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Revista Sophia nº 5

Published by Editora Teosofica, 2021-01-19 13:51:36

Description: A Revista Sophia é uma publicação independente da Editora Teosófica, apresentando artigos que vertem sobre temas como filosofia, ciência e religião.

Nesta edição:
• Ao leitor: Uma visão integrada;
• O modo de vida não violento – Sonal Murali;
• A sincronicidade e o símbolo – Lúcia Cristina Batalha;
• Como vencer o ciúme;
• A filosofia da sobrevivência – Mikhail Gordachev;
• O que é Deus? Da crença ao conhecimento;
• O enigma Blavatsky o teatro – Ricardo Lindemann e Luciana Cristina de Carvalho;
• Educação para o terceiro milênio – Mamila Gontijo;
• O mistério dos personagens da literatura – Dorival Rodrigues;
• Surpresa explosiva no coração do universo;
• Inteligência emocional – Elaine de Beauport e Aura Sofia Diaz;
• Dicas de livros.

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ANO 2 • Nº 5 R$ 7,00



































Ascuotigebêseicnpcnpnocrfrooriosaeldboq,nulugeettaimeoachoradéiosoamujeuemcu.onldóo- Uma abordagem universal Investigações A melhor abordagem da das são subprodutos históri- complementares espiritualidade independe de cos da busca espiritual do ho- denominações, e, portanto, é mem e precisam ser distingui- A busca espiritual e a científica universal, como a ciência. das da busca em si. são investigações complementares Assim como não existe uma rumo à realidade. Qualquer senti- ciência indiana ou americana, Da mesma forma, precisa- mento de antagonismo é produto de existe apenas uma mente re- mos distinguir a ciência do uma visão mesquinha. A ciência lida ligiosa: a que alcançou o seu subproduto, que é a tec- com o mensurável; a religião, com o amor, a compaixão, a paz, a nologia. A ciência é a busca imensurável. Um cientista não é in- harmonia. Não é uma mente da verdade, enquanto a tec- teligente se nega a existência do hindu, cristã nem budista. nologia resulta do desejo hu- imensurável. Nada há que seja anti- mano de poder e conforto. O ciência, mas há muita coisa que está A mente verdadeiramente uso indiscriminado desse além da ciência. As duas buscas têm religiosa está em busca da ver- poder criou todos os proble- de andar de mãos dadas. dade, que ela encara como mas ecológicos que o mun- desconhecida. A ciência tam- do enfrenta hoje. Eles são Precisamos entender as leis que bém encara a verdade como resultado da ganância e do governam os fenômenos do mun- o desconhecido, e continua- egoísmo do homem; não se do, como também precisamos des- mente purifica seus modelos devem à busca científica em cobrir ordem e harmonia em nossa na tentativa de se aproximar si. A humanidade precisa con- consciência. A compreensão huma- dela. É a nossa ilusão que nos tinuar com as investigações na está incompleta se não abarca divide em diferentes comuni- científicas e espirituais, sem ambos os aspectos da realidade: dades religiosas. As diferen- se envolver demais com os matéria e consciência. tes religiões institucionaliza- seus subprodutos. Na verdade, a divisão é uma cria- SOPHIA • JAN-MAR/2004 ção da mente. A realidade é indivisí- vel, é tanto matéria quanto consci- ência. São os pensamentos que se- param o mundo externo do interno, quase da mesma forma como a men- te separa tempo e espaço, embora sejam, ambos, dois aspectos de um mesmo continuum. Tanto o cientista quanto o religi- oso precisam estar muito atentos às limitações da mente para trancendê- las, se aspiram a uma percepção ho- lística da realidade. A educação pre- cisa estimular uma mente inquirido- ra, que seja tanto científica quanto religiosa, para enfrentar a crise da ci- vilização moderna. Descartar toda in- vestigação espiritual e todas as cren- ças religiosas em nome do secularis- mo é como atirar fora o bebê junto com a água do banho. 19



































SOPHIA • JAN-MAR/2004 Entidade dinâmica Os conceitos de tempo e espaço que adquirimos, através de nossa observação cotidiana do mundo, não são representa- ções fiéis da realidade. A passagem do tem- po e as distâncias dependem do observa- dor que as mede. Além disso, esses con- ceitos dependem da região do espaço onde se encontram, que, por sua vez, depende do conteúdo de matéria e energia em sua proximidade. A matéria e a energia, res- ponsável pelo movimento da matéria, não são entidades distintas; elas podem se trans- mutar uma na outra. O universo não está fixo ou estático. Ele é uma entidade dinâmica que se expande, que evolui em uma direção que ainda não compreendemos completamente. Os seres hoje existentes vêm, todos, de uma fonte comum lançada na diferenciação por meio de uma grande explosão. A própria maté- ria evolui através de sua organização em núcleos, átomos de sucessiva complexida- de, moléculas e, eventualmente, seres vi- vos e conscientes. As leis da física que governam esses processos estão sendo, aos poucos, unifi- cadas. Busca-se, hoje, uma lei única que explicaria as interações fundamentais en- tre todas as partículas e campos, e que re- sultaria, atualmente, nas diversas formas de fenômenos observados. Quanto ao conhecimento, estamos hoje, como em qualquer época, mergulhados no grande mar do desconhecido. À medida que progredimos lançamos luz sobre a ignorância, ampliando o horizonte do que já é sabido. O limite entre a sabedoria e a ignorância, no en- tanto, é difuso. Existe uma penumbra, uma região intermediária que podemos divisar, em- bora sem compreender inteiramente. Na penumbra, fazemos experimentos e lançamos dúvidas. Temos, aí, a nossa possibi- lidade de pesquisa. A linha imaginária que se- para o conhecido do ignorado retrocede sem- pre. Mas não há motivo para crer que um dia teremos o conhecimento total. O desconhe- cido permanece na escuridão. Não temos como nos relacionar com ele de nenhuma for- ma proveitosa – embora não seja impossível que, mesmo assim, ele nos afete. 37


























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