Diversos estudos explicitam os benefícios trazidos pelo movimentotridimensional equino (STERBA et al., 2002; MEREGILLANO, 2004; GRAUP;OLIVEIRA; LINK, 2006; COPETTI et al., 2007; MURPHY; KAHN-D’ANGELO;GLEASON, 2008; NEGRI; ARRUDA; CUNHA; 2008; FRANK; MCCLOSKEY; DOLE,2011 apud MUNSTER e BARBOSA, 2014). A utilização de recursos comuns aos profissionais de educaçãofísica, como eletromiografia (EMG), escalas de avaliação motora (GMFM,GMFCS, EDM), de equilíbrio (Equilíbrio de Berg -EEB, PEDI), postural (PlataformaDPP), força (Plataforma AMTI) ou de movimento (Peak Motus), bem como seusresultados positivos em experimentos científicos são evidenciados no quadroabaixo:
Tão relevante quanto os resultados, para este trabalho revisional, éexpor os métodos de aquisição das amostras e medições, bem como astécnicas de análises e formulação das conclusões, que são típicos da área deeducação física: anamneses, monitoramento muscular, testes de flexão, testesde extensão, testes de equilíbrio e postura, monitoramento neurosensorial,percepção de melhora na autonomia e qualidade de vida. O profissional de educação física, enquanto especialista nas áreasabordadas nos diversos estudos relatados, se faz essencial para que o trabalhocom o praticante seja feito de forma profissional, segura e técnica,
emprestando à Equoterapia o aprendizado e experiência adquiridos, quando setrata de corpo e movimento do indivíduo. Além do atendimento aos praticantes, a equipe transdisciplinarnecessita de preparação física específica para suportar o dia de trabalho,configurando-se como uma atribuição exclusiva do profissional de educaçãofísica. A Equoterapia é dividida em quatro programas distintos: hipoterapia,educação/reeducação, pré-esportivo e prática desportiva paraequestre (ANDE-BRASIL, 2015). Cabe ao professor de educação física atuar nos quatroprogramas de forma diferente, sempre respeitando a individualidade dospraticantes: Hipoterapia – Estabelecer, em conjunto com os demais profissionaisda equipe, os objetivos a serem alcançados; estimular o desenvolvimento dehabilidades motoras e qualidades físicas, com atividades na monta e no solo,bem como atividades lúdicas; desenvolver no praticante a consciência de suaslimitações, necessidades e potencialidades. Educação/Reeducação – Desenvolver habilidades e qualidadesfísicas; Introduzir e reforçar aprendizagens pedagógicas; estimular acapacidade de atenção e concentração; desenvolver e estimular autonomia nacondução e no trato com o cavalo; introdução às noções básicas de conduçãoindependente do cavalo. Pré-esportivo – Fortalecer funções psicomotoras; ampliarconsciência quanto à segurança; melhorar força muscular; estimular acapacidade de atenção e concentração; estimular a socialização; fomentar aparticipação em eventos culturais e competitivos; ampliar os conteúdos dasmodalidades eqüestres propostas e graduá-las de forma didática. Prática Desportiva Paraequestre – Desenvolver as habilidades físicase psicológicas exigidas pelo esporte de alto nível; aperfeiçoar o autocontrole,auto-estima e autoconfiança; proporcionar a inserção social.CONCLUSÃO Diante do revisto na literatura e consciente de que a Equoterapiacarece de produção científica específica desenvolvida por profissionais deeducação física, confirma-se a importância da atuação do profissional emeducação física nas equipes transdisciplinares da terapia com cavalos. Esta atuação está consolidada através dos relatos e constataçõesevolutivas vistas nos trabalhos analisados, em que a educação física aparece atodo instante, utilizada por outros profissionais que tem a Equoterapiareconhecida por seus respectivos conselhos federais: medicina (CFM, 1998) e
fisioterapia/terapia ocupacional (COFFITO, 2008). Fica a expectativa de que, com as evidências apresentadas aqui,serão sensibilizados os Conselhos Regionais e Federal de Educação Física paraa importância do profissional de educação física na Equoterapia, merecendo oreconhecimento oficial por parte destes órgãos. Com este reconhecimento combinado com a ampla divulgação daatuação definida para o profissional de educação física i n s e r i d o n a e q u i p etransdisciplinar dos centros equoterápicos, em pouco tempo a profissão estaráconsolidada nesta terapia, confirmando na prática o que, quem já atua comEquoterapia sabe e aplica: a presença do profissional de educação física éfundamental para que o trabalho seja pleno e de qualidade.REFERÊNCIAS• ANDE-BRASIL, I Curso Básico de Equoterapia-RS. Material de aula. Associação Nacional deEquoterapia (ANDE-BRASIL). Gravataí, mar. 2015.• ARAÚJO, A.E.R.A. et al. A equoterapia no tratamento de crianças com paralisia cerebral noNordeste do Brasil. Rev. Fisioter.Bras., vol.11, n.1, jan/fev., pp.4-8, 2010.• BRILINGER, C.O. A Influência da Equoterapia no Desenvolvimento Motor do Portador deSíndrome de Down: Estudo de Um Caso. Trabalho de Conclusão de Curso de Fisioterapia.Tubarão, 2005.• CANTARELLI, M.R.D.V. Análise Eletromiográfica do Músculo Orbicular da Boca em CriançasPortadoras da Síndrome da Respiração Bucal, Pré e Pós-tratamento em Equoterapia.Dissertação de Mestrado em Ciências Biológicas, Universidade do Vale do Paraíba. São Josédos Campos, 2006.• CARABIAS, A.R. Efecto de un programa de Fisioterapia combinado com Hipoterapia sobreel equilíbrio en sedestación en niños com Parálisis Cerebral Espástica: estudio pilotoexperimental. Trabajo de Fin de Grado, Universidad de Alcalá, Facultad de Medicina yCiencias de la Salud. Alcalá de Henares, 2014.• CFM. Processo-consulta CFM n.1386/95. Aprovado em sessão plenária, abr. 1997.• CIRILLO, L. Equoterapia Ciência-Cavalo-Reabilitação. Boletim Informativo da AssociaçãoNacional de Equoterapia (ANDE- BRASIL). Brasília, n.1, mar. 1998.• COFFITO. Resolução n.348, mar. 2008. Publicada no DOU (Diário Oficial da União), n.63,seção 1, p.150, 2008.• COPETTI, F. et al. Comportamento Angular do Andar de Crianças com Síndrome de DownApós Intervenção com Equoterapia. Rev.bras.fisioter. São Carlos, v.11, n.6, nov/dez., p.503-507, 2007.
• ECKERT, Desirê. Equoterapia Como Recurso Terapêutico: Análise Eletromiográfica dosMúsculos Reto do Abdomen e Paravertebral Durante a Montaria. Biblioteca Digital daUNIVATES, Dissertação de Mestrado em Ambiente e Desenvolvimento. Lajeado, dez. 2013.Disponível em: HTTP://www.univates.br/bdu. Acesso em: 30 mai. 2015.• ESPÍNDULA, A.P. et al. Análise Eletromiográfica Durante Sessões de Equoterapia emPraticantes com Paralisia Cerebral. ConScientiae Saúde, Universidade Nove de Julho. SãoPaulo, v.11, n.4, pp.668-676, 2012. Disponível em:http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=92924959018. Acesso em: 30 mai. 2015.• ESPÍNDULA, A.P. et al. Material de Montaria Para Equoterapia em Indivíduos com Síndromede Down: Estudo Eletromiográfico. ConScientiae Saúde, Universidade Nove de Julho. SãoPaulo, v.13, n.3, pp.349-356, 2014. Acesso em: 30 mai.2015.Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=92932100004.• GALVÃO A. et al. Estudo de Caso: A Equoterapia no Tratamento de um Paciente AdultoPortador de Ataxia Cerebelar. Revista Neurocienc. Araraquara, 2010.• GREGÓRIO, A. e KRUEGER, E. Influência da Equoterapia no Controle Cervical e de Troncoem uma Criança com paralisia Cerebral. Revista UNIANDRADE. Curitiba, 14(1):65-75, 2013.• HERRERO, P. et al. Study of the Therapeutic Effects of an Advanced HippotherapySimulator in Children with Cerebral Palsy: a Randomised Controlled Trial. BioMed Central,Musculoskeletal Disorders. Faculty of Health Sciences, Universidad San Jorge. Zaragoza,2010, 11:71. Disponível em: http://www.biomedcentral.com/1471-2474/11/71. Acessoem: 25 mai. 2015.• MARTÍNEZ, R.P. Efectos de la hipoterapia en personas con paralisis cerebral: Una revisionsistematica. Traballo de Fin de Mestrado. Faculdade de Ciências da Saúde, Mestrado emAsistencia e Investigacion Sanitaria – Especialidade: Reeducacion Funcional, AuntonomiaPersonal y Calidad de Vida, 2014.• McGIBBON, N.H. et al. Immediate and Long-Term Effects of Hippotherapy on Symmetry ofAdductor Muscle Activity and Functional Ability in Children with Spastic Cerebral Palsy.Arch Phys Med Rehabil, vol.90, jun. 2009.•MEJÍAS, M.F. & GARCÍA, J.H. Mejora de La Simetría Muscular en Niños Con ParálisisCerebral Mediante Hipoterapia. IX Documento: Sociedad Española de Fisioterapia enPediatría (SEFIP). Barcelona, 2005.• MORAES, A.G. Efeitos da Prática de Equoterapia no Equilibrio Postural, Funcionalidade eDistribuição de Pressão Plantar em Crianças com Paralisia Cerebral. UNB – Dissertação deMestrado em Educação Física, 2014.• MUNSTER, M.A. e BARBOSA, G.O. O Efeito de um Programa de Equoterapia noDesenvolvimento Psicomotor de Crianças com Indicativos de Transtorno de Déficit deAtenção e Hiperatividade. Rev. Bras. Ed. Esp. Marília, v.20, n.1, p.69-84, jan/mar. 2014.
• PIEROBON, J. e GALETTI, F. Estímulos Sensório-motores Proporcionados ao Praticante deEquoterapia pelo Cavalo ao Passo Durante a Montaria. Ensaios e Ciência: CiênciasBiológicas, Agrárias e Saúde, vol.XII, n.2, 2008.• RENATO, T.A. A Equoterapia na Síndrome de West: Um Estudo de Caso. Criciúma, 2012.Disponível em: http://repositorio.unesc.net/handle/1/1984. Acesso em: 30 mai. 2015.• RIBEIRO, Diogo S. et al. Equoterapia: Efeitos Sobre a Função Motora e Ativação Musculardos Eretores Espinhais Lombares e Reto Abdominal em Criança com Paralisia Cerebral.Caderno de Artigos da 7a Mostra de Produção Científica da Pós-graduação LATO SENSU daPUC Goiás. Goiânia, p.1127-1154, out, 2012.• RIBEIRO, M.F. Análise Postural e Eletromiográfica em praticantes de Equoterapia comSíndrome de Down. Tese apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Ciências da Saúde,área de concentração “Patologia Humana”, para a obtenção do Título de Mestre.Universidade do Triângulo Mineiro. Uberaba, 2013.• TAFFAREL, Celi Nelza Zülke. Criatividade nas Aulas de Educação Física. Rio de Janeiro: Aolivro técnico, 1985.• VALDIVIESSO, V.; CARDILLO, L. e GUIMARÃES, E.L. A Influência da Equoterapia noDesempenho Motor e Alinhamento Postural da Criança com Paralisia Cerebral Espástico-Atetóide – Acompanhamento de Um Caso. Revista UNIARA. Araraquara, n.16, 2005.• RIBEIRO, M.F. Análise Postural e Eletromiográfica em praticantes de Equoterapia comSíndrome de Down. Tese apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Ciências da Saúde,área de concentração “Patologia Humana”, para a obtenção do Título de Mestre.Universidade do Triângulo Mineiro. Uberaba, 2013.• TAFFAREL, Celi Nelza Zülke. Criatividade nas Aulas de Educação Física. Rio de Janeiro: Aolivro técnico, 1985.• VALDIVIESSO, V.; CARDILLO, L. e GUIMARÃES, E.L. A Influência da Equoterapia noDesempenho Motor e Alinhamento Postural da Criança com Paralisia Cerebral Espástico-Atetóide – Acompanhamento de Um Caso. Revista UNIARA. Araraquara, n.16, 2005.
ENFERMAGEM E EQUOTERAPIA: O PAPEL DO ENFERMEIRO NA REABILITAÇÃO DE UMA CRIANÇA PORTADORA DEPARALISIA CEREBRAL DENTRO DA PERSPECTIVA DO TRATAMENTO EQUOTERÁPICO • Paula Renata da Silva Enfermeira do Instituto Médico de Ceres, graduada pela Universidade Estadual de Goiás, ex estagiária do Centro de Equoterapia Ceres do Instituto Federal Goiano; Rua 3 Qd.21, Lt.12, nº 4 – Vila São Patrício, Ceres-GO. Email: [email protected] • Ana Cristina Gomes Marques de Faria Psicóloga docente da Universidade Estadual de Goiás e da Faculdade Evangélica de Ceres; Mestre em Psicologia em ênfase em Saúde Mental pela Pontifícia Universidade Católica. • Renata Sousa Nunes Fisioterapeuta docente da Faculdade Evangélica de Ceres. Mestranda em Ciência Ambientais pela UniEvangélica. • Sheylla Patrícia Duarte Brito Fonoaudióloga do Centro de Reabilitação em Referência Regional de Ceres, da Prefeitura de Ceres e do Instituto Brandão Neves. Pós-graduanda em Equoterapia pela Universidade de Brasília. • Natalia Regina dos Santos Soares Discente de Enfermagem da Universidade Estadual de Goiás – Campus Ceres. ENFERMAGEM E EQUOTERAPIA Palavras-chave: Enfermagem, Reabilitação, Equoterapia e Paralisia Cerebral.
RESUMO Introdução: A enfermagem pode atuar no âmbito da reabilitação,inclusive em Centros de Equoterapia. A equoterapia é um método terapêuticoque utiliza o cavalo, sendo utilizada na reabilitação de pacientes com deficiênciae/ou necessidades especiais, podendo ser utilizada em pacientes com paralisiacerebral. Metodologia: Relato de caso de um praticante de 4 anos portador deparalisia cerebral que obteve tratamento equoterápico através de sessõessemanais com duração de 30 minutos por 6 meses. Resultados e discussão:Houve uma melhora significativa no que diz respeito à ganhos físicos, além debenefícios no desenvolvimento psicossocial e cognitivo. Poderia ter havidomaiores ganhos com a participação dos pais nos cuidados diários. Além disso,constatou- se a necessidade e importância do profissional enfermeiro nomanejo dos cuidados com o tratamento.Palavras Chaves: enfermagem, reabilitação, equoterapia, paralisia cerebral.ABSTRACT Introduction: Nursing can work in rehabilitation, including in EquineTherapy centers. Equine therapy is a therapeutic method that uses the horse,being used in the rehabilitation of patients with disabilities and / or specialneeds, and can be used in patients with cerebral palsy. Methodology: Casereport of a 4 year old practitioner with cerebral palsy who receivedequotherapeutic treatment through weekly sessions lasting 30 minutes for 6months. Results and discussion: There was a significant improvement withrespect to physical gains, as well as benefits in psychosocial and cognitivedevelopment. There could have been greater gains from parental involvement inday care. In addition, it was verified the necessity and importance of theprofessional nurse in the management of the care with the treatment.Keywords: Nursing, Rehabilition, Equine Therapy, Cerebral Paralysis.
INTRODUÇÃO A atuação do enfermeiro na sociedade parece óbvia inclusive quandose trata de seu campo de atuação, tendo destaque nas áreas de assistênciahospitalar e em saúde pública. Este profissional acumula diversas funções, quevão desde a assistência direta ao paciente até a administração do seu setor e desua equipe. O papel educativo e reabilitador do enfermeiro são consideradosdesde o início da Enfermagem Moderna (ANDRADE et al., 2010). Na reabilitação,o enfermeiro atua tanto na fase aguda da doença como na fase crônica. Suasações são direcionadas para o favorecimento da recuperação e adaptação àslimitações impostas pela deficiência, tendo foco nas necessidades funcionais,motoras, psicossociais e espirituais. (ANDRADE et al., 2010). Para tal função aenfermagem utiliza técnicas específicas de reabilitação e intervém naeducação dos clientes e pessoas significativas, no planejamento de alta, nacontinuidade dos cuidados e na reintegração das pessoas na família e nacomunidade. (REGULAMENTO nº 125/2011) Desta forma a presença do enfermeiro no processo de reabilitaçãofaz sentido em diferentes tipos de contextos tal como hospital, centros dereabilitação, instituições de cuidados continuados e cuidados de saúde primária(SOUSA, 2011). Sendo assim, o enfermeiro pode atuar como profissional dasaúde em Centros de Equoterapia que são entidades jurídicas que necessitamde uma equipe mínima de profissionais habilitados pela Associação Nacional deEquoterapia (ANDE- BRASIL). A ANDE-BRASIL classifica a equoterapia como um métodoterapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nasáreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimentobiopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou necessidades especiais. Emuma seção de trinta minutos, o paciente executa de 1800 a 2250 ajustes tônicoscapazes de atuar no sistema nervoso central, fazendo com que as áreascorticais responsáveis pelo controle motor voluntário, comecem a adentrar emum processo de maturação e com isso os praticantes apresentam, no nível dacoluna vertebral, fibras da região aferente da médula em estado avançado demielinização (MONTE, 2011). Este tipo de terapia auxilia na sustentação dacabeça e tronco, na estabilização dos membros superiores e cintura escapular,assim como na ligação da pelve e dos membros inferiores, promovendoalinhamento e estabilidade para o praticante. (WALTER, 2013). Um exemplo de doença que pode ser beneficiada com o tratamentode reabilitação equoterápico é a paralisia cerebral que se trata de umaencefalopatia crônica não progressiva, decorrente de um conjunto de
alterações sensório-motoras e cognitivas que afetam a criança pré/pós edurante o parto, provocando alterações e comprometimentos motores, o quegera disfunções na biomecânica corporal (MARCONSONI et al., 2012; GREGÓRIOet al., 2013). Este trabalho trata-se de um relato de caso que tem por objetivoidentificar o efeito e a importância da equoterapia para o portador de paralisiacerebral, apontando sua evolução após sessões desta terapia e analisando opapel da enfermagem neste contexto, além disso, busca demonstrar aimportância da integração do trabalho do enfermeiro junto à equipeInterdisciplinar de um Centro de Equoterapia.METODOLOGIA Relato de caso de um praticante do sexo masculino, 4 anos, comdiagnostico de Paralisia Cerebral em decorrência de hipóxia cerebral após duasparadas cardiorrespiratórias no parto. Os responsáveis pelo praticantepreencheram o termo de consentimento livre e esclarecido para participar doestudo concordando com fotografias e filmagens das sessões. O estudo foidesenvolvido no Centro de Equoterapia Ceres – GO. Os critérios de inclusãoforam: ser portador de paralisia cerebral; estar iniciando o tratamentoequoterápico; e ser criança. E como critérios de exclusão: já ter iniciadoanteriormente ou já estar em tratamento; não ser criança; praticante no qualpais ou responsáveis se neguem a assinarem o termo de compromisso. Opraticante selecionado para este estudo continuou recebendo terapiaconvencional durante a pesquisa. Após seleção do indivíduo para iniciar as sessões, foram coletadosdados do prontuário (como diagnóstico e história pregressa) e da avaliaçãofísica realizada de acordo com ficha de avaliação neuro infantil, aplicada pelasterapeutas, que continha dados pessoais, utilização ou não de dispositivosauxiliares, história clinica, anamnese, medicamentos em uso, examescomplementares, exame físico, saúde geral da criança e atividades de vidadiária. As sessões de equoterapia foram acompanhadas semanalmente,com registros no prontuário e fotográficos utilizando câmera de smartfone. Otratamento foi acompanhado por seis meses, uma vez por semana, em sessõescom duração de trinta minutos cada. A terapia foi realizada em picadeirofechado, com o cavalo utilizando manta, andando a passo, em solo de areia. Ocavalo escolhido para as sessões deste praticante tem aproximadamente ummetro e trinta centímetros, castrado, adestrado e manso. O cavalo era guiadoem sua trajetória por um integrante da pesquisa e como guias laterais, duas
terapeutas, sendo estas uma fisioterapeuta e uma fonoaudióloga (ambashabilitadas pela ANDE-BRASIL e profissionais do centro de equoterapia). Durante a terapia foram realizadas atividades como: Alongamentonas posições ventral, dorsal, lateral (direita e esquerda) e sentado. Treino dealternância entre a posição deitado e sentado, atividades de alongamentosacentuados, apreensão palmar e coordenação motora fina, massagemabdominal para estimular o intestino, flexões da coluna vertebral e cabeça,dissociação de cintura pélvica e escapular, estimulação auditiva, visual e tátil.RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante as sessões o praticante se apresentava tranquilo e relaxavasobre o movimento do cavalo, demonstrando fisicamente prazer e alegria aoestar ali. Quando o praticante deu início ao tratamento o mesmo apresentavaquadriplegia espática com padrão postural de tesoura dos membros inferiores(MMII), padrão hipertônico globoso, deformidade nas articulações do cotovelo,joelho, quadril e tornozelo, com rigidez articular severa, não apresentavacoordenação motora global e fina. Fazia alongamento passivo com muitadificuldade na modificaão de angulação articular. Devido à espasticidade globalsevera os movimentos da cabeça eram involuntários. Não tem nenhum focovisual (estrabismo severo). No início das sessões foram realizados alongamentos e estímulospara uma melhor abertura dos membros inferiores, utilizando-se assim amontaria dupla onde a terapeuta também monta o cavalo para estimularmelhor a criança com relação à abertura e também a postura sobre o cavalo. No transcorrer do tratamento foram utilizados materiais paraestimulações, auditivas, visuais, táteis e para abertura dos membros. Ao longodo tratamento houve um ganho muito grande no que diz respeito a relaxamentoda musculatura e abertura dos membros inferiores, fazendo assim com que opraticante conseguisse sentar sobre o cavalo. Ao decorrer de cada sessão o praticante se apresentava cada vezmais relaxado e com menos resistência e espasticidade. No final do tratamentoo praticante apresentou diminuição de rigidez na musculatura, diminuição dahipertonia e da espasticidade global, fortalecimento da musculatura da cabeçae tronco, melhora no ajuste postural. Através de relatos das terapeutas responsáveis pelo praticante ficouevidente também um ponto negativo, que é a não colaboração dos pais comrelação às práticas de orientação que foram repassadas, no que diz respeito aalongamentos, forma de manuseio do praticante, a utilização dos dispositivosde auxilio físico (cadeira). Ficando assim o praticante a maior parte do tempodeitado.
O enfermeiro especializado em reabilitação é responsável por fazeruma avaliação de forma holística, analisando o estado físico, mental,emocional, espiritual, social e econômico do paciente e a partir do histórico iráanalisar os problemas levantados para serem repassados à equipemultidisciplinar (ANDRADE, 2010). Com isso nota-se que o enfermeiroreabilitador desenvolve um papel fundamental de educador, bem como deimplementador de cuidados, conselheiro e consultor, muitas vezes oresponsável pelo planejamento geral de reabilitação. Porém apesar de poderintegrar a equipe de reabilitação, ainda não se vê este profissional atuando deforma direta no tratamento equoterápico.CONCLUSÃO Foi constatada através da ficha de avaliação e da evolução dopraticante uma melhora significativa no que diz respeito a: diminuição de rigidezna musculatura, diminuição da hipertonia e da espasticidade global,fortalecimento da musculatura da cabeça e tronco e controle dos mesmos,ajuste postural e ganhos de tônus muscular, melhora motora, controle dassinergias globais, equilíbrio estático e dinâmico, rotação do quadril, além debenefícios no desenvolvimento psicossocial e cognitivo do praticante. Ficouclaro também que o praticante poderia ter tido mais ganhos com o tratamentose tivesse existido uma parceria e participação maior dos pais com relação àspráticas e cuidados que deveriam ser diárias. Através do estudo da reabilitação de uma criança com paralisiacerebral que possui várias deficiências motoras - como déficit de equilíbrio,hipertonia muscular e outras deformidades, que atrapalham a atividade da vidadiária assim como seu convívio social - percebe-se que a equoterapia é ummétodo de tratamento que pode lhe proporciona uma não monotonia de clínicase consultas, envolvendo-o com a natureza e com o inusitado. Ficou evidente também que quando falamos de reabilitação seja elaem qual forma for o trabalho e cuidado não é só da equipe de terapeutas, essetrabalho dever ser um trabalho multidisciplinar envolvendo todos osprofissionais de saúde e os cuidadores diários, pois são os mesmo que temcontato maior e direto com o paciente. Sendo assim nota-se uma grandenecessidade de uma maior integração da equipe de enfermagem ligadadiretamente no tratamento equoterápico. Podendo a mesma atuar diretamenteno momento da sessão ou durante a sessão estar com os responsáveis(acompanhantes) realizando uma anamnese detalhada a respeito de como seencontra o paciente, podendo fornecer assim maiores orientações e metas decuidados para que os responsáveis também colaborem com o desenvolvimentodo tratamento.
Hoje na equoterapia não a relatos da enfermagem atuandodiretamente no tratamento de equoterapia e através da pesquisa viu-se anecessidade desta atuação, pois houve ocasiões de o paciente chegar comhipertermia, astênico e até mesmo em estado gripal, tendo assim anecessidade de fazer uma triagem antes e após o atendimento para analisar seo praticante está em condições de montar, se houve alguma alteração nossinais vitais ou até mesmo dispensá-lo da sessão até a melhora de sua saúde.Isto mostra que é de relevância a atuação do profissional de enfermagem notratamento equoterápico como integrante da equipe multidisciplinar. Portanto, este estudo apresentou que a equoterapia tem papeltransformador na vida de uma criança portadora de paralisia cerebral, sendoum tipo de reabilitação que poderia integrar de forma permanente o profissionalde enfermagem na equipe de equoterapeutas de cada Centro de Equoterapia.Espera-se que este estudo auxilie no tratamento de outras crianças, além deservir como fomento para a produção de novos estudos com maior participaçãodo profissional enfermeiro.REFERÊNCIAS.• ANDE-BRASIL – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EQUOTERAPIA. Curso Básico de equoterapia.Brasília, 2003. Disponível em: <http://www.equoterapia.org.br/site/equoterapia.php>. Acesso em: 20/06/2017.• ANDRADE, L. T.; et al. Papel da Enfermagem na Reabilitação Física. Rev. Brasileira deEnfermagem, Brasília 2010; 63(6): 1056-60.• MARCONSONI, E.; et al. Equoterapia: Seus benefícios terapêuticos motores na paralisiacerebral. V.1, n.2, p. 78-90, 2012.• MONTE, E. Manual de Equitação da Federação Paulista de Hipismo, editora São Paulo,Federação Paulista de Hipismo, São Paulo, 2011. REGULAMENTO nº 125/2011 de 18 deFevereiro de 2011. D.R. II Série. Nº 35, p. 8658-8659.• SOUSA, E. S. A. S.. A família – Atitudes do enfermeiro de reabilitação. Escola Superior deEnfermagem do Porto, Porto, 2011.• WALTER, G. B.. Equoterapia- fundamentos cientificos, Editora Atheneu, São Paulo, 2013.•GREGÓRIO, A.; KRUEGER, E.. Influência da equoterapia no controle cervical e de tronco emuma criança com paralisia cerebral. Revista UNIANDRADE, 14 (1): 65-75, 2013.
ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA DOS MÚSCULOS, RETO ABDOMINAL E PARAVERTEBRAIS, DURANTE A MONTARIA EM DIFERENTES CAVALOS Juliana da Silva Maio Letícia Barbosa Cecere Raquel Antonacci Rodrigues Daniela Gomez Martin Victor Edgar Pitzer NetoRESUMO A equoterapia é um método das áreas da saúde, equitação eeducação que utiliza o cavalo como instrumento terapêutico. Objetivo:Comparar as contrações dos músculos, reto abdominal e paravertebrais dopraticante de equoterapia, durante a montaria em cavalos diferentes.Metodologia: Amostra composta por 3 indivíduos do sexo masculino, os quaisrealizaram a montaria em dois cavalos (A) e (B). A ativação muscular foianalisada através da eletromiografia. Resultados: A média de ativação dosmúsculos paravertebrais foi de 85,33% no cavalo (B) e 79,66% no cavalo (A), eno músculo reto abdominal a ativação foi de 15% no cavalo (B) e 5,33% nocavalo (A). Conclusão: Concluiu-se que a ativação dos músculos paravertebraisfoi mais recrutada na montaria no animal (B), o qual possui uma amplitude depasso maior, fazendo com que haja maior necessidade do acionamento destamusculatura estática, a qual é responsável pela estabilização da postura.ABSTRACT The equotherapy is a method of Health, Education and Riding whichuses the horses a therapeutic tool. Objective: To compaire he musclecontractions of the rectus abdominis and paraspinal muscles when practicingequotherapyriding different horses. Methodology: The sample comprised threemales, who were tested while riding on two horses (A) and (B). The muscleactivation was assessed by electromyography. Results: The mean activation ofparaspinal muscles was 85,33% on the horse (B) and 79,66% on the horse (A),and the rectus abdominis muscle activation was 15% on the horse (B) and5,33% on the horse (A). Conclusion: We conclude that the activation of theparaspinal muscles was recruited more onthe saddle of the animal (B), whichhas a greater range of pitch, so that there is greater need for the static firing ofthese muscles which are responsible for the stabilization of posture.PALAVRAS-CHAVE: Equoterapia; Eletromiografia; Contrações musculares
INTRODUÇÃO A equoterapia é um método das áreas da saúde, equitação eeducação que utiliza o cavalo como instrumento terapêutico, buscando odesenvolvimento biopsicossocial de portadores de deficiências e/ounecessidades especiais, proporcionando ao praticante benefícios como ajustestônicos, melhora do equilíbrio, alinhamento e consciência corporal,coordenação motora e força muscular (MEDEIROS & DIAS, 2002). O passo é a andadura básica na equoterapia, pois é nessa andaduraque o cavalo possui o movimento tridimensional. Este se traduz no eixo vertical,em movimentos para cima e para baixo; no plano frontal, em movimento para adireita e a esquerda; e no plano sagital, em movimento para frente e para trás.Este movimento é complementado com uma pequena torção da bacia docavaleiro, que é provocada pelas inflexões laterais do dorso do animal(MEDEIROS & DIAS, 2002). As variações de passo podem alterar numa frequência de 40 a 78batidas por minutos, sendo o animal indicado para a terapia conformenecessidade da patologia (CANTARELLI, 2006). Ao escolher o animal adequadopara melhor resposta do tônus do praticante é importante conhecer afrequência do passo do cavalo. O animal com maior número de passadas por minuto irá ativar osreceptores proprioceptivos, que respondem aos estímulos rápidos, assimaumentando o tônus muscular e são indicados para pacientes hipotônicos.Neste caso o cavalo estará antepistando. Já o cavalo cuja passadas tem baixafrequência é considerado um animal que transpista. Este cavalo é indicado parapacientes hipertônicos, pois mantém movimentos ritmados e cadenciados,estimulando os pacientes de forma lenta (MEDEIROS & DIAS, 2002). O passo do cavalo é regular e determina um ritmo que se torna umembalo para o cavaleiro. (CANTARELLI, 2006). O ritmo é de suma importância naequoterapia, é ele que proporciona ao indivíduo contração e descontração dosmúsculos agonistas e antagonistas, além de promover ajustes tônicos e deequilíbrio. O equilíbrio é uma reação involuntária contra uma instabilidade,modulada pelo sistema nervoso central, onde os sistemas motores cerebelar,reticular e especialmente o vestibular excitam os músculos apropriados para amanutenção do equilíbrio adequado (GUYTON, 1996). A cada passo do cavalo o centro de gravidade do praticante édefletido da linha mediana, estimulando as reações de equilíbrio. O sistemavestibular é assim repetidamente solicitado estimulando consecutivamentesuas conexões entre os canais semicirculares onde, as células ciliares e os
otólitos capturam as oscilações da endolinfa provocadas pelos movimentos dacabeça através do cerebelo, tálamo, córtex cerebral, medula espinhal e nervosperiféricos em ambos os sentidos, ascendente e descendente (GANANÇA, et al1999). Com o intuito de poder aperfeiçoar a prática equoterapêuticaverificou-se a necessidade de realizar estudos que auxiliassem os profissionaisda área na escolha das características do passo apresentadas pelos cavalos, afim de atender melhor as particularidades de cada praticante. Portanto este estudo tem como objetivo analisar as contrações dosmúsculos, reto abdominal e paravertebrais, durante a montaria em dois cavalosdiferentes e, por meio dele comparar se os estímulos proporcionados porcavalos que transpistam, mas de diferentes velocidades, número de passadas emedidas lineares, influenciam nas contrações musculares do praticante.2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA2.1. Equoterapia A palavra Equoterapia é propriedade da ANDE-BRASIL, registrada noINPI do Ministério da Indústria e Comércio sob o Nº 819392529, registros demarcas, patentes com serviços de ensino e educação de qualquer natureza egrau, de caráter desportivo, recreativo, social e cultural, sem finalidadelucrativa, de caráter comunitário, filantrópico e beneficente e de reabilitação apessoas com deficiência física, tais como: fisioterapia, psicologia, terapiaocupacional, pedagogia e fonoaudiologia. Equoterapia é a expressão que caracteriza as práticas que são feitasutilizando o cavalo com técnicas de equitação e atividades equestres, tendocomo objetivo a reabilitação ou a educação de pessoas com deficiência e/ounecessidades especiais. A expressão em primeiro lugar homenageia a língua mãe com oradical EQUO, em segundo lugar o pai da medicina ocidental, utilizando o radicalTERAPIA que vem do grego THERAPEIA, parte da medicina que trata da aplicaçãode conhecimento técnico-científico no campo da reabilitação, reeducação,equitação e atividades equestres. Sua escolha foi também estratégica, poisquem utilizasse a palavra EQUOTERAPIA estaria engajado nos princípios enormas fundamentais que norteiam esta prática no Brasil, facilitando assim oreconhecimento do método terapêutico pelos órgãos competentes. Este método exige a participação do corpo inteiro ajudando nodesenvolvimento da força, tônus muscular, flexibilidade, relaxamento,conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora edo equilíbrio. A interação com o cavalo incluindo os primeiros contatos, o ato de
montar e o manuseio final, desenvolve novas formas de socialização,autoconfiança e auto-estima (ANDE, 2011). O cavalo possui três andaduras naturais: o passo, o trote e o galope. Opasso se caracteriza por uma andadura ritmada em quatro tempos, ouve-senitidamente quatro batidas que são o repousar do membro do animal. O cavalo possui três tipos de frequência que estão associadas àfunção do comprimento do passo e da velocidade desenvolvida pelo animal.Dizemos que o cavalo está transpistando quando sua pegada ultrapassa amarca da pegada anterior. E o passo desse cavalo é classificado como de baixafrequência. Quando a pegada acontece na marca da pegada anterior dizemosque o cavalo está sobrepistando e seu passo é de média frequência. Já quando ocavalo tem uma passada curta, sua pegada acontece antes da marca da pegadaanterior e se caracteriza por ser um cavalo que antepista, com passo defrequência alta (MEDEIROS & DIAS, 2002). Cada passo realizado pelo cavalo apresenta padrões similares aos docaminhar humano, atribui deslocamento da cintura pélvica da ordem de 5 cmnos planos vertical, horizontal e sagital; e uma rotação de 8 graus para um ladoe para o outro. Cada passo produz de 1 (um) a 1,25 (um e vinte e cinco)movimentos por segundo. Em 30 minutos de atendimento equoterapêutico, ocavaleiro executa de 1800 (um mil e oitocentos) à 2250 (dois mil duzentos ecinquenta) ajustes tônicos (CANTARELLI, 2006). A utilização do cavalo para o atendimento equoterapêutico é de sumaimportância, já que o cavaleiro muitas vezes encontra-se impossibilitado degerar os movimentos voluntariamente, devido às limitações decorrentes dediferentes patologias. Assim o animal transmite ao praticante movimentossucessivos de maneira rápida que o cérebro processa através de repetições,simetria e ritmo proporcionado através do passo do cavalo. Durante a montaria, o indivíduo tem como primeira manifestação oajuste tônico. O cavalo nunca está totalmente estático, pois ele realiza asflexões da coluna, a troca de apoio das patas, o abaixar e alongar do pescoço, odeslocamento da cabeça ao olhar para os lados, e etc., que impõem ao cavaleiroum ajuste em seu comportamento muscular, a fim de responder osdesequilíbrios provocados por estes movimentos (CANTARELLI, 2006). O balanço do corpo do cavalo, ao passo, é acentuado a fim depromover o desequilíbrio do cavaleiro que se enrijece, sendo que se ficarflexível, poderá ligar-se ao movimento do cavalo recebendo informaçõesproprioceptivas maiores. Para que os ajustes posturais, respiratórios, motores, entre outros,durante a montaria sejam feitos, o cérebro do praticante está em constanteatividade. Os estímulos resultantes dos movimentos do cavalo, associado a
uma nova postura, podem proporcionar a potencialidade plástica do sistemanervoso central por meio de estímulos motores e sensitivos gerando aopraticante o mesmo mecanismo perceptivo-cognitivo-motor que o indivíduonormal apresenta de forma espontânea, induzindo a composição de padrões demovimentos corretos e novos. (GALETTI & PIEROBON, 2008). Comparando os movimentos realizados pelo cavalo ao passo,observamos que ele é igual ao movimento executado pelo humano durante suamarcha. São esses movimentos que acionam o sistema nervoso para obterrespostas que irão dar continuidade ao movimento e permitir seudeslocamento. Em decorrência deste processo, o organismo sofrerá alteraçõesde suas condições de se movimentar em função da disposição dos músculosentrarem em atividade (WICKERT, 1999).2.2. Eletromiografia A eletromiografia (EMG) tem como objetivo a captação do campoelétrico originado pelo músculo em questão. É possível também verificar o nívelde participação deste músculo em determinado movimento, o momento daparticipação e se participa de modo significativo (SILVA, 2010). A EMG está sendo largamente utilizada na avaliação do papelmuscular em certas tarefas e também identificando se as técnicas pararecuperação funcional das diversas patologias vêm sendo empregadas deforma eficaz. Podendo-se verificar, através disto, se os objetivos do terapeutaestão promovendo a evolução do paciente, proporcionando ao mesmo, umbiofeedback. Esta técnica também tem sido empregada na avaliação damarcha, em fatores ligados à fadiga muscular e como uma maneira decomprovação cientifica da eficácia da conduta terapêutica (FORTI, 2005). Sua aplicabilidade abrange diversas áreas dentre elas a clínicamédica, a reabilitação, anatomia e biomecânica (CANTARELLI, 2006). Alémdisto, a EMG pode ser amplamente utilizada, tanto na saúde como em doençasque interferem na função neuromuscular, como um mecanismo de avaliação.Este método traz, portanto, como vantagem de sua utilização a possibilidade deobservar as alterações da ativação muscular de forma objetiva e não invasiva(SILVA, 2010).2.3. Músculo Reto AbdominalO músculo reto do abdominal é um importante músculo da parede abdominal,responsável pela estabilização e função da coluna, tanto em atividadesatléticas quanto em atividades cotidianas, ele dispõe-se no sentido vertical da
parede abdominal anterior. Sua origem localiza-se no ramo superior do púbis eligamentos da sínfise púbica, sendo sua inserção na superfície anterior doprocesso xifoide e na cartilagem da quinta, sexta e sétima costelas. Muitas funções podem ser atribuídas à parede abdominal comomanutenção da postura e do equilíbrio, modificação da pressão intra-abdominal, confinamento e proteção das vísceras, funcionamento normal dacoluna e estabilização da pelve (MARCHETTI, 2005).2.4. Músculos Paravertebrais Os músculos paravertebrais se originam no sacro e se inserem nasvértebras da coluna vertebral, tem como função sustentar a coluna, extensão,inclinações e rotações da coluna. A musculatura paravertebral é do tipo postural, preparada, portanto,para permanecer contraída como um todo durante grande período de tempo,com rodízio interno de suas fibras entre a contratura e relaxamento, edesenvolvida o suficiente para manter a posição de equilíbrio na bipedestaçãodo homem, função esta facilitada pelas curvaturas da coluna.3. METODOLOGIA Estudo do tipo ensaio clínico, com amostra composta por 3indivíduos, com idade entre 23 e 27 anos, do sexo masculino, cor branca, comíndice de massa corpórea (IMC) na faixa de normalidade, da cidade de Pelotas eRio Grande, convidados aleatoriamente. Os critérios de exclusão da pesquisaforam: portadores de alterações neuromusculares, cardiorrespiratórias eposturais, histórico de lesões e dores. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) daFaculdade Anhanguera Educacional e aprovado, sob número de protocolo 1946.Um termo de consentimento livre e esclarecido foi assinado pelos participantesda pesquisa, conforme determina a Resolução nº 196/96 do Conselho Nacionalde Saúde (CNS). A realização da pesquisa deu-se no Centro de Equoterapia APAE dePelotas, o qual ofereceu ferramentas básicas à realização deste estudo comocavalos com características necessárias, pista em condições ideais e equipeespecializada. Os animais escolhidos para montaria dos indivíduos foram uma égua(A) de aproximadamente 14 anos, de raça não definida e frequência de 61passos por minuto e um cavalo (B) de aproximadamente 13 anos, também deraça não definida e frequência de 51 passos por minuto, ambos ao passo, com
tipo de frequência transpista, porém de portes diferentes, já habituados aotrabalho equoterapêutico. Para realização da análise, foi utilizado um eletromiógrafo modeloMIOTOOL fabricado pela MIOTEC com dois canais bipolares e software para aeletromiografia o MIOGRAPH. Os resultados foram expressos em porcentagematravés do programa STATA versão 11.0 e média através do programa MicrosoftOffice Excel 2007. O eletromiógrafo foi acoplado a um computador portátil eforam usados eletrodos descartáveis modelo MSGST-06, fabricado em espumae gel sólido. Foram selecionados para a análise os músculos reto abdominal eparavertebrais, os quais são responsáveis pela manutenção da posição dopraticante durante sua montaria. Para aplicação dos eletrodos de superfície foirealizada palpação para localização dos músculos, de acordo com os protocolosda SENIAM (Surface EMG for the Non-InvasiveAssessmentofMuscles),precedido por tricotomia e a limpeza da pele. A fim de estabelecer comparações apropriadas da atividade EMG deum mesmo músculo e entre diferentes músculos durante a montaria, foirealizada a normalização dos valores brutos, através da avaliação da contraçãomuscular máxima isométrica (CVMI) dos músculos analisados. Para esta avaliação os indivíduos foram posicionados em um tatameem decúbito dorsal com os pés estabilizados, conectados ao eletromiógrafoatravés dos eletrodos e orientados a realizarem uma contração isométrica domúsculo reto abdominal, através de uma flexão de ombro e extensão de ombropara os músculos paravertebrais, ambos com uma resistência manual aplicada,com tempo de duração de 10 segundos. Além disto, foi aplicado à pele dos indivíduos um eletrodo dereferência na clavícula direita, por ser um tecido eletricamente inativo, com ointuito de eliminar o efeito de interferência gerado por ruídos externos. A montaria ocorreu em um percurso de 100 metros, em solo plano,onde os animais eram conduzidos por um auxiliar guia, e os indivíduos foramacompanhados, durante o percurso, lateralmente, por dois pesquisadoresresponsáveis na condução do eletromiógrafo e do computador portátil, deforma estável. Além destes, dois pesquisadores, formaram a equipe, realizandoo registro da coleta de dados, através de aparatos visuais como, câmerafotográfica digital e filmadora. Primeiramente, os indivíduos realizaram o percurso no animal (A) e,em seguida, no animal (B), a montaria foi feita com os indivíduos posicionadosem sedestação no centro de gravidade do cavalo, membros superiorespendentes ao lado do corpo, joelhos a 120º, antepés apoiados nos estribos,calcanhares voltados para baixo, ombros e calcâneos em linha reta, cabeça e
coluna ereta. Os materiais utilizados para encilha dos animais foram: xerga(espécie de tecido), manta, cilhão, carona (manta de couro), estribos abertosbilaterais e cabresto.4. RESULTADOS E DISCUSSÃO4.1. Caracterização dos cavalos De acordo com CHIARAMONTE, 2004, é possível obtermos aquantidade de passadas realizadas por um cavalo, durante seu deslocamento,através de sua sequência de passos ao final do primeiro minuto, as quais podemvariar de 48 a 70. Utilizando-se deste embasamento, foi verificado o número depassadas dos animais submetidos a este estudo, descritos na (Tabela 1). O cavalo é considerado de frequência alta se sua média de passadasfor superior a 56 passos por minutos e de frequência baixa igual ou inferior a 56passos por minutos (CHIARAMONTE, 2004). Acreditando que as diferentes medidas lineares dos cavalos podem,de alguma forma, influenciar na ativação muscular, foram colhidas asseguintes características: altura da cernelha, comprimento do corpo eperímetro do tórax. As localizações e definições anatômicas das medidas lineares sãosubscritas como: altura da cernelha, altura tomada no ponto mais alto da regiãointerescapular (espaço definido pelo processo espinhoso de T5 - T6) até o solo;comprimento do corpo, distância entre a parte cranial do tubérculo maior doúmero e a tuberosidade isquiática; perímetro do tórax: é a circunferênciaexterna da cavidade torácica, tomada com a fita métrica ao nível do cilhadourode acordo com MISERANI, et al., 2002.4.2. Caracterização da amostra Amostra composta por 3 indivíduos, com idade entre 23 e 27 anos, dosexo masculino, cor branca, com índice de massa corpórea (IMC) na faixa denormalidade, sem histórico de lesões, alterações neuromusculares,cardiorrespiratórias, posturais e queixa de dores. Segundo MARCHETTI e DUARTE, 2006, para comparação e análisedos sinais EMGs de diferentes músculos, indivíduos ou aquisições, é necessárioa utilização de técnicas de normalização, sendo esta uma forma de modificaçãodos valores absolutos da amplitude em valores relativos referentes a um valorde amplitude caracterizado como 100%. Este mesmo autor cita que existemdiversas formas de normalização da amplitude do sinal EMG, dentre elas a
contração muscular máxima isométrica (CVMI), a qual utiliza como referência,para o músculo analisado, o maior valor encontrado em uma contraçãoisométrica máxima, a qual foi selecionada como parâmetro para os resultadosdeste estudo. A média de ativação eletromiográfica dos músculos paravertebrais,dos indivíduos, apresentou-se em 85,33%, quando comparada com suasrespectivas contrações voluntárias máximas, no cavalo (B) e em 79,66% nocavalo (A). No músculo reto abdominal a média de ativação eletromiográfica semostra em 15% no cavalo (B) e 5,33% no cavalo (A). Também comparadas comsuas respectivas contrações voluntárias máximas. A partir dos resultados obtidos pode-se observar que a contração dosmúsculos paravertebrais foram mais ativadas que no músculo reto abdominalnos dois animais, porém mais recrutada durante a montaria no animal (B), oqual possui uma amplitude de passo maior. Quando a pata anterior esquerda do cavalo se eleva do solo, freia-sea impulsão e transmite-se uma reação de solo, provocando um desequilíbrio dopraticante, impulsionando-o para frente, gerando a reação de inércia. Nestemomento, o praticante reage em busca do seu equilíbrio realizando umacontração reflexa da cadeia muscular posterior (UZUN, 2005). A flexão anteriorde tronco, na posição sentada, acarreta uma tendência de queda anterior dotronco devido à ação da gravidade. Portanto, para manter o tronco na posiçãoereta, os músculos paravertebrais desenvolverão uma contração estática paranão permitir este deslocamento. Na tentativa de manter-se na posição ereta, o indivíduo submete amusculatura estática, que é responsável pela diminuição da flexibilidade dosistema locomotor humano, a um constante estado de tensão. Os músculosdinâmicos retornam completamente a um estado de relaxamento, após a suacontração inicial, sendo responsáveis pelos movimentos de grande amplitude(BRACCIALLI & VILARTA, 2000) A maior atividade muscular proporcionada pelo cavalo (B) em nossoestudo vem a encontro de SANTOS, 2006, o qual também utilizou oeletromiógrafo em sua pesquisa e assegurou que o aumento da velocidade dopasso do cavalo exige mais a musculatura extensora de tronco, sendo que omaior acionamento dos músculos extensores ocorreu com cavalo ao passomais rápido. O cavalo (B) apresenta maior velocidade, resultando num maiorrecrutamento das unidades motoras, mas devido sua maior amplitude depasso, proporciona respostas a estímulos de forma mais lenta, gerando umamaior dissociação de cintura ao praticante, como cita UZUN, 2005,
considerando importante este fator na escolha do cavalo ideal. FRAZÃO et al. (2002), em seu estudo utilizou um eletromiógrafoportátil com o objetivo de detectar a atividade muscular da região do abdômen elombar, durante a montaria em dois animais com amplitude diferentes. Ondeconstatou uma intensa atividade no traçado eletromiográfico alcançado comum praticante montado em um cavalo classificado como de frequência alta emamplitude de andadura longa (transpista). Ao contrário de FRAZÃO et al., nosso estudo com cavalos transpista,apresentou atividade muscular mais intensa em um cavalo de frequência baixa.Acredita-se que isto seja decorrente ao fato do autor não ter levado emconsideração as medidas lineares dos cavalos.5. CONCLUSÃO Mediante aos resultados obtidos, foi possível observar que o númerode passos, é uma importante ferramenta a ser considerada na seleção docavalo, para que este ofereça estímulos adequados e eficientes ao plano detratamento desejado. A literatura existente nos indica que os cavalos do tipo transpista sãoconsiderados de baixa frequência e, portanto, são indicados para pacienteshipertônicos. Porém foi observado através da análise, que a influência daamplitude do passo juntamente com o número de passadas, velocidade emedidas lineares dos cavalos, proporcionam diferentes estímulos aopraticante, mesmo estes apresentando uma mesma frequência comocaracterística (transpista). Sendo assim, sugerimos que durante a escolha do cavalo para aprática da equoterapia, cavalos que transpistam que apresentarem baixafrequência sejam indicados para o tratamento de pacientes hipertônicos,enquanto que, os de alta frequência possam ser direcionados para o tratamentode pacientes hipotônicos. Após esta análise, sugere-se que novos estudos sejam feitos,contemplando amostras mais amplas, a fim de corroborar com os resultadosobtidos com este estudo e que novos trabalhos que estudem o cavalo como uminstrumento cinesioterapêutico sejam realizados, com o intuito de oferecercada vez mais recursos aos profissionais da área e benefícios aos praticantes,através de tratamentos mais adequados.
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TABELA 02 - Medidas lineares dos cavalos (A) e (B)CAVALOS altura da comprimento perímetro cernelha do corpo do tóraxCavalo (A) 61 passadas 1,66m 61 passadasCavalo (B) 51 passadas 1,96m 51 passadasTABELA 03 - Características gerais dos cavalos (A) e (B) que transpistamCAVALOS frequência amplitude velocidade respostaCavalo (A) alta menor menor ao estímulo rápidaCavalo (B) baixa maior maior lentaTABELA 04 - Análise das contrações eletromiográficas dos músculos paravertebrais entre dois cavalos que transpistam Amostra paravertebral paravertebral cavalo (A) cavalo (B)indivíduo 1 76% CVMI 81% CVMIindivíduo 2 79% CVMI 86% CVMIindivíduo 3 84% CVMI 89% CVMI média 79,66% CVMI 85,33% CVMI CVMI: Contração Voluntária Máxima Isométrica.TABELA 05 - Análise das contrações eletromiográficas do músculo reto abdominal entre dois cavalos que transpistam Amostra reto abdominal reto abdominal cavalo (A) cavalo (B)indivíduo 1 5% CVMI 14% CVMIindivíduo 2 3% CVMI 13% CVMIindivíduo 3 8% CVMI 18% CVMI 5,33% CVMI 15% CVMI média
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