BEST OF ABR-16 ESTA REVISTA É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL LABOR N.º 1166, DE 21 DE abril DE 2016, NÃO PODENDO SER VENDIDA SEPARADAMENTE
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Diretor Prova cega ao calçado: o português superou o italiano PAGs. 4-5 Pedro Silva Evereste continua a escalar o mercado PAGs. 6-9 Redação Diana Familiar Uma portuguesa está entre os designers mais promissores do mundo PAGs. 10 Sara Dias Oliveira Sandália Helsar | Andreia é a novidade do verão PAG. 12 Fotografia Arquivo labor Se o cliente quiser, a Helsar pode ser vegan PAG. 14 Rui Guilherme Nuno Santos Ferreira Fly London lança linha desportiva PAGs. 16-18 Publicidade Os “sapatos jóia” da Helsar PAG. 20 Fernando Aguiar Fernando Moreira Os sapatos Lemon Jelly são amigos do ambiente PAG. 22 Maquetagem/Grafismo Nimco produz sapatos ortopédicos à medida PAGs. 24-26 Ana Paiva Luís Onofre lançou loja online PAGs. 28-29 Rui Guilherme Josefinas querem crescer do outro lado do atlântico PAGs. 30-33 Execução LABORPRESS - Edições Carité comemora 25 anos PAGs. 34-39 e Comunicação Social, Lda Multicouro abriu novas instalações com showroom PAGs. 40-45 Tel. 256 202 600 Fax: 256 202 609 Micam recebeu 95 empresas portuguesas PAGs. 46-51 [email protected] GDS: paragem obrigatória para o calçado nacional PAGs. 52-55 www.labor.pt Rua Oliveira Júnior, 93 Campanha Portuguese Shoes chega a 150 países PAGs. 56-573700-206 S. João da Madeira As melhores peles da Turquia estiveram na Oliva PAGs. 58-59 Impressão FIG - Coimbra Portugal Fashion agitou Porto e Lisboa PAGs. 60-61 Moda Lisboa comemorou 25 anos PAG. 62
Prova cegsuapaeroocualoçaitdaoli:aonoportuguês “Só quando era dita a origem é que o italiano era preferido” O calçado português ficou à frente guês e o lançamento da campanha “The Uma das metas da APICCAPS na A opinião dosdo calçado italiano numa prova cega le- Sexiest Industry in Europe” catapultaram próxima década é colocar Portugal como empresáriosvada a cabo pela Universidade Católica a imagem do calçado lusitano em todo “uma referência internacional da indús- portuguesesna última edição da MICAM, a maior fei- o mundo. tria do calçado pela sofisticação e pelara de calçado do mundo, em Itália. criatividade”, aumentando as exporta- “Já podemos dizer que sentimos O investimento na ordem dos “55 ções “alicerçadas numa base produtiva que o made in Portugal é procurado. “Em média, o calçado português milhões de euros, ao longo do anterior nacional, sustentável e altamente com- É um orgulho. Há países que nosportou-se melhor do que o italiano, fi- quadro comunitário de apoio, permitiu petitiva”, revelou Paulo Gonçalves ao contactam e frisam que o facto dacando à frente em várias categorias. E só aumentar em cerca de 700 milhões de Dinheiro Vivo. origem dos produtos ser portuguesaquando era dita a origem é que o italia- euros as exportações de calçado, para lhes oferece credibilidade ao nívelno era preferido”, disse Alberto Castro um total de aproximadamente 1.900 O preço médio do calçado português da qualidade”, Carlos Santos dada Faculdade de Economia e Gestão da milhões de euros”, informou Paulo Gon- é o segundo maior do mundo (31,88 dó- Zarco, ao Dinheiro VivoCatólica ao Dinheiro Vivo, considerando çalves, diretor de comunicação da APIC- lares que equivale a 24 euros) apenasque esta é a prova de que “já não é um CAPS, ao Dinheiro Vivo. destronado pelo italiano (50,92 dólares “Temos dado passos muitoproblema de qualidade mas de imagem” que equivale a 38,33 euros). grandes em termos de imagem, fa-do calçado português no mundo. O investimento não poderia estar zendo com que, no plano interna- a ter um melhor retorno com o calçado A indústria de calçado portuguesa cional, haja uma grande valorização A indústria do calçado portuguesa português a superar o italiano numa quer mais do que nunca aproximar o va- do fabricado em Portugal”, Migueltem “potencial para aumentar em mais prova cega na maior feira de calçado do lor dos seus sapatos do valor dos italia- Vieira, estilista e empresário, aode 320 milhões de euros as vendas inter- mundo. nos. “À medida que formos aprofundan- Dinheiro Vivonacionais” mas o entrave poderá estar do a presença do calçado português fora“no défice da imagem do calçado por- O resultado desta prova cega de- da Europa, é natural que o nosso preço “Houve, nos últimos anos, umatuguês face ao italiano já que o made monstra que “há um esforço adicional médio vá aumentando. É em mercados melhoria substancial na imagem doin Portugal ainda desvaloriza o produto a fazer para nos posicionarmos mais como o Japão e a China que vendemos calçado no mundo. Algo que se deve,em 17%”, constatou Alberto Castro ao acima ainda e para combater algum o calçado mais caro”, disse Paulo Gon- também, ao esforço da APICCAPS. EDinheiro Vivo, recordando que a desvalo- estigma que persiste” acerca da marca çalves ao Dinheiro Vivo, com a ressalva hoje podemos dizer, sem falsas mo-rização é inferior aos 30% de há 10 anos. portuguesa, reconheceu Alberto Castro de que “a entrada de novos produtos na déstias, que temos um dos melhores ao Dinheiro Vivo. gama de exportações portuguesas pode, calçados do mundo”, Luís Onofre, A imagem do calçado português co- por outro lado, ter um efeito contrário”. estilista e empresário, ao Dinheiromeçou a ser trabalhada a partir de 2009 A indústria de calçado portuguesa Neste caso, “o calçado de plástico de Vivopela Associação Portuguesa dos Indus- tem o intuito de investir “mais de 70 luxo tem vindo a ganhar peso nos últi-triais de Calçado, Componentes, Artigos milhões de euros no reforço do seu pro- mos anos e o seu preço médio é bastantede Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS). cesso de internacionalização, dos quais inferior ao calçado de couro”, concluiu o 14 milhões já em 2016, com a presença Dinheiro Vivo. A presença crescente de empresas de 200 empresas em mais de 60 feirasportuguesas em feiras de calçado inter- e certames do mundo”, adiantou o Di-nacionais, a promoção do calçado portu- nheiro Vivo.4
foto: frederico martins para portuguese soul
Evereste continua a escalar o mercado Tem sapatos vegan, 74 anos de história, exportações que representam 4 milhões de euros.6
foto: DR Cohibas é uma marca que não quer médio-alto. Não é por acaso que a Eve- passar despercebida no mercado. E não reste se evidencia no mercado nacional e passa. Esta é uma história que começa internacional. em 1942 em São João da Madeira pela cabeça e mãos de João Fernandes. Ho- É uma empresa familiar, que passa mem bastante alto que decide batizar de geração em geração. Uma empresa a sua empresa com um nome à altura. que sabe que as dificuldades também ba- Evereste, por motivos óbvios e por ser tem à porta, que os tempos complicam- a alcunha a que se habituou, e porque se, que a crise não traz boas notícias, que a ambição de atingir o pico máximo da o mercado estreita-se. Mas quem sabe o indústria de sapatos não seria um mero que faz, quem já deu provas da qualida- objetivo para cumprir calendário. A Eve- de, mantém-se firme no setor. O grupo reste, um dos mais antigos grupos de tem 200 pontos de venda e as apostas calçado do país, cresce na sua área e feitas na Alemanha e na França não fo- mostra estar à altura de vários desafios. ram em vão. As exportações já representam cerca de 4 milhões da sua balança comercial. Produzir para criadores portugueses França, Alemanha, Angola, Moçambique e para marcas de renome internacional, e África do Sul são alguns dos seus clien- explorar novos nichos de negócio e não tes. abrir mão da inovação fazem parte da estratégia empresarial. “Somos princi- Cohibas é a sua grande marca de palmente industriais, por isso teríamos internacionalização. No início da histó- de ter um parceiro competente na área ria, contavam-se 60 modelos de sapatos, comercial. As marcas elevam-se um de- hoje tem mais de 200 nas suas coleções. grau com lojas mono marca”, revelou O trabalho manual continua a fazer par- André Fernandes, CEO do grupo e ele- te do dia-a-dia da empresa e os sapatos mento da segunda geração, em decla- feitos à mão são uma imagem de marca rações ao Diário Económico. “Estamos de uma indústria focada no segmento a fazer um estudo para uma linha de montagem alternativa, para dar respos-
ta a parceiros que solicitam entregas atenta ao que se passa à sua volta, e nãopersonalizadas. O nicho de mercado da só, e lançou o primeiro modelo ‘vegan’. Acustomização”, acrescentava. Cohibas criou uma edição especial de sa- patos vegan totalmente produzida sem Na Evereste, não se pára. “Colo- recurso a qualquer material de origemcámos o nosso know-how ao dispor animal. “Black Vegan” e “Blue Vegan”de novos desafios e criámos uma linha foram os primeiros modelos a surgiremfeminina adaptando alguns modelos no mercado. Essa edição especial juntoumasculinos”, adiantou, ao Diário Eco- a produção mecânica com a artesanal enómico, Catarina Fernandes, brand ma- adaptou as linhas de produção técnicas enager do grupo e elemento da terceira as principais matérias-primas da marca.geração da família. Diogo Alçada, tam- André Fernandes, CEO da Cohibas, ga-bém brand manager, também da família, rantia, nessa altura, que “para que todoestá focado na forma da marca Cohibas este processo fosse bem sucedido, foise evidenciar num mundo rodeado de necessário investigar os materiais apro-novas tecnologias. “Neste momento o priados e os exames laboratoriais queque tem força é a internet. Queremos nos permitiram encontrar os melhoresum departamento estruturado e perso- fornecedores e matérias-primas”.nalizado que nos dê visibilidade e elevetambém a nossa marca e qualidade nes- “Somos curiosos por natureza e gos-tes formatos digitais”, referiu ao Diário tamos de desafios que ponham à provaEconómico, acrescentando que a empre- o nosso know how e a nossa capacidadesa pretende “criar uma espécie de ‘life de trabalhar com novos materiais. Porstyle’ associado à marca Cohibas porque norma, dirigimo-nos a nichos de mer-as pessoas, cada vez mais, querem ter cados médio-alto e identificamos nosapatos diferenciados”. segmento vegan uma necessidade emer- gente e uma lacuna a preencher”, expli- Acompanhar as tendências, ter sa- cava ao Briefing Catarina Fernandes.patos diferentes. A Evereste sabe estar8
foto: DR
foto: DR Guava oUs mdpdereasosotimpágmonierusentsnruotsdrrgeoemuseasias Inês Caleiro, fundadora e criativa da Guava, foi a primeira portuguesa a receber o prémio “Dream Award” Uma designer portuguesa esteve los ao estrelato” da moda e do design A oportunidade de “poder ir a Shan- reira de design com a criação da Guava,nomeada, pela primeira vez, para a no panorama internacional, afirmou a gai receber este prémio representa uma uma marca de calçado e acessórios de-cerimónia de prémios internacionais organização. nova etapa e conquista na vida da mar- dicada a mulheres, em 2011.de moda e de design “Fashion Crowd ca. Numa altura em que a Guava está aChallenge” que decorreu em Shangai. Para Inês Caleiro “estar entre o Top celebrar o 5.º aniversário, receber o pré- Os sapatos da designer portuguesa 5 jovens criadores de todo o mundo é mio é incrível”, assumiu Inês Caleiro. têm pormenores únicos inspirados em Inês Caleiro, criadora e criativa da mais do que um prémio. É uma profun- formas geométricas que não deixammarca Guava, foi a primeira designer da sensação de reconhecimento e feli- A designer portuguesa trabalhou, ninguém indiferente.portuguesa a ser distinguida com o pré- cidade”. “Quando recebi a notícia de durante dois anos, na Jimmy Choo, emmio “Dream Award” e a integrar a nova que tinha ganho um Dream Award nem Londres, depois trabalhou, mais dois A prova disso está no facto de ce-geração de designers mais promissores queria acreditar. Parecia retirado de um anos, em Washington, na marca portu- lebridades como Amber Valletta usaremdo mundo. sonho. Li e reli o email várias vezes até guesa de luxo de design de móveis Boca Guava e a sua presença em publicações acreditar”, confessou a designer portu- do Lobo. internacionais como “The Coveteur”, A “missão” da “Fashion Crowd guesa. “L´Officiel”, “Vogue” e “Elle”.Challenge” é “descobrir talentos e levá- Inês Caleiro decidiu investir na car-10
foto: DR SaéndaánlioaviHdaeldseardo| Avenrdãroeia A compra de cada sandália é acompanhada da oferta de um verniz Andreia Pocket com cores sortidas A empresa de calçado sanjoanen- acima de tudo, criativa. A Andreia Pro- das unhas”, informa a Helsar, consi- das unhas com o calçado. Agora vaise Helsar criou, em conjunto com a fessional, criada em 1987, é uma pro- derando ser “a sandália ideal para ser possível personalizar e combinarmarca Andreia Profissional, a Sandália dutora e distribuidora de cosméticos qualquer mulher divertida, sofisticada as sandálias com as cores das unhas,Helsar | Andreia. profissionais com presença em todo o e colorida”. vezes sem conta, com produtos An- mundo. dreia Professional”, acredita a Helsar. A empresa sanjoanense Helsar, A Sandália Helsar | Andreia tem ocriada há 37 anos, é uma marca de Cada par de sandálias é “vendido intuito de acabar de uma vez por todas A compra de cada sandália écalçado feminino de alta qualidade, em pele preta, com salto e fivela de com “o desafio de muitas mulheres na acompanhada da oferta de um vernizconfortável, sofisticada, original e, metal podem ser pintados com verniz altura do verão” que é “conciliar a cor Andreia Pocket com cores sortidas.12
fotos: DR versão vegan versão vegan versão normal versão normal Se o cliente quiser, a Helsar pode ser vegan A Helsar deixa ao critério do clien- soal poder decidir o que vestir, mas À primeira vista “não se nota dife- forma a colaborar com novas formaste, daqui em diante, a escolha de enco- o nosso trabalho é ajudá-lo, no nos- rença”. Contudo, “nós garantimos que de pensar e agir em paz e comunida-mendar ou não sapatos vegan. so caso, a ser uma pessoa amiga dos a diferença é enorme para melhor. Se de”. animais”. As sapatilhas apresentadas ama os animais e sente que os deve A empresa de calçado sanjoa- são “a prova” de que “podemos ter a respeitar, podemos produzir qualquer A empresa de calçado de luxonense esclareceu que “não quer criar mesma aparência, com mais qualidade produto Helsar com opções vegans”, para mulher assume ser “contra o fun-uma linha vegan” mas “um estilo de ainda, escolhendo materiais vegans. O assegura a empresa sanjoanense. damentalismo de qualquer natureza.vida com consciência ecológica”, su- pé direito é feito em pele genuína, o Apoiamos novos movimentos desdeblinhando, a “Helsar pode ser vegan, pé esquerdo é vegan”, explica a Hel- A Helsar acredita que é “aos pou- que sejam para o bem estar de todos”,deixamos ao critério do cliente”. sar. cos que se mudam as mentalidades e concluindo, “se eu mudar, o mundo se melhora o mundo e trabalhamos de muda”. Para a Helsar, “é um direito pes-14
foto: DR FlilnyhLaonddesopnorlatinvçaa16
foto: DR A Fly London “sempre irreverente e London – a originalidade!”, descreve a nunca convencional” volta a surpreen- empresa ao labor. der com nova linha de modelos desporti- vos para a nova estação outono/inverno Os “materiais modernos e a inspira- 2016. ção retro redefinem silhuetas contempo- râneas e solas extra leves” que “elevam Os modelos dirigidos a quatro gru- a comodidade em que cada modelo pos de mulher e três de homem têm “de- conta uma história única”, assegura a talhes exclusivos, coincidindo bem com Fly London, Por isso, “Don’t Walk, FLY!”, a característica mais marcante da Fly sugere a Fly London.18
foto: saracorreiaphotografy Os “sapatos jóia” da Helsar O primeiro impacto destes sapatos de luxo foi de “espanto” e “curiosidade” pela “originalidade”, contou Patrícia Correia, designer e responsável de marketing da Helsar, ao labor A empresa sanjoanense Helsar, em criar sapatos possíveis de comercializar entre os 900 e os 8.000 euros conso- “espanto” e “curiosidade” pela “origi-parceria com a empresa Góris, lançou, e não peças de museu”, disse Patrícia ante o modelo e a escolha de ouro ou nalidade. As pessoas questionam comoem setembro passado, dois pares de Correia, designer e responsável de ma- prata. são feitos, o preço e ficam espantadassapatos com joias. rketing da Helsar, ao labor. por saber que se pode usar ouro em sa- Os “sapatos jóia” são dirigidos patos”, contou Patrícia Correia ao labor. A Porto Jóia desafiou a empresa Os “sapatos jóia” podem ser feitos “a mulheres que querem associar osHelsar, especializada em sapatos de em diferentes cores de pele e “cada sa- sapatos a joias no verdadeiro sentido A Helsar cria, produz e comercia-luxo para mulher, e criou a parceria pato foi individualizado, ou seja, em vez da palavra, a mulheres que gostam de liza sapatos há 37 anos pelo que estacom a empresa Góris, especializada em de um número, tem um nome de mulher joias mas preferem usá-las na roupa e inovação “não é espanto nenhum”.filigrana, que culminou na criação de (nomes de rainhas ou nomes antigos)”, não no corpo”, descreveu a designer da “Qual é a diferença entre usar peças dedois pares de “sapatos jóia”. revelou Patrícia Correia, antecipando Helsar. ouro nas orelhas ou nos pés? Quem se que a Helsar está a produzir mais três atreve a mudar o óbvio? Nós”, afirmou Os dois modelos criados são “re- pares de “sapatos jóia”. O primeiro impacto destes sapatos com orgulho a designer e responsávelquintados mas simples de usar e com- de luxo nos mercados e na MICAM, a de marketing da empresa sanjoanense.binar” porque “o objetivo foi sempre Os sapatos têm um custo que varia maior feira de calçado do mundo, foi de20
foto: DR sOãsosaampaigtooss LdoemaomnbiJeenlltye Curiosidade A marca de calçado aposta no mercado a Lemon Jelly foi “ecofriendly”, dispensa o uso de materiais de origem considerada uma das animal e usa 15% de matérias primas recicladas. oito melhores marcas nos Drappers Footwear Awards na categoria de Best Innovation in Footwear Os sapatos com “sabor a limão” são ro Vivo, informando que “a incorporação chegada dos metalizados”, adiantou o que está a ser aprofundada, bemvegan mas “não estamos muito a dirigir- de desperdícios varia consoante as cores Dinheiro Vivo, continuando “tudo muito como a está a ser testada a aceitaçãonos a esse segmento, embora esteja no e as linhas de produtos mas em média focado na funcionalidade do sapato, mas do mercado a lojas da marca”, adian-nosso plano reforçar esta preocupação já 15% da matéria prima usada em cada também no conforto, com a introdução tou o Dinheiro Vivo. A empresa está aque é um nicho de mercado em cresci- par de sapatos é proveniente desta reu- de novas palmilhas com maior poder de “trabalhar o conceito pop-up shop emmento”, disse José Pinto, CEO da Lemon tilização”. absorção, especialmente desenvolvidas parceria com alguns parceiros inter-Jelly, ao Dinheiro Vivo, considerando que pelo Centro Tecnológico de Calçado”. nacionais, designadamente na Ásia”,“o facto de não usarmos peles permite- A nova coleção primavera/verão informou José Pinto ao Dinheiro Vivo.nos um posicionamento diferente face 2016 da marca de sapatos com “sabor “Apresentamos linhas novas e no-aos nossos concorrentes, sobretudo no a limão” foi concebida “no laboratório vas soluções porque queremos aumentar O conceito foi testado com “gran-mercado internacional”. da empresa, entre experiências com for- o conforto de quem calça Lemon Jelly, de sucesso” em Tóquio e em Paris, mações de rochas geológicas e reações aumentando assim o valor acrescentado confirmou o Dinheiro Vivo. Inclusive, Além disso, “incorporamos na nos- químicas”, segundo o Dinheiro Vivo, ao produto”, disse José Pinto, CEO da “fomos convidados pelo departmentsa produção uma parte importante do considerando que “alegria e elegância” empresa responsável pela criação, de- store de luxo mais antigo do mundo,desperdício que geramos e é importante descrevem sem dúvida “o resultado das senvolvimento e produção da marca, ao o Le Bon Marché, do grupo Louis Vuit-que o consumidor perceba que a reci- misturas de várias soluções dos desig- Dinheiro Vivo. ton, a expor a nossa marca, duranteclagem dos termoplásticos é possível e ners da marca”. a época de Natal, ao lado de refe-que já o fazemos”, esclareceu o CEO da A personalização dos Lemon rências internacionais como a Gucci,empresa. A Lemon Jelly continuará a surpre- Jelly está a ser “aprofundada” a Chanel ou a Prada”. A experiência ender com “linhas mais desportivas, “correu muito bem” e “fomos muito Os sapatos da Lemon Jelly são “prá- com introdução de sneakers, ou novos A personalização dos sapatos da bem recebidos”, contou José Pinto aoticos, impermeáveis, amigos dos animais pormenores de acabamentos, com apli- Lemon Jelly é “outra das questões Dinheiro Vivo.e mais ecológicos”, descreveu o Dinhei- cações de flores 3D e de cores, com a22
foto: DR Nimco produz sapatos ortopédicos à medida Mudou de instalações, aumentou número de trabalhadores, e quer crescer 20% na produção e faturação24
foto: DR O grupo Nimco International Group B.V. instalou-se em Portugal em 1997, Primeiro os números. A Nimco Por- de mobilidade, do calçado ortopédico então sob a designação de Fits All, comtugal, fabricante de calçado ortopédico por medida ao calçado para diabéticos, uma unidade dedicada exclusivamentee customizado do grupo holandês Ni- passando pelo calçado semi-ortopédicomco International Group B.V., produz (personalizado e de stock), nas varian- à produção de calçado ortopédico, emanualmente 12.000 pares de sapatos tes senhora, homem e criança. Santa Maria da Feira. A aposta doortopédicos e 19.000 à medida. Tem grupo holandês no nosso país, ondeum capital social de 135.000 euros e As novas instalações da empresa, possui a sua única unidade industrialregistou, em 2015, um volume de ne- que há quase 20 anos mantém opera- na Europa, decorre do reconhecimentogócios a rondar os 5 milhões de euros. ção industrial no nosso país, funcionam da elevada competência dos artesãosEm 2016, a administração do grupo num moderno pavilhão industrial, com sapateiros nacionais e dos técnicosprevê níveis de crescimento próximos 3.600 metros quadrados. No equipa- de modelagem formados nas escolasdos 20%, quer na produção quer na mento e na adaptação das instalações profissionais e centros de formaçãofaturação. A seguir, os mercados. A foram investidos 800.000 euros. A mo- do sector do calçado. Dos seus atuaisquase totalidade do calçado fabricado dernização do parque de máquinas cus- 130 rabalhadores, 12 são modeladoresna empresa é exportada para os quatro tou mais de 200.000 euros. Na fábrica de calçado altamente especializados.cantos do mundo, através da casa-mãe. portuguesa funciona também uma uni- Em 2007, fruto do crescimento daEuropa, sobretudo Holanda, Alemanha, dade de I&D, responsável pela introdu- subsidiária portuguesa em vendas,Bélgica e França, mais Estados Unidos ção de um novo material, integralmente variedade de produtos e organização,da América e Canadá são os principais desenvolvido em Portugal, que acres- mudou-se para a Zona Industrial demercados. O nosso país vale cerca de centou inovação à indústria e veio alar- São João da Madeira. Quase 10 anos1% dos negócios da empresa. Em Por- gar a oferta de calçado para diabéticos. depois, e sem poder crescer mais emtugal, os sapatos com a marca global Trata-se da “pele extensível”, um pro- termos de área e capacidade produtivas,do grupo, Nimco Made4You, estão duto patenteado para todo o mundo. transferiu as instalações para umdisponíveis em lojas de ajudas técni- moderno parque empresarial em Cesar,cas. Em todo o mundo, o grupo vendeu Segundo Olav Toornend, a mudançaaproximadamente 15 milhões de euros permite crescer e “encarar o aumento Oliveira de Azeméis.em 2015. da capacidade produtiva quando e se a questão se colocar”, trabalhar num A Nimco Portugal transferiu a sua parque empresarial com bons acessos eúnica unidade industrial na Europa de completamente infraestruturado, reterSão João da Madeira para Cesar, em uma “excelente mão-de-obra” e conti-Oliveira de Azeméis. Um investimento nuar a tirar partido do “saber fazer dosde um milhão de euros, uma mudança sapateiros artesãos” portugueses.ditada por “constrangimentos de espa-ço e necessidade de crescer”. Aumen- As novas instalações da Nimcotou o quadro de pessoal de 126 para foram inauguradas pelo secretário de130 trabalhadores, logo no início do Estado da Indústria, João Vasconcelosano, e admite continuar a recrutar, em que elogiou os empresários e sublinhoufunção da expansão dos negócios do a aposta que tem sido feita para au-grupo, segundo Olav Toornend, chefe mentar o emprego e o crescimento. Ooperacional e acionista da subsidiária presidente da Câmara de Oliveira deportuguesa. Azeméis, Hermínio Loureiro, destacou a mudança. “É um bom exemplo de ino- A oferta da Nimco Portugal é abran- vação que acrescenta mais valor acres-gente e dá resposta a quase todos os centado, procurando novos mercados ecidadãos com necessidades especiais aumentando a capacidade exportadora de Oliveira de Azeméis”, disse.26
Luís Onofre lançou loj O estilista e empresário quer “tentar combater as ameaças à marc não só. Hoje, qualquer pessoa pode abrir um site e vender os mesm preço”, lamentou ao Dinheiro Vivo Curiosidades sobre a marca, o estilista e o empresário A marca Luís Onofre foi criada em 1999 O estilista e empresário de Oliveira de Azeméis tem um longo historial ligado ao calçado Famosas que calçam Luís Onofre: Michelle Obama, Laetizia Ortiz, Genoveva Casanova, Penélope Cruz e Naomi Watts Luís Onofre faturou cerca de 10 milhões de euros em 201528
ja online Os produtos da marca Luís Ono- fre podem ser comprados, a partirca a partir da Ásia mas deste ano, na loja online Luís Onofre.mos produtos a qualquer A loja online do estilista e em- presário ligado à indústria do calçado tem o intuito de “tentar combater as ameaças à marca a partir da Ásia mas não só. Hoje, qualquer pessoa pode abrir um site e vender os mes- mos produtos a qualquer preço”, la- mentou ao Dinheiro Vivo. Luís Onofre considera que os “tempos difíceis” podem ficar ainda piores com este tipo de “situação gravíssima” em que “estão a dar cabo do negócio e a fazer concor- rência desleal às lojas que vendem o produto ao seu preço normal”. Um dos exemplos dados pelo próprio foi a “loja Terminal que abriu em dezembro em plena Baixa do Porto e na qual é possível encontrar marcas de luxo a metade ou a me- nos de metade do preço”, relatou o Dinheiro Vivo. Luís Onofre considera que isto é “um absurdo. Corremos o risco de nos tornarmos o outlet da Europa. A globalização tornou o mercado muito complexo e temos de estar atentos a quem vendemos os nosso artigos”. O estilista demonstrou estar “ali- viado por não ter chegado a fechar negócio com os proprietários da dita loja portuense, um grupo de empre- sários de origem chinesa que investiu cinco milhões de euros neste proje- to”, segundo o Dinheiro Vivo. “As marcas acabam por nunca terem hipótese de verem resolvidas estas questões em tribunal porque a justiça é muito lenta”, criticou Luís Onofre ao Dinheiro Vivo, admitindo ser copiado dentro do próprio país. “Há uma grande companhia por- tuguesa que tem uma série de lojas e quantas vezes passo na montra e vejo lá os meus sapatos copiados. É bom sinal, diz-se que candeia que vai à frente alumia duas vezes. Mas que chateia, chateia”, confessou o em- presário de calçado ao Dinheiro Vivo. Por esta razão, Luís Onofre “elogia a decisão de grandes casa como a Tom Ford ou a Burberry que decidiram adiar os desfiles e passar a disponibilizar as suas coleções nas lojas logo após a apresentação nas passerelles internacionais”, segundo o Dinheiro Vivo. “A Europa tem de se proteger. Quanto mais cedo se fizerem os des- files, mais tempo lhes dá para que nos copiem e, por vezes, cheguem às lojas antes de nós”, defende Luís Onofre, continuando, “faz todo o sentido apresentar a coleção que vai entrar em venda porque é isso que interessa às pessoas”.
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JosefinalsaqduoedreomActrlâesncteircodo outro Marca de sabrinas produzidas em São João da Madeira quer aumentar a sua presença nos Estados Unidos
foto: DR 32
Filipa Júlio era uma arquiteta que E as Josefinas viram a luz do dia vez mais longe. A marca recebeu finan- portuguesas. Neste momento, a empresatinha um sonho relacionado com sapa- em sete cores. Não sem antes pesquisar ciamento da Portugal Ventures, mon- vende através da sua plataforma onlinetos. No seu blogue, partilhou o que lhe materiais e perceber a arte e o mercado tante não revelado, que lhe abre portas e os pedidos surgem de vários sítios doia na alma. “Criar um calçado prático, que se queria pisar. Filipa Júlio, no seu para afirmar-se no mercado dos Estados mundo, do Japão, Polónia, Angola, Aus-elegante, que honrasse o meu passado blogue, revela a atenção dada a estas Unidos da América, onde quer ter uma trália, Espanha, França, Brasil, China,de bailarina e o futuro de mulher moder- sabrinas. “Para construir as Josefinas loja em Nova Iorque. O apoio desta so- Macau, entre outros países. E a respon-na portuguesa”. As bailarinas não lhe utilizam-se peles de alta qualidade, o ciedade pública de capital de risco, no sabilidade social está bem presente nasaíam da cabeça. “Arregacei as mangas melhor couro para as solas, gorgorão de âmbito do programa + Inovação + In- empresa de Filipa Júlio e Maria Cunha.e, sabendo sempre que o nome da mi- alta qualidade e nem o cordão que as dústria é, portanto, muito bem-vindo. O Parte da receita angariada ajuda mulhe-nha avó teria de ter o seu papel neste aperta, fugiu a esta triagem. A pele e o que se sabe é que os projetos seleciona- res em situação de risco no Ruanda atra-sonho, assim nasceram as Josefinas, em couro foram selecionados tendo sempre dos pela Portugal Ventures beneficiam vés da organização humanitária Womenhomenagem à mulher de nome Josefina, em conta a necessidade de serem mate- de um investimento até 1,5 milhões de for Women International – que ajudaque me acompanhava nos maravilhosos riais flexíveis, capazes de se adaptarem euros, aplicado por tranches de capital e mulheres em países em guerra a abrirempasseios que dei pelas ruas da cidade do à elasticidade do pé e à sua respiração. mediante o cumprimento de objetivos de o seu negócio ou terem formação nasPorto”. Faltava encontrar alguém espe- O cordão que existe nas Josefinas tem a execução do plano de negócios. suas profissões. E, no seu currículo, estãocial. Em S. João da Madeira, encontrou particularidade de ser ajustável, o que as Josefinas “Sal Azul Persa”, inspiradas“os simpáticos mestres irmãos sapa- as permite apertar ou alargar de acordo As Josefinas são feitas em São João no sal azul do Irão, e serão as sabrinasteiros Jorge e Carlos”. Conheceu Maria com a necessidade de cada pé”. da Madeira e o financiamento recebido mais caras do mundo. O preço? Um parCunha e em 2013 o seu sonho tornou-se entra na estratégia da expansão interna- custa 3.369 euros. As sabrinas são feitasrealidade com um investimento de 30 As Josefinas não passaram desper- cional da empresa que já entrou no mer- à mão a partir de ouro e topázios azuis emil euros. cebidas e sabem o chão que pisam. E há cado norte-americano, que poderá tor- são únicas no mundo. boas notícias para que cheguem cada nar-se no principal mercado das sabrinas
Carité comemora 25 anos A empresa comemorou 25 anos de dedicação à indústria do calçado em 201534
foto: DR A empresa começou os primeiros A Carité produz calçado para trabalhos no rés-do-chão de uma casa grandes grupos de calçado localiza- e agora tem um pavilhão da empre- dos na sua maior parte em França, sa sede em Felgueiras, dois pavilhões Alemanha, Holanda, Inglaterra, Espa- em Celorico de Basto, um outro em nha, Itália, Estados Unidos da América S. João da Madeira e mais recente- e China. mente um pavilhão dedicado à produ- ção de solas em Felgueiras. A missão é “conceber, desenvol- ver e produzir calçado, criando valor A Carité começou com três funcio- para os clientes, colaboradores e for- nários e com a produção de 60 pares necedores”. Bem como “apoiar, inves- de sapatos por dia. Agora, a empresa tir e incentivar iniciativas que visem o tem 300 funcionários e produz 3.500 desenvolvimento do setor”, afirmou pares de sapatos por dia. a Carité, cujos valores são “o profis- sionalismo, a qualidade de produção, A empresa tem visto crescer signi- o trabalho de equipa, a integridade e ficativamente o seu volume de negó- o respeito”. cios nos últimos cinco anos. A empresa tem o intuito de atingir O volume de negócios foi de 9,8 metas como “a internacionalização, milhões de euros em 2009, 11,8 mi- a inovação e o desenvolvimento”, lhões em 2010, 16,4 milhões em 2011, adiantou ao labor. 15,6 milhões em 2012, 21,7 milhões em 2013 e 24,5 milhões de euros em Pelo caminho foram encontradas 2014. dificuldades como “o setor muito di- fícil ao preço, a flexibilidade limitada A empresa continuou a crescer e na flexibilização do preço, não possuir atingiu um volume de negócios de 28 venda direta, a falta de reconhecimen- milhões de euros em 2015.
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fotos: DRto da marca própria, a cadeia de distribuiçãoreduzida, o custo da tecnologia/inovação, ocusto de registo de patentes/marcas e a faltade presença em mercados chave”. As dificul-dades continuaram com “os baixos skills demarketing, a facilidade de imitação, a baixade confiança dos consumidores devido ao cli-ma económico, a elevada competitividade domercado, a indústria consolidada e saturada,as dificuldade em entrar em determinadosmercados, os conflitos marca própria versusprivate label e “Fashion Victims”, informoua Carité. As maiores conquistas da empresa es-tão presentes em “investimentos contínuosem novos equipamentos de produção e tec-nologia, recrutamento de quadros técnicos,formação contínua especializada dos seuscolaboradores e a aposta também na área daInvestigação e Desenvolvimento”, confiden-ciou a empresa, considerando que “a pros-peção em novos mercados também tem sidofundamental para o crescimento do grupo,que cada vez mais está atento às oportuni-dades que vão surgindo”. A empresa está “cada vez mais flexívelcom uma produção de excelente qualidadee apresentado preços globais competitivosface aos seus concorrentes em Portugal”,salientou ao labor.
Acerca da Carité O novo logótipo da empresa 1990A empresa nasceu em O primeiro logótipo da Carité foi criado no Os primeiros trabalhos da empresa início de atividade da empresa em 1990.foram feitos no rés do chão de uma casae agora tem cinco pavilhões distribuídos Já o segundo logótipo da empresa aparece anos depois com referências à indústria do cal- por Felgueiras, Celorico de Basto çado. e S. João da Madeira A comemoração de 25 anos de existência da 3De funcionários Carité levou à criação do terceiro logótipo com passou a cerca de destaque sobre a letra “C” e ao tom de cor ca- racterístico da empresa de calçado. 300 60A produção de pares de sapatos por dia chegou aos 3.500 28O volume de negócios foi de milhões em 201538
fotos: DR
Multicouro abriu novas instala A empresa começou a dar os primeiros passos em 1942 com o empresário individual António Andra40
foto: NSF A empresa deu os primeiros 1942passos em num armazém na Rua Alão de Morais 2 A Multicouro abriu em instalações diferentes na Rua 1 Dr. Sá Carneiro e agora novo armazém na Rua de O Regional 7 funcionáriosações com showroom 400 ade de Oliveira que comercializava inúmeros componentes de calçado clientes ativos 2 milhões de faturação em 2015
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foto: NSF A empresa sanjoanense tem seriedade, a palavra, cumpridora, a passado de geração em geração ao qualidade, a seriedade, a moderni- longo destes 74 anos de atividade zação e a inovação”, disse Rodolfo ligada à indústria do calçado. Andrade, diretor financeiro, ao la- bor. A Multicouro está agora nas mãos do filho António da Silva An- A Multicouro é “altamente drade Oliveira e dos netos Rodolfo cumpridora com os clientes e com Andrade e Gustavo Andrade. os fornecedores”, afiançou Rodolfo Andrade. A empresa comercializa peles e outros componentes para a indús- A missão é “conseguir oferecer tria do calçado, marroquinaria, ves- aos clientes tudo o que procuram e tuário, mobiliário e outros setores e dar resposta rápida e objetiva com chega a Portugal, Espanha, França, o intuito de sermos uma referência Inglaterra, Alemanha, Marrocos e no setor”, disse ao labor. outros países. A empresa sanjoanense concre- A Multicouro tem sete funcio- tizou uma das metas de médio pra- nários internos, cerca de 400 clien- zo com a mudança para as novas tes ativos e atingiu um volume de instalações em 2016. negócios de 2 milhões de euros em 2015. A atividade da empresa come- çou num pequeno armazém onde A empresa faturou 1,7 milhões agora é o bar Bedouin na Rua Alão de euros em 2014 e espera atingir de Morais, passou para duas insta- os 2.6 milhões de euros em 2016. lações maiores na Rua Dr. Sá Car- neiro e agora está num armazém de Os valores da empresa são “a
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foto: NSFgrandes dimensões na Rua Jornal revelou Rodolfo Andrade.O Regional em S. João da Madeira. Uma das maiores dificuldades As novas instalações permi- foi sem dúvida alguma a gestãotem “ter melhores condições de da empresa durante a crise detrabalho e obviamente oferece 2008 e 2009 em Portugal que semelhores condições de atendi- fez sentir nos mercados nacionaismento e de venda ao cliente”, re- e internacionais.conheceu ao Rodolfo Andrade. A empresa teve de “imple- A novidade do novo espaço mentar medidas mais agressivas,é “um showroom de 70 metros restritas e de rigor nas comprasquadrados com cerca de 90% de e nas vendas”, relembrou o dire-artigos expostos para os clientes tor financeiro da Multicouro aoverem as peles. O produto original labor.e o produto acabado”, antecipouao labor. O processo de reestruturação da empresa a todos os níveis na A empresa pretende continu- transição de 2012 para 2013 per-ar a crescer de forma sustentável mitiu atingir grandes conquistascomo tem acontecido desde 2010 nestes últimos dois anos.e a reforçar a presença em feirasinternacionais ligadas à indústria Entre as conquistas estão “odo calçado com um expositor da crescimento dos negócios, a diver-Multicouro. sificação de artigos, o crescimento do número de clientes, a criação As dificuldades encontradas, de uma estabilidade estrutural eao longo dos anos, estão relacio- financeira muito grande e a mu-nadas com “cobranças, vendas, dança de instalações”, descreveucompras”. Além disso, “ganhar Rodolfo Andrade, com a certezaa confiança no mercado externo de que “as conquistas continua-seja na compra, seja na venda”, rão nos próximos anos”.
foto: AP MICAM recebeu 95 As exportações das industrias do calçado e da marr46
empresas portuguesasroquinaria atingiram marcos históricos em Portugal
A MICAM apresentou novamente exportações e 8.000 postos de traba- as novas tendências da indústria do lho em Portugal. calçado de 14 a 17 de fevereiro em Milão, Itália. Os 95 expositores portugueses apresentaram “16 mil amostras de A maior feira de calçado do mundo calçado e artigos de pele” e ocuparam contou com mais de 1.600 expositores “2.800 metros quadrados, mais 31% provenientes de cerca de 50 países e de área que nos últimos quatro anos”, com a visita de 40 mil profissionais. segundo o Jornal de Negócios, acres- centando que a presença portuguesa A indústria do calçado portuguesa “implicou 28 camiões TIR, 600 viagens, esteve representada por 95 empresas uma equipa de montagem de 80 pes- geradoras de 500 milhões de euros em48
fotos: APsoas, dez dias de trabalho e um inves- o aumento quatro vezes maior das ex-timento total de 2 milhões de euros”. portações de marroquinaria portuguesa nos últimos seis anos. A estratégia da “Indústria MaisSexy da Europa” está a dar nas vistas e, A indústria do calçado conseguiuacima de tudo, está a dar resultados ao um novo marco histórico com as expor-solidificar a qualidade e a imagem da tações a atingirem os 1.865 mil milhõesindústria do calçado e da marroquinaria de euros.portuguesa. O crescimento sucessivo é “fruto de A prova está nos números que de- uma aposta sem precedentes nos mer-monstram o aumento em mais de 50% cados internacionais, Portugal passou adas exportações de calçado português e exportar anualmente mais 600 milhões
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