem da própria cortiça, de um segmentomuito interessante para estar presente”. 17

Ccoamlçpa“rmdoomaediseCsoinuprPaturomaretvusagrlaoenrl”iozavarmo O calçado e os curtumes, mais espe- compromisso para desenvolverem proje- couro e pele será uma das apostas”. compostagem, testado de acordo comcificamente a direção da APICCAPS e o tos comuns, com vista a valorizar o ´made Uma outra aposta dos setores normas internacionais”, informou Alcinosetor dos curtumes, estiveram reunidos in Portugal´”. Marinho, diretor-geral do CTIC, à revistaem julho. do calçado e dos curtumes é na área da APICCAPS. “A indústria do couro tem em curso tecnológica com destaque para o projeto A APIC (Leather From Portugal) lan- várias iniciativas que procuram um novo “BioNature”, desenvolvido em parceria Na visão de Luís Onofre, presidenteçou o convite à APICCAPS que aceitou reposicionamento estratégico” tais como com o Centro Tecnológico do Calçado de da associação dos industriais de calça-e visitou empresas importantes no setor a “intensificação da colaboração com as Portugal. do, “importa que se possam estabelecerdos curtumes. Desde a Derma Leather, marcas”, disse Nuno Carvalho, presidente sinergias duradouras entre ambas as as-Inducol e Curtumes Boaventura, até ao da APIC, à revista da APICCAPS, adiantan- “Temos vindo a desenvolver couros sociações e os dois setores”, esperandoCentro Tecnológico da Indústria do Couro do ainda que “a Associação de Curtumes isentos de materiais pesados, com recur- que “se possam desenvolver projetose à Etar de Alcanena. empreenderá ações para atenuar o acrés- so a um processo de curtimenta especial conjuntos de promoção, numa lógica cla- cimo da utilização de materiais sintéticos. que lhe confere elevada resistência em ra de valorização do cluster do couro nos De acordo com a revista da A preservação das designações leather, condições normais de uso e de elevada mercados externos”.APICCAPS, “os dois setores renovaram o biodegradabilidade em condições de18

Setor dos Curtumes 131 empresas 2.955 postos de trabalho 120 milhõesde euros em exportações/ano 19

IndústraiapopsotartungouseEsaUdAe calçado APICCAPS está empenhada em fazer um trabalho promocional “bem feito” naquele que é “o maior” e “mais exigente” importador de sapatos do mundo Em declarações aos jornalistas em judicial”. “É um mercado onde as marcas se faz de bom em Portugal e só a partir daíMilão, durante a última MICAM, Luís Salientando os dois mil milhões de posicionam de uma forma única e onde avançar”.Onofre afirmou - segundo o Notícias algo tem que ser feito, mas bem feito,ao Minuto - que os Estados Unidos da pares de sapatos importados anualmen- porque é um mercado muito exigente, o Note-se que, presentemente, o mer-América (EUA) “vão ser, sem dúvida, a te pelos EUA, o que faz do país “o maior mais exigente do mundo”, assegurou o cado norte-americano posiciona-se nonossa aposta, onde vamos fazer um tra- importador de calçado do mundo”, o empresário de Oliveira de Azeméis. sexto lugar do “ranking” dos principaisbalho muito intenso. É o mercado dos recém-eleito presidente da Associação países de destino das exportações por-mercados, onde as marcas se podem Portuguesa dos Industriais do Calçado, Interpelado pela Lusa, Luís Onofre tuguesas de calçado - depois de França,posicionar de uma forma única, e o mais Componentes, Artigos de Pele e Seus Su- admitiu que “já houve oportunidades” Alemanha, Holanda, Espanha e Reinoexigente de todos, onde temos que ter cedâneos (APICCAPS) destacou ainda o de o fazer antes, mas defendeu que há Unido - tendo representado cerca de 4%mais cuidado ou poderá ser muito pre- desafio de exigência que coloca às em- que “fazer um bom ‘marketing’ primeiro, das vendas do setor para o exterior em presas portuguesas do setor. dar a conhecer aos americanos o que se 2016, no valor de 80 milhões de euros.20

21

Setor do calçado presente em mais de 150 países Por sua vez, o ministro dos Negócios temos uma balança comercial altamente mercados internacionais” e “nos segmen- mestre deste ano “mostram que o cresci-Estrangeiros, que também marcou pre- favorável”, salientou Augusto Santos Sil- tos mais sofisticados”, o governamental mento [do setor] é sustentado, porque assença na MICAM, salientou esta indústria va, conforme refere notícia do Notícias ao lembrou que o calçado português “disputa exportações continuam a crescer [6,3%],como “um dos setores da economia indus- Minuto. com outras indústrias (como é o caso da a balança comercial é altamente positivatrial portuguesa que mais se modernizou italiana) a liderança no segmento de valor e a dinâmica de criação e de valor e dee internacionalizou” e que disputa com os Considerando que “a planificação que mais alto”. emprego é muito importante”, acrescen-principais países produtores a liderança no o setor tem seguido é muito inteligente- tou Santos Silva.segmento mais alto. mente desenhada”, nomeadamente no “Por cada 100 euros que importamos que concerne à aposta feita “em grandes em Portugal no setor do calçado exporta- “Estamos a falar de um setor que ex- mos 250. O coeficiente de cobertura dasporta mais de 95% da sua produção, que importações pelas importações é duasestá presente em 152 países diferentes em vezes e meia, o que é muito importante”,todos os continentes, que contribui para a considerou, destacando que os dadoseconomia portuguesa e para o emprego disponíveis relativamente ao primeiro se-de uma forma muito significativa e no qual The best components you will never see. ® www.lusocal.com 8 ANOS DE EXCELÊNCIA 2009 - 201622

23

Cnaovlçoamdoápxiomdoerháisatótirnicgoir A melhor forma de perceber esta caminhada é através dos números conquistados pela indústria do calçado O calçado português cresceu em qua- 4%, para 202 milhões de euros), Holanda para os crescimentos nos EUA (mais 7%, para 11 milhões de euros)”, informou ase todos os mercados mais importantes na (mais 6%, para 136 milhões de euros), e para 35 milhões de euros), Rússia (mais mesma publicação.primeira metade de 2017. Alemanha (mais 8%, para 181 milhões de 32%, para 13 milhões de euros), Canadá euros)”, segundo a revista da APICCAPS de (crescimento de 30%, para 12 milhões de Por último, a recordação de que “o cal- “Na União Europeia, assinala-se um julho e agosto deste ano. euros), Angola (mais 126%, para 11 mi- çado português exporta mais de 95% deacréscimo de 5,2%, fruto dos bons de- lhões de euros), e Japão (aumento de 6%, toda a sua produção para 152 países nossempenhos em países como França (mais Já fora do espaço europeu, “destaque cinco continentes”.24

O calçado em números43 milhões de pares de calçado, no valor de 960 milhões de euros, exportados no primeiro semestre do ano passado por Portugal6,3%Um crescimento de em relação ao ano de 20158 anos de crescimento do calçado português nos mercados externos60% desde 2009As vendas do calçado português para os mercados internacionais aumentaram,passando de 1.200 milhões para 1.950 milhões de euros no final de 2016Um novo máximo histórico é esperado no valor das exportações de calçado em 2017 25

GdaellecraylçSadhooedseéDa ünsosvealdfoerirfa Presença de “20 expositores portugueses, numa iniciativa conjunta da APICCAPS com o Programa COMPETE” A Gallery Shoes é a nova feira de no final da feira, citando a revista da lacos e suíços, entre outras nacionalida- temporâneo e urbano contou com acalçado de Düsseldorf, por outras pala- APICCAPS. des. presença da Skechers. “A feira é frescavras é a sucessora da GDS, realizou-se e entusiasmante, era muito necessáriaem agosto na Areal Böhler, e recebeu “Em apenas seis meses criamos fun- Entre as marcas portuguesas esteve e há muito esperada”, descreveu Mar-“mais de 500 marcas internacionais de dações sólidas com muito trabalho. Tive- a especialista em sapatos de vela Port- vin Bernstein, sócio-gerente da marca, à16 países e cerca de 9.200 visitantes mos o início perfeito que nos vai agora side na área Contemporary/Urban, tendo mesma publicação.profissionais, sobretudo europeus”, con- permitir concentrar em atrair mais com- dado destaque aos modelos Originals,tado com a presença de “20 expositores pradores profissionais internacionais, so- Executive, à tecnologia impermeabili- Por último, “os números dos visitan-portugueses, numa iniciativa conjunta da bretudo do Norte da Europa”, esclareceu zante WTD e “ainda aproveitou a visita tes foram promissores” no entendimen-APICCAPS com o Programa COMPETE”. Ulrike Kähler à mesma fonte. a Düsseldorf para apresentar a sua nova to de William Rich, diretor europeu das coleção Super Flex”, adiantou a marca marcas Calvin Klein, Katty Perry Collec- “Estamos aliviados por esta confir- Além dos expositores portugueses, em comunicado, segundo a revista da tions e Juicy Couture – todas presentesmação unânime da indústria”, admitiu estiveram presentes alemães, belgas, ho- APICCAPS. na chamada Premium Zone, concluiu aUlrike Kähler, diretora da Gallery Shoes, landeses, franceses, italianos, espanhóis, revista da APICCAPS. escandinavos, britânicos, austríacos, po- Já a área dedicada ao calçado con-26

27

“raJmappaãdoevliastnoçacommeonto” 15 Empresas de calçado participaram na ‘Fashion World Tokyo’, numa aposta descrita como “a maior investida do calçado português ao mercado asiático nos últimos 20 anos” Para a Associação dos Industriais do associação presidida por Luís Onofre - é visitantes profissionais”. Exportatrçiõpelsicpaararama ÁsiaCalçado, Componentes, Artigos de Pele que o mercado japonês funcione como Destacando que “o setor de cal-e Seus Sucedâneos (APICCAPS), que or- “rampa de lançamento” para vários ou- Nos últimos cinco anos, de acordoganizou a participação portuguesa no tros mercados asiáticos emergentes. çado cresce há oito anos consecutivos com dados avançados à agência Lusaevento que decorreu de 11 a 13 de outu- nos mercados externos”, o presidente pela APICCAPS, as exportações portugue-bro, os 10.000 quilómetros que separam Salientando tratar-se da “maior in- da APICCAPS considerou que é preciso sas de calçado para o continente asiáticoPortugal do mercado japonês “não são vestida do calçado português ao mer- “ambicionar mais” no domínio da inter- triplicaram, tendo atingido no final deobstáculo” e aquele país asiático “está, cado asiático nos últimos 20 anos”, a nacionalização. E “nessa perspetiva, a 2016 os 49 milhões de euros (15 milhõesdefinitivamente, de regresso ao horizonte APICCAPS adiantou que a feira japonesa, aposta em países como o Japão ou China de euros em 2010).das empresas portuguesas” do setor, con- que se realiza duas vezes por ano, conta é fundamental para que o calçado por-forme noticia o Notícias ao Minuto. com 850 expositores de todo o mundo tuguês seja cada vez mais uma grande Para atestar o “potencial do mer- (entre vestuário, calçado e acessórios de referência internacional”, considerou o O objetivo - conforme destacou a moda) e é visitada por “mais de 28.000 líder diretivo.28

cado” japonês a associação salienta oacréscimo superior a 70% naquele mer-cado, para onde as vendas de calçadoportuguês passaram de 7,5 para 13 mi-lhões de euros no final de 2016. Também de ter em conta, segundoa APICCAPS, o crescimento das exporta-ções portuguesas do setor para a China,um país “que importa muito pouco cal-çado”, mas do qual Portugal é já o 4.ºfornecedor, com 15 milhões de euros devendas. 29

Sapatos cinosmpinraodmoeredse destinos Coleção da Mi-Môh é composta por sapatos com designações como Porto, Amsterdam ou Cannes De acordo com a recém-lançada mar- multâneo, opções para Outono-Inverno em alguma parte do mundo, decidimos tos é realizada exclusivamente atravésca portuguesa Mi-Môh, o objetivo é “co- e Primavera-Verão é explicado com a apresentar soluções para todas as esta- do site da insígnia.locar as mulheres a caminhar nas mais venda da marca para Portugal mas tam- ções. Entretanto, serão lançados mode-glamorosas cidades do mundo”. bém Espanha, França, Suíça e República los de modo a surpreender o mercado Todos os sapatos da Mi-Môh são Checa, segundo notícia do Marketeer. e fora das épocas mais comuns”, expli- produzidos em Portugal, em parceria com Para já, existem 25 modelos de san- cou Fernanda Miranda, CEO da Mi-Môh, duas fábricas da região Norte do País,dálias, botins, stilletos, sneakers, botas e “A Mi-Môh é uma marca global e acrescentando que a venda dos produ- nomeadamente de Oliveira de Azeméis eloafers . E o facto de existirem, em si- como há calor e frio em todo o ano e S. João da Madeira.30

31

aestsrePagnourgnteduiargaamlnavaoiolMtroduIealCegsAearçMão Só Espanha teve mais participação inserida na estratégia pro- vador, a Associação Portuguesa dos Indus- cerca de 50 países, e mais de 40 mil visi- empresas representadas mocional definida pela APICCAPS e pela triais de Calçado, Componentes, Artigos tantes profissionais. Agência para o Investimento e Comércio de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) Portugal voltou a ser a segunda maior Externo de Portugal (AICEP), com o apoio destacou que esta nova aposta do setor País exportou 43 milhões dedelegação estrangeira na principal feira de do Programa Compete 2020. E que, na em Itália acontece num ano em que as pares de calçado no primeirocalçado do mundo, levando em setembro altura, contou com as visitas do ministro exportações portuguesas de calçado “ca-último à MICAM, em Milão, 96 empresas dos Negócios Estrangeiros, Augusto San- minham para novo máximo histórico”, a semestre do anoresponsáveis por 8.300 empregos e 550 tos Silva, e dos secretários de Estado da manter-se o ritmo de crescimento de 6,3%milhões de euros de exportações. Uma Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, registado até junho. “Portugal exportou, no primeiro se- e da Indústria, Ana Lehmann. mestre de 2017, 43 milhões de pares de Ao todo, marcaram presença na feira Segundo notícia avançada pelo Obser- de Milão mais de 1.600 expositores, de32

MILÃO3 voos diáriosPartidas de LisboaPara mais informações contacte o seu Agente de Viagens. 33

calçado no valor de 960 milhões de eu- “Na primeira metade de 2017, o saldo comercial positivo de três milhões Globalmente, são cerca de 190 asros. A confirmarem-se estes valores até calçado português cresceu em pratica- de euros. empresas portuguesas da fileira do cal-final do ano, este será o oitavo ano de mente todos os mercados relevantes”, çado que estão a participar, desde o iní-crescimento do calçado português nos salienta a APICCAPS, apontando o Fora do espaço europeu, o destaque cio do ano, no que a APICCAPS descrevemercados externos”, sustentou a asso- acréscimo de 5,2% na União Europeia é dado aos crescimentos nos EUA (mais como “um mega programa de promoçãociação responsável pela presença lusa (UE), “fruto dos bons desempenhos em 7% para 35 milhões de euros), Rússia à escala internacional”, que se traduziráno evento, conforme refere o Observa- países como França (mais 4% para 202 (mais 32% para 13 milhões de euros), na presença em mais de 60 fóruns inter-dor. milhões de euros), Holanda (mais 6% Canadá (crescimento de 30% para 12 nacionais da especialidade. para 136 milhões de euros) e Alemanha milhões de euros), Angola (mais 126% Recorde-se que “desde 2009 as (mais 8% para 181 milhões de euros)”. para 11 milhões de euros) e Japão (au- “A promoção comercial externa é avendas de calçado português nos mer- mento de 6% para 11 milhões de euros). primeira das prioridades para a indústriacados internacionais aumentaram, sen- Já para Itália as exportações de cal- portuguesa de calçado, que coloca nosivelmente, 60%, passando de 1.200 çado português somaram 27 milhões de Atualmente, a indústria portuguesa exterior mais de 95% da sua produção”,milhões para praticamente 1.950 mi- euros, enquanto as importações ficaram de calçado exporta mais de 95% da sua considerou a associação setorial, delhões de euros no final do último ano”. pelos 24 milhões, o que resultou num produção para 152 países dos cinco con- acordo com o Observador. tinentes.34



Momad Shdoeevsisciotamntmesaior número “Começamos já a trabcoanlhsaidrerpoauraJqousée Ma eodniçzãooníds,epmreasriçdoendtoe pdraóxFimIoCaEno seja ainda melhor”, A quarta edição da Momad Shoes bia e do Chile. mad, estes são “dados globalmente do portugueses.realizou-se de 22 a 24 de setembro em A quarta edição da Momad Shoes interessantes que nos motivam para oMadrid, recebendo um “acréscimo de futuro”. Mome asedtermegbrreossdaee2m01m8arço5% de visitantes profissionais”, adian- recebeu 220 expositores e apresentoutou a revista da APICCAPS. 400 marcas que ocuparam uma super- Na mesma linha de pensamento, As próximas edições da Momad fície de 8.400 metros quadrados. Entre José Monzonís, presidente da Federa- Shoes estão marcadas de 2 a 4 de De um total de 5.097 visitantes que as centenas de expositores, estiveram 12 ção Espanhola de Calçado (FICE), con- setembro e de 7 a 9 de setembro devisitaram os pavilhões da IFEMA, 97% portugueses que contribuíram para esta siderou que “o saldo final é satisfató- 2018, decidiu o comitê organizador daeram estrangeiros em que 33,4% de que foi a presença mais marcante da de- rio. Começamos já a trabalhar para que IFEMA.Portugal, 8,4% de França e 3,9% de Itá- legação portuguesa, salientou a revista a edição de março do próximo ano sejalia. A quarta edição desta feira recebeu da APICCAPS. ainda melhor”, segundo a publicaçãoainda delegações do México, da Colôm- da associação dos industriais de calça- Para Jaime la Figuera, diretor Mo-36

37

UundmdaSamM.nidJlhayoãdiãoenoivreeamsteStartup fundada em 2015 vai investir um milhão numa fábrica própria para responder às encomendas A Undandy, uma startup que, desde meses, e com possibilidades de cresci- fundos”. Recorde-se que no seu primei-2015, vende sapatos personalizados atra- mento da mesma dimensão nos próxi- ro ano de funcionamento, a Undandyvés de uma loja online, vai construir uma mos meses e anos. Precisamos de as- financiou-se através de fundos comuni-fábrica própria em S. João da Madeira para segurar a capacidade de produção para tários do programa de apoio à interna-responder ao forte aumento de encomen- dar vazão às encomendas. O tempo de cionalização do Portugal 2020.das verificado nos últimos meses. O inves- espera tem aumentado ligeiramente”,timento de um milhão de euros (o equi- continuou o responsável, acrescentan- Mas há mais novidades…valente ao montante gasto desde a sua do que “até a fábrica ficar pronta osfundação) arrancou em setembro, segundo sapatos da Undandy continuarão a ser As mudanças nesta startup não fi-o DN/Dinheiro Vivo, e criará 25 empregos. produzidos numa outra unidade em S. cam por aqui. Com 14 pessoas num João da Madeira, “em parceria com um pequeno escritório nas Amoreiras e a A empresa pretende produzir 200 fabricante do Norte do país”. “continuar a contratar”, será necessá-pares de sapatos por dia já a partir do rio arranjar um novo espaço em breve.final deste ano, revelou Rafic Daud, líder Ainda assim, a construção da nova “Vamos mudar de escritório em Lisboada Undandy, ao DN/Dinheiro Vivo, esclare- fábrica poderá não ser válida por mui- durante este semestre”, avançou aindacendo ainda que se trata de “uma unidade to tempo, admitiu Rafic Daud ao DN/ o líder da empresa ao DN/Dinheiro Vivo.completamente independente, que vai tra- Dinheiro Vivo. “Esta é uma solução debalhar exclusivamente para a Undandy”. curto e médio prazo porque não po- A Undandy conta com uma equipa demos estar a comprometer o nosso de 40 pessoas e vende para mais de 60 “Precisamos de assegurar a crescimento (…). Com 200 pares de países, entre os quais os Estados Unidoscapacidade de produção para sapatos, conseguimos assegurar a pro- da América, Reino Unido, Alemanha, dar vazão às encomendas” dução até final de 2018. Isto dá-nos Canadá e Austrália. Ao mesmo tempo, tempo para trabalhar em soluções mais começam a surgir outros mercados com “Temos assistido a uma multiplica- escaláveis”. potencial, como Paquistão e Israel. Maisção das nossas vendas nos últimos seis de 99% das vendas são feitas para o Esta operação poderá ser finan- exterior.38 ciada “através de capitais próprios, em parceria ou com o apoio de alguns

39

oAitocacudresmosiaddeeesDpeecsiaiglinzaeçãCoatlçeacndoolóagbircea A meta é chegar aos 150 alunos em S. João da Madeira e a cerca de 50 em Felgueiras40

O seminário “As Qualificações Pro- parte porque esta indústria tinha há uns fissionais e os Desafios da Indústria de anos uma imagem menos positiva. “As Calçado” decorreu no dia 16 de outubro coisas estão a mudar, mas não tão rápi- na Academia de Design e Calçado (ADC)/ do quanto gostaríamos”, assumiu Carlos Centro de Formação Profissional da Indús- Fragão sobre esta que é a “Indústria Mais tria de Calçado. Sexy” da Europa e quiçá do Mundo. A abertura coube a Carlos Fragão, pre- A ADC aposta na formação de jovens sidente do conselho de administração da e na formação contínua de todos os inter- ADC, que comemora 51 anos, no próximo venientes do setor do calçado. Nesse senti- mês, “profundamente empenhados na do, o seminário assinalou o início dos Cur- formação”, destacando formandos como sos de Especialização Tecnológica (CET´s) Luís Onofre que se tornaram empresários de Design de Calçado, Desenvolvimento de sucesso. de Produtos Multimédia, Contabilidade e Fiscalidade e Automação, Robótica e Os três desafios da indústria do cal- Controlo Industrial. Ao mesmo tempo, deu çado são a qualificação, a inovação tecno- a conhecer os CET´s de Gestão para a In- lógica e a imagem, no entender de Carlos dústria, Aplicações Informáticas de Gestão, Fragão, passando a explicar cada um deles. Comércio Internacional e Gestão de Redes e Sistemas Informáticos que começam até A qualificação deverá ser uma aposta ao fim do ano na ADC. constante, quer para os atuais protagonis- tas, quer para os novos protagonistas da A meta é chegar aos 180 alunos nas indústria do calçado; a inovação tecnoló- instalações em S. João da Madeira e cer- gica deverá criar ferramentas para uma ca de 50 nas de Felgueiras, revelou Carlos resposta rápida e flexível aos desafios do Fragão. setor do calçado e, ao mesmo tempo, in- vestir na inovação de produtos; e a ima- O presidente do conselho de admi- gem consiste em acrescentar o valor acres- nistração da ADC deixou as suas últimas centado, passando a redundância, do valor palavras a todos os jovens presentes. “Este do calçado português. é o vosso primeiro dia oficial de formação e o vosso futuro no setor que certamente Um dos problemas existentes na in- será promissor, mas é preciso ´dar corda dústria do calçado é a captação de mão aos sapatos´”. de obra, especialmente jovem, em grandeI all eyes on me Shop Online aldoshoes.com.pt Lindsay Marcella - Blo er 41

“Os cursos correspondem não áreas fundamentais para a indústria”, “a indústria oferece carreiras de longo a tendência “não é uniforme” em todos diria como uma luva, mas reconheceu Ana Teresa Lehmann. prazo. Cada vez o emprego fica mais es- os concelhos do país. Em relação ao pa-como um sapato,” aos desa- tável. Se for bom profissional, se estiver pel da ADC, António Leite fez votos para fios da indústria do calçado A secretária de Estado da Indústria sempre acumular mais conhecimento, o que “continue a contribuir com trabalho destacou que “o calçado tem dado pro- estatuto remuneratório vai acompanhar. e reflexão todos os dias”. As “raízes” de Ana Teresa Lehmann, vas de que é um setor que sempre soube É fundamental comunicar isso aos jo-secretária de Estado da Indústria, em se modernizar, competitivo e que dá car- vens”. O seminário também contou comS. João da Madeira, “onde passei uma tas a nível internacional”, frisando que as intervenções de Valerio Ricciardelli,boa parte da minha vida”, foram des- esta indústria é “relevante do ponto de A secretária de Estado da Indústria vice-presidente da Festo Global Educa-tacadas na intervenção da própria no vista de emprego e de exportações que deu a conhecer a necessidade de “fazer tion, sobre a “Indústria 4.0 – o futuroseminário. este ano podem chegar ao máximo his- uma campanha massiva de sensibilização da formação” e Sergio Belloni, designer tórico de 2 mil milhões de euros”. de jovens para a indústria”. E para isso, da Modapelle, sobre as “tendências de A ADC através deste seminário as- “precisava da vossa ajuda”, apelou Ana Moda Calçado 2018/2019”. A inter-sinalou “um dia muito importante por- Encarando de frente os novos desa- Teresa Lehmann a todos os presentes. venção de Luís Onofre, presidente daque estamos a assistir ao lançamento fios da indústria do calçado, “os cursos APICCAPS, também estava prevista, masde cursos de especialização em diversas (da ADC) correspondem não diria como A intervenção de António Leite, De- acabou por não se realizar. O seminário uma luva, mas como um sapato”. legado Regional do Norte, em represen- também incluiu uma visita de todos os tação do secretário de Estado do Empre- oradores e participantes no seminário às Só que “não basta ter bons cursos, go, destacou o “recuo do desemprego instalações da ADC. mas ter bons participantes”, indicou em função da criação de emprego”, mas Ana Teresa Lehmann, considerando que42

“Feeling Sexy” quer atrair nova geração de jovens para o calçado A campanha “Feeling sexy - vem pertencer à indústria mais sexy da Europa”visa “atrair uma nova geração de jovens” e é a nova aposta da APICCAPS, nosúltimos meses, “nos principais polos produtivos da fileira do calçado em Portugal”,informou a própria associação dos industrias de calçado. Uma das “grandes” prioridades da indústria do calçado é “reforçar as compe-tências técnicas do setor para o próximo triénio”, revelou em comunicado. A APICCAPS tem um conjunto de “medidas mais relevantes no domínio daformação e qualificação que deverá empreender nos três próximos anos”. Entreelas estão “atrair jovens qualificados, incentivar a formação e a incorporação decompetências de alto valor acrescentado (design, moda, marketing, novas tecno-logias, entre outras), promover um programa de estágios internacionais, lançarum programa de empreendedorismo ou promover uma reformulação inteligentedos programas de formação”, divulgou a associação de industrias do calçado.De acordo com o comunicado, “a secretária de Estado da Indústria, Ana TeresaLehmann, reuniu, ainda, com a APICCAPS, que, nos próximos meses, apresentaráo seu “Roteiro para a Economia Digital”. No âmbito do “FOOTure 4.0”, o setor docalçado deverá investir 50 milhões de euros, com o objetivo de se afirmar como aindústria mais evoluída do mundo, no plano técnico e tecnológico”. 43

Artistaessiaspraaetloitsaesmtrapneçsafosrmdeaamrtcehapéus É “um gosto bebermos desta inspiração”, salientou Ricardo Figueiredo, presidente da câmara sanjoanense As exposições “Por favor, não coma ses, para apresentar as duas exposições. de negócios da Embaixada de Israel em ses. Por isso, as últimas palavras do seuos chapéus de Maor Zabar” e “Os assom- Após a inauguração de cada uma Portugal. encarregado de negócios foram de agra-brosos sapatos de Kobi Levi” podem ser decimento para com a CM de SJM pelavisitadas no Museu da Chapelaria e no das exposições, os artistas – Maor Zabar Tanto o trabalho de Maor Zabar “oportunidade de expor os trabalhos deMuseu do Calçado, respetivamente. e Kobi Levi – assinaram um protocolo de como o de Kobi Levi é conhecido interna- dois designers israelitas” e por “serem doação de um chapéu e de um par de cionalmente. O primeiro por criar chapéus responsáveis por esta experiência enri- A receção ficou marcada pela primei- sapatos de sua autoria aos museus san- que são “peças de arte surpreendentes” quecedora”.ra intervenção de Suzana Menezes, Chefe joanenses. e o segundo por criar sapatos que sãode Divisão da Cultura da Câmara Munici- “peças de arte divertidas e elegantes”, “A comunidade israelita e culturapal (CM) de S. João da Madeira (SJM), ao A participação dos dois designers descreveu Raslan Abu Rukun. judaica diz tanto aos sanjoanenses por-agradecer de forma especial o trabalho israelitas em duas exposições em que que produzimos-lhes muitos chapéus”,imprescindível levado a cabo pelos cola- a arte está fundida nos chapéus e nos A Embaixada de Israel em Portugal relembrou Ricardo Figueiredo, presidenteboradores dos museus, ao longo de me- sapatos é “um orgulho”, revelou o con- tem apresentado nos últimos anos a da CM de SJM, acrescentando que “ainda selheiro Raslan Abu Rukun, encarregado arte e a cultura israelita aos portugue-44

hoje há uma empresa que produzmuito feltro para o mercado israe-lita”. As exposições inauguradastêm trabalhos de artistas israelitasde “primeira água” e é “um gos-to bebermos desta inspiração”,salientou Ricardo Figueiredo. Os dois artistas estiveram àconversa sobre “Moda Indústria.Moda Arte”, no Museu do Cal-çado. 45

A cor e o humor dos chapéus de Maor Zabar A primeira exposição O estado de Maor Zabar era de “mui-individual do artista israelita ta excitação” porque esta é a sua primeira exposição individual, confidenciou aos pode ser visitada presentes. no Museu da Chapelaria O artista israelita confessou que que- A exposição “Por favor, não coma os ria que cada um dos visitantes “caminhas-chapéus de Maor Zabar” está dividida em se, visse e sentisse todo o trabalho” depo-11 coleções – Bebé, Pássaros & Abelhas, sitado em cada um dos chapéus que sãoPlantas Carnívoras, Come-me, Conto Po- verdadeiras obras de arte.pular, Comida, Infestação, Miniatura, Re-miniscência, Nódoa e Criaturas Marinhas A primeira coleção completa e com– e tem 74 chapéus produzidos entre 2010 maior sucesso de Maor Zabar foi a coleçãoe 2017. “Food Hat Colletion” cuja reação aos cha- péus tem sido de “êxtase” por parte dos “Eu usei muita cor, muito humor. Por clientes e de muito interesse nos meios deisso, vocês vão ver toda a cor e todo o comunicação um pouco por todo o mundo.humor que eu usei porque cada coleçãoé diferente e tem inspirações diferentes”, “Há quatro anos fui diagnosticadocomeçou por dizer o artista israelita. com a Doença de Crohn e foi-me dito que não poderia comer alguns alimentos. En- tão, quase como uma terapia, comecei a construir com feltro os alimentos que não podia ingerir”, revelou Maor Zabar no ca-46

47

tálogo sobre as exposições dos artistas is- ças”, destacando o trabalho árduo emraelitas, justificando assim a sua coleção criar a sua marca e levar o seu nome aossobre comida. quatro cantos do mundo. As confissões não ficaram por aqui. Nesse sentido, Maor Zabar vai criar a“Adoro criar chapéus novos e empolgan- sua própria linha de vestidos de noiva etes, aos quais me refiro habitualmente vestidos de noite e vai abrir a sua primei-como ´obras de arte´. Inspiro-me em tan- ra loja – a Casa Maor Zabar – onde serátas coisas com que me deparo ao longo possível encontrar vestidos e chapéus.do meu caminho, incluindo a natureza,história de arte e o mundo do espetácu- A exposição “Por favor, não coma oslo, que ainda faz parte da minha vida”, chapéus de Maor Zabar” pode ser visita-continuou. da até 31 de março no Museu da Cha- pelaria. A coleção “Criaturas Marinhas” foia última coleção do artista israelita, na O chaaPpéourtduegdailcadoqual decidiu “trabalhar com corte a lasere criar peças Plexigass em duas e três di- O chapéu “bacalhau cozido com grãomensões com diferentes transparências, o de bico” da coleção Comida, feito de feltroque não foi tarefa fácil uma vez que tive de pelo e fibras de feltro, foi criado estede encontrar maneira de dobrar o ma- ano para homenagear a gastronomia por-terial, fixar todas as partes e ao mesmo tuguesa. O protocolo assinado entre Maortempo criar algo que possa ser usado”. Zabar e a CM de SJM decreta a doação desse mesmo chapéu ao Museu da Cha- Maor Zabar não escondeu o gosto pelaria.em “manter as minhas ideias inovadorase surpreendentes e criar obras de arte queas pessoas possam usar nas suas cabe-48



O escultor de sapatos Kobi Levi A exposição “Os assombrosos sapa- porquê estas são como são. Queria ser dadas a conhecer através de exposições designer israelita.tos de Kobi Levi” apresenta oito núcleos inovador e mostrar uma abordagem origi- individuais e coletivas um pouco por todo Os pares de sapatos de Kobi Levi sãotemáticos – Reino Animal, Conto de Fa- nal ao design, com um sentido de humor o mundo.das, Música, Brincar, Profissão, Sensuali- glamoroso, divertido!”, explicou Kobi Levi feitos à mão com materiais de alta quali-dade, Comida e Miscelânea - e 54 pares no catálogo das exposições dos dois ar- “No design do calçado, o sapato é a dade e vendidos em edições limitadas dede sapatos únicos. tistas israelitas. minha tela. A paixão de criar novas peças 20 pares por modelo. vem de uma ideia, um conceito, ou uma A momentos de inaugurar a sua ex- Os trabalhos e colaborações com di- imagem que me vem à cabeça. A combi- A exposição “Os assombrosos sapa-posição, as primeiras palavras de Kobi versos projetos comerciais e empresas de nação daquela imagem familiar e icónica tos de Kobi Levi” pode ser visitada até 31Levi foram “bem-vindos à terra de fanta- sapatos permitiram-lhe viajar por todo o e de uma silhueta de um sapato dá vida a de março no Museu do Calçado.sia dos sapatos”. “Passo a passo vocês mundo para trabalhar com os produto- um novo design, que se torna uma escul-vão ver o que é que vai na mente de algu- res. Entretanto, Kobi Levi foi criando os tura usável. Está ´viva´ com ou sem o pé”, Os sapatos lápismas pessoas. Os sapatos podem e devem seus próprios sapatos no seu estúdio. Os explica Kobi Levi.ser divertidos, ter senso de humor. Por sapatos criados foram dados a conhecer O par de sapatos “Escreve” da co-isso, espero que gostem”, disse o artista através de um blog em 2010. Inespera- Em cada um dos seus sapatos “o leção “Profissões” foi criado em 2013 eisraelita. damente, as reações e os contactos para resultado é normalmente humoroso com sem querer acaba por ter um significado saber mais sobre os seus sapatos multi- um ponto de vista único do sapato. Outro especial para S. João da Madeira. A razão O interesse pela arte, pelo design e plicaram-se. Entre os clientes do designer aspeto da criação é a produção. Todas as está no salto desses sapatos que é um lá-pela moda sempre esteve presente em israelita, estão nomes como a cantora peças são feitas à mão no meu estúdio”. pis. Um lápis amarelo com uma borrachaKobi Levi. O que mais tarde viria a tra- Lady Gaga, a atriz Whoopi Goldberg e a cor-de-rosa familiar a todos nos temposçar de forma incontornável a sua vida. atriz e cantora Fergie. Não tardaria muito “Nas minhas criações, quero que a da escola, especialmente aos sanjoanen-Enquanto estudante de design, “queria até à oportunidade de Kobi Levi colaborar magia dos sapatos sobressaia, tanto do ses pela fábrica Viarco, a única produtoracriar coisas que, mais do que úteis e bo- com a Walt Disney USA. Desde então, as ponto de vista estético como artesanal. A de lápis na Península Ibérica. Por essa ra-nitas, fossem capazes de surpreender as coleções de sapatos de Kobi Levi têm sido arte é intemporal e é desta forma que de- zão, este foi o par de sapatos doado porpessoas e fazê-las refletir sobre como e senho os meus sapatos, para se tornarem Kobi Levi ao Museu do Calçado. em criações intemporais”, demonstrou o Transferes Impressão Digital Impressão em solas Serigrafia Impressão em peles Impressão em palmilhas Tampografia Impressão em tecido Sublimação Estamparia Impressão em elástico Impressão a laser Criação e Desenvolvimento de Linha Gráfica50


Like this book? You can publish your book online for free in a few minutes!
Create your own flipbook