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ALEGRIA PASTORAL nº15

Published by Serviço de Pastoral Escolar, 2020-09-18 13:34:33

Description: Revista digital do Serviço de Pastoral Escolar do colégio Marista Medianeira, Erechim, RS.

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Imagem de Prierlechapelet por Pixabay





PROF. ALECSON MARCON https://santinhoz.com.br/nossa-senhorinha-boa-mae/ Coord. Serviço de Pastoral Escolar O tema proposto nesta edição da Revista Alegria Pastoral, é um dos valores maristas, ou seja, a simplicidade. Champagnat foi um homem de extrema simplicidade e humildade, características próprias de José e de Maria. O Papa Francisco salienta que tudo que se partilha se multiplica. De fato, Champagnat vivenciava no seu cotidiano esta virtude, e por fazer parte constante de sua vida, multiplicou-se ao longo desses mais de duzentos anos do Instituto Marista. Ir. Ernesto Sánches – Superior Geral dos Irmãos Maristas, em sua Circular de 08 de setembro de 2020 faz o seguinte apelo: “Que sejamos Lares de luzes”. Que a luz de cada pessoa possa se refletir nos diferentes lares das famílias maristas. Como observa o escritor e poeta Mia Couto: “O importante não é a casa onde moramos. Mas onde, em nós, a casa mora”. Façamos de nossas moradas, locais de luz que gerem vida na virtude da simplicidade e da humildade. Como um gesto de simplicidade, de promoção e do cuidado da vida, a Revista Alegria Pastoral lança uma nova seção denominada de: Rezar a vida no cotidiano. Que os textos desta seção e das demais seções, possam fortificar nosso jeito marista de ser, simples como Champagnat foi na virtude da simplicidade. Alegria Pastoral | 03

Lavínia Borges Luísa Dalfovo Arthur Strieski Oskar Mach Bianca Luiza Bordignon Eloísa Munaretto Pietra Vieira Silva Alegria Pastoral | 04

Bárbara M. Cassali Murilo Balke Cavassolla “Eu fico feliz quando a gente Emanuelly S. Todero brinca no pátio de correr, de pular corda, com a bola...” Gustavo Racoski Gustavo Oliveira Eduarda Brustolon de Souza João Alberto C. Fávero Miguel Scalcon Bigolin Alegria Pastoral | 05 Julia Peruzzolo Deggerone

A Simplicidade significa a adoção de um estilo de vida simples em https://santinhoz.com.br/nossa-senhorinha-boa-mae/ nível pessoal e institucional. Champagnat nos mostrou através de sua jornada missionária, a importância de levarmos uma vida leve, simples e humilde. Como Marista e animadora da PJM, a simplicidade é um grande pilar na minha missão de contribuir para a construção da nossa tão sonhada civilização do amor. Esse valor me relembra da importância de agradecer as pequenas coisas do dia-a-dia, e de reconhecer meus privilégios e usá-los em prol do bem comum e da promoção da vida. Em nossa caminhada Marista, juntamente com a PJM que possui como objetivo conquistar a civilização do amor é essencial levarmos o exemplo de vida de Champagnat onde sempre seguiu as virtudes da simplicidade, ensinando crianças e jovem a acreditarem no mundo como um lugar melhor, graças a humildade presente nas pequenas coisas que às vezes passam despercebidas em nosso cotidiano. Hoje sendo animadora de uma Instituição que se importa com esses valores, consigo ter o sentimento de acolhida e segurança, podendo seguir meu projeto de vida com maior confiança e autonomia, além de amparar os que mais precisam, assim como nosso fundador ensinou. Alegria Pastoral | 06

Começo escrevendo sobre o que para mim é uma das mais valorosas virtudes de um ser https://santinhoz.com.br/nossa-senhorinha-boa-mae/ humano: a simplicidade. E sob essa forma muito especial de lançar o seu olhar sobre o mundo que Marcelino Champagnat idealizou a sua obra, baseada nos preceitos de uma educação acolhedora, inclusiva e fraterna. Marcelino, embora vindo de uma família com boas condições de vida para a época, e possibilidades de acesso à escola, passou por dificuldades para se adaptar às normas educacionais e atitudes de alguns educadores. Decidiu que não queria isso para si e, assim, depois de adulto e já resoluto de sua missão, resolveu levar à frente o projeto de fundar uma congregação, junto com outros Irmãos, que oferecesse educação para jovens e adolescentes carentes. Ser simples não é ser simplista ou simplório. Ao procurarmos pelo verbete [simples] o dicionário nos indica vários sinônimos e, dentre eles o seguinte: que não é sofisticado; modesto, singelo; habitual, comum. Champagnat pautou sua missão de educar à luz dos ensinamentos de Maria Boa Mãe e abdicou de vaidades para se tornar um propagador da simplicidade, da educação, do bom caráter e do amor. Desta forma, o ser Marista, é perpetuar os valores propostos por ele acreditando que com resiliência, esperança e humildade é possível formar pessoas que irão contribuir para transformar o mundo em um lugar melhor. O ser simples nos acompanha no dia a dia, neste lugar tão múltiplo que é a escola, onde assim que abrimos as portas a empatia, o respeito, a humildade e a simplicidade afloram de maneira natural, para que possamos acolher àqueles que vem até nós para receberem estes valores tão motivadores e tão importantes para o crescimento pessoal e espiritual.Fazer parte da família Marista e ser Marista de coração é ter imenso orgulho de me sentir pertencente e comprometida com os ensinamentos pregados por Champagnat, presentes em todos os espaços da instituição na qual trabalho e fui acolhida. Alegria Pastoral | 07

https://santinhoz.com.br/nossa-senhorinha-boa-mae/ Você tem sede de quê? E sentindo sede, com que a sacia? Essas duas perguntas são importantes de serem feitas, pois em meio a tantas coisas que acontecem durante o dia, corre-se o risco de estar perdendo a capacidade de sentir sede ou de saciá-la com coisas, ações e experiências que a matam momentaneamente. Um dia Jesus estava caminhando na região da Samaria e sentiu sede de água. Sabia de um lugar onde existia um poço e caminho para lá, mas não tinha balde para retirar a água. Pediu para uma mulher samaritana: dá-me de beber. A mulher lhe deu água e ele disse: “Todo aquele que bebe desta água, tornará a ter sede; mas o que beber da água que eu lhe der, nunca jamais terá sede, mas a água que eu lhe der, virá a ser nele fonte de água que brota para a vida eterna” (Jo 4,13-14). E ela disse: “dá-me desta água, para eu não ter mais sede” (Jo 4,15). Na vida cotidiana cada um/uma sabe a sede que sente e, ao mesmo tempo, muitos e muitas conseguem identificar algumas fontes que podem saciá-lo, saciá-la. Champagnat em sua vida também sentiu sede e também procurou poços que pudessem saciá-la. Um dos poços que utilizou para saciar sua sede foi o da oração cotidiana, da oração que partia dos fatos da vida, que estava presente com ele em tudo aquilo que realizava, a exemplo do encontro com o Jovem Montagne. Rezar em todos os momentos da vida? Como assim, Champagnat vivia o tempo todo dentro de alguma Igreja? Não, ele não viveu todo o tempo dentro de uma Igreja. Mas ele partia de uma imagem de Deus que caminhava com ele, que estava presente em tudo aquilo que fazia. Para rezar a vida no cotidiano é necessário que você seja espiritual. “Uma pessoa espiritual é aquela que tem a vida dentro dela e a exterioriza. É repleta de esperança, de solidariedade, de sentido, de amor, de paz, de justiça. Enfim, é cheio de vida” (Mística da PJM, p. 25). Essa concepção de espiritual necessita de um poço chamado Deus, que habita em ti, habita o mundo e pode ser experimentado em espaços onde este Espírito se manifesta: no meu quarto, na minha família, na natureza, num livro, na Igreja, no grupo, no momento de oração, etc. Mas para que isso aconteça é preciso ficar atento no meu cotidiano para ver e sentir essa presença, essa água viva que dá sentido para viver. Alegria Pastoral | 08

https://santinhoz.com.br/nossa-senhorinha-boa-mae/ Inicio com a afirmação do título dessa seção: ‘rezar a vida no cotidiano’. Esse é um belo caminho para crescer na humanidade e na inteireza de si. A espiritualidade une, não separa, e tudo o que conseguirmos rezar e viver conjuntamente, provocará maior transformação, bem-estar e bem viver. Há várias características da espiritualidade de Marcelino Champagnat, uma delas que fortemente se destaca é a simplicidade, ligada estreitamente a sua autenticidade de ser quem ele era, sem conveniências, e acima de tudo com um grande desejo de viver e fazer viver o propósito inicial do Instituto Marista: evangelizar pela educação e por meio dessa missão vivenciar a grande missão de tornar Jesus Cristo conhecido e amado. Marcelino Champagnat viveu sua maior parte da vida em um lugar chamado L’Hermitage. A palavra em si quer dizer: “lugar de silêncio”. Uma casa que foi construída com a ajuda irmãos e do próprio Champagnat, dentro do espírito de família e da própria simplicidade. Saídos da pequena casa de LaValla, foi em L’Hermitagge que a congregação iniciou seu crescimento. A casa hoje, além de ser lugar de encontros é um lindo memorial histórico das origens do Instituto Marista. Bem, voltando a Champagnat, ele expressa em uma carta ao Ir Francisco, seu fiel irmão e apoiador que “encontrava Deus tanto nos bosques de L’Hermitagge quanto nas ruas agitadas de París”, onde buscava a autorização de suas escolas. Não há segredos para encontrar Deus no dia a dia. O que é necessário, como premissa básica, é a simplicidade de coração, assim como bem expressa Jesus nas ‘bem-aventuranças’ (Mt. 5, 3-16). A atitude de Marcelino Champagnat referente a vivência da simplicidade no seu dia a dia o tornava uma pessoa próxima, afetiva e ao mesmo tempo responsável pela obra que empreendera e que sempre repetia a Maria: “Essa obra é vossa”. Até nisso ele cultivava a atitude da humildade e da simplicidade, virtudes que até hoje prezamos em nossa vida maristas. Em seu testamento espiritual pede aos seus irmãos: “perseverai fielmente no santo exercício da presença de Deus, alma da oração, da meditação e de todas as virtudes. A humildade e a simplicidade sejam sempre as características dos Irmãozinhos de Maria.” Alegria Pastoral | 09

Muitos que o conheciam, além dos irmãos maristas, se perguntavam https://santinhoz.com.br/nossa-senhorinha-boa-mae/ como ele conseguia levar adiante as escolas, como também a construção de L’Hermitage, sem ter praticamente recursos econômicos, a não ser a ajuda das comunidades locais, prefeituras e paróquias . Ele era admirado pelos seus irmãos, dentre várias características, pela simplicidade de relação e seu espírito empreendedor. Por várias vezes os irmãos chamaram sua atenção por estar trabalhando em lugares de muita exigência física, como quebrar pedras. Além disso jamais se furtou de atender os compromissos religiosos das pessoas, percorrendo, muitas vezes, grandes distâncias a pé para atender as pessoas. Ele era uma pessoa simpática, próxima, atenta, sensível, como afirma o Ir Lourenço, que com ele conviveu, em seu belo testemunho: “Uma mãe não tem mais carinho para com seus filhos do que o Pe. Champagnat o tinha por nós. E isto ainda não é bem exato pois, não raras vezes, as mães amam os filhos com um amor apenas humano, ao passo que ele nos amava de uma forma toda espiritual. No começo éramos muito pobres, o pão que comíamos tinha a cor da terra, mas ele nunca nos deixou faltar nada. Como o mais terno dos pais, ele tinha um grande cuidado de nós. Lembro-me de suas preocupações por mim quando eu estava doente, em La Valla. Vinha me visitar todos os dias, sempre trazendo alguma coisa especial.” Ao contrário do complexo e do desleixo, a simplicidade é a virtude da transparência da alma e da autenticidade, ela age sem duplicidade de atitudes ou por conveniências. A pessoa que vive a virtude da simplicidade transmite o que ela em seu jeito de ser e viver, sendo leal consigo mesmo e com quem convive, além disso provoca um clima de bem-estar, de confiança, leveza e ao mesmo tempo segurança. Como reflexão convido que cada um pense e contemple quanta beleza surge quando vivemos do nosso jeito, no reconhecimento dos dons que cada um recebeu de Deus e que cultivou. Quando agimos ao contrário da simplicidade temos a tentação de viver uma representação e nos distanciamos de nós mesmos e do mais sagrado de nós mesmos: nossa presença significativa e única. Se estamos nesse mundo, nesse tempo e nos espaços que vivemos é porque há um sentido maior e que tanto Deus, quanto o Universo e mesmo a comunidade humana e planetária esperam que vivamos e transformemos as realidades a partir do que somos, assim como Champagnat, mesmo com todas as dificuldades que passou, com seu ânimo interno, seu carisma e especialmente pelo seu jeito simples de se relacionar marcou o mundo e a história. Como diz o filósofo brasileiro Mário Sérgio Cortella: “você já imaginou se não tivesse nascido, quantas coisas boas não teriam acontecido?” Viva a autenticidade de ser quem é, na construção desse mundo tão desejado, que sonhas, que sonhamos, que vivemos, que buscamos! Alegria Pastoral | 10

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A Barraca do Beijo 2 Elle em seu último ano de escola precisa aprender a lidar com o namoro à distância com Noah, mudanças na amizade com Lee, além de um crush inesperado. Feel the Beat April é uma dançarina, que após fracassar em um teste da Broadway, se sente uma fracasso. Mas ao retornar a sua cidade natal, ela passa a treinar crianças desajeitadas para uma competição de dança. Adú Próximo à Espanha, no extremo Norte da África, uma criança tem uma jornada sofrida, um policial é atormentado pela culpa e um pai reencontra a filha. Obra: A hora da estrela - Clarice Lispector Obra: O ano do pensamento mágico - Joan Didion Obra: O dilema do porco espinho - Leandro Karnal Alegria Pastoral | 12


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