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A influência da socialização da equipe no desempenho de corredores de rua amadores

Published by Ana Oliveira, 2017-02-10 09:28:33

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU A INFLUÊNCIA DA SOCIALIZAÇÃO DA EQUIPE NODESEMPENHO DE CORREDORES DE RUA AMADORES CARLOS HENRIQUE THOMAZ DE MENEZES N° 09/06 TURMA: 14108-A DP – TCC I & TCC II SANDRA MAHECHA MATSUDO VALERIA SANTOS ALMEIDA SÃO PAULO, 25 DE MAIO DE 2010

RESUMO CIENTÍFICOIntrodução: O presente trabalho teve como objetivo analisar a influência dasocialização de uma equipe no desempenho de corredores amadores. Asocialização como foco nos aspectos sociais abordados entre os associados de umaequipe de corrida de rua. Metodologia: Foram analisados 21 indivíduos, 13 homense 8 mulheres com idades que variam dos 16 aos 50 anos. Todos eram associados aequipe de corrida chamada Associação Pro Runner Team do estado de São Paulo eresponderam um questionário qualitativo que continha 10 questões. Como forma deanálise de dados, foram utilizadas as técnicas científicas de freqüência eporcentagem e desvio padrão. Resultados: Os resultados obtidos foramquantificados e expostos em tabelas. Obtiveram-se então parâmetros queapresentados mostraram que a influência da socialização de uma equipe de corridapode interferir diretamente nos resultados e na busca de um melhor rendimento doatleta com o esporte corrida de rua. Conclusão: Pode-se concluir que fatoressociais e psicossociais diretamente relacionados com a Psicologia do Esporte, aliadoa um bom programa de treinamento, podem ajudar aos atletas corredores a buscaros seus objetivos com maior prazer, conforto e segurança. 2

SumárioI. Introdução ........................................................................................................................... 4II. Metodologia .................................................................................................................... 7 2.1 Amostra ............................................................................................................................ 7 2.2 Técnica de coleta de dados............................................................................................... 7 2.3 Análise de dados............................................................................................................... 8III. Resultados e Discussão ........................................................................................................ 9 3.1 Tabela 1. ........................................................................................................................... 9 3.2 Tabela 2. ......................................................................................................................... 10 2.3 Tabela 3. ......................................................................................................................... 11 3.4 Tabela 4. ......................................................................................................................... 12 3.5 Tabela 5. ......................................................................................................................... 12 3.6 Tabela 6. ......................................................................................................................... 13 3.7 Tabela 7. ......................................................................................................................... 14 3.8 Tabela 8. ......................................................................................................................... 15III. Conclusão ...................................................................................................................... 16IV. Referências Bibliográficas ............................................................................................ 17V. Anexos........................................................................................................................... 20 QUESTIONÁRIO ................................................................................................................ 20 TERMO DE CONSENTIMENTO....................................................................................... 23 3

I. Introdução O atletismo é uma modalidade esportiva com provas de pista(corridas), de campo (saltos e lançamentos), de combinação entre pista e campo(decatlo e heptatlo), pedestrianismo (corridas de rua), corridas em campo (crosscountry), corridas em montanhas e marcha atlética. Nesta pesquisa o objeto teóricoe formal centra-se na modalidade de pedestrianismo, mais especificamente nasocialização. Segundo MIKAHIL e SALGADO (2006) citado por DOMINGOS et al(2007). As corridas de rua surgiram e se popularizaram na Inglaterra durante oséculo XVIII. Posteriormente, expandiram-se para o restante da Europa e EstadosUnidos. Pouco após a metade do século XIX, por volta de 1970, a prática de corridasde rua aumentou bruscamente com o chamado “Jogging Boom” baseado na teoriado médico norte-americano Kenneth Cooper, que pregava a prática de corridascomo fator de melhoria da saúde da população. Este aumento no número depraticantes veio acompanhado de um aumento no número de provas competitivas,inserindo definitivamente as corridas de rua no contexto do Treinamento Desportivo(TD). Atualmente o critério da Confederação Brasileira de Atletismo, órgão reguladordo atletismo no Brasil, define a corrida de rua como sendo toda e qualquer provadisputada em percursos de rua, avenidas e estradas com distâncias recomendadasvariando entre 5 e 100 km. Assim como em qualquer modalidade esportiva, otreinamento de corrida de rua deve ser fundamentado no conhecimento científicoacumulado em diversas áreas do conhecimento. A Nutrição Esportiva, a PsicologiaEsportiva, a Bioquímica e Fisiologia do Exercício e a Preparação Física vêmcontribuindo para a elucidação da teoria do TD associada ao aumento dodesempenho atlético. A área com maior ênfase para questão presente no estudo é a dePsicologia Esportiva, assim segundo SIMÕES et AL (2004). Uma equipe esportiva,entendida como uma forma de agrupamento humano, não caracteriza apenas umconjunto de ações técnicas e táticas, representa uma das mais expressivasmanifestações interativas e operacionais em busca do sucesso coletivo. Em seusdiferentes aspectos, as equipes representam um modelo de realidade social que 4

propaga valores de participação que ratificam a pertinência das preocupações dasinstituições/clubes para com elas no cenário esportivo. ANDRADE (1986) citado por RUBIO (1999), afirma que grupo é umconjunto de indivíduos que se reúne por ou para alguma coisa. Portanto, é evidenteque os “indivíduos-membros” de um determinado grupo se relacionam uns com osoutros, especialmente na manutenção de um comportamento coletivo em condiçõese circunstâncias particulares. Isso sugere que fatores individuais, coletivos e forçassociais de natureza interna e externa estão presentes no êxito dos grupos e equipes,sejam eles esportivos ou não. Já as equipes esportivas perseguem objetivos comuns a todos osmembros que compartilham um determinado número de valores que leva àprodução de normas, criando um conjunto de códigos e ritos, formandocomportamentos que o caracterizam. Existe uma diferenciação de papéis semperder a integração e complementaridade das informações, o que leva autores acitarem que a equipe é a bagagem que embarca para um destino que écompartilhado por todos seus membros (CHAPPUIS e THOMAS 1989). Ao abordar equipes esportivas RUBIO e SIMÕES (1998) referem-senão apenas ao conjunto de indivíduos que se agrupam por dimensões temporais eespaciais, mas ao complexo conjunto de fatos objetivos e subjetivos que tornam umgrupo efetivo e desejoso de alcançar suas metas, sejam elas uma atuaçãoadequada em uma disputa, à vitória ou apenas uma boa colocação em umacompetição. Dessa forma, segundo HERBERT (1989) citado por TRUCCOLO et al(2008) as razões psicológicas e sociais são de extrema importância para a adesãode adultos em um programa de exercício físico e estão diretamente relacionadascom os seguintes fatores: O apoio social (família, esposo (a), profissionais dasaúde), a redução da ansiedade e a redução da depressão. Contudo, muitas vezesas atividades são abordadas de forma técnica e com um nível de padronização quebeneficie a quantidade e não a qualidade do programa, deixando de respeitar umdos princípios do treinamento desportivo chamado princípio da individualidadebiológica, onde trabalhado corretamente irá atingir beneficamente as razõespsicológicas e sociais do indivíduo que procura um programa ou uma equipe detreinamento. 5

Assim não tem como deixar de observar a dependência do esportecorrida de rua em relação a um grupo, equipe, assessoria e principalmente apsicologia esportiva. Todo praticante por mais que seja um esporte individual élevado de alguma maneira para algum meio comum onde o fator socializaçãoprevalece, gerando modificações e manifestações jamais alcançadasindividualmente. A relação psicologia do esporte é um dos fatores mais fortes dentro deuma equipe, onde segundo GILL (1979) citado por RUBIO (2004), a psicologia doesporte é definida como o estudo científico de pessoas e seus comportamentos emcontextos esportivos e de exercício e as aplicações práticas de tal conhecimento, ouseja, inscreve o esporte como o lócus de uma manifestação humana, que envolveuma prática regrada, institucionalizada com a perspectiva do rendimento para avitória (esporte) e uma atividade de participação lúdica ou compulsória que tem porobjetivo o movimento. Afirmando a condição psicológica no treinamento esportivo, MIRANDAet al informa que o processo de treinamento inclui longas horas de treino comgrande desgaste orgânico, visando aprimorar os condicionamentos físicos, técnicose táticos da performance, porém os resultados de todo trabalho dependem muito ediretamente da condição psicológica dos atletas. Com base da psicologia esportiva e o grande aumento do número deequipes de corredores de rua, o presente estudo tem como objetivo analisar ainfluência da socialização da equipe no desempenho dos corredores amadores quedisputam provas oficiais de corrida de rua, sejam de 5 até 42km. 6

II. Metodologia2.1 Amostra Os dados analisados pelo presente estudo foram coletados naAssociação Atlética Pro Runner Team, uma associação de corredores de rua quepresta serviços sem fins lucrativos no estado de São Paulo.Serão analisados 21corredores amadores, sendo 13 homens e 8 mulheres, com idades entre 16 e 50anos, que treinam no mínimo duas vezes por semana e participam de pelo menosuma prova oficial de corrida de rua por mês. Todos indivíduos selecionados sãoassociados da Pro Runner Team, mantém um padrão socioeconômico estável epossuem um nível de atividade física amador ativo.2.2 Técnica de coleta de dados Questionário com dez questões qualitativas elaborado especialmentepara a realização do presente trabalho (anexo 1).O objetivo do instrumento de pesquisa foi analisar a influência da equipe em relaçãoà socialização e ao rendimento do indivíduo entrevistado, onde a partir da terceiraquestão, todas as outras sete, poderiam conter mais de uma resposta, semrestrições de opiniões.A aplicação dos questionários foram em um parque chamado Max Feffer, na cidadede Suzano-SP, onde a Pro Runner Team reúne aos sábados todos os integrantesassociados. Os indivíduos responderam o questionário com ciência do objetivo doestudo e com a aceitação do termo de consentimento (anexo 2). Não houvenenhuma ocorrência que desvirtuasse o objetivo da aplicação. 7

2.3 Análise de dados Os dados coletados foram em 80% interpretativos e expostos atravésda técnica estatística de freqüência e porcentagem e 20% expostos através datécnica estatística de desvio padrão. 8

III. Resultados e Discussão Pelas suas características, a corrida de rua pode receber qualquerpraticante da modalidade, e o corredor não precisa ter necessariamente umahabilidade específica para participar. Há 10 anos, o atletismo era visto como esportepraticado, em sua maioria, por atletas profissionais. No entanto, com aprofissionalização das corridas de rua e o surgimento das equipes e assessoriasesportivas, a corrida vem atraindo, cada vez mais, aquelas pessoas que não seinteressam pela profissionalização e que possuem poder aquisitivo estável, citaMADURO et al (2008). Segundo SALGADO (2006), a princípio, a busca pela prática da corridade rua ocorre por diversos interesses, que envolvem desde a promoção de saúde, aestética, a integração social, a fuga do estresse da vida moderna, a busca deatividades prazerosas ou competitivas. Referindo a última perspectiva, sercompetitivamente bem classificado tornou-se um atrativo, visto que isso se associaao grande número de provas com premiações, dos mais variados valores, emdinheiro ou em bens, patrocínios, prestígio social, ou ainda, o estar em evidência. A amostra foi constituída por 21 corredores amadores, sendo 13homens e 8 mulheres, com idades entre 16 e 50 anos, que treinam no mínimo duasvezes por semana e participam de pelo menos uma prova oficial de corrida de ruapor mês. Todos os indivíduos selecionados mantêm um padrão socioeconômicoestável e possuem um nível de atividade física amadora ativa.3.1 Tabela 1.Valores em média e desvio padrão das variáveis de tempo diária e mensal daassiduidade dos atletas no treinamento de corrida de ruaVARIÁVEIS DE TEMPO xsDias 4,2 1,19Meses*p <0,01 29,7 39 9

Segundo SANTOS (2005), o esporte é sem dúvida o grande fenômenosócio-cultural dos séculos XX e XXI. Os instrumentos de comunicação de massa,jornais, rádio, TV e Internet têm dado grande destaque em sua programação àsatividades esportivas. Há canais de televisão que transmitem 24 horas por diaatividades esportivas. O interesse pelo esporte se ampliou significativamente,aumentando o número de praticantes e espectadores nos mais diversos tipos deesportes. A tabela 1, demonstra através dos dados estatísticos de desvio padrão asvariáveis de tempo quanto aos dias e aos meses em que o atletas selecionadosrealizam o treinamento de corrida de rua.3.2 Tabela 2.Fatores distribuídos em frequência e porcentagem, que levaram a procura deuma equipe de corrida de ruaFATORES DE PROCURA f%Orientação Profissional 6 28,6Integração Social 12 57,1SaúdeAuto-Estima 6 28,6Afetividade 3 14,3Motivação 2 9,5Prática Esportiva 4 19Superação Pessoal 2 9,5Estética 3 14,3Incentivo 2 9,5Apoio Técnico 2 9,5Apoio Psicológico 1 4,8*p <0,05 1 4,8 Com todo este aumento da prática esportiva, a procura de ambientesque proporcionam um melhor conforto ao indivíduo também aumentou, a tabela 2oferece em destaque o fator Integração Social como alvo da procura de indivíduosque querem iniciar um programa com uma equipe de corrida. Mesmo os fatores deSaúde e a Orientação Profissional sendo destaques, a Integração Social surpreende 10

e demonstra a importância da socialização que o indivíduo procura para a práticaesportiva.2.3 Tabela 3.Benefícios que a equipe proporciona para o atleta alcançar o seu melhorrendimentoBENEFÍCIOS f %Incentivo 8 38,1Orientação Profissional 5 23,8Integração Social 5 23,8Estrutura 1 4,8Treinos em Grupo 2 9,5Psicológico 1 4,8Solidariedade 1 4,8União 2 9,5Motivação 3 14,3Freqüência de Treino 1 4,8Planilha de Treino 1 4,8Experiência Pessoal 1 4,8Competitividade 1 4,8Disciplina 1 4,8Troca de Informações 2 9,5Superação Pessoal 1 4,8*p <0,05 De acordo com SIQUEIRA (2009), o exercício físico é usualmenteassociado ao bem-estar dos seus praticantes. Dentre as suas diversasmanifestações, a corrida apresenta-se com uma das modalidades com grandenúmero de adeptos, tanto pela facilidade em sua prática, como pelos benefícios paraa saúde e o baixo custo. Seguindo a tabela 3, os benefícios proporcionados pelaequipe para o atleta alcançar o seu melhor rendimento foram vários, porém emdestaque ficou o Incentivo com 38,1% das respostas, a Orientação Profissional com23,8% e novamente a Integração Social com 23,8%. Vale ressaltar o grande número 11

de respostas benéficas em relação a prática do esporte através de uma equipeestruturada.3.4 Tabela 4.Desvantagens que o fator equipe proporciona para o treinamento do atletaDESVANTAGENS f % 1 4,8Falta Companheirismo 2 9,5Superioridade Alheia 2 9,5Rivalidade 1 4,8Poucos dias de Treinos 1 4,8Horários Fixos 14 66,7Sem Desvantagem*p <0,05 Assim como as modalidades esportivas podem gerar benefícios econfortos para o praticante, também podem gerar desconforto e desvantagens comosegue na tabela 4, onde a Superioridade Alheia e a Rivalidade confrontamdiretamente com os benefícios citados da tabela 3. Da mesma forma que é degrande importância uma equipe saber sobre os benefícios que a cercam, asdesvantagens também são importantes, logo ela terá parâmetros para possíveismelhorias sempre em prol ao indivíduo praticante.3.5 Tabela 5.Influências da socialização entre os integrantes da equipe no rendimentoesportivo do atletaINFLUÊNCIAS f % 2 9,5Troca de Informações 4 19Busca dos Objetivos 3 14,3Incentivo 12

Influências Positivas 2 9,5Melhora de Rendimento 5 23,8Atrapalha Concentração 1 4,8Competição Saudável 1 4,8Amizade 2 9,5Parceria Prazerosa 2 9,5Respeito Alheio 3 14,3Sem Opinião 3 14,3 *p <0,05A tabela 5 que proporciona os dados acima informa que a socialização estádiretamente relacionada com a busca de resultados e rendimento, onde 23,8%optaram pela melhora de rendimento e 19% pela busca dos objetivos. Com estesdados fica claro a influência positiva gerada pela socialização na busca dorendimento esportivo dos atletas entrevistados.3.6 Tabela 6.Valores que a equipe proporciona para melhoria do desempenho do atleta emprovas oficiaisVALORES f % 5 26,3Incentivo 3 15,8Companheirismo 5 26,3Melhor Rendimento 4 21Melhor Estrutura 5 26,3Melhoria Psicológica 2 10,5Competição Saudável 3 15,8Motivação*p <0,05 Colocado por LAVOURA (2007), a tamanha importância das emoçõesna vida das pessoas, ele ressalta que elas ajudam a perceber valores, sendo vistascomo valorativamente informativas, possibilitando a um sujeito, por exemplo,escolher determinada coisa de valor capaz de atrair sua atenção, ao invés de outras.Ou, ainda, alimentam a idéia de que as emoções são como defesas psíquicas ou 13

sintomas que expressam vontades e desejos. Partindo deste contexto a tabela 6demonstra os valores que a equipe proporciona para a melhoria do desempenhoesportivo dos atletas que com ela participam de provas oficiais. Com 26,3% osvalores que alimentam as emoções dos praticantes são o Incentivo, o Psicológico eo melhor Rendimento. Porém, vale ressaltar que dois indivíduos preferiram nãoresponder a questão, alegando que não vêem benefícios e valores com a busca derendimento.3.7 Tabela 7.Diferenças entre o treinamento associado a uma equipe de corrida ouseguindo sua própria orientaçãoDIFERENÇAS f % 14 66,7Orientação ProfissionalNovos Objetivos 1 4,8Aprendizado 2 9,5Superação 1 4,8Motivação 2 9,5Menores Riscos 3 14,3Sem Opinião 1 4,8Melhores Resultados 4 19Companheirismo 2 9,5*p <0,05 Devido ao baixo custo e a facilidade de acesso ao local da prática, ascorridas estão, provavelmente, entre as modalidades mais populares do atletismo,cita BERTUZZI et al (2006). Com esta facilidade de percursos e informações detodos os tipos de mídias, na maioria das vezes o praticante inicia seu própriotreinamento. Para esclarecer as diferenças entre o treinamento individual e com umaequipe de corrida, a tabela 7 expõe os dados que nos revela que a OrientaçãoProfissional alcançou 14 respostas, correspondendo 66,7% como porcentagemprioritária em relação às outras diferenças. 14

3.8 Tabela 8.Melhoras sugeridas para a equipe que submete o atleta ao treinamento decorrida de ruaMELHORIAS f % 2 9,5Veículo para Transporte 3 14,3Orientações em Provas 2 9,5Vestiário Próprio 3 14,3Coletividade 4 19Treino de Base 3 14,3Mais dias de Treino 1 4,8Palestras e Debates 8 38,1Nenhuma*p <0,05 A tabela 8 tem como finalidade demonstrar o que pode ser melhoradono grupo e na equipe em que o indivíduo entrevistado está associado, como fonte defuturos investimentos e possíveis melhorias para a comodidade e melhor estruturageral para o atleta. O destaque fica por conta da quantidade de 38,1% que nãoresponderam a questão, porém a questão serviu para alertar a equipe que osassociados com 19% procuram treinamento de base para corrida. Todos os dados presentes neste estudo foram coletados através deum questionário que tinha como principal objetivo encontrar informações afetivas epsicossociais que cercam o corredor em uma equipe de corrida e transportá-las paraqual influencia geram no desempenho destes atletas amadores. As principaislimitações foram à falta de oportunidade de realização do questionário em outrasequipes ou assessorias de corrida de rua e a pequena quantidade de artigosrelacionados a grupos, coletividade e socialização. 15

III. Conclusão A influência da socialização é notável quando se observa os fatoresque se destacaram nas respostas dos questionários apresentado, porém a pesquisapoderá ser completa se haver uma coleta de dados antecipada de indivíduos quepretendem iniciar um programa de atividade física com uma equipe de corrida eposterior a alguns meses no programa, coletar os dados das primeiras e ultimasprovas oficiais participadas. Pode-se concluir que o corredor ao associar em uma equipe de corrida,encontrará como fundamental aliado os benefícios sociais e psicossociais. Estesbenefícios reforçam a Psicologia Esportiva como um grande meio para o alcancedos resultados e a busca do melhor rendimento, aproveitando a capacidade socialde reação do atleta. As tabelas 2 e 3 justificam a importância dos aspectos sociais para ocorredor, assim como as tabelas 5 e 6 que caracterizam os valores e as influênciasque a socialização promove para o atleta que busca o alcance do rendimento e dosobjetivos. A maior parte dos trabalhos científicos se baseia apenas nos aspectostécnicos e táticos do corredor, este proporciona uma visão social e psicossocial dosaspectos que envolvem fatores além do físico e estético. 16

IV. Referências Bibliográficas 1. JOÃO FELIPE VM, JOSÉ FF. Caracterização dos critérios de seleção utilizados para a formação de equipes esportivas: Análise preliminar no contexto de esportes coletivos individuais. Rio de Janeiro; 2002 [Universidade Castelo Branco – RJ]. 2. KATIA RUBIO. A psicologia do esporte: histórico e áreas de atuação e pesquisa. Psicologia Ciência e Profissão. 1999; 19(3): 60-69. 3. ANTONIO CS, ALAN AR, DIMAURA FC. Liderança e as forças que impulsionam a conduta de técnico e atletas de futebol, em convívio grupal. Rev. Paul. Educ. Fís. 1988; 12(2): 134-44. 4. ALINE MD, ALLAN JSC, DÓRIS ALB, JOÃO MD. Periodização do treinamento para corredores de rua especialistas em provas de dez quilômetros. Natal-RN; 2007 [Universidade Gama Filho] 5. CINTIA AM, ALEXANDRE P, PAULO NCF, MARCELO NA. Características associadas aos corredores da maratona do rio de janeiro. Centro Brasileiro de Atividade Física. 2010; 9(1): 106-112. 6. ANTONIO CS, PAULO FMC, MARIA ACN, LUIZ CARLOS DAJ. Dinâmica e intervenção psicológica em uma equipe de voleibol masculina. Rev.Bras.Educ.Fís.Esp. 2006; 20(3): 195-207. 7. ANTONIO CS, DANTE RS, JORGE DK, JOSÉ ALBERTO AC. A psicossociologia como área de conhecimento da ciência do esporte. Rev. Paul. Educ. Fís. 2004; 18: 73-81. 8. ADRIANA BT, PAULA AM, EDUARDO AF. Fatores motivacionais de adesão a grupos de corrida. Motriz Rio Claro. 2008; 14(2); 108-114. 9. ALESSANDRA BG, RUI ACM, EDUARDO GM. Representações sociais entre jovens praticantes de futsal. Dialogia. 2005; 4:89-95. 10. JOSÉ VVS, MARA PATRICIA TC. Corrida de rua: Análise do crescimento do número de provas e de praticantes. Conexões. 2006; 4(1). 11. ANTONIO RRS. Espírito Esportivo – Fair play e a prática de esportes. Rev. Mack. Educ. Fís. Esp. 2005; 4(4): 13-28. 17

12. THIAGO NL, RAFAEL MC, AFONSO AM. Olhar da psicologia do esporte sobre a autoconfiança e a auto-eficácia em atletas de canoagem slalom: Relação com o rendimento esportivo. [Universidade Estadual de São Paulo – Rio Claro]13. GERSON VPJ, RENATO M, MAURÍCIO GBF. Concentração: Aspecto psicológico relevante para o desempenho esportivo. Rev.Min.Educ.Fís. 2003; 11(2); 42-74.14. DANTE RJ, SÍLVIA D, PAULA K. Situações causadoras de stress no basquetebol de alto rendimento: Fatores extra competitivos. Rev.Bras.Ciên e Mov. 2001; 9(1); 25-30.15. ERIKA HE. Conflitos vivenciados por atletas quanto à manutenção da prática esportiva de alto rendimento. Rev. Estudos de Psicologia. 2002; 19(1);15- 22.16. ROMULO CMB, FABIO YN, LUIZ CR, MARIA APD, EMERSON F. Independência temporal das respostas do esforço percebido e da freqüência cardíaca em relação à velocidade de corrida na simulação de uma prova de 10km. Rev. Brás. Med. Esporte. 2006; 12(4).17. TIAGO NL, AFONSO AM. A vergonha e sua relação com a prática esportiva: um estudo de caso. Motriz Rio Claro. 2007; 13(1); 64-71.18. DANIELLE FM, RICARDO R, ROSÂNGELA LAURA VGC, VIKTOR S. O esporte como papel de uma reunião social. [Universidade Federal de Santa Catarina].19. KATIA RUBIO. Entre a psicologia e o esporte: As matrizes teóricas da psicologia e sua aplicação ao esporte. Temas em psicologia da SBP. 2004; 12(2): 93-104.20. JORIS P, MARIA FSD, LISIANE SP, MARCIUS AG. Corredores de rua: Características demográficas, treinamento e prevalência de lesões. Rev. Brás. Cineantropometria & Desempenho Humano. 2008; 10(3): 277-282.21. ALVARO T, ANA PAULA MC, DANIELA RM, GRACIANO RM, JULIANA BS, NÁLIS TC. A influência da atividade física regular sobre o autoconceito. Estudos de Psicologia. 2001; 6(2): 157-165.22. DANIEL AR, MARCO TM, MARIA LUCIA OSF. Dependência da prática de exercícios físicos: estudo com maratonistas brasileiros. Rev. Brás. Med. Esporte. 2003; 9(1). 18

23. DANIEL B, ANDERSON EG, MARCOS TTP. Avaliação de risco coronariano em corredores de rua. [Universidade do Vale do Paraíba].24. VITOR T, SANDRA A, ISABEL CNS. Influencia do tipo de piso na distribuição da pressão plantar durante a corrida. [Universidade de São Paulo – USP].25. MARIA CSG, EDNALVA JM, JULICY SBS, ANA PAULA SS. Perfil de flexibilidade das atletas de corrida de rua do estado de Sergipe.26. PABLO Z, NIVALDO M, ENIVANIA S, RICHARD T, IVAN P, EDUARDO S, CRISTIANO B. O prazer na corrida de rua: Pressupostos metodológicos para uma investigação sobre a subjetividade. [Universidade de São Paulo – USP]. 19

V. Anexos (ANEXO 1)QUESTIONÁRIONome: Sexo: M ( ) F ( )Idade:1) Quanto(s) dia(s) treina por semana?-------------------------------------------------------------------------------------------------------2) Quanto tempo pratica o esporte corrida de rua?-------------------------------------------------------------------------------------------------------3) Qual das opções torna-se viável para um melhor investimento?O treinamento:( ) Com um personal trainer.( ) Com uma equipe de corrida de rua.( ) Apenas só.4) Quais os fatores que levaram a procura de uma equipe de corrida de rua?------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 20

5) Quais os benefícios que considera que a equipe proporciona para o seumelhor rendimento esportivo?----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------6) Quais as desvantagens do treinamento em equipe?--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------7) Opine sobre a influência da sociabilização da equipe em seu rendimentoesportivo.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21

8) Participa de provas oficiais competitivas da modalidade? Se não, por quê? Se sim, explique o valor da equipe em seu desempenho na prova.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------9) Diferencie o treinamento entre uma equipe de corrida de rua e o treinamentoseguindo apenas os próprios conhecimentos.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------10) O que você sugere de melhorias para a equipe de corrida que você treina?-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 22

(ANEXO 2)TERMO DE CONSENTIMENTOI – Dados de identificação do voluntário da pesquisa:a) Nome do voluntário: Sexo: M ( ) F ( )Data de Nasc: Estado:Cidade: Celular:Telefone:II – Dados sobre a pesquisa científica: a) A influência da sociabilização da equipe no desempenho de corredores de rua amadores. b) Pesquisador: Carlos Menezes. Unidade da FMU: Curso de Educação Física. c) Avaliação do risco da pesquisa: Sem risco. d) Duração da pesquisa: Uma semana.III – Registro de explicações do pesquisador ao voluntário sobre a pesquisaconsignando: a) Objetivo: Analisar a influência da sociabilização da equipe no desempenho de corredores de rua amadores. b) Procedimentos: Os dados serão coletados por meio de entrevista, onde será efetuado um questionário de opinião pessoal. c) Avaliação do risco da pesquisa: Não existe possibilidade de que o indivíduo sofra algum dano como consequência imediata ou tardia do estudo. d) Benefícios que poderão ser obtidos pela participação na pesquisa: Os resultados servirão como feedback para os corredores e interessados sobre a importância da socialização de uma equipe e o seu reflexo no desempenho de cada integrante. 23

IV – Esclarecimentos dados pelo pesquisador sobre garantias do voluntário da pesquisa consignando: a) Acesso, a todo tempo, as informações sobre procedimentos, riscos e benefícios relacionados a pesquisa, inclusive para dirimir eventuais dúvidas. b) Liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo. c) Salvaguarda da confidencialidade, sigilo e privacidade.V – Consentimento pós-esclarecidoDeclaro que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido oque for explicado, consinto em participar do presente protocolo de pesquisa.Pesquisador: Carlos MenezesTelefone: (11) 4748-3734São Paulo, de deAssinatura do voluntário da pesquisaAssinatura do pesquisador 2


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