1 Universidade Estadual de Londrina VAUDICE DONIZETI RODRIGUESO CATÁLOGO ON LINE DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADEESTADUAL DE LONDRINA NA VISÃO DOS ESTAGIÁRIOS DO ESCRITÓRIO DEAPLICAÇÃO DE ASSUNTOS JURÍDICOS – EAAJ/UEL. Londrina 2011
12VAUDICE DONIZETI RODRIGUESO CATÁLOGO ON LINE DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADEESTADUAL DE LONDRINA NA VISÃO DOS ESTAGIÁRIOS DO ESCRITÓRIO DEAPLICAÇÃO DE ASSUNTOS JURÍDICOS – EAAJ/UEL. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Biblioteconomia do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia. Orientadora Profª. Ma. Maria Júlia Carneiro Giraldes Londrina 2011
13DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)R696c Rodrigues, Vaudice Donizeti. O catálogo on line dos Sistemas de Bibliotecas da Universidade Estadual de Londrina na visão dos Estagiários do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos – EAAJ/UEL / Vaudice Donizeti Rodrigues. - Londrina, 2011. 75 f. 30 cm. Orientadora: Maria Júlia C. Giraldes. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Estadual de Londrina. Curso de Biblioteconomia. Londrina, 2011. 1. Estudo de usuário. 2. Catálogo on line. 3. Biblioteca Universitária. I. Giraldes, Maria Júlia C. II. Título. CDU – 025.3 027.7
14VAUDICE DONIZETI RODRIGUESO CATÁLOGO ON LINE DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADEESTADUAL DE LONDRINA NA VISÃO DOS ESTAGIÁRIOS DO ESCRITÓRIO DEAPLICAÇÃO DE ASSUNTOS JURÍDICOS – EAAJ/UEL. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Biblioteconomia do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia. BANCA EXAMINADORA _____________________________ Profª. Ma. Maria Júlia Carneiro Giraldes Universidade Estadual de Londrina _____________________________ Profª. Drª. Terezinha Batista de Souza Universidade Estadual de Londrina _____________________________ Esp. Eliane Maria da Silva Jovanovich Universidade Estadual de Londrina Londrina, 18 de novembro de 2011
15A Deus, que me permitiu, viver todosesses anos, para realizar este grandesonho. Ao meu filho e as minhasfilhas, pela paciência e compreensão.
16AGRADECIMENTOS A minha mãe e meu pai (em memória) pela educação rígida, me fizeram crescer sabendo o que é certo e errado. Ao meu filho e minhas filhas, pela tolerância e apoio. Ao meu irmão, minhas irmãs, sobrinhos, sobrinhas, cunhados e cunhadas, pelo apoio, paciência e amizade. As minhas primas Elizabete, Ana Maria, Lucimara e Tatiane, por todas as vezes que me fizeram erguer a cabeça e continuar a luta. Aos primos: Beto, Luiz Fernando. As minhas amadas tias: Tia Dulce (em Memória), Tia Deolinda (minha adorável portuguesa) e Tia Emilia (minha adorável turca). Aos meus tios: Tio Zé, Tio Cláudio e Tio Luiz. Ao Fabio amigo, “irmão” e pai dos meus filhos, que me apoiou e me desafiou a lutar na realização deste sonho. Ao meu irmão espiritual Heron. A minha irmã espiritual Vanessa Ao amigo Vitor e amiga Luciana. Aos meus e minhas colegas da turma 2008.
17 Aos meus amigos e amigas do Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos - NEAA/UEL, Carlos, Cheila, Cibele, Cris, Dirce, Elza, Gisele, Marcia Tokita, Manu, Silvia, etc. A professora Elena Andrei pela oportunidade de conhecer a prática biblioteconômica, na organização da Biblioteca Lelia González - NEAA/UEL, que com sabedoria me deixou desenvolver as atividades necessárias com liberdade e apoio. A professora Rosane Borges, incentivadora e exemplo para a busca do aprimoramento de conhecimentos. Aos professores e professoras do Departamento de Ciência da Informação. A bibliotecária Eliane que tão gentilmente aceitou meu convite para participar de minha banca e também me auxiliou em tudo que precisei. A Tê Batista, por tudo que ela representa para mim como profissional e professora. As pessoas amadas que estão no plano espiritual e que fizeram à passagem, no decorrer desta minha caminhada, que a luz e o amor do criador estejam convosco. A Julinha que considero muito mais que orientadora, nesta trajetória se mostrou amiga, cúmplice e companheira. Agradeço pelas (des)orientações, pois elas me fizeram compreender que para orientar é preciso desorientar, (assim já dizia Morin). Ademais, me fez crescer intelectualmente.
18 DA CALMA E DO SILÊNCIO Quando eu morder a palavra, por favor, não me apressem, quero mascar, rasgar entre os dentes, a pele, os ossos, o tutano do verbo, pode assim versejar o âmago das coisas.Conceição Evaristo (2008, p. 71)
19RODRIGUES, Vaudice Donizeti. O catálogo on line do sistema de Bibliotecas daUniversidade Estadual de Londrina na visão dos estagiários do Escritório deAplicação de Assuntos Jurídicos – EAAJ/UEL. 2011. 75 f. Trabalho de Conclusãode Curso (Bacharel em Biblioteconomia). Universidade Estadual de Londrina,Londrina, 2011. RESUMOEste estudo analisa as vantagens e as desvantagens do uso do Catálogo on line doSistema de Biblioteca da Universidade Estadual de Londrina (SB/UEL) na visão dosestagiários do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos – EAAJ/UEL. Apresentaos benefícios do catálogo on line, apontados pelos usuários, corroborando aimportância das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na disseminação,busca e recuperação da informação. Aborda Estudo de Usuário, Serviço deReferência e Informação, Biblioteca, Biblioteca Universitária, Catálogo Tradicional eo Catálogo on line, objeto deste estudo. Como procedimento metodológico, adotou-se a abordagem quali-quantitativa, visando à análise dos dados. Como instrumentode coleta de dados utilizou-se o questionário. Conclui que o catálogo on line, auxiliaos usuários na busca e recuperação da informação, além de que, o acesso remotopermite que os discentes localizem as informações desejadas, sem precisar sedeslocar de sua casa. Tais benefícios mostram que o avanço tecnológico e o mundocada dia mais globalizado, possibilita o compartilhamento da informação, crucial nosdias de hoje. Identificar as vantagens e desvantagens no uso do catálogo on line daBiblioteca Setorial do EAAJ/UEL pelos usuários, permitiu conhecer a realnecessidade da comunidade, sendo evidente na pesquisa, que os usuários em suamaioria estão satisfeitos com o uso do catálogo on line, embora, haja necessidadede maior divulgação dos serviços e produtos ofertados pelo SB/UEL, assim como aoferta de treinamentos direcionados ao uso do catálogo on line do SB/UEL.Palavras-chave: Estudo de Usuário. Biblioteca Universitária. Catálogo on line.
20RODRIGUES, Vaudice Donizeti. The online catalog of the Library System ofState University of Londrina according to the vision of interns from the LegalMatter Management Office. 2011. 75 f. Term paper (Bachelor of Library Science).State University of Londrina, 2011. ABSTRACTThis paper analyses the advantages and disadvantages of using the online catalog ofthe Library System of State University of Londrina based on the vision of internsfrom the Legal Matter Management Office. It presents the benefits of the onlinecatalog, indicated by the users, corroborating the importance of Information andCommunication Technology in the dissemination, search and information recovery. Itapproaches Users Study, Information and Reference Service, Library, UniversityLibrary, Traditional Catalog and online Catalog, which is the subject of this term. As amethodologic procedure, was adopted a qualitative and quantitative approach,aiming the data analysis. A questionary was applicated for the research subjects. Itwas concluded that the online catalog helps the users in search and recoveryinformation, beyond that, the remote access allows the users locate the requiredinformations, without leaving their houses. These benefits show that thetechnological advance gathered with world globalization, enables data sharing, whatis extremely important nowadays. Identifing the advantages and disadvantages in theutilization of online catalog of the Sectorial Library of Legal Matter ManagementOffice by its users, permitted to know the real necessity of the community, showingthe evidence in the poll that most part of the users are satisfied with the catalog,however, its necessary the divulgation of services and products offerd by LibrarySystem of State University of Londrina, as the trainig offerings directed to the use ofonline catalog from Library System of State University of Londrina.Key-words: Users Study. University Library. Online Catalog.
21 LISTA DE GRÁFICOSGráfico 1 – Serviços oferecidos pelo SB/UEL................................................................. 48Gráfico 2 – Uso do catálogo on line do SB/UEL............................................................. 49Gráfico 3 – Frequência de uso do catálogo on line do SB/UEL................................... 50Gráfico 4 – Local de consulta do catálogo on line SB/UEL........................................... 51Gráfico 5 – Opção de consulta no catálogo on line do SB/UEL................................... 52Gráfico 6 – Necessidade de orientação no uso do catálogo on line do SB/UEL....... 53Gráfico 7 – Instruções de uso do catálogo on line do SB/UEL..................................... 53Gráfico 8 – Vantagem do uso do catálogo on line do SB/UEL..................................... 54Gráfico 9 – Alteração na interface catálogo on line do SB/UEL................................... 55Gráfico 10 – Benefícios da interface de recuperação da informação.......................... 55Gráfico 11 – Dificuldade no uso do catálogo on line de SB/UEL................................. 56
22SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................122 PROBLEMA........................................................................................................................153 OBJETIVOS........................................................................................................................173.1 Objetivo Geral..................................................................................................................173.1.1 Objetivos Específicos..................................................................................................174 JUSTIFICATIVA.................................................................................................................185 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA.............................................................205.1 Sistema de Bibliotecas da UEL.................................................................................... 205.1.1 Catálogo on line do Sistema de Bibliotecas da UEL............................................. 225.2 Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos.......................................................... 225.2.1 Biblioteca Setorial do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos................ 236 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................266.1 Bibliotecas........................................................................................................................ 266.1.1 Biblioteca Universitária............................................................................................... 296.2 Catalogação e Catálogo................................................................................................ 306..2.1 Catálogo on-line..........................................................................................................336.3 Estudos de Usuários...................................................................................................... 346.3.1 Informação.................................................................................................................... 376.3.2 Necessidade Informacional........................................................................................39
236.3.3 Serviço de Referência.................................................................................................407 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...................................................................... 427.1 Universo da Pesquisa.................................................................................................... 437.2 População Alvo................................................................................................................437.3 Instrumento de Coleta de Dados..................................................................................437.3.1 Pré-teste........................................................................................................................437.5 Aplicação do Instrumento de Coleta de Dados..........................................................447.5 Análise dos Dados e Tabulação...................................................................................448 ANÁLISE DOS RESULTADOS.......................................................................................469 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 59REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 61APÊNDICES...........................................................................................................................67APÊNDICE A – Carta de Autorização para Aplicação do pré-teste..............................68APÊNDICE B – Carta de Autorização para Aplicação do Instrumento de Pesquisa....................................................................................................69APÊNDICE C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do Participante......... 71APÊNDICE D – Questionário.............................................................................................. 72
121 INTRODUÇÃO A principal função de uma biblioteca é atender as necessidadesinformacionais de seus usuários, seja ela pública, comunitária, escolar, universitáriaetc. Para que esta tarefa seja atendida de modo satisfatório, os profissionaisenvolvidos precisam estar atentos a estas necessidades. Dentre as várias funçõesde uma unidade de informação, temos a de disseminar a informação, que é uma dasatividades desenvolvidas por bibliotecários e está diretamente ligada aos usuários eàs suas necessidades informacionais, para isto o profissional bibliotecário temutilizado as tecnologias de informação e comunicação. Novas tecnologias entram no mercado todos os dias, com ainformação não é diferente, novos suportes surgem a todo o momento, e a unidadede informação tem que estar alerta, para fazer uso destas tecnologias em favor deseus usuários. A partir dessas informações é razoável afirmar que os serviçosinformacionais passaram por grandes mudanças em nível mundial, proporcionadaspela evolução das tecnologias de informação e comunicação. Os profissionais da informação, hoje, devem considerar que os recursos eletrônicos cada vez mais conquistarão espaço e são o que de melhor já se criou para o tratamento e a recuperação da informação, seja dentro de quatro paredes ou em um espaço sem fronteiras (SILVA; TOMAEL, 2004, p. 9). Nesse ambiente, encontra-se a internet, que é um meio derecuperar as informações, e uma das fontes utilizadas para auxiliar as unidades deinformação a suprir as necessidades de informação dos seus usuários. SegundoBrum e Barbosa (2009, p. 61): Não se pode negar que a Internet ocupa um espaço importante nos processos informacionais e, atualmente, é um fator determinante no comportamento informacional do indivíduo em termos de necessidade, busca e uso da informação. Assim, como a internet, a informação é essencial para se tomar umadecisão, os usuários buscam informação para satisfazer uma necessidade. No entanto, apesar de vivermos cercados de informação, seu uso deacordo com Choo (2006, apud BRUM; BARBOSA, 2009, p. 56) é: O conjunto entre seleção e processamento da informação. Ele se configura como uma visível mudança no estado do conhecimento e, consequentemente, na capacidade de o individuo utilizar a informação para executar alguma ação efetiva.
13 Complementando, Choo (2003, p. 107) defende que o uso dainformação possibilita “[...] responder a uma pergunta, resolver algum problema,tomar uma decisão ou entender uma situação.” Nesse sentido, percebe-se que a informação pode ser buscada erecuperada por diferentes meios, fato é que ao buscar a informação desejada, osusuários de bibliotecas contam com um forte aliado, ou seja, o catálogo da unidadede informação que possibilita localizar a informação desejada. De acordo com Mey (1987, p. 3) “o catálogo é um dos mais antigosinstrumentos das bibliotecas e, certamente, um dos poucos que chegarão ao terceiromilênio”, assim sendo, é a forma mais antiga de organizar e disponibilizar ainformação. Diante disto, uma catalogação bem feita resulta num bom catálogo,com isso facilita o acesso à informação. Portanto, o catálogo em uma bibliotecatorna-se um importante instrumento na recuperação da informação. Okada e Ortega (2009, p. 19) argumentam que “[...] saber tratar ainformação para compor o catálogo é de suma importância para que se tenha umarecuperação rápida e eficaz.” Ainda defende que, “o registro de um catálogo é umaestrutura para representação de um documento. Esta estrutura pode ser obtida pormeio de um formato de registro bibliográfico e de regras de catalogação.” Uma biblioteca automatizada precisa oferecer para seus usuáriosoutros serviços, além do catálogo on line. Dentre os serviços ofertados porbibliotecas, temos o Serviço de Referência, que tem como objetivo auxiliar osusuários na busca pela informação desejada. Além disso, os demais serviços dasunidades de informação, que precisam ser constantemente aprimorados e seremdesenvolvidos por profissionais capacitados. Complementando tais pensamentos, Moreno (2005, p. 29) ressaltaque “[...] os usuários não têm competência para no momento de uma necessidadeinformacional analisar a questão, identificar o vocabulário relevante, e ao mesmotempo construir uma estratégia de busca eficiente”, cabe notar, que o profissionalenvolvido com o setor de referência precisa instruir os usuários, como montarestratégia de busca e técnicas de recuperação de informação. A partir do exposto, é valido destacar que o foco deste estudo foi ouso do catálogo on line do Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual deLondrina (BS/UEL), do ponto de vista dos estagiários do Escritório de Aplicação de
14Assuntos Jurídicos da Universidade Estadual de Londrina (EAAJ/UEL). Investigou-se as vantagens e desvantagens que os catálogos oferecem para a seusconsulentes. Para o desenvolvimento desta pesquisa delineamos os objetivos econsideramos as necessidades dos usuários. O trabalho foi estruturado na seguinte ordem: problema, objetivos,justificativa, caracterização da Universidade Estadual de Londrina, Sistema deBibliotecas da UEL e o Catálogo on line da UEL, EAAJ/UEL, Biblioteca Setorial doEAAJ/UEL. No Referencial Teórico buscamos na literatura conceitos e definições debibliotecas, catálogo e catalogação, catálogo on line, estudos de usuários,informação, necessidade informacional e serviço de referência.
152 PROBLEMA Neste estudo o tema escolhido foi o catálogo on line do Sistema deBibliotecas da Universidade Estadual de Londrina (SB/UEL). Por ser o catálogo online objeto de nossa pesquisa, num primeiro momento, procuramos conhecer aevolução do catálogo do SB/UEL, a partir dos procedimentos adotados para suacriação. A automação do catálogo do SB/UEL teve início em março de 1999,com as obras adquiridas após o ano 1996. Em 2010, o sistema passou a ofereceraos seus usuários, além do catálogo on line, também a renovação e a reserva online. Atualmente, todo o acervo está automatizado, assim, pode ocorrerque muitas vezes os usuários encontram dificuldade no uso do catálogo, no que dizrespeito à formulação de expressão de busca e recuperação da informação. Considerando que a automação de uma biblioteca proporciona aosprofissionais envolvidos com a guarda e disseminação da informação, meios deatender com mais rapidez e eficiência seus usuários, viabilizando condições deoferecer maior qualidade num menor tempo. Portanto, é fundamental que osprofissionais envolvidos com o atendimento de referência, conheçam de fato asdificuldades de seus usuários. Nesse sentido, são válidas as ideias de Lima (1994, p. 9) ao afirmarque “[...] no intuito de melhor administrar e planejar bibliotecas e serviços deinformação é necessário entre outros fatores, procurar conhecer os indivíduos queutilizam os serviços que a biblioteca oferece.” Conhecendo as dificuldades e necessidades de seus usuários, aunidade de informação tem como utilizar-se dos recursos disponíveis e ofertarserviços para satisfazer de modo efetivo as necessidades de sua comunidade. Assim sendo, constitui-se a questão norteadora deste estudo: Quaisas possíveis dificuldades na utilização, localização e na formulação de expressão debusca no uso do catálogo on line do Sistema de Biblioteca da UEL? Com base nestes questionamentos, propõe-se um estudo de usodos catálogos on line do Sistema de Bibliotecas da UEL, tendo como foco osestudantes do 4º e 5º ano do Curso de Direito da UEL, que frequentam a BibliotecaSetorial do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos - BS/EAA.
16 A proposta desta pesquisa foi verificar quais as possíveisdificuldades que os estagiários encontram no uso do catálogo on line do SB/UEL.Quais vantagens e desvantagens e benefícios que o catálogo on line oferece paraos usuários.
173 OBJETIVOS Numa unidade de informação a importância do estudo de usuários, écontribuir no aperfeiçoamento dos serviços oferecidos pela instituição, desta forma ouso do catálogo on line é o tema central desta pesquisa.3.1 Objetivo Geral Analisar o uso do catálogo on line do Sistema de Biblioteca daUniversidade Estadual de Londrina, pelos usuários da Biblioteca Setorial doEscritório de Aplicação Assuntos Jurídicos (BS/EAAJ).3.2 Objetivos Específicos Os objetivos específicos são: Levantar qual a frequência e local de uso do catálogo on line do SB/UEL, pelos alunos do 4º e 5º ano do Curso de Direito da UEL que frequentam a BS/EAAJ. Verificar se as instruções de uso do catálogo on line do SB/UEL facilitam a busca, localização e recuperação da informação desejada por seus usuários. Identificar quais as vantagens e desvantagens do catálogo on line do SB/UEL, para os estudantes do 4º e 5º ano do Curso de Direito da UEL, na recuperação da informação. Identificar as possíveis dificuldades dos estudantes do 4º e 5º ano do Curso de Direito da UEL, em relação ao uso do catálogo on line do SB/UEL.
184 JUSTIFICATIVA Estudos de uso de catálogos justificam-se por que o catálogo numaunidade de informação é um importante instrumento, através dele o usuário poderecuperar a informação com maior rapidez. A função do catálogo é agrupar os itenssemelhantes, com isso facilita para os usuários, a localização da informação da qualnecessitam. Os objetivos do catálogo para Fiuza (1987, p. 50) são: [...] permitir que o usuário localize um item onde se conheça: o autor, título e assunto; [...] indicar o que a unidade de informação possui: de um determinado assunto e também por um tipo distinto de literatura; [...] auxiliar na recuperação do item: seja por edição e gênero literário ou tópico. Diante do exposto, podemos dizer que os catálogos são de vitalimportância para os usuários, por possibilitar a mediação da informação, seja ela online ou manual, auxiliam os usuários a encontrar a informação que necessitam.Também no catálogo on line, a busca torna-se mais rápida, pois as formas derecuperar a informação são maiores e, ainda possibilita a recuperação dosdocumentos em suas mais variadas formas e, em lugares geograficamente distantesda biblioteca. Deste modo, os usuários podem consultar o catálogo da biblioteca desua casa. Em razão disso, Souza (2008, p. 152) salienta que: Neste novo ambiente, os usuários podem ter acesso a diferentes recursos informacionais, independentemente de sua localização geográfica. Trata-se, portanto, de uma nova perspectiva de aumentar a rapidez ao acesso aos documentos, selecionando-os dentre a quantidade imensa disponível, de eliminar ainda as visitas físicas em excesso à biblioteca, utilizando a biblioteca de suas próprias mesas, onde os materiais estarão sempre disponíveis. Observa-se que numa outra perspectiva, além dos benefíciosapontados, os profissionais envolvidos com a organização e disseminação dainformação dispõem de meios que possibilitam aprimorar os serviços que asunidades de informação oferecem aos seus usuários, dentre os quais podemos citaros estudos de usuários, que auxiliam as instituições na verificação do porque, comoe para que as informações são utilizadas. Segundo Torre (2004, p. 21) “[...] osresultados destes estudos estimulam os usuários a tornar suas necessidadesinformacionais conhecidas pelas bibliotecas e unidades de informação.” Além disso,
19estes resultados podem ser usados no planejamento de serviços e na melhora dosistema de recuperação e no atendimento. Assim, esta investigação tem como proposta averiguar as possíveisdificuldades dos usuários da BS/EAAJ, no uso do catálogo on line do Sistema deBiblioteca da Universidade Estadual de Londrina. Observou-se a implantaçãocontínua de novos serviços e produtos, tais como: reservas, renovação etc., quevisam estabelecer uma ligação efetiva entre as necessidades dos usuários e osserviços oferecidos pela instituição. Nessa perspectiva, a motivação por esta pesquisa foi gerada a partirda observação de conversas entre usuários, quanto às dificuldades encontradas nabusca e na recuperação da informação no catálogo on line do SB/UEL. Acreditamosque o usuário é a razão de ser de toda unidade de informação, pois sem o qual, nãohá motivo para existir e, também, por entender o catálogo como uma das maisimportantes ferramentas de localização e recuperação da informação desejada.Propusemos-nos a investigar e analisar o catálogo on line do Sistema de Bibliotecasda Universidade de Estadual de Londrina. Este estudo tem a pretensão de ser útil ao SB/UEL de modo acontribuir em suas atividades de apoio aos seus usuários. Portanto, reveste-se degrande valor social e institucional. De acordo com Fiorin (2002, p. 17), “uma das missões da biblioteca,é disponibilizar informação o mais rápido possível e o catálogo on line possibilita aoprofissional bibliotecário, disponibilizar esta informação, através deste importanteinstrumento que é o catálogo”. Vale destacar, para que a biblioteca ofereça melhores serviços, épreciso primeiro conhecer quem são seus usuários, suas necessidades e tambémquais as dificuldades encontradas por eles no uso dos serviços ofertados.
205 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA A Universidade Estadual de Londrina (UEL) foi criada pelo decretonº. 18.110, de 28 de janeiro de 1970, organizada a partir de algumas faculdades quejá existiam em Londrina, que são: Faculdade Estadual de Direito de Londrina; Faculdade Estadual de Filosofia, Letras de Londrina; Faculdade Estadual de Odontologia de Londrina; Faculdade de Medicina do Paraná; Faculdade Estadual de Ciências Econômicas e Contábeis de Londrina. Em 7 de outubro de 1971, pelo Decreto Federal 69.234/71, foireconhecida como Universidade. Os órgãos de execução da Administração Superior congregamfunções burocráticas e administrativas da Universidade e todos os órgãos estãoagregados, direta ou indiretamente, à Reitoria, São eles: Gabinete da Reitoria; Pró-Reitoria de Graduação; Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação; Pró-Reitoria de Extensão; Pró-Reitoria de Administração e Finanças; Pró-Reitoria de Recursos Humanos; Pró-Reitoria de Planejamento; Coordenadoria de Processos Seletivos; Coordenadoria de Comunicação Social; Prefeitura do Campus Universitário. A Universidade Estadual de Londrina possui nove (9) centros deestudos que agregam cinquenta e sete (57) departamentos.5.1 Sistema de Bibliotecas da UEL De acordo com a Universidade Estadual de Londrina (2010), amissão da biblioteca numa instituição de ensino é:
21 Promover o acesso, a recuperação e a transferência da Informação para toda a comunidade universitária, de forma atualizada, ágil e qualificada, visando contribuir para a formação profissional do cidadão, colaborando, dessa forma, no desenvolvimento científico, tecnológico e cultural da sociedade como um todo. A criação da Biblioteca Central da Universidade Estadual deLondrina (BC/UEL) ocorreu em 1972, é um órgão de apoio da Universidade,vinculado administrativamente à reitoria, Em decorrência de uma nova estruturaorganizacional, em 1981, foram unificadas as bibliotecas setoriais localizadas nocampus universitário. O Sistema de Bibliotecas da UEL é coordenado pela BibliotecaCentral, é composto por cinco unidades: Biblioteca Central (BC); Biblioteca Setorial do Centro de Ciências da Saúde (BS/CCS); Biblioteca Setorial da Clínica Odontológica Universitária (BS/COU); Biblioteca Setorial de Ciências Humanas (BS/CH); Biblioteca Setorial do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos (BS/EAAJ). Para a Universidade Estadual de Londrina (2010), a coleção geral daSB/UEL é composta de 140.959 títulos com 238.586 exemplares, entre livros, teses,folhetos e periódicos. Conta ainda, com as coleções especiais, totalizando 3.268 títulosnum total de 4.555 exemplares distribuídos nos seguintes suportes: Braille, CD-ROM,diapositivos, discos, disquetes, DVD, filmes, fitas cassetes, fotografias, mapas,normas técnicas, fitas VHS. A coleção de periódicos da Universidade Estadual de Londrinapossui 6.415 títulos, com 372.704 fascículos no total. Os usuários em potencial do SB/UEL1, no ano de 2009, somaram48.469, sendo que 16.500 são usuários reais, ou seja, (34,04%), a maior procura édos alunos de graduação que totalizam 45,48%, neste ano a freqüência média dabiblioteca foi de 2.533 usuários/dias.1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Sistema de Biblioteca. Dados estatísticos dacoleção e de usuários. Disponível em: < http://www.uel.br/bc/index.php?content=inf_gerais_dados_estatisticos.html>. Acesso em: 02 maio 2010.
225.1.1 Catálogo on line do Sistema de Bibliotecas da UEL. O catálogo on line da Biblioteca Central da Universidade Estadual deLondrina (BC/UEL), começou a ser utilizado a partir de março de 1999, com asobras adquiridas a partir do ano de 1996. Com 6 (seis) terminais disponíveis paraconsulta, possibilitava a recuperação das informações também pelo assunto dosdocumentos, na ocasião a BC/ UEL possuía catálogos manuais de autor e título,para o acervo anterior a 1996. Segundo Fiorin (2002, p.16), nesta data a BC/UEL possuía 86.919títulos e 148.917 exemplares, e destes 23.711 exemplares ou (23,71%) estavamdisponíveis no catálogo on line, sendo assim, os usuários tinham que consultar osdois catálogos, para recuperar a informação desejada, sendo que muitas vezes ousuário preferia ir direto ao acervo. O Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual de Londrinaatualmente tem todo seu acervo informatizado. Sendo assim, a comunidadeacadêmica pode acessar o catálogo on line de qualquer lugar, desde que estejaconectado a uma rede, com isso, torna-se mais rápido e fácil a localização erecuperação da informação, além de que oferece também reserva e renovação online entre outros serviços.5.2 Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos O Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos - EAAJ é um ÓrgãoSuplementar do Centro de Estudos Sociais Aplicados da UEL, tem como objetivoprestar assistência jurídica à população beneficiária da assistência judiciária gratuitada Comarca de Londrina e seus Distritos com isso permite o acesso à justiça etambém ao exercício de cidadania. Serve também de campo de estágio para alunosdo Curso de Direito, contribui com a formação ética dos profissionais comcompetências técnicas e flexibilidade intelectual na busca pela justiça, sendo assimcolabora com a qualidade de vida dos cidadãos. Os alunos matriculados na disciplina Estágio CurricularesObrigatório são supervisionados e orientados por professores-advogados da UEL,
23esses alunos prestam assistência judiciária gratuita à população economicamentecarente do Município de Londrina e seus Distritos.5.2.1 Biblioteca Setorial do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos A Biblioteca Setorial do Escritório de Aplicação de AssuntosJurídicos – BS/EAAJ integra o Sistema de Bibliotecas da UEL. Foi criada no ano de1989, a diretora da Biblioteca Central da UEL e o diretor do Escritório de Aplicaçãode Assuntos Jurídicos, em conjunto solicitaram através do OF/EAAJ/22/89 que oacervo bibliográfico existente no escritório fosse considerado como uma BibliotecaSetorial da Biblioteca Central da UEL. A unidade de informação está alocada noprédio do EAAJ. De acordo com Jovanovich e Torre (2011, p. 6) “[...] é uma bibliotecaespecializada do curso de Direito, atende especificamente os alunos de 4º e 5º anos,professores e funcionários do escritório. É aberta para a comunidade externa numtodo”. Tem como função dar suporte informacional jurídico, contribuir para a práticaforense dos discentes de direito que estagiam no Escritório de Aplicação deAssuntos Jurídicos da UEL. O serviço de empréstimo de material bibliográficodestina-se somente aos estagiários do 4º e 5º ano de Direito e docentes do Curso deDireito da Universidade Estadual de Londrina. Além do exposto, a BS/EAAJ tem como missão: [...] promover o acesso, a recuperação e a transparência da informação para a comunidade universitária, de forma atualizada, ágil e qualificada, visando contribuir para a formação profissional do cidadão, colaborando, para o desenvolvimento cientifico, tecnológico e cultural (JOVANOVICH; TORRE, 2011, p.6). Os serviços oferecidos pela unidade de informação são: Circulação,Serviço de Referência e Serviço de Processamento Técnico que são realizados noSetor de Processamento Técnico/BC e depois de prontos para compor o acervo, sãoencaminhados para a BS/EAAJ. O Serviço de Circulação da BS/EAAJ consiste em empréstimo,devolução, reservas e consultas dos materiais disponíveis no acervo da biblioteca. Arenovação e reserva on line, de acordo com Jovanovich e Torre (2011) passou a seroferecido para os usuários a partir de outubro de 2010, era a única biblioteca que
24não estava com estes serviços disponíveis no sistema on line das bibliotecas daUEL, passando assim a integrar o SB/UEL. O Serviço de Referência segundo Jovanovich e Torre (2011, p.13)“[...] é um serviço mais aprimorado, e está diretamente relacionado com o usuário,ou seja, treinamento de capacitação de usuários.” À capacitação se dá através de auxílio no uso das obras dereferência, acesso à base de dados, assim como nos periódicos eletrônicos comtexto integral, orientação no uso do catálogo on line e também treinamento parautilização da renovação e reserva on line, entre outros serviços oferecidos peloSB/UEL. No dia 19 de outubro de 2011 a BS/EAAJ completa vinte e dois anosde existência “[...] o que comprova a importância efetiva da biblioteca dentro de umórgão suplementar como o Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos(JOVANOVICH; TORRE, 2001, p. 8).” Fazem parte do quadro de funcionários da BS/EAAJ duasbibliotecárias, sendo que uma tem o cargo de bibliotecária encarregada. No ano de 2010, o EAAJ tinha 445 alunos efetivamentematriculados2, em 2011 esse número aumentou para 550. Os dados de registro das catracas de entrada da biblioteca sãoapresentados no quadro abaixo, referem-se ao ano de 2010, comprovando assim, aimportância desta unidade de informação para os seus usuários.Quadro 1 – Fluxo de usuários dentro da BS/EAAJ, por período.PERÍODO FREQUÊNCIA Manhã 4.248 Tarde 3.147 Noite 2.765 TOTAL 10.340Fonte: JOVANOVICH; TORRE, 2011, p. 18. De acordo com as considerações das autoras, o total de usuáriosque utilizaram a biblioteca em 2010 totalizou 10.340 “[...] é um número expressivo se2JOVANOVICH, Eliane Maria da Silva; Torre, Ângela Maria Dalla. Relatório das atividadesdesenvolvidas na Biblioteca Setorial do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos(BSEAAJ) durante o exercício de 2010. Londrina, 2011.
25considerarmos que durante o ano de 2010 tivemos 236 dias úteis, o que nos leva auma média de 44 usuários diários utilizando a biblioteca. A concentração maior deusuários foi no período matutino (JOVANOVICH; TORRE, 2011, p. 19).” A BS/EAAJ tem seu acervo composto por livros, periódicos, folhetos,etc. No ano de 2010 foram realizadas 4.793 consultas para livros e 1.192 paraperiódicos.
266 REFERENCIAL TEÓRICO No que tange ao referencial teórico deste estudo, tivemos como focoo uso do catálogo on line e os usuários. Neste contexto, apresentamos os tópicos naseguinte ordem: conceitos de bibliotecas, bibliotecas universitárias, catalogação ecatálogo on line. Discorremos sobre estudo de usuários, informação, necessidadeinformacional e serviço de referência.6.1 Bibliotecas O homem desde o mais remoto tempo procurou registrar sua história,no princípio nas paredes das cavernas, ele descrevia com figuras do seu cotidiano,mas como tudo caminha para uma evolução natural, surgiram os primeiros escritosem vários suportes, a exemplo, as tabuinhas de cera, tabletes de argila,pergaminhos, papiros, o papel e com avanço tecnológico, outros suportes estãosendo usados para que a informação seja registrada e disseminada. No que tange as bibliotecas, elas surgiram a partir das necessidadesde armazenamento e preservação do conhecimento humano. Em decorrência dasmudanças ao longo do tempo, as bibliotecas também sofreram evolução. Um dosmotivos da formação de unidades de informação é o aumento da produçãointelectual gerada pela sociedade. Nesse contexto, os profissionais envolvidos coma informação cada vez mais são impulsionados a adotar métodos e formas deorganizar, preservar e recuperar a informação. A palavra biblioteca tem sua origem nos termos gregos biblíon (livro)e theka (caixa), significando o móvel ou lugar onde se guardam livros. No Egito noséculo IV a.C. existiu a magnífica e famosa biblioteca da antiguidade, a deAlexandria, seu acervo era constituído de rolos de papiro manuscrito e tinha comointuito reunir em um só lugar todo conhecimento humano. Complementando, as explicações e o conceito para a palavrabiblioteca, constatam que ela vem se transformando e se adequando por meio dasua própria história. Para Fonseca (1992, p. 60), um novo conceito “[...] é o debiblioteca menos como coleção de livros e outros documentos, devidamenteclassificados e catalogados do que como assembléia de usuários da informação.”Observa-se que as bibliotecas não podem ser vistas como simples depósitos de
27livros. Sendo assim, precisam ter o foco voltado para os usuários no uso que essesfazem da informação, oferecendo recursos e serviços para que a informação circuleda forma mais dinâmica possível. Sobre a história das bibliotecas Marcelino (2008, p. 30) afirma que: Na história das bibliotecas, estas sempre estiveram ligadas às tecnologias de suas épocas, desde os manuscritos, passando pelo texto impresso até à chegada da Internet, da automação dos catálogos ao desenvolvimento da biblioteca digital. Diante do processo de evolução tecnológica, o ser humano encontraformas diversas para guardar, organizar e disseminar a informação gerada pelahumanidade. Complementando, Milanesi (2002, p. 9) argumenta que: O pensamento humano, progressivamente, encontra suas formas de registro. Aumenta a população, amplia-se a porcentagem de letrados e, em paralelo, descobre-se como guardar na memória e como resgatar dos grandes tratados a mais pífia reflexão. Parte substancial da historia é construída pelo estudo desses registros: dos desenhos nas cavernas ao livro virtual. Desta forma a produção e organização da informação a serpreservada são ações paralelas e simultâneas, a respeito disso Milanesi (2002, p. 21)afirma que: “no momento que o homem foi capaz de perceber isso e de colocar emprática essa atividade de ordenamento estabeleceu a noção básica de biblioteca.” Dentre muitas definições que podemos encontrar sobre bibliotecas,pode-se citar Ferreira (2000, p. 97) que define a biblioteca como: “coleção pública ouprivada de livros ou documentos congêneres, para estudo leitura e consulta [...]edifício ou recinto onde ela se instala [...] móvel onde se guarda e/ou ordena livros.”O dicionário Michaelis define a biblioteca como: “Coleção de livros, edifícios públicosonde se instala essa coleção para ser consultada pelos interessados, coleção deobras de um autor, coleção de obras de um determinado assunto (BIBLIOTECA,2008, p. 118).” Segundo Prado (1992, p. 7) “a biblioteca é uma instituição de valorsocial e o bibliotecário precisa fortalecer a vida intelectual dos usuários”, a autoradescreve os serviços específicos de uma biblioteca, dentre o quais estão: “[...]oferecer material para leitura e estudo, preparar um bom serviço informativo e guiar,dentro do possível, a consulta.” Nesse sentido, Marcelino (2008, p. 16), refere-se à biblioteca como:
28 [...] unidade dentro de uma instituição de pesquisa, universidade, empresa, escola ou cidade, que gerencia a aquisição, processamento, armazenamento e disseminação de informações nos suportes físico ou digital para uma comunidade específica, utilizando recursos tecnológicos. As bibliotecas, apesar de terem quase sempre a mesma forma física,dividem-se em várias modalidades, quais sejam: as bibliotecas públicas,comunitárias escolares, especializadas e as bibliotecas universitárias, etc. Figueiredo (1994b, p. 35) ressalta que apesar de haver diferençasplausíveis entre as modalidades de bibliotecas, elas têm um papel semelhante: [...] como quer se designem as bibliotecas, elas têm um papel importante na transferência da informação. Elas se constituem em um dos canais que servem de meio de ligação, ou interação, entre a literatura registrada e os seus possíveis usuários. Fato é que, as funções de qualquer unidade de informação sãopraticamente as mesmas: Adquirir material bibliográfico correlacionado aos interesses de uma população particular de usuários, real ou em potencial; organizar este material e torná-lo acessíveis aos usuários. Num contexto amplo, as bibliotecas são partes do processo de transferência da informação por meio do registro impresso. (FIGUEREDO, 1994b, p. 35). As bibliotecas com o papel de salvaguardar a história dahumanidade, têm a importante função de disseminar a informação. ParaVasconcelos (1985, p. 7) “a biblioteca é uma organização sem finalidade de lucro,cujo objetivo geral é a satisfação de alguma necessidade da comunidade ou de umaparte desta, seja de informação, instrução, recreação e outras”. Terciotti (2004, p. 18) argumenta que a biblioteca é “[...] essencial nadinâmica da comunidade, atendendo suas necessidades informacionais”. Em razão disso, o tipo de cada unidade de informação depende doambiente em que é parte integrante. Assim, é de suma importância compreender atipologia de cada biblioteca, isso nos auxilia perceber a função social de cadaunidade e também precisamos ter um vasto conhecimento da comunidade na qualestá inserida, tornando evidentes suas principais necessidades, seus hábitosculturais e seus anseios de informação.
296.1.1 Bibliotecas Universitárias As bibliotecas universitárias não têm somente a incumbência deserem guardiãs da informação, precisam atuar como mediadoras da informação como usuário, objetivando fornecer informação de forma rápida, atual e relevante. De acordo com Morigi e Souto (2005) as primeiras bibliotecasuniversitárias surgiram na Idade Média, antes do renascimento, eram ligadas asordens religiosas, o aumento dos estudantes universitários ocasionou também oacréscimo na produção intelectual. Com a invenção da imprensa por Gutenbergintensifica ainda mais, a produção de material de informação. Na concepção deMilanesi (2002, p. 25) “[...] essa nova situação de acessibilidade dos livros - de papele impresso – acabou sendo um estimulo ao conhecimento das letras e à absorçãode conhecimento”. Prado (1992, p.13) enfatiza que a biblioteca universitária: Nada mais é que a universidade em si mesma. As universidades são centros transmissores do saber, através do ensino e dos livros. Temos a palavra falada e a palavra escrita a serviço da cultura. Desde os mais remotos tempos a universidade e a biblioteca, trabalhando na mais íntima reciprocidade, tem desempenhado a importantíssima função de preservar e disseminar o conhecimento. Desde os tijolos da Babilônia e os rolos de papiros da biblioteca de Alexandria aos rolos de microfilmes de nossos dias, vemos uma longa estrada de trabalho, esforço e pesquisa. As unidades de informação têm uma importante função naorganização, recuperação e disseminação da informação. No que diz respeito àsinstituições de ensino superior, ela precisam estar voltadas para o crescimentointelectual de seus usuários. Neste contexto, Müller (1993, p. 10) defende que a bibliotecauniversitária “[...] determina como objetivos máximos do ensino superior, a pesquisa,o desenvolvimento das ciências, artes e letras, a formação de profissionais de nívelsuperior”, tendo a incumbência de auxiliar os estudantes em suas experiênciasacadêmicas. Consequentemente, oferecer possibilidades ou probabilidades nasrealizações de suas necessidades de informação e na busca de novosconhecimentos. A propósito disso, Carvalho (1976, p. 127) indica que “uma dasfunções da biblioteca universitária é ajudar o usuário a querer e a buscar a
30informação de que necessita para seu desenvolvimento integral”. Apesar de ser umtexto de mais de 30 anos, ainda hoje, está de acordo com a função que é almejadapor todos dentro de uma instituição de ensino. É crucial que as unidades de informação cumpram a função paraqual foram criadas, para tanto, precisam alcançar seus objetivos e satisfazer asnecessidades de seus usuários. É fundamental que as bibliotecas fiquem atentas seos seus usuários buscam informação e como as buscam. A respeito disso Carvalho (1976) considera que as bibliotecasdevam ser organizadas com alguns propósitos, que são: promover para usuários; ainformação que ele necessite; em forma adequada; canal adequado, no momentoque ele necessite; com a maior facilidade nas busca e com menor custo. Ciente dospropósitos atribuídos às bibliotecas universitárias fica claro que: As bibliotecas universitárias poderão atender as necessidades de informação de seus usuários de forma satisfatória. As bibliotecas universitárias têm importante participação no processo de transformação da sociedade. (TORRE, 2004, p. 27). Para Okada e Ortega (2009, p. 20) a biblioteca universitária “não éestática, pois deve observar como se dá a informação no mundo contemporâneo eparticipar do processo de crescimento e de mudança das demandas institucionaispor informação”, deve também ser um espaço de múltipla comunicação, disporconteúdo informacional para toda comunidade acadêmica, e disponibilizar itensinformacionais de uma maneira rápida e de forma que desenvolva a concepção denovos conhecimentos.6.2 Catalogação e Catálogo A catalogação individualiza os itens tornando-os únicos e agrupaseus semelhantes, fornece alternativas de escolha aos usuários e facilita alocalização dos itens no acervo. De acordo com Souza (2003, apud ANZOLIN, 2007, p. 3) catalogar é: Uma tarefa que requer técnica especializada exige perfeição na formação dos catálogos de bibliotecas, a fim de atender aos interesses dos usuários, ou seja, fornecer informações concretas, exatas e apropriadas, por meio da identificação do documento solicitado.
31 O catálogo é o resultado da catalogação, sendo esta realizada comseriedade e seguindo normas e padrões existentes, possibilita a unidade deinformação oferecer aos seus usuários um catálogo de boa qualidade, onde tornapossível recuperar a informação desejada. Cunha e Cavalcanti (2008, p.71) conceituam catálogocomo: ”documento secundário que registra e descreve documentos (itens, reunidospermanentemente ou temporariamente)” ou ainda “lista ordenada dos itensexistentes numa coleção pública ou particular” e também “documento que relacionade forma metódica, localizando-os, pessoas, coisas ou itens de uma coleção.” Mey (1987, p. 76) define catálogo sob três pontos de vistas, quanto àetimologia, utilidade e elaboração. De acordo com sua descrição: Quanto à etimologia: Catálogo é a representação de itens existente em um ou vários acervos, agrupados por suas semelhanças. [...] Quanto à utilidade: Catálogo é um canal de comunicação, que veicula as mensagens contidas nos itens, e sobre os itens, de um ou vários acervos, sob forma codificada, para usuários, ou usuários potenciais, desse (s) acervo (s). [...] Quanto à elaboração: Catálogo é uma estrutura, que apresenta de forma organizada itens diversificados, existentes em um ou vários acervos, sob um ponto de vista único. [...] Em síntese: Catálogo é um canal de comunicação estruturado, que veicula mensagem contida nos itens, e sobre os itens, de um ou vários acervos, apresentando-as sob forma codificada e organizada, agrupadas por semelhanças, aos usuários (e usuários potenciais) desse (s) acervo (s). Não se pode negar que o catálogo é uma importante fonte deinformação, pois é através dele que os documentos são representados erecuperados. Complementando tais idéias, Araújo (2011, p. 18) argumenta que “aconstrução de um catálogo bibliográfico em fichas ou em linha é a representação doacervo de uma biblioteca”, e que o seu objetivo “[...] é atender o consulente, paraque este tenha saciado sua necessidade de informação, seja ela expressa oulatente.” Okada e Ortega (2009, p. 19) discorrem que “o registro de umcatálogo é uma estrutura para representação de um documento. Esta estrutura podeser obtida por meio de um formato de registro bibliográfico e de regras decatalogação”. Com base em Mey (1995, p. 4) algumas etapas compreendem atrajetória de um item desde a seleção até a chegada do mesmo aos usuários.
32 Estas etapas são: Seleção e aquisição do item; Analise do item, com a identificação de suas características físicas e de conteúdo; Representação do item, quanto a seus aspectos físicos e de conteúdo; Determinação da localização do item no conjunto do acervo; Registro do item; como parte do acervo da biblioteca; Preparação dos instrumentos de acesso ao item pelo público; Preparação do item para uso e localização no acervo; Armazenamento do item no acervo; Armazenamento dos instrumentos manuais de acesso (MEY, 1995, p.4). É preciso enfatizar que cada atividade segue etapas, métodos etécnicas próprias, assim sendo, as unidades de informação podem criar critériospróprios, entretanto existem códigos e normas a serem respeitados em seusprincípios. Mey (1995, p. 4), defende que o catálogo precisa “[...] possibilitar aidentificação e localização de seus documentos com rapidez e facilidade, e informaros conteúdos (assuntos) a eles atribuídos.” E ainda, que o catálogo deve terregistros uniformes, a informação ser precisa e atual. Argumenta também que sedeve observar a economia de recurso e o tempo para a produção, assim como, fácilacesso e consulta. O principal elo entre o acervo de uma unidade de informação e seususuários são os catálogos manuais ou on line. Para Fiorin (2002, p. 8), catálogo “é afonte de informação mais tradicional e, nas nossas bibliotecas, quase o únicoinstrumento para se explorar o conteúdo de seus acervos”. Diante deste cenário pode-se dizer que o catálogo é o instrumentoque os usuários tem como aliado na busca pela informação, seja ele manual ou online. Ademais, apesar de todas as inovações tecnológicas, as unidadesde informação precisam ficar atentas às necessidades informacionais e nocomportamento informacional de seus usuários, feito isso, oferecer cada vez maisprodutos e serviços de qualidade.
336.2.1 Catálogo on line Com o surgimento das tecnologias de informação, as unidades deinformação cada vez mais oferecem catálogos on line e outros serviços aos seususuários. De acordo com Souza (2008, p. 159) “o advento da Internet tambémcausou mudanças significativas, fazendo surgir novas formas de gerenciamento doscatálogos que, aos poucos, foram substituídos de manual para um terminal decomputador“. Nessa direção, Játiva Miralles (2002, p. 443) acrescenta que “conInternet se hace posible la consulta del catálogo independientemente del lugardonde se encuentre el usuario, extendiéndose y popularizándose su uso3” Complementado tais fatos, Ramos (1999, p. 11) afirma que: Nas bibliotecas, atualmente, verifica-se uma nova realidade, com novas tecnologias de informação que se apresentam para os usuários. O acesso eletrônico à informação, as redes de informação e a internet – rede acadêmica que através de um computador, modem e uma linha telefônica, permite ao usuário acessar, de sua casa, acervos de bibliotecas, bancos de dados nacionais e internacionais, participar de conferencias, utilizar periódicos e correios eletrônicos – vieram facilitar os ‘colégios invisível’ e as redes de gatekeepers na troca de informações. Através da internet e das tecnologias da informação, os serviçosinformacionais passam por mudanças em nível mundial. As bibliotecas tambémsofreram redefinições. Neste contexto, Paiva (2011) defende que nessa novarealidade, uma grande quantia de instituições está disponibilizando serviços on linedentre elas as bibliotecas, segundo o autor “[...] na atualidade podemos notar agrande quantidade de unidades de informação que disponibilizam serviços on line,como por exemplo, o acesso remoto aos seus catálogos” (PAIVA, 2011, p. 2). Diante deste cenário, a nova realidade tecnológica oferece recursospara a melhoria dos serviços e produtos oferecidos pelas unidades de informação,dentre os quais estão os catálogos eletrônicos que são definidos por Cunha eCavalcanti (2008, p.71) como: “catálogo elaborado com a ajuda do computador.Sistema de catalogação automatizada”.3 Com a Internet torna possível consultar o catálogo, independentemente de onde o usuário está,difundir e popularizar o seu uso (tradução nossa).
34 Os catálogos on line também são chamados catálogo em linha ouon-line Public Access Catalogs (OPACs)4. Segundo Paiva (2011, p. 8) catálogo online são: “catálogos automatizados vistos como instrumentos que realizam pesquisasbibliográficas através de materiais ligados a sistemas computacionais e surgem como propósito de facilitar a recuperação de um modo mais rápido e eficiente pelosusuários.“ Neste sentido, os catálogos em linhas contribuem com os usuários,fornecendo acesso mais rápido e fácil.6.3 Estudos de Usuários Os estudos de usuários são realizados com o intuito de colaborarcom as unidades de informação, estando estas unidades em fase de construção eelaboração, ou mesmo depois de prontas. Na década de 1940 começam a surgir os estudos de usuários “comas pesquisa que foram publicadas na Conferência de Informação Científica da RoyalSocietty em 1948 (CABRAL JUNIOR; COSTA; RAMALHO, 2011).” Os objetivosprincipais destes estudos eram conhecer as necessidades dos usuários, seucomportamento informacional e de que maneira eles conseguiam as informaçõesdesejadas. Os estudos de usuários sofreram evolução no decorrer dos tempos,como demonstrado no quadro 2 elaborado por Costa (2008, p. 52).Quadro 2 – Evolução dos estudos de usuários EVOLUÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS NO SÉCULO XXLINHA DO TEMPO FASES DOS ESTUDOS DE USUÁRIOSFinal da década de 40 Os Estudos de Usuários tinham comoDécada de 50 finalidade, agilizar e aperfeiçoar serviços eDécada de 60 produtos prestados pelas bibliotecas. Tais estudos eram restritos à área de Ciências Exatas. Intensificam-se os estudos acerca do uso da informação entre grupos específicos de usuários, agora abrangendo as Ciências Aplicadas. Os Estudos de Usuários enfatizam agora o comportamento dos usuários; surgem estudos de fluxo da informação, canais formais e informais. Os tecnólogos e educadores começam a ser pesquisados.4 Catálogo on-line de Acesso Público
Década de 70 35Década de 80 Os Estudos de Usuários passam aDécada de 90 preocupar-se com mais propriedade com o1ª Década do Século XXI usuário e a satisfação de suas necessidades de informação, atendendoFonte: COSTA, 2008, p.52. outras áreas do conhecimento como: humanidades, ciências sociais e administrativas. Os primeiros trabalhos na literatura especializada sobre o tema datam dessa década Os estudos estão voltados à avaliação de satisfação e desempenho Os estudos estão voltados ao comportamento informacional, que define como as pessoas necessitam, buscam, fornecem e usam a informação em diferentes contextos, incluindo o espaço de trabalho e a vida diária. Os estudos estão voltados tanto para o comportamento informacional, quanto para a avaliação de satisfação e desempenho, enfatizando a relação entre usuários e sistemas de informação interativos, no contexto social das TIC’s. Como podemos verificar, os estudos de usuários estão focados tantono comportamento informacional, quanto na satisfação dos usuários, levando-se emconta, a interação entre usuários e os produtos e serviços oferecidos para acomunidade. Tais estudos possibilitam que as unidades de informação conheçamas necessidades de seus usuários e com isso aprimorarem as atividades deplanejamento e organização da biblioteca. Disseminar, organizar e preservar ainformação é um dos objetivos das unidades de informação. Conforme Guinchat e Menou (1994, p. 485) “as relações entreusuários e unidades de informação dependem das necessidades e doscomportamentos dos usuários, da adequação das unidades e da definição depolíticas apropriadas”. Complementando as ideias acima, Figueiredo (1979, p. 93),argumenta que “os estudos de usuários são difíceis, pois devem levantar respostaslógicas, as quais possam ser interpretadas, quantitativamente, e resultarem emaplicações práticas de interesse dos usuários”. No conceito de Figueiredo (1994a, p. 7) estudos de usuários são:
36 Investigações que se fazem para saber o que os indivíduos precisam em matéria de informação, ou então, para saber se as necessidades de informação por parte dos usuários de uma biblioteca ou de um centro de informação estão sendo satisfeitas de maneiras adequadas. Na concepção da autora os canais de comunicação fazem ligaçãoentre a biblioteca e a comunidade na qual está inserida, e que a motivação pararealizar um estudo de usuário decorre da “necessidade ou desejo de se saber comoestá o serviço, de avaliá-lo, obter informação de quanto uso está sendo feito, deredefinir prioridades, ou para justificar, no todo ou em parte, um serviço oferecido”(FIGUEIREDO, 1994a, p. 7). Lembramos que os usuários, reais ou potenciais, são a razões deser de uma unidade de informação. Le Coadic (1996, p. 40) ressalta os usuáriospotenciais são muito importantes para uma unidade de informação e adverte que “[...]numerosas são as pessoas que jamais utilizam um sistema de informação. Os não-usuários são de longe, mais importantes que os usuários”. Sanz Casado (1994, p.31) define estudo de usuários como “oconjunto de estudos que trata de analisar, qualitativa e quantitativamente, os hábitosde informação dos usuários, através da aplicação de diferentes métodos, entre estesos matemáticos, principalmente estatísticos, ao uso da informação”. Argumenta Castro (2000, p. 226) que estudo de usuários são“estudos realizados com a finalidade de avaliar a qualidade do acervo, dos serviçosoferecidos pela biblioteca e o nível de (in)sastifação do público”. O estudo de usuário é uma das formas que as instituições têm paraapossar-se desta informação, favorecendo a melhoria dos serviços e o atendimentoprestado aos seus usuários. Além disso, Rodrigues e Crippa (2011, p. 49) defendem“[...] que estudos de usuários, tanto são possíveis quanto podem dar retornospositivos para o resultado final do trabalho de armazenamento do que é informativo.” De acordo com Galvino (2006, p. 9) estudo de usuário “sãoavaliações relevantes para a melhoria da qualidade dos serviços e da estrutura decentros de informações, pois possuem uma característica comum: o usuário deinformação”. Considera os centros de informação como sendo, as bibliotecas, osarquivos, os museus e os centros de informação e documentação. O autor enfatiza que a literatura evidencia a necessidade de seremrealizadas avaliações periódicas, através dos estudos de usuários em centros deinformação, que os dados coletados, analisados e interpretados, contribuem com os
37diversos setores das unidades de informação, “o usuário é um elemento consideradoimportante para o desenvolvimento de suas atividades” (GALVINO, 2006, p. 9). Oportunamente Figueiredo (1994a, p.10) alerta para o fato de que osestudos de usuários se tornam úteis na medida em que: [...] guiam a política de seleção de uma biblioteca para ser mais de acordo com os interesses dos usuários; dinamizam a aquisição com busca de publicações de difícil obtenção, como Anais de congresso, preprints, etc.; dão profundidade aos serviços e produtos a serem oferecidos. De maneira especial, apontam as diretrizes para os serviços de referência e de disseminação da informação, sob todas as formas. Fato é que os estudos de usuários de uma unidade de informaçãoidentificam as necessidades informacionais de seus consulentes. Conforme destacaMonfasani e Curzel (2006, p.50) “[...] La biblioteca debe conocer las necesidades delos usuários para que los recursos y servicios que se ofrezcan puedamsatisfacerlos6.” Além do fato de que o profissional da informação detecta anecessidade informacional de seus usuários, precisa dar abertura para que estesusuários se manifestem em relação ao que está sendo oferecido, seja em relaçãoaos recursos e serviços que a unidade de informação disponibiliza. É fundamentalque o usuário também seja claro e objetivo no momento de buscar informação.6.3.1 Informação Muito se fala em informação, cada vez mais se torna de grandeimportância para a sociedade, com isso, movimenta muitos setores sociais, faz parteda história da humanidade e referencia seu destino. Em todas as áreas profissionaisos atores têm contato com a informação, é evidente que na área acadêmica ainformação é imprescindível. A partir disso, Miranda (2007, p. 87) discursa que: Especialmente, nos dias de hoje, a informação tornou-se a mais valiosa força de transformação do homem, ou, seja informação pode traduzir-se em poder. Esse poder de informação, associado aos contemporâneos meios de comunicação de massa, possui6 A biblioteca deve conhecer as necessidades dos usuários, para que os recursos e serviçosoferecidos possam satisfazê-los.
38 capacidade infinita de mudar culturalmente a sociedade como um todo. E a informação, quando aplicada corretamente, contribui como instrumento de sucesso, caso contrário, pode levar ao fracasso, depende de seu emprego e a quem se destina. Existem vários conceitos de informação, entre os quais reportamos-nos a Le Coadic (2004, p. 4) que conceitua como “um conhecimento inscrito(registrado) em forma escrita (impressa ou digital) oral ou audiovisual, em umsuporte”. Em razão disso, defende que: A informação comporta um elemento de sentido. É um significado transmitido a um ser consciente por meio de uma mensagem inscrito em um suporte espacial-temporal: impresso, sinal elétrico, onda sonora, etc. inscrição feita graças a um sistema de signos (a linguagem), signo este que é um elemento da linguagem que associa um significante a um significado: signo alfabético, palavra, sinal de pontuação. (LE COADIC, 2004, p. 4) É razoável dizer que, vivemos na era da informação, Fujino eJacomini (2007, p. 73) afirmam que “a realidade contemporânea, caracterizada porprocesso contínuo de renovação de conhecimento, induz os profissionais de todasas áreas a repensarem sua relação com o saber no duplo sentido: conhecer e fazer”.Assim sendo, a informação torna-se o eixo do trabalho na sociedade da informação,que Smit e Barreto (2002, p. 21) entendem como sendo: Estruturas simbolicamente significantes, codificadas de forma socialmente decodificável e registradas (para garantir permanência no tempo e no espaço) e que apresentam a competência de gerar conhecimento para o indivíduo e para o seu meio. Estas estruturas são estocadas em função de um uso futuro, causando a institucionalização da informação. Sendo a informação um elemento estruturado com códigos esignificado, o profissional da informação poderá usar recursos para conhecer asnecessidades de informação de seus usuários. É de fundamental importânciaconhecer a necessidade da comunidade, com isso proporcionar o estabelecimentode diretrizes e ações que permitirão atingir os resultados almejados com adisseminação da informação e o fazer cultural e educacional.6.3.2 Necessidade Informacional
39 Nas unidades de informação o estudo de usuários tem como objetivoidentificar as necessidades informacionais de sua comunidade. Os profissionaisenvolvidos com a informação, além de detectar essas necessidades, precisampromover condições para que os usuários se manifestem em relação aos recursos eserviços que a unidade de informação oferece. Wilson (1981) conceitua necessidade informacional como sendo umexperimento subjetivo que acontece individualmente, onde o observador não temacesso direto, a necessidade é descoberta através da análise do comportamento doindivíduo ou quando é enunciada por quem a detêm. Reforçando tais ideias, Burnkrant (1976) discorre que a necessidadeinformacional ocorre na representação cognitiva do individuo, quando este tem umdesejo e sente que existe uma expectativa de conquista desse desejo. No entanto, Derr (1983, p. 276), afirma que a “necessidadeinformacional é a relação que há entre a informação e a finalidade dessa informaçãopara o indivíduo (Tradução nossa).” A necessidade ocorre no momento em que o usuário necessita deuma informação. Assim sendo, o usuário analisa as possibilidades da busca emuitas vezes não sabe como encontrar a informação desejada, necessitando quasesempre de ajuda neste momento, com isso, os serviços de informações oferecidos,precisam ajustar-se às necessidades de seus usuários e, os bibliotecários seremaptos para auxiliar e esclarecer as dúvidas. No que tange as necessidades de informação, Figueiredo (1979, p.93) alerta para: [...] o problema de se indagar dos usuários sobre as suas necessidades de informação, quando eles realmente não sabem quais serviços e produtos poderiam existir à sua disposição, o conteúdo, extensão, profundidade dos mesmos – é fato já sabido que o usuário propõe a sua demanda, i.é., satisfaz as suas necessidades de informação, de acordo como que julga o sistema pode lhe fornecer. É muito comum o usuário entrar em uma unidade de informação ouaté mesmo num site, e ter apenas uma noção básica daquilo que deseja, de modoque precisa utilizar-se dos mecanismos de busca e de orientação para que possarecuperar a informação, em alguns casos necessita de ajuda especializada parasaber o que realmente quer. Portanto, é possível dizer que o usuário algumas vezes,
40depende da forma pela qual a informação está disponibilizada e para recuperar ainformação precisa de profissional altamente capacitado para auxiliá-los. Complementando tais dados, Garcez e Rados (2002, p. 14)argumentam que a “necessidade é um estado no qual se percebe a privação”. De tal modo, a necessidade informacional deve consistir no fato deque a informação atenda o propósito ou o motivo que deu origem a ela. Cole (1998) acredita que para realizar uma boa pesquisa é essencialuma definição clara e objetiva das necessidades, e ainda que, para desenvolver taldefinição, o pesquisador precisa ser conhecedor do objetivo e ter conhecimentosubjetivo sobre o mote da pesquisa. As necessidades informacionais comumente nascem de situaçõesligadas às atividades profissionais de cada indivíduo. Contudo, é necessáriodestacar que tais necessidades além de não serem constantes, podem serinfluenciadas por vários fatores. Nesse contexto, as unidades de informação precisam preparar osprofissionais para auxiliar os usuários na busca pela informação desejada, érazoável enfatizar que um dos setores da biblioteca responsável por este serviço é ode referência.6.3.3 Serviço de Referência O primeiro trabalho sobre Serviço de Referência foi publicado no anode 1876, na primeira Conferência da American Library Association (ALA), nestaconferência, Samuel Sweete Green formula a primeira proposta de um Programa deAssistência Pessoal aos usuários das mais variadas categorias que vê a bibliotecacom diversos propósitos. De acordo com Moreno (2005, p. 26) “a ideia predominante doserviço de referência durante o período de 1870 a 1950 diz respeito ao auxílio dobibliotecário aos leitores no momento da utilização de livros, no espaço”. Nesteperíodo o serviço de referencia é considerado “desde uma vaga noção de auxilio aosleitores até um serviço de informação especializado (MORENO, 2005, p. 26)”,enfatizando-se que o serviço de referência “[...] é o processo de responderperguntas e de que é função desse serviço orientar o consulente no uso das obrasde referência” (FERREIRA, 1997, p. 11).
41 Para Grogan (2001, p. 8) somente uma razão justifica o Serviço deReferência: “[...] os usuários das bibliotecas, auxiliados pelo bibliotecário dereferência, têm melhores condições de mais bem aproveitarem o acervo de umabiblioteca do que fariam sem essa assistência”. Ressaltando o pensamento de Hutchins (1973, p. 18) é fundamentalestabelecer relacionamento pessoal entre o usuário e o bibliotecário. A primeira qualidade de um bom bibliotecário de referência diz respeito a sua acessibilidade: ele não deve só estar num ponto de fácil acesso físico ao leitor, como deve ser muito acessível intelectual e espiritualmente. A maneira de chegar a este resultado não é adotando um sorriso fixo à Mona Lisa, mas procurando mostrar sinais inequívocos de interesse e boa vontade. O serviço de referência envolve maior parte das atividades entre ainformação e o usuário, presta assim, serviços desde os mais simples aos maisespecializados. A respeito disso, Figueiredo (1992, p. 9) discorre que: O serviço de referência pode variar quanto aos seus objetivos e quanto à sua profundidade, dependendo do tipo de biblioteca onde realiza, ou seja, de acordo com as características e as finalidades das bibliotecas. Ademais, os métodos de proporcionar serviços aos consulentes dependem também de circunstancias individuas e das diretrizes de cada biblioteca específica, as quais certamente não se enquadram em padrões preestabelecidos. Para atender a demanda de seus usuários as unidades deinformação cada vez mais investem em tecnologias da informação e dacomunicação (TICs), com isso contribui com a mudança dos paradigmas dosserviços oferecidos nas bibliotecas.
427 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa em questão propõe um estudo do uso do catálogo online do Sistema de Bibliotecas da UEL. Para sua realização optou-se pelaabordagem qualitativa e quantitativa, visando à análise dos dados coletados. A esse respeito Figueiredo (1999, p. 35) adverte que “[...] na decisãoestratégica de pesquisa há que se considerar qual abordagem quantitativa ouqualitativa, ou a combinação de ambas; o método de coleta de dados, a montagemda amostragem”. Para Oliveira (2005, p. 65) a abordagem quantitativa “[...] significaquantificar dados obtidos por meio de informações coletadas através dequestionários, entrevista e observações” e a abordagem qualitativa: Pode ser caracterizada como sendo uma tentativa de se explicar em profundidade o significado e as características do resultado das informações obtidas através de entrevista ou questões abertas, sem a mensuração quantitativa de características ou comportamento. Neste estudo, adotou-se a abordagem quali-quantitativa, queOliveira (2005, p. 41) conceitua como sendo: [...] um processo de reflexão e análise da realidade através da utilização de métodos e técnicas para compreensão detalhada do objeto de estudo em seu contexto histórico e/ou segundo sua estruturação. Esse processo implica em estudos segundo a literatura pertinente ao tema, observações, aplicação de questionários, entrevistas e analise de dados, que deve ser apresentada de forma descritiva. Do ponto de vista dos objetivos a serem alcançados, a pesquisacaracteriza-se como descritiva, que pode ser aplicada em qualquer área doconhecimento. De acordo com Gil (2008, p. 28) “são inúmeros estudos que podemser classificados sob este título e uma de suas características mais significativasestá na utilização de coleta de dados, tais como o questionário e a observaçãosistemática”. A opção pela pesquisa descritiva deu-se pelo fato de possibilitardescrever os fatos observados e analisá-los criteriosamente.
437.1 Universo da Pesquisa O universo da pesquisa foi a Biblioteca Setorial do Escritório deAplicação de Assuntos Jurídicos da Universidade Estadual de Londrina – BS/EAAJ.7.2 População Alvo A população abrangida foram os alunos da 4ª e 5ª série do Curso deDireito da Universidade Estadual de Londrina, que estagiam na BS/EAAJ.7.3 Instrumento de Coleta de Dados Este estudo teve como instrumento de coleta de dados, oquestionário, tendo em vista as vantagens em relação aos objetivos pretendidos,principalmente, por obter resposta de forma ágil e com certa precisão. Segundo Marconi e Lakatos (1996, p.89), o questionário: É uma série de perguntas que devem ser respondidas por escrito, sem a presença do pesquisador. [...] tanto métodos quanto técnicas de pesquisa devem adequar-se ao problema a ser estudado, às hipóteses levantadas, ao tipo de informantes com que se vai entrar em contato. Dependerão do objeto da pesquisa, dos recursos financeiros, da equipe humana e de outros elementos da investigação. O questionário antes de ser aplicado foi testado. O pré-teste,segundo Marconi e Lakatos (2009, p. 88) deve ser aplicado em uma pequenapopulação escolhida. As análises dos dados evidenciarão possíveis falhas, “[...]pode ser aplicado mais de uma vez, tendo em vista seu aprimoramento e o aumentode sua validez”. Sendo assim o pré-teste tem como função, verificar os trêselementos essenciais do questionário, que são fidedignidade, validade eoperatividade.7.3.1 Pré-teste O pré-teste foi aplicado em 14 discentes do Curso deBiblioteconomia da Universidade Estadual de Londrina. O questionário foi entreguena sala de aula, pela pesquisadora, mediante autorização do Departamento de
44Ciência da Informação da UEL (Apêndice A), além da autorização verbal doprofessor que ministrava aula no momento da entrega. Após ser avaliado, o pré-teste foi aprimorado de forma querespondesse aos objetivos propostos.7.5 Aplicação do Instrumento de Coleta de Dados O questionário foi composto de quinze (15) questões de múltiplaescolha e uma questão aberta (Apêndice D). Acompanhou o questionário o Termode Consentimento Livre e Esclarecido do Participante (Apêndice C). Aplicou-se o questionário, após autorização do diretor de EAAJ e dabibliotecária responsável da BS/EAAJ (Apêndice B). Foram distribuídos 55questionários para os alunos, no período de duas semanas, para quecontemplássemos todos os horários, os questionários ficaram na biblioteca e foramentregues aos alunos pelas bibliotecárias, totalizando assim 10% dos discentes queestagiam no EAAJ no ano corrente.7.6 Análise dos Dados e Tabulação Os dados foram coletados analisados e organizados segundo osobjetivos preestabelecidos. Na tabulação utilizou-se o programa Excel, além degráficos e quadros, buscando subsídios para a interpretação sistemática dos dadoscoletados. Com o intuito de realizar uma pesquisa qualitativa e quantitativa,realizamos uma análise criteriosa, de modo a atingir os objetivos em suastotalidades. Nesse sentido, são válidas as considerações de Barros e Lehfeld(2003, p. 88) de que na análise de dados existem duas abordagens metodológicas:a qualitativa e quantitativa, e define como: Análise qualitativa: são os estudos nos quais os dados são apresentados de forma verbal ou oral ou em forma de discurso. A análise quantitativa é muito usada nas ciências exata e da natureza. Possuem um arsenal de procedimentos quantitativos e estatísticos já legitimados quanto a sua precisão e validade cientifica.
45 Além da exposição dos critérios e procedimentos adotados paranossa pesquisa, é valido destacarmos que este estudo poderá contribuir com oSistema de Bibliotecas da UEL no aprimoramento de suas atividades.
468 ANÁLISE DOS RESULTADOS Os dados foram coletados e analisados visando atingir os objetivosestabelecidos para a pesquisa. Aplicamos 55 questionários no período de duassemanas, para que contemplássemos todos os horários. Os questionários ficaramna biblioteca e foram entregues aos alunos pelas bibliotecárias. Dos 55 instrumentosde coleta de dados submetidos, 42 questionários foram respondidos, totalizando76% dos respondentes, resultado que podemos considerar como um númeroexpressivo. Confrontamos os dados do relatório da BS/EAAJ no ano de 2010, oqual indicava uma frequência média diária de aproximadamente 44 alunos.Pudemos constatar que são sempre os mesmos estagiários que frequentam abiblioteca para estudar ou pesquisar, considerando-se que para aplicar os 55questionários foram necessários 10 dias, nos três horários, o que nos deu umamédia de 5,5 alunos/dia, o que correspondeu a 11% dos frequentadores diários. Com o intuito de conhecermos melhor os sujeitos de nossa pesquisa,investigamos a idade, o gênero e a série que eles cursam. Os dados, em síntese,mostram que nos dias em que aplicamos o nosso instrumento de coleta de dados, ogênero masculino prevaleceu numa proporção de 67%. Constatamos também, que 84% dos respondentes têm idade entre20 e 30 anos; 13% de 31 a 40 anos e somente 3% tem de 41 a 50 anos. Talresultado nos leva a pensar que por serem em sua maioria jovens, pressupomosque eles provavelmente não tenham muita dificuldade com a tecnologia. No que tange a tecnologia nos apoiamos em Castells (1999, p. 50)que afirma: [...] o processo atual de transformação tecnológica expande-se exponencialmente em razão de sua capacidade de criar uma interface entre campos tecnológicos mediante uma linguagem digital comum na qual a informação é gerada, armazenada, recuperada, processada e transmitida. [...] As novas tecnologias de informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos. Usuários e criadores podem tornar-se a mesma coisa. Dessa forma, os usuários podem assumir o controle da tecnologia como no caso da internet.
47 As unidades de informação precisam ficar atentas a esse nicho demercado, e também utilizar esta nova ferramenta tecnológica, na busca,recuperação e disseminação da informação. Com a finalidade de conhecer o perfil dos sujeitos de nossapesquisa, observamos que em sua maioria cursam o 5º ano, dados que podem servisualizados no quadro abaixo.QUADRO 3 – Perfil dos usuários da BS/EAAJIdade Menos de 20 anos % 20 a 30 anos 0 31 a 40 anos 84 41 a 50 anos 13 Mais de 50 anos 3 0Gênero masculino 67 feminino 33Série 4º ano 31 5º ano 69 Há de se ressaltar, que este resultado é importante para a nossapesquisa, pois, ao aplicarmos o instrumento de coleta de dados, tínhamos aexpectativa de que os sujeitos investigados tivessem um conhecimento maissignificativo do catálogo on line. Além do mais, consideramos que os discentes estãoa mais de quatro anos utilizando o catálogo on line do SB/UEL, objeto de nossoestudo. Neste contexto, podemos citar Paiva (2011, p. 3) que discorre: O catálogo é um elemento de acesso e gerenciamento bibliográfico disponível em uma biblioteca ou grupos de bibliotecas, ele tornou-se um elemento essencial para gerenciar informações, as suas funções podem ser notadas por meio de seus diversos pontos de acesso, tornando-se deste modo imprescindível para recuperar dados. A partir das ideias apresentadas, podemos argumentar que oscatálogos on line são de suma importância no que diz respeito à busca erecuperação da informação, por oferecer rapidez e praticidade no acesso ainformação.
48Gráfico 1 – Serviços oferecidos pelo SB/UEL. Ao elaborarmos as perguntas aos sujeitos de nossa pesquisativemos a preocupação de conhecê-los e procuramos realizar um estudo que viesseefetivamente a contribuir com a Biblioteca do EAAJ. Desse modo, os dadoscoletados explicitam os serviços oferecidos pelos SB/UEL, sendo que destacamosos que são mais utilizados pelos respondentes na realização de suas atividadesacadêmicas. Observamos que 27% dos respondentes realizam empréstimos delivros, seguido da renovação de empréstimos on line e consulta local no acervo, com21%. Dos respondentes, 12% realizam a consulta no catálogo on line, assim como areserva on line, que obteve 7% de uso e o levantamento bibliográfico com 4%. Evidenciamos que apenas 3% dos sujeitos de nosso estudo, fazempesquisa no portal de periódico e consulta no balcão de referência. Quanto ànormalização de documentos e outros, somam 2%, conforme evidenciado no Gráfico1. Dentre os respondentes, um mencionou a renovação de livros por telefone. Marcial (1996 apud MACHADO, 2003, p.27) declara que “[...] se oleitor não estiver preparado para interpretar, renovar e reestruturar de modopermanente o conhecimento, o investimento em recursos e serviços de informaçãoresultará pouco produtivo e, inclusive, infrutuosos.” Podemos verificar que apesar da biblioteca disponibilizar o portal daCAPES, poucos são os que se utilizam deste benefício, sendo preciso lembrar que aassinatura de alguns periódicos é muito cara.
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